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CURSO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

CONCEITOS, NORMAS E EXIGÊNCIAS pela recente obrigatoriedade de dar-se a disposição final dos
LEGAIS rejeitos em aterros sanitários, que apenas em agosto de 2014
passou a exigir o fechamento de lixões, conforme a Lei nº
12.304/2010, e um Plano Municipal de Gestão Integrada de
1. INTRODUÇÃO Resíduos Sólidos (PMGIRS). Anteriormente, em 2010, 3.152
O conceito de meio ambiente, segundo o Art. 3º da Lei municípios (apenas 367 a mais que a metade da totalidade de
nº 6.938/1981, da Política Nacional do Meio Ambiente, é: municípios brasileiros) registraram alguma iniciativa de coleta
“o conjunto de condições, leis, influências e interações de seletiva, enquanto na década seguinte esse número aumentou
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege para 4.070 municípios (Figura 1). Porém, em muitos municí-
a vida em todas as suas formas”. Posto isso, a concepção pios as atividades de coleta seletiva ainda não abrangem a
de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos totalidade de sua área urbana.3
da ação humana sobre todos esses fatores que envolvem o
meio ambiente e estão definidos de forma judicial; visto que
a definição de impacto ambiental, de acordo com a resolução
CONAMA nº 001/1986, é “qualquer alteração das proprieda-
des físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das ativi-
dades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde,
a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais
e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”.1,2
Dessa forma, é somente com o aprendizado da educação Figura 1: Distribuição dos municípios com iniciativas de coleta seletiva (%).3

ambiental e o exercício prático da cidadania ambiental para Como podemos observar pelos dados da Tabela 1
a preservação e proteção do meio ambiente que as políticas e 2, entre 2010 e 2019 a geração de Resíduos Sólidos
públicas envolvendo a exploração e reutilização de recursos Urbanos (RSU) no Brasil registrou considerável incremento,
naturais e ambientais, bem como a menor interferência passando de 67 milhões para 79 milhões de toneladas por
possível no meio ambiente, poderão se tornar mais sus- ano, aproximadamente. Por sua vez, a geração per capita
tentáveis ambientalmente. Condutas com ética ambiental, aumentou de 348 kg/ano para 379 kg/ano. A quantidade de
consumo sustentável, ações comunitárias e programas de resíduos coletados cresceu em todas as regiões do país e, em
sustentabilidade podem refletir em um desenvolvimento efe- uma década, passou de cerca de 59 milhões de toneladas em
tivamente sustentável. Note-se que a sustentabilidade é deli- 2010 para 72,7 milhões de toneladas e, no mesmo período, a
mitada pela capacidade de regeneração do recurso ambiental, cobertura de coleta passou de 88% para 92%.4
caso contrário será considerada degradação ambiental.3
Saiba mais sobre…
O desenvolvimento econômico no Brasil foi alcançado às
Alguns programas e a ABRELPE em suas páginas oficiais:
custas de atividades poluidoras e degradadoras: os produtos Sistema Campo Limpo: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/;
Programa Jogue Limpo: https://www.joguelimpo.org.br/institucional/index.
eram extraídos da natureza sem qualquer preocupação com a php;
sustentabilidade e o processo de industrialização foi realizado ABRELPE: https://abrelpe.org.br/.
sem nenhuma preocupação com a preservação ambiental.
2. CONCEITOS
Isso reflete diretamente no panorama geral de educação
ambiental da população brasileira. Pois, se para o desenvol- LIXO: sujidade, o que é varrido da casa ou jardim, o que
vimento do país pouco importou a degradação ambiental, o não presta, não possui valor; restos das atividades humanas,
que fará com que o cidadão, empreendedores e microempre- considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou
endedores tenham pensamentos contrários?3 descartáveis.
Nesse cenário, a gestão e gerenciamento de resíduos no RESÍDUO: restos, alterados ou não, por processos, aquilo
Brasil muitas vezes não é realizada da maneira correta nem que remanesce; tudo que pode ser reutilizado e reciclado.
por seus habitantes nem por muitos estabelecimentos devido REJEITO: resíduo sólido que não apresenta outra possibili-
à falta de consciência ambiental. Essa realidade é evidenciada dade além da disposição final ambientalmente adequada, uma

1. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set. 1981;
2. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de
impacto ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 1986;
3. IBRAHIN, Francini Imene Dias; IBRAHIN, Fábio José; CANTUÁRIA, Eliane Ramos. Análise Ambiental: Gerenciamento de Resíduos e Tratamento de Efluentes. São Paulo: Érica, 2015;
4. ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama-2020/. Acesso em: mar. 2021.

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GERAÇÃO TOTAL GERAÇÃO PER CAPITA RECICLABILIDADE: para poder considerar um resíduo re-
(t/ano) (kg/hab/ano) ciclável, quatro fatores devem ser levados em conta: educação
Região 2010 2019 Região 2010 2019 ambiental (condição a partir do consumo, de modo que o
Norte 4.406.280 5.866.645 Norte 286,9 322,7 gerador deve ter consciência e fazer o descarte seletivo de seus
bens consumidos), tecnologia (para efetuar a coleta, triagem e
Nordeste 17.379.725 19.700.875 Nordeste 324,6 347,1
reciclagem), mercado e economia (deve ter compradores e ser
Centro- Centro- viável).
5.076.055 5.815.180 365,3 361,4
-Oeste -Oeste

Sudeste 32.652.900 34.442.445 Sudeste 403,5 449,7


Sul 7.162.760 8.243.890 Sul 258,4 277,0
Total 66.695.720 79.069.585 Média 348,3 379,2
Tabela 1: Geração total e per capita de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no
Brasil e suas regiões.3

COLETA TOTAL COLETA PER CAPITA


(t/ano) (kg/hab/ano)
2010 2019 2010 2019
Total 58.975.660 72.748.515 Média 307,1 348,9

Fração Fração
88,42% 92,01% 88,17% 92,01%
coletada coletada
Tabela 2: Coleta total e per capita de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil
e suas regiões.3 Figura 2: Ilustração de Lixão.

vez que já teve esgotadas todas possibilidades de tratamento


e recuperação disponíveis e viáveis (Lei nº 12.305/2010).
GERADORES: pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou
privadas, que geram resíduos sólidos em suas atividades
ou empreendimentos. Cada Política Municipal de Resíduos
Sólidos (PMRS) decreta como os geradores devem agir em
relação aos seus resíduos.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: conjunto de
ações exercidas nas etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
de rejeitos (Lei nº 12.305/2010).
ACORDO SETORIAL: contrato entre o poder público e
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, a Figura 3: Ilustração de Aterro Controlado.
fim de implantar responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida do produto (Lei nº 12.305/2010).
LIXÃO: depósito de lixo a céu aberto sem nenhum tipo de
proteção do solo. Não possuem controle ambiental nem tra-
tamento ao lixo. Também não possui medidas de proteção à
saúde pública, uma vez que não há controle do acesso (Figura 2).
ATERRO CONTROLADO: intermediário entre lixão e
aterro sanitário; local onde resíduos são dispostos com algum
controle, mas ainda contra as normas ambientais brasileiras.
É uma solução provisória, com acesso restrito, isolamento,
cobertura dos resíduos com terra e controle de entrada deles,
mas possui poluição localizada (Figura 3).
ATERRO SANITÁRIO: local aceitável para disposição de
resíduos que não podem ser reaproveitados nem reciclados. Figura 4: Ilustração de Aterro Sanitário.

Deve possuir impermeabilização de solo, acesso restrito e mo- Importante


nitoramento aquífero. O lixo deve ser coberto diariamente A NBR 10.004/1987 amplia o conceito de resíduos como resíduos
com manta de PVC e argila, dificultando o acesso de vetores sólidos, distribuindo-os em resíduos sólidos, semissólidos(1) e líquidos(2)
produzidos. (1) Entende-se como substâncias ou produtos semissólidos
de doenças. Geralmente são cercados de áreas verdes ou todos aqueles com teor de umidade inferior a 85%; (2) Válido somente
vegetação nativa (Figura 4). para resíduos industriais perigosos.

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3. NORMAS E EXIGÊNCIAS pela separação das embalagens dos resíduos úmidos pelo con-
sumidor, enviadas para o descarte para pontos de entrega vo-
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída
luntários (PEV) ou outras formas de coleta, para então serem
pela Lei nº 12.305/2010 (primeira edição), dispõe sobre princí-
encaminhados à indústria recicladora ou para destinação final
pios, objetivos, instrumentos e diretrizes relacionadas à gestão
ambientalmente adequada. O Ministério do Meio Ambiente es-
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, às respon-
tabeleceu metas, após consulta pública, para o uso de materiais
sabilidades dos geradores e do poder público e aos instru-
recicláveis e compostáveis na produção de embalagens.
mentos econômicos aplicáveis. A Lei exige das esferas pública
MEDICAMENTOS: quando vencidos ou em desuso, são
e privada transparência no gerenciamento dos resíduos.
classificados como resíduos perigosos (Classe I). Por esse
Ela estabelece, também, as Políticas Estaduais de Resíduos
motivo, os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente publi-
Sólidos (PERS), que permitem aos estados o conhecimento
caram um edital de chamamento para elaborar um acordo
do panorama atual para a gestão dos resíduos sólidos, que
setorial para planejar um sistema de logística reversa sobre
por sua vez, tem como instrumento as Políticas Municipais
o gerenciamento deles. Como não houve assinatura da
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS). Conforme o
proposta, o Decreto nº 10.388/2020 foi promulgado esta-
Art. 9º da Lei, existe uma ordem de prioridade que deve ser
belecendo que seriam disponibilizados pontos de coletas nas
considerada na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos,
capitais estaduais e em cidades com mais de 500 mil habitan-
sendo ela: “não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tes, em um prazo de 2 anos, e para cidades com mais de 100
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambiental-
mil habitantes, em 5 anos.
mente adequada dos rejeitos”.
ELETROELETRÔNICOS E COMPONENTES: produtos de-
Os Planos Estaduais de Resíduos Sólidos (PERS) são ins-
pendentes do uso de correntes elétricas com tensão nominal
trumentos da Lei nº 12.305/2010 que permitem aos estados
não superior a 240 volts para seu funcionamento. Quando ma-
o conhecimento do panorama atual para gestão adequada
nipulados ou descartados de forma incorreta, esses resíduos
de resíduos sólidos. No Art. 17º da Lei, incisos I a XII, consta
podem causar incêndios, intoxicações, contaminação do solo
o conteúdo mínimo dos PERS. Ainda, os estados podem
e da água ou outros danos. Em 2019 foi assinado um acordo
elaborar “planos microrregionais de resíduos sólidos, bem
setorial para sistema de logística reversa de produtos eletrôni-
como planos específicos direcionados às regiões metropolita-
cos de uso doméstico e seus componentes, com normas es-
nas ou às aglomerações urbanas”.
tabelecidas pelo Decreto Federal nº 10.240/2020, de modo a
Os Planos Municipais de Gestão Integrada de
atingir toda a indústria da área.
Resíduos Sólidos (PMGIRS) devem atender ao previsto para o
BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO INSERVÍVEIS: são as
PERS e o conteúdo mínimo está previsto no Art. 19º da Lei
baterias comumente usadas em automóveis, compostas por
nº 12.305/2010. Além disso, consta no parágrafo 1º do Art.
placas positivas e negativas de chumbo e solução de ácido
19º que “o plano municipal de gestão integrada de resíduos
sulfúrico como eletrólito. Determinações voltadas ao ge-
sólidos pode estar inserido no plano de saneamento básico
renciamento ambiental adequado para esses produtos já
previsto no Art. 19º da Lei nº 11.445, de 2007”, respeitando
o conteúdo mínimo. existiam antes da criação da PNRS, pela Resolução CONAMA
A PNRS introduz a logística reversa a fim de implemen- nº 408/2008. O acordo setorial assinado em 2019 visa im-
tar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos plementar a coleta, transporte, armazenamento e destinação
produtos entre setor público, setor privado e sociedade civil. final ambientalmente adequada, incluindo a recuperação do
Alguns produtos de circulação e uso comuns apresentam chumbo-ácido. Pela logística reversa, o descarte da bateria
sistemas de logística reversa específicos já implantados, que deve ser feito no mesmo estabelecimento comercial de sua
podem ser acessados no Sistema Nacional de Informações troca/reposição.
sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR). Entre eles, estão: EMBALAGENS DE AÇO: são embalagens pós consumo,
EMBALAGENS EM GERAL: podem ser compostas de que abrigam alimentos para consumo humano, ração úmida
papel e papelão, plástico, alumínio, aço, vidro, ou combina- para cães e gatos, tintas imobiliárias, rolhas e tampas, entre
ção deles. As políticas voltadas para as formas de reutilização outras. Se descartadas de maneira incorreta, podem contribuir
dessas embalagens foram divididas em duas fases para im- para contaminação no solo e nas águas, além do aumento
plantação do sistema. A primeira fase teve os resultados divul- das emissões de CO2 e outros impactos. As embalagens de
gados em 2017 pelo SINIR. A operação do sistema é iniciada aço são contempladas com a logística reversa desde 2018, por
meio de um Termo de Compromisso Federal entre o Prolata
Saiba mais sobre... Reciclagem, gestor do sistema criado em 2012, e o Ministério
A 3ª edição da Política Nacional de Resíduos está disponível para download
na biblioteca digital do Portal da Câmara dos Deputados https://bd.camara.
do Meio Ambiente. O Prolata possui parcerias com PEVs e co-
leg.br/bd/handle/bdcamara/14826. operativas de catadores para descarte adequado.

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3.1. Resoluções, normas e decretos Resolução CONAMA nº 264/1999: “Licenciamento


pertinentes aos resíduos sólidos de fornos rotativos de produção de clínquer para ativida-
des de coprocessamento de resíduos.” - Data da legislação:
Resolução CONAMA nº 411/2009: “Dispõe sobre procedi-
26/08/1999 - Publicação DOU n° 054, de 20/03/2000, págs.
mentos para inspeção de indústrias consumidoras ou transfor-
80-83 - Status: Vigente (em processo de revisão).
madoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de
Resolução CONAMA nº 228/1997: “Dispõe sobre a im-
origem nativa, bem como os respectivos padrões de nomencla-
portação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos
tura e coeficientes de rendimento volumétricos, inclusive carvão
de chumbo.” - Data da legislação: 20/08/1997 - Publicação
vegetal e resíduos de serraria.” - Data da legislação: 06/05/2009
DOU n° 162, de 25/08/1997, págs. 18442-18443
- Publicação DOU n° 086, de 08/05/2009, págs. 93-96.
Resolução CONAMA nº 023/1996: “Regulamenta a im-
Resolução CONAMA nº 404/2008: “Estabelece critérios
portação e uso de resíduos perigosos.” - Data da legislação:
e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro
12/12/1995 - Publicação DOU n° 013, de 20/01/1997, págs.
sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.” -
1116-1124.
Data da legislação: 11/11/2008 - Publicação DOU n° 220, de
Resolução CONAMA nº 037/1994: “Adota definições e
12/11/2008, pág 93.
proíbe a importação resíduos perigosos - Classe I - em todo o
Resolução CONAMA nº 358/2005: “Dispõe sobre o trata-
território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim,
mento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde
inclusive reciclagem/reaproveitamento.” - Data de legislação:
e dá outras providências.“ - Data da legislação: 29/04/2005 -
30/12/1994 - Publicação DOU n° 005, de 06/01/1995, págs.
Publicação DOU n° 084, de 04/05/2005, págs. 63-65.
396-404 - Status: Revogada.
Resolução CONAMA nº 348/2004: “Altera a Resolução
Resolução CONAMA nº 019/1994: “Autoriza, em caráter
CONAMA 307/2002, incluindo o amianto na classe de
de excepcionalidade, a exportação de resíduos perigosos
resíduos perigosos.” - Data da legislação: 16/08/2004 - Publi-
contendo bifenilas policloradas – PCBS.” - Data da legislação:
cação DOU n° 158, de 17/08/2004, pág. 70.
20/091994 - Publicação DOU n° 218, de 18/11/1994, pág.
Resolução CONAMA nº 330/2003: “Institui a Câmara
17409 - Status: Revogada.
Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de
Resolução CONAMA nº 017/1994: “Prorroga o prazo
Resíduos.” - Data da legislação: 25/04/2003 - Publicação DOU
do Grupo de Trabalho Interministerial, criado pela Resolução
n° 082, de 30/04/2003, pág. 197.
CONAMA 007/1994, que adota definições e proíbe a impor-
Resolução CONAMA nº 316/2002: “Dispõe sobre procedi-
tação de resíduos perigosos Classe I - em todo o território
mentos e critérios para o funcionamento de sistemas de trata-
nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim, inclusive
mento térmico de resíduos.” - Data da legislação: 29/10/2002
reciclagem.” - Data da legislação: 20/09/1994 - Publicação
- Publicação DOU n° 224, de 20/11/2002, págs. 92-95.
DOU n° 218, de 20/09/1994, pág. 17409 - Status: Cumpriu
Resolução CONAMA nº 313/2002: “Dispõe sobre o In-
o seu objeto.
ventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.” - Data
Resolução CONAMA nº 007/1994: “Adota definições
da legislação: 29/10/2002 - Publicação DOU n° 226, de
22/11/2002, págs. 85-91. e proíbe a importação de resíduos perigosos - Classe I - em
Resolução CONAMA nº 308/2002: “Licenciamento todo o território nacional sob qualquer forma e para qualquer
Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos fim, inclusive reciclagem.” - Data da legislação: 04/05/1994
urbanos gerados em municípios de pequeno porte.” - Data - Publicação DOU n° 106, de 07/06/1994, págs. 8190-8191 -
da legislação: 21/03/2002 - Publicação DOU n° 144, de Status: Revogada.
29/07/2002, págs. 77-78 - Status: Revogada. 3.2. Normas para classificação de
Resolução CONAMA nº 307/2002: “Estabelece diretrizes, Resíduos Sólidos
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da cons-
Conforme a Norma Brasileira ABNT NBR 10.004/2004,
trução civil.” - Data da legislação: 05/07/2002 - Publicação
“a classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do
DOU n° 136, de 17/07/2002, págs. 95-96.
processo ou atividade que lhes deu origem, de seus consti-
Resolução CONAMA nº 283/2001: “Dispõe sobre o tra-
tuintes e características, e a comparação destes constituintes
tamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de
com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde
saúde.” - Data da legislação: 12/07/2001 - Publicação DOU n°
e ao meio ambiente é conhecido”. Os laudos de classificação
188, de 01/10/2001, pág. 152 - Status: Revogada.
devem estar acompanhados da segregação dos resíduos na
Resolução CONAMA nº 275/2001: Estabelece código de
fonte geradora e da identificação de origem, de modo que
cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.” -
Data da legislação: 25/04/2001 - Publicação DOU n° 117, de explicite a descrição de matérias-primas, insumos e processo
19/06/2001, pág. 080. de geração do resíduo.

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ABNT NBR 10004:2004 – Resíduos sólidos - Classificação: maneira persistente, dificultando a extinção da chama;
“classifica os resíduos sólidos quanto aos seus potenciais ao Corrosivos, que podem ser aquosos e apresentar um pH
meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser geren- inferior ou igual a 2, ou superior ou igual a 12,5; e líquidos ou,
ciados adequadamente”. quando misturados à água em peso equivalente, produzam
ABNT NBR 10005:2004 – Procedimento para obtenção líquidos capazes de corroer aço;
de extrato lixiviado de resíduos sólidos: “ fixa os requisitos Reativos, que possuem capacidade de explodir sem a ne-
exigíveis para a obtenção de extrato lixiviado de resíduos cessidade de ativação; geram gases tóxicos; são substâncias
sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados pela NBR fabricadas com finalidade de explosão; substâncias instáveis
10004 como classe I - perigosos - e classe II - não-perigosos”. que reagem de forma violenta e imediata; e substâncias de
ABNT NBR 10006:2004 – Procedimento para obtenção reação violenta com água ou capazes de formar misturas com
de extrato solubilizado de resíduos sólidos: “fixa os requisitos potencial explosivo com a água.
exigíveis para obtenção de extrato solubilizado de resíduos Tóxicos, que podem ser amostras que apresentem per-
sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados na NBR sistência de constituíntes ou qualquer produto tóxico de sua
10004 como classe II A - não-inertes - e classe II B - inertes”. degradação; constituídas por restos de embalagens contami-
ABNT NBR 10007:2004 – Amostragem de resíduos nadas com substâncias; e possuam, em suas características, as
sólidos: “fixa os requisitos exigíveis para amostragem de propriedades tóxicas especificadas pela norma (agente terato-
resíduos sólidos”. gênico, mutagênico, carcinogênico ou ecotóxico);
ABNT NBR 12808:1993 – Resíduos de serviço de saúde Patogênicos, que podem transmitir doenças se uma
– Classificação: “classifica os resíduos de serviços de saúde amostra representativa dele contiver ou se houver suspeita de
quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde conter microorganismos patogênicos, proteínas virais, DNA ou
pública, para que tenham gerenciamento adequado”. Status: RNA recombinantes, organismos geneticamente modificados,
Cancelada em 14/04/2016; Substituída por: ABNT NBR plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de
12808:2016. produzir doenças.
ABNT NBR 12808:2016 – Resíduos de serviços de saúde RESÍDUOS CLASSE II A - NÃO PERIGOSOS E NÃO INERTES:
– Classificação: “classifica os resíduos de serviços de saúde são resíduos não-inertes, ou seja, podem ser biodegradáveis,
quanto à sua natureza e riscos ao meio ambiente e à saúde comburentes ou solúveis em água;
pública, para que tenham gerenciamento adequado”. RESÍDUOS CLASSE II B - NÃO PERIGOSOS E INERTES: são
USEPA - SW 846 – Test methods for evaluating solid resíduos inertes e não comburentes, ou seja, quando entram
waste – Physical/chemical methods: métodos para determina- em contato com a água, não sofrem nenhum tipo de transfor-
ção de propriedades dos resíduos perigosos. mação química, física ou biológica.
4. FORMAS DE CLASSIFICAR OS Agora é com você:
RESÍDUOS Classifique os seguintes resíduos quanto às suas periculosidades de
acordo com a NBR 10.004/2004: a) ácido sulfúrico (pH = 1); b) pedras; c)
4.1. Quanto à periculosidade (ABNT NBR areia; d) sal de cozinha; e) tinta; e f) vidro.
10.004/2004)
4.2. Quanto ao local de geração
Essa classificação separa os resíduos conforme potenciais
Essa classificação permite determinar quais devem ser as
riscos à saúde pública e ao meio ambiente, considerando ca-
racterísticas físico-químicas, biológicas, qualitativas e/ou quan- políticas adotadas por cada estabelecimento em relação ao
titativas, de acordo com a norma ABNT NBR 10.004/2004. gerenciamento de seus resíduos. Assim, conforme sua origem,
RESÍDUOS CLASSE I - PERIGOSOS: compreendem os os resíduos sólidos podem ser classificados como: resíduos
resíduos que, em algum grau, apresentam risco à saúde dos sólidos industriais, resíduos de construção civil, resíduos do-
indivíduos e ao meio ambiente. Resíduos perigosos possuem miciliares, resíduos comerciais, resíduos agrícolas, resíduos de
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, serviços de saúde, e resíduos de varrição. Além disso, resíduos
toxicidade ou patogenicidade, e necessitam de um tratamen- de fontes especiais são aqueles que necessitam de cuidados
to e disposição especial que se baseie nessas características. especiais no condicionamento, manipulação e destino, e
Inflamáveis, que podem ser substâncias que podem incluem resíduos industriais, radioativos, agrícolas, de serviços
liberar oxigênio e, com isso, estimular a combustão e de saúde, de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários.
aumentar a intensidade do fogo de outro material; líquidos Geradores de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) devem
com ponto de fulgor inferior a 60 °C; e não líquidos capazes apresentar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de
de, nas condições de temperatura e pressão de 25°C e 1 atm, Serviços de Saúde (PGRSS) para a Prefeitura do seu município.
produzir fogo por fricção e, quando inflamada, queimar de O documento deve descrever ações em relação ao manejo dos

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resíduos, “contemplando os aspectos referentes à geração, se- Saiba mais sobre...


gregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, trans- Todos os resíduos presentes nos subgrupos A1, A2, A3, A4 e A5 do Grupo A da
porte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005 e da Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) nº 222, de 28 de março de 2018 estão disponíveis para consulta
proteção à saúde pública e ao meio ambiente”.5 Dessa forma, no portal federal do meio ambiente, disponível em: http://www2.mma.gov.br/
estabelecimentos passíveis dessas determinações são todos port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462, e no portal de vigilância sanitária do
estado de Santa Catarina, disponível em: http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/
que ofereçam serviços relacionados ao atendimento à saúde phocadownload/Noticias/2018/GESAM/02_rdc_222_2018.pdf.
humana ou animal.
(trifólio de cor magenta ou púrpura) em rótulo de fundo
4.3. Quanto ao grupo de Resíduos de amarelo, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO,
Serviços de Saúde (CONAMA 358/2005 e REJEITO RADIOATIVO ou RADIOATIVO”.6
ANVISA RDC 222/2018) GRUPO D – RESÍDUOS COMUNS: são resíduos sem risco
Essa classificação divide os resíduos em 5 grupos, cada biológico, químico ou radiológico gerados na atividade de
um com suas especificações de resíduos incluídos e modo saúde. Incluem papéis, peças de vestuário descartáveis, resto
adequado de descarte: alimentar, resíduos recicláveis sem contaminação biológica,
GRUPO A – RESÍDUOS BIOLÓGICOS/POTENCIALMENTE química e radiológica, entre outros. O descarte e acondicio-
INFECTANTES: são resíduos com possível presença de agentes namento desses resíduos pode ser feito em lixeiras comuns,
biológicos, que podem apresentar risco de infecção por ca- com seu tratamento sendo realizado pelos órgãos compe-
racterísticas de maior virulência ou concentração. Devem ser tentes. “O grupo D deve ser identificado conforme definido
acondicionados perto do local de geração, em sacos identi- pelo órgão de limpeza urbana”.6
ficados e cores de acordo com o subgrupo armazenado. “O GRUPO E – RESÍDUOS PERFUROCORTANTES: são materiais
grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco perfurocortantes ou escarificantes, como lâminas de barbear,
biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos agulhas, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, tubos capilares,
pretos, acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE”.6 utensílios de vidro quebrados no laboratório, entre outros.
GRUPO B – RESÍDUOS QUÍMICOS: são aqueles que apre- Devem ser descartados no local de geração imediatamente
sentam riscos devido às suas características de inflamabilidade, após seu uso em recipientes rígidos, com tampa, resistentes
corrosividade, reatividade e toxicidade. Quando não tratados, à ruptura, punctura e vazamento. “O grupo E é identificado
os resíduos no estado sólido devem ser destinados a aterros pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco,
de resíduos de classe I. Resíduos sem características de peri- desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO
culosidade não necessitam de tratamento prévio. Devem ser PERFUROCORTANTE ou PERFUROCORTANTE”.6
identificados com informações sobre local de origem, estado Além desses grupos, há substâncias que devem ser se-
físico e propriedades de inflamabilidade, reatividade e toxici- gregadas, acondicionadas e identificadas separadamente,
dade. Até a coleta, devem ser mantidos no local de geração. devido a incompatibilidade química, sendo elas: ácidos;
“O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco substâncias asfixiantes; bases; substâncias carcinogêni-
associado à periculosidade do resíduo químico”.6 cas, mutagênicas e teratogênicas; compostos orgânicos
GRUPO C – REJEITOS RADIOATIVOS: são materiais que halogenados; compostos orgânicos não halogenados;
contém radionuclídeos em quantidades superiores aos limites corrosivas; criogênicas; de combustão espontânea; eco-
de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional tóxicas; explosivas; formalina ou formaldeído; líquidos
de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização é inflamáveis; gases comprimidos; materiais reativos com a
imprópria ou não prevista. Inclui quaisquer rejeitos provenien- água; materiais reativos com o ar; mercúrio e compostos
tes de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, de mercúrio; metais pesados; mistura sulfocrômica; óleos;
laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina nuclear oxidantes; resíduo fotográfico; sensíveis ao choque;
e radioterapia. Segundo a CNEN, os rejeitos radioativos não soluções aquosas; e venenos.
podem ser considerados resíduos até que seja decorrido o
tempo de decaimento necessário ao atingimento do limite
4.4. Quanto ao grupo de Resíduos
de eliminação; e, quando atingido o limite, passam a ser
de Serviços de Saúde (ABNT NBR
considerados resíduos das categorias biológica, química ou 12.808/2016)
de resíduo comum, devendo seguir as determinações do CLASSE A – RESÍDUOS INFECTANTES:
grupo ao qual pertencem. “O grupo C é representado pelo TIPO A.1 – BIOLÓGICOS: culturas, inóculos, misturas de
símbolo internacional de presença de radiação ionizante microrganismos e meios de cultura inoculados provenientes

5. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 mai. 2005;
6. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 mar. 2018.

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CURSO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

de laboratório clínico ou de pesquisa, vacinas vencidas ou ficação, peças pré-moldadas em concreto produzidas nos
inutilizadas, filtros de gases aspirados de áreas contaminadas canteiros de obra, entre outros.
por agentes infectantes e qualquer resíduo contaminado por CLASSE B: são resíduos recicláveis para outras destina-
esses materiais; ções, considerados resíduos “comuns” gerados nas obras de
TIPO A.2 – SANGUE E HEMODERIVADOS: bolsas de sangue construção civil, como plásticos, papel, papelão, metais, vidros,
madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso.
com prazo de validade vencidos ou sorologia positiva, amostra
CLASSE C: são resíduos para os quais ainda não existem tec-
de sangue para análise, soro, plasma e outros subprodutos;
nologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a
TIPO A.3 – CIRÚRGICOS, ANATOMOPATOLÓGICOS E
sua recuperação ou reciclagem, como derivados do gesso.
EXSUDATO: tecidos, órgãos, fetos, peças anatômicas, sangue
CLASSE D: são resíduos perigosos provenientes da cons-
e outros líquidos orgânicos resultantes de cirurgias, necropsias trução civil, como tintas, solventes, óleos e outros, ou materiais
e resíduos contaminados por estes materiais; contaminados de demolições, reformas e reparos de clínicas
TIPO A.4 – PERFURANTES E CORTANTES: agulhas, radiológicas, instalações industriais e outros.
ampolas, pipetas, lâminas de bisturi e vidros;
4.6. Segundo a Agência Nacional de
TIPO A.5 – ANIMAIS CONTAMINADOS: carcaças ou
Transportes Terrestres (Resolução ANTT
partes de animais inoculado, expostos a microorganismos
5.232/2016)
patogênicos ou portadores de doenças infecto-contagio-
sas, e resíduos que tenham entrado em contato com os A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terres-
itens listados; tres (ANTT), por meio da Resolução nº 5.232/2016 que revoga
a Resolução nº 420/2004, aprova padrões e normas técnicas
TIPO A.6 – ASSISTÊNCIA A PACIENTES: secreções,
complementares ao regulamento para o transporte terrestre
excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de pacientes,
de produtos perigosos. No documento consta nove classes
e resíduos que tenham entrado em contato com estes itens.
de substâncias conforme o risco apresentado, sendo algumas
CLASSE B – RESÍDUO ESPECIAL:
divididas em subclasses.
TIPO B.1 – REJEITO RADIOATIVO: material radioativo ou
CLASSE 1: explosivos, com seis subclasses de acordo com
contaminado com radionuclídeos proveniente de laboratório
o risco de explosão, fogo ou projeção e sensibilidade; com-
de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radiotera-
preende substâncias e artigos explosivos, exceto os que sejam
pia (vide Resolução CNEN NE 6.05).
perigosos demais para serem transportados e os que tenham
TIPO B.2 – RESÍDUO FARMACÊUTICO: medicamento outra classe como risco dominante.
vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados; CLASSE 2: gases, com três subclasses de acordo com a in-
TIPO B.3 – RESÍDUO QUÍMICO PERIGOSO: resíduo flamabilidade e toxicidade; inclui substâncias que tenham uma
tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, reativo, genotóxico pressão de vapor superior a 300 kPa a 50°C ou que sejam com-
ou mutagênico conforme NBR 10.004. Drogas quimioterá- pletamente gasosas a 20°C e à pressão normal de 101,3 kPa.
picas e outros produtos que possam causar mutagenicidade CLASSE 3: íquidos inflamáveis, englobando líquidos infla-
e genotoxicidade; máveis e explosivos líquidos insensibilizados. No primeiro caso,
CLASSE C: RESÍDUO COMUM: são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham
Todos aqueles que não se enquadram nos tipos A e B sólidos em solução ou suspensão que produzam vapor infla-
e que, por serem semelhantes aos resíduos domésticos, não mável até 60,5°C (vaso fechado) ou até 65,6°C (vaso aberto).
oferecem risco adicional à saúde pública. Já no segundo, são substâncias explosivas, dissolvidas ou
suspensas em água ou em outras substâncias líquidas, que
Refletindo sobre... formam uma mistura líquida homogênea de modo a suprimir
Os resíduos do grupo A.6 se apresentam cada vez mais presentes em nossa
sociedade, podendo ser observado no cotidiano por meio de materiais usados nos suas propriedades explosivas.
serviços de pedicure e manicure, tatuagens e outros meios de body art e até mesmo CLASSE 4: sólidos inflamáveis, com três subclasses
na administração de insulina para doenças como a diabetes. Dito isso, qual deve
ser a postura adotada pelos clientes e usuários de materiais do tipo A.6 sobre seus conforme inflamabilidade, combustibilidade e emissão de
resíduos infectantes? Por se tratarem de usos mais particulares, alguma atenção gases inflamáveis quando em contato com a água; são subs-
especial deve ser dada ao descarte desses materiais?
tâncias facilmente combustíveis ou que possam causar fogo
4.5. Quanto aos Resíduos de Construção por atrito, substâncias auto-reagentes; substâncias sujeitas a
Civil (Resolução CONAMA 307/2002 e aquecimento espontâneo em condições normais de transpor-
suas alterações) te ou em contato com ar; e substâncias que emitem gases
inflamáveis quando em contato com a água.
CLASSE A: são resíduos recicláveis ou reutilizáveis
CLASSE 5: substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos,
como agregados, incluindo materiais usados na construção,
dividida em duas subclasses; são substâncias que podem causar
demolição, reformas e reparos de pavimentação ou de edi-

8
CURSO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

a combustão de outros materiais (substâncias oxidantes) e de Emergência e Ficha de Informação de Segurança Química
substâncias termicamente instáveis que podem sofrer decom- de Produtos (FISPQ) para um bom planejamento de protoco-
posição exotérmica auto-acelerável (peróxidos orgânicos). los, prevenindo eventuais riscos. Levando em consideração
CLASSE 6: substâncias tóxicas e substâncias infectantes, inúmeros acidentes que já ocorreram em laboratórios, tanto
dividida em duas subclasses; inclui substâncias capazes de universitários quanto industriais, e os riscos de contamina-
provocar morte ou danos à saúde humana quando ingeridas, ção com agentes químicos e biológicos, é fundamental que
inaladas ou em contato com a pele (substâncias tóxicas) e haja informação sobre a maneira correta de descarte desses
substâncias que contenham patógenos ou sob suspeita de químicos, de forma que minimize acidentes. Essa é uma
contê-los (substâncias infectantes). questão de extrema importância, visto que o descarte incorreto
CLASSE 7: material radioativo, devendo atender às pode resultar em problemas para o meio ambiente, contami-
Normas para Transporte estabelecidas pela Comissão Nacional nando o solo e água, e para a segurança da população, que
de Energia Nuclear (CNEN). pode estar sujeita a intoxicações graves.7-11
CLASSE 8: substâncias corrosivas, definidas como subs- Dessa forma, a classificação e rotulagem de resíduos
tâncias que causam severos danos quando em contato com torna-se indispensável, visto que se fundamenta na correta
tecidos vivos por ação química ou que danificam ou destroem avaliação dos potenciais riscos desses materiais, consideran-
o próprio veículo ou outras cargas em caso de vazamento. do as várias etapas do gerenciamento dos resíduos que são
Dividem-se em três grupos de embalagem, de acordo com seu realizadas com base em suas características isoladas ou em
nível de risco no transporte.
interação com outros tipos de substâncias. Assim, são os
CLASSE 9: substâncias e artigos perigosos diversos,
rótulos de resíduos que fornecem as informações essenciais re-
alterada pela resolução ANTT nº 5.232/2016 para “substân-
lacionadas à proteção e segurança. É apenas através deles que
cias e artigos perigosos diversos, incluindo substâncias que
os profissionais que estão em contato com o resíduo saberão
apresentem risco para o meio ambiente”; assim, são substân-
quais as medidas de precauções e procedimentos de emer-
cias e artigos que apresentam riscos em transporte não abran-
gência que deverão adotar em caso de acidentes. Portanto, é
gidos por outras classes.
preciso que o gerador de resíduos consiga transmitir através
do rótulo as informações sobre manuseio, transporte e arma-
ESTRATÉGIAS E HIERARQUIA DO zenamento necessárias para certificação da prevenção de ad-
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS versidades.12,13
QUÍMICOS
Posto isso, é essencial um aprofundamento no aprendi-
zado de descarte de químicos sólidos e líquidos para a boa
1. INTRODUÇÃO prática laboratorial. Para isso, primeiramente, faz-se um in-
É imprescindível pensar na segurança de funcionários, ventário no qual deverá ser realizado um levantamento dos
alunos e professores dentro de um laboratório, em decorrên- reagentes, produtos, assim como dos resíduos gerados e suas
cia dos riscos aos quais estão expostos. Dentre os acidentes classes, permitindo um melhor diagnóstico da situação. Após,
mais comuns estão intoxicações, queimaduras, choques e realiza-se o manuseio de forma segura e obedecendo às boas
incêndios, sendo que as principais causas são instruções ina- práticas de laboratório; com a posterior segregação, em que
dequadas e manuseio e descarte incorreto de equipamentos será feita a separação dos resíduos, com base em suas pro-
ou reagentes utilizados em procedimentos e experimentos.7,8 priedades físicas, químicas e biológicas, além de sua classifi-
Para realizar atividades em um laboratório, é preciso ter cação, seguida por sua correta rotulagem. A etapa seguinte
consciência e planejamento do que será realizado e de como é a de acondicionamento adequado, visto que é necessário
proceder com o gerenciamento do resíduo, identificando-os e para guardar o resíduo gerado em recipientes próprios im-
classificando-os. Para isso, quem fará o gerenciamento deverá permeáveis de modo que não corra risco de vazamentos ou
saber quais reações estarão ocorrendo no preparo da mistura ruptura. Após o acondicionamento, é realizado o armazena-
de dois ou mais reagentes, além de ter conhecimento da Ficha mento para guardar, temporariamente, os recipientes com

7. ANDRADE, Mara Zani. Segurança em Laboratório. Caxias do Sul: Educs, 2008;


8. GONÇALVES, Edilene; DE OLIVEIRA, Felipe Policarpo; BOZZI, Jéssica Tinti; MAZOLINI, Lucas Tafner; ZANIN, Cristiane Imenes de C. B.; DE LIMA, Andréia Alves. Segurança no
Laboratório de Química. Gestão em foco. Amparo: Unisepe, p. 77-83, 2014. DIVULGAÇÃO TÉCNICA;
9. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.725: Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente. Rio de Janeiro. 2019;
10. FERRARI, Mário. Curso de Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho. Salvador: Juspodivm, 2009;
11. OLIVEIRA, Greice Vanin. Gerenciamento de Resíduos Químicos de Laboratório. 2019. 32 slides. Disponível em: https://www.ufrgs.br/farmacia/wp-content/uploads/2019/04/
treinamento-cosat.pdf. Acesso em: mar. 2021;
12. IBRAHIN, Francini Imene Dias; IBRAHIN, Fábio José; CANTUÁRIA, Eliane Ramos. Análise Ambiental: Gerenciamento de Resíduos e Tratamento de Efluentes. São Paulo: Érica, 2015;
13. VG Resíduos. Manual Completo sobre Rótulos de Resíduos Perigosos, 2018. Disponível em: https://www.vgresiduos.com.br/blog/manual-completo-sobre-rotulos-de-residuos-
perigosos/. Acesso em: mar. 2021.

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CURSO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

os resíduos próximo ao local de geração, e em seguida em ALGARISMO PERIGO ASSOCIADO


ambiente exclusivo até a coleta para o tratamento. Por fim, o Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação
2
transporte do resíduo armazenado no local de geração é feito química

até a coleta ou o tratamento. Nessa etapa é realizada a correta 3


Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido
sujeito a autoaquecimento
redução, eliminação ou neutralização dos agentes nocivos à
Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a
saúde humana e ambiental para sua posterior disposição final 4
autoaquecimento
no solo, o qual é previamente preparado para recebê-lo, obe- 5 Efeito oxidante (intensifica o fogo)
decendo a critérios técnicos de licenciamento ambiental de 6 Toxicidade ou risco de infecção
acordo com a legislação.14 7 Radioatividade
2. SEGREGAÇÃO 8 Corrosividade
9 Risco de violenta reação espontânea
A segregação correta e bem feita evita riscos de incom-
Tabela 3: Algarismos e risco associado para identificação de Número de Rísco.15
patibilidade e complexidade de gerenciamento e tratamento
dos resíduos. A forma de classificação deles, assim com sua cional de Bens Perigosos (ADR) e o Símbolos de perigo para
rotulagem, deve seguir a Norma ABNT NBR 10.004/2004 e substâncias químicas, sendo esse último considerado ultra-
Resolução ANTT nº 5.232/2016 (resolução que substitui a passado, mas ainda presente em algumas embalagens. É de
ANTT nº 420/2004). Ainda, a segregação deve ser realizada extrema importância ter o conhecimento da existência desses
no local e momento da geração, observando características três modelos de classificação para possibilitar a identificação
do resíduo gerado. da abordagem que está sendo utilizada. Os sistemas mais uti-
Seguindo as recomendações da Resolução ANTT nº lizados hoje são o GHS e o ADR, sendo que o último é o que
5.232/2016, embalagem e recipiente de armazenamento do está presente na legislação brasileira, conforme a Resolução
resíduo deve apresentar identificação do gerador, local, quanti- ANTT nº 5.232/2016.
dade e número e rótulo de risco, conforme a estrutura exem- Os pictogramas GHS estabelecem critérios harmoniza-
plificada na Figura 5. dos para classificação de substâncias e compostos, conside-
O número de risco pode ser dois ou três algarismos e rando perigos físicos, para saúde e para o meio ambiente. O
indica perigos associados à substância. Quando repetidos os documento que contém esses critérios do GHS é chamado de
algarismos, apontam maior intensidade do risco (Tabela 3). Livro Púrpura e inclui requisitos sobre rotulagem, pictogramas
O Rótulo de Risco presente na identificação de resíduos e fichas de segurança (Figura 6, Tabela 4).
é utilizado para informar que a expedição possui produtos
perigosos. Atualmente, existem três abordagens técnicas,
que classificam perigos: o Sistema Globalmente Harmoniza-
do de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS),
o Acordo Europeu relativo ao Transporte Rodoviário Interna-

Figura 5: Exemplo de Identificação.

Leitura Complementar
A tabela de Classe de Risco, rótulos e outras definições podem ser acessadas na
Resolução ANTT nº 5.232/2016, incluindo classificação e explicações sobre número Figura 6: Pictogramas indicativos de perigo segundo GHS. Suas classes de
de risco e número da ONU.
perigo são indicadas na Tabela 4.

14. FIOCRUZ. Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/gerenciamento-residuos-servico-saude.htm.
Acesso em: mar. 2021;
15. BRASIL. Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. Resolução nº 5.232, de 14 de dezembro de 2016. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre
do Transporte de Produtos Perigosos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 dez. 2016.

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CURSO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

LEGENDA CLASSE DE PERIGO


perigo para saúde — sensibilização respiratória, mutagenicidade
em células germinativas, carcinogenicidade, toxicidade
(a)
reprodutiva, toxicidade para órgãos-alvo específicos e perigo de
aspiração
toxicidade aguda (via oral, cutânea, inalatória), irritação
cutânea, irritação ocular, sensibilização cutânea, toxicidade
(b)
para órgãos-alvo específicos — exposição única, irritação das
vias respiratórias e efeitos narcóticos
(c) perigoso para o ambiente aquático
gases, aerossóis, líquidos e sólidos inflamáveis, líquidos e
sólidos pirofóricos, substâncias e misturas autorreativas, de
(d)
auto-aquecimento e que, em contato com a água, libertam
gases inflamáveis, e peróxidos orgânicos
corrosivo para os metais, corrosão cutânea e lesões oculares
(e)
graves
explosivos instáveis, substâncias e misturas autorreativas e
(f)
peróxidos orgânicos
(g) toxicidade aguda (via oral, cutâneo e inalatória)
gases sob pressão (comprimidos, liquefeitos, liquefeitos
(h)
refrigerados) e gases dissolvidos
(i) gases, líquidos e sólidos comburentes
Tabela 4: Classes de perigo para os pictogramas segundo GHS.

No Brasil, os rótulos de risco indicam os riscos principal e


subsidiário(s) com a marcação do Acordo Europeu relativo ao
Transporte Rodoviário Internacional de Bens Perigosos (ADR),
cumprindo as exigências da Resolução ANTT nº 5.232/2016 e
da Norma ABNT NBR 7.500/2020. Esse rótulo é um losango,
com o símbolo de risco na metade superior; número da classe
ou, se necessário, subclasse de risco no canto inferior; e textos/
números/letras adicionais na metade inferior. Os rótulos para
as 9 classes de risco, conforme ANTT nº 5.232/2016, encon-
tram-se na Figura 7.
Para saber qual a rotulagem correta a ser feita, devem ser
aplicados alguns testes para observar o comportamento do
resíduo em diferentes aspectos. Na Tabela 6 estão os testes
que podem ser aplicados para a caracterização preliminar dos
resíduos químicos não identificados.
2.1. Diagrama de Hommel
O Diagrama de Hommel (conhecido pelo código NFPA
704 ou por Diamante de Hommel) é um indicador de riscos
em embalagens de produtos químicos, criado pela National
Fire Protection Association (NFPA). Essa identificação é obriga-
tória em diversos países, entretanto não é uma exigência na
legislação brasileira. Ainda sim, o seu uso permite a fácil visu-
alização dos riscos associados ao produto identificado, pois o
diagrama é composto por quatro losangos de cores diferentes
que informam os riscos à saúde, de inflamabilidade, de reativi-
dade e específicos. Além disso, o grau de periculosidade é de-
terminado por cinco níveis numéricos que vão de 0 a 4, sendo
0 o menos severo e 4 o mais severo, exceto o losango inferior
(branco), que não é classificado numericamente. O diagrama
Figura 7: Pictogramas de transporte ADR. As respectivas classes de perigo
possui a estrutura ilustrada na Figura 8. são as indicadas na Tabela 5.16

16. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7500. Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. Rio
de Janeiro, 2020.

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CURSO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

LEGENDA NOME CLASSE TESTE PROCEDIMENTO


Classe 1: explosivo; Subclasse 1.1: perigo de explosão Adicione 1 gota de água e observe se há formação
(a) Reatividade com água de chama, geração de gás, ou qualquer outra
em massa
reação violenta
(b) Classe 1: explosivo; Subclasse 1.2: perigo de projeção
Adicione 1 gota de cloroamina-T e 1 gota de
Classe 1: explosivo; Subclasse 1.3: perigo de incêndio ou Presença de cianetos ácido barbitúrico/piridina em 3 gotas de resíduos.
(c) A cor vermelha indica teste positivo
perigo de projeção ligeira
Na amostra acidulada com HCl, o papel embebido
Classe 1: explosivo; Subclasse 1.4: ausência de perigo Presença de sulfetos em acetato de chumbo fica enegrecido quando
(d)
significativo na presença de sulfetos
Classe 1: explosivo; Subclasse 1.5: substâncias muito pH Usa papel indicador ou pHmetro
(e)
insensíveis com perigo de explosão em massa A oxidação de um sal de Mn(II), de cor rosa
Resíduo oxidante claro, para uma coloração escura indica
Classe 1: explosivo; Subclasse 1.6: artigos extremamente
(f) resíduo oxidante
insensíveis sem perigo de explosão em massa
Observa-se a possível descoloração de um
(g) Classe 2: gases; Subclasse 2.1: gás inflamável Resíduo redutor papel umedecido em 2,6-dicloro-indofenol ou
azul de metileno
Classe 2: gases; Subclasse 2.2: gases não inflamáveis e
(h) Enfie um palito de cerâmica no resíduo, deixe
não tóxicos Inflamabilidade
escorrer o excesso e coloque-o na chama
(i) Classe 2: gases; Subclasse 2.3: gases tóxicos
Coloque um fio de cobre limpo e previamente
(j) Classe 3: líquidos inflamáveis aquecido ao rubro no resíduo. Leve à chama e
Presença de halogênios
observe a coloração: o verde indica a presença
Classe 4: sólidos inflamáveis; Subclasse 4.1: sólidos de halogênios
(k) inflamáveis, substâncias autorreativas e explosivos
Após o ensaio de reatividade, a solubilidade pode
sólidos inativos Solubilidade em água
ser avaliada facilmente
Classe 4: sólidos inflamáveis; Subclasse 4.2: substâncias Tabela 6: Testes de caracterização preliminar de resíduos químicos não
(l)
susceptíveis de combustão espontânea identificados (realizados em alíquotas de aproximadamente 1 g do resíduo).17
Classe 4: sólidos inflamáveis; Subclasse 4.3: substâncias
(m)
que, em contato com a água, liberam gases inflamáveis
Classe 5: substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
(n)
Subclasse 5.1: substâncias oxidantes
Classe 5: substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
(o)
Subclasse 5.2: peróxidos orgânicos
Classe 6: substâncias tóxicas e substâncias infectantes;
(p)
Subclasse 6.1: substâncias tóxicas
Classe 6: substâncias tóxicas e substâncias infectantes;
(q)
Subclasse 6.1: venenos
Classe 6: substâncias tóxicas e substâncias infectantes;
(r)
Subclasse 6.2: substâncias infectantes
(s) Classe 7: material radioativo - categoria I
(t) Classe 7: material radioativo - categoria II
(u) Classe 7: material radioativo - categoria III
Classe 7: material radioativo - etiqueta de índice de
(v)
segurança crítica
(w) Classe 8: substâncias corrosivas
(y) Classe 9: substâncias e objetos perigosos e diversos
Tabela 5: Classes e subsclasses de perigo dos pictogramas de transporte ADR. Figura 8: Diagrama de Hommel.

Os valores associados a cada área do diagrama aquecido, 2 - reação química violenta, 3 - choque e calor
representam riscos conforme a seguinte classificação: podem detonar, e 4 - pode detonar.
RISCOS À SAÚDE: 0 - material normal, 1 - pequeno risco, RISCOS ESPECÍFICOS: OXX - oxidante, ACID - ácido, ALK
2 - perigoso, 3 - extremamente perigoso, e 4 - mortal. - álcalis, COR - corrosivo, W - não use água, e ☢ - radioativo.
RISCOS DE INFLAMABILIDADE: 0 - não inflamável, 1 -
acima de 94°C, 2 - abaixo de 94°C, 3 - abaixo de 38°C, e
Agora é com você:
Construa o Diagrama de Hommel para as seguintes substâncias:
4 - abaixo de 22°C. a) ácido nítrico; b) ácido sulfúrico; c) ácido pícrico; d) borohidreto de
RISCOS DE REATIVIDADE: 0 - estável, 1 - instável quando sódio; e) acetona; e f) metanal.

17. JARDIM, Wilson. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA. Química Nova, 21(5), p. 671-673, 1998.

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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1

2. ACONDICIONAMENTO calor e produtos químicos. Quando há o uso de recipientes


sem rodas, deve-se observar os limites de carga permitidos
Em relação ao acondicionamento, é preciso armazenar
para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas
o resíduo em um recipiente seguro e adequado. Portanto, o
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego
recipiente deve ser compatível com as substâncias, manten-
(NR 17 e NR 11).
do-as em seu interior sem vazamentos, e deve ser resistente
O transporte interno dos resíduos deve ser realizado de
a possíveis impactos para que não haja chance de rupturas.
acordo com roteiro previamente definido e em horários que
O material do recipiente deve ter boa durabilidade e deve ser
não coincidam com distribuição de roupas, alimentos e me-
compatível quanto a forma, o volume e o peso do resíduo.
dicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas
Ainda, não deve ultrapassar 75% do volume da embalagem.
ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo
As embalagens originais dos produtos químicos podem ser
com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada
reutilizadas desde que sejam seguras e tenham sido limpas
grupo de resíduos.
previamente conforme a Portaria INMETRO nº 326/2006.
5. TRATAMENTO
3. ARMAZENAMENTO
O tratamento interno em laboratório é realizado para
O armazenamento é a guarda temporária dos recipien-
inativação ou descontaminação dos resíduos por meios físicos
tes com os resíduos já acondicionados, próximo ao local de
ou químicos de eficácia e segurança comprovadas. É efetuado
geração para facilitar a coleta e transporte até os pontos de
no local de geração, com a finalidade de modificar caracterís-
coleta externa. Ele é feito de acordo com a classificação ABNT
ticas químicas, físicas ou biológicas do resíduo, promovendo
NBR 10.004/2004 a fim de evitar danos ao meio ambiente e
a redução, eliminação ou neutralização de agentes nocivos.
à saúde. Além disso, os resíduos sólidos de classe I devem ser
Durante o tratamento de inativação do resíduo é preciso
armazenados conforme as condições exigidas na norma ABNT
ter conhecimento dos riscos e perigos possíveis, sempre utili-
NBR 12.235/1992, enquanto os de classe IIA (não inertes) e
zando corretamente os Equipamentos de Proteção Individual
IIB (inertes) devem respeitar a norma ABNT NBR 11.174/1990.
(EPIs) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) se ne-
Nessa etapa alguns cuidados são necessários, como o
cessários. As principais técnicas de inativação em laboratório
não acúmulo de grande quantidade de resíduo no labora-
são neutralização, redução/oxidação, precipitação, destilação,
tório, a separação das embalagens por incompatibilidade
biodegradação e processos oxidativos avançados (POAs).
química e identificação e disposição de resíduos em área deli-
Outros cuidados essenciais durante a destruição de
mitada. Ainda, as embalagens devem estar sob bandejas para
resíduos químicos em laboratórios são: fazer testes em
contenção em caso de vazamento do resíduo e próximas de
micro escala, realizar o processo em pequenas quantidades,
substâncias que contenham possíveis derramamentos, como
ter a infraestrutura adequada disponível, ter conhecimento
areia ou vermiculita. Por fim, é preciso avaliar periodicamente
detalhado da reação/processos envolvidos e ter certificação
a integridade das embalagens e rótulos.
do tratamento.
4. TRANSPORTE INTERNO
O transporte interno é a locomoção dos resíduos dos Você sabia?
pontos de geração até local destinado ao armazenamento Segundo a Resolução CONAMA nº. 237/1997 sobre a revisão e
temporário ou armazenamento externo com o intuito de complementação de procedimentos e critérios utilizados para
licenciamento ambiental, os sistemas para tratamento/disposição
haver a apresentação para a coleta. Deve-se manter atento de resíduos de serviços de saúde, assim como outras atividades, são
ao volume, integridade da embalagem e tipo de veículo que passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária
e de meio ambiente.
fará o transporte.
O contêiner de resíduos para coleta, acondicionamento,
transporte interno e manuseio deve ser constituído de material
6. DISPOSIÇÃO FINAL
rígido, lavável, impermeável e resistente ao processo de des- A disposição de resíduos no solo, previamen-
contaminação determinado pelo laboratório. Ainda, deve ser te preparado para recebê-los, deve obedecer critérios
provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamen- técnicos, e apresentar licenciamento ambiental conforme a
to, cantos e bordas arredondados, identificado com o símbolo Resolução CONAMA nº 237/1997.
correspondente ao risco do resíduo nele contido, e ter rodas
revestidas de material que reduza o ruído. Os recipientes com
7. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
mais de 400 L (230 kg) de capacidade devem possuir válvula
QUÍMICOS E SUA DESTINAÇÃO
de dreno no fundo. O Carro Cuba, indicado para transpor- A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222/2018
te de grande volume, é produzido com polietileno de alta da ANVISA, como visto no conteúdo de “Conceitos, exigên-
densidade 100% virgem e resistente a ações de raios UV, frio, cias legais e normativas”, classifica resíduos com risco químico

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APOSTILA 1

como RSS do grupo B. Eles podem, ainda, ser divididos pela outros. A destinação desses resíduos pode ser a reciclagem
periculosidade, segundo classificação da norma ABNT NBR ou coprocessamento.
10.004/2004, também abordada nesta apostila. Sabendo que O coprocessamento é a destruição térmica do resíduo em
a destinação dos resíduos depende da classificação, substân- fornos de cimento. É um tratamento de alto custo e apresenta
cias do mesmo grupo também devem ser segregadas, acondi- restrição para alguns resíduos, mas tem como vantagens a des-
cionadas e identificadas separadamente, conforme recomen- truição total dos resíduos tratados, com controle de emissões
dações, verificando possíveis incompatibilidades químicas. atmosféricas e economia de recursos naturais não renová-
7.1. Aquoso veis. Nesse caso, a responsabilidade legal termina quando a
empresa responsável emite o termo de recebimento.
São resíduos químicos aquosos compostos por água em
sua porção majoritária, com solutos orgânicos ou inorgâni- Resíduos que podem ser coprocessados são substâncias
cos dissolvidos, que não podem ser inflamáveis. Pode haver oleosas, catalisadores usados, resinas, colas, látex, pneus, em-
outros solventes biodegradáveis na sua composição, mas borrachados, solventes, borrachas, lodos de ETE e madeiras
não pode conter sólidos (não dissolvidos), óleos (vegetais, contaminadas. Enquanto resíduos que não podem ser copro-
minerais, querosene), fases orgânicas imiscíveis com água, cessados são radioativos, biológicos, organoclorados, organo-
nem pesticidas. fosforados, agrotóxicos, explosivos e domésticos.
Resíduos aquosos podem ser classificados em subgrupos: 7.4. Solvente Orgânico Passível de
aquoso ácido (0 < pH ≤ 5) ou aquoso neutro-básico (5 < pH ≤ Purificação (SOPP)
14); aquoso com metais perigosos (cádmio, chumbo, mercúrio,
O solvente orgânico passível de purificação (SOPP) é con-
cromo e arsênio); e aquoso sem metais perigosos (sais de
sódio, potássio e magnésio, solventes orgânicos, formol, etc). siderado o solvente orgânico único ou no máximo a mistura
O destino para esse tipo de resíduo é a Estação de Tratamento de dois solventes, com ou sem impurezas (orgânicas ou inor-
de Esgoto (ETE), onde é feito um processo de transformação gânicas) dissolvidas. O destino dos SOPPs é a destilação fra-
química da matriz com finalidade de purificar a água. cionada, que permite que o solvente purificado retorne ao
O tratamento na ETE tem vantagem de ser de baixo custo, laboratório gerador. Solventes que podem ser recuperados
e a responsabilidade legal sobre o resíduo se encerra quando a incluem acetona, metanol, hexano, acetato de etila, etanol,
empresa responsável pela ETE emite o Certificado de Tratamen- xileno e diclorometano.
to. A qualidade da água purificada deve atender os requisitos 7.5. Sólido
da Resolução CONAMA nº 357/2005 e suas alterações.
Resíduos sólidos são os que se encontram em estado
7.2. Solvente Orgânico Halogenado e sólido, semissólido, pastoso ou de lodo. Nesse grupo, estão
Benzeno (SOH) inseridos materiais sólidos impregnados com produtos
O resíduo classificado como solvente orgânico halogena- químicos tóxicos, provenientes das atividades laboratoriais,
do e benzeno (SOH) é a mistura com mais de dois solventes de difícil descontaminação ou economicamente inviáveis. Não
orgânicos, desde que um seja organoclorado (ex.: clorofór- pode conter líquidos livres, substâncias reativas com água ou
mio, diclorometano), benzeno, ou outro organohalogenado ar, nem substâncias inflamáveis e explosivas.
(ex.: bromofórmio, iodometano). Nessa categoria também A destinação desses resíduos é um Aterro Industrial de
estão os resíduos com pesticidas, agrotóxicos, quimioterápi-
Resíduo Perigoso (ARIP), onde os resíduos químicos sólidos
cos citostáticos, e resíduos contendo cloro inorgânico.
serão imobilizados por tempo suficiente para que ocorra sua
O tratamento de SOHs é a incineração, que tem como
decomposição química. Em um ARIP, a responsabilidade legal
objetivo reduzir de modo significativo o volume final, trans-
é solidária enquanto o resíduo permanecer no local. Também
formando resíduos perigosos em menos ou não perigosos. É
é possível a destinação para incineração ou coprocessamento,
o único tratamento legal para organoclorados e organofosfo-
entretanto o tratamento se torna mais custoso.
rados, e a responsabilidade legal termina quando a empresa
responsável emite o Certificado de Tratamento. 7.6. Matéria Prima para Reciclagem (MPR)
7.3. Solvente Orgânico não Halogenado Na matéria prima para reciclagem (MPR) estão inseridos
(SOñH) materiais como vidro, papel, metal, plástico, embalagens e
O solvente orgânico não halogenado (SOñH) inclui material de laboratório. O destino desse grupo é a reciclagem,
resíduos compostos pela mistura de mais de dois solventes feita com o apoio da coleta seletiva, de modo que haja lixeiras
orgânicos. Essa mistura deve ser inflamável, e os solventes e recipientes de coleta de resíduos identificados para cada tipo
podem ser álcoois, hidrocarbonetos, éteres, cetonas, entre de material.

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APOSTILA 1

Para ser reciclado e utilizado como matéria prima, esse boratório de Química. Gestão em foco. Amparo: Unisepe, p.
resíduo não pode apresentar cor, odor, superfície oleosa 77-83, 2014. DIVULGAÇÃO TÉCNICA.
e substâncias letais; nem conter óleos (mineral e vegetal), IBRAHIN, Francini Imene Dias; IBRAHIN, Fábio José;
gasolina, querosene, vaselina, glicerina e mercúrio metálico. CANTUÁRIA, Eliane Ramos. Análise Ambiental: Gerenciamento
de Resíduos e Tratamento de Efluentes. São Paulo: Érica, 2015.
REFERÊNCIAS JARDIM, Wilson. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA.
ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil Química Nova, 21(5), p. 671-673, 1998.
2020. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama-2020/. OLIVEIRA, Greice Vanin. Gerenciamento de Resíduos
Acesso em: mar. 2021. Químicos de Laboratório. 2019. 32 slides. Disponível em:
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR OLIVEIRA, Greice Vanin. Gestão de Resíduos Químicos.
7500. Identificação para o transporte terrestre, manuseio, 2019. 90 slides. Disponível em: https://www.ufrgs.br/farmacia/
movimentação e armazenamento de produtos. Rio de wp-content/uploads/2015/10/Aula-Gestao-de-Residuos-Qui-
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR VG Resíduos. Manual Completo sobre Rótulos de
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de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos de maio de 2021 na plataforma Even3, sob organização da
Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Diário empresa júnior Chemsul - Consultoria Química.
Oficial da União, Brasília, DF, 29 mar. 2018. AUTORES
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Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre Daniel Telichevesky
critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto Giuseppe da Silva Salvador
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BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - Marthina Oliveira de Castro
CONAMA. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe Sara Oberlaender dos Santos
sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos REVISORES
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Isabele Marques Leopoldino
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e meca- DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO
nismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Júlia Leão Nogueira
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set. 1981.
ORGANIZAÇÃO
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GONÇALVES, Edilene; DE OLIVEIRA, Felipe Policarpo;
BOZZI, Jéssica Tinti; MAZOLINI, Lucas Tafner; ZANIN, Cristiane
Imenes de C. B.; DE LIMA, Andréia Alves. Segurança no La-

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