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Índice

Abuso sexual.....................................................................................................................................3

Causas do abuso sexual.....................................................................................................................4

Factores de risco do abuso sexual......................................................................................................6

Medidas Preventivas do abuso sexual................................................................................................8

Conclusão........................................................................................................................................10

Bibliografia......................................................................................................................................11
Introdução

No presente trabalho falaremos a cerca do abuso sexual, realçar que abuso sexual, trata-se de
uma situação em que uma criança ou adolescente é invadido em sua sexualidade e usado para
gratificação sexual de um adulto ou mesmo de um adolescente mais velho. Pode incluir desde
carícias, manipulação dos genitais, mama ou ânus, voyeurismo, exibicionismo ou até o ato
sexual com ou sem penetração. Sem esquecer que muitas vezes o agressor pode ser um
membro da própria família ou pessoa com quem a criança convive, ou ainda alguém que
frequenta o círculo familiar.

O trabalho está estruturado de seguinte maneira

 Introdução
 Desenvolvimento
 Conclusão
 Bibliografia
Abuso sexual

O abuso sexual infanto-juvenil refere-se ao envolvimento de uma criança ou adolescente em


actividade sexual inapropriada com um adulto ou com uma pessoa em estágio de
desenvolvimento superior ao da vítima. Esta pessoa busca a gratificação sexual na criança ou
no adolescente, o que pode ocorrer sem contato sexual (voyeurismo, exibicionismo), com
contato sexual sem penetração (toques, carícias e masturbação) ou com penetração sexual
(vaginal, anal e oral) (Ministério da Saúde, 2002). O abuso sexual pode acontecer tanto no
contexto intrafamiliar (quando cometido por pessoas afetivamente próximas, que se
configuram como figuras de cuidado à criança ou ao adolescente) quanto no contexto
extrafamiliar (quando é cometido por pessoas desconhecidas, incluindo as situações de
estupro) (Estudos têm apontado que o abuso sexual ocorre comumente dentro do contexto
familiar.

Abuso sexual, trata-se de uma situação em que uma criança ou adolescente é invadido em sua
sexualidade e usado para gratificação sexual de um adulto ou mesmo de um adolescente mais
velho. Pode incluir desde carícias, manipulação dos genitais, mama ou ânus, voyeurismo,
exibicionismo ou até o ato sexual com ou sem penetração.

O abuso sexual deturpa as relações sócioafectivas e culturais entre adultos e crianças ou


adolescentes ao transformá-las em relações genitalizadas, erotizadas, comerciais, violentas e
criminosas.

Entre os principais perpetradores está a figura do padrasto, do pai, do tio e do avô Neste caso
o abuso sexual caracteriza-se como um evento incestuoso, uma vez que ocorre no âmbito
familiar e é cometido por pessoas afectivamente próximas da criança ou do adolescente.

Alguns estudos apontam a presença de variáveis de risco dentro da dinâmica familiar nos
casos de abuso sexual. A família é o primeiro contexto de desenvolvimento do sujeito,
denominado, na perspectiva da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de
microssistema, em que o adolescente estabelece relações próximas e recíprocas e cada
membro do grupo familiar desempenha diferentes papéis. Bronfenbrenner (1996) aponta que
o potencial desenvolvimental do microssistema está associado à presença de sentimentos
positivos mútuos e a trocas com os demais contextos.
Causas

A violência sexual contra crianças e adolescentes apresenta causas múltiplas e complexas.


Ela está relacionada com questões sociais, econômicas e culturais e deve ser analisada com
cuidado e critério levando em conta as diferentes variáveis para o abuso e a exploração
sexual. Além das causas diversas, existem também contextos em que o problema se insere
que podem agravá-lo ou dificultar o seu enfrentamento.

 Um problema, várias causas

A violência sexual assusta e está coberta por um manto de tabu e silêncio. Ao mesmo tempo
em que é difícil falar do assunto, não se pode atribuir uma causa especifica.
É comum escutar que a causa é a pobreza, que isso “acontece no Nordeste” ou que é “culpa
do pedófilo”.
Identificar as diversas origens deste problema é fundamental para poder enfrentá-lo. Os
factores indutores da violência sexual precisam ser combinados com grupos sociais e
culturais, momentos históricos e características económicas.
Isolado, um factor como a pobreza não deve ser considerado indutor da violência.

Pesquisas apontam que factores económicos são aspectos propiciadores e facilitadores da


violência sexual, mas não são determinantes.

Já a exploração sexual pressupõe uma relação de mercantilização em que o sexo é fruto de


uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes – podendo até ser um prato de comida.
Muitas vezes o agressor acredita estar ajudando a criança e o adolescente.

 Contextos em que a causa se insere

Quando falamos de políticas públicas, é importante observar a sua fragilidade e como isso
impacta directamente na persistência de alguns casos de violência sexual.

Aperfeiçoar o Sistema de Garantia de Direitos é fundamental para o atendimento e atenção


adequados não só para crianças e adolescentes, como para suas famílias e para os agressores.
Os agressores podem ser portadores de algum distúrbio que os leva a praticar a violência
sexual. A ausência de políticas públicas orientadas para esse público também são factores de
risco que incidem em casos de violência.

A falta de informação também é um ponto crítico. Desde como abordar temas relativos à
sexualidade até sobre os organismos que podemos contar e como e onde notificar.

Esse último ponto contribui para a subnotificação dos casos que não nos permite ter um
cenário real do problema no país.

Outro factor que contribui para subnotificação é a dependência dos companheiros no


orçamento familiar – o que pode explicar em muitos casos a falta de notificação quando o pai
ou padrasto são os autores da agressão.

Por outro lado, crianças e adolescentes das classes média e alta são geralmente atendidos por
médicos, psicólogos ou psiquiatras particulares, fazendo com que a notificação não chegue ao
Sistema de Garantia de Direitos, aumentando as subnotificações.

A dificuldade em se ter um cenário apurado influencia na existência de políticas públicas e


projectos para este problema específico.

 Factores culturais

Os factores culturais também têm um peso importante quando falamos de abuso e violência
sexual contra crianças e adolescentes.

E neste universo entra a questão de género, os rituais sobre iniciação sexual, tradições de
grupos específicos, um forte apelo ao consumo, erotização infantil, entre outras coisas. A
mulher ainda é vista como objecto. E muitas propagandas, como as de cerveja, reforçam esse
estigma.

Apesar de haver um maior número de casos de homens abusadores do que de mulheres, e da


maioria das vítimas ser do sexo feminino, não é incomum acontecerem violações contra
meninos praticadas tanto por homens quanto por mulheres. Esses casos, porém, são menos
denunciados, pois causa constrangimento, e os dados da realidade acabam sendo mascarados.

“O menino fica com vergonha de falar, pois ele é treinado para ser ‘macho’”, conclui Itamar.
A ausência de políticas públicas ou projectos para atender meninos também dificulta a
notificação e encaminhamento desses casos.

Enfrentar a violência sexual é olhar todos esses factores e contextos com cuidado para não
estigmatizar grupos, cenários ou causas. Também temos que considerar o fato de famílias
menos favorecidas terem menor condição de acompanhar e orientar seus filhos por
trabalharem fora e não terem uma rede de apoio.
Por outro lado, a insuficiência ou falta de políticas públicas na várias esferas não apoiam e
nem garantem um atendimento integrado, contínuo e de qualidade a essas famílias.

Factores de risco

Factores de risco podem ser entendidos como condições na vida de um sujeito ou variáveis
que oportunizam respostas negativas ou não desejáveis. Ou seja, é quando uma criança está
sujeita a várias condições negativas, nas mais diversas áreas; causando em si resultados que
não fazem bem para o seu desenvolvimento.

 Negligencia como um factor de risco

A negligência é um dos maus tratos infantis que se caracteriza pela falta de atenção, ausência,
descaso, omissão ou ate mesmo falta de carinho para com o infante por parte de seus
cuidadores. A organização mundial da saúde (OMS) considera este termo como ausência da
família em oferecer o desenvolvimento de uma criança ou de um adolescente, nas seguintes
áreas: saúde, educação, nutrição, abrigo, emocional e segurança física (OMS, 2006)

Quatro são os tipos de negligência: emocional, física, médica e educacional

Negligência emocional: é a falta de interesse ou atenção as necessidades emocionais por


parte dos pais ou adultos cuidadores. Seus indicadores são: transtorno do desenvolvimento
emocional e psicológico, transtornos no crescimento físico; pais ou adultos cuidadores que
zelam de forma exagerada de suas crianças ou adolescentes; pais ou adultos que não cuidam
dos filhos porque tem problemas de saúde mental ou são viciados; pais ou adultos que
cuidam de crianças ou adolescentes, mas não os protegem quando outro adulto maltrata a
criança. Tais actos são cometidos por rejeição, terrorismo, isolamento, exploração e falta de
socialização. A rejeição são actos verbais e não verbais que negam as necssidades básicas
uma criança; terrorismo é o comportamento do cuidador de ameaçar a ferir fisicamente,
matar, abandonar o lar; isolamentos são actos do cuidador que constantemente negam a
oportunidade da criança de interagir como o ambiente externo; exploração ou corrupção
consiste na permissão ou mando do cuidador a práticas anti-sociais (vender drogas por
exemplo) e por último, a falta de socialização que é impedir a criança de manter contacto
com outras crianças ou adultos.
A negligência educacional: ocorre quando os cuidadores de uma criança ou adolescente não
oferecem o acompanhamento básico junto à instituição de ensino como, por exemplo,
acompanhar o desenvolvimento da criança, supervisão do empenho académico e os
relacionamentos da criança dentro da escola.

Negligência médica: trata-se de quando o pai ou adulto não procura atendimento que garanta
a saúde física e mental da criança ou do adolescente. Os indicadores são: a falta de vacinação,
atendimento medico, odontológico e ortopédico, quando estão disponíveis; infecções
agravadas pela falta de cuidados; doenças crónicas que não são tratadas de forma regular por
escasso do cuidador; despreocupação em casos de doenças que incapacitam a criança ou
adolescentes e não procurar atendimento depois do episódio de abuso.

Negligência física: caracteriza-se por falta de protecção às crianças ou adolescentes contra


perigos físicos e a não satisfação de suas necessidades básicas de modalidades básicas de
moradia, alimentação e vestuários.

Constatamos como principais tutores de risco no âmbito:

Social: moradias inadequadas, desemprego, trabalho informal e instável, negligência dos pais
com relação à situação escolar dos filhos e os cuidados com a saúde, exploração do trabalho
infantil e exploração sexual das filhas:

Familiar: fragilidade dos vínculos familiares, abandono dos filhos entregando-os aos
familiares, ausência de papéis familiares definidos, convívio com o abusador. Passividade
materna, retratação da criança/adolescente vitimizada, uso abusivo de álcool pelo abusador,
uso de violência física e psicológica por parte dos genitores, famílias reconstituídas.
Transtornos psicológicos por parte dos genitores, histórico de abuso-vitimizaçâo vivida pela
mãe durante a infância e adolescência, conflitos familiares constantes, disfunção no
relacionamento sexual dos genitores, não adesão da família aos atendimentos e
encaminhamentos institucionais, mudança de endereço da família.
Medidas Preventivas

A prevenção pode ser aplicada com crianças, professores e agressores a partir de programas
direccionados para cada um desses públicos podendo ser realizado em escolas ou centros de
saúde, assim como a mídia pode contribuir com campanhas e propagandas sobre a temática
do abuso sexual infantil.

Primeiro porque ainda é algo que acontece frequentemente em muitos lares, segundo por que
ele pode ter consequências danosas as vitimas

Proteger o seu filho contra essas violências: converse com a criança sobre as partes íntimas
do corpo As crianças precisam saber nomear correctamente as partes do corpo e identificar o
que é íntimo, para assim, poderem relatar aos pais quando algo fora do comum acontecer.

Ensine ao seu filho o nome correcto de todas as partes do corpo e explique sobre as partes
íntimas, ensinando que ninguém poderá tocar nessas regiões e nem vê-las, apenas os pais
quando forem dar banho ou trocar de roupa.

Explique sobre os limites do corpo, ensine a criança a não permitir que ninguém toque as
suas partes íntimas, ou ainda, que ela não toque nas partes intimas de nenhuma pessoa, seja
ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis artimanhas usadas pelos
abusadores, como trocar carícias por doces, apresentar algo muito bonito ao seu gosto (ex.
cachorrinho) e assim por diante. Incentive a criança a conversar com você (pais) é preciso
que o seu filho se sinta seguro para lhe contar qualquer coisa, inclusive uma situação de
abuso. Muitas vezes os abusadores pedem as crianças para manterem o ocorrido em segredo,
seja, seja ameaçando-a ou de maneiras lúdicas. Se o seu filho for ensinado que segredos não
são coisas boas e que ele sempre poderá (e devera) contar a você tudo o que acontece, será
mais fácil de identificar uma situação de abuso. Lembre-se que essa relação de confiança é
muito importante e, por isso a criança NUNCA devera ser punida, criticada ou castigada por
contar qualquer coisa sobre o seu corpo.

Saiba com quem seu filho anda e o que ele esta fazendo muitos dos casos de abuso infantil
acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um
membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho esta fazendo mesmo na
sua ausência. Se for preciso deixa-lo por horas com um adulto ou um adolescente
responsável, tenha meios de vigia-los por um tempo para saber como é esta relação. O melhor
é sempre preferir situações nas quais seu filho integre-se a um grupo, por isso dificulta a
acção de abusadores. Porem, tente saber sobre as pessoas que cuidarão de crianças mesmo
nesses casos. Por ex, se os pais forem a inscrever seu filho em um acampamento, saiba quem
são os monitores e qual preparo eles possuem para prevenir e reagir contra um possível
abuso.

Analise a reacção da criança muito importante: sempre analise a reacção da criança. Se


ela demonstrará não ter afeição por alguém próximo, que ela teoricamente deveria
desenvolver afecto, tente entender o motivo. Identifique os possíveis sinais físicos de um
abuso sexual, é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como:
irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva,
introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, urina na cama e
presença de comportamentos regressivos (por ex., voltar a chupar o dedo)

Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não –
natural para a sua idade, física e mental. Se notar algum desses sinais, tome cuidado com a
sua reacção, porque ela poderá fazer com que a vítima se sinta ainda mais culpada. O
importante é oferecer apoio a criança, escutado o que ela tem a dizer e não duvidando da sua
palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o
ocorrido e lidar com o facto.

Busque medidas legais para afastar o abusador. Romper o silêncio é uma forma activa de
lidar com o problema e impedir que ele continue acontecendo. O abuso sexual pode ser
combatido pela sociedade apesar que seja um assunto intimo, o abuso sexual deve ser
combatido pela sociedade.
Conclusão
Após a elaboração do nosso trabalho o grupo conclui que , Entre outras variáveis presentes no
contexto familiar encontram-se a permanência longa da criança sozinha com o agressor, a
falta de comunicação, o segredo, a inversão de papéis, a sobreposição de tipos de violência no
contexto familiar e famílias isoladas, as quais se encontram distantes dos serviços de rede de
apoio e nas quais há um maior segredo
Bibliografia

LIDCHI, 2010

HART, BRASSARD, DAVIDSON, RIVELIS, DIAZ e BINGGELI, 2011

GERMENES, BERNARDO, PEREIRA e MARQUES, 2006

Habigzang, Ramos & Koller, 2011

Borges & Dell’Aglio, 2008; Serafim, Saffi, Achá & Barros, 2011
Habigzang et al., 2011; Serafim et al., 2011.
Santos, Pelisoli, & Dell’Aglio, 2012

Bronfenbrenner, 1996

childhood@childhood.org.br

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