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GESTÃO EM SAÚDE
Operações, Tecnologias
e Inovações em Saúde
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INFORMAÇÕES E CONTATOS
Centro Universitário São Camilo
Núcleo de Educação a Distância
(EaD)
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Equipe
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Andrea Masunari
Coordenadora Pedagógica de EaD
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Sumário
Conversa inicial..................................................................................................7
Unidade 1
Unidade 2
Considerações finais.........................................................................................34
Referências......................................................................................................35
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Objetivo Geral
Unidade 1 e Unidade 2
• Apresentar a importância da visão sistêmica nos processos operacionais
e logísticos, além de algumas inovações tecnológicas essenciais ao
atendimento dos clientes e na estratégia competitiva das organizações
que atuam no setor da Saúde.
Objetivos Específicos
Unidade 1
• Abordar a cadeia operacional e logística;
• Identificar e analisar os principais conceitos de SCM - Supply Chain
Management, bem como as funções tradicionais de Administração de
Materiais nas organizações de saúde.
Unidade 2
• Apresentar as principais funções responsáveis pela SCM da saúde;
• Abordar a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) da Saúde;
• Exemplos e casos de inovações na saúde.
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SCM - Supply Chain Management
(Gestão da Cadeia de
Suprimentos)
Módulo
6 C
Conversa inicial...
Olá,
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1. O que é SCM – Supply Chain Management (Gestão da
Cadeia de Suprimentos)
Caro aluno (a), você imagina como um produto ou serviço chega até você?
Podemos dizer que uma gama muito grande de processos, equipamentos e
pessoas estão envolvidos para que isso aconteça. Todos esses elementos se
transformam em unidades produtivas interligadas para suprir um cliente final
de um produto ou serviço. Uma cadeia ou rede de suprimentos é composta
pela infraestrutura de várias unidades produtivas e que determinaram a
sua configuração, capacidade, localização, canais de distribuição, tecnologia
aplicada e o fluxo dos produtos e serviços. Em grandes corporações, há
inúmeras unidades produtivas que alimentam a principal operação.
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Essas ações, provenientes das unidades produtivas da cadeia de suprimentos,
movimentam os negócios, que é onde passa o dinheiro e fica o serviço
concretizado ou o produto fornecido. Além de cada unidade produtiva satisfazer
o seu cliente de imediato, o propósito da cadeia de suprimentos é assegurar
que todas as unidades produtivas, juntas, devem satisfazer o cliente final.
Importante
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Saiba Mais
Uma questão fundamental para a Gestão da Cadeia de Suprimentos
e determinante para qualquer OPERAÇÃO de uma organização é a
satisfação do cliente final. Para tanto, é preciso saber de uma unidade
produtiva qual o nível de sua contribuição na rapidez, flexibilidade,
confiabilidade e qualidade total de seu serviço ou produto.
Curiosidade
Relato de Experiência
O Hospital Universitário de Graz, na Áustria, implementou códigos de
barra nos equipamentos e instalou a tecnologia de rádio frequência
(RFID) em todas as áreas. Esse projeto trouxe uma redução na
realização do inventário anual dos seus equipamentos de catorze para
dois dias, a eficiência é tão grande que o inventário pode ser realizado
mensalmente, se necessário. O resultado é a redução de custo, melhor
gestão dos equipamentos e manutenção em período de tempo menor.
Fonte: PIRES, 2013.
Verbete
Logística é um conjunto complexo de processos administrativos,
dentre eles o planejamento, a organização, a execução e o controle,
responsáveis pelo fluxo e a armazenagem de produtos, serviços e
informações desde um ponto de origem, até um ponto de consumo.
Fonte: NOVAES, 2007.
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Veja, a seguir, a importância de se planejar um estoque:
Quem não gosta de ter algo que deseja à disposição? Isso é maravilhoso,
mas, é claro, não é tão simples e sempre tem um custo envolvido para essa
disponibilidade. Quanto mais disponível, maior é a onerosidade. É por isso
que não temos duas ou três geladeiras em funcionamento em nossas casas. O
planejamento e o controle de estoque são controversos nas organizações, pois
eles são custosos e apresentam riscos, podem tornar-se obsoletos, deteriorar,
ser roubado, incendiar, ter prazo de validade vencido, e, além disso, precisa
de ser manuseado e ocupa espaço. Contudo, os estoques proporcionam
atendimento imediato e certa segurança em negócios complexos e ambientes
incertos, funcionam como uma garantia para algum evento inesperado.
Para você, o que é estoque? Vamos pensar um pouco! Quando nos referimos
a um material, equipamento ou produto, é fácil responder o que é estoque,
porém, também utilizamos serviços e informações, nesse sentido, pensar
em estoque, quando se trata de serviços, é um pouco mais complexo. Um
Hospital tem, além dos estoques de medicamentos e materiais, estoque de
equipamentos, consultórios, informações, salas cirúrgicas e até profissionais
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especializados para realizar os procedimentos necessários. Esses profissionais
são conhecidos como termo de estoque, ou seja, são obtidos quando um
cliente faz uma solicitação.
Para melhor atender esse fluxo, os estoques são classificados em quatro tipos:
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2. De ciclo – necessário quando a operação não é capaz de fornecer
simultaneamente todos os produtos que produz para uma única
demanda, tem como objetivo reduzir o custo unitário do produto.
Como exemplo, podemos citar a padaria de um supermercado que
produz lotes de pães e bolachas para ficarem à disposição do cliente
na área de venda. Observe que, para alguns tipos de pães, às vezes,
há filas de espera para a compra de um produto mais fresco.
Compras
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material de escritório, produtos de alimentação, peças e óleo para
equipamentos etc. A função de compras é apresentada na figura 1, abaixo.
Fonte: Autor.
Distribuição
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do cliente final. Há algumas formas de realizar a distribuição física de um
produto.
Materiais
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MRP - Material Requirement Planning - gerencia a demanda e determina o
que, quanto e como comprar.
Vamos lá!
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SCM - (Supply Chain
Management) hospitalar
Módulo
17 C
2. O SCM (Supply Chain Management) hospitalar
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Um hospital com um bom modelo de SCM faz uso de processos e
equipamentos de código de barra, RFID, armários com controle de acesso,
movimentação de medicamentos e materiais que equipam os estoques
centrais, as áreas de atendimento (clínicas, centro cirúrgicos etc), além
de os sistemas de gestão que controlam e monitoram movimentações de
antibióticos, seringas, luvas etc.
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2.2. Compra Hospitalar
A SCM do setor hospitalar é muito diversa e complexa, uma vez que abrange
várias funções e possui muita responsabilidade, contudo, as principais
dimensões da cadeia de suprimentos de um hospital são:
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- Capacidade e regularidade do fornecedor
- Produto (custo/benefício, confiabilidade, durabilidade,
Qualidade funcionalidade, adequado à especificação)
• Classificação ABC
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• A - Item de grande volume financeiro e pequeno estoque;
• Classificação XYZ
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2.3. Estoque
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Essa cadeia é complexa, pois envolve vários tipos de itens, profissionais de
diferentes classes, vários estoques, urgência em atendimentos etc. Isso, sem
mencionar a alimentação do paciente e dos profissionais do hospital, as
dietas preparadas pela nutrição e cozinha do hospital, material administrativo
necessário para o funcionamento do hospital, material, equipamento de
limpeza e higiene e, finalmente, as órteses e próteses.
2.4. Dispensação
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estoques) nas unidades de atendimento e, por fim, a dispensação.
Saiba Mais
Para maior entendimento da SCM hospitalar, sugiro um estudo bem
aprofundado dos seguintes elementos: Administração de Materiais
- Fluxo de materiais, desde o recebimento, fabricação e estoque;
Distribuição - atividades de venda e transferência de produtos/
serviços; Logística Integrada - administração do fluxo total da fonte ao
cliente final.
Importante
A gestão da cadeia logística hospitalar é importante, pois há pouco
dinheiro disponível e uma crescente necessidade de atendimento,
o que torna a gestão de custos estratégica. O custo total da gestão
de estoque hospitalar pode representar de 38% a 50% do custo
operacional total de um hospital.
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Curiosidade
Relato de Experiência
A pesquisa realizada por KATO (2012), a respeito das práticas da
gestão das cadeias de suprimentos em hospitais de São Paulo, indica
as ações referentes as parcerias estratégicas com fornecedores e os
relacionamentos com os clientes utilizadas pelos hospitais, tendo
em vista que as adoções desses relacionamentos influenciam no
desempenho operacional. Outras práticas hospitalares em uso são:
padronização, classificação ABCXYZ, gestão da qualidade e entrega
dos itens, valorização da gestão da cadeia de suprimentos, adoção de
ferramentas de TI e compartilhamento de informações.
Fonte: KATO, 2012.
Verbete
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3. Tecnologia e inovação na saúde
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clínico, assistencial, modelos de negócios, tipos de estrutura organizacional e
formas de trabalho. São exemplos de inovação na área da saúde:
• Materiais e medicamentos;
• Próteses e órteses;
• Vacinas;
• Caixas cirúrgicas;
• Genoma;
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Um dos temas mais interessantes e polêmicos do momento é a
telemedicina. Ela pode englobar consultas, consultorias, segunda opinião,
diagnóstico, cirurgia, monitoramento e educação. Tudo feito a distância
envolvendo tecnologia da informação. Em um país geograficamente
TELEMEDICINA
disperso como o Brasil, muitos municípios são obrigados a deslocar seus
pacientes para simples consultas ou acompanhamentos que poderiam
ser feitos a distância, reduzindo o sofrimento do paciente, o tempo
perdido nesses deslocamentos e os custos.
• Siemens Healththineers
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Trata-se de um sistema de gerenciamento de dados, denominado de
CentraLink e que permite aos laboratórios entregarem os resultados
de exames mais precisos e em menor tempo. Isso é possível através
da automação de fluxo de processos, acesso às informações integradas
de equipamentos e sistemas de gestão da saúde. A Alliar Médicos,
seguindo esse modelo, implantou uma sala de comando remoto para
equipamentos de ressonância magnética, agora, é possível realizar
o setup dos equipamentos a distância para exames, seguindo as
especificações médicas e perfil do paciente. Além do equipamento
de ressonância, a sala possui vários hardwares, câmeras, sistemas de
comunicação, sensores etc. Nesse modelo, profissionais especializados
podem auxiliar ou realizar os exames de qualquer localidade do Brasil.
Fonte: ESTADÃO, 2016.
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propõe a adoção do Saúde 4.0, conjunto de 25 propostas para inovar
e alavancar o segmento de dispositivos médicos, tem como principal
objetivo reduzir a lacuna entre usuários e a indústria através de uma
cadeia de suprimentos ativa que compreende as demandas do usuário
final e decide onde e como um item será produzido. Com o Saúde 4.0 é
possível também estabelecer parcerias colaborativas que compartilha
planejamento, produção e distribuição, tendo como consequência
processos eficazes, estoques adequados e indisponibilidade de produtos.
A ideia é que a cadeia de suprimentos mude o conceito de custo para o
valor. Um exemplo citado pela ABIIS é a parceria com a USP num projeto
para otimizar os processos de importação e exportação da ANVISA,
através de troca de informações entre laboratórios e governo e a
rastreabilidade de medicamentos para evitar que itens vencem sem ser
utilizados. Fonte: ESTADÃO, 2016.
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Dartmouth-Hitchcock Medical Center (DHMC) em New Hampshire – EUA,
seu negócio é composto por hospitais, escola de medicina, e mais de
600 clínicas. O DHMC vinha crescendo rapidamente e tinha problema na
distribuição de suprimentos médicos. As enfermeiras dispendiam muito
tempo na ordenação e manipulação de pedidos, com baixa dedicação
ao paciente. Predominava também um descontrole dos estoques. Esse
cenário foi modificado com a adoção de um sistema de gestão de
estoque com tecnologia wi-fi integradas aos demais sistemas e inovação
nos processos da cadeia de suprimentos. Fonte: Wireless inventory
management system at Dartmouth-Hitchcock Medical Center.
A Intuitive Surgical dos EUA criou o robô Da Vinci para operação cirúrgica
a distância. A primeira operação foi em soldados feridos na guerra do
Golfo. O robô Da Vinci é composto por uma mesa de cirurgia, quatro
braços flexíveis de movimentos precisos e articulados (360 graus)
com câmara que emite imagens em 3D e manipulação de pinças e
instrumentos cirúrgicos. Há uma outra unidade parecida com um
simulador de voo, onde os médicos, através de joysticks realizam os
movimentos da operação e equipamentos computacionais (hardware)
onde residem os softwares e os sistemas de comunicação. Numa
cirurgia com o Da Vinci, o paciente reduz em média em 65% o tempo de
permanência na UTI e 65% o de hospital. A gestão da inovação no Albert
Einstein decidiu adotar o Da Vinci por volta de 2007, criou um plano
para a utilização do robô, treinou uma equipe médica e hoje colhe os
excelentes resultados, atualmente possui aproximadamente 30 doutores
que operaram com o Da Vinci. Fonte: MILITELLO.
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• Equipamentos computadorizados
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Considerações finais
Até a próxima!
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Referências
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eficaz-de-custos-e-processos>. Acesso em: 11 out. 2016.
MV. Rede São Camilo garante mais segurança para a área assistencial.
Disponível em: <http://www.mv.com.br/pt/cases/rede-sao-camilogarante-
mais-seguranca-para-a-area-assistencial>. Acesso em 12 out. 2016.
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