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Artigo

Mônica Greisi - Psicóloga

Síndrome do Pânico

A Síndrome do Pânico, tão freqüente na mídia e no discurso das pessoas, não parece ser uma doença
nova, atual.
Na verdade, pode-se dizer que a descrição do Transtorno do Pânico constitui-se num novo recorte do
quadro clínico descrito por Freud há 100 anos, sob o nome de neurose de angústia, integrado atualmente às
doenças psiquiátricas.
Crê-se que este transtorno atinja hoje 3% a 4% da população mundial, na maioria jovens , na faixa etária
entre 21 a 40 anos, sendo observado um grau de incidência maior nas mulheres (3 mulheres para cada homem).
Embora incomum, um pequeno número de casos pode ter início na infância ou após os 45 anos.
Segundo especialistas, seu tratamento parece não ser exclusivamente medicamentoso e nem tão pouco
se restringe apenas a intervenções terapêuticas.
Os sintomas característicos de um ataque de pânico surgem repentinamente e sem nenhuma causa
aparente, podendo incluir : taquicardia , dor / tensão no peito , vertigem, náusea , dificuldade em respirar ,
"formigamento" ou falta de sensibilidade nas mãos , rubores ou calafrios , sensação de estar sonhando ou
distorções da percepção, terror , uma sensação de que algo inimaginavelmente horrível está para acontecer e se
está impotente para se prevenir , medo de perder o controle e fazer algo embaraçador , medo de morrer.
Um ataque de pânico típico dura vários minutos e é uma das condições mais desesperadoras que alguém
pode experienciar. Muitas pessoas que têm um ataque poderão ter outros. Quando alguém tem ataques repetidos,
ou sente ansiedade severa sobre ter outro ataque, é chamado portador de transtorno do pânico. Um ataque
isolado, porém, não caracteriza a crise.
Por outro lado, é comum que, uma vez que alguém teve um ataque de pânico , por exemplo , enquanto
dirigia, fazendo compras em uma loja abarrotada de gente ou andando de elevador, desenvolva paralelamente
medos irracionais, chamados fobias, sobre essas situações, começando a evitá-las. Eventualmente, o padrão de
evitação e o nível de ansiedade sobre ter outro ataque pode chegar ao ponto em que, o indivíduo com transtorno
do pânico, pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo sair de casa. Nesse estágio, a pessoa é dita tendo
transtorno de pânico com agorafobia.
Assim, o transtorno do pânico pode ter um sério impacto sobre a vida diária da pessoa, como as outras
grandes doenças, até que o indivíduo receba tratamento efetivo.
Vale lembrar que, por causa dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, ele
também pode ser confundido com uma doença do coração ou alguma outra doença que ponha em risco a vida.
Por esta razão, é comum as pessoas dirigem-se às salas de emergência hospitalar quando estão tendo um ataque
de pânico, onde serão efetuados exames médicos extensivos com o intuito de descartar outras condições. Neste
momento, alguns médicos tentam reassegurar a pessoa que está tendo um ataque de pânico, de que ela não está
em grande perigo. Expressões como "nada sério", "tudo na sua cabeça", ou "nada com que se preocupar" podem
dar, porém, a impressão errada de que não existe um problema real e de que um tratamento não é possível ou
necessário.
Muitos estudos e pesquisas têm sido feitos com o intuito de determinar as causas e soluções para a
síndrome do pânico, porém, ainda continuamos a trabalhar com algumas hipóteses que necessitam de uma maior
comprovação científica.
Segundo alguns estudiosos do assunto, existe um perfil psicológico mais propenso a sofrer do Transtorno
do Pânico. Geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga
excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmos, não convivem bem com
erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de
criatividade, perfeccionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas
extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos
negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo,
entre outras.
Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode
levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio
bioquímico e, consequentemente, o aparecimento da Síndrome do Pânico.
Já outra corrente de pesquisadores, acredita que o mecanismo de defesa e alerta do cérebro (que prepara
o indivíduo para a fuga ou luta) é acionado por um alarme falso, devido a uma falha no "lócus cerúleos" (centro
localizado no tronco cerebral, na região do sistema nervoso, onde se localizam os controles da respiração e da
freqüência cardíaca). Isso ocasionaria uma emissão de neurotransmissores, entre eles: Noradrenalina, Serotonina,
Dopamina, Endorfina etc. Não havendo uma situação de real perigo, a sintonia entre corpo e mente deixaria de
existir, desencadeando vários sintomas que levariam a pessoa ao pânico, decorrentes do acréscimo de adrenalina
lançado à circulação pelas glândulas supra-renais.
Fatores hereditários, stress emocional ou físico, drogas, prolapso da válvula mitral, entre outros, são
fatores também apontados como desencadeadores dos Ataques de Pânico e devem ser considerados na hora de
fazer-se o diagnóstico diferencial. Como dissemos anteriormente é importante, porém, frisar que um único ataque
isolado não é suficiente para caracterizar a síndrome.
Como não sabemos ainda qual é o mecanismo inicial que aciona indevidamente o sistema de alerta e de
defesa do cérebro ocasionando as crises, o que se tem feito até agora, é o controle dos sintomas, através da
combinação de uma variedade de tratamentos disponíveis, inclusive medicamentoso , além de formas específicas
de psicoterapia, os quais têm produzido bons resultados (tem-se notado alguma melhora em um curto período de
tempo, em torno de 6 a 8 semanas).
Experiências clínicas também têm demonstrado que pacientes que se utilizam de terapias
complementares, como o Reiki e a Terapia Floral, aliadas ao tratamento médico e psicológico convencionais, têm
obtido bons resultados no espaçamento e diminuição da sintomatologia durante as crises. Isto pode nos levar a
inferir que a utilização destes métodos vibracionais ativaria de alguma forma uma espécie de bioinformação
curativa, auxiliando o indivíduo neste processo.
Tratando o indivíduo de forma holística, aqui estaríamos atingindo também os seus corpos sutis, que
correspondem a diversos estados ou níveis de consciência lidando, desta forma , diretamente com a energia do
medo, com o estresse, com o descontrole emocional, que têm uma causa que vai além do físico. Se levarmos em
consideração que o nosso pensamento , enquanto energia sutil, pode ter o poder de deslocar ou reajustar os
elétrons de suas órbitas, levando-nos ao adoecimento físico e psíquico, poderíamos pensar que as terapias
vibracionais harmonizariam a dinâmica dos átomos reconduzindo os elétrons às suas respectivas órbitas,
produzindo o equilíbrio do sistema energético das células e a conseqüente recondução ao estado normal, ao que
denominaríamos saúde.
Assim, o tratamento holístico apropriado do transtorno do pânico (que pode incluir tanto a Medicina
Tradicional, a Psicologia e outras técnicas complementares) pode prevenir os ataques ou pelo menos reduzir
substancialmente sua severidade e freqüência trazendo alivio significativo para 70% a 90% das pessoas que
convivem com este pesadelo. Isto, porém, não garante que o transtorno esteja totalmente erradicado.
Não existe nenhum estudo científico que comprove que uma pessoa, depois de determinado número de
anos sem crises, seja considerada curada. A prova disso, é que, portadores que há vários anos estão sem crises e
sem medicamentos, ainda sentem alguns sintomas isolados de baixa intensidade. Poderíamos dizer que trata-se
de uma forma latente do Transtorno do Pânico.
Se o Transtorno do Pânico, porém, não for tratado, ele tenderá a continuar por meses ou anos, podendo
causar sérios transtornos à vida da pessoa, tanto pelos ataques de pânico em si , como pela tentativa de evitar ou
escondê-los. É comum as pessoas apresentarem problemas com amigos e familiares ou perderem seus empregos
enquanto esforçam-se em lidar com o transtorno do pânico. Este transtorno não é erradicado, a menos que a
pessoa receba tratamento específico para tal fim. Sendo assim, é importante o indivíduo consultar-se com um
profissional de saúde (médico/psicólogo/psiquiatra), para um correto diagnóstico e tratamento apropriado.
O apoio e compreensão da família e o conhecimento mais aprofundado da doença por parte do seu
portador e familiares auxiliam sobremaneira para que o tratamento se processe de forma mais rápida e eficaz.

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