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Universidade Federal do Ceará

Centro de Ciências
Departamento de Física
Engenharia de Energias e Meio Ambiente

PRÁTICA 7: VELOCIDADE DO SOM

Aluna: Juliana Maria Araújo Pinheiro


Matrícula: 388118
Turma: 24A
Professor: Dr. Nildo Loiola Dias

Fortaleza – 2016
OBJETIVO

Determinação da velocidade do som no ar como uma aplicação de ressonância

MATERIAL

Cano de PVC com êmbolo;


Diapasão de frequência conhecida;
Martelo de borracha;
Termômetro digital;
Paquímetro;
Trena;

INTRODUÇÃO

As ondas são perturbações que se propagam no espaço. Toda onda possui uma
determinada frequência, de modo que a mesma se dá de acordo com a amplitude e a
velocidade da mesma. Todos os corpos, de modo geral, possuem uma determinada
vibração característica, tendo assim uma ou mais frequências naturais de vibração.

Existem dois tipos de interferência nas ondas são elas:


Interferência construtiva ocorre um reforço da onda, e a amplitude da onda resultante é
maior do que a amplitude de cada uma das ondas que se superpõem.
No caso da interferência destrutiva ocorre um cancelamento da onda, sendo esse
cancelamento total ou parcial, e a amplitude da onda resultante é menor do que pelo
menos uma das amplitudes das ondas que se superpõem.

Cada corpo possui uma ou mais frequências naturais de vibração, ou seja, frequências
nas quais sua vibração ocorre com mais facilidade, com um aproveitamento melhor da
energia recebida.
Sendo assim, se sobre um corpo em repouso incidir uma onda de frequência igual a uma
de suas frequências naturais de vibração, o corpo começará a vibrar com a mesma
frequência. Quando isso acontece, diz-se que o corpo está em ressonância com a onda
recebida. Isso faz com que um corpo possa reforçar um som com o qual ele esteja em
ressonância.

No experimento, um cano de PVC com um êmbolo, foi utilizado que permite que o
comprimento da coluna de ar possa ser alterado.

Produzindo um som na boca do cano com um diapasão e variando o comprimento da


coluna de ar, encontra-se o instante em que a coluna de ar entra em ressonância,
reforçando o som produzido.

Começando com o êmbolo na boca do cano e aumentando gradativamente o


comprimento da coluna de ar, observamos que a intensidade do som atinge um máximo
quando o êmbolo está a uma distância h1 da boca do cano. Nesse ponto a onda
estacionária apresenta se primeiro nó no êmbolo e na boca do cano forma-se um ventre.

A intensidade do som atinge um outro máximo quando o êmbolo está a uma distância
h2 da boca do cano. Neste ponto, a onda estacionária apresenta um nó no êmbolo (em
h2) e um outro nó a uma distância h1 da boca do cano (posição antiga do êmbolo). A
distância entre dois nós consecutivos é metade do comprimento de onda. Portanto:

h2 - h1= λ/2

Onde λ é o comprimento de onda do som no ar. Sabemos que v=λf, então:

V = 2 (h2 – h1) f

Sendo “f” uma frequência conhecida (frequência do diapasão) e h1 e h2 podem ser


medidos, é possível calcular a velocidade de propagação do som no ar.
PROCEDIMENTO

Para realização do experimento foram fornecidos os materiais necessários. Inicialmente


cada aluno realizou sucessivos golpes no diapasão com o martelo de borracha próximo a
boca do cano de PVC, mantendo nessa posição enquanto o embolo foi movimentado de
maneira a aumentar o comprimento da coluna de ar no cano até que o som realizando
pelos golpes fosse reforçado, ou seja, quando a intensidade do som for máxima,
aferindo a distância do embolo com a trena. O procedimento foi repetido por cada aluno
até se achar três comprimentos da coluna de ar distintos e os resultados obtidos estão
presentes na tabela a seguir:

Estudante 1 Estudante 2 Estudante 3 Média (cm)


H1(cm) 17,7 17,5 17,0 17,4
H2(cm) 57,2 56,3 56,5 56,6
H3(cm) 95,7 96,0 95,7 95,8

Utilizando o termômetro fornecido, foi aferida a temperatura local, durante o teste


constatando-se o valor de 26,0 °C. Também foi necessário à aferição do comprimento
total e diâmetro interno do cano, os valores obtidos foram respectivamente 107,5 cm e
46,2mm.

QUESTIONÁRIO

1- Determine a velocidade do som:

1.1- Com ℎ1=𝜆/4 e 𝑣=𝜆𝑓


0,174=𝜆/4
𝜆= 0,696→ v=0,696x440=306,24m/s

1.2- Com ℎ1+0,6×𝑟𝑎𝑖𝑜=𝜆/4 e 𝑣=𝜆𝑓


0,174+0,6×0,023=𝜆/4 → 𝜆=0,751m
𝑣=0,751 ×440 → 𝑣=330,440m/s

1.3- Com 𝑣=2 (ℎ2− ℎ1)𝑓


𝑣=2 (0,566− 0,174)×440 → 𝑣=344,960 m/s

1.4- Com 𝑣=2 (ℎ3− ℎ2)𝑓


𝑣=2 (0,958− 0,566)×440 → 𝑣=344,960 m/s
V (m/s)

A partir de h1 (médio) sem considerar 306,240


a “correção de extremidade”

A partir de h1 (médio) considerando a 330,440


“correção de extremidade”

A partir dos valores médios de h1 e h2. 344,960

A partir dos valores médios de h2 e h3. 344,960

2- Determinar a velocidade do som pela média dos três últimos valores da questão1.

𝑣𝑚é𝑑𝑖𝑎= (330,440+344,960+344,960) /3
𝑣𝑚é𝑑𝑖𝑎=340,120m/s

3- Calcule a velocidade teórica do som no ar, utilizando a equação termodinâmica:


𝑉=331+ 2/3𝑇 onde T é a temperatura ambiente, em graus Celsius. (A velocidade do som
no ar a 0°C é 331 m/s.. Para cada grau centigrado acima de 0º C, a velocidade do som
aumenta 2/3 m/s).

𝑉=331+ 2/3×26,0→ 𝑉≅348,333 𝑚/𝑠

4- Calcule o erro percentual entre o valor da velocidade de propagação do som no ar


obtido experimentalmente (questão 2) e o cálculo teoricamente (questão 3).

𝐸𝑟𝑟𝑜=(𝑣𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎−𝑣𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙)/𝑣𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎×100
𝐸𝑟𝑟𝑜=(348,333-340,120)/ 348,333x 100
𝐸𝑟𝑟𝑜=2,358 %

5- Quais as prováveis causas dos erros cometidos?

Como no experimento realizado foram utilizados nas aferições de medidas os sentidos


dos alunos, tal como a audição e a visão que são passiveis de erro, podemos concluir
que os valores apresentados podem gerar uma margem de erro considerável.

6- Será possível obterem-se novos máximos de intensidade sonora, além dos três
observados, paras outros comprimentos da coluna de ar dentro do cano? Raciocine ou
experimente. Justifique.

Com a formula da velocidade é possível obter a próxima distancia onde ocorrerá


ressonância
𝑣=2(ℎ4−ℎ3)𝑓 →346,427=2(ℎ4−0,958)×440→ ℎ4=1,352m

Como o cano utilizado possui 1,075 m, não será possível achar outro comprimento na
coluna de ar disponível, pois o próximo seria encontrado em aproximadamente 1,352 m.

7- A velocidade do som no ar a 30ºC é 351 m/s. Qual a velocidade do som no ar a essa


temperatura em km/h?
Para converter a unidade de metros por segundo para quilômetros por hora devesse
multiplicar o valor por 3,6

𝑉 ≅351×3,6≅1263,600 km/h

8- Quais seriam os valores de h1, h2 e h3 se o diapasão tivesse a frequência de 660 Hz?


(Não considerar a correção de extremidade).

𝑣=𝜆𝑓 → 340,120=𝜆×660 → 𝜆 =0,51

1- ℎ1=𝜆4 → ℎ1=0,515/4 → ℎ1=0,129cm


2- ℎ2−ℎ1=𝜆/2 → ℎ2−0,129=0,515/2 → ℎ2=0,386cm
3- ℎ3−ℎ2=𝜆/2 → ℎ3−0,386=0,515/2 → ℎ3=0,643cm

CONCLUSÃO

Através dos experimentos realizados foi possível adquirir conhecimentos sobre a


propagação do som relacionado com a vibração de outros corpos, observando através do
material fornecido suas propriedades que foram de extrema importância para encontrar
os resultados necessários.
Utilizando esses conceitos foi possível encontrar os locais dentro do cano onde ocorriam
ressonância, e através desses encontrar a velocidade do som na temperatura do
ambiente. Também foi possível observar que a diferença no intervalo de comprimento
de onda é aproximada para a mesma frequência de vibração, com isso podemos deduzir
em que pontos poderá ser encontrado ressonância.

REFERÊNCIAS

DIAS, Nildo Loiola. Roteiros de aulas práticas de física. Fortaleza: 2016. 61 p.


HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 9.
ed. Rio de Janeiro : Ltc, c2012. 2 v.
http://www.infoescola.com/fisica/ressonancia– Ressonância –02/09/2016

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