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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA

CÍVEL DA COMARCA DE XXX.

Processo n° XXX

ANA LÚCIA SILVA brasileira, casada, empresária, portador da cédula de identidade RG.
nº XXX e inscrito no CPF sob nº XXX, residente e domiciliada na Rua dos Andrade, nº 509,
Bairro XXX, Macapá-Ap, com endereço eletrônico XXX, por intermédio de seu
procurador, que a esta subscreve, nos termos da procuração anexa, vem perante Vossa
Excelência, nesta Ação de Cobrança que lhe move ANGELITA MAIORAL, também já
devidamente qualificada nos autos, opor

EMBARGOS À EXECUÇÃO

pelos motivos de fato e de direito a seguir deduzidos, conforme abaixo se requer:

I – BREVE SÍNTESE DA INICIAL

Trata-se de ação de cobrança de título extrajudicial proposta pela Requerente, em


desfavor da Requerida, pedindo o pagamento da quantia de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos
reais) referente a nota promissória decorrente da venda de bijuterias realizada no dia 07
de fevereiro de 2021.
Depreende-se que no dia de vencimento da referida nota promissória, qual seja,
07 de março de 2021, a beneficiária da letra, Angelita Maioral, compareceu à presença da
sacadora e emitente Ana Lúcia Silva, para receber o valor da cártula. No entanto, fora dito
pela emitente que não poderia honrar o compromisso assumido em 07 de fevereiro de
2021.
Entretanto, são necessários alguns esclareciemtnos sobre os fatos narrados,
conforme será exposto abaixo:

II- DO MÉRITO

Extrai-se do art. Art. 917 do Código de Processo Civil, que é lícito ao réu alegar nos
embargos o excesso de execução, sendo que este excesso se caracteriza quando o exequente
pleiteia quantia superior à do título, in verbis:

Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá


alegar:[...]

III - excesso de execução ou cumulação indevida de


execuções

§ 2º Há excesso de execução quando:

I - o exequente pleiteia quantia superior à do título;

Da cobrança Indevida – Dívida já paga

Excelência, a Requerida impugna a cobrança da Requerente no que tange a


cobrança integral do valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), uma vez que realizou
o pagamento de 40% do valor, ou seja, R$ 720,00 (setecentos e vinte reais), conforme
anexo desta petição.

Assim, evidencia-se o excesso de execução, visto que o exequente pleiteia quantia


superior ao valor real do título, que ao não ser reconhcido enseja o enriquecimento ilícito
do autor, bem como prejuízos irreparáveis ao patrimônio da embargante.
Sendo assim, pleiteia-se a impugnação do valor da presente causa, para que seja
reconhecido o adimplimento do valor de R$ 720,00(setecentos e vinte reais) do montante
de 1.800,00 (mil e oitocentos reais), conforme comprovante em anexo, reconhecendo o
débito no valor de R$ 1.080,00 (mil e oitenta reais).
Diante das razões expostas, o Requerente deverá ser condenado a pagar a
Requerida o valor de R$ 720,00 (setecentos e vinte reais) os quais deverão ser pagos em
dobro, devidamente corrigido, acrescidos de correção monetária com base no INPC e juros
de 1% ao mês. Para tanto, o artigo 940, do Código Civil, assim dispõe:

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no


todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou
pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar o
devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado
e, no segundo caso, o equivalente do que dele exigir, salvo se
houver prescrição.

Da Litigância de Má Fé
Assim, resta comprovada a MÁ-FE da Requerente, uma vez que restou claro sua
busca por vantagem fácil, alterando a verdade dos fatos com ânimo doloso. Como
consequência de tal conduta, por pleitear verba da qual sabe não ser merecedor,
utilizando-se do processo parra objeter objetivo ilegal, deve receber punição.
Assim, deve ser a requerente condenada nos termos do art. 81 do CPC, in verbis:

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o


litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a
um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da
causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta
sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas
as despesas que efetuou.

Tendo em vista ser inaceitável que se permita a utilização de argumento falaciosos


ou inverídicos com a pretensão de obter enriquecimento ilícito.
Da audiência de conciliação
Nos termos do art. 319, inciso VII, do CPC, a parte ré manifesta expressamente
que tem interesse na realização de audiência de conciliação.

DOS PEDIDOS

Dessa forma, com base nas provas colhidas, sob a égide da lei, da jurisprudência
e da doutrina, a requerida pleiteia pela improcedência dos pedidos, na forma acima
exposta, pelos seus próprios e sábios fundamentos.

Requer que seja reconhecido o adimplimento do valor de R$ 720,00(setecentos e


vinte reais) do montante de 1.800,00 (mil e oitocentos reais), conforme comprovante em
anexo, reconhecendo o débito no valor de R$ 1.080,00 (mil e oitenta reais), impugnando-
se assim o valor da presente causa.

Requer que seja acolhida a presente reconvenção com total procedência,


condenando a requerente no valor de R$ 1.440,00(mil quatrocentos e quarenta reais), nos
termos do art. 940 do C.C. Destaco que deste valor deverá ser abativo o débito exequendo
no valor de R$1.080,00 (mil e oitenta reais), restanto o valor de R$ 360,00 (trezentos e
sessenta reais) a ser pago pela requerente.

Requer a condenação do requerente ao pagamento de multa por litigância de má


fé nos termos do art. 81 do CPC.

Requer a concessão da gratuidade de justiça, tendo em vista que a Requerida não


tem condições de arcar com os valores das custas processuais e honorários sucumbenciais,
sem prejuízo de seu sustento e de sua família.

Requer nos termos do art. 385, o depoimento pessoal do reconvindo.

Seja o Requerente/Reconvindo condenado em custas processuais e honorários


advocatícios.
Protesta provar o alegado, por meio de todas as provas em direito admitidas, em
especial documental, contábil e testemunhal.

Termos em que, pede e espera deferimento.


Local, Data.

ADVOGADO OAB

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