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16 Março 2010

Sandra Amado Fisiopatologia I – Sistema Músculo-Esquelético


Fisiopatologia do Sistema Músculo-Esquelético

A Fisiopatologia das lesões/doenças do sistema músculo-esquelético


é o estudo dos mecanismos de lesão,
permitindo a elaboração de estratégias de prevenção e tratamento

Mecanismos de lesão mais comuns:

•MECÂNICOS
•TRAUMÁTICOS / FÍSICOS
•INFLAMATÓRIOS
•DEGENERATIVOS
•INESPECIFICOS

16 Março 2010
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Fisiopatologia do Sistema Músculo-Esquelético

 Factor mecânico é o mecanismo mais comum,


com base na Teoria do Stress Físico:

“changes in the relative level of physical stress


cause a predictable adaptive response in all biological tissue.”

Mueller MJ, Maluf KS. Tissue adaptation to physical stress: a proposed “physical stress theory” to guide physical therapist practice,
education, and research. Phys Ther. 2002;82:383– 403.

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Teoria do Stress Físico

Stress/Strain Curve
Sistema

Órgão

(Carga aplicada)

Tecido
(Deformação)
www.pt.ntu.edu.tw/.../StressStrainCurve.jpg

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CARGA

Lesão

Variação
Compressão
Forças (torção, atrito)

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Teoria do Stress Físico
EXEMPLOS:

 Tarefas repetitivas e/ou de esforço: alongamento


excessivo repetido, compressão, fricção e anóxia.

 Acidentes, quedas: episódio único de carga elevada


 Degeneração óssea: episódios repetidos de carga elevada
 Rotura tecidos moles: episódio único de carga elevada

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Teoria do Stress Físico

Mueller MJ, Maluf KS. Tissue adaptation to


physical stress: a proposed “physical stress
theory” to guide physical therapist practice,
education, and research. Phys Ther. 2002;82:383–
403.

16 Março 2010
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Fisiopatologia do Sistema Músculo-Esquelético
Teoria do Stress Físico

Respostas típicas do tecido ao stress físico:

1. Diminuição da tolerância ao stress/carga (atrofia)

2. Manutenção

3. Aumento da tolerância ao stress/carga (hipertrofia)

4. Lesão

5. Morte

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Considerando as Funções do sistema músculo-esquelético:

•Movimento

•Estabilidade / Postura

•Comunicação

•Controlo das cavidades e passagens do corpo

•Produção de calor

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Fisiopatologia do Sistema Músculo-Esquelético

Compreensão das características Biomecânicas das estruturas

e a sua relação com os mecanismos de lesão

deve estar na base da compreensão dos fenómenos/respostas associados:

•Inflamação / Reparação tecidular

•Alterações estruturais (fractura, luxação, roturas, atrofia, aderências,

fibroses, degeneração)

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Inflamação e Reparação Tecidular
Resposta do sistema imune à lesão tecidular cujo principal objectivo é

reparar o tecido possibilitando o retorno ao seu estado normal

O tempo decorrido desde a lesão e a extensão do dano no tecido


determina a resposta inflamatória.

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Inflamação e Reparação Tecidular
Tipos de inflamação:
relacionados com a duração da inflamação e a natureza da resposta
inflamatória

 Aguda: duração de poucas horas a poucos dias, após o qual o

liquido e proteínas extracelulares

 Crónica: persistência da inflamação, geralmente além de 10-14


dias, e é acompanhada por fibrose (acumulação de colagénio
sintetizado no tecido). Pode surgir sem uma fase aguda precedente
(artrite reumatóide).

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Inflamação aguda

 Eventos:

 Vasodilatação
 Aumento da permeabilidade capilar (saída de água, sais e
proteínas menores para espaços extracelulares)

 Migração celular
 Fagocitose (destruição de materiais celulares pelas células fagocitárias)

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Sinais Inflamatórios:

Perda
calor Rubor Edema Dor de
função

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DOR

Fibras nervosas aferentes

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Mecanismo de alerta

DOR

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Vantagens e desvantagens da resposta
inflamatória
 Vantagens:
 Distribuição de nutrientes e oxigénio no local de
lesão;
 Diluição eventuais toxinas
 Inicio da formação de fibrina (fibrinogénio) que
bloqueará acção de microorganismos prejudiciais

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Vantagens e desvantagens da resposta
inflamatória
 Desvantagens:
 Possibilidade de lesão tecidular colateral pela acção
prolongada das enzimas libertadas pelos neutrófilos
 Formação excessiva de tecido conjuntivo frouxo
(altamente vascularizado e inervado na área da
lesão)

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Período pós-lesão imediato

Recidiva

inflamatória Regeneração
Reparação fibroblástica Remodelação

ex.: Lesões desportivas

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CAUSAS ( Nigg & Lorenzton, 1991)

 Factores intrínsecos
 Género e composição corporal
 Dismetria do membro inferior
 Alinhamento do membro inferior
 Flexibilidade
 Força desajustada ao gesto
 Perturbações na coordenação intermuscular

 Factores extrínsecos
 Tipo de movimento
 Velocidade e frequência de execução
 Condições ambientais: piso, temperatura

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Alterações estruturais:
 Estrutura contráctil: músculo
 Exemplos:
 Distensão
 Rotura
 Contusão
 Contractura
 Miosite
 Arrancamento

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Alterações estruturais:
 Estrutura de suporte: osso
 Exemplos
 Fractura
 Fracturade fadiga/stress
 Osteoporose

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Alterações estruturais:
 Estrutura anexas: tendão e membrana
sinovial; bursa, ligamentos
 Exemplos:
 Tendinite
 Tenossinivite
 Tendinose
 Bursite
 Rotura
 Arrancamento

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Alterações estruturais:
 Estrutura estabilizadora: Cápsula articular
 Exemplos:
 Capsulite (Padrão capsular de cada
articulação)
 Rotura (luxação, entorse)
 Estiramento /Distensão

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Alterações estruturais:
 Estrutura de absorção de impacto: cartilagem,
menisco
 Exemplos:
 Rotura
 Degeneração

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