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Coma
É importante mudar o paciente de posição a cada 2-4 horas para evitar ulcerações e problemas
vasculares.
CID-10 R40.2
CID-9 780.01
DiseasesDB 16940
MeSH D003128
Índice
1Introdução
2Diagnóstico
3Condições semelhantes
o 3.1Síndrome do encarceramento ou síndrome do locked-in
o 3.2Estado vegetativo
o 3.3Abulia
o 3.4Catatonia
4Causas
5Avaliação do coma
6Prognóstico
7Cultura e sociedade
8Ver também
9Referências
Introdução[editar | editar código-fonte]
A consciência é o estado de alerta que permite ao indivíduo a percepção de si e do meio.
Alterações da consciência são definidas como quantitativas e qualitativas. Alterações
qualitativas modificam o conteúdo da consciência, como delírios, alucinações e
perturbações que não afetam o estado de alerta.
Alterações quantitativas, também conhecidas como nível de consciência, variam em
um continuum entre o coma e o estado de alerta normal. Neste continuum descrevem-se o
alerta, letárgico, estuporoso e o comatoso. Alerta é o indivíduo no estado de despertar
normal. Estuporoso é o indivíduo irresponsivo, que pode ser desperto por estímulo
vigoroso, e o comatoso é o estado vegetativo do qual o indivíduo não pode ser desperto
mediante estimulação externa. Letárgico é o estado de lentificação psicomotora
intermediário entre o estupor e o alerta. [1]
Diagnóstico[editar | editar código-fonte]
O diagnóstico de coma deve ser realizado por um profissional médico. Ele envolve causas
reversíveis de perturbação da consciência (infecciosas, metabólicas, tóxicas, convulsivas).
O exame clínico, testes laboratoriais, eletrofisiológicos e de imagem são importantes e
devem ser realizados conforme o julgamento médico. São importantes também na
definição de morte encefálica: uma condição irreversível. A legislação brasileira permite a
doação de órgãos de indivíduos nessa circunstância.
1 2 3 4 5 6
Abre os
Abre os olhos Abre os olhos
Ocula Não abre olhos em
em resposta a espontaneamen N/A N/A
r os olhos resposta a
estímulo de dor te
um chamado
Flexão
Flexão
inespecífica
Extensão a anormal a Obedece
Não se (normal)/ Localiza
estímulos estímulos a
Motor moviment Reflexo de estímulos
dolorosos dolorosos comando
a retirada a dolorosos
(descerebração) (decorticaçã s
estímulos
o)
dolorosos
Resultado:
Prognóstico[editar | editar código-fonte]
O conhecimento médico atual não permite predizer de forma confiável o prognóstico de um
indivíduo em coma, a não ser que esse indivíduo preencha critérios para morte encefálica.
Certamente a causa (lesão estrutural e sua extensão, toxinas, hipoxemia e outros) e a
duração do coma, bem como a idade e antecedentes patológicos do paciente influenciam
na definição prognóstica do indivíduo.
A maioria das pessoas em coma permanecem assim entre duas a quatro semanas.
Raramente um indivíduo pode permanecer nesse estado por mais tempo na ausência de
drogas sedativas. Normalmente o paciente em coma evolui para melhora do nível de
consciência ou para a morte encefálica.
Em um estudo com 34 pacientes em coma por falta de oxigenação, 79% dos pacientes
nunca se recuperaram e 21% tiveram boa recuperação. Análise
clínica, eletroencefalograma e dos potenciais somatossensoriais evocados (PSE)
permitirem uma avaliação com 90% de acerto da possibilidade de recuperação do paciente
a partir do terceiro dia na maior parte dos casos. Alguns, porém, levaram mais de uma
semana antes de um prognóstico mais definitivo. [4] Em outro estudo com 131 casos de
coma profundo, a análise dos potenciais somatossensoriais evocados e do córtex, permitiu
acerto 100% do prognóstico. Nenhum paciente com redução do córtex e sem potenciais
somatossensoriais evocados se recuperou. [5] Estudo com pacientes com traumatismo
encefálico tiveram resultados similares, no qual a avaliação dos potenciais
somatossensoriais evocados foi o critério mais eficiente de prognóstico. [6] Uma revisão de
25 estudos também chegou a conclusão de que os PSE são os melhores preditores de
recuperação.[7]
Índice
1Aspectos gerais
o 1.1Tipos de córtices
o 1.2Tipos de células
o 1.3Tipos de fibras
2Anatomia
o 2.1Principais sulcos
o 2.2Lobos
3Organização cortical
o 3.1Organização laminar do Córtex
3.1.1Diferentes áreas neocorticais apresentam conexões distintas
o 3.2Organização Colunar do Neocórtex
4Referências
Anatomia[editar | editar código-fonte]
Os hemisférios cerebrais humanos apresentam inúmeras circunvoluções. A cada
circunvolução dá-se o nome de giro, e a cada depressão entre giros denomina-se
de sulco. Os sulcos particularmente profundos podem ainda ser chamados
de fissuras. Este mecanismo de sulcos e giros é um modo de aumentar a área
cerebral sem no entanto aumentar o seu volume de tal forma que cerca de dois
terços da superfície está oculta.
Existem 4 tipos de sulcos principais:
Três Pólos:
Pólo frontal
Pólo occipital
Pólo temporal
Três faces:
Superfície supero-lateral
Superfície medial
Superfície inferior
Três margens:
Margem superomedial
Margem inferolateral
Margem superciliar
Principais sulcos[editar | editar código-fonte]
Existem dois sulcos principais que no seu conjunto delimitam os lobos frontal,
temporal e parietal:
Lobos[editar | editar código-fonte]
De um modo mais geral, cada hemisfério contém cinco lobos cerebrais – Frontal,
Parietal, Temporal, Occipital e Límbico. Existem também
quatro sulcos principais – Central, Lateral, Paraoccipital e Cingulato e ainda
uma incisura Preoccipital.
Então existem:
Lobo frontal
Lobo parietal
Lobo temporal
Lobo occipital
Lobo límbico
Lobo da ínsula
Cognição
Cognição é uma função psicológica atuante na aquisição do conhecimento e se dá
através de alguns processos, como a percepção,
a atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem.
A palavra Cognitione tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles.
É o conjunto de processos psicológicos usados no pensamento que realizam o
reconhecimento, a organização e a compreensão das informações provenientes dos
sentidos, para que posteriormente o julgamento através do raciocínio os disponibilize
ao aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como
o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através
dos cinco sentidos, bem como as informações que são disponibilizadas pelo
armazenamento da memória, isto é, a cognição processa as informações sensoriais que
vem dos estímulos do ambiente que estamos e também processsa o conteúdo que
retemos em relação às nossas experiências vividas.
Mas a cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e
consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de
conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo
qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem
perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em
seguida ocorre a percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como
material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa
memória.
Leia o texto completo de nosso comunicado.
Percepção
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Psicologia
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v
d
e
A percepção de cores: um dos aspectos da percepção visual.
Percepção (AO 1990: percepção[1] ou perceção)[2] é,
em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, a função cerebral que
atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas.
Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais
para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e
organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do
ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos
evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou
cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros
aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.
Índice
1O estudo da percepção
2Percepção e realidade
3Fatores que influenciam a percepção
o 3.1Fatores externos
o 3.2Fatores internos
o 3.3Princípios da percepção
o 3.4Outros fatores
4Tipos de percepção
o 4.1Percepção visual
o 4.2Percepção auditiva
o 4.3Percepção olfactiva
o 4.4Percepção gustativa
o 4.5Percepção tátil
o 4.6Percepção temporal
o 4.7Percepção espacial
o 4.8Propriocepção
5Intensidade da percepção
o 5.1Lei de Weber-Fechner
6Percepção Social
7Ver também
8Referências
O estudo da percepção[editar | editar código-fonte]
A percepção é um dos campos mais antigos dos processos fisiológicos e cognitivos
envolvidos. Os primeiros a estudar com profundidade a percepção foram Hermann von
Helmholtz, Gustav Theodor Fechner e Ernst Heinrich Weber, A Lei de Weber-Fechner é
uma das mais antigas relações quantitativas da psicologia experimental e quantifica a
relação entre a magnitude do estímulo físico (mensurável por instrumentos) e o seu efeito
percebido (relatado). Mais adiante Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de
psicologia experimental em Leipzig em 1879.
Na filosofia, a percepção e seu efeito no conhecimento e aquisição de informações do
mundo é objeto de estudo da filosofia do conhecimento ou epistemologia. Em geral a
percepção visual foi base para diversas teorias científicas ou
filosóficas. Newton e Goethe estudaram a percepção de cores e algumas escolas, como
a Gestalt, surgida no Século XIX e escolas mais recentes, como a fenomenologia e
o existencialismobaseiam toda a sua teoria na percepção do mundo.
Para a psicologia a percepção é o processo ou resultado de se tornar consciente de
objetos, relacionamentos e eventos por meio dos sentidos, que inclui atividades como
reconhecer, observar e discriminar. Essas atividades permitem que os organismos se
organizem e interpretem os estímulos .A percepção de figura-fundo é a capacidade de
distinguir adequadamente objeto e fundo em uma apresentação do campo visual. Um
enfraquecimento nessa capacidade pode prejudicar seriamente a capacidade de aprender
de uma criança. (APA, 2010, p. 696).
Imagem ambígua. O animal da figura pode ser um coelho ou um pato. Um exemplo de "percepção
mutável"
Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão, um dos sentidos que fazem parte da percepção do
mundo.
O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo
de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz
com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são
vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas
categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos
(próprios do nosso organismo).
Fatores externos[editar | editar código-fonte]
Os fatores externos mais importantes da atenção são a intensidade (pois a nossa atenção
é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e,
é por isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto);
o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os
estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e
contrastantes); o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção
(por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem
do que estando parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às
coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo, na praia num dia verão
prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol do que a uma
pessoa usando um traje de banho normal).
Fatores internos[editar | editar código-fonte]
Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação (prestamos muito
mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos
interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que
prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenómeno social que
explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes
não prestem igual atenção aos mesmos objetos (por exemplo, os livros e os filmes a que
se dá mais importância em Portugal não despertam a mesma atenção no Japão).
Princípios da percepção[editar | editar código-fonte]
Percepção de formas;
Percepção de relações espaciais, como profundidade. Relacionado à percepção
espacial;
Percepção de cores;
Percepção de intensidade luminosa.
Percepção de movimentos
Percepção auditiva[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Percepção auditiva
A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e
a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenômenos sonoros. Uma
aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música. Os princípios
gerais da percepção estão presentes na música. Em geral, ela possui estruturação, boa-
forma, figura e fundo (representada pela melodia e acompanhamento) e os gêneros e
formas musicais permitem estabelecer uma constância perceptiva.
Entre os fatores considerados no estudo da percepção auditiva estão:
Percepção de timbres;
Percepção de alturas ou frequências;
Percepção de intensidade sonora ou volume;
Percepção rítmica, que na verdade é uma forma de percepção temporal;
Localização auditiva, um aspecto da percepção espacial, que permite distinguir o
local de origem de um som.
Percepção olfactiva[editar | editar código-fonte]
Expositor de perfumes
O olfacto é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é relativamente tênue nos
humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfactiva também tem uma
grande importância afetiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos
de percepção olfactiva. Entre outros fatores a percepção olfactiva engloba:
O tato é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer a presença, forma e
tamanho de objetos em contato com o corpo e também sua temperatura. Além disso o tato
é importante para o posicionamento do corpo e a proteção física.
O tato não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma
discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais
sensíveis ao calor. O tato tem papel importante na afetividade e no sexo. Entre os fatores
presentes na percepção tátil estão:
Emoção
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cognitiva versus não cognitiva;
Emoções intuitivas (vindas da amígdala) versus emoções cognitivas (vindas
do córtex pré-frontal);
Básicas versus complexas, onde emoções básicas em conjunto constituem as
mais complexas;
Categorias baseadas na duração: algumas emoções ocorrem em segundos (por
exemplo: surpresa) e outras duram anos (por exemplo: amor).
Existe uma distinção entre a emoção e os resultados da emoção, principalmente os
comportamentos gerados e as expressões emocionais. [5] As pessoas frequentemente se
comportam de certo modo como um resultado direto de seus estados emocionais, como
chorando, lutando ou fugindo. Ainda assim, se se pode ter a emoção sem o seu
correspondente comportamento, então nós podemos considerar que a emoção não é
apenas o seu comportamento e muito menos que o comportamento seja a parte essencial
da emoção. A Teoria de James-Lange propõe que as experiências emocionais são
consequência de alterações corporais. A abordagem funcionalista das emoções (como a
de Nico Frijda) sustenta que as emoções estão relacionadas a finalidades específicas,
como fugir de uma pessoa ou objeto para obter segurança.
Índice
1Classificação
o 1.1Teoria das Emoções Básicas
2Teorias
o 2.1Teorias somáticas
o 2.2Teoria de Joseph LeDoux
o 2.3Teoria de James-Lange
o 2.4Teorias neurobiológicas
2.4.1Córtex pré-frontal
2.4.2Emoção Homeostática
o 2.5Outras definições
3Etimologia
4Emoção cognitiva
5Abordagens interdisciplinares
o 5.1Ciência da Computação
6Teóricos notáveis
7Ver também
8Referências
9Ligações externas
Classificação[editar | editar código-fonte]
As emoções complexas constroem-se sobre condições culturais ou associações
combinadas com as emoções básicas. Analogamente ao modo como as cores
primárias são combinadas, as emoções primárias podem ser combinadas gerando um
espectro das emoções humanas. Como, por exemplo, raiva e desgosto podem ser
combinadas em desprezo. [carece de fontes]
Robert Plutchik propôs o modelo tridimensional circumplexo para descrever a relação entre
as emoções. Este modelo é similar à roda de cor. A dimensão vertical representa a
intensidade, enquanto que o círculo representa a similaridade entre as emoções. Ele
determina oito emoções primárias dispostas em quatro pares de opostos.
Outro importante significado sobre classificação das emoções refere-se a sua ocorrência
no tempo. Algumas emoções ocorrem sobre o período de segundos (por exemplo,
a surpresa) e outros demoram anos (por exemplo, o amor). O último poderia ser
considerado como uma tendência de longo tempo para ter uma emoção em relação a um
certo objeto ao invés de ter uma emoção característica (entretanto, isto pode ser
contestado). Uma distinção é então feita entre episódios emocionais e disposições
emocionais. Disposições são comparáveis a peculiaridades do indivíduo (ou
características da personalidade), onde quando alguma coisa ocorre, serve de gatilho para
a experiência de certas emoções, mesmo sobre diferentes objetos. Por exemplo, uma
pessoa irritável é geralmente disposta a sentir irritação mais facilmente que outras. Alguns
estudiosos (por exemplo, Armindo Freitas-Magalhães[6] 2009 e Klaus Scherer, 2005)
colocam a emoção como uma categoria mais geral de "estados afetivos". Onde estados
afetivos podem também incluir fenômenos relacionados, como o prazer e a dor, estados
motivacionais (por exemplo, fome e curiosidade), temperamentos, disposições e
peculiaridades do indivíduo.
Ilustração de Charles Darwin The Expression of the Emotions in Man and Animals.
Teorias[editar | editar código-fonte]
Há teorias sobre emoção desde a Grécia antiga (estoicismo), as teorias de
(Platão e Aristóteles etc.). Encontram-se teorias sofisticadas nos trabalhos de filósofos
como René Descartes,[10] Baruch Spinoza[11] e David Hume. Posteriormente, as teorias das
emoções ganharam força com os avanços da pesquisa empírica. Frequentemente, as
teorias não são excludentes entre si e vários pesquisadores incorporam múltiplas
perspectivas nos seus trabalhos.
Teorias somáticas[editar | editar código-fonte]
Teorias somáticas da emoção consideram que as respostas corporais são mais
importantes que os julgamentos no fenômeno da emoção. A primeira versão moderna
dessas teorias foi a de Willian James, em 1880, que perdeu valor no século XX mas que
ganhou popularidade mais recentemente devido às teorias de John Cacioppo, António
Damásio, Joseph E. LeDoux e Robert Zajonc, que conseguiram obter evidências
neurológicas.
Teoria de Joseph LeDoux[editar | editar código-fonte]
Joseph E. LeDoux é um neurocientista americano que, durante duas décadas, dedicou a
sua investigação a uma teoria pioneira, na área das emoções. LeDoux propôs o conceito
de circuito de sobrevivência como base para entender processos emocionais comuns a
humanos e outros animais.[12]
Tendo em conta que algumas semelhanças neurológicas entre humanos e outros animais
incluem funções cerebrais utilizadas na sobrevivência animal, LeDoux foca-se em circuitos
que estão associados a essas funções que permitem aos organismos sobreviverem e
prosperarem diariamente, quando confrontados com desafios ou oportunidades – os
circuitos de sobrevivência – e acredita que, através deles, os investigadores poderão
ganhar conhecimentos na área da emoção, quer humana, quer animal. Este conjunto de
circuitos é constituído por circuitos relacionados com defesa, manutenção de fontes de
energia e nutrição, regulação de fluidos, termoregulação, reprodução, entre outros. [12]
Os circuitos de sobrevivência têm a sua origem em mecanismos primordiais que estavam
presentes em seres vivos mais primitivos. Com o avanço na escala evolutiva, as
capacidades de sobrevivência aumentam em complexidade e sofisticação, devido à
presença de receptores sensoriais e órgãos efectores especializados, e um sistema
nervoso central capaz de coordenar funções corporais e interacções com o ambiente. [12]
Estes circuitos estão geneticamente programados (inatos) e, para além de existirem
aspectos específicos para cada espécie, também existem componentes centrais que estão
conservados nos mamíferos, significando que são partilhados por todos eles, incluindo os
humanos. Isto é comprovado por semelhanças a nível celular e molecular entre diferentes
grupos de mamíferos.[12] Uma consequência notável de activar um circuito de
sobrevivência consiste na emergência de um estado global no organismo, cujos
componentes maximizam o bem-estar do animal em situações onde existem desafios ou
oportunidades.[13]
Teoria de James-Lange[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Teoria de James-Lange
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Etimologicamente, a palavra "emoção" provém do Latim emotione, "movimento, comoção,
acto de mover". É derivado tardio duma forma composta de duas palavras latinas: ex,
"fora, para fora", e motio, "movimento, ação", "comoção" e "gesto". Esta formação latina
será tomada como empréstimo por todas as línguas modernas europeias. A primeira
documentação do francês émotion é de 1538. A do inglês emotion é de 1579.
O italiano emozione e o português "emoção" datam do começo do século XVII. Nas duas
primeiras línguas, a acepção mais antiga é a de "agitação popular, desordem".
Posteriormente, é documentada no sentido de "agitação da mente ou do espírito".
A palavra aparece normalmente denotando a natureza imediata dessa agitação nos
humanos e a forma em que é experimentada por eles, ainda que em algumas culturas e
em certos modos de pensamento é atribuída a todos os seres vivos. A comunidade
científica aplica-a na linguagem da psicologia, desde o século XIX, a toda criatura que
mostra respostas complexas similares às que os humanos se referem geralmente como
emoção.
Comportamento
Dois cervos no Refúgio Nacional de Vida Selvagem San Luis, na Califórnia, interrompem seu
combate para olhar um visitante: exemplo de comportamento animal.
Índice
Psicologia[editar | editar código-fonte]
Em psicologia, o comportamento é a conduta, procedimento, ou o conjunto das reações
observáveis em indivíduos em determinadas circunstâncias inseridos
em ambientes controlados. Podendo ser descrito como uma contingência tríplice composta
de antecedentes-respostas-consequências, ou respostas de um membro da contingência.
Behaviorismo[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Behaviorismo
O comportamento é objeto de estudo do behaviorismo, uma das mais importantes
abordagens da psicologia, que se iniciou no começo do século XX, e que foi proposto
por John Broadus Watson. Com a intenção de fazer uma psicologia científica, que se
distanciasse o máximo possível das probabilidades de erro das inferências realizadas
pelos métodos subjetivos, John B. Watson iniciou, em 1912, um movimento em psicologia
denominado "behaviorismo", termo derivado da palavra inglesa para
"comportamento": behavio(u)r. Muitos psicólogos têm definido a psicologia como "ciência
do comportamento", tendo, como finalidade, compreendê-lo para modificá-lo e prevê-lo,
quando necessário.
Nesta concepção, toda vida mental manifesta-se através de atos, gestos, palavras,
expressões, realizações, atitudes ou qualquer reação do homem a estímulos do meio
ambiente. Desta forma, o psicólogo deve observar apenas estas manifestações, deixando
de lado o método introspectivo, onde as falhas eram frequentes, para se utilizar
da extrospecção, que consiste na observação exterior. Depois da concepção
comportamental de Watson, o behaviorismo evoluiu muito, e, atualmente, vai além das
limitações da época, em que a psicologia não passava do estudo das relações entre o
estímulo observável que o homem ou animal sofria e a resposta que estes emitiam a partir
deles.
Os behavioristas atuais consideram o organismo e as diferenças comportamentais que
acontecem a depender da situação, da privação e da história de vida de cada um. O
estado do organismo interfere na resposta que ele emitirá frente a determinado estímulo.
As reações podem ser psíquicas ou puramente fisiológicas. As reações fisiológicas de um
organismo, para alguns teóricos, não são chamadas de comportamento. Atualmente, os
psicólogos definem comportamento como as reações globais do organismo que possuem
uma significação. Outra concepção de comportamento trabalha com definições de
comportamento inato que todos os seres da mesma espécie apresentam na presença de
um determinado estímulo, como é o caso da contração e dilatação das pupilas na
presença de luz ou na ausência dela e outras reações que não precisam ser aprendidas.
Este tipo de comportamento também é definido como "respondente". Nesta concepção, o
outro tipo de comportamento é o "adquirido", que é mutável e que se caracteriza por ser
uma reação que pode ser diferente, mesmo se tratando da mesma estimulação a
indivíduos da mesma espécie, ou até ao mesmo indivíduo em diferentes situações. Este
tipo de comportamento vai se instalando no decorrer da vida de cada sujeito e,
normalmente, adquire significados que dizem respeito à história de vida de cada um. Estes
comportamentos, em geral, são denominados "operantes" porque operam sobre o
ambiente. Muitas vezes, o comportamento verbal é de fundamental importância para o
entendimento do significado da resposta emitida pelo sujeito. Em muitos casos, a
expressão através da linguagem é extremamente reduzida e, nestes casos, a reação pode
ser considerada superficial. A reação superficial, no conceito do doutor Spitz, diz respeito a
respostas emitidas por crianças ainda muito pequenas e que não perceberam ainda,
totalmente, as significações da pessoa humana.
Freud[editar | editar código-fonte]
Freud salientou a importante relação existente entre o comportamento de um ser humano
adulto e certos episódios de sua infância, mas resolveu preencher o considerável hiato
entre causa e efeito com atividades ou estados do aparelho
mental. Desejos conscientes ou inconscientes ou emoções no adulto representam esses
episódios passados e são considerados como os responsáveis diretos pelo
comportamento. Em relação aos costumes e comportamentos sociais, esse autor trouxe
uma série de contribuições para antropologia ao tomar essa ciência como referência para
a psicanálise, o método clínico que desenvolveu.
Antropologia[editar | editar código-fonte]
Segundo a antropologia cultural, os componentes considerados inatos no comportamento
humano (como o sexo, instintos de agressividade e de competição) poderiam ser
modificados. A cultura seria capaz de reprimir ou alterar esses comportamentos.
Sistema sensorial
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Sentido)
Índice
1Estímulo
2Transmissão
3Sentidos e sensores (5 sentidos)
o 3.1Visão
o 3.2Audição
o 3.3Paladar
o 3.4Olfato
o 3.5Tato
4Receptores
o 4.1Quimiorreceptores
o 4.2Fotorreceptores
o 4.3Mecanorreceptores
o 4.4Termorreceptores
o 4.5Nociceptores
5Córtex sensorial
o 5.1Córtex somatossensorial
o 5.2Córtex visual
o 5.3Córtex auditivo
o 5.4Córtex olfativo primário
o 5.5Córtex gustativo
6Sistema sensorial humano
7Sentidos não humanos
8Marketing Sensorial
9Referências
ANATOMIA DO CORPO HUMANO
Cinco sentidos
olfato | paladar | visão | tato | audição
Aparelho digestivo
Estímulo[editar | editar boca | faringe | esófago | estômago
intestino delgado | intestino grosso
código-fonte] fígado | pâncreas | reto | ânus
Os sistemas sensoriais Aparelho respiratório
codificam quatro aspectos de
um estímulo; tipo nariz | faringe | laringe | traqueia | pulmão epiglotehumano|pulmão]]
brônquio | alvéolo pulmonar | diafragma
(modalidade), intensidade,
localização e duração. A hora Aparelho circulatório
de chegada de um pulso de
coração | artéria | veia | capilar
som e diferenças de fase de sangue | glóbulos brancos
som contínuo são usadas
para localização de som. Aparelho urinário
Certos receptores são rim | ureter | bexiga | uretra
sensíveis a certos tipos de
estímulos (por exemplo, Sistema nervoso
diferentes mecanorreceptores cérebro | cerebelo | medula espinhal
respondem melhor a meninges | bulbo raquidiano
diferentes tipos de estímulos
tácteis, como objetos nítidos Sistema endócrino
ou contundentes). Os hipófise | paratireoide | tireoide | timo
receptores enviam impulsos suprarrenal | testículo | ovário | amígdala
em certos padrões para enviar
Aparelho reprodutor
informações sobre a
intensidade de um estímulo ovário | trompa | útero | vagina
(por exemplo, como um som é testículo | próstata | escroto | pênis
alto). A localização do Estrutura óssea
receptor que é estimulado dá
a informação do cérebro sobre crânio | coluna vertebral | fêmur | rádio
tíbia | tarso | falange
a localização do estímulo (por
exemplo, estimular um ver • editar
mecanorreceptor em um dedo
enviará informações para o cérebro sobre esse dedo). A duração do estímulo (quanto
dura) é transmitida por padrões de disparo dos receptores. Esses impulsos são
transmitidos ao cérebro através de neurônios aferentes.
Transmissão[editar | editar código-fonte]
O objetivo de todo sistema sensorial é enviar as informações obtidas para o sistema
nervoso central ou para alguma região que possa corretamente analisar e processar a
informação, como a medula vertebral ou até mesmo alguns gânglios nervosos. Isso
garante que organismos desenvolvam uma resposta apropriada para determinado
estimulo, mesmo que esta resposta seja nula. A transmissão de informações dos
receptores sensoriais ocorre pelos neurônios aferentes.
Audição[editar | editar código-fonte]
Audição é a percepção do som pelo ouvido. O som é a propagação de ondas mecânicas
em meios materiais, fazendo portanto da audição a percepção da vibração. As ondas
sonoras chegam até o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar que, por sua vez, faz os
três ossos da orelha (martelo, bigorna e estribo) vibrarem; as vibrações são passadas para
a cóclea, onde viram impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo
auditivo. Dado que as ondas sonoras normalmente possuem uma quantidade minúscula
de energia, o ouvido é excepcionalmente sensível, e portanto, frágil. [7] A frequência de
audição de um ser humano é padronizada na faixa de 20 a 20000 Hertz, mas há variação
na literatura científica. A capacidade de ouvir em altas frequências diminui com a idade, e
mais acentuadamente em homens que em mulheres. [8] Algumas das frequências mais
baixas que podem ser detectadas pela audição também podem ser sentidas tactualmente.
Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa volta. Além
de perceberem os sons, eles também nos dão informações sobre a posição de nossos
corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio. O pavilhão
auditivo (orelha externa) concentra e capta o som para podermos ouvir os sons da
natureza, diferenciar os sons vindos do mar do som vindo de um automóvel, os sons fortes
e fracos, graves e agudos.
Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar a que
distância se encontra o emissor do som. Percebemos a diferença da chegada do som nas
duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que distância encontra-se o
emissor. Nossas orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou melhor, as ondas
sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho auditivo, as orelhas médias,
onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos - as membranas que separam as orelhas
externas das médias.
Paladar[editar | editar código-fonte]
Paladar (ou gustação) é a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias
como comida, alguns minerais, até venenos etc. Existem cinco sabores básicos bem
aceitos: salgado, doce, amargo, ácido e unanimi;[9] e há o debate se também há os
sabores de ácidos graxos[10] e cálcio.[11] Os receptores envolvidos neste sentido são células
que se agrupam nas chamadas papilas gustativas. As papilas gustativas se espalham em
concentrações diferentes por toda a língua, e estão presentes, ainda que em menor
número, até no céu da boca, garganta, esôfago e nariz; suas concentrações variam
consideravelmente de indivíduo para indivíduo.[12] Isso significa que, ao contrário da lenda
popular, a língua percebe sabores diferentes de forma razoavelmente igual por toda a sua
extensão.[13]
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de identificar um
alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o paladar. Partículas se
desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca, onde a informação é
transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai decodificá-la. Os seres humanos
distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e amargo através das papilas
gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua.
Para sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são
dissolvidos pela água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores gustativos
existentes nas papilas.
Nossos sentidos nos informam, de várias maneiras, sobre o que está acontecendo a nossa
volta. Podemos ver e ouvir, cheirar e sentir sabores. Podemos sentir a textura e a
temperatura das coisas que tocamos. Nossos sentidos são impressionados pela matéria e
a energia e, assim, nosso organismo entra em contato com o meio ambiente.
No entanto, nossos órgãos dos sentidos são limitados, percebem apenas uma
determinada quantidade de comprimentos de ondas luminosas, sonoras, etc. Do mesmo
modo, nosso corpo suporta somente uma determinada quantidade de pressão. Mas o
homem passou a criar instrumentos para ampliar a sua percepção do mundo, podendo
enxergar objetos cada vez menores e maiores, compreender e identificar ultra-sons e infra-
sons. Com a possibilidade de um novo olhar, o homem foi encontrando novos problemas,
levantando novas hipóteses, chegando a novas conclusões e conhecendo novas
realidades.
Olfato[editar | editar código-fonte]
O nariz é constituído pelas fossas nasais e pela pirâmide nasal. Na cavidade
nasal encontra-se a pituitária que possui inúmeras terminações nervosas. As substâncias,
ao passarem pela mucosa, estimulam as terminações nervosas e o nervo
olfativo encaminha as mensagens até o córtex cerebral.
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no ar da cozinha.
Esse é o sentido do olfato. Partículas saídas dos alimentos, de líquidos, de flores, etc.
chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que reveste a região interna do teto da
cavidade nasal, a mucosa olfatória. Ali a informação é transformada, para ser conduzida,
através do nervo olfatório, até o cérebro, onde será decodificada.
Já a nossa pele nos permite perceber a textura dos diferentes materiais, assim como
a temperatura dos objetos, pelas diferenças de pressão, captando as variações da energia
térmica e ainda as sensações de dor. Podemos sentir a suavidade do revestimento
externo de um pêssego, o calor do corpo de uma criança que seguramos no colo e a
maciez da pele de um corpo que acariciamos. Sem essas informações, nossas sensações
de prazer seriam diminuídas, poderíamos nos queimar ou nos machucaríamos com
frequência. Essa forma de percepção do mundo é conhecida como tato.
Tato[editar | editar código-fonte]
O tato, sistema somatossensorial ou mecanorreceptor, é uma percepção resultante da
ativação de receptores neuronais, geralmente na pele, incluindo os folículos de cabelo,
mas também na língua, na garganta, e mucosa. Existem inúmeras terminações nervosas
especializadas situadas na pele e nos tecidos internos do organismo, que estão sujeitas a
estímulos do tipo: calor, frio, dor, tato, entre outros. Tais estímulos são transformados em
impulsos nervosos e enviados ao sistema nervoso central, na qual são interpretados e
respondidos.
Receptores[editar | editar código-fonte]
A inicialização da sensação decorre da resposta de um receptor específico a um estímulo
físico. Os receptores que reagem ao estímulo e iniciam o processo de sensação são
geralmente caracterizados em quatro categorias
distintas: quimiorreceptores, fotorreceptores, mecanorreceptores e termorreceptores.
Todos os receptores recebem estímulos físicos distintos e transduzem o sinal em
um potencial de ação elétrica. Esse potencial de ação, em seguida, viaja ao longo
de neurônios aferentes para regiões específicas do cérebro onde é processado e
interpretado.
Quimiorreceptores[editar | editar código-fonte]
Quimiorreceptores ou quimiossensores, detectam certos estímulos químicos e transduzem
esse sinal em um potencial de ação elétrica. Os dois principais tipos de quimiorreceptores
são:
Pele
O olho humano é o primeiro elemento de um sistema sensorial: neste caso, visão, para o sistema
visual.
Nariz
Língua
Ilusão de óptica
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Esta página ou secção não cita fontes confiáveis e independentes, o que compromete sua credibilidade (de
corretamente no texto ou no rodapé. Conteúdo sem fontes poderá ser removido.
—Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
A ilusão do tabuleiro de damas: o quadrado A é tão escuro quanto o quadrado B, embora não
pareça.
Índice
O sistema visual conhece a perspectiva, e isso é nos muito útil para interpretar uma
imagem tridimensional. Mas isso gera algumas ilusões, quando numa figura plana há
pistas que enganam o sistema visual e o levam erradamente a fazer uma interpretação
usando a perspectiva.
Em situações usuais, quando o sistema visual detecta linhas que parecem paralelas
(embora na imagem da retina não estejam), usa o seu ângulo para estimar o ângulo do
nosso olhar relativamente ao solo. É um mecanismo automático que nos é muito útil. Mas
o que se passa é que o sistema visual por vezes o usa erradamente no caso de certas
figuras planas em que não se parece justificável.
Note, por exemplo vemos a linha que está em baixo como sendo mais curta do que a
outra. Mas têm exatamente o mesmo tamanho. Isso acontece porque o sistema visual usa
o ângulo entre as duas rectas laterais para estimar o ângulo do nosso olhar relativamente
ao solo. E isso faz com que pense que a linha de baixo está mais próxima. Ora, se ambas
têm a mesma aparência visual e a linha de cima está mais longe, então ela deve ser na
realidade mais longa. E é assim mesmo que a vemos. O sistema visual (julgando estar a
ser muito esperto) engana-se redondamente.
Mas esta é uma «ilusão» que mostra o sucesso do sistema visual na estimativa da
perspectiva. A capacidade que ele tem para o fazer é aquilo a que se chama a «constância
do tamanho» dos objectos. É essa capacidade que faz com que, quando uma pessoa se
afasta de nós, não a «sintamos» a diminuir de tamanho. E, quando vemos uma pessoa ao
longe, não temos geralmente a sensação de que ela é minúscula.
Ou seja, existe um mecanismo cerebral que impõe a constância do tamanho dos objetos,
como se eliminasse o efeito da perspectiva. E o mecanismo funciona com bastante
precisão. Se virmos uma folha de um certo tamanho ao longe, desde que a distância não
seja exagerada, e tivermos ao nosso lado algumas folhas de vários tamanhos diferentes,
sabemos normalmente escolher entre elas a que tem o mesmo tamanho da que está
longe!
Leia o texto completo de nosso comunicado.
Alucinação
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Nota: Se procura pelo álbum do cantor brasileiro Belchior, consulte Alucinação (álbum).
Este artigo ou secção contém fontes no fim do texto, mas que não são citadas no corpo do artigo, o que c
Por favor, melhore este artigo inserindo fontes no corpo do texto quando necessário.
Outras áreas corticais – que podem atingir as áreas corticais através de fibras
de associação ou através de fibras comissurais.
Estruturas subcorticais – predominantemente o tálamo, o locus ceruleus e
outros núcleos quimicamente codificados.
Os vários tipos de fibras aferentes ramificam-se no córtex de maneiras distintas.
Por exemplo, as fibras aferentes que chegam dos núcleos relay do tálamo
terminam primariamente nas camadas médias, predominantemente nas
arborizações dendríticas da lâmina IV.
Já as fibras dos outros núcleos talâmicos e provenientes de áreas corticais
ascendem verticalmente para terminar de forma difusa em diferentes camadas
consoante a sua proveniência (fibras dos núcleos intralaminares do
tálamo terminam na sua maioria na camada VI, já as fibras de áreas
corticais terminam maioritariamente nas lâminas II e III).
Os eferentes corticais, tal como os aferentes vão ou para outras áreas corticais ou
para áreas subcorticais. A maioria das eferências subcorticais desce pela cápsula
interna e podem ou não ir até ao nível da medula espinhal. As lâminas
maioritariamente envolvidas nestas eferências são a lâmina V (fibras
corticoestriadas, fibras para o tronco cerebral e para a medula espinhal) e a lâmina
VI (fibras corticotalâmicas). Relativamente aos eferentes para outras áreas
corticais, a lâmina III é a maior fonte das fibras corticorticais.
Anatomia[editar | editar código-fonte]
Na grande maioria do tronco cerebral a formação reticular pode ser dividida em três áreas
longitudinais que são de medial para lateral:
Núcleos do rafe:
Núcleo escuro do rafe – no bulbo raquidiano;
Núcleo magno do rafe – na protuberância.
Classificação dos núcleos de acordo com os neurotransmissores[editar | editar código-
fonte]
Funções[editar | editar código-fonte]
Com suas conexões com todo o sistema nervoso central (SNC) (córtex
cerebral, tálamo, hipotálamo, sistema límbico, cerebelo, nervos cranianos e medula
espinhal), a formação reticular do tronco encefálico controla a atividade elétrica cortical,
sendo o sono e vigília, a sensibilidade como a atenção seletiva, atividades motoras
somáticas complexas que envolvem centros reflexos como o respiratório, o vasomotor e o
locomotor, o sistema nervoso autônomo (SNA) e o eixo hipotálamo-hipófise, controlando o
sistema neuro-endócrino.
É a estrutura que explica as alterações físicas, emocionais e mentais ocasionadas pela
estimulação de algumas áreas periféricas como pele, músculos ou articulações.
Fisiologia[editar | editar código-fonte]
O sistema ativador reticular ascendente (SARA) é a estrutura da formação reticular que,
presente na parte mais cranial da mesma, principalmente no mesencéfalo, é responsável
pela ativação cortical e conseqüente estado de vigília. Sinais sensitivos externos como um
som de forte intensidade, ao chegar ao córtex, descem à formação reticular e sobem,
fazendo conexão com centros talâmicos, até chegar novamente ao córtex, trazendo-nos
ao estado vigil, se estivermos dormindo, ou ao estado de atenção o córtex pré-frontal se
acordados.
Esse efeito sempre é reforçado pela parte posterior do hipotálamo, que também se
relaciona com a vigília. Além disso, o próprio córtex pode estimular o SARA, mantendo-se
ativado, utilizando para isso o poder da vontade, de centro físico inexistente ou ainda
desconhecido.
O sistema ativador reticular descendente é a estrutura da formação reticular responsável
pela ativação de motoneurônios γ, principal responsável pela manutenção do tônus
muscular, reestabelecendo-o.
Sistema nervoso
Sistema nervoso é a parte do organismo que transmite sinais entre as suas diferentes
partes e coordena as suas ações voluntárias e involuntárias. O tecido nervoso surge com
os vermes, cerca de 550 a 600 milhões de anos atrás. Na maioria das espécies animais,
constitui-se de duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema
nervoso periférico (SNP).
O sistema central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todas as partes do
encéfalo e da medula estão envolvidas por três membranas de tecido conjuntivo -
as meninges. O encéfalo, principal centro de controle, é constituído
por cérebro, cerebelo, tálamo, hipotálamo e bulbo
O SNP constitui-se principalmente de nervos, que são feixes de axônios que ligam o
sistema nervoso central a todas as outras partes do corpo. O SNP inclui: neurônios
motores, mediando o movimento voluntário; o sistema nervoso autônomo, compreendendo
o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático, que regulam as funções
involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que controla o aparelho digestivo.
Definição[editar | editar código-fonte]
O sistema nervoso deriva seu nome de nervos, que são pacotes cilíndricos de fibras que
emanam do cérebro e da medula central, e se ramificam repetidamente para inervar todas
as partes do corpo.[1] Os nervos são grandes o suficiente para serem reconhecidos pelos
antigos egípcios, gregos e romanos,[2] mas sua estrutura interna não foi compreendida até
que se tornasse possível examiná-los usando um microscópio. [3] Um exame microscópico
mostra que os nervos consistem principalmente de axônios de neurônios, juntamente com
uma variedade de membranas que os envolvem, segregando-os em fascículos de nervos .
Os neurônios que dão origem aos nervos não ficam inteiramente dentro dos próprios
nervos - seus corpos celulares residem no cérebro, medula central, ou gânglios periféricos.
[1]
Moluscos[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Moluscos
Vertebrados[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Vertebrados
Periférico Somático
Simpático
Autônomo Parassimpático
Entérico
Central / Principal
Encéfalo
Medula espinhal
Psicologia
Tópicos[Expandir]
Psicologia aplicada[Expandir]
Listas[Expandir]
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e
Índice
1História da Neuropsicologia
2O cérebro e a localização das funções mentais
3Avaliação neuropsicológica
4Reabilitação neuropsicológica
5Funções Executivas
o 5.1Lateralização dos hemisférios cerebrais
o 5.2Atenção
o 5.3Consciência
o 5.4Memória
o 5.5Linguagem
6Neurônios-espelho
7Exemplos de testes de avaliação que podem ser usados no contexto da
neuropsicologia
8O neuropsicólogo na legislação brasileira
9Ver também
10Notas
11Referências
12Bibliografia complementar
13Ligações externas
No processo de desvendamento do cérebro, houve várias teorias sobre como ele deveria
funcionar. Muitas destas teorias eram concorrentes. Dentre elas, ocupa destaque na
história da neuropsicologia a disputa entre o localizacionismo versus o holismo ou
globalismo.[8]
Os globalistas defendiam que as funções mentais estariam distribuídas na massa
encefálica, sem estar situada especificamente numa ou noutra região. Elas seriam o
resultado do funcionamento do cérebro como um todo. Alguns dados de pesquisa
apoiavam esta tese, visto que a remoção de grande massa encefálica causava mais
prejuízo nas funções mentais, enquanto que a remoção de massas menores, causaria
danos menores ou parcialmente identificáveis. Por sua vez, os localizacionistas apostavam
que as funções mentais seriam o resultado do trabalho de neurônios localizados em áreas
específicas do cérebro; lesões nestas áreas causariam dano em habilidades específicas.
Os trabalhos de Paul Broca (1824-1880) identificaram uma área específica do cérebro que
processa a capacidade de comunicação verbal, que em sua homenagem foi chamada de
área de Broca. Atualmente, está prevalecendo a tese de que o cérebro possui áreas
especializadas, embora estudos mais recentes apontem que uma delimitação absoluta de
regiões cerebrais seja uma utopia.[9]
A neuropsicologia se embasa no conhecimento do funcionamento das diferentes áreas
cerebrais, buscando correlacionar na medida do possível a função à região. Essa
associação permite ao profissional compreender, por exemplo, qual pode ser a extensão
da lesão e, ao analisar uma tomografia, estimar quais funções executivas podem estar
sendo prejudicadas.
Neurônios-espelho[editar | editar código-fonte]
Existe uma classe de neurônios, espalhados pelo cérebro de primatas, que possuem a
capacidade de se ativar em resposta a um evento do mundo exterior, "reproduzindo"
do ponto de vista neurológico aquilo que está percebendo. Estudos identificaram, em
macacos e em humanos, que quando um sujeito vê outro (seja da sua espécie ou de
outra) efetuando um comportamento, como por exemplo pegar um copo d'água,
grupos de neurônios são ativados na mesma região que seria utilizada quando o
próprio sujeito efetuasse o comportamento. Assim, são conhecidos como neurônios-
espelho estes neurônios que "refletem" pela sua ativação grupos similares de
neurônios que disparam no cérebro de quem estão observando.
Os neurônios-espelho são distintos dos demais neurônios, pois não disparam quando
estão na presença de outros estímulos, como uma cadeira, comida ou outros objetos.
Segundo Destro et al.[46], eles possuem uma função essencial em comportamentos
como a imitação, a compreensão da intenção do outro e mesmo a empatia. Pode-se
pensar também que eles estão envolvidos na evolução da linguagem, e prejuízos em
seu funcionamento podem estar relacionados com transtornos invasivos do
comportamento como o autismo[47].
Embora localizados em várias regiões da córtex cerebral, os neurônios-espelho em
macacos localizam-se especialmente na área pré-motora (lobo frontal) e no lobo
parietal inferior, na região motora, que recebe muitos inputs de regiões motoras como
o sulco temporal superior[46].
Psiquiatria
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Ressonância Magnética do cérebrohumano
Psiquiatria é uma especialidade da Medicina que lida com a prevenção, atendimento,
diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam
elas de cunho orgânico ou funcional, com manifestações psicológicas severas. São
exemplos: a depressão, o transtorno bipolar, a esquizofrenia, a demência e os transtornos
de ansiedade. Os médicos especializados em psiquiatria são em geral designados
por psiquiatras (até meados do século XX foi também comum a designação alienistas).
A meta principal é o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico. Para isso, é necessária
uma avaliação completa do paciente, com perspectivas biológica, psicológica e de ordem
cultural, entre outras afins. Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado com
medicamentos ou terapêuticas diversas, como a psicoterapia, prática de maior tradição no
tratamento.
A avaliação psiquiátrica envolve o exame do estado mental e a história clínica. Testes
psicológicos, neurológicos, neuropsicológicos e exames de imagem podem ser utilizados
como auxiliares na avaliação, assim como exames físicos e laboratoriais. Os
procedimentos diagnósticos são norteados a partir do campo das psicopatologias; critérios
bastante usados hoje em dia, principalmente na saúde pública, são a CID-
10 da Organização Mundial de Saúde, adotada no Brasil, e o DSM-IV da American
Psychiatric Association.
Os medicamentos psiquiátricos são parte importante do arsenal terapêutico, o que é único
na Psiquiatria, assim como procedimentos mais raramente utilizados, muito já criticados na
história do movimento psiquiátrico, como a eletroconvulsoterapia. A psicoterapia também
faz parte do arsenal terapêutico do psiquiatra, embora também possa ser utilizada por
outros profissionais de saúde mental: Psicólogos e Psicanalistas. No entanto, a ferramenta
da psicoterapia é sempre útil para as entrevistas diagnósticas e orientações; para praticá-
la o psiquiatra deve fazer a formação complementar. Os serviços psiquiátricos podem
fornecer atendimento de forma ambulatorial ou em internamento. Em casos de sofrimento
grave do paciente e risco para si e para os outros que o cercam, a indicação de internação
pode até ocorrer de forma involuntária. Tanto a clínica quanto a pesquisa em psiquiatria
são realizadas de forma interdisciplinar.[1]
A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma".
Aparentemente, a Psiquiatria originou-se no século V A.C., enquanto que os primeiros
hospitais para doentes mentais foram criados na Idade Média. Durante o século XVIII a
Psiquiatria evoluiu como campo médico e as instituições para doentes mentais passaram a
utilizar tratamentos mais elaborados e humanos. No século XIX houve um aumento
importante no número de pacientes. No século XX houve o renascimento do entendimento
biológico das doenças mentais, introdução de classificações para os transtornos e
medicamentos psiquiátricos. A antipsiquiatria ou movimento anti-psiquiátrico surgiu na
década de 1960 e levou à desinstitucionalização em favor aos tratamentos na
comunidade. Estudos científicos continuam a buscar explicações para as origens,
classificação e tratamento dos transtornos mentais.
Os transtornos mentais são descritos por suas características patológicas,
ou psicopatologia, que é um ramo descritivo destes fenômenos. Muitas doenças
psiquiátricas ainda não têm cura. Enquanto algumas têm curso breve e poucos sintomas,
outras são condições crônicas que apresentam importante impacto na qualidade de vida
do paciente, necessitando de tratamento a longo prazo ou por toda a vida. A efetividade do
tratamento também varia em cada paciente.
Índice
1A prática da psiquiatria
o 1.1Subespecialidades
2Áreas de estudo
3O tratamento em psiquiatria
o 3.1Avaliação inicial
o 3.2Consultas externas ou ambulatório
o 3.3Internamento psiquiátrico
4Sistemas diagnósticos dos transtornos psiquiátricos
5Notas e referências
6Ver também
o 6.1Listas
7Ligações externas
8Bibliografia
Psicopatologia
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Psicologia
Tópicos[Expandir]
Psicologia aplicada[Expandir]
Listas[Expandir]
Portal
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d
e
A normalidade muitas vezes é relacionada com aquilo que se espera encontrar numa população
como regra.
Uma das primeiras, e talvez uma das mais importantes, discussões sobre psicopatologia
diz respeito à questão da normalidade. Existem várias definições sobre o que é "normal".
Estatisticamente, normal refere-se a uma propriedade de uma distribuição que aponta uma
tendência, o que seria "mais comum" de encontrar em determinada amostra, o mais
provável (cf. distribuição normal). Assim, o normal é o que seria o mais provável de
encontrarmos numa população, o comum, o esperado.[4] Portanto, deste ponto de vista, os
comportamentos que são considerados típicos, ou seja, que são os "esperados" de se
encontrar ou de acordo com os padrões sociais aceitáveis para o agir, podem ser
considerados comportamentos "normais".[5] Nessa definição, os parâmetros da cultura
(morais) são a referência para aquilo que é o esperado em termos de comportamento, e o
que estiver fora deste padrão, já pode ser pensado como indício de patologia. A norma ou
referência da saúde mental seria um "comportamento médio" da população, e a partir
deste os comportamentos individuais poderiam ser avaliados.
Saúde, normalidade e psicopatologia são termos altamente relacionados. A psicopatologia
passa a ocorrer quando o comportamento de uma pessoa, ou eventualmente de um grupo
de pessoas, foge àquilo que é esperado como referência de determinada sociedade,
quando a pessoa passa a ter alterações importantes em relação ao comportamento que
tinha no passado, com prejuízos significativos em seu funcionamento (comportamento),
causando a si e a outros, especialmente seus familiares, acentuado grau de sofrimento.
Tem-se como expectativa que a normalidade seja o tipo de comportamento que mais
ocorre em qualquer cultura.
A saúde mental, por sua vez, seria então uma condição ideal ou desejada para que essa
normalidade possa vir a existir, com qualidade e capaz de oferecer as melhores condições
para que as pessoas vivam satisfatoriamente, produzam com eficiência e possam gozar de
certo grau de felicidade para com as pessoas próximas a si. Segundo a OMS, [6] a saúde
mental refere-se a um amplo espectro de atividades direta ou indiretamente relacionadas
com o componente de bem-estar, que inclui a definição de um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença. Este conceito engloba
não apenas o comportamento manifesto, mas o sentimento de bem-estar e a capacidade
de ser produtivo e bem adaptado à sociedade.
Considera-se a presença de alguma psicopatologia a partir de critérios diagnósticos. Esses
critérios são catalogados em manuais que apresentam o conjunto de sintomas necessários
e suficientes para que se possa considerar que alguém está apresentando algum tipo de
transtorno mental. Os critérios variam muito de grupo de transtornos (p. ex., transtornos de
humor e transtornos de ansiedade possuem diferentes critérios gerais) e dos transtornos
entre si (p. ex., transtorno depressivo maior e distimia), exigindo muitas vezes a
elaboração de um diagnóstico diferencial. O Manual Diagnóstico e Estatísticos de
Transtornos Mentais e de Comportamento da Associação Psiquiátrica Americana, quarta
edição (DSM-IV-TR), que é o manual utilizado nos Estados Unidos como referência para
entendimento e diagnóstico, define os transtornos mentais como síndromes ou padrões
comportamentais ou psicológicos com importância clínica, que ocorrem num indivíduo.
Estes padrões estão associados com sofrimento, incapacitação ou com risco de
sofrimento, morte, dor, deficiência ou perda importante da liberdade. Essa síndrome ou
transtorno não deve constituir uma resposta previsível e culturalmente aceita diante de um
fato, como o luto. Além disso, deve ser considerada no momento como uma manifestação
de uma disfunção comportamental, psicológica ou biológica no indivíduo. O DSM-IV-TR
assinala que nem comportamentos considerados fora da norma social predominante (p.
ex., político, religioso ou sexual), nem conflitos entre o indivíduo e a sociedade são
transtornos mentais, a menos que sejam sintomas de uma disfunção no indivíduo como
descrito antes.[7]
São vários os fatores que podem caracterizar um transtorno. De forma geral, considera-se
que a presença de uma psicopatologia ocorra quando houver uma variação quantitativa
em determinados tipos específicos de afetos, comportamentos e pensamentos, afetando
um ou mais aspectos do estado mental da pessoa. Neste sentido, a psicopatologia não é
um estado qualitativamente diferente da vida normal, mas sim a presença de alterações
quantitativas. Por exemplo, considera-se que a tristeza seja normal e esperada na vida de
qualquer pessoa, e é mesmo necessária em determinados momentos da vida (p. ex., em
situação de luto). Entretanto, num quadro depressivo estabelecido, a tristeza é mais
intensa e mais duradoura do que seria esperado numa situação normal e transitória.
Assim, uma situação normal e esperada torna-se patológica não por ser uma experiência
ou vivência qualitativamente diferente, mas por ser mais ou menos intensa do que se
espera em situações normais.
Transtornos de
Eixo Apresenta eventual presença de transtorno de personalidade
Personalidade
II e/ou a ocorrência de retardo mental.
Retardo Mental