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Conforme aduz a doutrina, bem como o diploma normativo que regula a Lei de
Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, a saber, a Lei 11.101/2005, atendidos
os regulamentos do citado diploma, com os requisitos e exigências trazidos por tal,
reveste-se à empresa um caráter de proteção e auxílio em relação às vicissitudes
econômicas e financeiras por ela enfrentadas. Consta, na letra da Lei que, ao ser aceita,
a empresa deve nitidamente estipular “EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL”, de modo
que assim garanta, também, a integridade dos fornecedores, clientes e empregados.
Nesse sentido, aa ação de recuperação judicial há o que se denomina de efeitos da
recuperação judicial, oriundos, à priori, de momento da decisão que deferiu o
processamento da recuperação e posteriormente decorrente da decisão que defere a
recuperação judicial.
A LRE já descrimina alguns destes efeitos em seus artigos, ao passo que outros
efeitos são provenientes da aplicação da lei ao caso concreto. Entre tais estão a
suspensão das ações e execuções em desfavor da empresa devedora, a dispensas de
certidões negativas, as execuções fiscais e apresentação de certidão negativa tributária, a
novação e a extensão dos efeitos da recuperação aos sócios entre outros efeitos, como os
bens do devedor e extensão dos efeitos aos sócios.
Ora, faça-se saber que a alienação fiduciária de bens imóveis é regida pelo capítulo
II (artigos 22 a 33) da Lei nº 9.514/97. O artigo 22 decreta a alienação fiduciária como:
“Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico pelo qual o
devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou
fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel”.