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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
APOSTILA 1
CONCEITOS, NORMAS E EXIGÊNCIAS pela recente obrigatoriedade de dar-se a disposição final dos
LEGAIS rejeitos em aterros sanitários, que apenas em agosto de 2014
passou a exigir o fechamento de lixões, conforme a Lei nº
12.304/2010, e um Plano Municipal de Gestão Integrada de
1. INTRODUÇÃO Resíduos Sólidos (PMGIRS). Anteriormente, em 2010, 3.152
O conceito de meio ambiente, segundo o Art. 3º da Lei municípios (apenas 367 a mais que a metade da totalidade de
nº 6.938/1981, da Política Nacional do Meio Ambiente, é: municípios brasileiros) registraram alguma iniciativa de coleta
“o conjunto de condições, leis, influências e interações de seletiva, enquanto na década seguinte esse número aumentou
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege para 4.070 municípios (Figura 1). Porém, em muitos municí-
a vida em todas as suas formas”. Posto isso, a concepção pios as atividades de coleta seletiva ainda não abrangem a
de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos totalidade de sua área urbana.3
da ação humana sobre todos esses fatores que envolvem o
meio ambiente e estão definidos de forma judicial; visto que
a definição de impacto ambiental, de acordo com a resolução
CONAMA nº 001/1986, é “qualquer alteração das proprieda-
des físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das ativi-
dades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde,
a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais
e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”.1,2
Dessa forma, é somente com o aprendizado da educação Figura 1: Distribuição dos municípios com iniciativas de coleta seletiva (%).3
ambiental e o exercício prático da cidadania ambiental para Como podemos observar pelos dados da Tabela 1
a preservação e proteção do meio ambiente que as políticas e 2, entre 2010 e 2019 a geração de Resíduos Sólidos
públicas envolvendo a exploração e reutilização de recursos Urbanos (RSU) no Brasil registrou considerável incremento,
naturais e ambientais, bem como a menor interferência passando de 67 milhões para 79 milhões de toneladas por
possível no meio ambiente, poderão se tornar mais sus- ano, aproximadamente. Por sua vez, a geração per capita
tentáveis ambientalmente. Condutas com ética ambiental, aumentou de 348 kg/ano para 379 kg/ano. A quantidade de
consumo sustentável, ações comunitárias e programas de resíduos coletados cresceu em todas as regiões do país e, em
sustentabilidade podem refletir em um desenvolvimento efe- uma década, passou de cerca de 59 milhões de toneladas em
tivamente sustentável. Note-se que a sustentabilidade é deli- 2010 para 72,7 milhões de toneladas e, no mesmo período, a
mitada pela capacidade de regeneração do recurso ambiental, cobertura de coleta passou de 88% para 92%.4
caso contrário será considerada degradação ambiental.3
Saiba mais sobre…
O desenvolvimento econômico no Brasil foi alcançado às
Alguns programas e a ABRELPE em suas páginas oficiais:
custas de atividades poluidoras e degradadoras: os produtos Sistema Campo Limpo: https://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/;
Programa Jogue Limpo: https://www.joguelimpo.org.br/institucional/index.
eram extraídos da natureza sem qualquer preocupação com a php;
sustentabilidade e o processo de industrialização foi realizado ABRELPE: https://abrelpe.org.br/.
sem nenhuma preocupação com a preservação ambiental.
2. CONCEITOS
Isso reflete diretamente no panorama geral de educação
ambiental da população brasileira. Pois, se para o desenvol- LIXO: sujidade, o que é varrido da casa ou jardim, o que
vimento do país pouco importou a degradação ambiental, o não presta, não possui valor; restos das atividades humanas,
que fará com que o cidadão, empreendedores e microempre- considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou
endedores tenham pensamentos contrários?3 descartáveis.
Nesse cenário, a gestão e gerenciamento de resíduos no RESÍDUO: restos, alterados ou não, por processos, aquilo
Brasil muitas vezes não é realizada da maneira correta nem que remanesce; tudo que pode ser reutilizado e reciclado.
por seus habitantes nem por muitos estabelecimentos devido REJEITO: resíduo sólido que não apresenta outra possibili-
à falta de consciência ambiental. Essa realidade é evidenciada dade além da disposição final ambientalmente adequada, uma
1. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set. 1981;
2. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de
impacto ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 1986;
3. IBRAHIN, Francini Imene Dias; IBRAHIN, Fábio José; CANTUÁRIA, Eliane Ramos. Análise Ambiental: Gerenciamento de Resíduos e Tratamento de Efluentes. São Paulo: Érica, 2015;
4. ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama-2020/. Acesso em: mar. 2021.
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GERAÇÃO TOTAL GERAÇÃO PER CAPITA RECICLABILIDADE: para poder considerar um resíduo re-
(t/ano) (kg/hab/ano) ciclável, quatro fatores devem ser levados em conta: educação
Região 2010 2019 Região 2010 2019 ambiental (condição a partir do consumo, de modo que o
Norte 4.406.280 5.866.645 Norte 286,9 322,7 gerador deve ter consciência e fazer o descarte seletivo de seus
bens consumidos), tecnologia (para efetuar a coleta, triagem e
Nordeste 17.379.725 19.700.875 Nordeste 324,6 347,1
reciclagem), mercado e economia (deve ter compradores e ser
Centro- Centro- viável).
5.076.055 5.815.180 365,3 361,4
-Oeste -Oeste
Fração Fração
88,42% 92,01% 88,17% 92,01%
coletada coletada
Tabela 2: Coleta total e per capita de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil
e suas regiões.3 Figura 2: Ilustração de Lixão.
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3. NORMAS E EXIGÊNCIAS pela separação das embalagens dos resíduos úmidos pelo con-
sumidor, enviadas para o descarte para pontos de entrega vo-
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída
luntários (PEV) ou outras formas de coleta, para então serem
pela Lei nº 12.305/2010 (primeira edição), dispõe sobre princí-
encaminhados à indústria recicladora ou para destinação final
pios, objetivos, instrumentos e diretrizes relacionadas à gestão
ambientalmente adequada. O Ministério do Meio Ambiente es-
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, às respon-
tabeleceu metas, após consulta pública, para o uso de materiais
sabilidades dos geradores e do poder público e aos instru-
recicláveis e compostáveis na produção de embalagens.
mentos econômicos aplicáveis. A Lei exige das esferas pública
MEDICAMENTOS: quando vencidos ou em desuso, são
e privada transparência no gerenciamento dos resíduos.
classificados como resíduos perigosos (Classe I). Por esse
Ela estabelece, também, as Políticas Estaduais de Resíduos
motivo, os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente publi-
Sólidos (PERS), que permitem aos estados o conhecimento
caram um edital de chamamento para elaborar um acordo
do panorama atual para a gestão dos resíduos sólidos, que
setorial para planejar um sistema de logística reversa sobre
por sua vez, tem como instrumento as Políticas Municipais
o gerenciamento deles. Como não houve assinatura da
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS). Conforme o
proposta, o Decreto nº 10.388/2020 foi promulgado esta-
Art. 9º da Lei, existe uma ordem de prioridade que deve ser
belecendo que seriam disponibilizados pontos de coletas nas
considerada na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos,
capitais estaduais e em cidades com mais de 500 mil habitan-
sendo ela: “não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tes, em um prazo de 2 anos, e para cidades com mais de 100
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambiental-
mil habitantes, em 5 anos.
mente adequada dos rejeitos”.
ELETROELETRÔNICOS E COMPONENTES: produtos de-
Os Planos Estaduais de Resíduos Sólidos (PERS) são ins-
pendentes do uso de correntes elétricas com tensão nominal
trumentos da Lei nº 12.305/2010 que permitem aos estados
não superior a 240 volts para seu funcionamento. Quando ma-
o conhecimento do panorama atual para gestão adequada
nipulados ou descartados de forma incorreta, esses resíduos
de resíduos sólidos. No Art. 17º da Lei, incisos I a XII, consta
podem causar incêndios, intoxicações, contaminação do solo
o conteúdo mínimo dos PERS. Ainda, os estados podem
e da água ou outros danos. Em 2019 foi assinado um acordo
elaborar “planos microrregionais de resíduos sólidos, bem
setorial para sistema de logística reversa de produtos eletrôni-
como planos específicos direcionados às regiões metropolita-
cos de uso doméstico e seus componentes, com normas es-
nas ou às aglomerações urbanas”.
tabelecidas pelo Decreto Federal nº 10.240/2020, de modo a
Os Planos Municipais de Gestão Integrada de
atingir toda a indústria da área.
Resíduos Sólidos (PMGIRS) devem atender ao previsto para o
BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO INSERVÍVEIS: são as
PERS e o conteúdo mínimo está previsto no Art. 19º da Lei
baterias comumente usadas em automóveis, compostas por
nº 12.305/2010. Além disso, consta no parágrafo 1º do Art.
placas positivas e negativas de chumbo e solução de ácido
19º que “o plano municipal de gestão integrada de resíduos
sulfúrico como eletrólito. Determinações voltadas ao ge-
sólidos pode estar inserido no plano de saneamento básico
renciamento ambiental adequado para esses produtos já
previsto no Art. 19º da Lei nº 11.445, de 2007”, respeitando
o conteúdo mínimo. existiam antes da criação da PNRS, pela Resolução CONAMA
A PNRS introduz a logística reversa a fim de implemen- nº 408/2008. O acordo setorial assinado em 2019 visa im-
tar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos plementar a coleta, transporte, armazenamento e destinação
produtos entre setor público, setor privado e sociedade civil. final ambientalmente adequada, incluindo a recuperação do
Alguns produtos de circulação e uso comuns apresentam chumbo-ácido. Pela logística reversa, o descarte da bateria
sistemas de logística reversa específicos já implantados, que deve ser feito no mesmo estabelecimento comercial de sua
podem ser acessados no Sistema Nacional de Informações troca/reposição.
sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR). Entre eles, estão: EMBALAGENS DE AÇO: são embalagens pós consumo,
EMBALAGENS EM GERAL: podem ser compostas de que abrigam alimentos para consumo humano, ração úmida
papel e papelão, plástico, alumínio, aço, vidro, ou combina- para cães e gatos, tintas imobiliárias, rolhas e tampas, entre
ção deles. As políticas voltadas para as formas de reutilização outras. Se descartadas de maneira incorreta, podem contribuir
dessas embalagens foram divididas em duas fases para im- para contaminação no solo e nas águas, além do aumento
plantação do sistema. A primeira fase teve os resultados divul- das emissões de CO2 e outros impactos. As embalagens de
gados em 2017 pelo SINIR. A operação do sistema é iniciada aço são contempladas com a logística reversa desde 2018, por
meio de um Termo de Compromisso Federal entre o Prolata
Saiba mais sobre... Reciclagem, gestor do sistema criado em 2012, e o Ministério
A 3ª edição da Política Nacional de Resíduos está disponível para download
na biblioteca digital do Portal da Câmara dos Deputados https://bd.camara.
do Meio Ambiente. O Prolata possui parcerias com PEVs e co-
leg.br/bd/handle/bdcamara/14826. operativas de catadores para descarte adequado.
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ABNT NBR 10004:2004 – Resíduos sólidos - Classificação: maneira persistente, dificultando a extinção da chama;
“classifica os resíduos sólidos quanto aos seus potenciais ao Corrosivos, que podem ser aquosos e apresentar um pH
meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser geren- inferior ou igual a 2, ou superior ou igual a 12,5; e líquidos ou,
ciados adequadamente”. quando misturados à água em peso equivalente, produzam
ABNT NBR 10005:2004 – Procedimento para obtenção líquidos capazes de corroer aço;
de extrato lixiviado de resíduos sólidos: “ fixa os requisitos Reativos, que possuem capacidade de explodir sem a ne-
exigíveis para a obtenção de extrato lixiviado de resíduos cessidade de ativação; geram gases tóxicos; são substâncias
sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados pela NBR fabricadas com finalidade de explosão; substâncias instáveis
10004 como classe I - perigosos - e classe II - não-perigosos”. que reagem de forma violenta e imediata; e substâncias de
ABNT NBR 10006:2004 – Procedimento para obtenção reação violenta com água ou capazes de formar misturas com
de extrato solubilizado de resíduos sólidos: “fixa os requisitos potencial explosivo com a água.
exigíveis para obtenção de extrato solubilizado de resíduos Tóxicos, que podem ser amostras que apresentem per-
sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados na NBR sistência de constituíntes ou qualquer produto tóxico de sua
10004 como classe II A - não-inertes - e classe II B - inertes”. degradação; constituídas por restos de embalagens contami-
ABNT NBR 10007:2004 – Amostragem de resíduos nadas com substâncias; e possuam, em suas características, as
sólidos: “fixa os requisitos exigíveis para amostragem de propriedades tóxicas especificadas pela norma (agente terato-
resíduos sólidos”. gênico, mutagênico, carcinogênico ou ecotóxico);
ABNT NBR 12808:1993 – Resíduos de serviço de saúde Patogênicos, que podem transmitir doenças se uma
– Classificação: “classifica os resíduos de serviços de saúde amostra representativa dele contiver ou se houver suspeita de
quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde conter microorganismos patogênicos, proteínas virais, DNA ou
pública, para que tenham gerenciamento adequado”. Status: RNA recombinantes, organismos geneticamente modificados,
Cancelada em 14/04/2016; Substituída por: ABNT NBR plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de
12808:2016. produzir doenças.
ABNT NBR 12808:2016 – Resíduos de serviços de saúde RESÍDUOS CLASSE II A - NÃO PERIGOSOS E NÃO INERTES:
– Classificação: “classifica os resíduos de serviços de saúde são resíduos não-inertes, ou seja, podem ser biodegradáveis,
quanto à sua natureza e riscos ao meio ambiente e à saúde comburentes ou solúveis em água;
pública, para que tenham gerenciamento adequado”. RESÍDUOS CLASSE II B - NÃO PERIGOSOS E INERTES: são
USEPA - SW 846 – Test methods for evaluating solid resíduos inertes e não comburentes, ou seja, quando entram
waste – Physical/chemical methods: métodos para determina- em contato com a água, não sofrem nenhum tipo de transfor-
ção de propriedades dos resíduos perigosos. mação química, física ou biológica.
4. FORMAS DE CLASSIFICAR OS Agora é com você:
RESÍDUOS Classifique os seguintes resíduos quanto às suas periculosidades de
acordo com a NBR 10.004/2004: a) ácido sulfúrico (pH = 1); b) pedras; c)
4.1. Quanto à periculosidade (ABNT NBR areia; d) sal de cozinha; e) tinta; e f) vidro.
10.004/2004)
4.2. Quanto ao local de geração
Essa classificação separa os resíduos conforme potenciais
Essa classificação permite determinar quais devem ser as
riscos à saúde pública e ao meio ambiente, considerando ca-
racterísticas físico-químicas, biológicas, qualitativas e/ou quan- políticas adotadas por cada estabelecimento em relação ao
titativas, de acordo com a norma ABNT NBR 10.004/2004. gerenciamento de seus resíduos. Assim, conforme sua origem,
RESÍDUOS CLASSE I - PERIGOSOS: compreendem os os resíduos sólidos podem ser classificados como: resíduos
resíduos que, em algum grau, apresentam risco à saúde dos sólidos industriais, resíduos de construção civil, resíduos do-
indivíduos e ao meio ambiente. Resíduos perigosos possuem miciliares, resíduos comerciais, resíduos agrícolas, resíduos de
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, serviços de saúde, e resíduos de varrição. Além disso, resíduos
toxicidade ou patogenicidade, e necessitam de um tratamen- de fontes especiais são aqueles que necessitam de cuidados
to e disposição especial que se baseie nessas características. especiais no condicionamento, manipulação e destino, e
Inflamáveis, que podem ser substâncias que podem incluem resíduos industriais, radioativos, agrícolas, de serviços
liberar oxigênio e, com isso, estimular a combustão e de saúde, de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários.
aumentar a intensidade do fogo de outro material; líquidos Geradores de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) devem
com ponto de fulgor inferior a 60 °C; e não líquidos capazes apresentar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de
de, nas condições de temperatura e pressão de 25°C e 1 atm, Serviços de Saúde (PGRSS) para a Prefeitura do seu município.
produzir fogo por fricção e, quando inflamada, queimar de O documento deve descrever ações em relação ao manejo dos
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5. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 mai. 2005;
6. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 mar. 2018.
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de laboratório clínico ou de pesquisa, vacinas vencidas ou ficação, peças pré-moldadas em concreto produzidas nos
inutilizadas, filtros de gases aspirados de áreas contaminadas canteiros de obra, entre outros.
por agentes infectantes e qualquer resíduo contaminado por CLASSE B: são resíduos recicláveis para outras destina-
esses materiais; ções, considerados resíduos “comuns” gerados nas obras de
TIPO A.2 – SANGUE E HEMODERIVADOS: bolsas de sangue construção civil, como plásticos, papel, papelão, metais, vidros,
madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso.
com prazo de validade vencidos ou sorologia positiva, amostra
CLASSE C: são resíduos para os quais ainda não existem tec-
de sangue para análise, soro, plasma e outros subprodutos;
nologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a
TIPO A.3 – CIRÚRGICOS, ANATOMOPATOLÓGICOS E
sua recuperação ou reciclagem, como derivados do gesso.
EXSUDATO: tecidos, órgãos, fetos, peças anatômicas, sangue
CLASSE D: são resíduos perigosos provenientes da cons-
e outros líquidos orgânicos resultantes de cirurgias, necropsias trução civil, como tintas, solventes, óleos e outros, ou materiais
e resíduos contaminados por estes materiais; contaminados de demolições, reformas e reparos de clínicas
TIPO A.4 – PERFURANTES E CORTANTES: agulhas, radiológicas, instalações industriais e outros.
ampolas, pipetas, lâminas de bisturi e vidros;
4.6. Segundo a Agência Nacional de
TIPO A.5 – ANIMAIS CONTAMINADOS: carcaças ou
Transportes Terrestres (Resolução ANTT
partes de animais inoculado, expostos a microorganismos
5.232/2016)
patogênicos ou portadores de doenças infecto-contagio-
sas, e resíduos que tenham entrado em contato com os A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terres-
itens listados; tres (ANTT), por meio da Resolução nº 5.232/2016 que revoga
a Resolução nº 420/2004, aprova padrões e normas técnicas
TIPO A.6 – ASSISTÊNCIA A PACIENTES: secreções,
complementares ao regulamento para o transporte terrestre
excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de pacientes,
de produtos perigosos. No documento consta nove classes
e resíduos que tenham entrado em contato com estes itens.
de substâncias conforme o risco apresentado, sendo algumas
CLASSE B – RESÍDUO ESPECIAL:
divididas em subclasses.
TIPO B.1 – REJEITO RADIOATIVO: material radioativo ou
CLASSE 1: explosivos, com seis subclasses de acordo com
contaminado com radionuclídeos proveniente de laboratório
o risco de explosão, fogo ou projeção e sensibilidade; com-
de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radiotera-
preende substâncias e artigos explosivos, exceto os que sejam
pia (vide Resolução CNEN NE 6.05).
perigosos demais para serem transportados e os que tenham
TIPO B.2 – RESÍDUO FARMACÊUTICO: medicamento outra classe como risco dominante.
vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados; CLASSE 2: gases, com três subclasses de acordo com a in-
TIPO B.3 – RESÍDUO QUÍMICO PERIGOSO: resíduo flamabilidade e toxicidade; inclui substâncias que tenham uma
tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, reativo, genotóxico pressão de vapor superior a 300 kPa a 50°C ou que sejam com-
ou mutagênico conforme NBR 10.004. Drogas quimioterá- pletamente gasosas a 20°C e à pressão normal de 101,3 kPa.
picas e outros produtos que possam causar mutagenicidade CLASSE 3: íquidos inflamáveis, englobando líquidos infla-
e genotoxicidade; máveis e explosivos líquidos insensibilizados. No primeiro caso,
CLASSE C: RESÍDUO COMUM: são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham
Todos aqueles que não se enquadram nos tipos A e B sólidos em solução ou suspensão que produzam vapor infla-
e que, por serem semelhantes aos resíduos domésticos, não mável até 60,5°C (vaso fechado) ou até 65,6°C (vaso aberto).
oferecem risco adicional à saúde pública. Já no segundo, são substâncias explosivas, dissolvidas ou
suspensas em água ou em outras substâncias líquidas, que
Refletindo sobre... formam uma mistura líquida homogênea de modo a suprimir
Os resíduos do grupo A.6 se apresentam cada vez mais presentes em nossa
sociedade, podendo ser observado no cotidiano por meio de materiais usados nos suas propriedades explosivas.
serviços de pedicure e manicure, tatuagens e outros meios de body art e até mesmo CLASSE 4: sólidos inflamáveis, com três subclasses
na administração de insulina para doenças como a diabetes. Dito isso, qual deve
ser a postura adotada pelos clientes e usuários de materiais do tipo A.6 sobre seus conforme inflamabilidade, combustibilidade e emissão de
resíduos infectantes? Por se tratarem de usos mais particulares, alguma atenção gases inflamáveis quando em contato com a água; são subs-
especial deve ser dada ao descarte desses materiais?
tâncias facilmente combustíveis ou que possam causar fogo
4.5. Quanto aos Resíduos de Construção por atrito, substâncias auto-reagentes; substâncias sujeitas a
Civil (Resolução CONAMA 307/2002 e aquecimento espontâneo em condições normais de transpor-
suas alterações) te ou em contato com ar; e substâncias que emitem gases
inflamáveis quando em contato com a água.
CLASSE A: são resíduos recicláveis ou reutilizáveis
CLASSE 5: substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos,
como agregados, incluindo materiais usados na construção,
dividida em duas subclasses; são substâncias que podem causar
demolição, reformas e reparos de pavimentação ou de edi-
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a combustão de outros materiais (substâncias oxidantes) e de Emergência e Ficha de Informação de Segurança Química
substâncias termicamente instáveis que podem sofrer decom- de Produtos (FISPQ) para um bom planejamento de protoco-
posição exotérmica auto-acelerável (peróxidos orgânicos). los, prevenindo eventuais riscos. Levando em consideração
CLASSE 6: substâncias tóxicas e substâncias infectantes, inúmeros acidentes que já ocorreram em laboratórios, tanto
dividida em duas subclasses; inclui substâncias capazes de universitários quanto industriais, e os riscos de contamina-
provocar morte ou danos à saúde humana quando ingeridas, ção com agentes químicos e biológicos, é fundamental que
inaladas ou em contato com a pele (substâncias tóxicas) e haja informação sobre a maneira correta de descarte desses
substâncias que contenham patógenos ou sob suspeita de químicos, de forma que minimize acidentes. Essa é uma
contê-los (substâncias infectantes). questão de extrema importância, visto que o descarte incorreto
CLASSE 7: material radioativo, devendo atender às pode resultar em problemas para o meio ambiente, contami-
Normas para Transporte estabelecidas pela Comissão Nacional nando o solo e água, e para a segurança da população, que
de Energia Nuclear (CNEN). pode estar sujeita a intoxicações graves.7-11
CLASSE 8: substâncias corrosivas, definidas como subs- Dessa forma, a classificação e rotulagem de resíduos
tâncias que causam severos danos quando em contato com torna-se indispensável, visto que se fundamenta na correta
tecidos vivos por ação química ou que danificam ou destroem avaliação dos potenciais riscos desses materiais, consideran-
o próprio veículo ou outras cargas em caso de vazamento. do as várias etapas do gerenciamento dos resíduos que são
Dividem-se em três grupos de embalagem, de acordo com seu realizadas com base em suas características isoladas ou em
nível de risco no transporte.
interação com outros tipos de substâncias. Assim, são os
CLASSE 9: substâncias e artigos perigosos diversos,
rótulos de resíduos que fornecem as informações essenciais re-
alterada pela resolução ANTT nº 5.232/2016 para “substân-
lacionadas à proteção e segurança. É apenas através deles que
cias e artigos perigosos diversos, incluindo substâncias que
os profissionais que estão em contato com o resíduo saberão
apresentem risco para o meio ambiente”; assim, são substân-
quais as medidas de precauções e procedimentos de emer-
cias e artigos que apresentam riscos em transporte não abran-
gência que deverão adotar em caso de acidentes. Portanto, é
gidos por outras classes.
preciso que o gerador de resíduos consiga transmitir através
do rótulo as informações sobre manuseio, transporte e arma-
ESTRATÉGIAS E HIERARQUIA DO zenamento necessárias para certificação da prevenção de ad-
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS versidades.12,13
QUÍMICOS
Posto isso, é essencial um aprofundamento no aprendi-
zado de descarte de químicos sólidos e líquidos para a boa
1. INTRODUÇÃO prática laboratorial. Para isso, primeiramente, faz-se um in-
É imprescindível pensar na segurança de funcionários, ventário no qual deverá ser realizado um levantamento dos
alunos e professores dentro de um laboratório, em decorrên- reagentes, produtos, assim como dos resíduos gerados e suas
cia dos riscos aos quais estão expostos. Dentre os acidentes classes, permitindo um melhor diagnóstico da situação. Após,
mais comuns estão intoxicações, queimaduras, choques e realiza-se o manuseio de forma segura e obedecendo às boas
incêndios, sendo que as principais causas são instruções ina- práticas de laboratório; com a posterior segregação, em que
dequadas e manuseio e descarte incorreto de equipamentos será feita a separação dos resíduos, com base em suas pro-
ou reagentes utilizados em procedimentos e experimentos.7,8 priedades físicas, químicas e biológicas, além de sua classifi-
Para realizar atividades em um laboratório, é preciso ter cação, seguida por sua correta rotulagem. A etapa seguinte
consciência e planejamento do que será realizado e de como é a de acondicionamento adequado, visto que é necessário
proceder com o gerenciamento do resíduo, identificando-os e para guardar o resíduo gerado em recipientes próprios im-
classificando-os. Para isso, quem fará o gerenciamento deverá permeáveis de modo que não corra risco de vazamentos ou
saber quais reações estarão ocorrendo no preparo da mistura ruptura. Após o acondicionamento, é realizado o armazena-
de dois ou mais reagentes, além de ter conhecimento da Ficha mento para guardar, temporariamente, os recipientes com
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Leitura Complementar
A tabela de Classe de Risco, rótulos e outras definições podem ser acessadas na
Resolução ANTT nº 5.232/2016, incluindo classificação e explicações sobre número Figura 6: Pictogramas indicativos de perigo segundo GHS. Suas classes de
de risco e número da ONU.
perigo são indicadas na Tabela 4.
14. FIOCRUZ. Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/gerenciamento-residuos-servico-saude.htm.
Acesso em: mar. 2021;
15. BRASIL. Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. Resolução nº 5.232, de 14 de dezembro de 2016. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre
do Transporte de Produtos Perigosos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 dez. 2016.
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16. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7500. Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. Rio
de Janeiro, 2020.
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Os valores associados a cada área do diagrama aquecido, 2 - reação química violenta, 3 - choque e calor
representam riscos conforme a seguinte classificação: podem detonar, e 4 - pode detonar.
RISCOS À SAÚDE: 0 - material normal, 1 - pequeno risco, RISCOS ESPECÍFICOS: OXX - oxidante, ACID - ácido, ALK
2 - perigoso, 3 - extremamente perigoso, e 4 - mortal. - álcalis, COR - corrosivo, W - não use água, e ☢ - radioativo.
RISCOS DE INFLAMABILIDADE: 0 - não inflamável, 1 -
acima de 94°C, 2 - abaixo de 94°C, 3 - abaixo de 38°C, e
Agora é com você:
Construa o Diagrama de Hommel para as seguintes substâncias:
4 - abaixo de 22°C. a) ácido nítrico; b) ácido sulfúrico; c) ácido pícrico; d) borohidreto de
RISCOS DE REATIVIDADE: 0 - estável, 1 - instável quando sódio; e) acetona; e f) metanal.
17. JARDIM, Wilson. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA. Química Nova, 21(5), p. 671-673, 1998.
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como RSS do grupo B. Eles podem, ainda, ser divididos pela outros. A destinação desses resíduos pode ser a reciclagem
periculosidade, segundo classificação da norma ABNT NBR ou coprocessamento.
10.004/2004, também abordada nesta apostila. Sabendo que O coprocessamento é a destruição térmica do resíduo em
a destinação dos resíduos depende da classificação, substân- fornos de cimento. É um tratamento de alto custo e apresenta
cias do mesmo grupo também devem ser segregadas, acondi- restrição para alguns resíduos, mas tem como vantagens a des-
cionadas e identificadas separadamente, conforme recomen- truição total dos resíduos tratados, com controle de emissões
dações, verificando possíveis incompatibilidades químicas. atmosféricas e economia de recursos naturais não renová-
7.1. Aquoso veis. Nesse caso, a responsabilidade legal termina quando a
empresa responsável emite o termo de recebimento.
São resíduos químicos aquosos compostos por água em
sua porção majoritária, com solutos orgânicos ou inorgâni- Resíduos que podem ser coprocessados são substâncias
cos dissolvidos, que não podem ser inflamáveis. Pode haver oleosas, catalisadores usados, resinas, colas, látex, pneus, em-
outros solventes biodegradáveis na sua composição, mas borrachados, solventes, borrachas, lodos de ETE e madeiras
não pode conter sólidos (não dissolvidos), óleos (vegetais, contaminadas. Enquanto resíduos que não podem ser copro-
minerais, querosene), fases orgânicas imiscíveis com água, cessados são radioativos, biológicos, organoclorados, organo-
nem pesticidas. fosforados, agrotóxicos, explosivos e domésticos.
Resíduos aquosos podem ser classificados em subgrupos: 7.4. Solvente Orgânico Passível de
aquoso ácido (0 < pH ≤ 5) ou aquoso neutro-básico (5 < pH ≤ Purificação (SOPP)
14); aquoso com metais perigosos (cádmio, chumbo, mercúrio,
O solvente orgânico passível de purificação (SOPP) é con-
cromo e arsênio); e aquoso sem metais perigosos (sais de
sódio, potássio e magnésio, solventes orgânicos, formol, etc). siderado o solvente orgânico único ou no máximo a mistura
O destino para esse tipo de resíduo é a Estação de Tratamento de dois solventes, com ou sem impurezas (orgânicas ou inor-
de Esgoto (ETE), onde é feito um processo de transformação gânicas) dissolvidas. O destino dos SOPPs é a destilação fra-
química da matriz com finalidade de purificar a água. cionada, que permite que o solvente purificado retorne ao
O tratamento na ETE tem vantagem de ser de baixo custo, laboratório gerador. Solventes que podem ser recuperados
e a responsabilidade legal sobre o resíduo se encerra quando a incluem acetona, metanol, hexano, acetato de etila, etanol,
empresa responsável pela ETE emite o Certificado de Tratamen- xileno e diclorometano.
to. A qualidade da água purificada deve atender os requisitos 7.5. Sólido
da Resolução CONAMA nº 357/2005 e suas alterações.
Resíduos sólidos são os que se encontram em estado
7.2. Solvente Orgânico Halogenado e sólido, semissólido, pastoso ou de lodo. Nesse grupo, estão
Benzeno (SOH) inseridos materiais sólidos impregnados com produtos
O resíduo classificado como solvente orgânico halogena- químicos tóxicos, provenientes das atividades laboratoriais,
do e benzeno (SOH) é a mistura com mais de dois solventes de difícil descontaminação ou economicamente inviáveis. Não
orgânicos, desde que um seja organoclorado (ex.: clorofór- pode conter líquidos livres, substâncias reativas com água ou
mio, diclorometano), benzeno, ou outro organohalogenado ar, nem substâncias inflamáveis e explosivas.
(ex.: bromofórmio, iodometano). Nessa categoria também A destinação desses resíduos é um Aterro Industrial de
estão os resíduos com pesticidas, agrotóxicos, quimioterápi-
Resíduo Perigoso (ARIP), onde os resíduos químicos sólidos
cos citostáticos, e resíduos contendo cloro inorgânico.
serão imobilizados por tempo suficiente para que ocorra sua
O tratamento de SOHs é a incineração, que tem como
decomposição química. Em um ARIP, a responsabilidade legal
objetivo reduzir de modo significativo o volume final, trans-
é solidária enquanto o resíduo permanecer no local. Também
formando resíduos perigosos em menos ou não perigosos. É
é possível a destinação para incineração ou coprocessamento,
o único tratamento legal para organoclorados e organofosfo-
entretanto o tratamento se torna mais custoso.
rados, e a responsabilidade legal termina quando a empresa
responsável emite o Certificado de Tratamento. 7.6. Matéria Prima para Reciclagem (MPR)
7.3. Solvente Orgânico não Halogenado Na matéria prima para reciclagem (MPR) estão inseridos
(SOñH) materiais como vidro, papel, metal, plástico, embalagens e
O solvente orgânico não halogenado (SOñH) inclui material de laboratório. O destino desse grupo é a reciclagem,
resíduos compostos pela mistura de mais de dois solventes feita com o apoio da coleta seletiva, de modo que haja lixeiras
orgânicos. Essa mistura deve ser inflamável, e os solventes e recipientes de coleta de resíduos identificados para cada tipo
podem ser álcoois, hidrocarbonetos, éteres, cetonas, entre de material.
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Para ser reciclado e utilizado como matéria prima, esse boratório de Química. Gestão em foco. Amparo: Unisepe, p.
resíduo não pode apresentar cor, odor, superfície oleosa 77-83, 2014. DIVULGAÇÃO TÉCNICA.
e substâncias letais; nem conter óleos (mineral e vegetal), IBRAHIN, Francini Imene Dias; IBRAHIN, Fábio José;
gasolina, querosene, vaselina, glicerina e mercúrio metálico. CANTUÁRIA, Eliane Ramos. Análise Ambiental: Gerenciamento
de Resíduos e Tratamento de Efluentes. São Paulo: Érica, 2015.
REFERÊNCIAS JARDIM, Wilson. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA.
ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil Química Nova, 21(5), p. 671-673, 1998.
2020. Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama-2020/. OLIVEIRA, Greice Vanin. Gerenciamento de Resíduos
Acesso em: mar. 2021. Químicos de Laboratório. 2019. 32 slides. Disponível em:
ANDRADE, Mara Zani. Segurança em Laboratório. Caxias https://www.ufrgs.br/farmacia/wp-content/uploads/2019/04/
do Sul: Educs, 2008. treinamento-cosat.pdf. Acesso em: mar. 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR OLIVEIRA, Greice Vanin. Gestão de Resíduos Químicos.
7500. Identificação para o transporte terrestre, manuseio, 2019. 90 slides. Disponível em: https://www.ufrgs.br/farmacia/
movimentação e armazenamento de produtos. Rio de wp-content/uploads/2015/10/Aula-Gestao-de-Residuos-Qui-
Janeiro, 2020. micos-26-08-15.pdf. Acesso em: fev. 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR VG Resíduos. Manual Completo sobre Rótulos de
14725: Produtos químicos - Informações sobre segurança, Resíduos Perigosos, 2018. Disponível em: https://www.vgresi-
saúde e meio ambiente. Rio de Janeiro. 2019. duos.com.br/blog/manual-completo-sobre-rotulos-de-residu-
BRASIL. Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. os-perigosos/. Acesso em: mar. 2021.
Resolução nº 5.232, de 14 de dezembro de 2016. Aprova as
Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre do APOSTILA DO CURSO DE GERENCIA-
Transporte de Produtos Perigosos, e dá outras providências. MENTO DE RESÍDUOS
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 dez. 2016.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Material de apoio elaborado para o Curso de Gerencia-
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março mento de Resíduos, ocorrido entre os dias 10 de abril e 07
de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos de maio de 2021 na plataforma Even3, sob organização da
Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Diário empresa júnior Chemsul - Consultoria Química.
Oficial da União, Brasília, DF, 29 mar. 2018. AUTORES
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.
Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre Daniel Telichevesky
critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto Giuseppe da Silva Salvador
ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 1986. Júlia Leão Nogueira
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - Marthina Oliveira de Castro
CONAMA. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe Sara Oberlaender dos Santos
sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos REVISORES
serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da
Henrique Carvalho de Andrade
União, Brasília, DF, 4 mai. 2005.
Isabele Marques Leopoldino
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e meca- DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO
nismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Júlia Leão Nogueira
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set. 1981.
ORGANIZAÇÃO
FERRARI, Mário. Curso de Segurança, Saúde e Higiene no
Trabalho. Salvador: Juspodivm, 2009. Chemsul - Consultoria Química
FIOCRUZ. Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de APOIO
Saúde. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/
Ênio Leandro Machado
Bis/lab_virtual/gerenciamento-residuos-servico-saude.htm.
Acesso em: mar. 2021.
GONÇALVES, Edilene; DE OLIVEIRA, Felipe Policarpo;
BOZZI, Jéssica Tinti; MAZOLINI, Lucas Tafner; ZANIN, Cristiane
Imenes de C. B.; DE LIMA, Andréia Alves. Segurança no La-
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