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INTRODUÇÃO – 10 minutos:
Com os alunos sentados nas carteiras, chame o aluno que estiver sentado na
primeira carteira da primeira fila para perto de você. Explique para a turma que você vai
cantar um trecho musical somente para aquele aluno. Na sequência aquele aluno
deverá cantar o mesmo trecho para o colega de trás (ou do lado), sem que os demais da
turma ouçam, e sucessivamente, até passar por todos os alunos da sala. (Lembram da
clássica brincadeira de “telefone sem fio”? Então! É um “telefone sem fio musical”!)
Sugestão de melodia:
Você poderá criar uma melodia própria, que não seja tão óbvia como uma escala em
graus conjuntos, e nem tão complicada que o aluno não consiga reproduzir quase nada.
É difícil que o trecho seja preservado na íntegra. Em geral alguma nota acaba se
perdendo, o ritmo fica impreciso, etc. O último aluno deverá cantar o trecho para você
novamente. Você então cantará o trecho que ouviu do aluno para toda a turma e em
seguida cantar o trecho original. É importante que o trecho original esteja escrito ou
gravado, para que não se perca diante das variações possíveis que aparecerão.
Caso o trecho seja reproduzido fielmente igual ao original (nunca aconteceu nas minhas
aulas!), ressalte a fragilidade do meio de transmissão, e que qualquer variação na
passagem de um aluno para outro poderia gerar um trecho diferente do original.
Partindo da constatação da diferença entre o trecho inicial e o final, explique a
necessidade de um sistema de notação que preserve com exatidão o que foi composto,
uma vez que a tradição oral não “dá conta” de preservar a música exatamente como foi
composta. Reforce para os alunos a dificuldade na tentativa de preservar oralmente
uma melodia simples e curtinha, e isso se mostra quase impossível na execução de peças
maiores, com diversos instrumentos, peças sinfônicas, etc. Esse é o maior objetivo da
linguagem musical: preservar a música através dos tempos.
Você também pode ilustrar esta parte da aula pedindo aos alunos que cantem
uma melodia folclórica conhecida da sua região. Pergunte se alguém conhece a melodia
(ou letra) de modo diferente, exemplificando essas diferenças que acontecem quando
a preservação da música é transmitida oralmente.
O ponto vale a metade da figura que pontua (ou seja, se uma mínima com valor
de 2 tempos é pontuada, o ponto vale 1 tempo ficando a figura pontuada com o
valor de 3 tempos), no entanto, se houver um segundo ponto, ele vale a metade
do valor do primeiro ponto e não da figura. Então, no exemplo dado, o primeiro
ponto vale 1 tempo, o segundo vale ½ tempo, o terceiro ¼ de tempo e assim por
diante.
Esclareça que não há limite para o número de pontos a ser utilizado (tem alunos
que acham que não podem usar mais de dois), mas é claro, há que se usar bom
senso (dificilmente veríamos uma figura com 5 pontos, por exemplo, embora não
haja nenhum impedimento ‘teórico’ para que ela exista).
Faça aqui um breve intervalo. Retome a aula às 10 horas, sem atrasar. A segunda parte
da aula é densa e vai precisar de tempo para ser desenvolvida.
Cante com os alunos algumas melodias conhecidas (Cai, cai balão... Parabéns p’ra você...). Peça
aos alunos que marquem o pulso da música com palmas, batidas na carteira, estalos de dedos,
ou qualquer outra marcação a seu critério.
Chame a atenção dos alunos para este pulso, ressaltando que o pulso está presente em todas as
músicas. Quando marcamos o pulso, estamos marcando a figura que tem o valor de um tempo.
Esta figura é especialmente importante e chama-se UNIDADE DE TEMPO.
Slide 23 - 26: leitura dos slides e breves explicações. Se houver questões dos alunos,
procure ir respondendo à medida em que surgirem.
Provoque os alunos com perguntas como: “Já sabemos o que é U.T e U.C. mas como
iremos determinar qual será essa figura que terá duração de 1 tempo?” “Como vamos
saber qual a figura que preencherá todo o compasso?” Após esta breve ‘provocação’,
apresente a afirmação a seguir:
“A fórmula de compasso fornece todas as informações necessárias para a determinação
da U.T. e U.C..”
Slide 27 e 28: faça um breve parêntesis explicitando o que é numerador e denominador
da fração. Muitos alunos confundem esse conceito básico. Numerador - parte de cima,
denominador - parte de baixo.
Slide 29: assista com os alunos o vídeo proposto. É um vídeo que traz importantes
conceitos sobre U.T. e U.C., e em geral os alunos não assistem. Ele tem um pouco menos
de 10 minutos.
Slide 30: Ofereça um tempo para que eles resolvam os exercícios e corrija com eles.
Resposta para o exercício proposto:
Um erro comum:
Compasso 2/4 – determinar U.T. e U.C.:
O aluno escreve: U.T. = 4, U.C. = 2.
Unidade de tempo e de compasso não são números! São figuras musicais!
Neste exemplo a resposta correta é: U.T. = semínima, U.C. = mínima.
Folha de atividades: com a folha de atividades, trabalhe com os alunos a leitura das células
rítmicas. Utilize a marcação de pulso com batidas de lápis na carteira, ou estalos de dedos, por
exemplo, e a leitura rítmica sempre com voz (tá, tá-tá, ta-a...) para que o tempo de cada nota
seja o mais exato possível. Leia repetidas vezes cada grupo antes de fazer as leituras rítmicas
(uma pauta por vez). Ao final, havendo bom desenvolvimento da turma, leia as 4 pautas de uma
vez só.
Demonstre a diferença entre a semínima e a colcheia (som mais longo e mais curto),
para evitar que sejam tomadas como iguais na execução.
Finalizando, crie dois exemplos de quatro compassos para um ditado rítmico com a
turma. Como se trata do primeiro exercício de percepção e escrita rítmica, sugiro manter a
semínima como unidade de tempo para fixar a proporcionalidade entre as figuras. Mantenha
para o ditado exatamente os mesmos grupos que foram trabalhados na leitura. Caso a turma
mostre um bom domínio do conteúdo, proponha também leituras e ditados em compassos com
denominador 2 e 8.