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EVANGEIISMO
IGREJ
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Página Rosto
CAPÍTULO 14 Como Obter Êxito na Obra de Dar Estudos Bíblicos ....................................................... 127
Dezenas de milhares de membros leigos adventistas do sétimo dia ao redor do mundo estão re-
descobrindo a alegria de partilhar sua fé. Possuem uma nova compreensão de seu papel como cristãos.
A verdade bíblica do chamado de Deus para serem Suas testemunhas elevou seu pensamento e trans-
formou sua vida. A percepção e o entusiasmo pelo que Deus está operando através deles elevou sua
própria experiência espiritual.
Onde a igreja está crescendo ao redor do mundo, membros leigos estão ativamente envolvidos.
O sucesso no evangelismo depende grandemente da atividade dos membros.
Membros leigos, distribuindo literatura, compartilhando o amor de Cristo com seus amigos, visi-
tando os vizinhos e dando estudos bíblicos, estão causando um enorme impacto no avanço da Causa
de Deus.
Esses consagrados membros participam da maior campanha evangelística da história. Presenciam
milhares de pessoas aceitando a verdade divina para esta hora. Mais de 2.800 pessoas, todos os dias, –
ou um milhão por ano – tornam-se adventistas do sétimo dia. A maioria desses novos conversos ligam
sua conversão ao amorável testemunho de um membro da igreja.
Os membros leigos adventistas percebem que estão vivendo no limiar do Reino de Deus. Possuem
uma convicção cada vez maior de que a vinda do Senhor está bem perto. Os membros doam seu tem-
po, usando seus dons e ativamente testemunhando pelo seu Senhor.
Há dois mil anos, Jesus fez um chamado ao serviço para a igreja do Novo Testamento. Suas palavras
foram muito claras para serem mal compreendidas:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mat. 28:19-20)
Ellen G. White, a mensageira de Deus para os últimos dias, claramente descreve como a obra da
grande comissão evangélica pode ser finalmente cumprida.
“Isto pode ser feito melhor por esforços pessoais, pelo introduzir a verdade em seus lares, orando
com eles e abrindo-lhes as Escrituras” (Review and Herald, 8 de dezembro de 1885).
“Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como tam-
bém de apressá-la” (Parábolas de Jesus, p. 69)
“Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que
cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade” (Atos dos Apóstolos, p. 111)
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O envolvimento leigo é a chave para o cumprimento da grande comissão evangélica. Observe o
conselho inspirado por Deus:
“A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que
constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja”
(Obreiros Evangélicos, p. 352)
Deus está reunindo os membros de Sua igreja ao redor do mundo para um movimento único
no clímax da história deste planeta. Ele derramará Seu Espírito sobre eles ao utilizarem os dons para
a proclamação das boas-novas.
O evangelismo é o coração da igreja do Novo Testamento. O livro de Atos é revivido quando os
membros leigos testemunham por seu Senhor. Jesus chamou Pedro, um pescador, Mateus, um coletor
de impostos, e Lucas, um médico, para serem Suas testemunhas. Membros leigos, homens e mulheres,
foram chamados para partilhar sua fé. No dia do Pentecostes, três mil foram batizados em um só dia.
Alguns meses depois, a igreja cresceu para cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. A
igreja cristã chegou ao número de quinze a vinte mil pouco tempo depois do Pentecostes.
O que provocou essa explosão evangelística sem precedentes? A igreja toda estava focada no obje-
tivo central de ganhar os perdidos para Cristo. Cada membro tinha paixão por ganhar pessoas para
o Reino de Deus. Suas energias estavam direcionadas para a salvação dos perdidos.
O livro de Atos está se repetindo hoje. Uma vez mais, membros leigos estão se entusiasmando em
compartilhar sua fé. Agora os cristãos sabem qual trabalho devem fazer.
“Nossa obra foi-nos designada por nosso Pai celeste. Devemos tomar a Bíblia e sair para advertir
o mundo. Somos a mão ajudadora de Deus no salvar almas – condutos pelos quais Seu amor deve fluir
dia a dia para os que perecem” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 150).
Este manual apresentará passos simples e práticos para o envolvimento ativo em muitos minis-
térios diferentes, mas particularmente em como partilhar a Palavra de Deus através do ministério
de estudos bíblicos. Embora haja muitas maneiras de partilhar a fé, Deus chama alguns especialmente
para abrir Sua Palavra com outras pessoas. Ao aplicarmos os princípios deste manual em nossa vida,
seremos grandemente abençoados. Nossa igreja crescerá e o Reino de Deus avançará. Portanto, vamos
começar.
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esperança para as
1 grandes cidades
evangelismo integrado
Fomos chamados por Deus para uma missão especial: levar a esperança da
volta de Cristo a todo o mundo. Esta é nossa certidão de nascimento, registrada
em Apocalipse 10. Mas, para cumpri-la, precisamos alcançar as pessoas onde elas
estão. Para facilitar nosso contato, elas se encontram cada vez mais aglomeradas nas
grandes cidades. Se por um lado, estes centros urbanos e metrópoles secularizam
as pessoas, por outro facilitam nosso acesso. Além disso, vivendo nestes lugares
elas se tornam mais carentes, inseguras, confusas, e solitárias, aumentando a nossa
responsabilidade em apresentá-las a verdade bíblica que salva, alimenta, acolhe e
traz esperança. Esse é, hoje, nosso maior desafio! Mark Finley costuma dizer que
“Jesus ama as cidades. Ele as ama porque é nelas que as pessoas estão e Ele ama as
pessoas”
Não há dúvidas de que existem corações abertos em todos os lugares, precisando
receber a mensagem e devemos alcançá-los. Eles também estão nas cidades
menores, nos pequenos vilarejos e comunidades rurais, mas especialmente nas
grandes cidades apresentam desafios e oportunidades sem precedentes. Precisamos
testemunhar a todos, em lugares pequenos ou grandes, mas as regiões urbanas
precisam de uma atenção especial.
Mais de um século atrás Ellen White já apresentava o desafio: “Quem se preocupa com as grandes
cidades?” (Testemunhos Seletos, vol 3, 333). A resposta também veio da mesma inspiração profética:
“Chegou o tempo em que, como nunca antes, os adventistas do sétimo dia se devem erguer e brilhar,
porque sua luz tem vindo e a glória do Senhor brilhado sobre eles” (Carta 296, 1904).
Está diante de nós o momento profético em que Deus está levantando a Igreja Adventista do Sétimo
Dia em todo o mundo para impactar os centros urbanos. Essa também é nossa oportunidade para
ampliar o foco nas grandes cidades Sul-Americanas através de um projeto especial de evangelismo
integrado que estabeleça ações contínuas e resultados permanentes. Assim, unidos à igreja mundial
poderemos avançar com ousadia para que não haja mais demora e vejamos em breve Cristo voltando
nas núvens do céu. Afinal, “Estamos no tempo de espera. Mas este período não deve ser despendido em
abstrata devoção. Esperar, vigiar e o atento trabalho, devem ser combinados” (Serviço Cristão, 85).
A missão está em nossas mãos, as pessoas já estão “reunidas” nos grandes centros e os sinais indicam
que o tempo será breve. Por que esperar? Para aqueles que possuem a grande esperança o chamado é
claro: “Como preparação para a vinda de nosso Senhor, devemos realizar um amplo trabalho nas grandes
cidades. Temos um solene testemunho a ser dado nesses grande centros” (Eventos Finais, 118).
Por volta de 1880 a Igreja Adventista do Sétimo Dia estabeleceu uma forte enfase nas cidades.
Naqueles dias não éramos muitos. Apenas um adventista para cada 89.768 habitantes do mundo, mas
com o imenso desafio de cumprir a missão que Deus havia colocado em nossas mãos. Para facilitar
a compreensão de nossa tarefa, a Associação Geral começou a publicar um relatório anual sobre a
missão nas cidades, que durou de 1885 a 1899. Em 1886 ele já indicava 36 projetos missionários em
andamento, envolvendo 102 obreiros assalariados e 224 voluntários.
Alguns anos depois, entre 1908 e 1910 Ellen White renovou a ênfase na conquista das cidades
e insistiu, de maneira mais clara, que a igreja Adventista do Sétimo Dia estava negligenciando esta
missão. Mais de 100 anos já passaram desde que ela escreveu estes fortes convites, apelos, conselhos
e advertências sobre o assunto. De lá para cá, muita coisa mudou. Por volta de 1900, o mundo tinha
apenas 12 cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Hoje são mais de 400, sendo que 20 delas tem
população superior a 10 milhoes. Diariamente cerca de 200 mil pessoas deixam o campo em direção
às cidades, por isso desde 2008 mais da metade da população do planeta está concentrada em regiões
urbanas. Em 2030 essa concentração devera alcançar 60% da população mundial.
Na America Latina a situação é ainda mais desafiadora: mais de 70% da população já vive nas áreas
urbanas. Até 2030 o número de habitantes nestas áreas vai crescer de 394 milhões para 742 milhões
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de pessoas. 79% da população urbana mundial estará vivendo nas cidades e metrópoles dos países
em desenvolvimento, como os que temos na América do Sul. Apenas África e Ásia terão quase 7 em
cada 10 habitantes urbanos do planeta. Essa realidade precisa nos desafiar! Ainda em 1910 Ellen
White insistiu de que “Não há mudança nas mensagens que Deus enviou no passado. O trabalho
nas cidades é a obra essencial para este tempo. Quando as cidades forem trabalhadas como Deus
deseja, o resultado será o pôr-se em operação um poderoso movimento como nunca foi
testemunhado” (Medicina e Salvação, 304). Se essa obra era essencial naqueles dias, como ela
descreveria a realidade e as necessidades dos grandes centros de hoje?
Além de todos os conselhos e apelos inspirados que nos desafiam a olhar com atenção para os
concentrações urbanas, Gary Krause apresenta pelo menos três razões básicas, para encararmos essa
realidade.
1. A realidade dos números. Eles clamam de maneira forte. Por exemplo, em Estocolmo, na
Suécia, 410 adventistas vivem no meio de uma população de 1,25 milhão de pessoas. Em
outras palavras, são mais de 3.000 habitantes para cada adventista. Em Kolkata, na Índia,
existem 558 membros dentro de uma população de 15 milhões de pessoas. Isso significa
um adventista para mais de 26.000 pessoas. Nos Estados Unidos 80% da população vive em
áreas urbanas, mas apenas uma em cada três de nossas igrejas está localizada nessas áreas.
Em Pittsburgh, na Pensilvânia, uma região metropolitana de 2,4 milhões de habitantes,
temos menos adventistas hoje do que tínhamos em 1948. Se olharmos para a proporção de
adventistas por habitante em todo o mundo, os dados de 2010 indicam que somos 1 para
cada 405 pessoas. Se avaliarmos essa mesma situação, mas retirando os centros urbanos,
a proporção será de 423 habitantes para cada Adventista. Se contarmos apenas as grandes
cidades, nossa situação passa a ser de 953 habitantes por adventista.
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3. O distanciamento do adventismo das grandes cidades. Enquanto muita gente vive em áreas
urbanas, um grande número de igrejas e instituições adventistas estão localizadas longe
desse campo missionário. Em muitos casos, igrejas urbanas, centrais ou em regiões mais
centrais são frequentadas por pessoas que não vivem na mesma região onde estão
localizadas. Muitos de seus membros se deslocam da periferia para poder frequentá-las.
Longe do seu campo missionário a igreja se torna distante da realidade que precisa
alcançar. Mas, o chamado é claro: “É meu dever afirmar que Deus está apelando
insistentemente para que se faça grande trabalho nas cidades” (Carta 150, 1909).
VISÃO INSPIRADA
Monte Sahlin, diretor de pesquisa e projetos especiais da Associação de Ohio, nos Estados Unidos,
encontrou 107 artigos no Index de Ellen White, em que ela fala sobre ministério urbano. Em 24 deles
são apresentadas instruções chamando a igreja para sair das cidades e também estabelecer nossas
instituições fora delas. Por outro lado, 75% dos artigos apresentam instruções específicas para que haja
um movimento para dentro das cidades, alcançando seus habitantes. Algumas citações chegam a ser
impressionantes e apelativas: “O encargo das necessidades de nossas cidades tem pesado tanto sobre meus
ombros, que algumas vezes parecia que eu ia morrer” (Manuscrito 13, 1910). Segundo George Knight
“Ellen White estava tão insatisfeita com a falta de progresso do adventismo que chegou a questionar
a conversão do presidente da Associação Geral, Arthur G. Daniells, sugerindo que diante do que ela
acreditava ser uma falta de interesse no trabalho nas cidades, ele não era qualificado para liderar os
adventistas. Ela chegou a negar-lhe uma entrevista até que ele apresentasse estratégias agressivas
para alcançar as milhares de pessoas das grandes cidades” (www.missaourbana.org).
É interessante observar como Ela oferece uma visão equilibrada sobre a forma de encarar
a realidade das grandes cidades, reconhecendo claramente que muita gente vive dentro delas,
inclusive Adventistas do Sétimo Dia. Sua abordagem sobre o tema poderia ser chamada de
“dentro - fora”. Segundo ela, dentro das cidades deve ser realizado um ministério especial. Já
fora delas, deve ser encontrado repouso e oportunidade para refazer as forças. Estar fora dos
grandes centros é o ideal para uma saúde física e espiritual, mas alcançar os habitantes dos grandes
centros é a missão que está em nossas mãos. Para apresentarmos nossa grande esperança onde as
pessoas estão concentradas, temos que trabalhar com equilíbrio, usando o conceito “dentro –
fora”. Em outras palavras, usufruir o campo e alcançar as cidades.
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Por outro lado, existem repetidas mensagens de Ellen White orientando a igreja sobre o momento
de deixar as grandes cidades e fugir para comunidades rurais ou lugares distantes da terra. Ela deixa
claro que chegará o momento em que nosso trabalho nos grandes centros sera diminuído até que seja
encerrado. “Sou tocada pelo Espírito de Deus para dizer aos que se empenham no trabalho do Senhor, que
o tempo favorável para nossa mensagem ser proclamada nas cidades já passou, e esta obra não foi feita.
Sinto a grande preocupação, de que agora temos de remir o tempo (Manuscrito 62, 1903). “Estamos muito
atrasados, em seguir a luz que Deus nos deu quanto à obra nas grandes cidades. Aproxima-se o tempo em
que se formularão leis que fecharão as portas que agora estão abertas à mensagem. Necessitamos erguer-
nos e agir com o mais ardente fervor, enquanto os anjos de Deus estão à espera para dar seu maravilhoso
auxílio a quantos trabalharem...” (Manuscrito 7, 1908).“Evangelizai as cidades sem demora, porque o
tempo é curto” (Carta 168, 1909). Esse é o momento para remir o tempo e aproveitar a prosperidade
que Deus tem nos dado, bem como a unidade da igreja, o foco missionário claro e a facilidade dos
meios de comunicação.
Entre seus conselhos sobre os meios de alcançar os grandes centros, Ellen White menciona
repetidamente os projetos e atividades na area de saúde, que ela chama de obra médico-missionária.
Sua visão deste tema não está restrita apenas a existência de hospitais e clínicas adventistas ou mesmo
a obreiros assalariados atuando nesta área. Ela apresenta um ministério que envolve instituições
adventistas de saúde, mas também evangelismo através de médicos pregadores, restaurantes
vegetarianos, literatura e cursos sobre saúde, atividades de vida saudável na comunidade, entre
outros. Ao unirem-se os médicos com os pastores na proclamação do evangelho nas grandes cidades da
Terra, seus combinados esforços resultarão em influenciar muitas mentes em favor da verdade para este
tempo” (Medicina e Salvação, 248).Estas eram ferramentas poderosas em seus dias e continuam sendo
instrumentos preciosos para estabelecer contato e atender as necessidades das pessoas.
Por outro lado, novos recursos também surgiram durante nossa caminhada como igreja, que
podem ser úteis e poderosos para alcançar as pessoas dentro dos grandes centros. Hoje, estão a nossa
disposição: literatura missionária de boa qualidade e baixo custo, uma forte estrutura de comunicação
e mídia, modernas escolas, colégios e universidades que influenciam a vida de milhares de famílias não
adventistas e um exército de pequenos grupos que oferecem amizade, relacionamentos e atenção, que são
fortes necessidades dos habitantes das grandes cidades. Além disso ADRA e Ação Solidária Adventista
(ASA) podem ajudar a aliviar o sofrimento de muitos que vivem marginalizados, oferecendo melhores
condiçòes de vida. É uma oportunidade especial para darmos ouvido ao chamado: “Pensai nas condições
dos pobres de nossas grandes cidades. Estes são alguns dos meios através dos quais podemos tornar a
presença da igreja relevante e alcançar muitos corações. Poderão ser usadas também outras estratégias
criativas. O importante é que todas as atividades realizadas se tornem verdadeiros “centros de influência”
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ou “meios de influência” como Ellen White costumava chamar. Sempre mantendo a visão clara de que
não importa o perfil de um “centro de influência”, sua missão primária deve ser o serviço à comunidade,
mas seu verdadeiro compromisso é a salvação. O serviço é sempre uma ponte para a salvação. Ao servir,
oferecemos às pessoas o que elas aparentemente necessitam. Ao apresentar a salvação oferecemos o que
elas realmente precisam. “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi
organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (Atos dos Apóstolos, 9).
Nesta obra há lugar para a participação de todas as forças da igreja. “A causa de Deus na Terra nestes
dias está em necessidade de representantes vivos da verdade bíblica. Os ministros ordenados sozinhos não
são suficientes para a tarefa de advertir as grandes cidades. Deus está chamando não somente pastores,
mas também médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados membros da igreja,
possuidores de diferentes talentos, que tenham o conhecimento da Palavra de Deus e possuam o poder de Sua
graça, para que considerem as necessidades das cidades não advertidas. O tempo está passando rapidamente,
e muito resta a ser feito. Todos os meios devem ser postos em operação, para que as oportunidades atuais
sejam sabiamente aproveitadas” (Atos dos Apóstolos, 158, 159). Este chamado urgente deve envolver
cada frente de ação da igreja: diferentes departamentos, fábricas de alimentos, Novo Tempo, Escolas,
colégios, universidades, ADRA, Ação Solidária Adventista (ASA), alunos de teologia, obreiros jubilados,
empresários, profissionais liberais, idosos, adultos, jovens, crianças, homens e mulheres, líderes e
membros. A mensagem inspirada dá ainda um destaque a obra de nossas publicações, colportores e casas
publicadores: “Livros contendo a preciosa luz da verdade presente jazem nas prateleiras de nossas casas
publicadoras. Esses livros devem ser espalhados. Necessitam-se colportores que entrem em nossas grandes
cidades com esses livros. Ao irem eles de casa em casa, encontrarão almas famintas pelo pão da vida, aos
quais podem dizer uma palavra a seu tempo” (O Colportor Evangelista, 23).
Somos uma igreja mundial e apesar de nossos desafios locais e regionais precisamos compreender
o tamanho da obra que está diante de nós como povo remanescente. Jesus não voltará apenas para a
América do Sul, mas o “…evangelho do reino será pregado em todo o mundo, como testemunho a
todas as nações, e então virá o fim”. (Mat. 24:14).
Departamento de Evangelismo da
Divisão Sul-Americana
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cinco chaves
2 para o sucesso
no evangelismo
Um estudo meticuloso do livro de Atos revela que o sucesso dos discípulos base-
ava-se em cinco princípios universais. Os princípios evangelísticos eternos cruzam
barreiras culturais e garantem o sucesso no ganho de pessoas para o Reino de Deus.
Foram testados em campo ao redor do mundo. Pela compreensão dessas “Cinco
Chaves”, pastores e membros leigos obtiveram maior sucesso em levar pessoas a Cris-
to. Ao serem implantados esses princípios nas congregações locais, o Espírito Santo
opera poderosamente para produzir um crescimento extraordinário para o Reino
de Deus.
CHAVE 1 – REAVIVAMENTO
A igreja cristã do Novo Testamento cresceu em grande parte porque cada membro teve a experi-
ência de um encontro pessoal com Jesus Cristo. O livro de Atos testifica do dinâmico poder de Deus
operando através dos crentes convertidos. Note como essas claras passagens revelam a promessa de
Cristo para o reavivamento espiritual e seu efeito impressionante na vida dos discípulos:
Atos 1:8 – “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas.”
Atos 4:20 – “pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” (O testemu-
nho dos discípulos provinha do íntimo de sua experiência pessoal.)
Atos 4:31 – “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.”
Atos 4:33 – “Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus.”
O apóstolo João descreve os discípulos cheios do Espírito Santo e o poder de seu testemunho da
seguinte maneira:
“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios
olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a
vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida
eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos
também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 João 1:1-3).
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sejo de proclamar o amor de Deus a todos com quem se encontravam. Quando temos uma experiência
com Jesus, também termos o mesmo desejo.
“Tão depressa uma pessoa se chegue para Cristo, nasce-lhe no coração o desejo de revelar aos
outros que precioso amigo encontrou em Jesus; a salvadora e santificante verdade não lhe pode
ficar encerrada no coração” (Caminho a Cristo, p. 78).
Há uma grande necessidade de reavivamento entre o povo de Deus. Ele anseia por derramar sobre
nós o Seu Espírito. Ele aguarda até que O aceitemos.
“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as
nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço
para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque
nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar
Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus
filhos” (Mensagens Escolhidas, p. 121, volume 1).
“Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso
Senhor. Visto como, pelo Seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que condu-
zem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua
própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as Suas preciosas e mui grandes
promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-
-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1:2-4).
“Nada há mais apropriado para fortalecer o intelecto do que o estudo das Escrituras. Ne-
nhum outro livro é tão poderoso para elevar os pensamentos, para dar vigor às faculdades,
como as amplas e enobrecedoras verdades da Bíblia” (Caminho a Cristo, p. 90).
“Demos mais tempo ao estudo da Bíblia. Não compreendemos a Palavra como devemos. O
livro de Apocalipse abre com uma ordem para compreendermos a instrução que ele contém.
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‘Bem-aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia’, declara Deus, ‘e guar-
dam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.’ Apocalipse 1:3. Quando nós,
como um povo, compreendermos o que este livro para nós significa, ver-se-á entre nós grande
reavivamento” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 113).
Paulo orou pelos santos e fiéis irmãos em Cristo de Colossos. Veja o exemplo de intercessão de Pau-
lo em Colossenses 1:3 e 9 e Filipenses 1:3-5.
“Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós... Por
esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir
que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento
spiritual” (Colossenses 1:3 e 9).
“Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas
por todos vós, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primei-
ro dia até agora” (Filipenses 1:3-5).
“Há necessidade de diligência na oração; que coisa alguma dela vos detenha. Fazei todos os esfor-
ços para conservar aberta a comunhão entre Jesus e vossa própria alma” (Caminho a Cristo, p. 98).
Ao partilharem sua fé, os discípulos notaram que ela crescia mais e mais. Testificando de seu com-
promisso pessoal com Cristo, tornaram-se poderosos instrumentos. Quanto mais der, mais receberá.
“Se vos puserdes a trabalhar como Cristo determina que Seus discípulos o façam, e conquistar
pessoas para Ele, sentireis a necessidade de uma experiência mais profunda e um maior conhe-
cimento das coisas divinas, e tereis fome e sede de justiça” (Caminho a Cristo,p. 80).
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Em suas palavras, faça um resumo dos princípios essenciais para o reavivamento em sua congre-
gação local.
Depois de passar tempo com Jesus e estar espiritualmente renovado, o desejo do coração é ser trei-
nado e equipado para o serviço.
Nosso Senhor incentivou os discípulos a seguirem-nO com as seguintes palavras: “Vinde após Mim,
e Eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19).
Os discípulos foram treinados e preparados pelo maior professor do mundo. Jesus passou três anos
e meio treinando e aperfeiçoando Seus discípulos. No livro de Atos, eles aplicaram as lições que Jesus
havia ensinado. Eles saíram no nome de Jesus, procurando atender as necessidades de homens e mu-
lheres e alcançando-os para o Reino de Deus.
Ao participarem deste treinamento prático com a instrução pessoal e a experiência prática de cam-
po, gradualmente foram se tornando testemunhas mais eficazes nas mãos de Cristo para revolucionar
o mundo.
O apóstolo Paulo incentiva cada pastor a preparar os crentes para o desempenho do seu serviço.
“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ou-
tros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do
Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:11-12).
“Muitos teriam boa vontade de trabalhar, se lhes ensinassem a começar. Necessitam ser ins-
truídos e animados.
“Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser
instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor
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maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos. Deve
haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxílio cristão.
Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes. Que
os mestres vão à frente no trabalho entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão em seu
exemplo. Um exemplo vale mais que muitos preceitos” (A Ciência do Bom Viver, p. 149).
Um obreiro que foi treinado e aperfeiçoado para o serviço pode alcançar muito mais do que aqueles
que não foram treinados.
“Um obreiro que tenha sido preparado e instruído para a obra, que seja regido pelo Espírito de
Cristo, efetuará incomparavelmente mais que dez obreiros que saiam deficientes no conheci-
mento e fracos na fé” (Evangelismo, p. 474).
Se cada membro deveria estar envolvido em alguma linha do serviço para o Mestre, por onde devemos
começar? Ellen White nos diz, no livro Evangelismo:
“Em nossas igrejas, formem-se grupos para o trabalho. ... A formação de pequenos grupos, como
uma base de esforço cristão, é um plano que tem sido apresentado diante de mim por Aquele que não
pode errar” (Evangelismo, p. 115).
Quando os membros são preparados para o serviço e formam pequenos grupos para alcançar
suas comunidades através de estudos bíblicos, a igreja explodirá em crescimento. Uma igreja
reavivada, cheia de membros e aperfeiçoada para o serviço, é uma igreja que está preparada para
alcançar sua comunidade.
O ministério de Cristo era voltado às pessoas. Ele buscava ir ao encontro das suas necessidades.
Preocupava-Se com elas.
“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mateus 4:23).
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Com amor buscava atender suas necessidades. Quando os corações se abriam, apresentava-lhes os
princípios do Reino eterno.
Seguindo o exemplo do Salvador, a igreja do Novo Testamento atendia as necessidades das pessoas
em nome de Jesus. Esses primeiros discípulos demonstravam um interesse por toda a pessoa, nos as-
pectos físicos, mentais, sociais e espirituais (veja Atos 3:6 e Atos 6:1-4).
As igrejas que crescem possuem vários programas que atendem as necessidades dos mais variados
grupos de pessoas. Tal como Cristo buscava saciar as necessidades físicas, mentais, emocionais e espi-
rituais, Seu povo, imbuído do Seu amor, fará o mesmo.
Tanto o mundo natural quanto o espiritual possuem leis de colheita. Uma das leis mais básicas é: “Se
deseja ter uma colheita, é necessário semear.” Nenhum agricultor espera que Deus opere o milagre
de germinar a semente que não foi semeada.
As únicas visitas que Deus pode abençoar são as que fazemos. A única literatura que Deus pode aben-
çoar é aquela que distribuímos. As únicas orações que Deus pode atender em favor dos perdidos são
aquelas que oferecemos. Os únicos estudos bíblicos que Deus pode abençoar são aqueles que damos. Os
únicos seminários evangelísticos que Deus pode abençoar são aqueles que promovemos. É presunção
achar que poderá ter uma grande colheita sem o adequado esforço para semear a semente da Palavra de
Deus. Na realidade, é justamente no processo de semear que nosso próprio coração é regado pelo Espírito
Santo e preparado para a colheita. Ao participarmos com Cristo em tocar a vida das pessoas com a semente
do evangelho, o Espírito Santo transforma nosso próprio coração, tornando nossas igrejas centros de Sua
graça restauradora.
Quando o interesse pelo evangelho é desenvolvido através de estudos bíblicos e em atender as necessida-
des das pessoas, a quarta chave é uma sequência lógica.
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CHAVE 4 - COLHEITA
Atos 5:42 – “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar
Jesus, o Cristo.”
Atos 8:4 – “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra.”
Quando a semente do evangelho foi semeada, é tempo de colheita. Deus promete conceder uma co-
lheita para o evangelismo público e pregações com estudo da Bíblia. Os discípulos eram poderosos evan-
gelistas. Milhares atenderam ao sermão de Pedro e de Paulo. Lucas assim descreve o crescimento da igreja:
Atos 6:7 – “Crescia a Palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos.”
A palavra pregada transforma vidas. A pregação evangelística muda vidas.
“As mensagens mais surpreendentes serão proclamadas por homens designados por Deus, men-
sagens capazes de advertir o povo para o despertar. E conquanto alguns sejam irritados pela ad-
vertência, e levados a resistir à luz e a evidência, devemos ver daí que estamos apresentando a de-
cisiva mensagem para este tempo. ... Precisamos, também, ter em nossas cidades evangelistas
consagrados, por cujo intermédio se tem de apresentar uma mensagem, tão decididamente
que sacudamos os ouvintes” (Evangelismo, p. 168).
Ao redor do mundo, pastores, administradores e membros leigos estão aceitando atualmente o desafio
e a oportunidade de partilhar a verdade através do evangelismo público. Há um interesse renovado da
parte dos membros de pregarem por si mesmos a Palavra de Deus. Têm sentido o chamado. Com a utili-
zação dos vários recursos disponíveis, proclamam a Palavra poderosamente.
A quinta chave era uma parte significativa da estratégia evangelística dos discípulos. Quando as
pessoas aceitavam a Cristo, entendiam Sua Palavra e eram batizadas, passavam a fazer parte de a um
corpo de crentes que cuidava de suas necessidades. O livro de Atos descreve essa experiência com as
seguintes palavras:
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“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”
(Atos 2:42).
As igrejas que crescem nutrem seus novos crentes. O acompanhamento do interesse gerado pelo evange-
lismo público é uma continuação do trabalho missionário da igreja.
“Quando homens e mulheres aceitam a verdade, não devemos retirar-nos e deixá-los, sem sentir mais ne-
nhuma responsabilidade por eles. Eles devem ser velados.”
Não basta mergulhá-los e deixá-los. É necessário imergi-los e instruí-los.
Jesus disse a Pedro: “Quando estiver convertido, fortalece seus irmãos.” Ele também perguntou a
Pedro: “Amas-Me”? Então, “apascenta Minhas ovelhas.”
Nosso amor por Jesus nos leva a uma preocupação maior com o crescimento espiritual de no-
vos crentes. Ao desenvolverem sua própria vida de oração e devoção pessoal pelo estudo da Bíblia
e tornam-se ativamente envolvidos no testemunho, continuarão a crescer espiritualmente. Um dos
métodos mais efetivos de auxiliar novos crentes a crescer em Cristo é ensiná-los a partilharem sua fé.
“Depois de as pessoas se haverem convertido à verdade, cumpre sejam cuidadas. ... Os novos
conversos necessitam ser atendidos – vigilante atenção, auxílio, animação. Não devem ser dei-
xados a si mesmos, presa das mais poderosas tentações de Satanás; eles precisam ser instruídos
com relação a seus deveres, ser bondosamente tratados, conduzidos e visitados, orando-se
com eles” (Evangelismo, p. 351).
- Novos conversos crescem quando se envolvem ativamente em partilhar a Palavra de Deus com
outras pessoas.
- Novos conversos crescem quando desenvolvem uma rede de amizade com a igreja.
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Quando Jesus encontrou Nicodemos naquela noite, o Salvador chocou o fariseu ao declarar: “Im-
porta-vos nascer de novo.” Assim como indivíduos com uma visão espiritual complacente necessitam
de um renascimento, congregações inteiras necessitam igualmente de um renascimento para a visão
evangelística.
CHAVE 2 – Preparar e aperfeiçoar os membros da igreja para alcançar suas comunidades atra-
vés de ministérios de estudos bíblicos
Ao estudar cuidadosamente cada lição deste manual, descobrirá como colocar em prática cada um
desses princípios para o crescimento explosivo das igrejas e sua igreja viverá um renascimento radical.
Calendário Evangelístico
Um bom item para iniciar é o planejamento. Um construtor sempre consulta os projetos arquitetô-
nicos para construir uma casa. Do mesmo modo, líderes eficientes, que se empenham em levar pessoas
a Cristo, devem desenvolver um plano mestre para a edificação da Casa de Deus. Esse plano mestre,
colocado no formato de um calendário, serve como base para todo o programa evangelístico de cres-
cimento, definindo atividades específicas.
Preparar um calendário evangelístico é de suma importância. Não é possível ser eficaz no evange-
lismo sem planos detalhados. Esse calendário deve incluir as “Cinco Chaves para o Evangelismo Bem-
-sucedido.” As “Cinco Chaves” são o fundamento. Assim que tem o projeto e as fundações, está pronto
para construir. A seguir, é apresentado um modelo de um calendário de 18 meses utilizando as “Cinco
Chaves para o Evangelismo Bem-sucedido.”
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CHAVE 1 - REAVIVAMENTO
FEVEREIRO E JULHO
•Estude na Bíblia o livro de Atos e recorde a explosão evangelística que ocorreu na igreja
primitiva.
•Utilize o manual para o ministério de estudos bíblicos Ilumine o Mundo para Deus.
• Pelas próximas semanas, preencha as lições do estudo Ouvindo a Voz de Deus e prepare as cai-
xas de arquivo.
• Instrutores bíblicos leigos devem praticar os estudos bíblicos com amigos, vizinhos, paren-
tes ou outras pessoas da lista de interessados do pastor.
• Após algumas semanas, as turmas dos cursos de capacitação são reunidas para o curso
Valentes de Davi. Durante o Valentes de Davi, os membros leigos treinados deverão levar
outros membros da igreja para dar estudos bíblicos com eles.
NOTA: As atividades de preparo e evangelismo ficarão sobrepostas. Depois das primeiras quatro semanas
de preparo e aperfeiçoamento, os missionários deverão começar a busca por interessados na comunidade.
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CHAVE 3 – EVANGELISMO NA COMUNIDADE
ABRIL – JUNHO; SETEMBRO – NOVEMBRO
1. Estudos bíblicos
4. Projetos de compaixão
OPCIONAL
• Traga interessados para os eventos seguintes oferecendo à comunidade cursos de culinária cinco
semanas antes do evento. (Pode ser feita também uma feira de saúde de um dia).
• Apresente os projetos de compaixão ou outros programas comunitários antes das reuniões evange-
lísticas.
CHAVE 4 – COLHEITA
ABRIL – JUNHO; SETEMBRO – NOVEMBRO
A maneira mais eficiente de ter uma colheita de pessoas para Cristo é através das reuniões de
evangelismo público. Cada série é geralmente apresentada durante três ou quatro semanas,
dependendo do programa utilizado. Essas reuniões poderão ocorrer em uma igreja, nos lares, em
salões alugados ou qualquer outro local neutro. Dê preferência a lugares e grupos de pessoas que
nunca foram alcançadas.
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Para pregações com a presença pessoal do evangelista, utilize:
Histórias da Profecia, Apocalipse Fim Revelado, É Hora de Viver, Viva com
esperança e Um Novo Tempo pra Você.
Quando as “Cinco Chaves para um Evangelismo de Sucesso” são aplicadas na igreja, Deus abençoa
com uma abundante colheita de pessoas para Cristo. Durante a última semana de evangelismo, ocorrerá
um batismo. Estarão entrando para a igreja remanescente de Deus. É muito importante saber que esses
novos membros precisam ser alimentados pouco a pouco. Contudo, durante a última semana de reuniões
evangelísticas, deve ser dirigida uma classe de preparo e acompanhamento para os membros da igreja
local (Veja o capítulo 14)
NOTAS
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LEVAR PESSOAS
3 A CRISTO: UMA
SÁBIA DECISÃO
A vida é cheia de decisões importantes. A direção que é dada à nossa vida de-
pende das escolhas que fazemos. Direcionamos os caminhos da vida pelas
nossas escolhas. Infelizmente, muitas pessoas fazem escolhas apenas pensando na-
quilo que lhes trará prazer imediato. Assim, perdem as maiores alegrias da vida por
tomarem decisões superficiais.
Há duas escolhas importantes que causarão impacto em nossa vida aqui e por toda
a eternidade.
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça...” (Mateus 6:33).
A prioridade que deve estar acima de todas as outras é colocar Deus em primeiro
lugar. Josué, um gigante espiritual do Antigo Testamento, afirmou:
“Escolhei, hoje, a quem sirvais... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).
Agostinho orou: “Senhor, nossos corações jamais encontrarão descanso até que encontrem descan-
so em Ti.”
A decisão de entregar a vida a Deus é a mais importante que poderemos fazer em toda a vida.
Intimamente ligada à decisão de entregar a vida a Deus é a decisão de viver para Deus. Ele nos chama a
viver para o serviço. Essa decisão está ligada à questão das prioridades que regem nossa vida, as coisas
que consideramos importantes, levando-nos à próxima decisão mais importante.
DECISÃO 2 - PRIORIDADES
A decisão de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar nos levará a reajustar nossas prioridades
para promover o avanço do Seu Reino.
O nosso compromisso com Cristo e a compreensão do princípio de buscar em primeiro lugar o
Reino de Deus leva-nos a reavaliar a forma como é empregado o nosso tempo. Quando o coração é
transformado pela graça de Deus, o resultado natural é partilhar Seu amor com outras pessoas. Há um
profundo anseio para que sejam salvos também. Nossa maior satisfação surge quando outros parti-
Pergunta 1: De acordo com a Bíblia, o que é uma decisão sábia? Provérbios 11:30 (última parte).
Resposta:
O trabalho mais belo do mundo é o de ganhar pessoas para o Reino de Deus. O maior chamado
que qualquer um pode ter é o de ganhar alguém para Jesus. Assim, desfrutam da companhia de Deus
em sua vida e terão a alegria de viver com Ele por toda a eternidade.
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Pergunta 2: Que promessa Deus fez àqueles que tomarão a sábia decisão de se tornarem ganhado-
res de pessoas para o Seu Reino? Daniel 12:3.
Resposta:
Astros de Hollywood, estrelas do esporte e outras celebridades vêm e vão, mas aqueles que ganham
pessoas para Cristo desfrutarão dos resultados de seu trabalho por toda a eternidade. Os resultados
são eternos. Pessoas redimidas para o Reino de Deus como resultado de nossa cooperação com Cristo
serão gratas a nós por toda a eternidade.
Algum dia você poderá encontrar alguém na Nova Terra que irá dizer: “Muito obrigado por me
levar ao encontro de Jesus. Estou aqui porque você orou por mim. Você me visitou e estudou a
Bíblia comigo.”
Não há nada mais importante que possamos fazer em nossa vida. Ellen White poderosamente afir-
ma isso com as seguintes palavras:
“A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens empenhar, é encaminhar pe-
cadores ao Cordeiro de Deus” (Obreiros Evangélicos, p. 18).
Pergunta 3: De que maneira Jesus resume o tema central do Seu ministério? Lucas 19:10.
Resposta:
Jesus, o ganhador-mestre de pessoas para o Reino, colocou em primeiro lugar o Reino de Deus
em Sua própria vida. Sua prioridade concentrava-se em apenas uma coisa – a salvação eterna para a
humanidade. Mesmo na cruz Ele fez uma das mais sábias escolhas. O Filho Único de Deus era um
ganhador de pessoas para o Reino de Deus. Não há chamado maior do que partilhar o amor de Deus
com nossos semelhantes.
“Salvar almas deve ser a obra vitalícia de todo aquele que professa seguir a Cristo. Somos devedo-
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res ao mundo pela graça que nos foi dada por Deus, pela luz que brilhou sobre nós, e pela beleza
e poder que descobrimos na verdade. (Testemunhos para a Igreja, v. 4, pág. 53.)
William Carey, o grande missionário que viveu na Índia, disse: “Conserto sapatos para pagar mi-
nhas despesas, mas ganhar almas é o meu negócio.” A dedicação de William Carey é um poderoso
exemplo para nós. A obra de sua vida era ganhar pessoas para Cristo. No livro O Desejado de Todas as
Nações, Ellen White apresenta o mesmo pensamento:
“‘O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: vem’ Apocalipse 22:17. Todo aquele
que ouve deve repetir o convite. Seja qual for a vocação de uma pessoa na vida, seu primeiro
interesse deve ser ganhar almas para Cristo... Cristo quer que Seus servos ajudem as almas
enfermas de pecado” (O Desejado de Todas as Nações, p. 822).
Pergunta 4: Qual é o resultado natural de entregar nossa vida a Cristo? O que aconteceu quando os
endemoniados submeteram sua vida ao Salvador? Lucas 8:35-39.
Resposta:
“Os dois possessos curados foram os primeiros missionários enviados por Cristo a pregar o
evangelho na região de Decápolis. Só por poucos momentos tinham esses homens tido o privi-
légio de escutar os ensinos de Cristo. Nem um dos sermões de Seus lábios lhes caíra jamais ao
ouvido. Não podiam ensinar o povo, como os discípulos, que se achavam diariamente com Cris-
to, estavam aptos a fazer. Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de que Jesus era o
Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios tinham visto e ouvido, e experimentado
do poder de Cristo. É o que a todo aquele cujo coração foi tocado pela graça de Deus, é dado
fazer” (Serviço Cristão, p. 17).
Por onde começar? No lugar em que está. Peça a Deus para colocar em seu coração a responsa-
bilidade por uma pessoa em especial. Busque oportunidades de mostrar o que Jesus fez por você.
Abra seu coração e mostre como Cristo o perdoou e transformou sua vida.
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Neste programa você descobrirá:
• Como usar seus talentos dados por Deus para se tornar um eficiente ganhador de pessoas para
o Seu Reino.
• Como dar estudos bíblicos e levar pessoas a tomarem a decisão ao lado de Cristo.
Levar pessoas a Cristo é muito mais do que a arte de passar uma informação. É a arte de alcançar
o coração. Isso pode ocorre somente se estivermos totalmente consagrados a Deus.
“Lembrem-se de que é unicamente através da consagração diária a Deus que poderão se tornar
ganhadores de almas... Deus pode trabalhar unicamente com os que aceitem o convite: ‘Vinde
a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu
jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as
vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve’ Mateus 11:28-30” (Testemunhos
para a Igreja, v. 6, p. 318).
Não há como apresentarmos de forma eficiente um Jesus que não conhecemos. Teremos um
pequeno impacto na vida de outros se Cristo causou um impacto pequeno em nossa vida. Será difícil
levar alguém a Cristo se nós mesmos ainda não tivemos um encontro com o Salvador.
Se ainda não se entregou inteiramente a Cristo, por que não iniciar esse seminário fazendo
essa entrega agora mesmo? E se já entregou sua vida a Cristo, por que não fazer uma entrega mais
profunda ainda, mais do que já tenha feito antes? Por que não abrir o coração completamente a Jesus?
Por que não pedir a Ele que tire tudo aquilo que possa atrapalhar ou impedir que seja o mais eficiente
em ganhar pessoas para Cristo?
Nas lições a seguir, poderá descobrir passos práticos que o ajudarão a se tornar um grande ganha-
dor de pessoas para Cristo. Ore neste momento: “Senhor, mostra-me alguém em meu coração para que
eu seja um veículo do Seu amor. Que eu faça a minha parte para ganhar essa pessoa para o Senhor.” Faça
hoje a escolha certa: SEJA UM GANHADOR DE PESSOAS PARA CRISTO!
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O PODER DO
4 ESPÍRITO SANTO
E A ORAÇÃO
INTERCESSORA
C onta-se a história de uma mulher que durante muitos meses guardou todas
as suas economias para comprar uma geladeira. Ela ficou extremamente de-
sapontada quando descobriu que não funcionava. O leite estragou, as frutas ficaram
velhas e os vegetais apodreceram. Embora aquele fosse o seu primeiro refrigerador,
sabia que alguma coisa devia estar muito errada. Como poderia ter investido tanto
em um produto que não funcionava? A pobre mulher ligou para a fábrica da gela-
deira e fez a reclamação. Eles enviaram um técnico para tentar consertar. O técnico
ficou impressionado ao ver que todo o problema era apenas um mau contato na
tomada. Na realidade, a tomada estava mal fixada. O problema era a falta de energia.
A coisa mais importante que o refrigerador precisava era energia. Precisava estar
conectado à fonte de energia.
Há muitos cristãos com “mau contato”. Se desejam se tornar grandes ganhado-
res de pessoas para Cristo, precisam conectar-se à Fonte de todo o poder. Precisam
de poder, do poder do Espírito Santo.
Ellen White revela que um reavivamento do poder do Espírito Santo é nossa maior necessidade.
“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as
nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço
para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos
encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu
Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus
filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa ora-
ção, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção”
(Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121).
É impossível ser uma testemunha de sucesso para Deus sem o poder do Espírito Santo fluindo em
nossa vida. Nesta lição você irá descobrir como poderá receber o poder do Espírito Santo para tornar-
-se verdadeiramente um ganhador de pessoas para o Seu Reino. Aprenderemos também a arte da
oração intercessória que transforma vidas. Vamos começar.
RECEBENDO O ESPÍRITO
A Bíblia descreve alguns passos práticos que também podem preparar o nosso coração para receber
o Espírito Santo. Poderíamos chamar de ABC para receber o Espírito.
Pergunta 1: Qual é a primeira condição para receber o dom do Espírito Santo? Lucas 11:13.
Resposta:
Deus nos convida a “clamar pelo dom do Espírito”. O motivo pelo qual devemos pedir não é porque
Deus esteja relutante em nos dar o Seu Espírito, mas porque estamos despreparados para recebê-Lo.
Nosso pedido nos prepara para receber e é o primeiro passo no processo de preparo para Sua chegada.
Pergunta 2: Depois de pedirmos a Deus pelo Espírito Santo, qual é o próximo passo essencial?
Marcos 11:24.
Resposta:
Crer é ter fé de que Deus cumprirá Suas promessas sempre que atendermos as condições. Crer é
confiar em Deus que Ele fará tudo o que prometeu. As primeiras duas condições para receber o Espí-
rito Santo são pedir a Deus o Seu Espírito e crer que Ele cumprirá a Sua palavra.
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“Pedi, crede, recebei. Há demasiado escarnecer do Senhor, muita oração que não é oração e que
cansam os anjos e desagradam a Deus, muita petição vã, sem significado. Primeiro precisamos
sentir a necessidade, e então pedir a Deus exatamente o que necessitamos, crendo que Ele nos
dá. Já mesmo quando estamos pedindo; e então nossa fé crescerá, todos serão edificados, o fraco
será fortalecido e o desanimado e desalentado é levado a olhar para cima e crer que Deus é o
galardoador de todo que diligentemente O busca” (Primeiros Escritos, p. 115).
Pergunta 3: Qual é o terceiro passo para receber o dom do Espírito Santo? Atos 3:19.
Resposta:
“Há grande necessidade da influência do Espírito Santo em nosso meio. É preciso realizar um
trabalho individual a fim de abrandar os corações obstinados. É necessário haver um profundo
esquadrinhar do coração que resulte na confissão dos pecados. Os crentes neste tempo devem ter
o coração abrandado, santificado, quebrantado, não deixando de confessar em arrependimento
um pecado sequer” (Refletindo a Cristo, p. 102).
Assim como o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos que estavam em atitude de oração
e confissão, será também derramado em nossos dias. Uma vez mais o poder de Deus emanará de Seu
trono. Deus suscitará uma geração de testemunhas nos últimos dias. Quando as condições forem cum-
pridas, a promessa se concretizará.
Quanto mais conhecemos a Cristo, mais desejamos mostrar Seu amor às outras pessoas. Quando
mais partilhamos Seu amor, mais desejamos conhecê-Lo melhor. Quanto mais testemunhamos, mais
O amamos. O testemunho está ligado ao crescimento espiritual.
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“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim
de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso partilhar de Sua obra. A fim de
participar da alegria dEle – a alegria de ver almas redimidas por Seu sacrifício – devemos tomar
parte em Seus labores para redenção delas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 142).
O derramamento do Espírito Santo foi prometido àqueles que estão buscando em Deus
o poder para testemunhar.
“O Espírito Santo virá a todos os que suplicam pelo pão da vida com o intento de
reparti-lo com os semelhantes” (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 90).
Pergunta 5: Quais são os dois ingredientes essenciais para a conquista de pessoas para Cristo? 1
João 5:14-16.
Resposta:1.
Resposta:2.
Quando buscamos a Deus em profunda atitude de oração intercedendo por nosso próximo, Ele
promete nos tornar canais de Seu poder que emana vida. O rio de água da vida do trono de Deus é
derramado através de nós para tocar outros corações. Nossas orações e nossa fé provocam um impacto
na vida de outras pessoas. Ellen White esclarece o papel desses dois ingredientes essenciais.
“A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar” (A Ciência do Bom
Viver, p. 509).
“ Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta à oração da fé, aquilo que Ele não ou-
torgaria se o não pedíssemos assim” (O Desejado de Todas as Nações, p. 525).
Há mais de 130 estudos sobre a eficiência da oração intercessora e a cura na literatura médica.
Pessoas que receberam orações recuperam-se mais rápido, têm menos complicações, necessitam
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de menos medicamentos e voltam menos vezes ao hospital. No âmbito físico, há uma impressionante
diferença na vida das pessoas quando alguém ora por elas. Se isso pode ser constatado em aspectos
físicos, certamente será uma realidade no aspecto espiritual também.
Conquistar pessoas para Cristo não é como consertar um carro ou fazer um bolo, ou qualquer outra
coisa com uma receita certa. Qualquer um que queira seguir uma receita não terá sucesso. Cada pes-
soa é diferente e embora possam ser definidos princípios básicos para a conquista de pessoas, que se
aplicam a todas as situações, necessitamos da sabedoria de Deus para aplicá-los. De outra forma, a
mente não serão impressionada e vidas não serão transformadas.
Nada pode substituir a oração por uma pessoa. Ninguém pode ser ganho para Cristo sem oração.
A conversão é um milagre. Missionários que ganham pessoas para Cristo não são simplesmente vende-
dores convincentes empurrando um produto. Lidam com o artigo mais precioso do mundo – pessoas.
Por que é necessário orar intercessoramente? Deus já não sabe que queremos alcançar pessoas para
o Seu Reino? Será que Ele não fará todo o possível sem nossas orações?
Há muitas coisas a respeito da ciência da oração que a mente humana não pode compreender. Não
deveríamos nos desanimar por causa disso. Não saber tudo a respeito da eletricidade não nos impede
de desfrutar dos benefícios da luz, do aquecimento e da energia elétrica.
Embora nunca compreendamos inteiramente a ciência da oração, há pelo menos quatro motivos
para orarmos pela conversão das pessoas.
Motivo 1
A oração permite que Deus fale conosco a respeito dos pecados em nossa vida que
impedem o sucesso na conquista de pessoas para o Seu Reino.
Davi desejava ter um coração puro. Tinha profundo anseio pela presença de Deus em sua vida.
Queria alcançar a plenitude do Espírito de Deus.
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Pergunta 7: O que Davi declara ser o resultado de uma experiência renovada com Jesus? Salmo 51:13.
Resposta:
Uma experiência renovada com Deus leva ao desejo de partilhar essa experiência com outras
pessoas. Uma vida cheia do Espírito de Deus leva-nos a sermos fontes do amor divino. Antes de Deus
fazer qualquer coisa conosco, precisa fazer algo por nós. Antes de Deus poder fazer algo através de nós,
precisa realizar algo em nós. Seu poder fica limitado quando temos pecados acariciados no coração.
Geralmente, quando oramos por outras pessoas, Jesus impressiona nosso coração com a necessidade
de experimentarmos uma intimidade maior com Ele.
Motivo 2
A oração aprofunda nosso desejo por aquilo que estamos orando.
Um dos modelos de oração intercessora na Bíblia é a oração de Jesus por nossa salvação no Get-
sêmani. Enquanto o Salvador orava, travou um conflito com os poderes do mal. Ajoelhado, clamou:
“Meu Pai, se não é possível passar de Mim este cálice sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade”
(Mateus 26:42).
Lá no jardim, Cristo venceu a batalha. Seu desejo pela nossa salvação foi intensificado en-
quanto orava. O motivo de Sua oração –a nossa salvação – tornou-se o objetivo máximo de Sua
vida. Certamente desejava nossa salvação antes de orar, mas depois Seu desejo de nos salvar
tornou-se ainda maior.
Quanto mais oramos pela salvação de uma pessoa, mais a desejamos. Quanto mais a desejamos,
mais buscaremos oportunidades de alcançá-la.
Motivo 3
A oração nos coloca em ligação com a sabedoria divina.
Pergunta 9: O que Tiago promete àqueles que necessitam de sabedoria? Tiago 1:5.
Resposta:
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O único que é sábio o bastante para conquistar pessoas é Deus. Jesus é Quem revela as palavras
certas para serem ditas às pessoas. Sem Sua sabedoria podemos até ter as chaves, mas não sabemos
qual delas irá servir. Somente quando Cristo nos der a Sua sabedoria saberemos qual é a chave certa
que abrirá o coração para receber os tesouros do evangelho.
Motivo 4
A oração permite que Deus opere muito mais poderosamente
do que se não orássemos.
Pergunta 10: O que Deus promete àqueles que O buscarem em intercessão pelo próximo? Daniel
10:12 e Tiago 5:16 (última parte).
Resposta:
Como declara o apóstolo Tiago, a eficácia da súplica do justo pode realizar grandes coisas. Como o
anjo anunciou a Daniel, “foram ouvidas as tuas palavras”. Quando intercedemos, flui vida do trono
de Deus, através de nós, para tocar outras vidas. No grande conflito entre o bem e o mal, tornamo-nos
canais das bênçãos de Deus.
Daniel 10 conta a história de como a sua oração subiu ao Céu por três semanas sem aparente repos-
ta. Mas ao final das três semanas, Gabriel explicou a Daniel que uma grande batalha tinha ocorrido na
mente de Ciro. Anjos bons tentavam afastar os anjos maus para que Ciro tomasse a decisão correta.
Anjos maus tentavam destruir os anjos bons para que Ciro ficasse em trevas. Enquanto Daniel orava,
ocorria essa batalha. Finalmente, veio Jesus, afastou os anjos maus e deu a Ciro a oportunidade de
fazer uma escolha clara e inteligente – uma decisão que permitiu a Israel sair em liberdade. A oração
intercessora de Daniel provou sua eficácia.
Pergunta 11: Qual modelo de intercessão o apóstolo Paulo nos dá? Colossenses 1:3 e Filipenses 1:3-4.
Resposta:
O apóstolo Paulo lembrou-se das igrejas que fundou em suas viagens missionárias. Diariamente
orava pelas igrejas na Galácia, Éfeso, Filipos, Colosso e Tessalônica.
Paulo tinha sua lista de oração. Orava individualmente pelos nomes. Orava pelas igrejas e pelas
cidades. Você já tem uma lista de oração? Costuma orar pelos seus queridos individualmente? Coloca
sua comunidade diante de Deus? A obra de conquistar pessoas para Cristo necessita do poder de
Deus para fazer a Sua obra.
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Pergunta 12: Além da oração pessoal, qual instrução Jesus nos dá sobre a oração com outras pes-
soas? Mateus 18:19-20.
Resposta:
Os laços de oração são a base para o sucesso no evangelismo. A obra da conversão não é natural.
É sobrenatural. Um vendedor poder ser hábil para persuadir uma pessoa a comprar um carro novo.
Empresas de propaganda podem instigar o consumidor a comprar uma roupa nova. Um corretor de
imóveis pode fazer com que alguém se interesse por ter uma bela casa nova. Esses vendedores podem
alcançar resultados seguindo determinadas técnicas. Podem vender seus produtos. Pode até ser possí-
vel que um ministro cristão consiga persuadir uma pessoa a se unir à igreja.
Mas somente Deus pode trazer genuína conversão ao coração da pessoa. O sucesso na obra de
evangelizar deve envolver um ministério de oração.
“Por que não se reúnem dois ou três e instam com Deus pela salvação de determinada pessoa, e,
em seguida, oram a respeito de outra?” (Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 21).
Aproveite este momento agora e escreva nas linhas abaixo os nomes das pessoas que imagina que
poderiam estar abertas ao evangelho. Essas pessoas podem ser membros da sua família, colegas de
trabalho, amigos, vizinhos ou pessoas que tenha encontrado casualmente.
1.
2.
3.
4.
Entregue a Deus cada um desses nomes todos os dias. Escreva o nome delas e clame ao Céu a
salvação de cada um. Se possível, tenha um companheiro de oração. Juntos, bombardeiem o Céu com
suas orações. Deus responderá. Você se tornará um canal de abundantes bênçãos.
A oração faz com que sejamos sensíveis à liderança do Espírito Santo. A oração nos permite enxer-
gar com os olhos de Deus. Se vamos alcançar pessoas para Cristo, devemos entender como nos apro-
ximarmos delas, como responder às suas perguntas e como apelar ao seu coração. Somente Deus pode
nos levar às pessoas que teremos melhores condições de alcançar.
40
Para ser a testemunha mais eficiente na Causa de Deus, procuramos aqueles que Deus especialmen-
te preparou para trabalharmos com eles. Veja aqui alguns pontos que devemos ter em mente:
• Ore para que Deus o guie à pessoa que Ele deseja que você testemunhe.
• Concentre-se primeiramente na pessoa que Deus traz à sua vida cada dia.
“Começai a orar por almas, achegai-vos a Cristo, bem próximo a Seu lado ensanguentado. Seja
vossa vida adornada por um espírito manso e quieto, e ascendam a Ele vossas fervorosas, contri-
tas e humildes petições em busca de sabedoria a fim de terdes êxito em salvar, não somente a
própria alma, mas a de outros” (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 513).
Pedindo, recebemos. A razão de muitas vezes não recebemos é porque não pedimos. Começaremos
a ter êxito na conquista de pessoas para Cristo quando começarmos a orar por elas. Você se tornará
parte do cumprimento dessa maravilhosa declaração:
“Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus.
Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de
genuína conversão” (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 126).
Como estamos vivendo nos dias da colheita final da Terra, é essencial que nos consagremos ao serviço
de Deus. O sucesso de qualquer estudo bíblico ou campanha evangelística depende totalmente da atu-
ação do Espírito Santo.
Quando pastores e membros se unem em um movimento integrado e coordenado para ganhar
pessoas para Cristo, orando pelo poderoso derramamento do Espírito Santo, Deus proporcionará re-
sultados incomuns. O Espírito Santo será derramado e muitos serão alcançados.
41
MANEIRAS PRÁTICAS DE INICIAR UM MINISTÉRIO DE
ORAÇÃO EM SUA IGREJA
• O líder e seu vice oram para escolher duas pessoas cada um para se unirem a eles.
• Selecione pessoas que estarão dispostas a se reunirem uma vez por semana para orar.
• Peça que cada uma das quatro pessoas convide mais uma para se unir ao grupo com
o mesmo compromisso. (Dez pessoas compõem o grupo agora.)
• Faça uma lista com três a cinco nomes por quem deseja orar dentro do Guia de
Oração Intercessora.
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Promessas GUIA DE ORAÇÃO INTERCESSORA
43
O PODER DA
5 PALAVRA DE DEUS
“Os céus por Sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de Sua boca, o exército deles” (Salmo 33:6).
O que Deus fala é real, ainda que nunca tenha existido antes, porque Deus tem o poder de cumprir o
que Ele declara. Ellen White, no livro Educação, afirma que o poder da Palavra de Deus transforma vidas.
“A energia criadora que trouxe à existência os mundos, está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica
poder e gera vida. Cada ordenança é uma promessa; aceita voluntariamente, recebida na alma, traz consigo
a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, restaurando-a à imagem de Deus” (Educação, p. 126).
Que maravilhosa verdade! O poder criativo de Deus está em Sua Palavra. Quando partilhamos a
Palavra de Deus com nossos semelhantes, o poder criativo de Deus flui para a vida de cada um deles.
Mark Finley, em seu livro Persuasion [Persuasão], comenta:
“As promessas e princípios cheios de vida da Palavra de Deus carregam em si o poder para
realizar o que eles declaram. Como a Palavra de Deus é viva, não apenas apresenta a maneira de
viver, mas leva consigo o poder de tornar real uma vida justa” (Persuasion, p. 13).
Não há outro livro que tenha tanto poder quanto a Palavra de Deus. Quando abrimos a Bíblia e lemos
um texto contendo as palavras de Deus para nós, estamos diante de um poderoso agente que transformará
vidas, a nossa vida e a de quem nos ouve.
Pergunta 1: Em que lugar os conquistadores de pessoas para Cristo que alcançam êxito encontram
sua força? Mateus 4:4 e Jeremias 15:16.
Resposta:
Jesus enfrentou as tentações de Satanás com a Palavra de Deus. Jeremias declarou que a Palavra de
Deus é nutrição para a alma. Quando nos alimentamos da Palavra de Deus, é Ele Quem nutre nossa
vida espiritual. A Palavra de Deus nos dá coragem, fé e renova nossas forças.
O que aconteceria se a árvore da vida, do Jardim do Éden, estivesse presente em um lugar remoto,
pouco conhecido, a algumas centenas de quilômetros de distância da sua casa? Você faria algum es-
forço para comer o fruto e ser revigorado? E se os ramos da árvore da vida viessem do Céu até o seu
quintal? Estaria interessado em pegar alguns desses frutos celestiais com poder de trazer vida?
“O mesmo se dá quanto a todas as promessas da Palavra de Deus. Por meio delas, Ele nos está
falando a nós, individualmente; falando tão diretamente, como se Lhe pudéssemos ouvir a voz.
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É por intermédio dessas promessas que Cristo nos comunica Sua graça e poder. Elas são folhas
daquela árvore que é ‘para a saúde das nações’ (Apocalipse 22:2). Recebidas, assimiladas, elas
serão a fortaleza do caráter, a inspiração e o sustentáculo da vida. Nenhuma outra coisa pode
possuir tal poder restaurador. Nada além delas pode comunicar o ânimo, e a fé que dá ener-
gia vital a todo o ser” (A Ciência do Bom Viver, p. 122).
Pergunta 2: De onde vem o poder que transforma vidas? Tiago 1:21-22, 2 Pedro 1:2-4.
Resposta:
Onde quer que formos, nos lares de nossos amigos e vizinhos, e abrirmos a Palavra de Deus, com-
partilhamos os princípios que transformam vidas.
A palavra de Deus é tão poderosa que pode mudar pessoas ainda que sejamos inexperientes em
dar estudos bíblicos, que cometamos erros ou tropecemos em algum ponto no processo.
Ernestine Finley conta uma história fascinante a respeito de Mark, seu esposo, que é evangelista:
Mark era um estudante do último ano de Teologia no Atlantic Union College. Uma das exigências
do seu curso era encontrar alguém para dar um estudo bíblico completo. Para se formar em Teologia,
deveria cumprir o requisito. Procurou, procurou, até que encontrou uma bondosa senhora chamada
Mae, que o toleraria enquanto estudava com ela.
Mark estava nervoso e muito inseguro. Porém, semana após semana ele ia até a casa daquela se-
nhora e juntos estudavam a Palavra de Deus. Algumas vezes ele se atrapalhava durante as lições, mas
conseguiu terminar a série de 29 estudos. Sentia que aquele primeiro estudo completo que tinha dado
tinha sido um fracasso. Aquela senhora tinha feito algumas perguntas, mas não tinha tomado nenhu-
ma decisão aparente. Sua vida parecia continuar a mesma.
Embora Mark tivesse terminado a série de estudos e cumprido os requisitos para o curso de Teolo-
gia, estava um pouco desapontado com o resultado do estudo bíblico.
Depois de se formar, iniciou o ministério na Southern New England Conference. Dez anos depois,
retornou ao Atlantic Union College como evangelista para realizar uma série de conferências. A série
ocorreria no novo prédio recém-construído no campus.
Foram distribuídos convites para várias localidades ao redor do colégio. Muitas pessoas vieram.
Na realidade, mais de mil pessoas estavam presentes na primeira noite. Depois do sermão, ele viu um
rosto familiar vido pelo corredor. Era a mesma bondosa senhora que tinha estudado a Bíblia com ele
dez anos antes. Ela o cumprimentou e disse: “Como você mudou em dez anos!”
Sim, ele havia mudado bastante. De um tímido aluno para um dinâmico pregador para Cristo!
Naquela noite, Mark e eu oramos intensamente por ela. Ele disse a Deus que aquela senhora havia es-
47
perado por dez anos, mas a semente da Sua Palavra tinha sido plantada. Ele pediu que as sementes que
haviam sido tão debilmente lançadas dez anos antes pudessem agora produzir bom fruto.
E realmente frutificaram. Mae foi uma das primeiras a serem batizadas naquela campanha realiza-
da no Atlantic Union College. Havia chegado a hora. O coração de Mae estava aberto e ela se apegou
firmemente às verdades bíblicas.
Deus pode nos usar mesmo quando não nos sentimos preparados. O poder não está em nós, mas
na Palavra de Deus. Se começarmos a partilhar nossa fé com nossos semelhantes, mesmo com nossas
limitações, Deus ainda operará de maneira poderosa por nosso intermédio. Os corações serão tocados.
Vidas serão transformadas. O poder da Palavra de Deus restaura e transforma vidas.
Pergunta 3: Por que a Palavra de Deus tem tanto poder para transformar vidas? Hebreus 4:12.
Resposta:
A Palavra de Deus é viva e poderosa. O mesmo Espírito Santo que inspirou a Bíblia transforma a
vida daqueles que a leem.
As promessas de Deus são verdadeiras. Ele cumprirá a Sua palavra. Sempre que partilharmos a Pa-
lavra de Deus, levamos aos outros os princípios que transformam e saram vidas.
O Pastor Mark Finley conta essa experiência em seu livro Persuasion [Persuasão], p. 13-14:
Uma ex-adventista do sétimo dia foi a uma série de conferências na região da Nova Inglaterra, nos
Estados Unidos. Quando o pastor foi visitá-la em sua casa, conversou com ela sobre a importância de
voltar a fazer parte da família de Deus. Seus olhos se encheram de lágrimas ao responder:
– Você crê que Jesus quer que alcance a vitória sobre esse hábito?
Ele continuou:
– Posso ler um verso bíblico para você? – e abriu a Bíblia em 1 João 5:14
– “E esta é a confiança que temos para com Ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua von-
tade, Ele nos ouve.” Mary, você crê que pode parar de fumar? – ele perguntou.
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– Não – ela respondeu.
– Muito bem, a Bíblia diz que “esta é a confiança que temos para com Ele”. Portanto, onde está a
nossa confiança?
– “Se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, exceto parar de fumar, Ele nos ouve.”
Olhando para Mary, perguntou:
– Posso escrever isso na sua Bíblia? Por favor, poderia me dar a sua Bíblia para que possa es-
crever assim?
– Então, você pode pedir isso a Deus confiando no poder que Ele prometeu?
– Claro que sim – foi a resposta direta. –Eu creio que posso.
– “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos
que crêem no Seu nome.” Receber Jesus é receber o poder. Hoje você viu que pode confiar em Jesus.
Vimos que tudo o que pedirmos de acordo com a vontade dEle, Ele nos ouve. Nós sabemos que é da
vontade de Deus que pare de fumar. Também lemos que se O recebermos, receberemos o Seu poder.
Mary ficou em silêncio. Uma nova luz brilhou em seus olhos. O pastor Finley falou:
– Nesta noite, você gostaria de se ajoelhar e dizer a Jesus que crê nEle e que Seu poder fará tudo
aquilo que não consegue fazer sozinha? Gostaria de dizer a Deus que está confiante de que é da vontade
dEle que pare de fumar? Gostaria de receber poder neste momento, crendo pela fé que Ele lhe conce-
derá? Que, apesar de qualquer desejo contrário, pelo poder de Deus obterá a vitória, porque assim diz
a Sua Palavra? Pela fé, está disposta a confiar na Palavra de Deus?
Juntos se ajoelharam e Mary orou. Naquela noite, Deus concedeu a Mary a vitória sobre o hábito de
fumar mais de três maços de cigarro por dia.
O pastor Finley também deu orientações práticas e alguns princípios para ajudá-la a parar de fumar,
mas ao clamar as promessas da Palavra de Deus, ela encontrou a verdadeira libertação em Cristo.
Ela precisava de alguém que a ajudasse a crer na Palavra de Deus e a clamar Suas promessas pela fé
para que pudesse ter a vitória sobre o fumo.
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A BÍBLIA TRANSFORMA VIDAS PORQUE
Isaías 40:8 – “Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.”
Mateus 24:35 – “Passará o Céu e a Terra, porém as Minhas palavras não passarão.”
Mateus 24:14 – “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas
as nações. Então, virá o fim.”
Apocalipse 14:6 – “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar
aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo.”
1 Pedro 1:23 – “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante
a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.”
Salmo 119:11 – “Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti.”
2 Timóteo 3:16 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça.”
50
A PALAVRA DE DEUS DÁ VIDA
A Palavra de Deus contém do poder divino do
Espírito Santo para dar a vida.
Salmo 119:50 – “O que me consola na minha angústia é isto: que a Tua Palavra me vivifica.”
Deuteronômio 8:3 – “Mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem.”
Jeremias 23:29 – “Não é a Minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?”
A Palavra de Deus é fogo consumidor. Ela consome o pecado. Derrete corações endurecidos.
Comprometa-se hoje mesmo a partilhar os princípios transformadores da Palavra de Deus com seus
semelhantes. Corações serão tocados. Ficará, então, impressionado em como a Palavra de Deus penetra
mentes obscurecidas. Ficará maravilhado em como a Palavra de Deus pode quebrar os corações. Ficará
maravilhado ao ver como a Palavra de Deus inspira os homens a levantarem os olhos para o Céu.
As promessas de Deus dadas em Sua Palavra são verdadeiras. Ele fará o que declarou em Sua Pa-
lavra. Precisamos de um reavivamento do estudo da Bíblia. O conhecimento da Palavra de Deus
cobrirá toda a Terra e quando isso ocorrer, corações e vidas serão transformados ao redor do mundo.
51
A PALAVRA DE DEUS É PODEROSA!
52
CHAVES PARA
6 ENCONTRAR E
DESENVOLVER
INTERESSADOS
“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto
semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126:5-6).
Pergunta 1: Qual é o primeiro princípio vital que o salmista nos dá para descobrir interessados?
Resposta
O primeiro princípio para descobrir interessados para o Reino de Deus é sair para semear. An-
tigamente, as pessoas moravam em cidades muradas para ficarem protegidas. Os campos ficavam do
lado de fora das cidades. Cada manhã, quando os portões se abriam, os agricultores saíam para o
trabalho nos campos. Para ter êxito na conquista de pessoas para Cristo, é necessário “sair para os
campos”. Essa saída tem duas dimensões.
Há a “saída psicológica”. Certo pensador afirmou: “Qualquer um embrulhado em si mesmo é um
pacote bem pequeno.” O motivo para haver tão poucos ganhadores de pessoas para Cristo é porque
poucas pessoas estão desejosas de procurar por si mesmas maneiras de atender as necessidades do pró-
ximo. Peça a Deus que o ajude a “sair para os campos”. Peça que abra seus olhos para aquelas pessoas
que Ele preparou para partilhar Seu amor com elas.
O segundo aspecto de “sair para os campos” é o físico. Pessoas não serão ganhas a menos que nos
coloquemos onde elas estão. Jesus se misturava com as pessoas. Os discípulos se misturavam com as
pessoas. Os que desejam levar pessoas a Cristo “saem”. Estão no meio das pessoas, batendo às portas,
visitando lares, buscando cada oportunidade para testemunhar.
“Há famílias que jamais serão alcançadas pelas verdades da Palavra de Deus a menos que os
mordomos de Sua graça entrem em seus lares e lhes indiquem o mais alto caminho” (Atos dos
Apóstolos, p. 363).
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MANEIRAS PRÁTICAS DE APLICAR O PRINCÍPIO
DE “SAIR PARA OS CAMPOS”
• Apesar de o testemunho ser parte do nosso estilo de vida diário, dedique tempo para buscar
aquelas pessoas com quem não entraria em contato em suas atividades cotidianas.
Na maioria das vezes, as pessoas não virão bater às nossas portas buscando a verdade; precisamos
bater às suas portas. Elas não entrarão em nossas igrejas; precisamos entrar em suas casas. Não
seremos procurados. Devemos procurá-las. Não virão até nós. Devemos ir até elas.
A igreja é o local em que as pessoas são nutridas espiritualmente e onde somos preparados para o
serviço. O mundo é o local em que nosso testemunho torna o evangelho autêntico. Vamos à igreja para
receber forças espirituais e treinamento para o evangelismo para podermos ir ao mundo como Jesus
fazia e ganhar pessoas para o Seu Reino.
Pergunta 2: No segundo princípio, que emoção Davi descreve como sendo essencial para ganhar
pessoas? Salmo 126:6.
Resposta
Assim como a semente precisa de água para germinar e crescer, a conquista de pessoas para Cristo
demanda a água de nossas lágrimas. Que tipo de choro é esse? Certamente não é um choro
meramente emotivo. O choro de que a Bíblia fala é de um coração que sente o fardo de buscar os
perdidos e que leva à incessante intercessão. É uma preocupação genuína pelos perdidos. É uma
paixão divinamente santificada pelos perdidos.
Quando William Booth, fundador do Exército da Salvação, foi convidado para visitar a rainha no
Palácio de Buckingham, em Londres, Inglaterra, ele escreveu essas palavras no livro de visitas:
Essa é a paixão que motiva os verdadeiros conquistadores de pessoas para o Reino de Deus.
55
“Sua Majestade, a ambição de alguns homens é a fama, a ambição
de alguns homens é o poder, a ambição de alguns homens é o
dinheiro, mas a minha ambição são as almas dos homens.”
Pergunta 3: Qual é o terceiro princípio para a busca de interessados? (Salmo 126:6 - última parte).
Resposta
Todo agricultor sabe da importância de semear. Qual agricultor esperaria uma colheita sem ter
semeado qualquer semente? Quanto mais semearmos, mais colheremos. Esse mesmo princípio se apli-
ca ao campo espiritual de Deus. Nosso Senhor não pode abençoar a literatura que não distribuímos.
Não pode abençoar os folhetos que não demos, os estudos bíblicos não oferecidos e as campanhas
evangelísticas que não foram feitas. Algumas igrejas esperam levar pessoas a Cristo sem despender
tempo lançando as sementes. Estão apenas se enganando. Deus nos convida a semear a semente
distribuindo literatura, visitando lares, batendo às portas, dirigindo pequenos grupos, distribuindo
vídeos, dando livros, matriculando pessoas nos cursos bíblicos e uma variedade de outras maneiras de
partilhar a verdade.
Pergunta 4: Na parábola do semeador, o que Jesus diz que representam as sementes? Lucas 8:11.
Resposta
A semente é a Palavra de Deus. Quando saímos para a comunidade com o nosso coração cheio de
amor pelas pessoas, partilhando a Palavra de Deus, Ele promete que haverá resultados.
Pergunta 5: Que promessa Deus fez para aqueles que seguirem Seus princípios para a conquista de
pessoas para o Seu Reino? Salmo 126:6.
Resposta
Como está na versão Almeida Revista e Corrigida, a expressão “sem dúvida” é maravilhosa. Mostra
algo em que realmente podemos confiar. Sigamos esses simples princípios e Deus nos dará os resultados.
Quando “sairmos para os campos”, teremos resultados. A Bíblia ensina assim em Salmo 126:5-6. Ao
semearmos com lágrimas e continuarmos com choro, sem dúvida voltaremos com alegria trazendo
nossos feixes.
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MANEIRAS PRÁTICAS DE
DESENVOLVER A ATITUDE DE UM
CONQUISTADOR DE PESSOAS PARA CRISTO
Eis algumas maneiras práticas de se
desenvolver como um conquistador de
pessoas para o Reino de Deus:
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MANEIRAS PRÁTICAS DE DESCOBRIR E
DESENVOLVER INTERESSADOS
Há muitas formas de encontrar os interessados. Cada método abaixo irá ajudar a descobrir can-
didatos em potencial para receberem estudos bíblicos. Usando métodos variados, aumentaremos as
chances de descobrir muitos outros candidatos. Quanto mais oportunidades dermos ao Espírito San-
to para levar pessoas ao contato com a verdade, mais interessados poderemos levar para a igreja.
2. Faça o acompanhamento de todos os interessados que surgiram pelo meio da mídia em sua
comunidade.
Os ministérios de mídia da Igreja Adventista do Sétimo Dia poderão fornecer nomes de interessa-
dos em sua área. Preencha o formulário que está no apêndice, na página [143] para pedir os
nomes. Poderá, então, visitar essas pessoas levando um dos livros missionários e um cartão de
inscrição para um curso bíblico gratuito. Há também uma pesquisa do Está Escrito no apêndice da
página [136] para ser usado ao visitar os interessados.
58
4. Faça pesquisas de porta em porta
Esse é um excelente método de encontrar pessoas desejosas de estudar a Bíblia.
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os participantes de um programa são convidados a participar da série seguinte de reuniões e são
imediatamente inscritos, caso tenham interesse. Uma sugestão de temas de saúde é usar os
Seminários Viva com Esperança (10 temas).
• Conceda oportunidades
Dê aos participantes de cada programa a oportunidade de se inscrever para outros programas, se-
minários ou estudos bíblicos.
• Convide pessoas que não são adventistas – cada um dos seis membros da igreja convida
um membro não adventista para participar. (Assim é formado um grupo de 12 pessoas).
• Faça uma programação – o programa semanal abaixo é um formato que tem dado bons
resultados.
19h30-19h45 Confraternização
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Faça pré-inscrições – Dê a cada participante a oportunidade de fazer a inscrição para as séries de
evangelismo. Na décima semana, distribua folhetos e reservas para as reuniões evangelísticas.
Você poderá marcar a vida de muitas pessoas ao convidá-las para irem à sua casa a fim de estuda-
rem a Palavra de Deus num ambiente familiar.
“O prelo é um poderoso meio para impressionar a mente e o coração do povo... Se homens que
se acham sob a influência do espírito do mundo e de Satanás são diligentes na circulação de livros,
folhetos e jornais, de natureza corruptora, deveríeis ser mais diligentes em pôr diante do povo leitura
de natureza enobrecedora e salvadora. Deus colocou à disposição de Seu povo, no uso do prelo,
vantagens que, combinadas com outros fatores, difundirão com êxito o conhecimento da verdade.
Folhetos, revistas e livros, conforme exigir o caso, deverão circular em todas as cidades e vilas do
país” (Vida e Ensinos, p. 226-227).
Como começar
Divulgue – O centro de mídia deve ser bem divulgado. Distribua um folheto com todas as infor-
mações essenciais a respeito do material disponível.
Faça o acompanhamento – Volte à área em que foi feita a divulgação. De porta em porta,
pergunte se as pessoas receberam o folheto (essa é uma boa oportunidade para descobrir quais são
os interessados).
Deixe os materiais – Quando alguém demonstrar interesse, deixe com a pessoa algum material de
áudio ou vídeo. Informe que o material está sendo deixado em forma de empréstimo e que em uma
semana você retornará para pegá-lo.
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Retorne em uma semana – Diga às pessoas que voltará em uma semana para pegar o material e
trazer outro. Assim poderá ser iniciada uma nova amizade que levará a um estudo bíblico.
O que dizer
– Olá, meu nome é . Nós representamos a Novo Tempo e passamos
aqui para lhe dar a oportunidade de assistir a esse vídeo.
– No mundo em que vivemos, as pessoas têm muitas perguntas sobre a vida e com relação ao futuro
do planeta.
– Ivan Saraiva orador do Programa Está Escrito, produziu vários materiais em áudio e vídeo que
respondem a essas e outras perguntas.
– Será uma alegria poder deixar esse vídeo com você. Não tem nenhum custo. Vamos apenas deixar
o vídeo aqui e voltaremos na próxima semana para pegá-lo.
– Foi um prazer estar aqui hoje. Muito obrigado. Voltarei na próxima semana.
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UM PLANO
7 EFICAZ PARA DAR
ESTUDOS BÍBLICOS
Pergunta 1: Qual é o plano eficaz para dar estudos bíblicos? Isaías 28:9-10
Resposta:
Deus revelou em Sua Palavra todas as verdades necessárias para a salvação. A Bíblia é a biblioteca da
verdade. Estudos bíblicos eficazes relacionam passagens-chave com um único tema que apresenta
verdades bíblicas específicas sobre o assunto.
É muito importante utilizar uma série de lições elaboradas dentro de uma mesma sequência lógica.
Há poder nas instruções que partilhamos quando empregamos esse método. Ele ajuda os estudantes
a perceberem que a verdade é muito mais do que apenas outra ideia de uma igreja cristã, mas que
provém diretamente da Bíblia.
“A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma
oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas.
Respondei-lhes então pacientemente, humildemente... Tomai a Bíblia, e exponde-lhes as grandes
verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e realizações, como de
vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas” (Obreiros Evangélicos, p. 193).
64
Pergunta 2: De quem buscamos sabedoria ao dar estudos bíblicos? Como descobrimos a sabedoria
do Espírito Santo?” 1 Coríntios 2:13
Resposta: A.
Resposta: B.
É muito importante buscar o Espírito Santo ao estarmos envolvidos com o ministério de estudos
bíblicos. O método de estudos bíblicos no formato de pergunta e resposta, comparando as coisas
espirituais com as coisas espirituais, é uma ideia de origem celeste. Ao utilizar esse método, obreiros
são preparados para se tornarem poderosos homens de Deus. O livro Obreiros Evangélicos confirma isso:
“O plano de se darem estudos bíblicos foi uma ideia de origem celeste. Muitos há, tanto homens
como mulheres, que se podem empenhar nesse ramo de obra missionária. Podem-se assim
desenvolver obreiros que se tornem poderosos homens de Deus. Por este meio a Palavra de Deus
tem sido proporcionada a milhares; e os obreiros são postos em contato pessoal com o povo de
todas as línguas e nações” (Obreiros Evangélicos, p. 192).
Nenhum outro livro possui tanto poder quanto a Palavra de Deus para capacitar homens e mulheres
a tomar decisões; nenhum outro método é tão poderoso quanto extrair textos da Bíblia e aplicá-los a
situações da vida real. Podemos apresentar nossas opiniões e até dizer: “Eu acho...” ou “Minha igreja
ensina...”, mas sentenças assim têm pouquíssimo peso. No entanto, ao abrirmos a nossa Bíblia e lermos
uma passagem que revela às pessoas o que Deus diz, despertamos ações poderosas para que ocorra
uma mudança em sua vida.
Pergunta 3: Na ocasião em que Jesus quis convencer os dois discípulos na estrada de Emaús de que
Ele era o Messias, o que Ele fez? Lucas 24:27, 44
Resposta:
Jesus não operou um milagre para convencer os dois discípulos de que Ele era o Messias. Ele lhes
deu um estudo bíblico. Jesus começou com os primeiros cinco livros da Bíblia – os escritos de Moisés –
e fez referência às profecias do Antigo Testamento, texto por texto, que provavam que Ele era o Messias.
Um dos métodos mais eficazes para ensinar a verdade bíblica é o plano de estudo bíblico em casa,
no formato de pergunta e resposta. As visitas semanais aos lares dos interessados desenvolvem uma
confiança por parte da família no obreiro e na Bíblia e lançam o fundamento para a apresentação e
aceitação das verdades estudadas.
O plano de estudos bíblicos no formato pergunta e resposta é um método simples, fácil e
extremamente poderoso.
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PRINCÍPIOS GERAIS PARA DAR ESTUDOS BÍBLICOS
Não é necessário criar sua própria série de estudos bíblicos. Existem muitas séries de estudos boas,
sólidas e aprovadas que já foram testadas em campo. Recomendamos a série Ouvindo a Voz de Deus
do Pr. Paulo Godinho.
A série Ouvindo a Voz de Deus apresenta cada verdade bíblica como um elo de uma corrente. As
lições foram sistematicamente elaboradas – uma lição introduz de maneira lógica a lição seguinte.
“Deus está guiando um povo e o estabelecendo sobre a grande plataforma da fé, os mandamentos
de Deus e o testemunho de Jesus. Ele deu a Seu povo uma cadeia reta de verdade bíblica, clara e
coerente. Esta verdade é de origem celestial e tem sido procurada como um tesouro escondido.
Foi extraída mediante pesquisa cuidadosa das Escrituras e mediante muita oração” (Testemunhos
Para a Igreja, v. 3, p. 447).
Ao dar estudos bíblicos, certifique-se de traçar um plano distinto antes de apresentar qualquer
assunto. É importante que você compreenda por si mesmo cada tema, assim, você será capaz de ensinar
com clareza essas verdades bíblicas a outros.
“Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um plano distinto, e saber o que
precisamente deseja conseguir. Não deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto
antes que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba a sua verdade, e esteja
apto a referir claramente o que aprendeu” (Educação, p. 233-234).
Dicas Práticas
• Não pule nenhuma lição, mesmo se o estudante disser que já conhece o assunto.
66
O “princípio claro e solidificado” que o Pastor Mark Finley apresenta em seu livro Persuasion [Persuasão]
ajudará a ilustrar a importância do conhecimento do estudante da Bíblia sobre o tema estudado.
O “princípio claro e solidificado” ensina que futuras verdades poderão ser recebidas e aceitas
unicamente depois de verdades previamente estudadas estarem claras e solidificadas na mente
do ouvinte.
O expositor da verdade precisa verificar, a cada novo passo, se o ouvinte aceita ou rejeita a mensagem,
e como ele decidiu incorporar os novos conceitos estudados em sua estrutura atual de valores.
Se isso não for feito, a resistência continuará a aumentar até chegar à rejeição. A verdade, bem como
a aceitação da verdade, é progressiva.
“Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem em contato íntimo com aqueles que
mais necessitam de seu auxílio. Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais delicada,
conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando a indagar: ‘Que é a verdade?’
(João 18:38). Cuidadosa e suavemente ele os deveria conduzir e educar, como discípulos numa
escola” (Obreiros Evangélicos, p. 190).
67
Solidifique os pontos e os textos principais na mente de seus estudantes da Bíblia. Permita que
façam perguntas e responda-as da maneira mais clara e simples possível para que eles possam entender
as verdades apresentadas.
Os assuntos apresentados em cada estudo bíblico devem ter Cristo como tema central. É o Cristo
crucificado que atrai o coração a Si.
Ao ouvirem uma nova verdade, pode ser que os interessados enfrentem alguma tensão ao
considerarem a mudança de estilo de vida que aquilo requer. Mas se sua vida foi totalmente entregue
a Jesus, eles sentirão o desejo de mudar. O objetivo da obra de conquistar outros é levar as pessoas a
Cristo – mostrar-lhes o que Ele deseja que Elas façam.
“Jamais deveria ser pregado um sermão, ou apresentada instrução bíblica sobre qualquer assunto,
sem que os ouvintes fossem encaminhados ao ‘Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’
(João 1:29). Toda verdadeira doutrina torna a Cristo o centro, todo preceito recebe força de Suas
palavras” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 54).
O estudo bíblico mais eficaz e poderoso é aquele que apresenta texto após texto. Isaías 28:10 ensina:
“Pois é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco
aqui, um pouco ali.”
“É o desígnio de Deus que não se decidam por impulso, mas pelo peso da evidência, comparando
cuidadosamente escritura com escritura” (O Desejado de Todas as Nações, p. 458).
Para alguns, o Guia de Marcação da Bíblia é especialmente útil nas ocasiões em que surge a
oportunidade de dar estudos bíblicos espontâneos. Os textos podem ser facilmente encontrados ao
ter a sua Bíblia marcada através do Plano de Marcação da Bíblia. Esse sistema é simples e fácil de ser
seguido. Ter a sua Bíblia marcada também o ajudará a responder perguntas mesmo que não houver
lições disponíveis. (Ver “Plano de Marcação da Bíblia” no apêndice, página [147]).
68
Princípio 5: Apresente as verdades difíceis de serem aceitas apenas após a
conversão
Os assuntos que contêm verdades mais difíceis de serem aceitas devem ser estudados depois de
Jesus ter sido apresentado. Ao experimentar a genuína conversão, o coração está aberto para receber
mais da verdade de Deus.
“Não deveis pensar que tendes o dever de introduzir argumentos sobre o assunto do sábado ao
encontrar-vos com as pessoas. Se as pessoas mencionam o assunto, dizei-lhes que não é esse
o vosso encargo presente. Mas ao entregarem a Deus o coração, a mente e a vontade, então
estão sinceramente preparados para julgar as provas relacionadas com estas verdades solenes e
decisivas” (Evangelismo, p. 228).
Não apresente muitos textos e notas a despeito do assunto que for ensinar. O excesso tende a
desgastar a mente.
“Não é o melhor método ser tão explícito, e dizer sobre um ponto tudo quanto se pode dizer,
quando alguns argumentos abrangerão o assunto, sendo suficientes, para todos os fins práticos,
para convencer e reduzir a silêncio o adversário” (Obreiros Evangélicos, p. 376).
“A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar... sentai-vos com alguma família, e deixai
que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente” (Obreiros
Evangélicos, p. 193).
69
Princípio 8: Dê explicações simples
Mantenha a simplicidade dos estudos bíblicos dando explicações simples. É muito importante
evitar que o estudo fique muito complicado. Siga o estudo como ele é. Simplesmente leia as perguntas
e permita que o aluno leia o texto bíblico e responda a pergunta. Não é necessário fazer muitos
comentários adicionais.
“Nunca, no entanto, procureis palavras que dêem a impressão de serdes eruditos. Quanto
maior for vossa simplicidade, mais bem compreendidas serão vossas palavras” (Obreiros
Evangélicos, p. 89).
Sempre demonstre amor pelos estudantes da Bíblia. Eles reagirão de forma positiva se souberem
que você se importa com eles.
“O amor enternecedor de Deus no coração dos obreiros será reconhecido por aqueles em cujo
benefício eles trabalham. As almas estão sedentas da água da vida. Não sejais cisternas vazias.
Caso lhes reveleis o amor de Cristo, podereis levar os sedentos e famintos a Jesus, e Ele lhes dará
o pão da vida e as águas da salvação” (Evangelismo, p. 485).
É importante encontrar as pessoas onde elas se acham. Cada pessoa é diferente. Elas se acham em
lugares diferentes em sua experiência espiritual. Leve em consideração a experiência de cada um de
seusinteressados.
“Nós também [como Cristo] devemos aprender a adaptar nossas atividades às condições do povo
– para encontrar os homens onde eles se acham. Conquanto os requisitos da lei de Deus devam
ser apresentados ao mundo, não obstante nunca nos devemos esquecer de que o amor, o amor de
Cristo, é o único poder capaz de abrandar o coração e levá-lo à obediência” (Evangelismo, p. 57).
Partilhe o seu próprio testemunho! Conte o que Jesus fez em sua vida. Isso será uma bênção
àqueles com quem você está estudando a Bíblia.
70
“Diga-lhes como encontrou a Jesus, e como você foi abençoado desde que se colocou ao Seu
serviço. Conte-lhes sobre a felicidade de sentar-se aos pés de Jesus e aprender preciosas lições de
Sua Palavra. Fale a eles da alegria, da satisfação que existe na vida cristã. Que suas palavras sejam
calorosas, cheias de fervor, para que possam convencê-los de que você encontrou a pérola de
grande preço. Suas palavras alegres e animadoras devem demonstrar que foi achada com certeza
a estrada melhor. Isso é trabalho missionário genuíno, e se ele for realizado, muitos acordarão
como de um sonho” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 38).
A oração deve sempre preceder a abertura da Bíblia. O espírito de oração faz toda a diferença.
Conduza o estudo em atitude de humildade e oração.
“Nunca deve a Bíblia ser estudada sem oração. Antes de abrir suas páginas, devemos pedir a
iluminação do Espírito Santo, e ser-nos-á dada” (Caminho a Cristo, p. 91).
Cada lição é planejada para ao final dar a oportunidade de o estudante tomar uma decisão. Ao
chegar ao final do estudo, faça um apelo para que uma decisão seja tomada. Ao chegar o momento de
apresentar verdades mais difíceis, como o sábado, a igreja verdadeira, o batismo, etc., você já estará
habituado e terá mais facilidade de levar o estudante a tomar uma decisão.
“Em todo sermão, deve-se fazer um fervoroso apelo ao povo, para que deixem seus pecados e se
voltem para Cristo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 396).
Dependa de Cristo – não de seu próprio conhecimento, sabedoria e força. Jesus disse: “Sem Mim
nada podeis fazer” (João 15:5).
Mas Ele também disse: “Posso todas as coisas nAaquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).
71
PASSOS PARA
8 INICIAR UM
MINISTÉRIO DE
ESTUDOS BÍBLICOS
Jesus continuamente incentiva Seus discípulos: “Ide”. Ide é a pequena grande palavra da Bíblia. Ele
diz a Seus discípulos: “Ide, trabalhai na Minha vinha. Ide, chamem-nos para entrar. Ide, pregai o evan-
gelho.” Esse ide tem ecoado pelos séculos até nós para que, como os discípulos do Novo Testamente,
também devemos obedecer ao ide.
Ensinar a Palavra de Deus é parte vital do plano divino. Quando ensinamos Sua Palavra, discípulos
são formados. Quando transmitimos Sua Palavra, pessoas aceitam a Cristo e são batizadas. Quando
continuamos ensinando Sua Palavra depois de terem sido batizadas, continuam a crescer em força,
maturidade e sabedoria cristã. Por isso, Ellen White nos incentiva:
“Levai a Palavra de Deus à porta de todo homem, insisti em suas positivas declarações junto da
consciência de todo homem, repeti a todos a ordem do Salvador. ‘Examinai as Escrituras.’ João
5:39” (Evangelismo, p. 434).
Você também pode fazer parte do grandioso plano de Deus para finalizar esta obra. No final, Deus
usará humildes membros leigos. A profetiza de Deus, em visão, testemunhou um poderoso movimen-
to leigo:
“Em visões da noite, passaram perante mim representações de um grande movimento de refor-
ma entre o povo de Deus... Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas
a Palavra de Deus... Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo
parecia iluminado pela influência celestial” (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 126).
74
PLANEJAMENTO BÁSICO PARA DAR
ESTUDOS BÍBLICOS
Serão apresentadas a seguir algumas formas práticas para que sua igreja se envolva no cumprimento
do plano de Deus para levar o evangelho ao mundo através do ministério leigo de estudos bíblicos.
Escolas Bíblicas localizadas nas igrejas: Nesse modelo de escola bíblica, um grupo de membros
dirige o ministério com a visão de alcançar as pessoas em sua comunidade e envolvê-las através dos
estudos bíblicos por correspondência. Os membros da igreja aceitam o desafio e estabelecem uma or-
ganização para auxiliar o projeto a alcançar o objetivo proposto. O ministério missionário de estudos
bíblicos é um convite para a classe bíblica.
• Estabelecer amizade com cristãos e pessoas não ligadas a nenhuma religião que vivem em
sua comunidade.
75
• Apresentar o Senhor Jesus e a Bíblia àqueles que não pertencem a nenhuma igreja.
Um dos métodos mais espiritualmente gratificantes é dar estudos bíblicos pessoalmente. Muitos
membros da igreja que são hesitantes a princípio, desenvolvem verdadeiras habilidades na arte de es-
tudar a Bíblia com as pessoas em seus lares. No processo, esses membros de igreja crescem de forma
impressionante tanto em seu conhecimento de Cristo, como da Bíblia.
76
Opção 1: Dar estudos bíblicos com lições impressas.
Valentes de Davi é o nome de um curso semanal para o ministério de estudos bíblicos que auxilia a acom-
panhar os interessados e dar estudos bíblicos.
Dar estudos bíblicos de forma pessoal é tão importante que foi escrito um capítulo inteiro sobre
o tema. (Maiores detalhes, inclusive um horário semanal, podem ser encontrados no capítulo 10- Va-
lentes de Davi.
Mensagens de Paz e Esperança com Cid Moreira e Quando Tudo Falha do Pr. Luís Gonçalves são
duas séries evengelísticas completas disponíveis em áudio e vídeo. São poderosos recursos para levar
as pessoas a terem um dinâmico relacionamento com o Senhor Jesus Cristo. As versões em áudio e
vídeo dessas séries estão disponíveis pelo Ministério Pessoal da sua Associação.
Sejam para o crescimento pessoal, para o estudo bíblico em pequenos grupos ou para uma cam-
panha pública, as apresentações do Pr. Luís Gonçalves sobre as profecias abrem o livro do Apocalipse.
Com clareza, belas ilustrações e aplicações atuais, essas mensagens centralizadas em Cristo tocarão
corações e transformarão vidas.
Deus deu aos homens sabedoria para criar muitas novas tecnologias. Enquanto o tempo permitir,
façamos uso de cada recurso que estiver ao nosso alcance, de cada ferramenta à nossa disposição para
levar pessoas ao Seu Reino eterno!
77
COMO PREPARAR O
9 SEU CADERNO DE
ESTUDOS BÍBLICOS
E A CAIXA-ARQUIVO
Utilizar as lições bíblicas impressas proporciona pelo menos quatro vantagens do que simplesmente
abrir a Bíblia para dar um estudo.
1. O aluno faz as lições com mais rapidez, gravando a verdade em sua mente.
2. Ler a pergunta e escrever a resposta causa um impacto duplo. A verdade é fixada de maneira
mais sólida na mente.
3. Ouvir a lição apresentada pelo instrutor oferece uma terceira oportunidade para o interessado
melhor compreender a verdade.
4. Os alunos podem voltar e rever as lições sempre que desejarem recapitular as verdades que
aprenderam.
Lições Bíblicas
As lições bíblicas Ouvindo a Voz de Deus e Bíblia Mais são estudos proféticos e doutrinários cen-
tralizados em Cristo. Cada lição abrange um tópico da Bíblia e está planejada para servir de base
para a próxima. Deve-se estudar cada lição pessoalmente. É difícil ensinar os outros sem conhecer bem
a lição.
• Conseguir um pequeno caderno para as lições bíblicas. Colocar cada lição no caderno.
80
• Ter sempre à mão esse caderno-mestre de controle das lições e a Bíblia ao ir à casa de um
interessado.
Nota: Se for necessária uma ajuda extra para responder as perguntas ou encontrar os textos, o livro
Estudando Juntos, de Mark Finley, é bastante útil.
“É pecado da parte dos que tentam ensinar a Palavra a outros, negligenciarem eles próprios
o seu estudo... A vida de Deus, que dá vida ao mundo, acha-se em Sua Palavra. Foi pela Sua Pa-
lavra que Jesus curava as enfermidades e expulsava demônios. Por Sua Palavra acalmou o mar e
ressuscitou os mortos; e o povo dava testemunho de que Sua Palavra tinha autoridade. Ele falava a
Palavra de Deus como a tinha falado para todos os escritores do Antigo Testamento. Toda a Bíblia
é uma manifestação de Cristo. É nossa única fonte de poder” (Obreiros Evangélicos, p. 249, 250).
• Formulários de registro.
• Grades da programação com a lista dos horários e local da transmissão dos programas da
Novo Tempo.
• Livretos ou outra literatura sobre a salvação, a segunda vinda de Cristo, o sábado, o estado
dos mortos, a verdadeira igreja, etc.
81
ORGANIZANDO OS NOMES
“Esse trabalho de casa em casa, em busca de almas, à procura da ovelha perdida, é o trabalho mais
importante que se possa efetuar” (Evangelismo, p. 431).
As igrejas que possuem classes bíblicas ou um ministério de estudos bíblicos bem-sucedido, elegem
um coordenador de estudos bíblicos. O coordenador de estudos bíblicos para interessados é quem
prepara os materiais necessários para alcançar as pessoas através desse ministério.
Mapas da região
• Cada dupla precisa ter um mapa.
Nomes e endereços
• Conseguir os nomes e endereços de todos os interessados.
• Preparar um cartão de visitação para cada dupla.
82
• Classificar os nomes por código postal (CEPs).
• Organizar a visitação por áreas.
• Verificar se foi feita uma cópia geral de todos os interessados. Tendo em vista que cada equipe
visitadora levará consigo os cartões recebidos, essa lista-mestra garantirá que os nomes não se
perderão. A lista-mestra é vital para futuros contatos e envio de materiais por correio.
• O coordenador deverá manter o controle de todos os interessados.
• O coordenador deverá organizar um caderno de controle geral com o registro de todos os instru-
tores de estudos bíblicos. Esse registro deve ser sempre atualizado para mostrar o progresso
de cada aluno, indicando o número dos estudos que a pessoa já fez.
Bíblias
• Pode ser que algumas pessoas visitadas não tenham sua própria Bíblia; é necessário, portanto,
que se providencie um exemplar das Escrituras para cada aluno.
• Cada pessoa que inicia os estudos bíblicos deve ser matriculada no curso utilizando-se para isso
o formulário de inscrição. Essa é uma excelente maneira de se manter o controle do seu progres-
so nas lições.
Material recomendado:
• Caminho a Cristo
– Para levar as pessoas a caminharem mais intimamente com Deus.
• O Dia Quase Esquecido
– Sobre o sábado bíblico.
• Por que Tantas Denominações?
– Sobre a verdadeira igreja através da História.
83
Nota: Esses livros estão disponíveis no SELS da sua Associação.
O Instrutor
• Faz uma breve oração.
O aluno
• Lê os textos bíblicos e responde às perguntas.
O Instrutor
• Faz a pergunta de decisão no final de cada lição.
O espírito de oração faz toda a diferença. Passar para o estudo em atitude de humildade.
84
Tornar o estudo bíblico o mais simples possível
É importante evitar que o estudo acabe se tornando muito complicado. As lições devem ser utiliza-
das da maneira como estão. As perguntas simplesmente lidas, e então permitir que o aluno leia o texto
bíblico e as responda. Comentários extras devem ser minimizados.
Ser perseverante
A perseverança é muito importante. Deve-se fazer os estudos sempre à mesma hora. Os alunos vão
aguardar por esse momento especial separado para o estudo da Bíblia.
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Sempre perguntar qual é a decisão do aluno no final de cada lição.
Cada lição dá ao aluno a oportunidade de no final fazer a sua decisão. Ao chegarmos ao final de
cada estudo, peçamos por uma decisão.
Depender de Cristo
Não devemos depender do nosso próprio conhecimento e força. Jesus nos diz: “Sem Mim, nada
podeis fazer” (João 15:5).
“Quem principia com pouco conhecimento, e de modo humilde fala o que sabe, ao passo que procura
diligentemente mais sabedoria, achará todo o tesouro celestial aguardando seu pedido. Quanto mais
procurar comunicar luz, mais luz receberá. Quanto mais alguém experimentar explicar a Palavra de
Deus a outros com amor, mais clara ela se tornará para ele. Quanto mais usarmos nosso conhecimento e
exercitarmos nossas faculdades, maior conhecimento e capacidade teremos” (Parábolas de Jesus, p. 354).
86
VALENTES DE DAVI
10 UM PROGRAMA DE
ESTUDOS BÍBLICOS
OUSADO E
ORGANIZADO
J á nos passou pela mente por que muitas igrejas têm pouco interesse em evange-
lismo? Já nos perguntamos: “Há alguma coisa em que nossa igreja pode fazer a
diferença para o avanço do Reino de Deus em nossa comunidade? Como podemos
promover uma real mudança em nossos métodos para alcançar as pessoas?” Muitos
membros preocupados com tal situação têm feito essas perguntas. O próprio Jesus
nos dá algumas respostas.
Quando nosso Senhor chamou Seus discípulos, lhes disse: “Vinde após Mim e Eu
vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19). Os discípulos aprenderam a ser efi-
cientes em levar pessoas a Cristo ao verem Jesus partilhar as verdades eternas com
os perdidos. Ao estarem com Jesus, aprenderam como levar pessoas a Ele. Depois de
estarem com Ele, mesmo por tão pouco tempo, Jesus os enviou em busca de pessoas
para o Seu Reino. Os discípulos aplicaram exatamente o que Jesus lhes havia ensinado.
Ninguém aprende a nadar numa sala de aula. É preciso entrar na água. Da mesma forma, ninguém
aprende a ganhar pessoas para Cristo em classe, mas unicamente indo a campo. Devemos sair pela fé.
O Espírito Santo nos ensinará como fazê-lo da melhor maneira. Quando partilhamos o que conhece-
mos, nós nos desenvolvemos.
Nesta seção, vamos compartilhar estratégias bem simples sobre como levar pessoas a Cristo, mas que
vão revolucionar as igrejas. Nós a denominamos Valentes de Davi. Esse é um programa semanal de estu-
do da Bíblia que tem por objetivo dar maior suporte àqueles que têm interesse em dar estudos bíblicos.
88
Como é realizado o programa Valentes de Davi?
Os membros da igreja fazem a sua escolha para participar de um destes quatro principais ministé-
rios que têm por objetivo levar pessoas a Cristo:
1. Ministério da Oração
2. Ministério da Literatura
3. Ministério da Visitação
Cada ministério tem o seu foco em uma área específica. Os membros que têm dons e interesses
semelhantes podem se unir a um ministério de cada sessão para alcançar as pessoas.
Quando um número significativo de membros se reúne na mesma tarde para orar, visitar, distribuir
literatura ou dar estudos bíblicos, o Espírito Santo reconhece seu comprometimento concedendo-lhes
poder e ânimo em seus esforços para realizar o trabalho.
Examinemos então como cada grupo funciona. Vamos iniciar com o ministério do grupo de oração.
1 – MINISTÉRIO DA ORAÇÃO
Pergunta 1: Que instrução nos dá o Senhor através do clamor de Jó? (Jó 16:21)
Resposta:
Intercessão é rogar a Deus em favor de outra pessoa. O grupo do ministério da oração dedica-se
à oração fervorosa em favor de pessoas específicas. O grupo de oração se reúne para orar quando o
grupo de estudos bíblicos está dando estudos, quando o grupo de visitação está visitando e o grupo de
literatura está distribuindo os cartões de inscrição para os estudos. O grupo de oração ora tanto pela
equipe de visitação como pelos interessados.
89
O profeta Samuel tinha a esperança de que Deus trouxesse um grande reavivamento ao Seu povo.
Ele orou para não pecar contra o Senhor, deixando de orar pelo povo de Israel, tão necessitado espi-
ritualmente. Novamente, em nossos dias, Deus apela para que membros comprometidos da igreja se
unam em intercessão.
Pergunta 3: Que compromisso Samuel fez para com Israel? (1 Samuel 12:23)
Resposta:
Samuel fez o compromisso de buscar a Deus em favor de Israel. Em nosso grupo de oração, oramos
por pessoas que podem não estar orando por si mesmas. Intercedemos pelos perdidos. Buscamos a
Deus, reconhecendo que somente Ele pode transformar os corações e mudar vidas.
“Por que não sentem os crentes preocupação mais profunda, mais fervorosa pelos que estão afas-
tados de Cristo? Por que não se reúnem dois ou três e instam com Deus pela salvação de determi-
nada pessoa, e, em seguida, oram a respeito de outra? Formemos em nossas igrejas grupos para
o serviço. Unam-se vários membros para trabalhar como pescadores de homens” (Testemunhos
Para a Igreja, v. 7, p. 21).
• Estuda a Bíblia (Livro de Atos) – Pode-se também usar o livro de Atos como contexto para
o ministério do grupo de oração. Ler de cinco a dez versículos, fazer um breve comentário,
envolver os membros do grupo na discussão sobre o papel do Espírito Santo e então dedicar
o restante do tempo em oração.
• Ora pelos instrutores bíblicos que atenderão aos pedidos de estudos bíblicos.
• Fala com Deus como a um Amigo, por meio da oração conversacional. (Ver apêndice C,
uma seção dedicada inteiramente à oração conversacional.)
90
Iniciando o ministério da Oração
• Fazer o compromisso de se reunir uma vez por semana durante as reuniões do programa
Valentes de Davi.
• Orar especificamente pelos nomes daqueles que estão sendo visitados pela equipe visitadora.
2 – MINISTÉRIO DA VISITAÇÃO
Os membros encarregados do ministério da visitação devem visitar as pessoas que constam na lista
de interessados do pastor. Essa lista atual de interessados do pastor abrange interessados resultantes
dos programas da mídia, contatos feitos através dos programas de saúde, de reuniões evangelísticas
anteriores, contatos para estudos bíblicos feitos anteriormente, ex-adventistas, ou adventistas inativos
e qualquer outra pessoa mais que o pastor tiver em sua lista de interessados.
“Caso os mestres da Palavra sejam voluntários, o Senhor os porá em íntimas relações com o
povo. Guiá-los-á às casas dos que necessitam e desejam a verdade; e ao se empenharem os servos
de Deus na obra de buscar as ovelhas perdidas, suas faculdades espirituais são despertadas e do-
tadas de nova energia” (Evangelismo, p. 463).
91
assim, o principal objetivo é conseguir que elas se inscrevam no curso de estudos bíblicos
disponíveis. Literatura recomendada:
• Cartões de inscrição para os Estudos Bíblicos e as lições bíblicas do curso.
3 – MINISTÉRIO DA LITERATURA
Há muitos membros da igreja que irão se envolver no ministério da literatura. Essa é uma maneira
de levar a mensagem divina de porta em porta.
A literatura é parte vital do plano de Deus para salvar milhares de pessoas. Em inúmeras ocasiões,
pessoas há que encontraram páginas antigas da literatura jogada no lixo. Leram a mensagem nelas
contida avidamente e Deus as tem usado para transformar sua vida. Uma página da literatura pode
ser lida e relida várias vezes. Pode ser passada de uma pessoa para outra durante anos. Temos, pois, a
responsabilidade de entregar folhetos, brochuras e livros ao povo em todas as partes do mundo.
Atentemos para essa inspiradora declaração de Ellen White no livro Evangelismo:
“O prelo é um poderoso meio para comover a mente e o coração do povo. Os homens deste mundo
lançam mão do prelo, e aproveitam ao máximo toda oportunidade de apresentar ao povo litera-
tura venenosa. Se homens que se acham sob a influência do espírito do mundo e de Satanás são
diligentes na disseminação de livros, folhetos e revistas, de natureza corruptora, devereis ser mais
diligentes em pôr diante do povo leitura de natureza enobrecedora, salvadora. Folhetos, revistas
e livros, conforme exigir o caso, deverão ser distribuídos e circular em todas as cidades e vilas do
país” (Evangelismo, p. 160, 161).
92
Deus instruiu o profeta Habacuque a escrever a visão para que as futuras gerações também fossem
abençoadas. O ministério da literatura amplia a influência da Palavra de Deus e tem potencial para
impactar multidões.
•Dar início ao envio sistemático de correspondências. Iniciar o envio de cartas que irão pro-
mover possíveis contatos para os estudos bíblicos.
Envios regulares para os nomes do arquivo de interessados podem trazer um retorno de 25 por
cento de respostas no período de um ano, se os envios forem feitos com materiais variados.
Traz bons resultados também enviar materiais ao menos uma vez no trimestre a toda a lista
de interessados.
2. Oferecimento de um livro.
3. Convite para assistir a um de nossos programas – que podem ser sobre Cozinha Natural, fei-
ra de saúde, um recital de música, curso como deixar de fumar e outros.
4. Convite para as séries evangelísticas É hora de Viver, Histórias da Profecia, Apocalipse: O Fim
Revelado, Viva com Esperança ou Profecias Para o Tempo do Fim.
Neste manual, estão incluídos quatro modelos de cartas. Esses modelos podem ser adaptados para
atender às necessidades locais.
93
• O coordenador escolhe pelo menos cinco pessoas para fazerem parte do grupo.
• Comprometer-se em assistir ao programa Valentes de Davi uma vez por semana, por
12 semanas, distribuindo ou enviando literatura.
• Organizar o território – adquirir mapas e entregar para cada dupla. Cada dupla pode tra-
balhar na mesma rua ou na mesma área. Montar também um mapa geral em um quadro.
• Sair para distribuir literatura, folhetos, cartões de inscrição nos cursos bíblicos, vender li-
vros e literatura ou fazer pesquisas de porta em porta.
Pergunta 5: Quando Filipe perguntou ao etíope se ele havia entendido o que estava lendo nas Es-
crituras, como o homem respondeu? (Atos 8:31).
Resposta:
94
Deus guiou Filipe providencialmente até onde estava o etíope, assim como fez ao enviar Pedro a
Cornélio. O etíope estava confuso quanto à compreensão das Escrituras. Filipe lhe explicou cuidado-
samente as verdades da Palavra de Deus. Da mesma maneira, o Senhor vai guiar cada instrutor bíblico
àqueles que estão buscando a verdade.
“Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o Céu. De almas anelantes de
luz, de graça, do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do
Reino, esperando somente serem recolhidos” (Atos dos Apóstolos, p. 109).
“Cumpre seguir os métodos do Senhor. Fazendo trabalho de casa em casa, dando instruções
bíblicas às famílias, o obreiro pode obter acesso a muitos que estão buscando a verdade. Abrindo
as Escrituras, fazendo oração, exercendo fé,deve ele ensinar ao povo o caminho do Senhor” (Tes-
temunhos Para a Igreja, v. 7, p. 38).
• Comprometer-se em assistir ao programa Valentes de Davi uma vez por semana, durante
12 semanas, dedicando uma tarde ou algum horário à noite para dar estudos bíblicos.
A chave é acompanhar cada estudo bíblico com alguma série evangelística de colheita.
Reuniões de colheita podem ter uma ampla variedade de formas incluindo: a pregação
evangelística, pregação feita por um pastor ou obreiro voluntário, ou através do uso dos recursos
visuais de multimídia.
95
Mais e mais pessoas estão se envolvendo ativamente na realização de reuniões evangelísticas
hoje utilizando séries em vídeo, como Profecias Para o Tempo do Fim ou O Grande Conflito. Além
disso, milhares de obreiros voluntários estão utilizando os DVDs Mensagens de Paz e Esperança,
com a Narração de Cid Moreira e O Grande Conflito, do Pr. Luís Gonçalves.
Os membros da igreja convidam os interessados em estudos bíblicos para as reuniões evangelísti-
cas, que podem ser realizadas em uma casa, salão de reuniões de um hotel ou em uma igreja.
As reuniões evangelísticas públicas irão reforçar as verdades que os alunos aprenderam durante
os estudos bíblicos que fizeram. As reuniões de colheita irão solidificar os interessados e levá-los à
decisão em favor de Cristo e da verdade.
• As luzes estão todas acesas na igreja na terça-feira à noite. O estacionamento está lota-
do. Os membros da igreja estão se reunindo para uma noite de testemunhos.
• Os grupos de oração estão espalhados pela igreja. As pessoas estão ajoelhadas buscan-
do a Deus. Orações intercessoras fervorosas e sinceras em favor dos perdidos ascen-
dem até o trono de Deus.
• Pais e filhos saem para distribuir literatura nas áreas próximas ao redor da igreja.
Esse pode ser o quadro da sua e da minha igreja. Ela pode ser assim! No Reino de Deus alguém irá
se aproximar de você e dizer: “Muito obrigado por dar-me aquele estudo bíblico. Por sua causa, aleluia!
Eu encontrei Jesus!”
96
LIDANDO COM
11 AS OBJEÇÕES
J esus foi mestre por excelência em responder perguntas. Quando um escriba fez
uma pergunta potencialmente tendenciosa para testá-Lo, com respeito ao maior
mandamento da lei, Jesus lhe deu a clássica resposta descrita em Marcos 12:30-31:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e ao próximo como a ti mesmo.”
O que muitos cristãos não compreendem é isto: Jesus estava citando o Antigo Tes-
tamento. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração” é uma citação direta,
encontrada em Deuteronômio 6:5. Sua resposta: “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” é citada em Levíticos 19:18.
Jesus encheu Sua mente com passagens das Escrituras. Ele estava perfeitamente
familiarizado com a Palavra de Deus. O Salvador ouvia pacientemente as perguntas
feitas pelas pessoas e bondosamente as respondia com base na Palavra de Deus.
Quando estamos dando uma série de estudos bíblicos, as pessoas levantam ques-
tões relacionadas às novas verdades que estão aprendendo. Por vezes, suas objeções
podem ser extremamente fortes. Isso não significa, porém, que não estão interessa-
das. Significa que o Espírito Santo está convencendo-as profundamente e elas estão
confusas. Assim, devemos:
• Lidar com elas bondosamente, de maneira amável e positiva.
Muitas pessoas tomam a decisão de aceitar a verdade e unir-se à igreja com intensa luta.
Sua decisão terá consequências pessoais, econômicas e sociais. Elas necessitam de ajuda para
fazer a decisão correta. Estão constantemente levando em conta as consequências pelas quais poderão
passar se fizerem o que Jesus deseja que elas façam.
Tendo em vista que são elas que deverão fazer uma avaliação pessoal dessas consequências, somente
elas sabem realmente o que as está impedindo. Alguns obstáculos ou barreiras são verdadeiramente
reais. Por essa razão, aqueles que levam pessoas a Cristo devem aceitar as objeções como uma extraor-
dinária oportunidade para ajudar a pessoa a se render completamente a Deus e à verdade.
OBSTÁCULOS OU PROBLEMAS
Se não sabemos o que está detendo a pessoa, impedindo-a de aceitar a Cristo, guardar o sábado,
frequentar a igreja, ser batizada, etc., podemos dar estudos bíblicos continuamente e nunca levar a
pessoa a tomar sua posição e se unir à família de Deus. Primeiramente, precisamos descobrir qual é o
obstáculo e então encontrar uma maneira de ajudar a pessoa a se aproximar de Deus com fé, pois Ele
pode resolver o problema.
Ao fazer perguntas ao aluno, vamos descobrir o que o está impedido de fazer a decisão em favor de
Cristo. Não poderemos ajudar a pessoa a se render totalmente a Jesus se não soubermos o que a está impe-
dindo de fazê-lo. Não podemos ajudar a pessoa a vencer os obstáculos se não soubermos quais são.
Pergunta 1: Que significativa pergunta fez Ananias ao apóstolo Paulo com relação à sua decisão
pelo batismo? (Atos 22:16).
Resposta:
98
Pergunta 2: Que importante pergunta fez o apóstolo Paulo ao rei Agripa? (Atos 26:27 – pri-
meira parte).
Resposta:
“A sagrada responsabilidade de velar e cuidar das pessoas recai sobre o ministro como alguém
que delas deve dar conta. Ele próprio deve se interessar pelas pessoas com quem trabalha, pro-
curando descobrir o que lhes traz perplexidades e perturba, impedindo-as de andar na luz da
verdade” (Review and Herald, 30 de agosto de 1892).
A seguir, estão alguns exemplos práticos de perguntas sobre decisão, que podem ser feitas sobre os temas-chave:
SALVAÇÃO
☐ Você já entregou sua vida a Jesus em alguma outra ocasião?
☐ Gostaria de aceitar agora mesmo a vida eterna que Jesus lhe oferece?
☐ Há alguma coisa que o impeça de fazê-lo?
SÁBADO
☐ É a doutrina do Sábado algo novo para você?
☐ Você tem alguma dúvida sobre o sábado bíblico?
☐ Há alguma coisa que o impeça de guardar o sábado?
BATISMO
☐ Você compreende o que significa o batismo bíblico por imersão?
☐ Você já pensou em ser batizado?
☐ O que poderia impedir você de dar esse passo e se decidir pelo batismo?
Manter-se próximo dos que pertencem aos contatos para receber estudos bíblicos vai ajudá-los quando
passarem por dificuldades ou enfrentarem obstáculos.
99
Pergunta 3: Que afirmações Jesus fez para quebrar o preconceito e conquistar o coração das pessoas
que o seguiam?
O Centurião – Mateus 8:10.
Resposta:
Jesus confirmou a fé do centurião e da mulher cananeia. Ele disse: “... nem mesmo em Israel achei fé
como esta” e “Grande é a tua fé”. Devemos estar sempre próximos às pessoas a quem damos estudos bí-
blicos e reafirmar a sua fé.
“Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem em contato íntimo com aqueles
que mais necessitam de seu auxílio. Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais
delicada, conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando a indagar: ‘Que é a
verdade?’ João 18:38. Cuidadosa e suavemente ele os deveria conduzir e educar, como discípulos
numa escola” (Obreiros Evangélicos, p. 190).
Ao nos aproximarmos das pessoas, ganharemos sua confiança. Sentir-se-ão seguras para expressar
seus sentimentos e falar sobre seus problemas conosco. Devem ser encorajadas a dialogar. Precisa-
mos ouvir o que elas têm a dizer e animá-las a expressar suas opiniões quanto aos temas que estão
sendo discutidos. Mesmos que suas ideias pareçam ilógicas, devemos ouvi-las gentilmente e fazer-lhes
perguntas de forma discreta.
Podemos dizer: “Esse é um pensamento interessante. Tenho certeza de que em nosso estudo esse
tema ficará mais claro.”
Isso nos coloca sob uma luz diferente; não ficamos nós de um lado e a pessoa de outro. Estaremos
pedindo uma resposta a Deus juntos.
Se a pessoa diz que não concorda com algum ponto, podemos dizer: “Estou contente que você expressou
sua opinião. Vamos conversar sobre esse tema sobre o qual você tem dúvidas. Dou graças porque a Bíblia
sempre tem as respostas.”
100
“Muitas vezes, ao procurar apresentar a verdade, despertamos a oposição; mas, se tentarmos
enfrentá-la com argumentos, haveremos unicamente de multiplicá-la, o que não deve acontecer.
Temos que nos apegar à afirmativa. Anjos de Deus nos observam e sabem como impressionar
aqueles cuja oposição nos recusamos a enfrentar” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 147, 148).
É importante estar alerta e esperar pelas objeções por parte do estudante da Bíblia. Não nos deve-
mos surpreender ou nos impressionar com elas. Sempre que apresentamos algo novo ou diferente, as
pessoas têm perguntas a fazer. Vão sempre questionar o que para elas é novo e não foi provado. Seja-
mos pacientes, criando e proporcionando uma atmosfera positiva. Recebamos as perguntas e objeções
de forma gentil e polida.
101
S = SENTIR – “Sr. , eu compreendo como o senhor se sente.”
As pessoas querem ter certeza de que compreendemos seus sentimentos. Elas não querem se sentir
fora de lugar ou estranhas quando se expressam.
☐ Demonstrar à pessoa que entendemos a objeção, repetindo-a com nossas próprias palavras. Por
exemplo: “Eu entendi que o problema que realmente a está impedindo é a oposição de seu esposo.
Ou você está preocupada porque a guarda do sábado poderá fazer com que perca seu emprego?
☐ Obter da pessoa o compromisso de que, caso a objeção seja removida, ela fará a decisão imedia-
tamente.
☐ Encoraje a tomada de decisão. Pedir que a pessoa tome uma decisão quanto ao assunto. Se estiver
hesitante, devemos orar sobre o caso com ela.
102
5. ENFRENTAR AS OBJEÇÕES COM TEXTOS BÍBLICOS
Não é possível conhecer de antemão uma objeção em particular, uma desculpa ou impedimento
que iremos enfrentar para a pessoa tomar sua decisão. Eis algumas sobre a guarda do sábado:
Relacionadas ao trabalho
“Eu vou perder meu emprego.”
Textos bíblicos
Mateus 6:30-33
Salmo 37:3
Isaías 65:13, 14
Isaías 1:19, 20
Textos bíblicos
Mateus 16:26
Marcos 8:35
João 6:27
Isaías 56:2-5
Lucas 12:19, 20
103
Relacionadas ao sábado
Textos bíblicos
Gálatas 1:10
João 15:14
Provérbios 29:25
Filipenses 3:8
Mateus 10:37
João 15:19
Textos bíblicos
Atos 17:30
João 9:41
Ezequiel 18:20
João 21:22
O Espírito Santo nos guiará par darmos as respostas certas às perguntas que nos fizerem. Algumas
vezes, ficaremos maravilhados com as palavras que saem da nossa boca. Daremos as respostas que ja-
mais imaginamos que poderíamos dar. As passagens bíblicas que guardamos em nossa memória, serão
104
trazidas à mente. Verdades que aprendemos ao longo dos anos virão à tona em nossa mente. Deus nos
dará as respostas.
É essencialmente importante manter o coração elevado ao Céu em oração. Peçamos que Deus nos
dê sabedoria ao estudarmos Sua Palavra com as pessoas com quem estudamos a Bíblia. Ele nos dará as
palavras certas que devemos dizer.
“Se o obreiro mantém o coração alçado em oração, Deus o ajudará a dizer a palavra oportuna a
seu tempo” (Obreiros Evangélicos, p. 120).
• Deus nos dará sabedoria. Ele nos dará pessoas que levaremos ao Seu Reino.
• Ganhar pessoas para o Reino de Deus não é nossa tarefa, é dEle. Somos apenas Seus instru-
mentos.
• Permitamos que Deus nos use e ficaremos maravilhados com o que Ele fará.
105
TRABALHANDO
12 PARA ALCANÇAR
DECISÕES
U m jovem evangelista desejava muito aprender sobre como obter êxito em le-
var pessoas à decisão ao lado de Cristo. Ele perguntou ao grande e experien-
te evangelista Robert Boothby como ele conseguia tantas decisões em seu ministério.
O pastor Boothby respondeu: “Você não espera obter decisões toda vez que você
prega, não é?”
“Oh, não”, respondeu o jovem evangelista, “não toda vez, mas espero que aconte-
çam de vez em quando.”
Rápido como um relâmpago, Boothby respondeu: “É exatamente esse o seu pro-
blema, meu jovem. Você deve esperar por decisões todas as vezes que pregar. E então
você vai alcançá-las.
Esse princípio se aplica aos estudos bíblicos da mesma maneira que aos sermões
evangelísticos. Se não esperarmos que as pessoas façam decisões sobre o tema que
estamos apresentando, na maioria das vezes elas não o farão. As maiores decisões na
vida são normalmente tomadas de maneira gradativa. Somos o que somos hoje em
virtude das decisões ou escolhas que fizemos ao longo de nossa vida. Algumas dessas
escolhas foram grandes, outras bem pequenas. A soma dessas decisões determinou
a direção de nossa vida.
As pessoas raramente dão um grande passo aceitando o corpo total das verdades dadas por Deus de
uma só vez. Elas as aceitam em um passo de cada vez. Geralmente são quatro passos que as pessoas
seguem na tomada de decisões.
NÍVEL 1 – INFORMAÇÃO
Todas as decisões inteligentes estão baseadas na informação adequada. Antes de ser tomada uma
decisão relacionada às verdades bíblicas, a pessoa deve ser convencida dessas verdades. Se houver dú-
vidas na mente da pessoa, ela não decidirá.
O nível de informação está onde os fatos são apresentados. Para ser persuadia em qualquer área
da decisão, a pessoa deve estar a par dos fatos. O nível de informação fornece os vários fatos sobre os
quais uma decisão inteligente é feita. Em qualquer área da vida, não se podem tomar decisões corretas,
a menos que a pessoa tenha a informação correta.
Uma pergunta muito importante a fazer é: “A pessoa tem a informação adequada para tomar a
decisão certa?”
Ao darmos estudos bíblicos, devemos apresentar evidências claras e convincentes, com base nas
Escrituras.
“Uma única frase da Escritura é de muito mais valor que dez mil ideias e argumentos humanos”
(Testemunhos Seletos, v. 7, p. 71).
“Sede bastante cuidadosos quanto à maneira por que manuseais a Palavra, pois esta Palavra há
de produzir as decisões do povo. Que corte a Palavra, não as vossas palavras” (Obreiros Evan-
gélicos, p. 300).
108
Pergunta 1: O que Jesus diz que nos liberta para fazermos decisões corretas? (João 8:32).
Resposta:
Conhecer a verdade liberta a pessoa para fazer a melhor decisão possível sobre um determinado
tema. Por isso é tão importante que o estudo bíblico seja claro. O conhecimento da verdade leva ao
segundo nível: convicção.
NÍVEL 2 – CONVICÇÃO
Convicção é um sentimento interior do que Deus deseja. Se a pessoa não segue suas convicções ela
se sente fora de equilíbrio.
A convicção é um passo importante na tomada de decisões. Uma vez que a pessoa tenha informa-
ções adequadas, ela tem também o senso do que é certo e do que deve fazer.
“Quando pessoas que se acham sob convicção não são levadas a decidir-se o mais cedo possível,
há risco de que essa convicção se desvaneça pouco a pouco” (Evangelismo, p. 298).
Pergunta 2: Quando Félix, o oficial romano, estava se convencendo, como respondeu ao apelo de
Paulo? (Atos 24:24, 25).
Resposta:
Félix voltou atrás em suas convicções. Hesitou. Postergou. E nunca mais respondeu aos reclamos
de Cristo.
NÍVEL 3 – DESEJO
Desejo é a vontade de agir. É necessário ter mais que informação ou mesmo convicção para fazer
alguma coisa. A pessoa deve ter também o desejo de agir no que diz respeito à informação.
Os benefícios de fazer o que é certo ou as consequências de fazer o que é errado irão frequente-
mente influenciar as decisões da pessoa. A tendência das pessoas é agir numa determinada situação
em que os benefícios superam as desvantagens.
Jesus sempre motivava as pessoas compartilhando os benefícios ou tomando decisões corretas.
Pergunta 3: Como Jesus respondeu à afirmação de Pedro: “Eis que nós tudo deixamos e Te segui-
mos”? (Marcos 10:29, 30).
Resposta:
109
Troquem ideias sobre o desejo de motivação. Jesus disse: “Pedro, não fique triste pelo que está aban-
donando; você receberá cem vezes mais do que deixou para trás.” As pessoas respondem ao apelo
quando compreendem que o evangelho lhes oferece muito mais do que podem imaginar.
NÍVEL 4 – AÇÃO
O quarto nível ou passo na tomada de decisões é a ação. Quando a pessoa tem a informação adequa-
da, a convicção do que é certo e o desejo de fazê-lo, o próximo passo lógico é a ação.
J. L. Shuler afirma:
“As decisões se originam da interação entre o conhecimento, a convicção e o desejo na mente
da pessoa. Quando o conhecimento e o desejo da pessoa em relação a um determinado objeto
alcançam uma certa intensidade, a mente humana é induzida a uma tomada de decisão. Os ser-
mões, os estudos bíblicos e as conversas pessoais devem fazer parte de uma habilidosa combina-
ção de fatores de desejo e convicção relacionados a determinado assunto.”
Ao finalizar cada estudo, devemos convidar as pessoas a fazerem a sua decisão sobre o tema estu-
dado. Durante o estudo bíblico, o Espírito Santo estará operando em seu coração, convencendo-as da
verdade e implantando nelas o desejo de segui-la.
Muitas vezes, a parte mais difícil na conquista de pessoas para Cristo é ajudá-las a decidirem agir
em relação às verdades que acabaram de estudar. Muitas delas compreendem o que Deus deseja que
façam, mas nunca fazem. Creem nas verdades que aprenderam, mas nunca tomam uma atitude em
relação à mensagem recebida.
Há três fatores que impedem as pessoas de fazerem uma decisão completa ao lado de Cristo. São eles:
FATOR INIBIDOR 1 – As pessoas tendem a hesitar em aceitar algumas verdades porque não
compreendem toda a verdade.
COMO AGIR – Estimular os estudantes da Bíblia a darem os “primeiros passos”. Ajudá-los a to-
marem uma atitude em relação ao que conhecem e Deus lhes dará a compreensão de novas verdades.
Pergunta 4: O que disse Jesus a respeito de seguir a luz que Ele revelou em nossa caminhada cristã?
(João 12:35, 36).
Resposta:
110
Tão logo Deus nos concede luz, Ele nos convida a andar nessa luz. Ao agirmos de acordo com a luz
que Ele nos deu, Ele nos concede mais e mais luz.
FATOR INIBIDOR 2 – As pessoas tendem a adiar as mudanças que as fazem sentir-se descon-
fortáveis. Tendem a procrastinar a tomada de decisões que apelem para uma mudança de vida.
COMO AGIR – Explicar aos estudantes da Bíblia o perigo da demora. Quanto mais esperarmos
para tomar uma decisão que sabemos que deve ser tomada, menos provável será que o faremos.
Pergunta 5: Que desafio apresentou Josué ao povo que lutava para tomar uma importante decisão?
(Josué 24:15).
Resposta:
Os profetas e apóstolos reconheceram a urgência das decisões e animaram o povo a fazerem com-
promissos definidos.
Pergunta 6: Que promessa fez o Senhor para aqueles que tornam o Reino de Deus sua prioridade?
Mateus 6:31, 34.
Resposta:
Ajudar as pessoas a aceitarem e a tomarem sua decisão em relação à verdade que aprenderam é
geralmente a parte mais difícil na conquista de pessoas para Cristo. Muitos que são levados a estu-
dar a Palavra de Deus acreditam nas verdades que lhes são apresentadas, mas nunca tomam qualquer
atitude para que sua vida fique em conformidade com esses ensinos.
O instrutor bíblico deve levar o aluno a tomar uma decisão, de maneira gentil, firme e reverente.
Jamais desista até que a batalha esteja ganha e o aluno esteja seguro ao lado de Cristo.
Ellen White apresenta este importante princípio em uma carta que escreveu em 1890:
“Muitos estão convencidos do pecado, e sentem sua necessidade de um Salvador que perdoa o
pecado; mas estão meramente insatisfeitos com seu procedimento e objetivos, e se não há uma
111
aplicação resoluta da verdade para o seu coração, se não são proferidas palavras no momento
oportuno, convidando-as para a decisão ante o peso da evidência já apresentada, os convictos
prosseguem sem identificar-se com Cristo, passa a oportunidade áurea, e não se entregaram, e
apartam-se mais e mais da verdade, mais distantes de Jesus e nunca fazem sua decisão em prol
do Senhor”(Evangelismo, p. 283).
Quando o trabalho pessoal é feito nos lares e pedimos uma decisão por parte das pessoa, haverá
sempre resultados positivos. A seguinte declaração de Ellen White é uma maravilhosa promessa e foi
feita em referência à obra bíblica ou ao trabalho pessoal realizado.
“Aliada ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra não há
de, não pode, ficar sem frutos” (Evangelismo, p. 459).
A oração é um meio poderoso para apelar pela decisão. Devemos orar para que a pessoa tenha
coragem de fazer a decisão ao lado de Cristo. Podemos pedir às pessoas para orar, se for oportuno
fazê-lo.
“Orem com essas pessoas, conduzindo-as pela fé junto à cruz; elevem-lhes a mente com a mente
de vocês, para que fixem o olhar da fé onde vocês estão olhando, em Jesus, o Portador de pe-
cados. Façam com que elas desviem o olhar de si mesmas, de seus pecados, e se voltem para o
Salvador, e a vitória estará ganha” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 67).
112
Se uma pessoa está lutando para tomar sua decisão quanto a um tema estudado, devemos perguntar
se deseja que oremos com ela sobre suas preocupações.
Podemos perguntar se há algo específico que a está impedindo e que gostaria que apresentássemos
ao Senhor em oração. Anime-a a orar pessoalmente sobre seu problema.
Normalmente, quando as pessoas oram a respeito de alguma coisa, Deus as convence a agir. As fir-
mes decisões espirituais são feitas no contexto da oração.
Podemos ser eficientes ganhadores de pessoas para Cristo. Podemos ver os resultados do que foi
ganho para o Reino de Deus. E Ele fará muito mais do que podemos imaginar, através do nosso fiel
testemunho. Vamos convidar as pessoas a tomarem sua decisão e então observar Deus agir.
113
COLHENDO
13 OS FRUTOS
A colheita estava pronta para a ceifa. Estava bem diante dos seus olhos e eles não a viam. Os sama-
ritanos estavam abertos para receber o evangelho. Novamente, em nossos dias, a seara está madura.
Pergunta 2: Que predição fez o profeta Joel sobre a colheita no tempo do fim? (Joel 3:13, 14).
Resposta:
Deus está preparando, para o tempo do fim, uma colheita de pessoas sinceras por todo o mundo.
Dezenas de milhares de pastores e obreiros voluntários estão cooperando com Deus em Sua obra final.
Agora é o tempo de elevar nossos olhos e contemplar o que Cristo está realizando no mundo.
Este é o tempo para renovarmos nossa percepção e enxergarmos que Deus está fazendo a Sua colheita
final exatamente agora. O Senhor nos diz que podemos receber o Espírito Santo agora mesmo, se tão
somente O buscarmos, pedirmos e acreditarmos.
“A descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilé-
gio da igreja tê-la agora. Buscai-a, orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para
concedê-la” (Evangelismo, p. 701).
Ao testemunharmos ao povo em nossa esfera de influência, quer em casa, no trabalho, na escola ou du-
rante as nossas atividades diárias, Deus abençoará os nossos esforços. Quando planejamos alcançar a nossa
vizinhança, pequenas cidades, vilas e as grandes áreas metropolitanas, Deus abençoará o nosso trabalho.
Ao lançarmos as sementes, Deus nos dará a colheita. Ele abençoará especialmente cada estudo
bíblico que dermos. Temos essa promessa em uma carta escrita por Ellen White em 1901:
“Todos quantos puderem, devem fazer trabalho pessoal. Ao irem eles de casa em casa, explican-
do as Escrituras ao povo de maneira clara e simples, Deus torna a verdade poderosa para salvar.
O Salvador abençoa os que fazem tal obra” (Evangelismo, p. 442).
116
COMO COLHER OS FRUTOS DOS ESTUDOS BÍBLICOS?
1.DECISÕES NO LAR
Outro meio eficaz de obter decisões é os interessados que fazem os estudos assistirem às conferên-
cias evangelísticas públicas.
• Evangelismo ao vivo
As conferências evangelísticas públicas podem ser dirigidas tanto por um evangelista de tempo
integral, como por um pastor-evangelista ou um evangelista voluntário.
Ao visitarmos os alunos que fazem os estudos bíblicos, podemos entregar uma propaganda das
reuniões dizendo algo mais ou menos assim:
“Estamos muito felizes pelo bom relacionamento que tivemos com você nas últimas semanas (ou
meses). Somos agradecidos pela oportunidade que nos deu de estudarmos a Bíblia juntos. Um grande
amigo meu, por nome , está realizando em breve uma série de reuniões, todas com
recursos multimídia, aqui na cidade. Ele irá apresentar gráficos por computador e vai falar sobre temas
como os tempos em que vivemos hoje, a crise pela qual o mundo passa e como verdadeiramente co-
nhecer a Deus. As reuniões contarão com apresentações dos temas proféticos de Daniel e Apocalipse
também. Gostaria muito de tê-lo como meu convidado nessas reuniões. Você acha que poderia assisti-
-la neste final de semana?”
Entregamos o folheto aos alunos e falamos sobre alguns pontos importantes de uma ou duas reuni-
ões. Devemos então inscrevê-los preenchendo o formulário de pré-inscrição.
117
Não devemos finalizar os estudos bíblicos com os alunos nesse ponto. Se eles forem às reuniões
no final de semana de abertura, vão compreender toda a série. A essa altura, poderão estar tão entu-
siasmados que desejarão continuar assistindo às conferências. Se forem somente no final de semana de
abertura, devemos continuar os estudos com eles. Se continuarem a participar, sugerimos que levem
suas lições às reuniões para reestudá-las lá.
Se conseguirmos que os interessados a quem damos estudos bíblicos venham às reuniões, eles
farão grandes avanços. Há algo na dinâmica das conferências públicas que ajuda as pessoas a tomarem
importantes decisões.
118
3. Decidir sobre o número de noites de reuniões por semana
A extensão da campanha evangelística será determinada de acordo com a série escolhida e o núme-
ro de noites necessárias (por semana) para que as reuniões sejam realizadas.
☐ É Hora de Viver - 30 Sessões
☐ Histórias da Profecia - 20 Sessões
☐ Apocalipse: O Fim Revelado - 17 Sessões
☐ Um Novo Tempo Para Você - 10 Sessões
Nota: O evangelista de tempo integral dará suas próprias instruções para as reuniões.
119
As reuniões estão para começar
A casa ou uma pequena sala na igreja torna-se agora um centro evangelístico.
7. Fazendo a colheita
Deus derramará seu Santo Espírito através de vocês. Haverá colheita de frutos.
Em casa, na igreja ou auditório, as pessoas irão aceitar a Cristo, as verdades bíblicas para estes
últimos dias, e estarão salvas em Seu Reino. Haverá pessoas no Céu que lá estarão como resultado
das reuniões de colheita aqui realizadas.
Poderemos ter certeza absoluta do sucesso. A semente da Palavra de Deus será plantada no solo
de centenas e milhares de corações. Essas sementes brotarão para a realização de uma colheita eterna
de pessoas para Cristo. A semente tem o poder de dar vida, de transformar vidas. Vamos plantá-las
no solo das mentes e corações e haverá abundante colheita através do ministério que realizamos. Na
eternidade, olharemos para trás e avaliaremos os resultados.
Pergunta 3: Que visão da obra de Deus na Terra foi dada ao apóstolo João no Apocalipse? (Apo-
calipse 18:1).
Resposta:
Em uma de suas mais magnificentes visões na Bíblia, João viu a Terra iluminada com a glória de
Deus. Ellen White descreve exatamente como essa profecia será cumprida:
“Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de
Deus era obedecida e, em resultado, havia em cada vila e cidade monumentos seus. Sua verdade
era proclamada por todo o mundo. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo
perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo,
e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte à procla-
mação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial” (Evangelismo, p. 699).
Você e eu podemos fazer a nossa parte do cumprimento dessa profecia – podemos ser uma das
fontes de luz de Deus. Cada instrutor bíblico é um ponto de luz.
Seremos agradecidos para sempre, por termos nos envolvido na última e mais vibrante obra – a
obra de levar pessoas a Cristo. Há poder na Palavra de Deus. Devemos estudá-la, partilhá-la com
outros! Ela trará resultados perenes, eternos.
120
Como membros da igreja, nós temos uma tremenda responsabilidade. Essa responsabilidade
pode ser combinada como uma inspiradora promessa, assim resumida na última página do livro
Evangelismo:
121
COMO OBTER
14 ÊXITO NA OBRA
DE DAR ESTUDOS
BÍBLICOS
Q ual é o agricultor que investiria em uma plantação e não esperaria pela co-
lheita? Quer seja um agricultor com centenas de acres em milharais ou um
hortelão que planta nos fundos do seu quintal alguns pés de tomate, espera pela co-
lheita. Fica aguardando o dia de colher o que plantou. O objetivo de plantar não é
apenas ver crescer os campos cultivados, é a colheita da seara.
Da mesma forma que os agricultores aguardam ansiosamente a época da colheita,
aqueles que levam pessoas a Cristo também aguardam pela colheita. Eles anseiam ver
as pessoas por quem oraram e com quem estudaram a Bíblia sendo ganhas para o Reino
de Deus. Eles abraçam a promessa feita pelo Senhor de que “a seu tempo ceifaremos, se
não desfalecermos” (Gálatas 6:9).
Deus promete nos abençoar se formos fiéis. Ele fará brotar as sementes que plan-
tamos e as levará até à colheita. Sua promessa é segura. Podemos nos tornar exitosos
ganhadores de pessoas para Cristo. O Senhor Jesus ilustra os segredos do êxito na
conquista de pessoas em sua própria vida. Nós também podemos experimentar o
mesmo êxito. Há três princípios simples para se obter êxito na obra de dar estudos
bíblicos que devemos colocar em prática. Eles são o ABC do sucesso.
A A – PEDIR
Pergunta 2: Que admirável afirmação fez Jesus a um dos escribas? (Marcos 12:34).
Resposta:
Em cada circunstância, Jesus via cada um como uma pessoa que podia ser alcançada. Ele as
saudava porque estava genuinamente interessado nelas. A confiança que depositava nelas abria-lhes o
coração para o evangelho. Elas se tornavam como Ele as via. Jesus tinha visão.
Visão é a habilidade de ver com os olhos de Deus. As pessoas têm vista, mas poucas têm visão.
Têm olhos, mas apenas algumas realmente veem.
Visão é a habilidade de ver além do que pode ser visto. A visão penetra por todo o momento pre-
sente, vê as possibilidades. A visão olha além dos problemas, vê o potencial.
Jesus viu cada pessoa com quem entrou em contato como alguém que poderia ser alcançado. Ele
via as pessoas não como elas eram, mas refinadas e enobrecidas por Sua graça. Viu estas pessoas não
como quem elas eram, mas em quem podiam se tornar:
• Pedro – Não como um ignorante, que só sabia esbravejar, amaldiçoador, um pescador malchei-
roso, mas como um poderoso pregador.
• Mateus – Não como um conivente, astuto, mentiroso e desonesto cobrador de impostos, mas
como um cuidadoso e detalhista narrador dos evangelhos.
• Maria Madalena – Não como uma mulher imoral, ignorante, de classe baixa e de má reputação,
mas uma terna, compassiva e amorosa testemunha de Seu amor.
• O centurião romano – Não como um grosseiro e endurecido líder da oposição, mas um candi-
dato para o Reino de Deus.
• Nicodemos – Não como um fariseu legalista, polêmico, confiante em suas próprias opiniões,
mas um sincero pesquisador da verdade.
124
Jesus via as pessoas como sendo de grande valor. Como pessoas que poderiam ser alcançadas. Como
pessoas que poderiam ser resgatadas para o Reino de Deus. Ao sentirem que Ele os via dessa maneira,
mudaram o rumo de sua vida para atender às Suas expectativas. Tornaram-se no que Ele acreditava
que poderiam ser.
B – ACREDITAR
B
Pergunta 1: Por que os discípulos foram incapazes de expulsar os demônios do menino? ( Mateus
17:20 (primeira parte).
Resposta:
Pergunta 2: O que Jesus disse ser o ingrediente necessário para vermos as montanhas de dificulda-
des removidas? (Mateus 17:20).
Resposta:
A crença ou fé é a mão que alcança e se agarra ao poder de Deus. A fé tem grande poder, pois nos
une ao Deus Todo-Poderoso. A fé move montanhas porque nos coloca em contato com um Deus que
move montanhas.
Ore...
“Senhor, dá-me a responsabilidade de ir em busca dos
perdidos que estão ao meu redor. Dá-me o desejo de ver
homens e mulheres reconciliados contigo.”
125
Deus não permitirá que o seu trabalho fique sem recompensa.
“Deus não há de permitir que essa preciosa obra em Seu favor fique sem recompensa. Coroará de
êxito todo esforço humilde feito em Seu nome” (Obreiros Evangélicos, p. 192.)
Acreditemos que a graça de Deus é mais forte que qualquer obstáculo que venha a impedir a pessoa
com quem estamos estudando de fazer a sua decisão por Cristo. Creiamos que o poder de Deus é maior
que as correntes que prendem as pessoas ao pecado. Creiamos que as verdades concedidas por Deus
C
são mais fortes que o engano e o erro. Acreditemos e seremos capazes de remover montanhas.
C – APROXIME-SE
Pergunta 3: Que pequena pergunta revela um dos mais poderosos segredos para o êxito em alcan-
çar as pessoas para o Reino de Deus? (João 1:38).
Resposta:
Jesus sempre demonstrava interesse pelas pessoas ao Seu redor. Ele perguntava: “Que buscais?”
Quais são seus anseios? Quais são suas necessidades? Estou interessado em saber quais são.
No decorrer dos seguintes capítulos do evangelho de João, Jesus demonstrou Seu imenso cuidado
pelas pessoas atendendo a muitas de suas necessidades.
– João 2: Jesus atendeu a uma necessidade social. Nas bodas de Caná, o anfitrião avisou que o vi-
nho havia acabado. Jesus transformou seis jarros de pedra com água em um novo e refrescante vinho.
Ele livrou o dono da festa de uma grande dificuldade.
– João 3: Jesus atendeu a uma necessidade espiritual. Nicodemos, um fariseu, pediu para se en-
contrarem na calada da noite. Jesus mostrou exatamente o ele que estava procurando e como consegui-
-lo. Ele lhe disse: “Importa-vos nascer de novo.” Jesus satisfez a mais íntima necessidade de Nicodemos,
que ansiava pela salvação.
– João 4: Jesus atendeu às necessidades emocionais da mulher junto ao poço. Essa mulher já ha-
via tido seis maridos. Jesus lhe ofereceu apoio emocional, tratando-a com bondade.
126
– João 5: Jesus atendeu às necessidades físicas. Esse homem havia estado junto ao tanque de Be-
tesda por 38 anos. Jesus lhe disse: “Queres ser curado?” E então Ele o curou.
– João 6: Jesus atendeu a outra necessidade física – necessidade de alimento físico. Jesus defron-
tou-se com milhares de pessoas famintas no topo do monte. Recebeu cinco pães de cevada e dois pei-
xes de um menino e os multiplicou. O povo comeu e ficou satisfeito.
Jesus é Aquele que pode atender a todas as necessidades humanas. Ele alcançou as pessoas onde elas
estavam, tocou-as direto onde elas mais necessitavam e lhes deu um vislumbre do Seu maravilhoso
amor.
Devemos seguir o exemplo de Jesus se desejarmos obter êxito!
Jesus primeiramente atendia às necessidades das pessoas, e então lhes pedia para segui-Lo. Se dese-
jarmos obter êxito, devemos nos familiarizar com as pessoas a quem damos estudos bíblicos.
“Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e realizações, como de vossa habilidade em che-
gar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-
-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos”
(Obreiros Evangélicos, p. 193).
Vamos revisar
Qual é o ABC do sucesso na obra de dar estudos bíblicos?
Como resultado do amoroso ministério de Jesus, milhares foram batizados quando o Espírito Santo
foi derramado no dia do Pentecoste. As sementes do amor e da verdade, semeadas por Jesus nos cora-
ções, brotaram e cresceram produzindo uma gloriosa colheita.
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Novamente em nossos dias, o Espírito Santo produzirá uma grande colheita. A Terra será iluminada
com a Sua glória. O poder da chuva serôdia do Espírito Santo será derramado. Milhares serão con-
vertidos em um só dia. Toda pessoa sincera que há na face do planeta terá a sua última oportunidade
para aceitar ou rejeitar a salvação que Deus lhe oferece. Todas as sementes que foram semeadas por
milênios brotarão para essa colheita final.
Pensemos nisto: Deus nos escolheu para preparar um mundo que está perecendo para o Seu bre-
ve retorno. Ele nos escolheu para partilhar Seu amor com as pessoas ao nosso redor. Ele nos escolheu
para semear a semente e participar com Ele na colheita final da Terra. Que privilégio! Que honra! E
para culminar: Ele garante que nos concederá êxito completo!
Que alegria será ver uma mãe no Céu aproximar-se de nós com lágrimas correndo pela face e di-
zendo: “Muito obrigado por dar estudos bíblicos ao meu filho. Ele está aqui porque Deus usou você.”
Que felicidade será sentir alguém nos envolvendo em seus braços e dizendo alegremente: “Eu me
lembro daqueles estudos bíblicos cada sexta-feira à noite. Você levou meu pai e minha mãe a Cristo.
Nós estamos aqui como uma família por sua causa.”
Ou então uma mulher que diz: “Estou muito agradecida pelo que você fez por meu marido. Ele era
um homem irado, bêbado e blasfemador até que Jesus o transformou durante os estudos bíblicos que
fez com você.”
Os relatos irão continuar por toda a eternidade. Serão histórias de uma oração respondida feita
por um filho ou filha. Histórias de conversões milagrosas ocorridas através de um simples folheto
distribuído, histórias de vidas transformadas através de um convite feito para assistir a uma reunião
evangelística.
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CONFIRMAR,
15 ENSINAR, CUIDAR
E ACOMPANHAR
Pergunta 1: De acordo com o livro de Atos, por quanto tempo Paulo trabalhou na mesma cidade?
(Atos 18:11).
Resposta:
O apóstolo Paulo estava tão preocupado com o cuidado dos novos conversos que passou um ano e
meio ensinando a eles os princípios da Palavra de Deus em Corinto.
Depois de as pessoas serem instruídas por meio dos estudos bíblicos ou reuniões evangelísticas e serem
batizadas, é essencial que continuem estudando a Palavra de Deus. É muito importante também educá-
-las no estilo de vida cristão adventista do sétimo dia. E é bem provável que alguns dos novos conversos se
sentirão desanimados logo após o batismo.
• Estabelecimento de um programa no lugar dos estudos bíblicos para ensinar os novos conver-
sos a como continuarem crescendo espiritualmente. A compreensão de como manter uma vida
devocional relevante, dando o devido valor ao culto familiar, é essencial ao crescimento espiritual.
• Uma medida de tolerância para com seus erros ao lhes ser dado espaço para crescerem.
• Um programa organizado de visitação a ser colocado em ação logo após o seu batismo.
• Um esforço consciente para integrar os novos conversos nos relacionamentos sociais da igreja.
• Um processo para ensinar os novos conversos a viverem o estilo de vida adventista do sétimo dia.
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Os novos conversos vão se fortalecendo se estiverem ativamente envolvido em partilhar a nova fé re-
centemente por eles descoberta.
Pergunta 2: O que aconteceu com os crentes recém-batizados no livro de Atos? (Atos 2:41, 42).
Resposta:
Depois que os novos crentes foram batizados, eles continuaram firmes na doutrina dos apóstolos. Não
foram batizados e deixados sozinhos. Eles continuaram firmes na fé.
Pergunta 3: Como esses novos crentes se mantiveram na doutrina dos apóstolos? (Atos 2:42, 46, 47).
Resposta:
•Os crentes vendiam seus bens e propriedades – para que nenhum passasse necessidade.
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O batismo é o símbolo do novo nascimento. Não é uma indicação de que o novo converso esteja to-
talmente maduro. É responsabilidade da igreja tomar medidas cuidadosas para ajudar cada membro
a desenvolver um profundo e constante relacionamento com Cristo e um seguro relacionamento com
Sua Igreja.
Pergunta 4: Que preocupação Lucas expressou com relação à própria fé de Teófilo? (Lucas 1:4).
Resposta:
Uma coisa é estar informado a respeito da verdade. Outra é estar certo do que crê. Lucas anelava ver
Teófilo firmado na segurança da verdade.
Pergunta 5: Paulo aconselha os novos crentes a estarem cientes de quê? (Colossenses 2:8; Gálatas 3:1).
Resposta:
Paulo advertiu os novos crentes a tomarem cuidado para que ninguém os enredasse, afastando-os da
verdade em que foram ensinados. A maneira de fazer isso é continuar estudando a Palavra de Deus.
Pergunta 6: Que conselho Jesus deu a Pedro a respeito dos novos crentes? (João 21:15-17).
Resposta:
“Esta era uma obra em que Pedro tinha bem pouca experiência; não podia, porém, estar com-
pleto na vida cristã a menos que aprendesse a alimentar os cordeiros, os que são tenros na fé”
(Evangelismo, p. 346).
☐ Devoção pessoal
☐ Comunhão no lar
☐ Culto corporativo
☐ Envolvimento ativo
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☐ Vida Devocional Pessoal
IDEIAS PRÁTICAS
• Dar a eles o livro devocional do ano; marcar um horário para ler as primeiras páginas com eles
para ajudá-los a iniciar o processo.
• Ensinar como ter uma vida devocional significativa. Ao visitar os novos conversos em seus lares,
ajudar a iniciar suas próprias devoções pessoais com o livro de meditações diárias. Dar o nosso
testemunho sobre como somos abençoados diariamente ao lermos essas meditações.
• Ensiná-los a orar com o modelo de ATOS. Orar com eles. Mostrar a eles como incluir os seguin-
tes aspectos da oração:
“Não é desígnio de Deus que a igreja seja mantida pela vida tirada do pastor. Seus membros
devem ter raiz em si mesmos. [...] Todo aquele que se professa cristão, tem a responsabilidade
de manter-se em harmonia com a orientação da Palavra divina. Deus considera cada pessoa res-
ponsável por seguir, por si mesma, o modelo dado na vida de Cristo, e ter um caráter purificado
e santificado” (Evangelismo, p. 343).
“O interesse despertado deve ser apoiado por trabalho pessoal - visitar, dar estudos bíblicos, en-
sinar a pesquisar as Escrituras, orar com as famílias e pessoas interessadas, buscar aprofundar a
impressão causada no coração e na consciência” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 255).
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PASSO 2: REPETIR A MENSAGEM BÍBLICA UMA SEGUNDA VEZ
Uma das maneiras pela qual os novos conversos podem ser fortalecidos é fazer uma revisão
dos princípios básicos das Escrituras uma segunda vez. Isso vai reforçar a verdade em sua mente.
Ouvir a verdade apenas uma vez não é suficiente. Reestudá-las solidifica as convicções do novo
converso.
Não suponha que somente porque o novo converso finalizou o curso bíblico ou assistiu às reuniões
evangelísticas ele tenha compreendido toda a mensagem. Repeti-la uma segunda vez vai solidificá-la
na mente do novo crente. Firmará a sua fé. Tendo em vista que os novos crentes estão frequentemente
ávidos por partilhar a nova fé que abraçaram, a repetição das grandes verdades bíblicas oferecerá a eles
uma excelente oportunidade para convidar seus amigos.
Ellen White reafirma o princípio da repetição nestas palavras:
“Depois de haverem sido feitos os primeiros esforços em um lugar mediante uma série de confe-
rências, há na verdade maior necessidade de uma segunda série. A verdade é nova e surpreendente,
e o povo necessita de que as mesmas coisas lhes sejam apresentadas pela segunda vez a fim de tornar
os pontos distintos, e fixar as ideias na mente” (Evangelismo, p. 334).
IDEIA PRÁTICA
• Para “fixar a verdade” na mente, recomendamos as lições bíblicas Continue Crescendo.
(Fase 2) do Ciclo de Discipulado da D.S.A.
“E os novos conversos precisam ser instruídos por fiéis instrutores da Palavra de Deus, para que
cresçam no conhecimento e no amor da verdade, e se desenvolvam até à estatura completa de ho-
mens e mulheres em Cristo Jesus” (Evangelismo, p. 337).
Importante: Os pequenos grupos e classes de acompanhamento na igreja para os novos conversos contri-
buem para o crescimento na vida cristã, mas não substituem a vida devocional pessoal.
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PASSO 3: ENSINAR OS NOVOS CONVERSOS SOBRE COMO MANTER UM ME-
LHOR ESTILO DE VIDA
Visto que o discipulado se aplica à vida como um todo, dar continuidade ao ensino sobre os as-
pectos da saúde apresentados na mensagem dada por Deus para estes últimos dias é essencialmente
importante.
Pergunta 7: Que conselho deu o apóstolo Paulo às novas igrejas em Roma? (Romanos 12:1; 1 Co-
ríntios 6:19, 20).
Resposta:
O conselho de Paulo aos novos conversos em Roma foi dirigido à importância de consagrar a men-
te e o corpo a Cristo. O apóstolo, que tão eloquentemente pregou a salvação pela fé, também estava
preocupado com a saúde física dos novos crentes.
“Os pastores negligenciam com frequência esses importantes ramos da obra - a reforma de saú-
de, os dons espirituais, a beneficência sistemática e os grandes ramos da obra missionária” (Evan-
gelismo, p. 343).
A maioria dos novos conversos foi instruída através dos estudos bíblicos e reuniões evangelísticas
sobre os efeitos prejudiciais do fumo, do álcool e das carnes imundas. Muitos gostariam de seguir os
princípios da reforma de saúde, entretanto, podem não saber como mudar seu estilo de vida. Apren-
deram sobre como dizimar e a beneficência sistemática, mas não sabem como incorporá-la ao seu
orçamento. Desejam se envolver em alguma forma de trabalho missionário, partilhar a nova fé que
abraçaram com outros, mas não sabem por onde começar. Estes materiais oferecem aos pastores e aos
membros já firmados na igreja uma grande oportunidade de nutrir espiritualmente os novos conversos.
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IDEIAS PRÁTICAS
•Cozinha Saudável – Dirigir uma Escola de Arte Culinária Para um Estilo de Vida Natural.
(Natural Lifestyle Cooking [A Culinária do Estilo de Vida Natural], de autoria de Mark e Er-
nestine Finley é uma série completa de aulas culinária e nutrição.)
• Estilo de Vida – Realizar uma exposição sobre saúde ou um seminário sobre o viver saudável.
Ensinar aos novos conversos os benefícios das oito leis naturais de saúde. Há outros materiais
disponíveis, como o DVD Saúde com Esperança [Associações da UCB] com 52 temas.
• Obra Missionária – Dirigir aulas de capacitação com o manual Ilumine o Mundo Para Deus.
Mantê-los envolvidos em um programa do ministério de estudos bíblicos Valentes de Davi.
☐ Comunhão no Lar
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IDEIAS PRÁTICAS
• Organizar equipes de visitação para visitar os novos conversos. Estudos sobre o cresci-
mento da igreja indicam que quanto mais amigos a pessoa tem na igreja, menos prova-
velmente ela sairá.
“A obra não deve ser abandonada prematuramente. Vede que todos estejam esclarecidos na ver-
dade, firmados na fé, e interessados em todo ramo da obra, antes de os deixar para ir a outro
campo. E então, como o apóstolo Paulo, visitai-os com frequência para ver como vão” (Evange-
lismo, p. 338).
• Amor e cuidado por esses novos conversos podem ser demonstrados de maneira prática atra-
vés de uma breve visita. Se fizermos com que os novos conversos leiam a Bíblia, de acordo com
os escritos de Ellen White, eles se desenvolverão e se tornarão cristãos firmes e fortes.
“Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito são livros especialmente próprios para os que recente-
mente aceitaram à fé, para que sejam firmados na verdade. [...] Em O Desejado de Todas as Na-
ções, Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e Daniel e Apocalipse, há preciosas instruções. Estes
livros precisam ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito
para os pôr diante do povo” (Evangelismo, p. 366).
Nossa sugestão é que as equipes de visitação sejam organizadas de maneira que oficiais da igreja dos
vários departamentos, como também os membros, entreguem os livros a cada mês. Isso amplia a base.
Depois discutiremos um plano específico para os “guardiães espirituais”.
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• Enviar um comunicado dizendo que eles estão em nossos pensamentos. Entre as visitas men-
sais, o pastor/membros da igreja podem enviar um comunicado para os novos conversos de-
monstrando seu cuidado para com eles.
Se faltarem um dos cultos, podemos enviar-lhes o boletim e uma cópia gravada do sermão. Se con-
tinuarem a faltar às reuniões, não devemos nos esquecer de telefonar para verificar se há algum proble-
ma sério. Quanto mais esperarmos, mais difícil será tê-los de volta.
“Em Cristo, somos todos membros de uma família. Deus é nosso Pai, e espera que nos inte-
ressemos nos membros dessa família, não com um interesse casual, mas decidido e constante”
(Evangelismo, p. 352).
Seu papel principal é ser amigo. Sua função não é se tornar um agente de
polícia espiritual. Ele não é o juiz do que o seu converso faz de errado. É o
mentor do novo converso, que está sendo guiado e protegido por ele. Os
novos conversos necessitam de alguém que cuide deles – para ajudá-los a
crescerem tanto espiritual como física, emocional, mental e socialmente. O
guardião espiritual deve demonstrar seu cuidado ao estar em contato com o
novo converso.
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IDEIAS PRÁTICAS
• ORAR – Orar por eles regularmente.
• CONVIDAR – Convidá-los para um jantar em meses alternados. No mês oposto, eles podem
participar no preparo de um jantar para outras pessoas. Isso os ajudará a aprender a como se
tornar também um guardião espiritual.
• FAZER – Fazer alguma coisa juntos uma vez ao mês para construir laços de amizade mais pro-
fundos.
• REUNIR-SE – Reunir-se para participar com eles do programa Valentes de Davi.
• TESTEMUNHAR – Mantê-los motivados a sair e partilhar sua fé.
“Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e benigno, e é dever dos membros
mais antigos da igreja cogitar meios e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para os
que se retiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor da verdade, separando-se assim
dos cuidados pastorais a que estavam habituados. A igreja tem responsabilidade especial quan-
to a atender essas almas que seguiram os primeiros raios de luz recebidos; e caso os membros
da igreja negligenciem este dever, serão infiéis ao depósito a eles confiado por Deus” (Obreiros
Evangélicos, p. 351).
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PASSO 7: INTEGRAR O NOVO CONVERSO AO MEIO SOCIAL DA IGREJA
Convidar os novos membros para um jantar em casa é uma maneira extraordinária de melhor se
familiarizar socialmente com eles. Isso os fará sentirem-se amados e aceitos.
Pergunta 8: Para manter uma profunda e sólida experiência espiritual, o que Deus nos exorta a
fazer? (Salmo 95:6, 7).
Resposta:
Os novos conversos crescerão em sua experiência espiritual ao irem à Casa de Deus a cada sábado.
Ao assim fazermos, fortalecemo-nos uns aos outros.
Os membros da igreja não devem deixar de se reunir. Devem ir semanalmente ao templo de Deus para
adorá-Lo.
Sim, que maravilhosa experiência os remidos terão de um sábado a outro sábado, ao se reunirem para
adorar a Deus!
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RAZÕES E IMPORTÂNCIA DO CULTO CORPORATIVO
Para louvar e dar graças – Efésios 5:19, 20; Salmo 150; Salmo 67:3
Para encorajar uns aos outros para as boas obras – Hebreus 10:24, 25
“Nosso povo não deve ser levado a pensar que precisam de escutar cada sábado um sermão. Mui-
tos que ouvem frequentes sermões, mesmo que a verdade seja apresentada em linhas claras, não
aprendem senão pouca coisa. Seria muitas vezes mais proveitoso se as reuniões de sábado fossem da
natureza de um estudo bíblico” (Evangelismo, p. 348).
☐ Envolvimento e Testemunho
“A fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo trabalho intenso” (Atos dos Apóstolos, p. 105).
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Pergunta 11: Segundo o livro de Atos, o que os novos conversos fizeram após seu batismo? (Atos 8:4).
Resposta:
Os novos conversos foram envolvidos no trabalho ativo de levar pessoas a Cristo. Eles foram a
todos os lugares pregando a Palavra. Quando vamos a Cristo, o nosso desejo é contar aos outros a res-
peito da Salvação e de Sua Palavra.
“Uni-vos com o Espírito do Deus vivo para apresentar um baluarte em torno de nosso povo e de
nossa juventude, para educá-los e prepará-los. Isto deve ser enfrentado, e devemos levar avante
a verdade de Deus custe o que custar. Compreendemos alguma coisa a esse respeito, mas mui-
tos há que não entendem nada quanto a isso; portanto, devemos conduzi-los, instruí-los com
bondade, brandamente, e caso esteja conosco o Espírito de Deus, saberemos exatamente o que
devemos dizer” (Evangelismo, p. 339).
Por vezes, os novos conversos cometerão erros ao tentarem partilhar sua fé. Podem querer dizer
muito, em muito pouco tempo. Quando os instruímos a contarem primeiro o que Jesus fez por eles,
o seu testemunho irá tocar os corações.
• Para capacitar os novos membros, recomendamos a lição Ministério Para Todos (Fase 3) do
Ciclo de Discipulado da D.S.A. e Fator Amizade
IDEIAS PRÁTICAS
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•Envolvê-los em:
☐ Ministério do Seminário Bíblico do Lar
☐ Ministério de Saúde
☐ Ministério da Criança
☐ Algum outro ministério missionário
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DISCIPULADO
16 QUE TRANSFORMA!
ANO HABITANTES/ADVENTISTAS
1863 373,143/1
1900 21,487/1
1950 3,300/1
1988 882/1
2011 399/1
Dados fornecidos pelo dep. Ministério Pessoal da Associação Geral
Maio de 2012
Como se isso não fosse suficiente, em 1988 erámos pouco mais de 5 milhões de
adventistas no mundo, no entanto, em 2011 já passávamos de 17 milhões. Olhando
por este prisma ficamos impressionados. Fantástico! Não é mesmo?
A questão é que poderíamos estar crescendo mais e melhor! Temos um alto
índice de apostasia (abandono da fé) de membros. Nos últimos 5 anos, ingressaram
para a igreja mundial, por meio do batismo ou profissão de fé, mais de 5 milhões de
pessoas e durante este mesmo período houve uma perda de quase 1 milhão e quatrocentos mil mem-
bros, ou seja, uma apostasia de aproximadamente 28%. (Dados fornecidos pelo dep. Ministério Pessoal
da AG – Maio de 2012).
Em relação à Divisão Sul Americana no último decênio (2001 a 2010), a igreja registrou em seu
sistema por meio do batismo e profissão de fé um acréscimo 2.233.506 membros, porém foi registrada
uma baixa de membros por falecimento, apostasia e desaparecimento de 1.475.083, um resultado per-
centual de queda de 66 %. (Dados fornecidos pela secretaria DSA – Outubro de 2011).*
Algumas perguntas são inevitáveis: o que realmente estamos produzindo como igreja? Estamos
produzindo membros que se desenvolvem? Que relevância temos dado ao discipulado? Onde estão e
como produzir os verdadeiros discípulos?
Se quisermos solucionar estas questões parece que o primeiro passo é enfrentar a realidade dos fa-
tos. Em seu livro “Empresas feitas para vencer”, Jim Collins relata que todas as empresas que deixaram
de ser boas para se tornar excelentes iniciaram o processo enfrentando a dura realidade de sua situação
na época. “Quando você começa com um esforço honesto e diligente para determinar a verdade da
situação, as decisões certas costumam ficar claras” (Jim Collins, Empresas Feitas Para Vencer [Campo],
2006, p. 131). Parece que essa foi também a atitude de Neemias quando encarou a realidade de Jerusa-
lém e propôs a reedificação de seus muros (Neemias 2:17).
Contudo, não basta conhecer sobre nossa realidade, é preciso aceitar a solução que Deus já apresen-
tou em Sua palavra. Ela se chama discipulado! Esse é o modelo deixado por Jesus para que Sua igreja
transforme pessoas e desenvolva líderes (Mt. 28:19 e 20). O discipulado é a chave para transformar
membros em discípulos, novos conversos em crentes maduros, uma igreja de expectadores em uma
igreja de proativos, crentes estéreis em discípulos frutíferos. Sendo assim, o que está envolvido no pro-
cesso de fazer discípulos?
Considerando o relacionamento!
Antes de tudo, é preciso entender que o discipulado é um processo e não um evento ou uma ação
pontual. Como igreja estamos acostumados a ensinar através de programas. Isso pode nos levar a uma
inversão, onde personalizamos as coisas e coisificamos as pessoas. De acordo com a Bíblia, não se pode
* Nota explicativa: os números apresentados em relação a DSA são elevados em função do ajuste de
secretaria e envolvem um período considerável da história da igreja na América do Sul. No entanto, a
despeito do ajuste as perdas estariam dentro da média mundial, justificando assim a preocupação pela
retenção e desenvolvimento dos novos convertidos.
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fazer discípulos fora do contexto relacional. Jesus chamou os doze para que estivessem com ele, porque
suas vidas seriam transformadas mediante o contato pessoal com ele (Mr. 3:13 e 14).
“Os discípulos se fazem e crescem dentro do contexto das relações intencionais e sinceras (Pv.
27:17). Na igreja de hoje, para cumprir com nossa tarefa de fazer discípulos, temos substituído o
trabalho centrado nas pessoas por programas... Não alcançaremos fazer verdadeiros discípulos a
menos que estes recebam uma atenção pessoal” (Gregory J. Ogden. Discipulado que transforma: o
modelo de Jesus [Clie], 2006, p. 52).
Os programas podem contribuir para o desenvolvimento das pessoas desde que o ingrediente cen-
tral do discipulado, que é o relacionamento interpessoal, esteja presente. Precisamos do contexto rela-
cional em que cada discípulo aprenda a ter comunhão com Deus e participe da vida em comunidade.
Estamos falando de uma quebra de paradigma, onde o foco deve ser direcionado do fazer coi-
sas para desenvolver pessoas. Nesse caso, os irmãos de nossas igrejas precisam mudar sua visão de
evangelização, pois a tarefa não termina de maneira pontual no tanque batismal. Ali estamos apenas
cumprindo uma fase do processo. É preciso continuar a caminhada com o novo converso de maneira
personalizada, mas também em grupo, a fim de que novos laços sejam estabelecidos em um ambiente
de uma comunidade menor e autentica.
Não podemos abandonar os bebês espirituais quando eles nascem. Eles não conseguem caminhar
sozinhos. Isso me lembra que cada novo convertido é como um Lázaro depois de sua ressurreição. João
11:44 diz: “Saiu o que estivera morto, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto
num lenço. Disse-lhes Jesus: Desatai-o, e deixai-o ir.” Em outras palavras, os novos membros ainda têm
suas ataduras que os impedem de andar e precisam de ajuda para se desligarem. Cristo já havia feito o
grande milagre da ressurreição, mas ele não desatou o ex-morto, essa era uma tarefa das pessoas. Essa
continua sendo uma tarefa da igreja do século XXI.
O amparo relacional é tão importante que uma pesquisa desenvolvida por Thom S. Rainer apre-
sentou os seguintes resultados: “Os novos crentes que imediatamente se tornam ativos em um grupo
pequeno tem cinco vezes mais possibilidades de ainda estar na igreja cinco anos depois, do que aqueles
que apenas participam assiduamente dos cultos” (Thom S. Rainer. Ideias surpreendentes dos sem igreja,
e os métodos comprovados para alcançá-los [Zodervan] 2001, p. 188).
Deveríamos praticar o princípio do iceberg. A parte maior e mais profunda que nem sempre é
vista por todos deveria ser os relacionamentos e a parte menor e visível deveria ser os programas. Ter
portanto, o amparo individual de um discipulador, pequenos grupos e classes da escola sabatina que
propiciem bons relacionamentos é fundamental para o processo. Desta maneira, o primeiro aspecto a
ser considerado no processo de discipulado é o aspecto relacional. Entretanto, há também, o aspecto
cognitivo (conhecimento).
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Considerando o conhecimento!
Discípulos são feitos, não nascem prontos, ou seja, além do aspecto relacional eles precisam de
conhecimento para atingir sua maturidade. Atualmente apenas cerca de 20% dos membros da igreja
mundial têm alguma herança adventista. O restante são novos. Em 2020, apenas cerca de 12% terá
qualquer "herança” adventista. (J. Kuntaraf. Seminário Discipleship, Maio de 2011, Cevisa, S. Paulo).
Em Mateus 28: 16-20, vemos a indicação dos aspectos do ensino da Grande Comissão usando a
fórmula: Ir – Fazer Discípulos – Ensiná-los. A língua original do Novo Testamento indica que este é
um processo circular. “Confirmar novos conversos na fé deve incluir um programa de educação cristã
na igreja local onde eles podem aprender ‘tudo que Jesus ensinou” (Idem).
De acordo com Rainer e Geiger, em sua pesquisa feita com 405 igrejas norte americanas, compro-
vou-se que 70% das igrejas vibrantes tinham uma classe para conduzir os novos membros à vida da
igreja. Eles afirmaram: “O impacto é incrível. Então não nos surpreende que as igrejas vibrantes usem
as classes de novos membros para conduzirem as pessoas à vida da igreja. No entanto, nos surpreende
que tantas igrejas ainda não ofereçam nenhum tipo de capacitação para os novos membros. Crie uma
classe para novos membros” (Thom S. Rainer e Eric Geiger. Igreja Simples [Palavra], 2011, p. 175).
148
O discipulado desenvolvido pelo Senhor Jesus é um modelo para nós
e poderia ser representado da seguinte maneira:
DISCIPULADO
CORPORATIVO
INDIVIDUAL IGREJA (Jo. 18:20;
(Mt. 17:1; Jo. 21:15)
Mt. 26:55)
EM GRUPO
PGS (Mt. 11:1;
Mr. 10:32)
Os novos conversos receberão esta mesma compreensão e terão uma atenção especial através do
ciclo do discipulado. Uma iniciativa que ajudará o recém convertido a trilhar uma rota de crescimento.
Eles deverão passar por três fases a fim de se tornarem maduros e reprodutivos. Estas não são fazes
estanques, mas ocorrem à medida que o processo se desenvolve. Elas são:
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1. Conversão – ocorre para introduzir as pessoas a Jesus Cristo, levando-as à experiência do novo
nascimento. Isso acontece por meio do evangelismo público e pessoal;
2. Confirmação – nesse estágio os novos conversos são ajudados a desenvolver o caráter e disciplinas
espirituais. São ensinados a crescer em obediência a Deus (educação religiosa);
3. Capacitação – nessa fase os discípulos são enviados para ir e fazer outros discípulos. Descobrem
que têm uma missão e um ministério;
• No aspecto relacional. O discipulador, que é a pessoa que conduz alguém a Cristo, deve conti-
nuar acompanhando o novo discípulo e o conduzir a um Pequeno Grupo. Uma comunidade
de pessoas que se reúne para partilhar a vida cristã e relacionar-se de maneira autêntica. Ali
este novo crente fará novos amigos, será pastoreado e com outros irmãos crescerá na experi-
ênciacristã.
Somente depois que o novo membro passar pelas fases 2 e 3 do ciclo, deverá ser encaminhado para
uma classe regular da Escola Sabatina.
“... se o povo não for ensinado a trabalhar, a dirigir reuniões, a fazer sua parte no trabalho missio-
nário e a alcançar com êxito o povo, a obra será qual um fracasso. Na Escola Sabatina, há também
muito a ser feito no sentido de levar o povo a compreender seu dever e a desempenhar sua parte”
(Ellen White. Conselhos Sobre Escola Sabatina [CPB], p. 184).
Conclusão
Precisamos investir no discipulado porque essa é uma necessidade para garantir o crescimento
sustentável da igreja. Os índices alarmantes de apostasia devem nos inquietar, mas não nos desanimar.
Encarar a realidade dos fatos é urgente para implementar uma mudança. Nosso foco deve estar nas
pessoas e os programas devem apoiar o processo de fazer discípulos.
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Nosso processo de discipulado deve ser transformador e segundo o modelo de Jesus, pautado nas rela-
ções e no conhecimento, a fim de crescermos em comunidade e preservarmos nossa herança e identidade.
Meu sonho é que a igreja regaste o senso de um discipulado transformador, realizando a obra do
Senhor à Sua maneira!
2. Que dois aspectos fundamentais devem ser considerados no processo de fazer discípulos?
151
APÊNDICE A
ARQUIVO DE
INTERESSADOS
• Ex-membros da igreja.
• Assim que começar o programa de visitação, deverá repassar todo o arquivo e classificar os in-
teressados em A, B, ou C.
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Princípios básicos para a classificação dos interessados A, B e C:
Interessados Classe “A”
• Pessoas que frequentam a igreja.
• Pessoas que estão estudando a Bíblia, frequentam a classe bíblica ou que estão se prepa-
rando para o batismo.