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Capaz de produzir vidros de 0,25 a 2,5 cm, o vidro por flutuação produz vidros de alta
qualidade. Depois de obtida a fita de vidro por laminação a mesma é colocada a flutuar em um
banho de metal fundido (contendo estanho no estado líquido). A temperatura na entrada da
câmara de flutuação tem que ser elevada para tornar o vidro mole suficiente para flutuar no
metal fundido, onde é banhada. Ao contato com o metal, a superfície inferior é retificada e a
superior também se torna plana pela ação da gravidade. Essa técnica permite que as
irregularidades sejam eliminadas.
A opção pelo estanho é devido a três propriedades físicas desse metal: o baixo ponto
de fusão, 231,9 °C; o alto ponto de ebulição, 2 602,0 °C; e a densidade, 7,26 g/cm3 , maior do
que a do vidro, 2,70 g/cm3 , permitindo que a folha de vidro flutue. Há, no entanto, um
entrave: o estanho sofre oxidação em contato com oxigênio, tornando necessário que o banho
de estanho fique enclausurado numa grande estrutura metálica, onde ocorre a injeção dos
gases, nitrogênio (90% v/v) e hidrogênio (10% v/v), formando uma atmosfera inerte e, assim,
impedindo a oxidação do estanho.
- Fornos Tanques: Capacidade de abrigar 1400 toneladas de massa de vidro e tratados com
revestimentos refratários. Chamas provenientes de bicos injetores que se alternam dentro do
tanque. O aquecimento pode ser por energia elétrica ou gás (GLP).
- Fornos Regenerativos: São produzidos nas mesmas condições que os fornos-tanque, porém
operam em dois ciclos contínuos com duas câmaras de regeneração onde o ar pré-aquecido
pela queima da combustão anterior é misturado com o gás combustível resultando numa nova
chama mais quente e mais limpa. É uma espécie de evolução do forno tanque.
É a segunda etapa da produção de vidro que consiste em dar forma ao vidro. Ele pode
ser modelado à mão ou conformado mecanicamente. A principal característica dessa etapa é o
tempo curto para finalizar o objeto (transformação rápida de liquido viscoso para solido).
O processamento a sopro/compressão é usado desde a antiguidade pelos artesãos era
feito por sopro simples, mas hoje em dia já é feito por maquinas que se utilizam de ar quente
(pressão do ar para criar um oco interno),ele vem logo após a fusão (formação de massa
vítrea). O processo de conformação dura cerca de 5 min e é realizado nas seguintes etapas:
Fourcault: Muito utilizado para produção de vidros planos; composto por uma ferramenta
refrataria, rolos de estiramento e serpentinas para arrefecimento (resfriamento). Uma câmara
de estiramento é preenchida pela massa de vidro devidamente fundida. Em seguida o vidro é
puxado do forno, na vertical, mediante uma maquina de estirar com o escoamento do vidro
em forma de fita. A velocidade que o vidro é puxado para cima é a mesma com que flui através
da fenda, e tem sua superfície arrefecida por serpentinas de água adjacentes à superfície.
Ainda na vertical, passa por uma chaminé de recozimento e, ao sair, o vidro é cortado no
tamanho em que se deseja para depois ir para lapidação e corte.
Colburn: Nesse método o estiramento inicia-se na vertical ao forno, porém após percorrer 91-
100 cm o vidro é aquecido e curvado sobre um rolete horizontal, sendo impelido para frente
por barras de pega de uma correia transportadora. A folha move-se sobre uma mesa
retificadora, através do forno de recozimento com roletes motrizes até chegar à mesa de
corte. É o mesmo processo do anterior, porém ele passa por uma região horizontal.
Basicamente a diferença é a orientação das folhas de vidro que se muda de um para o outro
(vertical para horizontal). A ideia de ambos os processos é a mesma sempre seguindo a ideia
básica da fabricação de vidros.