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BATISMO
Batismo - Batismo é uma palavra de origem grega, quem vem do verbo baptizo,
que literalmente significa "batizar, lavar, mergulhar, afundar".
Origem da palavra Batismo - “Bapto”: mergulhar na tinta, tingir, colorir.
PEDOBATISMO OU CREDOBATISMO
Pedobatismo – Essa expressão é a junção de duas palavras do grego, “Pedo
(criança)”, “batismo (batizar)”, essa junção forma o significado “batismo de
criança”, essa palavra pedobatismo é muito usado no meio acadêmico.
Credobatismo - É uma pessoa que crê que o batismo deve ser realizado apenas
em pessoas crentes, em termos práticos, que fizeram confissão de fé. A palavra
“credo” significa “creio” em latim, muito usado pelos católicos antigos.
INTRODUÇÃO
Católicos, Anglicanos, Luteranos, Metodistas e Presbiterianos são todos
chamados de pedobatistas, porque todos batizam os seus filhos ainda bebês.
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A Antiguidade do Pedobatismo
Sem dúvida, o pedobatismo é uma prática muito antiga e histórica na igreja.
Pode-se questionar se a prática era apostólica, mas ninguém pode negar com
credibilidade a sua antiguidade. Embora nenhum dos escritos patrísticos e da
igreja do primeiro e segundo séculos se refiram ao batismo infantil, o registro
histórico data a prática desde o início do terceiro século, onde pelo menos
algumas igrejas foram observadas seguindo a prática.
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As Divisões do Pedobatismo (Jeffrey D. Johnson)
1. Fé do outro: A igreja supre a fé necessária para o batismo do
infante.
Muitos dos pais da igreja primitiva ensinaram que o batismo lavava os pecados.
No entanto, esses mesmos pais da igreja não concordaram com os tipos de
pecados perdoados no batismo. Somente os pecados cometidos antes do
sacramento são perdoados, ou o batismo também limpa pecados futuros?
Embora a igreja não estivesse universalmente convicta, os pais da igreja
concordaram que o batismo era um meio de graça efetivo para lavar ao menos
os pecados passados.
Contudo, vendo que os pais da igreja não criam que as crianças eram culpadas de
pecado pessoal, então, “que necessidade havia para batizar crianças inocentes?”,
esta foi a primeira pergunta que fizeram. O batismo na igreja primitiva era
aplicado, somente para os que tinham fé. Então, fé e batismo era inseparável.
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2ª pergunta: Como as crianças são capazes de ter a fé necessária para o batismo?
Sendo que a fé e o batismo eram inseparáveis? Orígenes procurou responder a
primeira pergunta, enquanto Agostinho a segunda.
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2. Fé infundida: Ao batizar a criança é infundida (derramada) sobre ela a fé, do
qual necessita para o batismo se tornar válido.
Foi através desse fluxo de pensamento que a igreja mudou na idade média de fé
do outro para fé infundida. Em vez de os infantes confiarem na fé de outro, eles
recebem a fé como um dom no batismo a partir do tesouro da igreja triunfante
do céu.
4. Batismo simbólico
O reformador suíço, Ulrico Zuínglio (1484–1531) construiu uma visão
diferente sobre o batismo. Para Zuínglio, o batismo nas águas é um rito
“exterior” que não tem influência sobre a obra “interior” do Espírito.
Não apenas os infantes são incapazes de fé, mas a fé é desnecessária.
Porque o batismo é apenas um sinal, não tem eficácia. “Nada exterior pode nos
tornar puros e justos”. Portanto, visto que o batismo não é um meio de fé, a sua
administração não tem relação alguma com a fé.
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Zuínglio tentou resolver o grande dilema de como o batismo infantil se harmoniza
com a fé excluindo a fé por completo. Como ele resolve esse dilema?
Com essa distinção entre exterior e interior, Zuínglio separou o batismo infantil
da fé. As referências bíblicas que vinculam a fé ao batismo referem-se apenas à
lavagem interior e espiritual da regeneração, não ao batismo nas águas. O
batismo espiritual e o batismo nas águas são diferentes. Portanto, eles devem ser
distinguidos e mantidos separados cronologicamente.
Para Zuínglio, o batismo nas águas não tem relação com a fé e a regeneração.
Nesse sentido, o batismo nas águas é apenas um símbolo exterior.
Ainda assim, Zuínglio, ensinou que os infantes precisavam do batismo. Por quê?
Não porque o batismo esteja ligado à fé, mas porque corresponde à circuncisão
do Antigo Testamento. Se os infantes na Antiga Aliança eram circuncidados,
então os infantes pertencentes à Nova Aliança precisam ser batizados. O batismo
não comunica fé salvífica, mas coloca os bebês na Nova Aliança, da mesma forma
que a circuncisão colocava os infantes na Antiga Aliança. Se a Nova Aliança é em
essência a mesma que a Antiga Aliança, então o que foi praticado na Antiga deve
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ser praticado na Nova. Portanto, a continuidade das alianças exige o batismo
infantil, não a fé.
Resumindo todo o assunto, Zuínglio separou completamente o batismo
“exterior” do batismo “interior”, alegando que o batismo nas águas não tem
eficácia para a salvação. O símbolo retrata a regeneração, mas não a produz.
Formas de batismo
Imersão – a pessoa é imersa por completo na água. Pentecostais,
neopentecostais, batistas, adventistas.
Aspersão – a água é chuviscada ou borrifada na cabeça da pessoa. Católicas,
luteranas, presbiteriana e metodistas.
Efusão – água é derramada na cabeça da pessoa.
Tipos de batismo
“E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos
mortos, e do juízo eterno.” (Hebreus 6:2)
O texto exposto acima fala da doutrina dos batismos (plural). Isso nos leva a crer
que existe mais de um batismo dos quais são eles: batismo na morte, batismo nas
águas e batismo com Espírito Santo e fogo. Vamos ver em detalhes cada um deles.
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Batismo nas águas - O batismo nas águas deve acontecer depois do batismo na
morte, ou seja, depois da pessoa se converter ao Senhor Jesus Cristo. O batismo
nas águas é a concretização do batismo na morte. Vamos ler:
“E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis
aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo
o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E
mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e
o batizou.” (Atos 8: 36- 38)
Batismo com Espírito Santo e com fogo - O batismo com ou no Espírito Santo e
fogo, é o poder e o revestimento de Jesus Cristo para serviço da obra de Deus.
Este batismo é exclusivamente feito pelo Senhor Jesus Cristo a todo aquele que
o aceitou e deixou o pecado para trás. Vamos ler:
“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que
vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar;
ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”. (Mateus 3:11)
a. alguns acreditam que o batismo com água está associado com os ritos de
purificações do A. Testamento, sendo assim, o batismo seria uma figura de
limpeza, por isso Jesus usou esse tipo de ritual.
b. o ato do batismo pode ter sido usado como uma forma para despertar quem
está de fora e com isso tomar a decisão do arrependimento.
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c. Muitas vezes Deus fez uso da água como linha divisória. Nos dias de Noé, a
água do dilúvio separava o mundo pecaminoso da nova vida num mundo
purificado.
No Êxodo, a água do mar Vermelho era a linha divisória entre a escravidão e a
liberdade.
Nos dias de Naamã, a água do rio Jordão era a linha divisória entre a lepra e a
purificação.
Nos dias do cego, a água do Tanque de Siloé era a linha divisória entre a cegueira
e a capacidade de ver.
Porque Deus usou a água nesses casos, eu não sei. Mas, sem dúvida, não nos
deve parecer estranho que Deus tenha feito a água no Novo Testamento ser
alinha divisória entre a velha vida de pecado e a nova vida em Cristo.
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As igrejas protestantes normalmente não aceitam esses rituais como
sacramentos, porque não foram ordenados por Jesus como um ritual sacramental
a ser seguido. Esses atos têm base bíblica, mas não são considerados
sacramentais, tal como ajudar os pobres e cuidar da família são regras, mas não
rituais. O batismo e a ceia, são considerados ordenança, mas, esses ritos não
transmite a salvação.
Sendo assim, segundo o entendimento deles, quando fala que tu e tua casa
nessas passagens, incluem crianças também. Esse argumento é fraco, no livro de
Atos observamos que o batismo sempre está associado ao arrependimento e a
fé.
Outra prova é a profecia sobre João Batista: "será cheio do Espírito Santo, já do
ventre materno" (Lc 1.15). A segunda forma de lidar com a aparente contradição
é sustentar que o que conta é a fé dos pais (ou mesmo da igreja) quanto se batiza
uma criança.
Há pelo menos três tipos de evidência para acreditarmos que o sentido do Novo
Testamento e a prática do batismo eram por imersão. 1) O significado da palavra
baptizo no grego é essencialmente “mergulhar” ou “imergir”, e não aspergir.
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e com um recipiente por meio de efusão ou aspersão (Mateus 3:6: “no rio
Jordão”, 3:16: “[Jesus] saiu logo da água”, João 3:23: “muitas águas”, Atos 8:38:
“desceram ambos à água”). 3) Imersão se adequa ao simbolismo de ser sepultado
(enterrado) com Cristo (Romanos 6:1-4, Colossenses 2:12).
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos
batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida”. (Romanos 6:3,4)
Uma das grandes coisas sobre este texto é que ele mostra que, se
você entender o que o Batismo simboliza, você entende o que
realmente aconteceu com você quando você se tornou um Cristão.
Muitos de nós viemos à fé e fomos batizados em um momento em
que não tínhamos muito conhecimento.
Eu lidarei com apenas duas coisas que o Batismo simboliza, de acordo com esses
versículos.
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1. O Batismo Simboliza a Nossa Morte na Morte de Cristo.
Versículos 6:3-4a: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus
Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo
batismo na morte”. Aqui está uma grande verdade sobre nós, Cristãos.
Nós morremos quando Cristo morreu, Ele morreu a nossa morte, isso significa
que não somos as mesmas pessoas que éramos antes; nosso velho homem
morreu. Nós não somos mais os mesmos.
MORTE CRISTO (representa) MORTE VELHO HOMEM
Então, quando Romanos 6:3-4 diz que somos batizados em Cristo e na Sua morte,
eu tomo esta passagem para dizer que o Batismo expressa a fé na qual
experimentamos a união com Cristo. É provavelmente por isso que Deus criou o
modo de Batismo para simbolizar um sepultamento. Ele representa a morte que
experimentamos quando estamos unidos a Cristo. É por isso que somos imersos:
é um sepultamento simbólico.
Então saiba, crente, que você já morreu. O velho “eu” incrédulo e rebelde foi
crucificado com Cristo. Isto é o que o seu Batismo significou e significa.
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O Batismo simboliza o que aconteceu conosco quando nos tornamos cristãos.
Então vamos resumir isto e chegarmos a uma conclusão. O Batismo simboliza o
que aconteceu conosco quando nos tornamos cristãos. Isto é o que aconteceu
conosco: fomos unidos a Cristo. Sua morte se tornou a nossa morte. Nós
morremos com Ele. E, no mesmo instante, sua vida se tornou nossa vida. Estamos
agora vivendo a vida de Cristo em nós. E tudo isso é experimentado através da fé.
Pela Fé!
Paulo mostra a mesma forma de pensar sobre o Batismo e a fé em Gálatas 3:26-
27: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos
quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo”. Tornamo-nos
filhos de Deus pela fé e de nenhuma outra forma. Então ele diz, “porque”,
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conectando esta maneira de nos tornarmos filhos de Deus, com o Batismo:
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo”.
Essa explicação com a palavra porque apenas faz sentido se o Batismo for
entendido como um ato de fé. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo
Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de
Cristo”. Ou, para invertê-lo: Desde que vocês foram batizados em Cristo,
portanto, sabemos que em Cristo todos vocês são filhos de Deus pela fé. Por quê?
Porque é isso que o Batismo significa: Você foi batizado em Cristo pela fé. O
Batismo sem fé era inconcebível para Paulo.
BIBLIOGRAFIA
UMA SÉRIE DE ESTUDOS SOBRE O BATISMO; John Piper
AS DIVISÕES DO PEDOBATISMO; Jeffrey Johnson
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