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Análise de dados em

pesquisa criminal
16 de outubro de 2019
ibcrim

Dra. Jackeline A. F. Romio


Demografia Unicamp
Qual o sentido deste curso?

1. Por que explorar dados quantitativos?


2. Como trabalhamos com bancos de dados em ciências
criminais?
3. Como analisar bancos de dados em SPSS?
4. Quais seriam as características demográficas da
população? sexo, idade, cor, status marital, condição
migratória, condição de atividade (PIA,PEA)
5. Fontes de dados: Censos, Sistema de Estatísticas Vitais,
Surveys, Boletins de ocorrência, Anuários estatísticos da
segurança pública, pesquisas de vitimização
6. Características das fontes: cobertura,
subenumeração/omissão/subregistros etc.
7. Explorando informações do ponto de vista para estudos de
criminologia e vitimologia.
Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
• Primárias
• 2 tipos: - Informações criadas pelo próprio pesquisador;
Questionário específico, entrevistas, histórias de vida etc.
• - Fontes que se estruturam a partir de registros (civis)
específicos de determinados eventos como as estatísticas
vitais.
• Secundárias: Fontes em geral com múltiplos propósitos
de onde podem ser extraídos dados sobre determinados
fenômenos Ex. Censos Demográficos, PNADs, Pesquisas
em geral

Tipos de fontes de dados


Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
• O CENSO DEMOGRÁFICO: Apesar das desvantagens de alto custo,
divulgação demorada e frequência reduzida, e a despeito de existirem
hoje várias alternativas de coleta de informação, o censo demográfico
ainda é o principal instrumento para obter dados sobre a população,
principalmente nos países em desenvolvimento, onde existem
relativamente poucas alternativas. Segundo a definição das Nações
Unidas (1980), um censo é `ó processo total de coleta,
processamento, avaliação, análise e divulgação de dados
demográficos, econômicos e sociais referentes a todas as pessoas
dentro de um país ou de uma parte bem definida de um país num
momento específico“
• O Brasil realizou censos decenais entre 1940 e 1980, mas o Censo de
1990 se atrasou um ano, rompendo assim a sequência histórica.
Voltando aos decenais de 2000, 2010 e agora aguardamos o que será
do 2020.

Hakkert, Ralph.
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• SIDRA
• https://sidra.ibge.gov.br/home/pnadct/brasil

Acesso a dados censitários –


exercício - ver tabela excel por raça-cor, sexo e UF
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• Enquanto o censo consiste no levantamento de dados sobre todos os
indivíduos de uma população em momentos preestabelecidos, o
registro civil visa acompanhar as ocorrências de eventos que
modificam o tamanho ou a composição da população ao longo do
tempo.
• A unidade de enumeração do registro civil, portanto, é o evento
demográfico, enquanto a unidade de enumeração do censo é o
indivíduo. Além das suas finalidades estatísticas, o registro civil
cumpre uma função legal, uma vez que os eventos registrados
modificam a situação das pessoas perante leis que variam de país
para país e têm uma maior especificidade e durabilidade do que a
legislação referente aos censos.

Hakkert, Ralph. O REGISTRO CIVIL


Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
• O Sistema de Informação de Mortalidade tem nível nacional e foi responsável pela
implantação de modelo padronizado de Declaração de Óbito, segue a CID 10
oferecendo a oportunidade de comparações internacionais.
• As informações provenientes das DOs não são imunes às dificuldades, como
esclarecem Mello Jorge; Gawryszewski e Latorre: Especificamente com relação às
causas externas, a Declaração de Óbito constitui-se em boa fonte de informação do
ponto de vista quantitativo, mas apresenta algumas falhas quanto a sua qualidade, pela
seguinte razão: na parte internacional do modelo de Declaração de Óbito (atestado
médico) – local destinado à colocação das causa de óbito – os legistas, após necropsia,
às vezes, em número não pequeno de casos, fazem menção à natureza das lesões que
levam à morte sem se referirem aos tipos de acidentes/violência que ocasionaram
essas lesões. As regras internacionais existentes para o preenchimento dos atestados
determinam que, nesses casos, devem ser colocados os dois tipos de informações
(LAURENTI e MELLO JORGE, 1987). É esse o motivo pelo qual vão ocorrer óbitos
por ‘causas externas de tipo ignorado’, para algumas áreas, em quantidade não
desprezível, fato prejudica o estudo das mortes por acidentes e violência uma vez que,
somente conhecendo a ocorrência/distribuição de cada um de seus tipos, será possível
preveni-los” (MELLO JORGE; GAWRYSZEWSKI; LATORRE, 1997, p.7).

Declaração de óbito- Sobre o Sistema de Informação sobre


Mortalidade – SIM (ROMIO, 2017)
Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
• Nenhum sistema estatístico é inteiramente livre de distorções. No caso do
censo, os erros mais comuns são os de subenumeração, superenumeração e
classificação errônea.
• O registro de óbitos, que é um pré-requisito para a realização do enterro,
deve ser efetuado, em princípio, dentro de 24 horas. Entretanto, a lei prevê
diversos motivos de atraso, pelos quais este prazo pode ser estendido até três
meses. No Brasil, o problema de atrasos no registro de óbitos é menos
acentuado, devido à obrigatoriedade do atestado de óbito para a realização
do enterro. Mesmo assim, existem os cemitérios clandestinos, principalmente
nas zonas rurais (os chamados "cruzeiros"). Em algumas regiões do país, os
donos de cemitérios, por motivos econômicos, também acabam realizando
enterros sem exigir a apresentação do atestado de óbito. A melhor qualidade
do registro de óbitos também não é um fenômeno generalizado. Em outros
países da América Latina, como Honduras, a situação é inversa. Neste país, o
registro de nascimentos tem uma cobertura de 90% a 95%, mas existe um
sub-registro de aproximadamente50% nos óbitos. Isto vem demonstrar, mais
uma vez, que a qualidade do registro depende muito dos arranjos
institucionais e legais de cada país e que é difícil generalizar.
Hakkert, Ralph.
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• http://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude/tabnet

DATASUS – Ministério de Saúde


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APLICAÇÃO DA INTERSECCIONALIDADE- McGibbon & McPherson

A teoria da interseccionalidade foi bem desenvolvida nas últimas décadas, mais


notavelmente por estudiosas feministas negras como Kimberle Crenshaw
(1989), bell hooks (1990), Patricia Hill Collins (1990, 2002, 2005) e Agnes
Calliste e George Sefa Dei (2000).

O termo foi introduzido pela primeira vez por Crenshaw como uma forma de
analisar a ausência de experiências das mulheres negras no discurso feminista e
no discurso anti-racista.

Collins (1990) descreveu como as opressões na sociedade não operam de forma


independente. Pelo contrário, eles se cruzam em padrões complexos - modelos
aditivos que visualizam cada a opressão como "aditiva" em vez de interligada,
não enfatizam a centralidade do poder e do privilégio.

Idade, cultura, (des) capacidade, etnia, gênero, status de migratório, raça,


orientação sexual, classe social e espiritualidade denotam localização social, um
poderoso determinante do acesso a comunidade social e necessidades materiais
da vida.

Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com


APLICAÇÃO DA INTERSECCIONALIDADE- McGibbon & McPherson

A opressão sexista racista, heterossexista e etarista, para nomear


algumas, podem e acontecem juntas para produzir uma complexa
sinergia das desvantagens materiais e sociais.

Sinergia implica trabalhar juntos, fusão, coalescência e simbiose


- as partes que interagem para formar um todo complexo que não
pode ser visto separadamente em qualquer fenômeno. Um núcleo
subjacente ao conceito de feminista interseccionalidade é o foco
na interrogação do poder na sociedade e na precursores
estruturais da opressão.

A teoria da interseccionalidade feminista fornece uma base


abrangente para interrogar as múltiplas maneiras pelas quais
determinantes sociais da saúde moldam a saúde das mulheres ao
longo da vida. Impactos mentais e físicos na saúde da interseções
de raça, classe, gênero e etnia foram descritos na literatura há
quase uma década, embora essa área de pesquisa continue em
seus passos iniciais.
APLICAÇÃO DA INTERSECCIONALIDADE- McGibbon & McPherson

Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com


Bases de informação
da área da Segurança
Pública
O Boletim de Ocorrência é um documento da
Segurança Pública, utilizado pela Polícia Civil
para o registro da notícia do crime, isto é, para
transcrever a comunicação oral do notificante
processual na unidade policial - Distrito Policial
(DP) - e registrar as providências preliminares
adotadas. O BO é o primeiro documento oficial a
registrar o fato e será peça fundamental para o
prosseguimento ou não de Inquérito Policial19. É
um documento que sintetiza os fatos,
personagens e circunstâncias do evento, por
isso é de grande valor para a pesquisa.
(Romio, 2009)
O BO é dividido em quatro partes: 1) Preâmbulo: contém
dados sobre a unidade policial, natureza da ocorrência,
local da ocorrência, hora do fato e hora da comunicação;
2) Corpo: descreve e identifica as partes envolvidas no
fato (vítimas, suspeitos, agressores, testemunhas); 3)
Histórico: narrativa do fato contada por diversas e
distintas vozes (testemunhas, policial, investigador,
vítima) e transcrita pelo intermediador: o “escrivão”,
seguindo uma orientação geral para este item do BO, que
se refere à necessidade da narrativa conter respostas a 7
perguntas: o quê?, onde?, quando?, como?, por quê?,
quem (vítima)? e quem (autor)?; 4) Apêndices: parte
destinada a comunicações diversas, requisições de
perícias, ofícios, etc. (QUEIROZ, 2000 APUD ROMIO, 2009).
http://catalogo.governoaberto.sp.gov.br/dataset/45-infocrim-
informacoes-criminais
“SSP-Transparência

URL: http://www.ssp.sp.gov.br/transparencia
ssp/Consulta.aspx
“Todos os boletins de ocorrência, inclusive
os complementares, poderão ser
consultados por mês e ano, desde 2003, em
relação aos homicídios dolosos, latrocínios
e lesão corporal dolosa seguida de morte e
desde 2013, tanto em relação a morte
decorrente de oposição intervenção policial,
quanto em relação aos casos de mortes
suspeitas. São mais de 64 mil boletins.”
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é atualmente uma fonte
imprescindível de dados sobre a segurança pública no país.
Concebido com o objetivo de suprir a falta de conhecimento
consolidado, sistematizada e confiável no campo, o Anuário Brasileiro
de Segurança Pública compila e analisa dados de registros policiais
sobre criminalidade, informações sobre o sistema prisional e gastos com
segurança pública, entre outros recortes introduzidos a cada edição.
A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da
transparência e da prestação de contas na área da segurança pública,
influenciando a melhoria da qualidade dos dados por parte dos gestores.
Além disso, o anuário contribui para a produção de conhecimento, para
o incentivo à avaliação de políticas públicas, para a introdução de novos
temas na agenda de discussão do campo e para ações de incidência
política realizadas por diversas organizações da sociedade civil.

Anuário Brasileiro de
Segurança Pública
http://www.forumseguranca.org.br
/estatisticas/introducao/
• Pesquisa nacional sobre vitimização e acesso à justiça, realizadas
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, por meio
de um suplemento especial das pesquisas de amostra de domicílios
(PNAD).
• No Suplemento de 1988, intitulado “Participação Político-Social”, e
o suplemento de 2009, “vitimização e acesso à justiça”, nas duas
edições é possível traçar o perfil socioeconômico das vítimas de
agressão física e outros tipos de violências como o roubo e o furto,
além de possuírem questões relativas ao acesso à justiça, outro tópico
de interesse para os estudos da violência. A diferença substancial
entre as duas pesquisas para o estudo específico da violência de
gênero foi a inclusão no quesito sobre relação com o autor da
agressão física. Na pesquisa de 2009 tanto a pergunta sobre agressão
física quanto a relação específica entre a vítima e agressor figurando
o conjugue como possibilidade podem ser aproveitadas para a
investigação sobre violência contra mulheres. (Romio, 2017)

Pesquisa de vitimização
Romio, 2017
• Uma importância da estatística criminal apontada por Karmen
diz respeito ao potencial de substituir expressões e afirmações
vagas como “muito” e “pouco” por maior precisão numérica.
Segundo o pesquisador para criminologistas e vitimologistas é
possível adquirir informações de coleções próprios ou por
meio de exame minucioso das estatísticas oficiais das agências
governamentais, tarefa que requer ceticismo científico do
estudioso para lidar com as potencialidades e limitações que
cada documento traz, além do mais o pesquisador problematiza
que “statistics never speak for themselves. Numbers must
always be placed within some context or put intro perspective”
(KARMEN, 2004:45 Apud Romio, 2017).

Criando estatísticas criminais


• Segundo Karmen (2004), as estatísticas criminais são
importantes por diversas razões “in order to calculate the odds
individuals face of being harmed, to estimate their personal
financial losses and collective societal costs, and anticipate
how many people might need help. Statistics are also required
to evaluate the effectiveness of recovery efforts and prevention
strategies. Statistics provide a reality check to help ground
theories that purport to explain why some groups experience
higher rates of predation than others.” Estas estatísticas são
geralmente utilizadas por diversos setores sociais, oficiais e
políticos para planejamento, diagnóstico e avaliação de
políticas públicas em segurança pública e análises da
criminalidade e violência no geral (KARMEN, 2004:43 Apud
Romio, 2017).

Por que gerar estas estatísticas?


Banco de dados:

É qualquer sistema que reúna e mantenha organizada


uma série de informações relacionadas a um
determinado assunto em uma determinada ordem.
Ex.: lista telefônica; catálogo de endereços; etc.

Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com


Exemplo de Banco de dados em Excel

Linhas= casos
Colunas= variáveis Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
O que devemos ter em mente ao trabalhar
com bancos de dados:
• Notas técnicas (conceitos; plano amostral; etc.);

• Manual do entrevistador, nota técnica de como deve ser


aplicada a entrevista, etc;

• Questionário;

• Dicionário de variáveis.

Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com


Como trabalhamos com bancos de dados em pesquisa social?
DADOS Observação inicial
(questão de pesquisa)

Teoria geral

IDENTIFICAR
Hipóteses
VARIÁVEIS

MENSURAÇÃO/
INDICADORES Coletar dados/testar teoria

GRÁFICOS/TABE
LAS Análise dos dados
MODELAGEM
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ESTATÍSTICA

ESTATÍSTICA DESCRITIVA Média (Aritmética, Geométrica, Harmônica,Ponderada) - Mediana - Moda - Variância -


Desvio padrão - Coeficiente de variação

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Testes de hipóteses - Significância - Potência - Hipotése nula/Hipótese alternativa - Erro de
tipo I - Erro de tipo II - Teste T - Teste Z - Distribuição t de Student - Normalização - Valor
p - Análise de variância
ESTATÍSTICA NÃO-PARAMÉTRICA Teste Binomial - Teste chi-quadrado de Pearson (uma amostra, duas amostras
independentes, k amostras independentes) - Teste Kolmogorov-Smirnov (uma amostra, duas
amostras independentes) - Teste de McNemar - Teste dos Sinais - Teste de Wilcoxon - Teste
de Walsh - Teste Exata de Fisher - Teste Q de Cochran - Teste de Kruskal-Wallis - Teste de
Friedman

ANÁLISE DE SOBREVIVÊNCIA* Função de sobrevivência - Kaplan-Meier - Teste log-rank - Taxa de falha - Proportional
hazards models

AMOSTRAGEM* Amostragem aleatória simples (com reposição, sem reposição) - Amostragem estratificada -
Amostragem por conglomerados - Amostragem sistemática - estimador razão - estimador
regressão
DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE Normal - De Pareto - De Poisson - De Bernoulli - Hipergeométrica - Binomial - Binomial
negativa - Gama - Beta - t de Student - F de Fisher-Snedecor - Weibull - Chi-quadrado

CORRELAÇÃO Variável de confusão - Coeficiente de correlação de Pearson - Coeficiente de correlação de


postos de Spearman - Coeficiente de correlação tau de Kendall)

REGRESSÃO* Regressão linear - Regressão não-linear - Regressão logística - Método dos mínimos
quadrados - Modelos Lineares Generalizados - Modelos para Dados Longitudinais

ANÁLISE MULTIVARIADA* Distribuição normal multivariada - Componentes principais - Análise fatorial - Análise
discriminante - Análise de "Cluster" (Análise de agrupamento) - Análise de
Correspondência
SÉRIES TEMPORAIS* Modelos para séries temporais - Tendência e sazonalidade - Modelos de suavização
exponencial - ARIMA - Modelos sazonais
• Retirar dados sobre mortes por intervenção legal por
raça-cor para as Ufs brasileiras. 2000 a 2017.
(DATASUS).
• Fazer gráfico de linha com a distribuição
longitudinal.
• Olhar para a tabela da distribuição racial da
população recenseada em 2010. (SIDRA)
• Descrever principais impressões.
• Em casa fazer o mesmo exercício por sexo e raça.

Exercícios práticos
Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
• Últimos aconselhamentos sobre a
instalação do SPSS.
• Orientações sobre a forma de
instalação.

Instalar de programa SPSS


Dra. Jackeline A. F. Romio – jackeline.romio@gmail.com
• HAKKERT, Ralph. Fontes De Dados Demográficos.
ABEP: Belo Horizonte,1996
• MCGIBBON, Elizabeth et MCPHERSON, Charmaine.
Applying Intersectionality & Complexity Theory to
Address the Social Determinants of Women’s Health.
2010.
• Romio, Jackeline Aparecida Ferreira R664m Mortes
femininas violentas segundo raça/cor / Jackeline
Aparecida Ferreira Romio. - - Campinas, SP : [s. n.],
2009.

Bibliografia

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