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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

COMARCA DE CASCAVEL
5º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CASCAVEL-PROJUDI
Av. Tancredo Neves, 2320 - Alto Alegre-Cascavel/PR - CEP: 85805-036

Autos: 0123456789

Assunto: Ação de Obrigação de Fazer

Autor(es): Higor Carlos Alves da Silva

Réu(s): Edinaldo Galdino de Oliveira

I - RELATÓRIO

Higor Carlos Alves da Silva ajuizou Ação de Obrigação de Fazer em face de Edinaldo
Galdino de Oliveira aduzindo que o Réu havia lhe prometido alguns litros de cervejas
artesanais, visto que, segundo o Autor, ele é produtor destes produtos na cidade de
Cascavel. Reclama ainda que as promessas eram reiteradas e que isso lhe trouxe
expectativas que não foram cumpridas. Alega ainda, o autor, que o réu deveria ser preso
por dar falsas esperança e que espera até a presente data que o réu cumpra o que
prometeu. Com a petição inicial não vieram os documentos anexados.

O réu foi devidamente citado conforme documentos, apresentando -se oportunamente à


audiência de mediação/conciliação, não logrando êxito, porquanto ambas as partes não
aceitaram qualquer acordo, não havendo mediação/conciliação.

Assim, abriu-se prazo para o réu apresentar contestação. Apresentada a contestação,


tempestivamente o réu impugnou pelos pedidos suscitados na inicial pelo autor
argumentando em preliminar a impugnação ao valor da causa e ainda a inépcia da
inicial, pelo autor não atribuir valor ao dano que pretende ver ressarcido, bem como não
indicar com exatidão a extensão do prejuízo sofrido.

No mérito pediu a improcedência do processo, alegando que a petição inicial não estava
munida com as devidas provas.

É o relatório, Passo a DECIDIR:


Narra a inicial, que o réu constituiu uma espécie de relação contratual com o autor tendo
estabelecido uma obrigação perante o autor. Com relação a este contrato houve
impugnação pelo réu alegando que nos autos não houve qualquer prova documental ou
testemunhal do fato narrado pelo autor.

II - FUNDAMENTAÇÃO:

Em sede de inicial o autor afirma que o réu não adimpliu com suas obrigações
devidamente, e não há nos autos qualquer prova, comprovante, contrato, entre outras
formas possíveis de provas que demonstre o aludido, entendendo este juízo que faltou à
parte autora a juntada de documentos inidôneos que corroborassem com a aludida
demanda.

Na contestação o réu demonstrou que a petição inicial estava em desacordo com o


ordenamento jurídico pátrio, sendo o valor da causa não demonstrado na inicial,
conforme o artigo 292 do CPC/15. O réu também pediu o deferimento da inépcia da
inicial, visto que o autor não especificou o pedido, assim vislumbro como procedente o
pedido do réu pois o mesmo supriu com algumas garrafas ao autor para poder
experimentar, conforme provas apresentadas. Neste caso, vejo que o autor alongou suas
expectativas para que pudesse receber mais e isso caracteriza um enriquecimento ilícito
em detrimento do réu.

III - DO DISPOSITIVO
Isto posto, julgo totalmente improcedente esta ação de obrigação de fazer, extinguindo o
processo com resolução do mérito, condenando o autor aos pagamentos das custas
processuais e honorários advocatícios de sucumbência.
Publique-se;
Registre-se;
Intimem-se;
Cumpra-se.
Aguarde-se o trânsito em julgado, em caso de não interposição de recursos, arquive-se,
os autos.

Sérgio Moro Juiz de Direito da Comarca de Cascavel, 07/11/2020

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