O texto resume três concepções de língua e sujeito apresentadas por Ingedore Koch: 1) Predomínio, onde a língua reflete o pensamento do autor, 2) Assujeitamento, onde o autor é um porta-voz de ideologias, 3) Lugar de interação, onde há um diálogo entre autor, texto e leitor que cria significados. Koch defende esta última concepção, vendo o texto como um evento dialógico.
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Título original
(Resumo) Concepções de língua, sujeito, texto e sentido
O texto resume três concepções de língua e sujeito apresentadas por Ingedore Koch: 1) Predomínio, onde a língua reflete o pensamento do autor, 2) Assujeitamento, onde o autor é um porta-voz de ideologias, 3) Lugar de interação, onde há um diálogo entre autor, texto e leitor que cria significados. Koch defende esta última concepção, vendo o texto como um evento dialógico.
O texto resume três concepções de língua e sujeito apresentadas por Ingedore Koch: 1) Predomínio, onde a língua reflete o pensamento do autor, 2) Assujeitamento, onde o autor é um porta-voz de ideologias, 3) Lugar de interação, onde há um diálogo entre autor, texto e leitor que cria significados. Koch defende esta última concepção, vendo o texto como um evento dialógico.
Disciplina: Estudo do Texto Turma: L Aluna: Gabriela Lima de Oliveira Matrícula: 11711LET203
RESUMO “Concepções de língua, sujeito, texto e sentido”, de Koch
OBRA KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Concepções de língua, sujeito, texto e sentido. In: Desvendando os Segredos do Texto. São Paulo: Cortez, 2002. p. 13-20.
O texto de Ingedore trata, neste primeiro capítulo, da apresentação do que é o
texto, suas diversas formas e conceitos adotados no decorrer do tempo. A autora fragmenta o texto em diversas partes que vão desde a mais básica estrutura do texto: a linguagem, o verbo até o mais profundo do mesmo, que seria o sentido que buscamos incessantemente ao ler algo. Ela aponta e explica diversas definições de texto e sentido das quais se acreditavam antigamente ou se acredita até os dias atuais, refutando algumas ideias até chegar a sua própria concepção de língua, sujeito, texto e sentido. O capítulo começa com uma pequena e simples introdução que se refere ao poder da língua de fazer o leitor imaginar e pensar o que o autor quer. Em seguida, inicia-se uma problematização com a concepção de língua e sujeito, onde um está fortemente ligado ao outro e a mudança do segundo influencia diretamente no resultado do primeiro. Tendo isso explicitado, a autora apresenta três tipos de sujeitos/linguagens, que vão do mais antigo e equivocado pensamento até o que ela considera aceitável para o entendimento do texto. O primeiro conceito apresentado é o de Predomínio, este se resume em acreditar que a criação de um texto está vinculada ao intelecto do autor, onde a escrita se torna automática se a ideia é clara na mente de quem escreve, ou seja, a língua é um reflexo do pensamento. Assim, a quem lê, fica óbvia a intenção do autor, quando este tem um raciocínio claro e correto. O segundo conceito, seria o conceito de assujeitamento que, em algumas interpretações, mostra o autor como um ser sem pensamento próprio, apenas como porta- voz de uma ideologia maior. Mas, pergunta a autora, até onde vai a invisibilidade das ideias do autor, uma vez que a ideologia é algo natural em todo ser humano? Em outras interpretações, no entanto, expõe-se uma relação inicial entre escritor e leitor, onde o primeiro transpões suas ideias em códigos (a escrita; letras) e o segundo, decodifica a mensagem com a leitura. A interação, no entanto, não vai além desta troca de mensagens codificadas, dando a entender que o sentido do texto é algo óbvio, é apenas o que está na mensagem e não nada oculto. Por último, Ingedore traz a linguagem como um lugar de interação onde o leitor não apenas tem a missão de decodificar uma mensagem, mas além disso, ele interpreta a mensagem que o autor quis passar. Criando-se, assim, uma relação entre o autor, o texto e o leitor, desta forma os três entram em harmonia e o texto se torna rico em conhecimento e abrangente em ideais. Após chegar à conclusão que gostaria quanto à relação de língua e sujeito, Ingedore inicia novos questionamentos e análises de conceitos já existentes. Focando então, na concepção de texto e de sentido, deixando claro que estas concepções estão diretamente ligadas às ideias que se tem do tema anterior. Se tratando a língua e sujeito a partir da ideia de predomínio tem-se um texto que representa exatamente o que pensa o autor do mesmo, algo pragmático e lógico em que o leitor encontra o sentido representado explicitamente no que lê, sabendo exatamente o que se passa no psicológico do escritor e não obtendo nenhuma reflexão além do que se encontra no texto. Quando se tem a língua e sujeito no âmbito do assujeitamento a língua é então, tida como um código, um instrumento de comunicação, em que o leitor precisa apenas de domínio do código para entender e se comunicar com o texto, ou o autor do texto. Finalmente, o último, e que mais agrada a autora, conceito de língua e sujeito, é o de lugar de interação, onde ocorre um diálogo entre leitor e escritor, e o instrumento de ambos é o texto, por via dele, e de influências exteriores como contexto histórico e cultura regional, o leitor pode entender não apenas o que está escrito, mas também o que o autor gostaria de escrever, a “mensagem” que este passa. Esta relação de autor, texto e leitor, causa intimidade com o texto lido ou escrito. Por fim, a autora resume os conceitos citados em “modelos de escrita”, explicando com mais simplicidade cada um e quando foram ou são usados, se atendo principalmente ao modelo pragmático, seria este o lugar de interação que ela defende em seu texto. E então, conclui: Trata-se, necessariamente de um evento dialógico (Bakhtin), de interação entre sujeitos sociais – contemporâneos ou não, co-presentes ou não, do mesmo grupo social ou não, mas em diálogo constante. (KOCH, 2002. p. 20)