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N-2683 REV.

A DEZ / 2007

CONTEC SC-05 ESTRUTURAS OCEÂNICAS - OLHAL DE


Instalações e Operações
Marítimas
IÇAMENTO - DIMENSIONAMENTO

1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da Norma PETROBRAS N-2683 REV. A e se destina a modificar o seu


texto na parte indicada a seguir:

- Capítulo 2:

Substituição da norma AISC ASD/89 pela AISC 325/2005.

- Item 4.5:

Inclusão de Nota.

Nota: As novas páginas das alterações efetuadas estão localizadas nas páginas
originais correspondentes.

_____________

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


N-2683 REV. A FEV / 2006

ESTRUTURAS OCEÂNICAS - OLHAL DE


IÇAMENTO - DIMENSIONAMENTO

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do


texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnica Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 05 CONTEC - Subcomissão Autora.

Instalações e Operações As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Marítimas Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 11 páginas e Índice de Revisões


N-2683 REV. A FEV / 2006

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-2683 REV. A FEV/2006 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-2683 DEZ/2000, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece um procedimento para o dimensionamento de olhal fabricado de


chapa de aço a ser usado para içamento e sustentação de estruturas de aço e
equipamentos.

1.2 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos a serem atendidos, não isentando o
projetista de garantir e efetuar outras verificações que sejam necessárias em cada caso,
visando garantir a boa prática de engenharia e a segurança.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos efetuados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Prática Recomendada.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-1892 - Estruturas Oceânicas - Içamento;


ABNT NBR 13545 - Manilhas Forjadas para Movimentação de Carga -
Manilhas Retas e Manilhas Curvas;
AISC 325/2005 - Steel Construction Manual.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.3.

3.1 Manilha

Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por 2 partes facilmente


desmontáveis, consistindo de corpo e pino.

3.2 Olhal

Chapa plana com furo para introdução do pino, fixada em uma estrutura com a finalidade de
transferir a carga de um cabo, tirante ou aparelho.

3.3 Pino

Barra reta de seção circular que passa através dos olhais.

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N-2683 REV. A FEV / 2006

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Direção da Força

O olhal de içamento deve ser projetado de maneira a minimizar o surgimento de cargas fora
do plano da chapa do olhal e da manilha. Configurações que levem à falha com desvios
moderados da força da lingada devem ser evitadas.

4.2 Seleção da Manilha

4.2.1 É recomendável a utilização de manilhas conforme a norma ABNT NBR 13545.


[Prática Recomendada]

4.2.2 A manilha deve ser selecionada para uma carga de trabalho igual ou maior do que a
força de tração na linga.

4.2.3 O encaixe da manilha no olhal deve ocorrer sem interferências, inclusive deve ser
verificado se há espaço para a inserção do cabo de içamento entre a manilha e o olhal.

4.3 Anéis de Reforço

4.3.1 Os anéis de reforço, quando necessário, devem ser aplicados aos pares, em ambas
as faces do olhal, conforme indicado na FIGURA 1.

R
R

dfuro
danel

dfuro

danel

tanel tolhal tanel


A
CORTE A-A

FIGURA 1 - OLHAL COM ANÉIS DE REFORÇO

3
N-2683 REV. A FEV / 2006

4.3.2 Os anéis de reforço podem ser soldados à chapa principal do olhal. A solda abaixo da
metade inferior do anel (semicircunferência) deve ser suficiente para transmitir toda a força
que atua no anel de reforço para chapa principal do olhal. É recomendado que a espessura
do anel seja menor ou igual à espessura da chapa principal para evitar excesso de solda. O
diâmetro interno dos anéis de reforço deve ser igual ao diâmetro do furo. Após a soldagem
dos anéis, o furo deve ser usinado para garantir a distribuição uniforme da carga entre a
chapa principal e os anéis de reforço. Também podem ser usadas chapas de reforço
perpendiculares à chapa principal do olhal. Os filetes de solda dos anéis de reforço devem
respeitar o lado mínimo do filete segundo a TABELA 1.

TABELA 1 - FILETE DE SOLDA MÍNIMO PARA ANEL DE REFORÇO

Espessura da Chapa Mais Grossa


Lado Mínimo do Filete de Solda
do Filete
Até 6,4 mm 3 mm
Acima de 6,4 mm até 12,5 mm, inclusive 5 mm
Acima de12,5 mm até 19,0 mm, inclusive 6 mm
Acima de 19,0 mm 8 mm

4.4 Material

As chapas do olhal e dos anéis de reforço devem ser de aço igual ou equivalente ao usado
na estrutura a ser içada.

4.5 Instalação do Olhal

O olhal deve transferir as cargas nas conexões preferencialmente por cisalhamento do que
por tração. Altas tensões de tração na direção da espessura do material devem ser evitadas
e se não for possível devem ser empregados materiais cujas propriedades na direção da
espessura sejam garantidas através de ensaio “Tension Through Thickness” (TTT).

Nota: Para fixação de olhais com a espessura da chapa principal maior ou igual a
12,7 mm (1/2”), a soldagem deve ser obrigatoriamente executada com penetração
total.

5 DIMENSIONAMENTO

5.1 O dimensionamento desta Norma considera como áreas efetivas para cálculo apenas
as partes hachuradas na FIGURA 2, independentemente do formato e das condições de
apoio da base do olhal.

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FIGURA 2 - ÁREAS EFETIVAS PARA CÁLCULO

4-A
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5.2 O dimensionamento do olhal de içamento deve obedecer as seguintes condições:

a) a força na linga para dimensionamento dos olhais deve ser calculada conforme
o item 4.4.5 da norma PETROBRAS N-1892;
b) a reação no olhal deve ser multiplicada pelo fator 1,30 que leva em
consideração a imprecisão da carga, os efeitos dinâmicos locais e possíveis
conseqüências de falha em olhais de içamento;
c) multiplicar também, por um fator de contigência de peso de, no mínimo, 1,10,
caso não esteja incluído no cálculo da reação no olhal;
d) a força no pino para dimensionamento do olhal deve ser calculada pela
equação a seguir:

Fpino = 1,1 . 1,3 . F

Onde:
F = força (reação) no olhal.

5.3 O olhal deve ser dimensionado conforme os critérios estabelecidos nos itens 5.3.1 a
5.3.4.

5.3.1 Raio:

1,3 · dpino ≥ R ≥ 1,17 · d pino

Onde:
dpino = diâmetro do pino da manilha.

5.3.2 Diâmetro do furo:

dfuro = dpino + f

Onde:
dpino = diâmetro do pino da manilha;
f = 1 mm para dpino ≤ 33 mm;
f = 0,03 . dpino ou 5 mm, o que for menor, para dpino > 33 mm.

5.3.3 Espessura total do olhal:

Fpino
T=
0,9 ⋅ Fy ⋅ dpino

Onde:
Fy = tensão de escoamento do material do olhal;
dpino = diâmetro do pino da manilha;
Fpino = força atuante no pino da manilha da lingada de içamento.

Nota: A espessura T deve ser menor do que a abertura da manilha; caso o cálculo
indique um valor superior, deve ser escolhida uma chapa de aço com maior
tensão de escoamento ou selecionada uma manilha de maior tamanho.

5.3.4 O diâmetro interno do anel de reforço deve ser igual ao diâmetro do furo. O diâmetro
externo do anel de reforço deve ser:

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danel = 2(R - n X tanel)

Onde:
R = raio externo do olhal;
tanel = espessura dos anéis de reforço;
n = fator para permitir a execução do filete de solda entre o anel de reforço e a
chapa principal do olhal a ser escolhido a critério do projetista
entre 1 e 1,5.

5.4 Verificações

Uma vez concluídos os cálculos do item 5.3, as verificações descritas pelos itens 5.4.1 a
5.4.11 devem ser realizadas, sendo que todas as condições devem ser atendidas. Caso
contrário, os cálculos devem ser refeitos, alterando-se, a critério do projetista, a espessura
da chapa, o diâmetro do pino ou o material (tensão do escoamento).

5.4.1 Contato entre pino e o furo:

Fpino
≤ 0,90 Fy
dpino ⋅ (t olhal + 2 ⋅ t anel )

5.4.2 Cisalhamento na área efetiva:

Fpino
≤ 0,40 Fy
2 ⋅ [(R − rfuro ) ⋅ t olhal + (ranel − r furo ) ⋅ 2 t anel ]

5.4.3 Tração na área líquida efetiva:

Fpino
≤ 0,45 Fy
2 ⋅ b1 ⋅ t olhal + 4 ⋅ b 2 ⋅ t anel

5.4.4 Escoamento da seção bruta:

Fpino
≤ 0,60 Fy
b 3 ⋅ t olhal

5.4.5 Arrancamento conjunto do anel de reforço e da chapa principal do olhal:

Fpino ≤ π ⋅ rranel ⋅ t olhal ⋅ 0,6 ⋅ Fy +  2 ⋅ R 2 − ranel  ⋅ t olhal ⋅ 0,4 ⋅ Fy , e


2

 
Fpino ≤ [π ⋅ ranel + 2 (R - ranel)] ⋅ tolhal ⋅ 0,6 ⋅ Fy

5.4.6 Garganta da solda do anel de reforço:

Franel
g solda ≥
π ⋅ rranel ⋅ Fw

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Onde:
t anel
Fanel = Fpino ⋅ ;
t olhal + 2 ⋅ t anel
Fw = 0,30 Fwn do eletrodo ou 0,40 ⋅ Fy ⋅ 2 , o que for menor.

5.4.7 Lado mínimo do filete da solda do anel de reforço:

asolda = 2 ⋅ gsolda ≥ amín

5.4.8 Para a aplicação das equações indicadas nos itens 5.4.1 a 5.4.7, temos o seguinte:

dpino = diâmetro do pino da manilha;


dfuro = diâmetro do furo do olhal;
rfuro = raio do furo do olhal;
ranel = raio do anel de reforço;
tolhal = espessura da chapa principal do olhal;
tanel = espessura do anel de reforço;
gsolda = garganta do filete da solda do anel de reforço;
asolda = lado do filete da solda do anel de reforço;
amín = lado mínimo do filete de solda;
Fy = tensão de escoamento do aço;
Fwu = tensão de rutura do eletrodo, sendo igual a 415 MPa para eletrodo E60xx
e 485 MPa para eletrodo E70xx;
T = espessura total do olhal igual a t olhal + 2 ⋅ tanel;
b1 = menor valor entre [(4 ⋅ T); (0,8 ⋅ dfuro); (distância real da borda do furo para
a borda externa do olhal)];
b2 = menor valor entre [(ranel - rfuro); (b1)];
b3 = menor valor entre [(2R); (2b1 + 2dfuro)], sem anel de reforço;
b3 = menor valor entre [(2R); (2b1 + dfuro + danel)], com anel de reforço;
π = 3,1416.

5.4.9 Para a verificação da ligação do olhal com a estrutura a ser içada, deve ser
adicionado 5 % da força do pino (Fpino) no componente horizontal perpendicular ao plano do
olhal, no centro do furo.

5.4.10 Deve ser verificada a ligação do olhal com a estrutura para combinação de força
axial, flexão no plano e fora do plano da chapa do olhal e para cisalhamento segundo o
AISC.

5.4.11 Um exemplo de dimensionamento de olhal com anéis de reforço está indicado no


ANEXO A.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A - EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE OLHAL DE IÇAMENTO

A-1 Dimensionamento de olhal de içamento para elevar um equipamento pesando


40 toneladas (já incluído o peso da linga), içado por 4 cabos de aço, no mar, com as demais
condições:

a) fdc = 1,25 (fator de desvio de carga);


b) fcp = 1,10 (fator de contingência de peso);
c) FAD = 1,30 (fator de amplificação dinâmica para içamento no mar);
d) θ = 60° (ângulo da linga com a horizontal);
e) h = 115 mm (distância do centro do furo até a base de apoio do olhal).

F
Ø 125
Ø 65

R 100 60°

25
115

400

NOTA: DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

FIGURA A-1 - EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

A-2 Cálculos

40 1
A-2.1 Flinga = 1,10 . 1,25 . 1,30 × . = 20,640 t.
4 sen 60 °

A-2.2 Carga para dimensionar o olhal: Fpino = 1,30 . Flinga = 26,832 t = 263 141 N.

A-2.3 Fy = 250 MPa.

A-2.4 F wn = 60 ksi = 420 MPa (eletrodo 6018).

A-2.5 R = 125 mm (raio do olhal).

A-2.6 ranel = 100 mm.

A-2.7 d pino = 63 mm.

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A-2.8 f = 0,03 . dpino = 1,89 mm, adotado f = 2 mm.

A-2.9 dfuro = 63 + 2 = 65 mm.

A-2.10 base = 400 mm.

A-2.11 rfuro = 65/2 = 32,5 mm.

A-2.12 t olhal = 16 mm.

A-2.13 t anel = 8 mm.

A-2.14 T = 16 + (2 . 8) = 32 mm.

A-2.15 (4⋅T) = 4 . 32 = 128 mm.

A-2.16 (0,8 ⋅ dfuro) = 0,8 × 65 = 52 mm.

A-2.17 (R - rfuro) = 125 - 32,5 = 92,5 mm.

A-2.18 (ranel - rfuro) = 100 - 32,5 = 67,5 mm.

A-2.19 Largura efetiva da chapa principal para resistência à tração no furo:

b1 = mínimo [(4 ⋅ T); (0,8 ⋅ dpino); (rolhal - rfuro)] = 52 mm

A-2.20 Largura efetiva do anel para resistência à tração no furo:

b2 = mínimo [(b1); (rolhal - rfuro)] = 52 mm

A-2.21 Largura da chapa principal para resistência à tração após o furo:

b3 = mínimo [(2R); (2B1 + dfuro + danel)] = 250 mm

A-3 Verificações

A-3.1 Contato do pino com o olhal:

263 141
fp = = 130,5 MPa < Fp = 0,9 . 250 = 225 MPa
63 ⋅ (16 + 2 ⋅ 8)

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A-3.2 Cisalhamento da área em frente ao pino do olhal:

263 141
fv = = 51,4 MPa < 0,40 × 250 = 100 MPa
2 ⋅ [(125 − 32,5 ) ⋅ 16 + 2 ⋅ (100 − 32,5) ⋅ 8]

A-3.3 Tração no olhal na região do furo:

263 141
faf = = 79,1 MPa < 0,45 ⋅ Fy = 112,5 MPa
2 ⋅ 52 ⋅ 16 + 4 ⋅ 52 ⋅ 8

A-3.4 Tração na chapa principal do olhal, logo após furo:

263 141
fac = = 65,8 MPa < 0,6 ⋅ Fy = 150 MPa
250 ⋅ 16

A-3.5 Arrancamento conjunto do anel e da chapa principal do olhal:

 
Fpino ≤ π ⋅ 100 ⋅ 16 ⋅ 0,6 ⋅ 250 +  2 ⋅ 125 2 − 100 2  ⋅ 16 ⋅ 0,4 ⋅ 250 = 993 982 N
 
 
Fpino = 263 141 N < 993 982 N e
 
Fpino ≤ π . 100 + 2 125 - 100  . 16 . 250 = 873 982 N
 
 
Fpino = 263 141 N < 873 982 N

A-3.6 Força em um anel de reforço:

8
Fanel = 263 141 = 65 785 N
16 + 2 ⋅ 8

A-3.7 Tensão admissível para dimensionar o filete:

0,4 ⋅ Fy ⋅ 2 = 141 MPa (no metal base)


0,3 ⋅ F wu = 124,5 MPa (no eletrodo E6018)
Fw = 124,5 MPa

A-3.8 Garganta da solda:

65 785
g solda = = 1,68 mm
π ⋅ 100 ⋅ 124,5

A-3.9 Lado do filete de solda:

asolda = 2 ⋅ gsolda = 2,37 mm, adotado asolda = 6 mm, que é o mínimo para chapa
de 16 mm de espessura

10
N-2683 REV. A FEV / 2006

A-3.10 Verificação do olhal com a base de apoio:

Abase = 400 ⋅ 16 = 6 400 mm2

Onde:
Abase = a área na base de apoio do olhal.

A-3.11 Módulo de resistência para momento no plano do olhal:

16 ⋅ 400 2
W ipb = = 426 667 mm3
6

A-3.12 Módulo de resistência para momento fora do plano do olhal:

400 ⋅ 16 2
W opb = = 17 067 mm3
6

A-4 Verificação da base conforme AISC

A-4.1 Força axial:

263 141 ⋅ sen 60°


fa = = 35,6 MPa < 0,6 ⋅ Fy = 150 MPa
6 400

A-4.2 Momento no plano do olhal:

263 141 ⋅ cos 60° ⋅ 115


fipb = = 35,5 MPa < 0,6 ⋅ Fy = 150 MPa
426 667

A-4.3 Momento fora do plano do olhal:

0,05 ⋅ 263 141 ⋅ 115


fopb = = 88,7 MPa < 0,75 ⋅ Fy = 187,5 MPa
17 067

A-4.4 Tensões combinadas:

fa f ipb f opb
+ + = 0,947 < 1,0
0,6 ⋅ Fy 0,6 ⋅ Fy 0,75 ⋅ Fy

A-4.5 Verificação do cisalhamento na base do olhal:

263 141 ⋅ cos 60 °


fv = = 30,8 MPa < 0,4 ⋅ Fy = 100 MPa
2
⋅ 400 ⋅ 16
3

_____________

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

_____________

IR 1/1
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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-2683 REV. A FEV/2006 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-2683 DEZ/2000, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece um procedimento para o dimensionamento de olhal fabricado de


chapa de aço a ser usado para içamento e sustentação de estruturas de aço e
equipamentos.

1.2 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos a serem atendidos, não isentando o
projetista de garantir e efetuar outras verificações que sejam necessárias em cada caso,
visando garantir a boa prática de engenharia e a segurança.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos efetuados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Prática Recomendada.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-1892 - Estruturas Oceânicas - Içamento;


ABNT NBR 13545 - Manilhas Forjadas para Movimentação de Carga -
Manilhas Retas e Manilhas Curvas;
AISC ASD/89 - Manual of Steel Construction - American Intitute of
Steel Construction - 9th Edition.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.3.

3.1 Manilha

Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por 2 partes facilmente


desmontáveis, consistindo de corpo e pino.

3.2 Olhal

Chapa plana com furo para introdução do pino, fixada em uma estrutura com a finalidade de
transferir a carga de um cabo, tirante ou aparelho.

3.3 Pino

Barra reta de seção circular que passa através dos olhais.

2
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4.3.2 Os anéis de reforço podem ser soldados à chapa principal do olhal. A solda abaixo da
metade inferior do anel (semicircunferência) deve ser suficiente para transmitir toda a força
que atua no anel de reforço para chapa principal do olhal. É recomendado que a espessura
do anel seja menor ou igual à espessura da chapa principal para evitar excesso de solda. O
diâmetro interno dos anéis de reforço deve ser igual ao diâmetro do furo. Após a soldagem
dos anéis, o furo deve ser usinado para garantir a distribuição uniforme da carga entre a
chapa principal e os anéis de reforço. Também podem ser usadas chapas de reforço
perpendiculares à chapa principal do olhal. Os filetes de solda dos anéis de reforço devem
respeitar o lado mínimo do filete segundo a TABELA 1.

TABELA 1 - FILETE DE SOLDA MÍNIMO PARA ANEL DE REFORÇO

Espessura da Chapa Mais Grossa


Lado Mínimo do Filete de Solda
do Filete
Até 6,4 mm 3 mm
Acima de 6,4 mm até 12,5 mm, inclusive 5 mm
Acima de12,5 mm até 19,0 mm, inclusive 6 mm
Acima de 19,0 mm 8 mm

4.4 Material

As chapas do olhal e dos anéis de reforço devem ser de aço igual ou equivalente ao usado
na estrutura a ser içada.

4.5 Instalação do Olhal

O olhal deve transferir as cargas nas conexões preferencialmente por cisalhamento do que
por tração. Altas tensões de tração na direção da espessura do material devem ser evitadas
e se não for possível devem ser empregados materiais cujas propriedades na direção da
espessura sejam garantidas através de ensaio “Tension Through Thickness” (TTT).

5 DIMENSIONAMENTO

5.1 O dimensionamento desta Norma considera como áreas efetivas para cálculo apenas
as partes achuradas na FIGURA 2, independentemente do formato e das condições de
apoio da base do olhal.

FIGURA 2 - ÁREAS EFETIVAS PARA CÁLCULO

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