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Farmácia 6°
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
Ji-Paraná, 2019
RANIÉLLY LARISSA SOUZA CONSTÂNCIO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Ji-paraná, 2019
1. INTRODUÇÃO
Dentre os diversos ramos de atuação do farmacêutico, a indústria de
alimentos também é uma oportunidade de mercado, propiciando ao profissional
o exercício de diversificadas atividades, sendo o farmacêutico um dos
profissionais mais bem preparados para assumir essa responsabilidade
técnica.
A atuação do farmacêutico na indústria de alimentos abrange o controle,
pesquisa, desenvolvimento, assuntos regulatórios, marketing, auditoria de
qualidade, produção e análises de alimentos.
De acordo com a Dra. Magali Bermond, com a regulamentação das
atividades do farmacêutico na área do alimento, o CFF atende á necessidade
de uma sociedade cada dia mais exigente com os alimentos que consome e
dos órgãos de vigilância e defesa do consumidor. Atingem ainda, todos os
segmentos da indústria de alimentos (BERMOND, 2010).
O Conselho Federal de Farmácia publicou a Resolução CFF n° 530/10
que dispõe sobre as atribuições e responsabilidade técnica do farmacêutico
nas indústrias de alimentos, regulamentando a atuação deste profissional na
fabricação/produção de: açúcar, melaço e derivados; alimentos de origem
animal e vegetal; bebidas alcoólicas e não alcoólicas; grãos e derivados;
laticínios e/ou derivados do leite; pescados; pães, massas; mel e derivados;
adoçantes; água e água adicionada de sais; alimentos com alegações de
propriedades funcionais ou de saúde; alimentos congelados; alimentos “light” e
alimentos “diet”; alimentos para controle de peso; alimentos para fins especiais;
alimentos irradiados; alimentos para nutrição enteral; alimentos para
praticantes de atividades físicas; alimentos de transição para lactentes e
crianças de primeira infância; alimentos para nutrição animal; balas, caramelos
e similares; biscoitos e bolachas; chocolates, bombons e similares;
condimentos ou temperos; doces; novos alimentos; óleos e gorduras vegetais;
pós para preparo de alimentos; raízes, tubérculos e rizomas; substâncias
bioativas e pro bióticos, isolados com alegação de propriedades funcionais e/ou
de saúde; suplementos dietéticos; suplementos vitamínicos e/ou minerais;
vitaminas; embalagens para produtos alimentícios; e outros produtos
relacionados a Área de Alimentos (SÃO PAULO- CFR, 2016).
2. METODOLOGIA
Estágio de tecnologia de alimentos realizado no laboratório de alimentos
da faculdade panamericana de Ji-Paraná. Aula prática supervisionada pelo
professor Ely juntamente com sua filha, as instruções foram apresentadas de
modo a obter resultados esperados, os métodos utilizados são apresentados
por meio desse relatório.
3. OBJETIVO
O estágio supervisionado I tem como princípio mostrar aos acadêmicos
sobre a diversidade de áreas que um farmacêutico pode atuar, e esse em
específico voltado para a área alimentícia, colocando em prática alguns
processos específicos no âmbito laboratorial, conhecendo as RDCs de
alimentos e visitas técnicas em agroindústrias.
PRESUNTO (17/10/2019)
Para a produção de presunto foi necessário: ½ kg de carne suína moída,
16,8g de sal de kura (1), ½ copo de H2O gelada.
PROCEDIMENTO: Dissolveu-se o sal de Kura na H2O, adicionando na
carne e deixou-se em descanso por 24 horas. Antes de fazer a decocção feita
a +/- 70° a 90°C por uma hora foi feito a moldagem com duas formas e
prensado a carne do presunto para criar forma de quadrado, igual ao presunto
de bandeja e enrolado em papel filme e então colocou-se para a decocção em
banho maria durante uma hora. Anefecer e deixou-se em repouso em geladeira
por 24 horas.
Como o que fizemos ficava pronto só depois de 24 horas, o professor
orientador juntamente de sua filha, trouxeram um presunto pronto para a
degustação dos alunos e podemos perceber que o sabor é maravilhoso
apresentando aspectos mais saudáveis, livre de muitas substâncias químicas
que a fábrica utiliza.
SALAME (17/10/2019)
Para a produção de salame foram necessários os seguintes materiais:
02kg de carne moída de suíno, 67g de sal de Kura, 40 ml de yaculte ou vinho
tinto (160 ml), temperos, e tripa de colágeno. Misturar o sal de Kura e temperos
deixar descansar por 6 horas na geladeira.
O salame passa por três fases distintas: cura química, incubação e
secagem (ou maturação/cura natural). O ideal é que em cada fase haja
temperatura e umidade específicas. O ideal é que o pH do salame fique abaixo
de 4,5 logo após os primeiros dias, ou seja, fique ácido rápido. Desta forma é
reduzido o risco de botulismo.
O processo de cura começa quando é adicionado o sal de cura, e isso
se dá antes mesmo do enchimento na tripa. O ideal é que seja acrescentado o
sal de cura e a carne descanse por 24 horas no refrigerador. Além de curar a
carne (dar sabor e cor), o sal de cura vai prevenir o surgimento de possíveis
organismos nocivos. Após esse período de cura inicial é feito o enchimento da
mistura na tripa. A cura continuará agindo durante os processos seguintes
(incubação e secagem).
No embutimento a massa deve ser bem compactada no tubo da
ensacadora para evitar que fiquem bolhas de ar no interior do salame. As
bolhas de ar facilitam a oxidação da gordura e podem ficar manchas escuras
nessas regiões. Fure com uma agulha as áreas onde houver bolhas. Coloque
bolas de massa no tubo e vá socando para que não fique ar. No embutimento,
encha bem a tripa, com pressão razoável. A incubação é o início da
fermentação do salame. Para que a cultura starter adicionada comece a agir,
deixe o salame descansar por 2 a 3 dias em um local escuro, com temperatura
ideal próxima a 25ºC e umidade relativa do ar perto de 80%. Após o período
de incubação é iniciada a secagem do salame, que tem por objetivo a redução
da umidade do produto. A etapa de secagem “enruga” o salame pois remove
cerca de 40% do peso inicial do produto e geralmente demora de 20 a 60 dias
para atingir um nível bom, mas pode levar até 8 meses dependendo da
espessura e tipo de tripa utilizada. É muito provável que apareça mofo em volta
do salame. Isso é natural e até desejável na geração de sabores. A regra geral
é que o mofo branco e seco é “bom” e o mofo “verde”, “escuro” ou viscoso é
um sinal negativo.
Assim que o salame estiver pronto iremos degustar para ver se
aprovamos o resultado.
6. CONCLUSÃO
O estágio em sua forma geral nos abre a mente e nos permite em ter
uma visão ampla de coisas novas. Contribuiu para a minha formação tanto
profissional quanto pessoal, e me ajudou a adquirir conhecimentos teóricos na
prática desenvolvendo diversas atividades.
Vimos também a importância da tecnologia de alimentos no nosso
âmbito de indústrias, podendo nos proporcionar novos espaços em áreas de
alimento.
7. BIBLIOGRAFIAS