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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas

Bruno Oliveira Paulino

Felipe Corrêa Gomes

Fernanda Almeida de Freitas

Gabriel Alves Moura

Raíssa Lucena Maron

EXPERIMENTO VII – LABORATÓRIO DE QUÍMICA:

Síntese do alúmen de potássio, KAl(SO4 )2 . 12H2 O

Turma: P06

Docente: Adriana Artiaga Pfeifer

Disciplina: Laboratório de Química

Uberaba – MG

Jun/2021
1. INTRODUÇÃO

O alúmen de potássio é um sulfato duplo de alumínio e potássio com várias


propriedades e que pode ser utilizado para diferentes fins. Esta substância pode ser
extraída da alunita, um tipo de mineral que age possui propriedades antibacterianas,
antisséptica, cicatrizante e devido essas qualidades este mineral é muito utilizado no
ramo de produtos de beleza e saúde.

Pedra hume é outro nome associado ao alúmen de potássio, seu nome


popular, assim, pode-se dizer. Com relação ao composto, estas são algumas ações
em que pode ser utilizado: reduzir a transpiração, curar aftas, diminuir espinhas,
purificação de água, curtimento de couro, entre outras. No que diz respeito à utilização
do alúmen de potássio como produto para saúde e/ou beleza é necessário ter atenção
para o uso em excesso que pode acarretar problemas para a saúde.

Todavia, mesmo com todos os benefícios que alúmen de potássio pode


oferecer, ele também traz pontos negativos, principalmente pelo método que o alúmen
é obtido, sendo este, a mineração. A mineração, de fato, está associada com os
impactos ambientais, como a contaminação dos solos, poluição sonora e poluição das
águas.

O alúmen de potássio também pode ser obtido a partir de outras fontes


além da alunita, como no processo de reciclagem de latas de alumínio. No processo
de reciclagem o consumo de energia é menor do que para fazer o produto primário e,
assim, a obtenção de alúmen de potássio por esse método causa menos danos ao
meio ambiente.

Por fim, no decorrer deste relatório, pode ser visto a síntese do alúmen de
potássio, tais como algumas de suas propriedades.
2. OBJETIVOS

Esse experimento tem como objetivo a realização da síntese de um sal


duplo. Tem-se também o propósito de efetuar filtrações por gravidade e a vácuo de
uma mistura sólido-líquido. Além disso, visa-se determinar o rendimento percentual
da reação.

3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos
- Argola para filtração - Suporte universal
- Balança analítica - Tela de amianto
- Bastão de vidro - Tripé
- Béquer de 50 mL - Tubos de ensaio
- Béquer de 250 mL - Água destilada
- Bico de Bunsen - Solução de Ácido sulfúrico (6 mol/L)
- Espátula - Hidróxido de potássio (3 mol/L)
- Funil de Buchner - Gelo
- Papel de alumínio - Bomba de vácuo
- Papel de filtro - Kitassato

3.2. Procedimento Experimental

3.2.1. Síntese do alúmem de potássio


Primeiramente, tomou-se uma folha de alumínio. Esta, foi cortada em vários
pedaços e pesou-se 0,5 g da mesma. Os papéis de alumínio picotados foram
colocados em um Béquer de 250 mL e junto a isso, lenta e cuidadosamente, com o
auxílio de um bastão de vidro, adicionou-se 15 mL de solução 3,0 mol/L de Hidróxido
de potássio (KOH). Feito isso, a solução foi filtrada e deixada para esfriar até a
temperatura ambiente.

Quando a solução atingiu a temperatura ambiente, foi adicionado a ela,


com o auxílio de um bastão de vidro e sob agitação contínua, 10 mL de solução 6
mol/L de ácido sulfúrico (H2 SO4 ). Neste ponto houve a precipitação de hidróxido de
alumínio, Al(OH)3 . Em seguida, a solução foi aquecida lentamente até o ponto onde o
precipitado reagiu e, retirou-se a solução do aquecimento. A solução foi deixada para
esfriar até que chegasse novamente na temperatura ambiente, onde houve a aparição
dos cristais do alúmem de potássio.

Por fim, a mistura foi colocada em um banho de gelo para que fosse
observado a formação de mais cristais. Filtrou-se a vácuo os cristais obtidos, usando
um papel de filtro previamente pesado, os quais foram lavados com etanol gelado. A
lavagem dos cristais com etanol provocou a precipitação de mais cristais na solução
filtrada.

3.2.2. Caracterização do produto obtido

i) Teste para o íon potássio

Com a ponta do fio de níquel-cromo foi retirada uma pequena quantidade


de alumém de potássio sólido e levada a zona redutora da chama do bico de Bunsen.
Observe a cor da chama e anote. Em seguida, o fio de níquel-cromo com água foi
lavado. Preparou-se uma solução, com aproximadamente 0,5 g de alumém de
potássio dissolvido em 20 mL de água e foi transferido 1 mL dessa solução para dois
tubos de ensaio.

ii) Teste para o íon alumínio, 𝐴𝑙 3+ (aq).

Ao segundo tubo de ensaio, contendo a solução de alúmem, colocou-se,


gota a gota, solução 0,1 mol/L de hidróxido de sódio e foi observado a formação de
um precipitado. Continuou-se a adição de base até que todo o precipitado se
dissolvesse. Anotou-se todas as transformações ocorridas desde a adição da primeira
gota de base.

iii) Teste para o íon sulfato, 𝑆𝑂42− (aq).

Ao terceiro tubo de ensaio, contendo a solução de alúmem, adicionou-se,


gota a gota, solução 0,1 mol/L de cloreto de bário e as transformações ocorridas foram
anotadas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O potencial de redução do alumínio metálico é de -1,66 (V). Como o
potencial de oxidação é o oposto ao potencial de redução, afirmamos que o
potencial de oxidação do alumínio metálico é de + 1,66 (V), conclui-se tem uma
certa facilidade em oxidar na maioria das vezes.
O processo de estoque da solução concentrada de hidróxido de
potássio não é possível pois o alumínio reage com a solução de hidróxido de
potássio e libera hidrogênio, gás inflamável.
Para equacionar as reações para a síntese do KAl(𝑆𝑂4 )2. 12H2 O:
Reação entre a folha de alumínio e a solução do hidróxido de potássio:

2Al(s) + 2KOH(aq) + 6H2 O(l) → 2K[Al(OH)4 ](s) + 3H2 (g)

Reação entre a solução quando resfriada e ácido sulfúrico:

K[Al(OH)4 ](s) + 2H2 SO4 (aq) + 9H2 O(l) → KAl(SO4 )2 . 12H2 O(s) + H2 (g)

5. CONCLUSÃO
A despeito do experimento, foi possível compreender os fenômenos de
dissolução do alúmen de potássio em íons potássio, íon alumínio e íon sulfato.
Além do fato do experimento ter sido feito com satisfatório resultado, foi possível
encontrar o potencial do alumínio metálico com - 1,66V. Assim, sua oxidação foi
1,66V, o que confirma que essa substância oxida com facilidade.
Já o hidróxido de potássio, teve maior dificuldade de oxidação, pois
como já mencionado, se liga ao alumínio liberando hidrogênio, um gás
extremamente inflamável.
Ademais, foi possível equacionar as reações e compreendê-las acerca
do experimento abordado, podendo assim, entender os fenômenos de
equacionamento de reações químicas triviais envolvendo o alumínio, elemento tão
utilizado na indústria e no comércio humano.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ENTENDA o que é e para que serve o alúmen de potássio. eCycle, 2021. Disponível
em:< https://www.ecycle.com.br/alumen-de-potassio/ >. Acesso em: 13 de jun. de
2021.

PFEIFER, A. A. et al. Práticas de laboratório de química. Uberaba: [s.n.], 2021.


Apostila elaborada pelos professores Adriene Artiaga Pfeifer, Ana Claudia Granato
Malpass, Benecildo Amauri Riguetto, Geoffroy Roger Pointer Malpass, Priscila Pereira
Silva, Tatiana Cristina Mac Leod Furtado – Universidade Federal do Triângulo Mineiro
– Curso de Engenharia Química.

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