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Portanto, o filme conta uma história duma professora que assume uma turma de
alunos problemáticos de uma escola que não esta nem um pouco disposta a investir e
nem acreditar naqueles jovens oriundos de famílias desestruturadas, vítimas de
abandono e descaso. Alunos que na sala de aula, dividem-se naturalmente em grupos
étnicos, os negros só interagem com os negros, os latinos andam com os latinos, os
brancos conversam com os brancos. Nesta classe do primeiro ano colegial, brancos,
negros, hispânicos e asiáticos são obrigados a conviver no mesmo espaço. Na própria
sala de aula, eles criam pequenos guetos, com fronteiras bem estabelecidas.
No inicio da relação entre professora e alunos, não foi muito boa. Pois a professora é
vista como representante do domínio dos brancos. Logo na sua primeira aula, ela
percebe o obstáculo que terá pela frente. São alunos mal dispostos, que ignoram a
sua presença, a desrespeitam, agridem uns aos outros e fazem pouco caso do material
escolar. Mas, a partir do momento em que uma caricatura desenhada por um dos
alunos, com o objectivo de humilhar um dos estudantes negros, vai parar em suas
mãos, ela inicia uma nova trajectória de descobertas e revelações.
A docente fica simultaneamente perplexa e sem reacção diante daquilo que vê. Logo
percebe que aquilo que ela planejava para os alunos não encontra eco na plateia. Os
adolescentes, cada vez mais desinteressados nos estudos, fazem com que a professora
reveja a sua metodologia de ensino.
Além dos obstáculos encontrados em sala de aula, a professora ainda precisa lidar
com o marido pouco compreensivo que a espera em casa e com a directora do
colégio, uma senhora conservadora que se opõe ao trabalho por ela proposto. As
alterações curriculares sugeridas pela professora visavam a aproximação dos alunos.
Preferencialmente, a professora desejava alterar a dinâmica vertical da relação entre
professor e aluno.
Ela convida a cada aluno a escrever um e diário livre. A ideia é registar o quotidiano,
desde as relações travadas com os amigos e com a família até as ideologias pessoais e
as leituras que estão fazendo, fizeram ou gostariam de fazer. Convence os jovens de
que o preconceito transcende todo tipo de barreira e pode atingir pessoas pela cor da
pele, pela origem étnica, pela religião ou até mesmo pela classe social. Leva os
alunos para conhecerem o Museu do Holocausto. Uma curiosidade interessante surge
na cena do filme em que os alunos estão no jantar, no hotel, após a viagem ao museu
do holocausto.
Educação e cultura
Educação e monocultura
Esta educação levava a uma inculturação, pois impunha uma cultura dominante e
desconceituava a diversidade. Os alunos são impelidos a se adaptar a escola, quando
deveria ser a escola a se adaptar a todos os alunos.
Educação multicultural
Educação intercultural