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SORT 00 DIREITO GV Orr licidade Cte mes ei onaae A imputacdo objetiva na participacdo “RENOVAR Luis Greco Mestre em Direito pela Universidade ce Ludwig Maximilians, de Munique; doutorando na mesma instituig Cumplicidade através de acgées neutras: A imputagao objetiva na participagio FGV-SP_/ BIBLIOTECA ni 4200801251 1251/2008 “RENOVAR_ Alo de Janeiro « S60 Paulo + ReciFe 2004 Todos os direitos reserves & LIVRARIA E EDITORA RENOVAR LTDA. MATRIZ: Run do assembleia 102.421 ~ Cena - RI (CEP: 2001-901 = Tel: (21) 2531-2208 - Fan (21) 2531-2135, LIVRARIA CENTRO: Rua de Assemléia, 10 lou E=Ceneo- Rd (CEP; 20011-90L - Tels. (21) 2831-1316 / 393-1388 - Fane Gl) 2581-1875, LIVRARIA IPANEMA: Rus Visconde de Pina 273 —leju A Ipanema RS ‘CEP. 2410-004 - Tel: (21) 2287-1080 - Fan: (21) 2287 68 FILIAL RU: Rua Antunes Maciel, 177 - Sao Chistvio - RJ “CEP: 2000-010 Tels: Qt) 2589-1863 2580-8596 / 3860-6190 - Pax: (21) 2989-1962 FILIAL SP: Rea Sania Amar, 257-4 Bela Visto SP “CBP 01315-001, Tels (1) 404095) = Pax: (11) 3105-0389. FILIAL PE: Run Gervdsio Pires, S15 - Boo Vista - Recife - PB - CEP souso-0te “Tel ($1) 3223-4988 Fa (81) 3225-11783 ‘woreditorarenevarcom.bt —_renovar @editorarenovar.com.br ‘SAC: Dé00-221883 ©2006 by Livrana Exilora Renova Lida Const Biiteriat Arnaldo Lopes Sussekind — Presicenie Carlos Alberto Menezes Dieta Calo Teeito Luiz Emygaio Fda Rosa J Celso de Albuguergoe Mella Ricardo Perita Lire i Ricardo Labo Toires v1 hess Vicente de Paulo Bareero Resa Tipagrfica: Las Feentido Gucles Capa: 1 Grafccs Exhtoragae Elerinica: YopTexios Edges Gries Lida Ni 0624 CLP-Brasil. Cotslognsdeona-fonte ‘Sindieato Nacional dos Esvores de Livros, D ree, Lake 6886 Complicidace staves de agdes neutras: a impatagso odjetiva na par \icipaplo / Lule Greco. — Rio de Janeiro: Renova, 3004 206p. ; 2tem Inet bibliogratia. ISBN 83-7147-4463 1. Impunagto objtiva — Brasil. 1 Tt cD 336. 16098), Proibide a roprcoqio (Li 9 610798) Impress no Brasil Printed in Broil Para a minha mae O presente estuclo € fruto de uma das aulas do curso que ministrei na Faculdade de Direito du UFRJ, em jancine ¢ fevereiro de 2003, sobre “Questées modernas da teoria de delito”. A tcoria ncle defendida for ualmente formalacy de modo bastante sumério e pouco desenvolvido em minha tese dle ‘mestrado, a respeito do problema dos conhecimentos especiais na imputago objetiva, Apesar de set um dos temas mais intensamente discutidos na douttina juridico-penal desta diltima década — um tema de ‘moda, como diz Amelung (Grinwald-FS, p. 9) ~, » proble mitica das ages neutras ainda no foi objeto’ de maior atencho da deutrina brasileira. As tinicas excegdes de que tenho noticia sio as linhas que the dedica Miguel Reale Je gm sis recenzes Instituigbes de direito penal (p. 322.323) & @ artigo de Flavio Pereira Cardoso (Revista Sintese de dliseito penal ¢ direivo processual penal, 16 [2002], p37 1, Em razio disso, nio seria de todo suspreendente que o Keitor estivesse de alguma forma perplexo, sem saber do que, {xatamente, se falaré neste trabalho. Nosso problema, care leitor, € 0 seguinte: em que medida aces ditss neutras, ste &, agGes cotidianas, praticadus no dia-a-dia ¢ aparentemente inofensivas, como ditigit um taxi, vender um pio, emprestar tuma chave de fenda ao vizinho, podem ser puniveis a titulo de participacio, se facilitarem o cometimento de um crime por um terceiro? © problema desperta interesse por um triplice motivo. Primeiramente, por sua relevancia tedrica. Ele serve nada menos clo que de base para que se transporte a recente teoria da imputagao objetiva, desenvolvida principalmente no cam. po da autoria, também ao tipo objetivo da participagio. Em que medida os principios que limitam o aleance da norma proibitiva em face & conduta do autor também serio vélidos em face & conduta de quem meramente participa? Tratar-se-4 dos mesmos principios? Ou dever-se-6 recorrer a outros, mais ‘ov menos severos? Principalmente tendo em vista o problema das agdes neutras é que tem a doutrina dado contornos mais concretos ao tipo objetivo da participacio por cumplicidade O segundo aspecto que torna o tema interessante & sua relevdncia pratica. Talvez.o leitor, impressionado pelo carster artificial de alguns exemplos classicos neste campo, esteja jf a franzir as sobrancelhas, em sinal de ceticismo. Ocorre que, como veremos, a jurisprudéncia ~ néo s6 alema ~ tem forne,

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