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1 Disserte sobre o processamento de flutuação (Vidro Float).

Capaz de produzir vidros de 0,25 a 2,5 cm, o vidro por flutuação produz vidros de alta
qualidade. Depois de obtida a fita de vidro por laminação a mesma é colocada a flutuar em um
banho de metal fundido (contendo estanho no estado líquido). A temperatura na entrada da
câmara de flutuação tem que ser elevada para tornar o vidro mole suficiente para flutuar no
metal fundido, onde é banhada. Ao contato com o metal, a superfície inferior é retificada e a
superior também se torna plana pela ação da gravidade. Essa técnica permite que as
irregularidades sejam eliminadas.

A principal causa de falhas e irregularidades no vidro é a laminação onde os rolos


superior e inferior podem causar distorções.

A opção pelo estanho é devido a três propriedades físicas desse metal: o baixo ponto
de fusão, 231,9 °C; o alto ponto de ebulição, 2 602,0 °C; e a densidade, 7,26 g/cm3 , maior do
que a do vidro, 2,70 g/cm3 , permitindo que a folha de vidro flutue. Há, no entanto, um
entrave: o estanho sofre oxidação em contato com oxigênio, tornando necessário que o banho
de estanho fique enclausurado numa grande estrutura metálica, onde ocorre a injeção dos
gases, nitrogênio (90% v/v) e hidrogênio (10% v/v), formando uma atmosfera inerte e, assim,
impedindo a oxidação do estanho.

2 Comente sobre a importância da Fusão no Processamento do Vidro e os tipos de fornos


utilizados.

A fusão é importante a fim de atingir a viscosidade necessária (ideal) para ir ao processo de


moldagem bem como manter a massa vítrea homogênea.

Os principais tipos de fornos se resumem em 3:

- Fornos cadinhos: com capacidade de 2 a 3 toneladas e utilizados para produção de vidros


especiais ou quando é necessário proteger bem a massa de vidro fundida. São confeccionados
em argila especial e revestidos de platina. É pequeno e possui extremo controle dos materiais
e dos processos. Tem uma produção bem menor porem bem mais especializada.

- Fornos Tanques: Capacidade de abrigar 1400 toneladas de massa de vidro e tratados com
revestimentos refratários. Chamas provenientes de bicos injetores que se alternam dentro do
tanque. O aquecimento pode ser por energia elétrica ou gás (GLP).

- Fornos Regenerativos: São produzidos nas mesmas condições que os fornos-tanque, porém
operam em dois ciclos contínuos com duas câmaras de regeneração onde o ar pré-aquecido
pela queima da combustão anterior é misturado com o gás combustível resultando numa nova
chama mais quente e mais limpa. É uma espécie de evolução do forno tanque.

3 Descreva as etapas do processamento sopro/compressão.

É a segunda etapa da produção de vidro que consiste em dar forma ao vidro. Ele pode
ser modelado à mão ou conformado mecanicamente. A principal característica dessa etapa é o
tempo curto para finalizar o objeto (transformação rápida de liquido viscoso para solido).
O processamento a sopro/compressão é usado desde a antiguidade pelos artesãos era
feito por sopro simples, mas hoje em dia já é feito por maquinas que se utilizam de ar quente
(pressão do ar para criar um oco interno),ele vem logo após a fusão (formação de massa
vítrea). O processo de conformação dura cerca de 5 min e é realizado nas seguintes etapas:

- Etapa 1 – carregamento: Colocação da massa vítrea no cano de ferro ou na máquina de


sopro.

- Etapa 2 – Compressão/prensagem: Criação de um oco (sopro) ou prensamento do material a


fim de criar vidros planos.

- Etapa 3 – Transferência: Transferência do material para máquina de acabamento, manuseio


a fim de dar forma ao material.

- Etapa 4 – Assopro Final: Finalização da peça.

- Etapa 5 – Extração: Extração da peça.

4 Descreva sobre a(s) diferença(s) do Processo Fourcault e Colburn.

Fourcault: Muito utilizado para produção de vidros planos; composto por uma ferramenta
refrataria, rolos de estiramento e serpentinas para arrefecimento (resfriamento). Uma câmara
de estiramento é preenchida pela massa de vidro devidamente fundida. Em seguida o vidro é
puxado do forno, na vertical, mediante uma maquina de estirar com o escoamento do vidro
em forma de fita. A velocidade que o vidro é puxado para cima é a mesma com que flui através
da fenda, e tem sua superfície arrefecida por serpentinas de água adjacentes à superfície.
Ainda na vertical, passa por uma chaminé de recozimento e, ao sair, o vidro é cortado no
tamanho em que se deseja para depois ir para lapidação e corte.

Colburn: Nesse método o estiramento inicia-se na vertical ao forno, porém após percorrer 91-
100 cm o vidro é aquecido e curvado sobre um rolete horizontal, sendo impelido para frente
por barras de pega de uma correia transportadora. A folha move-se sobre uma mesa
retificadora, através do forno de recozimento com roletes motrizes até chegar à mesa de
corte. É o mesmo processo do anterior, porém ele passa por uma região horizontal.

Basicamente a diferença é a orientação das folhas de vidro que se muda de um para o outro
(vertical para horizontal). A ideia de ambos os processos é a mesma sempre seguindo a ideia
básica da fabricação de vidros.

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