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Comercio Internacional
As trocas comerciais que se realizam dentro das fronteiras de um país são denominadas de
comércio interno.
Quando as trocas se estabelecem de um país para outros, falamos de comércio externo.
Comércio
interno Comércio
Externo
A Balança de Pagamentos
É onde se registam as trocas de bens, serviços e capitais entre uma economia e o Resto
do Mundo. Relativamente a Portugal, este documento é realizado pelo Banco de
Portugal.
A Balança Corrente
A Balança Corrente é uma das mais importantes rubricas da Balança de Pagamentos e
resulta do conjunto de quatro balanças: Balança de Mercadorias; Balança de Serviços,
Balança de Rendimentos e Balança de Transferências Correntes.
Na Balança Corrente registam-se os movimentos de entrada e saída de fluxos
monetários correspondentes a mercadorias, serviços, rendimentos de trabalho e
investimento e transferências correntes públicas e privadas.
Balança de Mercadorias
Na rubrica Mercadorias registam-se os fluxos correspondentes às exportações e
importações de mercadorias.
As exportações de bens serão sempre a crédito e as importações de bens serão sempre
a débito.
Saldo superavitário: quando a diferença entre os créditos e os débitos é positiva, ou seja,
o valor das exportações é superior ao valor das importações.
Saldo deficitário: quando a diferença entre os créditos e os débitos é negativa, ou seja,
o valor das importações é superior a valor das exportações.
Saldo nulo: quando o valor das importações é igual ao valor das exportações.
A Balança de Mercadorias Portuguesa apresenta um défice crónico. Alguns fatores
justificativos são:
- a necessidade de importar bens
- o fraco crescimento da procura externa
- a exportação de grande percentagem de bens de pouco VA
- a deterioração dos termos de troca, associada à subida dos preços
internacionais do petróleo.
Taxa de cobertura
Taxa de cobertura: permite avaliar a capacidade de uma economia pagar as suas
importações com o valor das suas exportações.
Câmbio
Taxa de câmbio: quantidade de moeda nacional que é necessário pagar por uma
unidade de moeda estrangeira.
A relação de troca entre as diversas moedas depende de inúmeros fatores, de entre os
quais destacamos o processo de inflação ou a política de desvalorização da moeda.
Balança de Serviços
Nesta rubrica registam-se as trocas de serviços entre um país e o Resto do Mundo,
destacando-se, para Portugal, o turismo como fonte importante de receitas.
Também se registam os direitos de utilização, as trocas relativas a seguros, transportes,
saúde, etc.
Balança de Rendimentos
Nesta rubrica registam-se as entradas e saídas de fluxos relativos aos rendimentos do
trabalho e do investimento.
Consiste num processo de abolição das barreiras comerciais entre dois ou mais mercados
nacionais (países), anteriormente separados e de dimensões unitárias consideradas pouco
adequadas, unem-se para formar um só́ mercado, de dimensão mais adequada e com
características próprias.
Integração económica informal: quando dois ou mais países estreitam as relações comerciais
entre si, sem que tenha sido estabelecido qualquer acordo escrito entre as partes.
FORMAS DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA
Corresponde à forma mais simples de integração económica, em que dois ou mais países
concedem apenas entre si um conjunto de vantagens aduaneiras, que não são extensíveis a
países terceiros. (Commonwealth).
Trata-se de um acordo em que os países membros decidem eliminar entre si todas as barreiras
às trocas comerciais. No entanto, cada país mantém as suas próprias tarifas no que respeita ao
comércio com países terceiros, ou seja, na Zona de Comércio Livre não há́ uma pauta exterior
comum relativamente a países terceiros. (EFTA – European Free Trade Association e NAFTA –
North Atlantic Free Trade Association).
União Aduaneira
Nesta forma de integração, para além da abolição das barreiras aduaneiras e restrições
quantitativas à transação de produtos no interior da área, como na Zona de Comércio Livre, os
países membros ficam ainda obrigados à aplicação da mesma pauta tarifária no que respeita ao
comércio com países terceiros. (CEE – Comunidade Europeia Económica e BENELUX).
Mercado Comum
Constitui uma forma de integração mais profunda do que a união aduaneira, pois para além das
característicasdesta, não existem restrições à livre circulação de capitais, pessoas e serviços Este
estabelecimento da livre circulação de bens, pessoas e capitais entre os membros de um
mercado comum implica a adoção de políticas comuns, de forma a harmonizar os vários espaços
económicos e sociais e a minimiar os impactos da livre circulação. (Mercado Único criado pelo
Ato Único Europeu em 1987).
UNIÃO ECONÓMICA
Pressupõe que a união económica unifique também as políticas económicas, monetárias, fiscais,
sociais, cambiais, etc. Estas políticas comuns, coordenadas por instituições supranacionais,
passam a substituir as políticas nacionais, que veem assim reduzido o seu campo de ação. Esta
forma de integração introduz ainda uma moeda única para o espaço económico. (a União
Europeia é o exemplo que mais se aproxima deste caso).
No final da 2ª Guerra Mundial, a Europa encontrava-se completamente destruída, pelo que era
urgente e necessária a sua recuperação. Os EUA ofereceram a sua ajuda financeira através do
Plano Marshall, que consistiu na atribuição de um conjunto de capitais, a taxas de juro muito
baixas e em bens de equipamento necessários à reconstrução da indústria e de todo a aparelho
produtivo. Para coordenar e administrar a atribuição deste vasto conjunto de capitais foi criada
a OECE – Organização Europeia de Cooperação Económica, que para além de ter administrado
a ajuda americana, mostrou também que era possível a existência de uma Europa unida, pela
via da paz e da cooperação.
A CECA abriu caminho para a futura constituição da CEE – Comunidade Económica Europeia e
para a criação da EURATOM – Comunidade Europeia da Energia Atómica, ambos instituídos
com a assinatura do Tratado de Roma em 1957.
Objetivos da EURATOM:
Nos anos 70 as economias dos países-membros começam a dar alguns sinais de abrandamento
e de crise, devido a fatores como:
• Crise petrolífera que atingiu fortemente a Europa, dada a sua dependência energética;
• Intensificação da concorrência mundial, em particular dos países do Sudoeste Asiático;
• Pouca flexibilidade do mercado de trabalho dos países-membros;
• Menor capacidade de resposta às alterações da conjuntura internacional.
O ATO ÚNICO
Objetivos
Com a assinatura deste tratado, em 1992 (entrou em vigor em 1993), abandona-se a lógica da
integração apenas centrada na questão económica, para se introduzir também a via da
integração política e social. A então CEE passou a chamar-se Comunidade Europeia.
A União Política
Para além da abolição de todas as fronteiras, era necessário derrubar outro obstáculo que agora
se colocava à livre circulação, a existência de diferentes moedas dos países-membros. Nesse
sentido, foi estabelecido como meta a alcançar a prazo, o estabelecimento de uma união
monetária e a adoção de uma moeda única em todo o espaço da comunidade. Foi então
adotado um plano para a concretização da UEM, composto por 3 etapas:
Para poderem passar à 3ª etapa ou fase foram definidos um conjunto de critérios que os países
teriam de cumprir:
• Estabilidade de preços: a taxa de inflação média não poderia ultrapassar 1.5% da taxa
de inflação média verificada nos 3 países com melhores resultados em termos de
estabilidade de preços, ou seja, com menor inflação.
• Défices orçamentais: os défices de cada país não poderiam exceder 3% do PIB
(deveriam ser inferiores a 3% do PIB).
• Dívida Pública: não poderia ser superior a 60% do PIB.
• Estabilidade de cotações: a moeda nacional de cada país não poderia ter tido grandes
flutuações nos últimos dois anos, mantendo-se dentro da margem de flutuação prevista
pelo Sistema Monetário Europeu.
• Taxas de juro: as taxas de juro a longo prazo não poderiam exceder em mais de 2% a
média da taxa de juro a longo prazo dos 3 países com as taxas mais baixas.
A Zona Euro
É o espaço comum europeu onde circula a mesma moeda – o euro. É constituída atualmente
por 19 países, que utilizam o Euro como moeda nacional e que estão sujeitos às políticas cambial
e monetária determinadas pelo BCE.
As alterações ocorridas nas últimas décadas têm provocado profundas alterações em todo o
mundo: a globalização, o desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação
e o desmoronamento do bloco de Leste após a queda do Muro de Berlim.
Por um lado, com a abertura do bloco de Leste, a nova vaga de alargamentos tem causado
diversos problemas e exigido vário reestruturações. Para além do processo de alargamento, tem
vindo a colocar-se também o aprofundamento, não só como resposta inevitável ao
alargamento, mas também ao próprio evoluir da UE a formas cada vez mais exigentes, o que
implica um funcionamento mais democrático e mias próximo do cidadão.
Há também a questão da DEMOCRÁTICA que está relacionada com o princípio da igualdade dos
Estados-membros, o qual é posto em causa devido à diferente dimensão dos países membros e
do número de pessoas que os compõem, havendo países mais populosos do que outros.
Tratado de Nice
É assinado em 2001 (entrando em vigor em 2003) e teve como objetivo preparar a reforma das
instituições para os alargamentos aos países do Leste e do Sul da Europa, ocorridos em 2004 e
2007. Teve como objetivo a preparação das estruturas e do funcionamento da UE, de forma a
adaptar-se a um número mais alargado de membros, sem perder a eficiência e a
democraticidade.
Tratado de Lisboa
Assinado em 2007, e em vigor a partir de 2009, teve como objetivo modificar o Tratado da EU e
o Tratado de Roma, dotando a UE de personalidade jurídica que lhe confere o poder necessário
para assinar acordos a nível internacional. Neste Tratado, na tentativa de resolver os problemas
que se colocavam à EU, fui incluída uma dupla maioria, na tomada de decisões, exigindo a
participação de um número mínimo de Estados e, simultaneamente, um número mínimo de
cidadãos.
Agenda 2000
Constituiu um programa de ação sobre as questões de operacidade das duas últimas vagas de
alargamentos (2004 e 2007), pois a adesão de mais 12 membros implicava um conjunto de
reestruturações quer no funcionamento das instituições e nas políticas comunitárias, quer em
termos de ajudas financeiras.
Alargamentos:
Processo de adesão
Para prosseguirem o seu processo de adesão até à fase de assinatura final do Tratado de Adesão,
os países tiveram que cumprir um conjunto de critérios, conhecidos como Critérios de
Copenhaga. Estes estabelecem então os princípios que os países candidatos têm de adotar para
que possam constituir-se como membros de pleno direito.
Vantagens do alargamento
• Aumento do número de consumidores (de cerca de 370 milhões para cerca de 490
milhões);
• Reforço do crescimento económico e criação de novos empregos, tanto nos novos
países como na UE;
• Melhoria da qualidade de vida da população devido aos esforços na defesa do
ambiente, criminalidade, tráfico de droga, etc.;
• Reforço do papel da EU e aumento da sua área de influência no plano internacional,
como a segurança externa e a defesa;
• Reforço da paz, da estabilidade e da prosperidade na Europa, o que contribui para a
segurança de todas as populações;
• Reforço das jovens democracias implantadas nos PECO (Países da Europa Central e
Oriental), após a sua descolagem do bloco de leste.
Desafios do alargamento
Os novos membros da UE são, na sua maioria, países que estão a fazer ainda o processo de
transição para a economia de mercado e a reestruturar as suas economias, tendo por isso
necessidades em todas as áreas económicas e sociais ainda muito significativas.
É por isso, necessário modernizar as indústrias, equipar os países com redes de transportes
eficazes e eficientes, reforçar a defesa do ambiente, modernizar a agricultura, apostar na
formação dos recursos humanos, combater as desigualdades socias entre as zonas rurais e
urbanas e combater o desemprego e exclusão social.
É portanto preciso dotar as populações destes países das mesmas oportunidades e níveis de
bem-estar que os das restantes populações da UE usufruem. Para que isto aconteça é
importante reforçar os fundos estruturais de apoio à agricultura com vista a apoiar a
modernização e reestruturação que estes países estão a efetuar neste setor, o que implica
reajustamentos na PAC (Política Agrícola Comum).
• Reforço dos poderes do Parlamento Europeu, visto que este é o órgão que representa
diretamente os cidadãos;
• Simplificação dos tratados e dos procedimentos, de modo a torna-los mais acessíveis e
de mais fácil compreensão ao cidadão;
• Reforço dos fundos estruturais, de forma a garantir a coesão económica e social.
O mais recente alargamento (2007) trouxe maior peso à UE, o que lhe permitirá obter uma
posição mais favorável nas negociações com os seus parceiros mundiais, juntos das organizações
do comércio mundial, como a OMC.