Você está na página 1de 18

Arábia Saudita

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Esta página contém alguns caracteres especiais que podem não ser exibidos
por alguns navegadores. Veja aqui mais informações.
 Nota: Para outros significados, veja Arábia (desambiguação).
‫المملكة العربية السعودية‬
(Al-Mamlaka al-`Arabiyya as-
Sa`ūdiyya)
Reino da Arábia Saudita

Bandeira Brasão de armas


Lema: ‫ال إله إال هللا محمد رسول هللا‬
(Transliteração: La ilaha Ilallah Muhammadar
Rasululah)
""Não há deus senão Alá, e Maomé é o seu
mensageiro"." (Chahada)

Hino nacional: Aash Al Maleek


("Vida longa ao Rei")

MENU
0:00

Gentílico: Saudita ¹

Localização da Arábia Saudita


Capital Riade
24°39′N 46°46′E

Cidade Riade
mais
populosa

Língua Árabe
oficial

Religião Islamismo
oficial

Governo Monarquia
absoluta islâmica uaabita
 - Rei Salman bin Abdul Aziz Al-
Saud
 - Príncipe Mohammad bin Salman
Herdeiro
Formação  
 -
Declaração
da 8 de janeiro de 1926 
independên
cia
 -
Reconheci 20 de maio de 1927 
mento
 -
23 de setembro de 1932 
Unificação
Área  
 - Total 2 149 690 km² (13.º)
 - Água (%) Negligenciável
 Fronteira Jordânia, Iraque, Cuaite, Catar, 
Emirados Árabes
Unidos, Omã e Iémen
População  
 -
Estimativa 33 500 000[1] hab. (41.º)
para 2018
 - Densidad 11 hab./km² (205.º)
e

PIB (base P Estimativa de 2018


PC)
 - Total US$ 1,844 trilhão*[2] (19.º)
 - Per capita US$ 55 859[2] (28.º)

PIB (nomin Estimativa de 2018


al)
 - Total US$ 769,878 bilhões*[2] (19.
º)
 - Per capita US$ 23 239[2] (31.º)

IDH (2019) 0,854 (40.º) – muito alto[3]

Moeda Riyal ( SAR )

Fuso AST (UTC+3)
horário
 - Não usa
Verão (DST
)
Cód. .sa
Internet

Cód. telef. +966

¹  Utiliza-se também: Árabe-saudita,[4] saudi-arábico,


[4]
 saudi-árabe[5] e arábio.[4]

Arábia Saudita (em árabe: ‫السعودية‬ as-Su’ūdiyya), oficialmente Reino da Arábia


Saudita (em árabe: ‫;المملكة العربية السعودية‬ al-Mamlaka al-ʻArabiyya as-Suʻūdiyya), é
considerado por tamanho de território, o maior país árabe na Ásia e
na Península Arábica (cerca de 2 150 000 km2), constituindo a maior parte
da Península Arábica, e o segundo maior país árabe do mundo (após
a Argélia). Tem fronteiras com Jordânia e Iraque ao norte; Cuaite a
nordeste; Catar, Barém e Emirados Árabes Unidos a leste; Omã a
sudeste; Iêmen ao sul; mar Vermelho a oeste e com o golfo Pérsico a leste.
Sua população é estimada em 16 milhões de cidadãos nativos, 9 milhões
de expatriados estrangeiros e 2 milhões de imigrantes ilegais registrados.
[6]
 Suas principais cidades são: Riade, a capital; Gidá, principal porto e antiga
capital; e Meca e Medina, cidades sagradas do islamismo.
O Reino da Arábia Saudita foi fundado por Abd al-Aziz Al Saud (mais
conhecido ao longo de toda sua vida adulta como Ibn Saud) em 1932, embora
as conquistas que levaram à criação do Reino tenham começado em 1902,
quando ele capturou Riade, a casa ancestral de sua família, a Casa de Saud,
conhecida em árabe como Al Saud. Desde a criação do país, o sistema
político tem sido o de uma monarquia absoluta teocrática. O governo saudita se
descreve como islâmico e é altamente influenciado pelo uaabismo.[7] A Arábia
Saudita muitas vezes é chamada de "Terra das Duas Mesquitas Sagradas", em
referência às mesquitas Grande Mesquita (em Meca) e Mesquita do
Profeta (em Medina), os dois lugares mais sagrados do islamismo.
Com a segunda maior reserva de petróleo e a sexta maior reserva de gás
natural do mundo, a Arábia Saudita é classificada como uma economia de alta
renda pelo Banco Mundial e possui o 19º maior PIB do mundo.[8][9] Por ser o
maior exportador mundial de petróleo, o país garantiu sua posição como um
dos mais poderosos do mundo, além de também ser classificado como
uma potência regional e de manter sua hegemonia regional na Península
Arábica. O país é membro do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do
Golfo Pérsico, da Organização da Conferência Islâmica, do G20 e
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).[10] A economia
saudita é amplamente apoiada por sua indústria de petróleo, que responde por
mais de 95% das exportações e 70% das receitas do governo, embora a parte
da economia que não depende do setor petrolífero tenha crescido nos últimos
tempos.

Índice

 1Etimologia
 2História
o 2.1Pré-história
o 2.2Antiguidade
o 2.3Idade Média e advento do Islã
o 2.4Unificação e Reino
 3Geografia
o 3.1Clima
o 3.2Biodiversidade
o 3.3Disponibilidade de água
 4Demografia
o 4.1Composição étnica
o 4.2Imigração
o 4.3Religião
o 4.4Maiores aglomerações urbanas
 5Governo e política
o 5.1Forças armadas
o 5.2Sistema legal
o 5.3Relações internacionais
 5.3.1Acusações de apoio ao terrorismo islâmico
o 5.4Direitos humanos
 5.4.1Mulheres
 6Subdivisões
 7Economia
 8Infraestrutura
o 8.1Educação
o 8.2Saúde
o 8.3Transportes
 9Cultura
o 9.1Esportes
o 9.2Gastronomia
 10Ver também
 11Referências
 12Bibliografia
 13Ligações externas

Etimologia
Depois da unificação dos reinos de Hejaz e Négede, o novo Estado foi
nomeado al-Mamlakah al-Arabīyah as-Suūdīyah (em árabe: ‫)المملكة العربية السعودية‬
por decreto real em 23 de setembro 1932 pelo fundador do país, o rei Abdul
Aziz Al Saud. Isto é normalmente traduzido como "Reino da Arábia Saudita",
[11]
 ainda que literalmente signifique "Reino Árabe Saudita".[12]
A palavra Saudi é derivada de as-Suʻūdīyah no nome em árabe do país, que é
um tipo de adjectivo conhecido como um nisba, formado a partir do nome da
dinastia Al Saud (‫)آل سعود‬. Sua inclusão indicou que o governante do país
considerava-o como posse pessoal da família real.[13][14] Al Saud é um nome
árabe formado pela adição da palavra Al, que significa "família de" ou "Casa
de",[15] ao nome pessoal do antepassado da família Al Saud, no caso, o pai do
fundador da dinastia no século XVIII, Muhammad bin Saud.[16]

História
Ver artigo principal: História da Arábia Saudita
Pré-história

Estela antropomórfica (4º milênio aC), arenito, 57x27 cm, de El-Maakir-Qaryat al-Kaafa (Museu


Nacional de Riade)

Há evidências de que a habitação humana na Península Arábica remonta a


cerca de 125 mil anos atrás.[17] Um estudo de 2011 descobriu que os primeiros
humanos modernos a se espalharem para o leste pela Ásia deixaram a África
cerca de 75 mil anos atrás através do Babelmândebe conectando o Chifre da
África e a Arábia.[18] A Península Arábica é considerada uma figura central na
compreensão da evolução e dispersão dos hominídeos. A Arábia passou por
uma flutuação ambiental extrema no Quaternário que levou a profundas
mudanças evolutivas e demográficas. A Arábia tem um rico registro
do Paleolítico Inferior, e a quantidade de sítios semelhantes a Oldowan na
região indica um papel significativo que a Arábia desempenhou na colonização
inicial de hominídeos na Eurásia.[19]
No período Neolítico, floresceram culturas proeminentes como a Al-Magar, cujo
centro ficava no sudoeste moderno de Négede. Al-Magar pode ser considerado
como uma "Revolução Neolítica" no conhecimento humano e nas habilidades
manuais.[20] A cultura é caracterizada como uma das primeiras do mundo a
envolver a domesticação generalizada de animais, particularmente o cavalo,
durante o Neolítico.[21]
Em novembro de 2017, cenas de caça mostrando imagens
de cães provavelmente domesticados, semelhantes ao cão-de-canaã, usando
coleiras foram descobertas em Shuwaymis, uma região montanhosa do
noroeste da Arábia Saudita. Essas gravuras rupestres datam de mais de 8 mil
anos, tornando-as as primeiras representações de cães no mundo.[22]
No final do quarto milênio a.C., a Arábia entrou na Idade do Bronze após
testemunhar transformações drásticas; os metais foram amplamente usados e
o período foi caracterizado por seus cemitérios de 2 m de altura, que foram
simultaneamente seguidos pela existência de vários templos, que incluíam
muitas esculturas independentes originalmente pintadas com cores vermelhas.
[23]

Antiguidade
Ver artigo principal: Arábia pré-islâmica

A estátua do "Servo Adorador" (2500 a.C.), com mais de um metro de altura, é muito mais alta do
que qualquer modelo mesopotâmico ou harapiano possível, Museu Nacional da Coreia.[24]

A cultura sedentária mais antiga na Arábia Saudita remonta ao período de al-


Ubaide, após a descoberta de vários fragmentos de cerâmica em Dosariyah. A
análise inicial da descoberta concluiu que a província oriental da Arábia Saudita
foi a pátria dos primeiros colonos da Mesopotâmia e, por extensão, a provável
origem dos sumérios. No entanto, os fragmentos datam das duas últimas fases
do período, enquanto alguns exemplos poderiam ser classificados
aproximadamente como das fases dois e três. Assim, a ideia de que colonos da
Arábia Saudita emigraram para o sul da Mesopotâmia e fundaram a primeira
cultura sedentária da região foi abandonada.[25]
A mudança climática e o início da aridez podem ter ocasionado o fim desta fase
de povoamento, visto que existem poucas evidências arqueológicas do milênio
seguinte.[26] O povoamento da região recomeça no período de Dilmum no início
do terceiro milênio a.C.. Registros conhecidos de Uruque referem-se a um
lugar chamado Dilmum, associado em várias ocasiões ao cobre e em período
posterior foi fonte de madeiras importadas no sul da Mesopotâmia. Vários
estudiosos sugeriram que Dilmum designou originalmente a província oriental
da Arábia Saudita, notavelmente ligada aos principais assentamentos
dilmunitas de Umm an-Nussi e Umm ar-Ramadh no interior e Tarout na costa.
É provável que a ilha de Tarout fosse o principal porto e capital de Dilmum.[24]
Tabuletas de argila com inscrições na Mesopotâmia sugerem que, no período
inicial de Dilmum, existia uma forma de estrutura política hierárquica
organizada. Em 1966, uma terraplenagem em Tarout expôs um antigo
cemitério que rendeu uma grande e impressionante estátua datada do período
dilmunita (meados do terceiro milênio a.C.). A estátua foi feita localmente sob
forte influência da Mesopotâmia no princípio artístico de Dilmum.[24]

Qaṣr Al-Farīd, o maior dos 131 túmulos monumentais no sítio arqueológico nabateu de Madain


Saleh, um Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 2008.

Por volta de 2.200 a.C., o centro de Dilmum mudou por razões desconhecidas
de Tarout e do continente da Arábia Saudita para a ilha de Barém, e um
assentamento altamente desenvolvido emergiu lá, onde um complexo de
templos laboriosos e milhares de túmulos que datam desse período foram
descobertos.[24]
No final da Idade do Bronze, um povo e uma terra historicamente registrados
(midianitas) na porção noroeste da Arábia Saudita estão bem documentados
na Bíblia. Centrado em Tabuque, estendia-se de Arava, no norte, até a área de
al-Wejh, no sul.[27] A capital de midianita era Qurayyah[28] e consistia em uma
grande cidadela fortificada que abrangia 35 hectares e abaixo dela um
assentamento murado de 15 hectares. A cidade hospedava de 10 a 12 mil
habitantes.[29] Os midianitas foram descritos em dois eventos principais na Bíblia
que relatam as duas guerras de Israel, em algum lugar no início do século XI
a.C.. Politicamente, os midianitas foram descritos como tendo uma estrutura
descentralizada chefiada por cinco reis (Evi, Rekem, Tsur, Hur e Reba), os
nomes parecem ser topônimos de importantes assentamentos midianitas.[30] É
opinião comum que Midiã designava uma confederação de tribos, o elemento
sedentário se estabeleceu no Hijaz enquanto seus afiliados nômades pastavam
e às vezes saqueavam terras tão distantes quanto a Palestina.
[31]
 Os nômades midianitas foram um dos primeiros exploradores da
domesticação de camelos que lhes permitiu navegar pelos terrenos hostis da
região.[31]
No final do século VII a.C., um reino emergente apareceu no teatro histórico do
noroeste da Arábia. Tudo começou como um xarifado de Dedan ou Lihyan.[32] O
primeiro atestado de realeza do estado, Rei de Lihyan, foi em meados do
século VI a.C..[33] Lihyan foi um reino árabe antigo poderoso e altamente
organizado que desempenhou um papel cultural e econômico vital na região
noroeste da Península Arábica.[34] Os lihyanitas governaram sobre um grande
domínio de Yathrib no sul e partes do Levante no norte.[35] Na antiguidade,
o Golfo de Aqaba costumava ser chamado de Golfo de Lihyan. Um testemunho
da grande influência que Lihyan adquiriu.[36]
Idade Média e advento do Islã
Ver artigo principal: História do Islã

Em sua maior extensão, o Califado Omíada (661-750) cobriu 11,1 mil km²[37] e 62 milhões de
pessoas (29% da população mundial),[38] tornando-o um dos maiores impérios da história em área e
proporção da população mundial.

Pouco antes do advento do Islã, além dos assentamentos comerciais urbanos


(como Meca e Medina), muito do que viria a se tornar a Arábia Saudita era
povoado por sociedades tribais pastorais nômades.[39] O profeta
islâmico Maomé nasceu em Meca por volta do ano 571. No início do século VII,
Maomé uniu as várias tribos da península e criou um único sistema religioso
islâmico.[40] Após sua morte em 632, seus seguidores expandiram rapidamente
o território sob o domínio muçulmano para além da Arábia, conquistando
grandes e sem precedentes porções de território (da Península Ibérica no oeste
ao atual Paquistão no leste) em questão de décadas. A Arábia logo se tornou
uma região politicamente mais periférica do mundo muçulmano, conforme o
foco mudou para as vastas terras recém-conquistadas.[40]
Árabes originários da moderna Arábia Saudita, em particular o Hejaz, fundaram
os califados Ortodoxo (632–661), Omíada (661–750), Abássida (750–1517)
e Fatímida (909–1171).[41][42][43][44][45] Do século X ao início do século XX, Meca e
Medina estiveram sob o controle de um governante árabe local conhecido
como xarife de Meca, mas na maioria das vezes o xarife devia lealdade ao
governante de um dos principais impérios islâmicos baseado
em Bagdá, Cairo ou Istambul. A maior parte do restante do que se tornou a
Arábia Saudita reverteu ao governo tribal tradicional.[46][47]
Durante grande parte do século X, os carmatas ismaelitas-xiitas foram a força
mais poderosa do Golfo Pérsico. Em 930, os carmatas pilharam Meca,
ultrajando o mundo muçulmano, especialmente com o roubo da Pedra Negra.
[48]
 Em 1077–1078, um xeque árabe chamado Abdullah bin Ali Al Uyuni derrotou
os carmatas no Barém e al-Hasa com a ajuda do Império Seljúcida e fundou
a dinastia uyunid.[49][50] O Emirado de Uyunid mais tarde passou por uma
expansão com seu território estendendo-se de Négede ao deserto sírio.[51] Eles
foram derrubados pelos usfúridas em 1253.[52] O governo ufsurid foi
enfraquecido depois que
governantes persas de Ormuz capturaram Barém e Qatif em 1320.
[53]
 Os vassalos de Ormuz, a dinastia xiita jarwanid vieram para governar o leste
da Arábia no século XIV.[54][55] Os jabridas assumiram o controle da região após
derrubar os jarwanidas no século XV e entraram em confronto com Ormuz por
mais de duas décadas sobre a região por suas receitas econômicas, até
finalmente concordar em pagar tributo em 1507.[54] A tribo Al-
Muntafiq posteriormente assumiu o controle da região e ficou sob
a suserania otomana. A tribo Bani Khalid posteriormente se revoltou contra eles
no século XVII e assumiu o poder.[56] Seu governo se estendeu
do Iraque a Omã no auge e eles também ficaram sob a suserania otomana.[57][46]
No século XVI, os otomanos adicionaram o Mar Vermelho e a costa do Golfo
Pérsico (Hejaz, Asir e Al-Ahsa) ao Império Otomano e reivindicaram a
suserania sobre o interior. Uma das razões foi impedir as tentativas
portuguesas de atacar o Mar Vermelho (daí o Hedjaz) e o Oceano Índico.[58] O
grau de controle otomano sobre essas terras variou ao longo dos quatro
séculos seguintes.[59][60]
Unificação e Reino
Ver artigo principal: Unificação da Arábia Saudita
Mais informações: Casa de Saud

Ibn Saud, o pai fundador e Dammam No. 7, o primeiro


o primeiro rei da Arábia poço de petróleo comercial
Saudita, 1910 do país, 1938

O Estado Saudita surge na Arábia Central em 1744. Um chefe


local, Muhammad bin Saud, uniu forças a um resgatador dos fundamentos do
Islã, Maomé ibne Abdal Uaabe, para criar uma nova entidade política. O
moderno Estado Saudita foi fundado pelo último rei Abdul Aziz Al-
Saud (conhecido internacionalmente como Abdul Aziz Ibn Saud).[46]
Em 1902, Abdul Aziz Ibn Saud capturou Riade, a capital ancestral da dinastia
de Al-Saud à família rival Raxide. Continuando estas conquistas, Abdul Aziz
subjugou o oásis de Alhaça, o resto do Négede e do Hejaz entre 1913 e 1926.
Em 8 de janeiro de 1926, Abdul Aziz Ibn Saud torna-se "Rei do Hejaz". Em 29
de janeiro de 1927 ele tomou o título de "Rei do Négede" (o
título négedi anterior era de "Sultão"). Pelo Tratado de Gidá, assinado em 20
de maio de 1927, o Reino Unido reconheceu a independência do reino de
Abdul Aziz (então conhecido como Reino de Hejaz e Négede).[46]
Em 1932, estas regiões foram unificadas como o Reino da Arábia Saudita. A
descoberta de petróleo em 3 de março de 1938 transformou o país. As
fronteiras com a Jordânia, o Iraque, e o Cuaite foram estabelecidas por uma
série de tratados negociados nos anos de 1920, que criaram duas "zonas
neutras"—uma com o Iraque e outra com o Cuaite. A zona neutra Cuaite-
Arábia Saudita foi administrada conjuntamente em 1971, com cada Estado
partilhando igualitariamente os recursos petrolíferos da zona. Tentativas de
acordo para a partilha da zona neutra Cuaite-Arábia Saudita chegaram a um
termo em 1981, sendo finalizadas em 1983.[46]

Atentado das torres de Khobar em 1996

Durante a guerra árabe-israelense de 1973, a Arábia Saudita participou do


boicote do petróleo árabe aos Estados Unidos e aos Países Baixos. Como
membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a
Arábia Saudita juntou-se a outros países-membros elevando moderadamente o
preço do petróleo em 1971.[46]
A fronteira sul do país com o Iémen foi parcialmente definida em 1934 com
o Acordo de Taife, pondo fim a uma breve guerra fronteiriça entre os dois
Estados. Um tratado adicional assinado em junho de 2000 delineou porções da
fronteira com o Iémen. A localização e status da fronteira da Arábia Saudita
com os Emirados Árabes Unidos não está finalizada; a fronteira de facto reflete
um acordo de 1974. A fronteira entre a Arábia Saudita e o Catar foi definida em
março de 2001. A fronteira com Omã ainda não está demarcada.[46]
Em 1990-91, o Fahd desempenhou um papel-chave antes e durante a Guerra
do Golfo: a Arábia Saudita acolheu a família real cuaitiana além de 400 000
refugiados e ao mesmo tempo permitiu a entrada de tropas ocidentais e árabes
em seu território para a liberação do Cuaite no ano seguinte.[46]
Quando o então rei Fahd sofreu um enfarte em novembro de 1995, o seu
sucessor, então príncipe-herdeiro Abdallah, assumiu muitas das
responsabilidades rotineiras da condução do governo. Morto o rei Fahd em 1
de agosto de 2005, Abdallah sucedeu-lhe, convertendo-se no rei do país, até
22 de janeiro de 2015, quando faleceu, depois de cerca de 30 dias de luta
contra uma pneumonia, assumindo como seu sucessor, em 23 de janeiro o seu
meio irmão Salman bin Abdalaziz Al Saud e passando a sucessor do trono o
sobrinho Mohammed bin Nayef. No entanto, em junho de 2017, este foi
afastado, e o rei Salman tornou Mohammad bin Salman herdeiro do trono.[61][62][63]
[64]

Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Arábia Saudita
Imagem de satélite da península Arábica

A Arábia Saudita ocupa cerca de 80% da Península Arábica[65] e se encontra


entre as latitudes 16° e 33° N e longitudes 34° e 56° E. Como as fronteiras ao
sul do país com os Emirados Árabes Unidos e Omã não são definidas ou
demarcadas com precisão, as dimensões exatas da Arábia Saudita ainda são
desconhecidas.[65] A estimativa do CIA World Factbook é de cerca de 2 250 000
km² e classifica a Arábia Saudita como 13º maior país do mundo.[66]
A geografia da Arábia Saudita é dominada pelo Deserto da Arábia e por
alguma áreas semi-desérticas. Trata-se, na verdade, de uma série de desertos
conectados e inclui 647 500 km² do Rub' al-Khali (o chamado "Quarteirão
Vazio") na parte sul do país, a maior área de deserto de areia contíguo do
mundo.[67][68] Praticamente não há rios ou lagos no país, mas uádis são
numerosos. As poucas áreas férteis são encontradas nos depósitos aluviais em
uádis, bacias e oásis.[67] A principal característica topográfica é o planalto central
que se eleva abruptamente do mar Vermelho e desce gradualmente para
o Négede e para o golfo Pérsico. Na costa do mar Vermelho, há uma estreita
planície costeira, conhecida como a Tiama, paralela a escarpas imponentes. A
região sudoeste de Assir é montanhosa e contém o monte Jabal Sawda, que
com 3 133 metros de altura é o ponto mais alto no país.[67]
Clima

A típica paisagem do deserto do Rub' al-Khali, na Arábia Saudita

Com exceção da região de Assir, a Arábia Saudita tem um clima desértico com
temperaturas extremamente altas durante o dia e uma queda acentuada de
temperatura durante a noite. As temperaturas médias no verão variam em torno
de 45 °C, mas podem atingir até 54 °C. No inverno, a temperatura raramente
cai abaixo de 0 °C. Na primavera e no outono, o calor é temperado e as
temperaturas médias ficam em torno de 29 °C.[69]
A precipitação anual é extremamente baixa. A região de Assir difere disto, visto
que ela é influenciada pelas monções do oceano Índico, que geralmente
acontecem entre outubro e março. Uma média de 300 mm de chuvas ocorre
durante este período, que representa cerca de 60% da precipitação anual.[69]
Biodiversidade

O leopardo-árabe

A vida animal inclui lobos, hienas, babuínos e lebres, entre outros. Animais
maiores, como gazelas, órix e leopardos eram relativamente numerosos até os
anos 1950, quando a caça feita com veículos a motor reduziu a população
destes animais quase à extinção. Aves incluem falcões (que são capturados e
treinados para a caça), águias, abutres e outros tantos. Existem várias
espécies de cobras, muitas das quais são venenosas, e vários tipos de
lagartos.[67]
Há uma grande variedade de vida marinha animal no Golfo Pérsico. Entre os
animais domesticados estão camelos, ovelhas, cabras, burros e galinhas.
Refletindo condições desérticas do país, a vida das plantas da Arábia Saudita
consiste principalmente de pequenas ervas e arbustos que necessitam de
pouca água. Existem algumas pequenas áreas de grama e árvores em Assir.
A tamareira (Phoenix dactylifera) é comum no país.[67]
Disponibilidade de água

Imagem de satélite de irrigações circulares no deserto saudita

A região não tem lagos ou rios, de modo que a Arábia Saudita consiste no
maior país do mundo sem a presença de nenhum desses grandes corpos
hídricos.[70][71]
Por isso, o país sofre com a escassez de água e para suprir essa necessidade
realiza a dessalinização da água. A capital Riad é abastecida com água
transportada por 370 km do Golfo da Arábia para então ser dessalinizada. Com
o aperfeiçoamento da tecnologia, os custos do processo têm diminuído.[72] Outra
tentativa envolve a procura por água em aquíferos subterrâneos. Em março de
2010, o processo foi iniciado por cientistas alemães contratados pelo governo
saudita que têm feito a abertura de buracos com até 2 mil metros de
profundidade.[70]
Na Arábia Saudita, assim como em outros países do Oriente Médio, a
agricultura é feita principalmente através do sistema de pivô central de
irrigação, onde se capta a água subterrânea dos lençóis freáticos que ficam
abaixo do deserto. Isso explica a presença de plantações circulares em regiões
completamente inóspitas do deserto da Arábia Saudita. Cerca de 85% da água
disponível na Arábia Saudita é utilizada na agricultura.[70]

Demografia
Riade, capital e maior cidade do país

Densidade demográfica da Arábia Saudita (pessoas por km²)

Ver artigo principal: Demografia da Arábia Saudita


Composição étnica
A população da Arábia Saudita em julho de 2018 era estimada em 33,5 milhões
pessoas, incluindo 8 429 401 estrangeiros.[1] Em 1950, a Arábia Saudita tinha
uma população de cerca de 3 milhões de pessoas. A composição étnica de
seus cidadãos é feita por árabes sauditas (50%), outros árabes (35%,
inclui egípcios, sudaneses, líbios, etc) afro-asiáticos (10%) e beduínos (5%).
[73]
 Até os anos 1960, a maioria da população do país era nômade, mas
atualmente mais de 95% da população é urbana, devido ao crescimento
econômico e urbano acelerado. Recentemente, nos início dos anos 1960, a
população escrava da Arábia Saudita foi estimado em 300 mil pessoas.
[74]
 A escravidão foi oficialmente abolida no país apenas em 1962.[75][76]
Imigração
O CIA World Factbook estima que, em 2013, os estrangeiros que vivem na
Arábia Saudita compunham cerca de 21% da população do país.[77] Outras
fontes relatam estimativas diferentes.[78] Existem 1,3 milhão de indianos; 900
mil paquistaneses; 900 mil egípcios; 800 mil iemenitas; 500
mil bangladeshianos, 500 mil filipinos; 500 mil jordanos/palestinos; 260
mil indonésios; 250 mil cingaleses; 350 mil sudaneses; 250 mil sírios; e 100
mil turcos no país. Além disso, existem cerca de 100 mil ocidentais na Arábia
Saudita, a maior parte dos quais vivem em condomínios fechados.[79]
A Arábia Saudita expulsou 800 mil iemenitas do país entre 1990 e 1991.
[80]
 Estima-se que 240 mil palestinos vivam no país e eles não estão autorizados
a manter ou até mesmo solicitar a cidadania saudita, por causa de instruções
da Liga Árabe que barram que os Estados árabes de concedam-lhes cidadania.
Os palestinos são o único grupo estrangeiro que não pode se beneficiar de
uma lei de 2004 aprovada pelo Conselho de Ministros da Arábia Saudita e que
dá direito a expatriados de todas as nacionalidades e que tenham residido no
reino por no mínimo dez anos para de requerer a cidadania, sendo dada
prioridade às pessoas melhores qualificadas.[81] Os artigos 12.4 e 14.1 do
Regulamento Executivo do Sistema de Cidadania Saudita podem ser
interpretados como uma exigência de que os candidatos sejam muçulmanos.
[82]
 A Arábia Saudita criou uma barreira na fronteira com o Iêmen para impedir
que o afluxo de imigrantes ilegais e o tráfico de drogas e armas alcance o país.
[83]

Religião

Multidão ao redor da Caaba (cubo negro no centro) na Grande Mesquita, em Meca, o local mais
sagrado do islamismo e um importante ponto de peregrinação.Ao fundo, está a Abraj Al Bait Towers

Há cerca de 25 milhões de pessoas no país que são muçulmanas, ou 97% da


população total.[84] Os dados para a Arábia Saudita vêm principalmente de
pesquisas à população em geral, que são menos confiáveis do que censos ou
pesquisas demográficas e de saúde em larga escala para estimar minorias e
maiorias populacionais.[84] Entre 85 e 90% dos sauditas são sunitas, enquanto
os xiitas representam entre 10 e 15% da população muçulmana.[85]
A forma oficial e dominante do islamismo sunita na Arábia Saudita é conhecida
como uaabismo (sendo que alguns consideram este termo pejorativo,
preferindo o uso do termo salafismo[86]). Fundado na Península Arábica
por Maomé ibne Abdal Uaabe no século XVIII, esse movimento é muitas vezes
descrito como "puritano", "intolerante" ou "ultraconservador". Entretanto, os
proponentes consideram que seus ensinamentos procuram purificar a prática
do islamismo de quaisquer inovações ou práticas que se desviam dos
ensinamentos do profeta Maomé e de seus seguidores do século VII.[87] Os
muçulmanos xiitas enfrentam perseguição no emprego e em cerimônias
religiosas.[88]
Em 2010, o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que na
Arábia Saudita "a liberdade de religião não é reconhecida ou protegida sob a lei
e é severamente restrita na prática" e que "as políticas do governo continuam a
colocar graves restrições à liberdade religiosa" no país.[89] Nenhuma
outra religião que não seja o islamismo pode ser praticada, embora haja cerca
de um milhão de cristãos no país, quase todos trabalhadores estrangeiros.[90] Na
Arábia Saudita igrejas ou outros templos não muçulmanos são proibidos.
[89]
 Mesmo a realização de orações de forma privada é proibida na prática e a
polícia religiosa saudita supostamente investiga regularmente as casas de
cristãos.[90] Os trabalhadores estrangeiros têm que comemorar o Ramadã, mas
não estão autorizados a celebrar o Natal ou a Páscoa.[90] A conversão por
muçulmanos para outra religião (apostasia) é punida com a pena de morte,
embora não tenha havido relatos confirmados de execuções por apostasia nos
últimos anos.[89] O proselitismo religioso por não muçulmanos é ilegal[89] e o
último sacerdote cristão foi expulso da Arábia Saudita em 1985.[90] De acordo
com a Human Rights Watch, a minoria xiita do país sofre discriminação
sistemática do governo saudita na educação, no sistema judiciário e em suas
liberdades, especialmente a religiosa.[91] Várias restrições são impostas para a
celebração pública de festas xiitas, como o Ashura.[92]
A Arábia Saudita financia a construção de mesquitas por todo o mundo
ocidental, (incluído Portugal[93]) que espalham a sua versão do Islão, e ofereceu-
se para construir 200 mesquitas na Alemanha para os refugiados sírios, apesar
de se recusar a recebê-los no seu território. Financia também com generosas
quantias muitas universidades no mundo ocidental. Segundo os relatos do
jornalista Stephen Pollard, só entre 1995 e 2008, oito universidades britânicas -
Oxford, Cambridge, Durham, University College London, a London School of
Economics, Exeter, Dundee and City – aceitaram mais de 233 milhões de libras
de governantes sauditas e outros do Médio Oriente . Uma grande parte dessas
verbas foi para centros de estudos islâmicos, como o Oxford Centre for Islamic
Studies que recebeu 75 milhões.[94] Em Dezembro de 2015, Sigmar Gabriel,
vice-chanceler alemão, acusou os sauditas de financiarem o extremismo
islâmico no Ocidente.[95]
Maiores aglomerações urbanas
 ver
 discutir
 editar
Cidades mais populosas da Arábia Saudita
Departamento Central de Estatísticas e Informações (censo de 2010)

Posição Localidade Região Pop.


1 Riade Riade 5 328 228
2 Gidá Meca 3 456 259
3 Meca Meca 1 675 368
Riade 4 Medina Medina 1 180 770
5 Hofufe Oriental 1 063 112
6 Taife Meca 987 914
7 Damã Oriental 903 597
8 Khamis Mushait Assir 630 000
9 Buraida Alcacim 614 093
10 Cobar Oriental 578 500
Gidá

Governo e política
Ver artigo principal: Política da Arábia Saudita

Rei Salman, o líder da Arábia Saudita. Segundo vários analistas políticos, o herdeiro do trono,
Príncipe Mohammed bin Salman, é o governante de facto, controlando as principais áreas do
governo, da defesa á economia.[96]

A Arábia Saudita é uma monarquia absoluta teocrática,[97] embora, de acordo


com a Lei Básica da Arábia Saudita adotada por decreto real em 1992, o rei
deve estar de acordo com a Sharia (isto é, a lei islâmica) e o Alcorão. O
Alcorão e a Sunnah (as tradições de Maomé) são declarados como a
constituição e nenhuma constituição moderna já foi escrita para o país. A
Arábia Saudita é o único país árabe onde nunca houve eleições nacionais,
desde a sua criação.[98] Partidos políticos ou eleições nacionais são
proibidas[97] e, de acordo com Índice de Democracia de 2010 feito The
Economist, o governo saudita era o sétimo regime mais autoritário do mundo,
entre os 167 países avaliados na pesquisa.[99]
Na ausência de eleições nacionais e de partidos políticos, a política na saudita
ocorre em duas arenas distintas: entre a família real, a Casa de Saud, e entre
os monarcas e o resto da sociedade.[100] Fora da família Saud, a participação no
processo político é limitada a um pequeno segmento da população e assume
um tipo de consultoria da família real sobre decisões importantes.[67] Este
processo não é divulgado pela mídia local.[101]
Por costume, todos os homens maiores de idade têm o direito de petição ao rei
diretamente através da reunião tribal tradicional conhecida como majlis.[102] Em
muitos aspectos, a abordagem de governo difere pouco do sistema tradicional
de regra tribal. A identidade tribal continua forte no país e, fora da família real, a
influência política é frequentemente determinada pela afiliação tribal,
com xeques tribais mantendo um grau considerável de influência sobre eventos
locais e nacionais.[67] Como mencionado anteriormente, nos últimos anos tem
havido medidas limitadas para ampliar a participação política, como a criação
do Conselho Consultivo no início de 1990 e do Fórum de Diálogo Nacional em
2003.[97]
O governo da família Saud enfrenta oposição política a partir de quatro fontes:
ativismo islâmico sunita, principalmente a região Oriental; críticos liberais;
minoria xiita; e antigos adversários tribais e regionais (por exemplo, no Hejaz).
[103]
 Destes, os ativistas islâmicos foram a ameaça mais importante para o
regime e nos últimos anos perpetraram uma série de atos violentos
ou terroristas no país. No entanto, protestos populares abertamente contra o
governo, mesmo que pacíficos, não são tolerados.[97]
Forças armadas
Ver artigo principal: Forças Armadas da Arábia Saudita

Caça F-15 Eagle da Força Aérea Saudita

Tropas sauditas e estadunidenses treinam em dezembro de 2014

A Arábia Saudita tem uma das maiores porcentagens de gastos militares do


mundo, gastando cerca de 8% de seu PIB em suas forças armadas, de acordo
com a estimativa do SIPRI para 2020.[104] As Forças Armadas da Arábia
Saudita consiste nas Exército, Força Aérea, Marinha, Defesa Aérea Real,
Guarda Nacional (uma força militar independente) e forças paramilitares,
totalizando quase 200 mil soldados em serviço. Em 2005, as forças armadas
contavam com o seguinte pessoal: exército, 75 mil; a força aérea, 18 mil;
defesa aérea, 16 mil; a marinha, 15,5 mil (incluindo três mil fuzileiros navais); e
o Guarda Nacional tinha 75 mil soldados ativos e 25 mil soldados tribais.[105]
O reino tem uma relação militar de longa data com o Paquistão, há muito se
especula que a Arábia Saudita financiou secretamente o programa atômico do
Paquistão e pretende comprar armas atômicas paquistanesas em um futuro
próximo.[106][107] A Guarda Nacional não é uma reserva, mas uma força de linha de
frente totalmente operacional e se originou da força tribal militar-religiosa de Ibn
Saud, os Ikhwan, Sua existência moderna, no entanto, pode ser atribuída ao
fato de ser efetivamente o exército privado de Abdullah desde 1960 e, ao
contrário do resto das forças armadas, é independente do Ministério da Defesa
e Aviação.[108]
Os gastos com defesa e segurança aumentaram significativamente desde
meados da década de 1990 e eram cerca de 78,4 bilhões de dólares em 2019.
A Arábia Saudita está entre as dez maiores do mundo em gastos do governo
com suas forças armadas, representando cerca de 8%do PIB em 2019. Seu
arsenal de alta tecnologia faz da Arábia Saudita uma das nações mais
densamente armadas do mundo, com seu equipamento militar sendo fornecido
principalmente pelos Estados Unidos, França e Reino Unido.[105]
Os Estados Unidos venderam mais de 80 bilhões de dólares em equipamentos
militares entre 1951 e 2006 para os militares sauditas.[109] Em 20 de outubro de
2010, o Departamento de Estado dos Estados Unidos notificou o Congresso de
sua intenção de realizar a maior venda de armas da história estadunidense -
uma compra estimada de 60,5 bilhões de dólares pelo Reino da Arábia
Saudita. O pacote representa uma melhoria considerável na capacidade
ofensiva das forças armadas sauditas.[110] Em 2013, os gastos militares sauditas
subiram para 67 bilhões de dólares, ultrapassando o do Reino Unido, França
e Japão, ficando em quarto lugar globalmente.[111]

Você também pode gostar