Você está na página 1de 77

DESCRIÇÃO

Princípios físicos de estática e dinâmica estabelecidos por Newton. Física Mecânica de corpos
fluidizados.

PROPÓSITO
Aplicar os conceitos de densidade, volume e pressão, dos princípios de Arquimedes e Pascal e
das equações da continuidade e Bernoulli nos problemas de estática e dinâmica dos fluidos.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora
científica ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS

MÓDULO 1

Aplicar os conceitos de densidade, volume e pressão

MÓDULO 2

Aplicar os conceitos de Arquimedes e Pascal na estática dos fluidos

MÓDULO 3

Aplicar a equação da continuidade na dinâmica dos fluidos

MÓDULO 4

Aplicar a equação de Bernoulli na dinâmica dos fluidos

MÓDULO 1

 Aplicar os conceitos de densidade, volume e pressão

INTRODUÇÃO
Ao estudar mecânica dos fluidos, devemos considerar duas grandezas físicas de suma
importância: densidade e pressão.

Antes de nos aprofundarmos no conteúdo das leis que regem o comportamento dos fluidos, é
necessário compreender tais grandezas.

DENSIDADE OU MASSA ESPECÍFICA


Chamamos a relação entre a massa de um corpo (m) pelo volume (V) que essa massa ocupa
de densidade (d).

Matematicamente, a densidade é definida como:

d=
m
V ()
1

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A densidade possui unidade no Sistema Internacional de medidas (S.I.) de quilogramas por


metros cúbicos (kg / m³), porém também é comum encontrarmos na literatura a densidade em
gramas por centímetros cúbicos.

Como exemplo, podemos citar a densidade da água, que no Sistema Internacional de Medidas
kg
possui valor de 1000 m ³

 g
Porém, o mais comum de ser encontrado na literatura é a densidade da água como 1 cm ³ .

Como, então, podemos fazer para converter as unidades da densidade?


Para compreender, vamos observar o exemplo abaixo:

 EXEMPLO 1

Vamos verificar a conversão da densidade da água do S.I. primeiro para grama por centímetro

cúbico
( )g
cm ³
e depois para quilograma por litro
()
kg
l
.

Esta última será realizada devido ao fato de a unidade litro ser a mais utilizada no mundo para
expressar volume de líquidos.
kg g
1° Conversão de m ³ → cm ³ :

Devemos lembrar que em 1kg há 1000g, e que em 1m, há 100cm.


kg
Então, partindo da informação de que a densidade da água no S.I. é de 1000 m ³ , a sua
g
conversão para cm ³ é:

kg 1000g 1.000.000g g
1000 m ³ = 1000 ∙ ( 100cm ) ³ = 1.000.000cm ³ = 1 cm ³

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


kg kg
2° Conversão de → :
m³ l

Devemos lembrar que 1l (um litro) é igual a 1dm³ (um decímetro cúbico)

Então, devemos fazer a conversão de m³ para dm³.


1
Devemos lembrar também que 1m possui 0,1dm ou 10 - 1 dm, ou ainda, 10 dm.

kg kg
Então, para converter a densidade da água de para , vamos seguir os seguintes passos:
m³ l
kg kg kg kg kg kg
1000 m ³ = 1000 = 10 3 = 10 6 dm ³ = 10 6 l ou 1.000.000 l
10 - 3dm ³
( 10 - 1dm

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A densidade de um corpo também é chamada de densidade absoluta.

Essa grandeza pode apresentar variação com aumento ou diminuição da temperatura do


corpo, como, por exemplo:

A densidade do gelo a 0°C é de 917kg / m³.



Enquanto a densidade da água à temperatura ambiente é de 1000kg / m³.

DENSIDADE RELATIVA
A densidade relativa é a densidade de um corpo expressa em função de outro corpo.

Vamos considerar que temos dois corpos, A e B, e que não conhecemos a densidade do corpo
A, mas que podemos estimar a sua densidade em função da densidade do corpo B.

Isso é possível através da razão entre ambas as densidades, da seguinte maneira:

dA
d AB = d
B ()2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A densidade relativa é uma grandeza adimensional que, em geral, é expressa em função da


densidade da água.

 EXEMPLO 2

Considerando a densidade do gelo a 0°C como sendo 917kg/m³ e a densidade da água como
1000kg/m³, como podemos verificar se o gelo vai boiar ou afundar na água?

A resposta é simples: Verificando a densidade relativa do gelo em relação à água.

Se essa densidade relativa for maior do que a unidade (maior que 1), o gelo afunda.

Já se a densidade for menor ou igual, o gelo boia.

Vamos analisar então:


kg
O corpo A é o gelo, assim: d A = 917 m ³ .
kg
O corpo B é a água, assim: d B = 1000 .

Definindo A e B, a densidade relativa do gelo em relação à água é igual a:


dA 917
d AB = d = 1000 = 0,917
B

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Note que o resultado foi menor do que 1, o que nos garante que o gelo flutuará, pois corpos
de menor densidade ficam acima dos corpos de maior densidade.

Todavia, o valor encontrado nos informa também que a densidade do gelo a 0°C corresponde a
91,7% da densidade da água à temperatura ambiente, ou seja, que o gelo possui uma
densidade 8,3% menor que a densidade da água.

Agora, vamos utilizar o conceito da densidade relativa para determinar a densidade de um


corpo:

 EXEMPLO 3

Em um experimento de densidade, foi determinado que um cubo de madeira possui uma


densidade relativa em função da densidade da água à temperatura ambiente de 0,2.

Fonte: Shutterstock

Qual a densidade desse cubo de madeira?


Para determinar isso, temos do enunciado que d AB = 0,2, chamaremos a madeira do corpo

( ) ( kg
A d A e a água do corpo B d B = 1000 m ³ , assim:
)
dA
d AB = d
B

dA kg
0,2 = kg ∴ d A = 200 m ³
1000 m ³

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

PRESSÃO
A pressão (P) é definida como sendo a razão entre a força aplicada (F) e a área (S) em que
essa força é aplicada:

F
P= (3)
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

É importante ressaltar que para determinar a pressão, consideramos sempre a componente da


força (F) que é normal à superfície da área especificada.

Da equação (3) podemos afirmar que quanto menor for a área em que a força é aplicada, maior
é a pressão realizada pela força.

Para assimilar este conceito, vamos considerar o exemplo de um prego, como mostra a
imagem a seguir.
Fonte: Shutterstock

Na imagem, temos um homem martelando um prego em uma tábua de madeira.

Para martelar, o homem apoia a ponta fina do prego na madeira e bate com o martelo na
cabeça chata do prego, aplicando uma força sobre ele.

Nesse caso, a pressão que o prego aplica sobre a madeira é igual à força aplicada pelo
martelo ao prego, dividida pela área da ponta fina do prego.

Todavia, por que o homem não faz o inverso?

Por que ele não apoia a parte chata na madeira, já que fica mais fácil de equilibrar o prego, e
então bate na ponta mais fina?

Isso porque a cabeça chata do prego possui uma área muito maior do que a ponta do prego,
então, ao aplicar a mesma força no prego com a martelada, o prego não conseguirá adentrar
na madeira, devido à pressão, neste caso, ser muito menor.

 ATENÇÃO

A pressão é uma grandeza escalar, ou seja, não possui direção nem sentido. Ela pode atuar
tanto em sólidos, como também em líquidos e gases. Ela pode ser favorável ou desfavorável
para uma aplicação na Física ou na Engenharia.
Beber com um canudo é uma aplicação simples da pressão utilizada por todos.

Fonte: Shutterstock

Você já se perguntou por que o líquido sobe o canudo?

Se a sua resposta diz que é devido à sucção, você está parcialmente correto, pois devemos
complementar essa resposta.

O princípio mais importante sobre pressão é que: O fluido se move (flui) naturalmente do lugar
de maior pressão para o de menor pressão.

Tudo bem, mas como isso se aplica ao caso de uma pessoa bebendo um líquido com auxílio
de um canudo? Simples.

Para beber o líquido, instintivamente você suga todo o ar contido na sua boca para os seus
pulmões, fazendo um ligeiro vácuo na sua boca, o que diminui a pressão nela.

Então, como a pressão na sua boca é menor do que a pressão do canudo dentro do líquido,
este passa a fluir canudo acima até a sua boca.

A unidade de medida da pressão é o Pascal (Pa), e um pascal é igual a 1 Newton (N) por
metro (m²):
N
1Pa = 1 (4)
m2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos solucionar dois exemplos para assimilar o conceito de pressão.


 EXEMPLO 4

Considere que na retirada do petróleo é utilizada uma tubulação de 5 metros de raio, e que por
ela passa uma massa de 2.000kg/s dessa substância.

Se a diferença de pressão entre o poço de petróleo e o reservatório para o qual ele é

conduzido é de 127kPa (significa quilopascal, que é 103Pa), o petróleo sobe a tubulação com
qual aceleração?

Solução

Para poder encontrar essa aceleração, teremos que utilizar primeiramente a equação (3):

F
P=
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O enunciado nos dá a diferença de pressão, então, como a equação (3) nos pode ser útil?

Podemos interpretar a diferença de pressão entre os dois ambientes como a pressão aplicada
sobre o petróleo.

Assim, podemos dizer que: P = 127kPa = 127x10 3Pa

Mas e a área?

A área a ser utilizada na equação (3) é aquela da seção reta da tubulação, que nesse caso, é a
área de um círculo que é dada por:

S = πR 2 = π ∙ 5 2 = 25π m 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Com essas informações, podemos determinar a força aplicando os devidos valores na equação
(3):

F
127 × 10 3 = 25π

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assumindo π = 3,14:

F = 9. 969, 5 × 10 3 N

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Agora que conhecemos a força, vamos utilizar a segunda Lei de Newton (F R = ma) para
determinar a aceleração de movimentação desse fluido:

9. 969, 5 × 10 3 N = 2.000a

a = 4, 99 × 10 3 m / s 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Definimos, assim, que a aceleração do fluido, tubulação acima, é de 4, 99 × 10 3 m / s 2, e que


com essa aceleração, a tubulação consegue retirar 2000kg/s de petróleo do poço, ou seja,
duas toneladas por segundo.

 EXEMPLO 5

Considere um prego cuja cabeça possui raio de 1cm e comprimento de 5cm.

Na cabeça desse prego, é dada uma martelada com uma força de 500N.

Se a pressão na ponta do prego é 2,5 vezes maior do que na sua cabeça, qual é a área da
seção transversal da ponta do prego?

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Pressão, no vídeo a seguir.

Diferença entre a cabeça e a ponta do prego


TEORIA NA PRÁTICA
Considere que um projétil de 0,3kg de massa é disparado por um rifle a uma velocidade de
340m/s.

Esse projétil possui área da seção reta de sua ponta de 1, 2 × 10 - 6m 2.

Ele atinge uma parede e para ao penetrá-la por 8cm.

Considerando que a força que desacelera o projétil até ele parar é constante, vamos
determinar a pressão que ele exerce sobre a parede.

Primeiramente, para conhecer a força que desacelera o projétil, temos que encontrar a
aceleração que desacelera o projétil. Para isso, nós vamos utilizar a equação de Torricelli:

v² = v 20 + 2a ∆ S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A velocidade final (v) do projétil é zero. A velocidade inicial (v0) do projétil é 340m/s, e o espaço

percorrido ( ∆ S) até parar é de 8cm, que é 0,08m. Assim:

0 = 340² + 2a(0,08)

a = - 722.500m / s²

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Note que a aceleração é negativa, e esse resultado está correto, devido ao fato de a
aceleração diminuir a velocidade do projétil até ele parar.

Então, conhecendo a massa do projétil e a sua aceleração, assim como a área da sua ponta,
podemos determinar a pressão que o projétil exerce na parede, utilizando a equação (3),
assim:
F
P=
S
ma
P= S

0,3 ∙ ( - 722.500 )
P= = - 1,8. 10 11Pa
1,2x10 - 6

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas se a pressão é uma grandeza escalar, como é possível que ela apresente um valor
negativo?

A pressão apresentar um módulo negativo significa que o movimento do projétil está ocorrendo
do ponto de menor pressão para o de maior pressão, ou seja, esse movimento é antinatural e
só ocorre devido à energia cinética do projétil, que diminui pela ação da pressão até se
extinguir e fazer com que o projétil pare.

MÃO NA MASSA

1. DETERMINADO MATERIAL EM SEU ESTADO LÍQUIDO ESTÁ DENTRO


DE UM CILINDRO DE 24CM DE ALTURA E 6CM DE DIÂMETRO,
PREENCHENDO-O COMPLETAMENTE. SABENDO QUE A DENSIDADE
DESSE MATERIAL É DE 1030KG/M³, A MASSA CONTIDA NO CILINDRO É
IGUAL A:

A) 495,38g

B) 651,21g

C) 699,39g

D) 702,35g

2. UMA FORÇA DE 2000N É APLICADA TRANSVERSALMENTE EM UMA


ÁREA DE 55M². A PRESSÃO EXERCIDA SOBRE ESSA ÁREA É IGUAL A:
A) a) 36,36Pa

B) 47,47Pa

C) 58,58Pa

D) 69,69Pa

3. A FIGURA MOSTRA UM GARFO DE 4 PONTAS APOIADO COM SEUS


DENTES SOBRE UMA SUPERFÍCIE HORIZONTAL E LISA.

FONTE: SHUTTERSTOCK
SABENDO QUE A PRESSÃO TOTAL DO GARFO SOBRE A SUPERFÍCIE É
DE 20PA, E QUE A FORÇA APLICADA PELA PESSOA SOBRE O GARFO
(QUE SE TRANSMITE PERPENDICULARMENTE PARA A MESA) É DE 16N,
A ÁREA TRANSVERSAL DE UM UMA ÚNICA PONTA (UM DENTE) DO
GARFO É IGUAL A:

A) 0,1m²

B) 0,2m²

C) 0,3m²

D) 0,4m²
4. DOIS LÍQUIDOS A E B POSSUEM A MESMA MASSA, TODAVIA
DENSIDADES DISTINTAS. SABE-SE QUE A DENSIDADE RELATIVA DE A É
DE 150% DA DENSIDADE DE B, E QUE O VOLUME DE B É DE 50ML,
ASSIM, O VOLUME DE A É IGUAL A:

A) 10,10mL

B) 11,11mL

C) 22,22mL

D) 33,33mL

5. A FIGURA A SEGUIR MOSTRA UMA FORÇA DE MÓDULO 2020N


INCIDINDO A 45° SOBRE UMA SUPERFÍCIE PLANA.

FONTE: O AUTOR

A SUPERFÍCIE POSSUI 1 M DE LARGURA POR 1,2 M DE COMPRIMENTO,


E A ÁREA DE AÇÃO DA FORÇA EQUIVALE A 2% DA ÁREA DESSA
SUPERFÍCIE. DIANTE DISSO, PODEMOS AFIRMAR QUE A PRESSÃO
EXERCIDA PELA FORÇA É IGUAL A:

A) 42.083,33√2Pa

B) 42.083,33√3Pa

C) 52.083,33√2Pa

D) 52.083,33√3Pa
6. ASSINALE A OPÇÃO EM QUE A PRESSÃO ESTÁ EXPRESSA EM
FUNÇÃO DA DENSIDADE DO MATERIAL QUE SOFRE AÇÃO DE UMA
FORÇA RESULTANTE:

m . h
A) P = F . d

F . d . h
B) P = m
F . m . h
C) P = d
m
D) P = F . d . h

GABARITO

1. Determinado material em seu estado líquido está dentro de um cilindro de 24cm de


altura e 6cm de diâmetro, preenchendo-o completamente. Sabendo que a densidade
desse material é de 1030kg/m³, a massa contida no cilindro é igual a:

A alternativa "C " está correta.

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Densidade, no vídeo a seguir.

2. Uma força de 2000N é aplicada transversalmente em uma área de 55m². A pressão


exercida sobre essa área é igual a:

Como todas as unidades já estão no S.I., podemos aplicar diretamente a fórmula:


F
P=
S
2000
P = 55

P = 36,36Pa
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. A figura mostra um garfo de 4 pontas apoiado com seus dentes sobre uma superfície
horizontal e lisa.

Fonte: Shutterstock
Sabendo que a pressão total do garfo sobre a superfície é de 20Pa, e que a força
aplicada pela pessoa sobre o garfo (que se transmite perpendicularmente para a mesa) é
de 16N, a área transversal de um uma única ponta (um dente) do garfo é igual a:

Como o garfo tem 4 dentes, podemos escrever a equação da pressão da seguinte maneira:
F
P=
4S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Na qual A é a área de cada dente, assim:


16
20 = 4A

4
S = 20

1
S = 5 = 0,2m²

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Dois líquidos A e B possuem a mesma massa, todavia densidades distintas. Sabe-se


que a densidade relativa de A é de 150% da densidade de B, e que o volume de B é de
50mL, assim, o volume de A é igual a:
Para o corpo A, temos

mA = dA ∙ VA

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

E para o corpo B temos:

mB = dB ∙ VB

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como suas massas são iguais, podemos afirmar que:

mA = mB

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Logo:

dA ∙ VA = dB ∙ VB

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pelo enunciado, d A = 1,5d B, e V B = 50mL, assim:

1,5d B ∙ V A = d B ∙ 50mL
50d B
V A = 1,5d mL
B

V A = 33,33mL

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

5. A figura a seguir mostra uma força de módulo 2020N incidindo a 45° sobre uma
superfície plana.

Fonte: O Autor

A superfície possui 1 m de largura por 1,2 m de comprimento, e a área de ação da força


equivale a 2% da área dessa superfície. Diante disso, podemos afirmar que a pressão
exercida pela força é igual a:

Primeiramente, devemos nos atentar ao fato de que a componente da força que realiza a
pressão sobre a superfície é a componente vertical, assim, é necessário realizar uma
decomposição do vetor força, como mostra a figura:

Fonte: O Autor

Note que Fy é o cateto oposto do triângulo retângulo formado entre a força de 2020N, a

componente Fy e a superfície, assim, podemos afirmar que:

Fy
sen(45°) =
F

F y = Fsen(45°)

√2
F y = 2020 ∙ 2 = 1010√2N

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Agora que conhecemos a componente vertical da força, vamos determinar a área de atuação
desta força. O enunciado afirma que ela atua em 2% de toda a área da superfície, então vamos
determinar a área da superfície:

S = b. h

S = 1m ∙ 1,2m = 1,2m²

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como a área de atuação é de 2%:

S atuação = 0,02 ∙ 1,2 = 0,024m²

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, a pressão é dada por:

Fy
P=
S atuação
1010√2
P = 0,024 = 42.083,33√2Pa

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

6. Assinale a opção em que a pressão está expressa em função da densidade do material


que sofre ação de uma força resultante:

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Pressão, no vídeo a seguir.

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. ASSINALE A OPÇÃO QUE COMPLETA CORRETAMENTE A


AFIRMAÇÃO:
“AO REDUZIR A ÁREA DE ATUAÇÃO DE UMA FORÇA PELA METADE, A
SUA PRESSÃO AUMENTA EM ________ VEZES O SEU MÓDULO”.

A) Duas

B) Três

C) Quatro

D) Seis
2. O VOLUME DE DETERMINADO CORPO SE ALTERA COM A VARIAÇÃO
DA TEMPERATURA SE COMPORTANDO DE ACORDO COM A FUNÇÃO
V(T) = T³ - 2T² + 1.ESSE VOLUME É DADO EM METROS CÚBICOS, E A
TEMPERATURA UTILIZADA NA FUNÇÃO ESTÁ EM KELVIN. SABENDO
QUE A MASSA DESSE CORPO NUNCA SE ALTERA, ASSINALE A
VARIAÇÃO PERCENTUAL DA DENSIDADE DESTE CORPO NAS
TEMPERATURAS DE 0°C E 100°C RESPECTIVAMENTE:

A) -61%

B) 61%

C) 39%

D) -39%

GABARITO

1. Assinale a opção que completa corretamente a afirmação:


“Ao reduzir a área de atuação de uma força pela metade, a sua pressão aumenta em
________ vezes o seu módulo”.

A alternativa "A " está correta.

A pressão é dada por:

F1
P1 = S
1

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ao reduzir a aérea pela metade, sem alterar a força aplicada, temos:


F1
P2 = S1
2

F1
P2 = 2 ∙
S1

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como

F1
P1 = S
1
P2 = 2 ∙ P1

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. O volume de determinado corpo se altera com a variação da temperatura se


comportando de acordo com a função V(T) = T³ - 2T² + 1.Esse volume é dado em metros
cúbicos, e a temperatura utilizada na função está em kelvin. Sabendo que a massa desse
corpo nunca se altera, assinale a variação percentual da densidade deste corpo nas
temperaturas de 0°C e 100°C respectivamente:

A alternativa "A " está correta.

Primeiramente, devemos converter as temperaturas para kelvin, assim:

T K = T C + 273

T K = 0 + 273 = 273K

T K = 100 + 273 = 373K

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo essas temperaturas em: V(T) = T³ - 2T² + 1

V(273) = (273) 3 - 2(273) 2 + 1 = 20.197.360m³

V(373) = (373) 3 - 2(373) 2 + 1 = 51.616.860m³

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A massa é dada por:

m=d∙V

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, como a massa se mantém, podemos escrever a seguinte relação:

d 273 ∙ V 273 = d 373. V 373

d 273 ∙ 20.197.360 = d 373. 51.616.860

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então, fazendo a razão entre d373 com d273, temos:

d 373 20.197.360
d 273
= 51.616.860 = 0,39

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Multiplicando por 100:

d 373
d 273
= 39%

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ou seja

d 373 = 0,39d 273

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A variação percentual é dada por:

d 373 - d 273
∆ d(%) = d 273

∆ d(%) =
( 0,39d 273 - d 273
d 273 )
x100 = - 61%

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

MÓDULO 2

 Aplicar os conceitos de Arquimedes e Pascal na estática dos fluidos

INTRODUÇÃO
Um fluido (líquido ou gás), quando incompressível, é capaz de transmitir a força aplicada a ele,
molécula por molécula, sem apresentar perdas, o que permite muitas aplicações práticas no
ramo da pressão.

Todo corpo que se encontra imerso em algum fluido e está em equilíbrio sofre pressão de todas
as direções (pressão hidrostática), como também a ação de uma força vertical para cima
chamada empuxo.

À vista disso, vamos verificar neste módulo os princípios que descrevem esses fenômenos.
PRINCÍPIO DE PASCAL
O Princípio de Pascal recebeu esse nome por ter sido elaborado pelo físico e matemático
francês Blaise Pascal (Default tooltip) , o qual estabeleceu que:

A PRESSÃO APLICADA NUM PONTO DE UM FLUIDO


EM REPOUSO TRANSMITE-SE INTEGRALMENTE A
TODOS OS PONTOS DO FLUIDO.

Esse princípio permite, por exemplo, utilizar os macacos hidráulicos para levantar veículos,
aplicando forças muito inferiores ao peso do automóvel, como mostra a figura.

Fonte: Shutterstock

Vamos utilizar essa imagem para exemplificar a aplicação da Teoria da Pressão e explicar de
maneira sucinta o Princípio de Pascal:
 EXEMPLO 6

Considere que na figura, temos um elevador hidráulico, com um óleo de densidade de


0,8g/cm³, incompressível.

Do lado em que o carro se encontra, o raio da plataforma que o ergue é de 2m, e do lado onde
a força é aplicada, o raio é de 0,5m.

Considerando que o carro tem um peso de 12.000N, qual deve ser a força realizada no lado da
área S1, para erguer o carro com velocidade constante?

Solução

Para que a velocidade seja constante, a força resultante é nula, ou seja: FR = 0

Pelo Princípio de Pascal, a pressão aplicada se transmite integralmente a todos os pontos do


fluido. Isso nos permite afirmar que:

F1
S1
= S
2
F2

()
5

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A força F2 é a força peso do carro, e como estamos falando de um elevador hidráulico com

plataforma cujo raio é 2m, podemos dizer que esse elevador é cilíndrico, e a área de sua seção
reta é a de um círculo, assim:
F1 F2
=
πr 21 πr 22

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como queremos descobrir a força que devemos exercer para poder levantar o automóvel,
temos que isolar F1:

F2
F1 = 2 πr 21
πr 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos simplificar a equação cortando o π, devido a sua existência tanto no numerador


quanto no denominador:

F2
F1 = 2 r 21
r2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo os valores dados no enunciado, temos:

12.000
F1 = 2²
0,5² = 750N

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se fizermos uma análise percentual, chegamos à conclusão de que a força necessária para
erguer o automóvel é equivalente a 6,25% da força peso do automóvel, como está
demonstrado a seguir:
F1 750
F % = F = 12.000 = 0,0625 = 6,25%
2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A aplicação da equação (5) no exemplo nos mostra claramente que a redução da área
aumenta consideravelmente a pressão aplicada, permitindo, assim, que o esforço humano seja
minimizado.

 ATENÇÃO

Apesar de o exemplo 6 ter sido solucionado utilizando a área de uma seção transversal
circular, essa área pode assumir qualquer geometria plana, então, antes de solucionar qualquer
tipo de problema envolvendo pressão, devemos nos atentar ao tipo de área de seção
transversal ao qual a força é aplicada.

LEI DE STEVIN
A Lei de Stevin, ou Teorema de Stevin é um princípio físico que foi desenvolvido pelo físico,
engenheiro e matemático Simon Stevin, o qual estabeleceu que a pressão absoluta existente
em um líquido incompressível e de densidade homogênea, a certa profundidade h, é igual à
soma da pressão atmosférica (exercida na superfície do líquido) com a pressão efetiva
(pressão existente na profundidade h). Esse princípio descarta que a pressão existente em
certo ponto do fluido dependa da geometria do recipiente do fluido.

Matematicamente, temos a Lei de Stevin como sendo:


P = P 0 + P ef (6 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que P é a pressão exercida sobre o corpo, P0 é a pressão atmosférica na superfície do

líquido, que em geral é 1 atm (Default tooltip) (105Pa), e Pef é a pressão efetiva exercida pelo

líquido no corpo.

Vamos demonstrar a seguir como a pressão existente em um corpo submerso em um líquido


depende da densidade desse líquido e do seu deslocamento.

DEMONSTRAÇÃO

A pressão atmosférica na superfície do líquido é constante, P0 então não sofre alteração.

Todavia, a pressão efetiva sofre alteração conforme a profundidade do corpo se altera no


líquido, assim, podemos escrever que:

P = P0 + S
F
()7

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Pela segunda Lei de Newton, temos que a força pode ser escrita pelo produto da massa pela
aceleração, então:

P = P0 +
S
ma
() 8

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A massa pode ser escrita em função da densidade como: m = d.V, assim:


d∙V∙a
P = P0 + (9)
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O volume é definido como sendo o produto da área pela altura, e no caso do corpo submerso,
ele está abandonado, ou seja, está sob a aceleração da gravidade, assim temos:

d∙S∙h∙g
P = P0 + S
(10)

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Simplificando, temos:

P = P0 + d ∙ g ∙ h (11)

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A equação (11) é a Lei de Stevin para qualquer fluido, seja ele líquido ou gasoso, desde
que seja incompressível.

Nessa equação, consideramos a profundidade como medida positiva, ou seja, da superfície do


líquido para baixo como deslocamento positivo, e a altura, ou seja, deslocamento para cima
como negativo, isso porque a pressão diminui para quanto maior for a sua altura, e aumenta
para quanto maior for a sua profundidade.

Ainda na equação (11), a densidade a ser considerada é a do fluido que envolve o corpo
submerso, isso porque é o fluido que realiza a pressão sobre o corpo. Agora, vamos
exemplificar:

 EXEMPLO 7

A figura demonstra um corpo esférico submerso em água, cuja densidade é de 1000kg/m³.

Fonte: O autor

O corpo esférico está a uma profundidade de 2 metros, e, na superfície, a pressão é de 1atm.

Neste caso, a pressão sobre o corpo esférico é de? (considere a aceleração da gravidade
g = 10m/s²).

Solução:

Primeiramente, temos que estabelecer que 1atm = 105Pa, e em seguida aplicar a Lei de
Stevin, assim:

P = P 0 + dgh

P = 10 5 + 1000 ∙ 10 ∙ 2 = 10 5 + 0,2x10 5 = 1,2x10 5Pa


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dividindo este resultando por 105Pa, podemos concluir que a pressão na água a 2 metros de
profundidade é de:

1,2x10 5Pa
P= = 1,2atm
10 5Pa

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Isso significa que a pressão a 2 metros de profundidade aumenta de 1atm para 1,2atm, ou
seja, a um aumento de ∆ P = 0,2atm.

Mas e se considerarmos a profundidade de 3 metros?

P = P 0 + dgh

P = 10 5 + 1000 ∙ 10 ∙ 3 = 10 5 + 0,3x10 5 = 1,3x10 5Pa = 1,3atm

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para a profundidade de 3 metros, houve um aumento de pressão de 0,3atm, ou seja, para cada
1 metro de profundidade, há um acréscimo de 0,1atm de pressão.

Isso mostra que a pressão determinada pela Lei de Stevin é uma função, a qual se comporta
em função da profundidade, assim, a equação (11) é corretamente descrita por uma função,
como demonstrado em (12):

P(h) = P 0 + d ∙ g ∙ h (12 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se observarmos, temos uma função afim, em que Po é o coeficiente linear, e o produto da

densidade pela aceleração gravitacional (d.g) é o coeficiente angular da reta.

Então, para o caso de um corpo afundando no líquido, ou seja, para um corpo se deslocando
cada vez mais para o fundo do líquido, a pressão aumenta linearmente, como mostra o gráfico.
Fonte: O autor
Gráfico 1 - Comportamento da pressão em função da profundidade. Fonte: O autor.

Porém, se ao invés de afundar, o corpo subir, como, por exemplo, um balão, a pressão diminui
com o aumento da sua altitude, isso porque consideramos o posicionamento para cima como
negativo.

Desta maneira, o gráfico da pressão por altura é representado no gráfico a seguir.

Fonte: O autor

A figura seguinte demonstra a convenção de consideração da profundidade h com a variação


de pressão ∆ P
Fonte: O autor
Variação da pressão ∆ P em função da profundidade (h). Fonte: O autor.

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Você já deve ter se sentido mais leve ao entrar em uma piscina, ou ao mergulhar na água de
um rio ou de alguma praia. Não se trata de uma simples impressão, isso ocorre graças à força
de resistência aplicada pelo líquido a qualquer corpo que esteja totalmente ou parcialmente
submerso. Essa força se chama empuxo, sendo representada pela letra E.
Fonte: Shutterstock

Essa força é descrita graças ao Princípio de Arquimedes.

Na íntegra, esse princípio diz que para todo corpo submerso ou parcialmente submerso existe
uma força de direção vertical, cujo sentido é de baixo para cima, igual ao peso do volume do
líquido deslocado pelo corpo.

Matematicamente, a força empuxo é dada como:

(13 )

E=d∙→
g∙V

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Na qual:

d é a densidade do líquido

g é a aceleração da gravidade local e

V é o volume do líquido deslocado

O volume V do líquido deslocado é exatamente igual ao volume submerso do corpo sólido.

 EXEMPLO 8
Considere que uma esfera de metal de 5cm de raio está completamente submersa e em
repouso em um tanque com água salgada de 1,03g/cm³ de densidade. Considerando a
aceleração gravitacional como 9,8m/s², qual o módulo, a direção e o sentido da força de
empuxo atuante nesta esfera?

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Empuxo, no vídeo a seguir.

Módulo da força de empuxo

 EXEMPLO 9

Considere uma esfera de 4kg de massa, que está afundando em um ambiente aquático cuja
densidade é de 1001kg/m³.
Considerando a aceleração gravitacional como 10m/s², e o volume do corpo como 0,5x10-3m³,
a aceleração com a qual esse corpo afunda é igual a:

Solução:

Primeiro, temos que analisar o corpo afundando.

Para baixo, temos a aceleração gravitacional; para cima, temos a força de empuxo, porém a
resultante das forças não é nula.

Agora, existe um movimento acelerado para baixo:

P - E = ma

mg - dgV = ma

mg - dgV
a= m
dgV
a=g- m

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo os valores do enunciado:

1001.10.0,5x10 - 3
a = 10 - 4
= 10 - 1,25 = 8,75m / s²

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ou seja, o corpo afunda neste líquido com uma aceleração de 8,75m/s².

TEORIA NA PRÁTICA
Para estudo de densidade de líquidos imiscíveis, normalmente, utilizam-se vasos
comunicantes.

Os vasos comunicantes são recipientes de líquidos em formato de U, que permitem que


os líquidos fiquem em contato.

Para encontrar a densidade de um líquido desejado, utiliza-se um líquido cuja densidade é


conhecida, e então aplica-se a Lei de Stevin.

Vejamos a situação do vaso comunicante que aparece na figura. A altura das duas colunas dos
líquidos são proporcionais às suas densidades:
Fonte: O autor
Vasos comunicantes com dois líquidos de densidades distintas. Fonte: O autor.

P1 = P2

P 0 + d 1gH 1 = P 0 + d 2gH 2

d 1H 1 = d 2H 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos considerar que o líquido azul, de densidade d2, é a água do mar, com densidade de

1,03g/cm³, e que a altura H2 é de 10cm, e a altura H1 do líquido amarelo de densidade

desconhecida é de 13cm.

Diante disso, vamos determinar a densidade do líquido 1:

g
d 113cm = 1,03 cm ³ 10cm

g 10cm g
d 1 = 1,03 cm ³ ∙ 13cm = 0,79 cm ³

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Utilizando a Lei de Stevin, conseguimos determinar a densidade do líquido desconhecido,


fazendo uma simples relação entre funções afins.

MÃO NA MASSA

1. UM CUBO ESTÁ TOTALMENTE SUBMERSO EM UM LÍQUIDO CUJA


DENSIDADE É DE 0,8G/CM³, A UMA PROFUNDIDADE DE 4CM DA
SUPERFÍCIE DO LÍQUIDO EM QUE A PRESSÃO CORRESPONDE A 105PA.
SE A ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL É DE 10M/S², A PRESSÃO
EXERCIDA SOBRE O CUBO DE GELO É DE:

A) 10 5Pa

B) 2x10 5Pa

C) 3x10 5Pa

D) 4x10 5Pa

2. QUAL DEVE SER A PROFUNDIDADE QUE UM CORPO DEVE ATINGIR


NA ÁGUA CUJA DENSIDADE É DE 1000KG/M³, PARA QUE ATUE SOBRE
ELE UMA PRESSÃO DE 2ATM? (CONSIDERE G = 10M/S²).

A) 10m

B) 15m

C) 20m

D) 25m

3.A FIGURA ABAIXO APRESENTA O ESQUEMA FÍSICO DE UM MACACO


HIDRÁULICO.

FONTE: O AUTOR
APLICA-SE, NO PISTÃO 1, UMA FORÇA VERTICAL DE CIMA PARA BAIXO
DE 50N. O RAIO DA SUPERFÍCIE DO PISTÃO 1 É IGUAL A 2CM. O RAIO
DO PISTÃO 2 É IGUAL A 150CM.
CONSIDERANDO A ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE IGUAL A 10M/S², A
FORÇA QUE O PISTÃO 2 É CAPAZ DE EXERCER PARA LEVANTAR UM
OBJETO QUALQUER É IGUAL A:
A) 182.052N

B) 254.683N

C) 281.250N

D) 300.000N

4. EM UM VASO EM FORMATO DE U EXISTEM TRÊS LÍQUIDOS


IMISCÍVEIS, A, B E C, CUJAS DENSIDADES SÃO DA, DB E DC:

FONTE: O AUTOR
SE HA = 3CM, HC = 6CM, DA = 1200KG/M³ E DC = 1000KG/M³, PODEMOS
AFIRMAR QUE A PRESSÃO DE COMPRESSÃO NO LÍQUIDO B É IGUAL A
(CONSIDERE G = 10M/S² E A PRESSÃO NA SUPERFÍCIE DOS LÍQUIDOS A
E C COMO 1ATM):

A) 200.960 Pa

B) 192.010 Pa

C) 180.571 Pa

D) 178.999 Pa

5. EM UM TUBO EM U HÁ SOMENTE UM LÍQUIDO EM REPOUSO. ESSE


TUBO É ENTÃO ACELERADO NA HORIZONTAL, DA ESQUERDA PARA A
DIREITA, COM UMA ACELERAÇÃO DE MÓDULO A.
COM O AUXÍLIO DA LEI DE STEVIN E DA TEORIA SOBRE PRESSÃO,
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE EXPRESSA CORRETAMENTE O
MÓDULO DA ACELERAÇÃO DO SISTEMA, EM FUNÇÃO DA DIFERENÇA
DE ALTURA ENTRE AS COLUNAS DO LÍQUIDO ∆ H
FONTE: O AUTOR

A) a = g
∆H
B) a = g L

L
C) a = g ∆ H
L
D) a =
∆H

6. PARA DETERMINAR A PRESSÃO ATMOSFÉRICA DE CERTO LOCAL,


COM GRAVIDADE IGUAL A G, FORAM UTILIZADOS DOIS BARÔMETROS
(INSTRUMENTOS MEDIDORES DE PRESSÃO), UM CONTENDO
MERCÚRIO E O OUTRO CONTENDO ÁGUA.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A DIFERENÇA DE ALTURA
ENTRE AS COLUNAS DE ÁGUA E DE MERCÚRIO.

PA PB
A) h A - h B = - d g - d g
A B

PA PB
B) h A - h B = d g + d g
A B

PA PB
C) h A - h B = - d g + d g
A B

PA PB
D) h A - h B = d g - d g
A B

GABARITO

1. Um cubo está totalmente submerso em um líquido cuja densidade é de 0,8g/cm³, a


uma profundidade de 4cm da superfície do líquido em que a pressão corresponde a
105Pa. Se a aceleração gravitacional é de 10m/s², a pressão exercida sobre o cubo de
gelo é de:

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Pressão, no vídeo a seguir.

2. Qual deve ser a profundidade que um corpo deve atingir na água cuja densidade é de
1000kg/m³, para que atue sobre ele uma pressão de 2atm? (Considere g = 10m/s²).

Utilizando a Lei de Stevin:

P = P 0 + dgh

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como a pressão na superfície é de 1atm = 105 Pa, temos que 2atm = 2x105Pa, assim:

2x10 5 = 1x10 5 + 1000 ∙ 10 ∙ h

2x10 5 - 1x10 5
h= 1000 ∙ 10
= 10m

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3.A figura abaixo apresenta o esquema físico de um macaco hidráulico.

Fonte: O autor
Aplica-se, no pistão 1, uma força vertical de cima para baixo de 50N. O raio da superfície
do pistão 1 é igual a 2cm. O raio do pistão 2 é igual a 150cm.
Considerando a aceleração da gravidade igual a 10m/s², a força que o pistão 2 é capaz
de exercer para levantar um objeto qualquer é igual a:
F1 F2
=
S1 S2

50 F2
π ( 0,02 ) ²
= π ( 1,50 ) ² ∴ F 2 = 281.250N

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Em um vaso em formato de U existem três líquidos imiscíveis, A, B e C, cujas


densidades são dA, dB e dC:

Fonte: O autor
Se ha = 3cm, hc = 6cm, dA = 1200kg/m³ e dc = 1000kg/m³, podemos afirmar que a pressão

de compressão no líquido B é igual a (considere g = 10m/s² e a pressão na superfície


dos líquidos A e C como 1atm):

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Pressão, no vídeo a seguir.

5. Em um tubo em U há somente um líquido em repouso. Esse tubo é então acelerado na


horizontal, da esquerda para a direita, com uma aceleração de módulo a.
Com o auxílio da Lei de Stevin e da teoria sobre pressão, assinale a alternativa que
expressa corretamente o módulo da aceleração do sistema, em função da diferença de
altura entre as colunas do líquido ∆ H
Fonte: O autor

Como a Lei de Stevin trata de pressão, então dizemos que há uma pressão adicional atuando
no sistema devido à aceleração. Esta pressão é: P=F/A∙ Então, no sistema temos:

F
P o + A = P o + dg ∆ H

F
A
= dg ∆ H

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Da segunda Lei de Newton, F = ma, logo:


m.a
= dg ∆ H
A

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Sabemos que a massa é dada pela relação: m = dV


d . V. a
A
= d. g. ∆H

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O volume deslocado (o que sobe do lado esquerdo do tubo) é aquele que ocupa a parte do
tubo de comprimento L, pois a aceleração é horizontal, assim:
d.A.L.a
A
= dg ∆ H

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Simplificando:

L. a = g ∆ H

∆H
a=g L

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

6. Para determinar a pressão atmosférica de certo local, com gravidade igual a g, foram
utilizados dois barômetros (instrumentos medidores de pressão), um contendo mercúrio
e o outro contendo água.
Assinale a alternativa que apresenta a diferença de altura entre as colunas de água e de
mercúrio.

A pressão de um fluido é dada por P = ρgh

Para o barômetro de água:

P A = dgh A

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para o barômetro de mercúrio:

P B = d Bgh B

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A diferença de altura entre as colunas será:

PA PB
hA - hB = d g - d g
A B

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UM GÁS ESTÁ CONFINADO EM UM RECIPIENTE QUE POSSUI UM


ÊMBOLO MÓVEL (PISTÃO). QUANDO NO GÁS DO ÊMBOLO É APLICADA
UMA FORÇA DE 700N, ASSINALE A PRESSÃO SOFRIDA POR ESTE GÁS,
SE O ÊMBOLO CILÍNDRICO POSSUI RAIO DE 12CM.

A) 15,47kPa

B) 13,55kPa

C) 12,88kPa

D) 12,01kPa
2. UM PREGO, PARA PERFURAR UMA DETERMINADA SUPERFÍCIE,
DEVE EXERCER UMA PRESSÃO DE 850KPA. SABENDO QUE O BATER
DE UM MARTELO EXERCE UMA FORÇA DE 150N, ASSINALE A OPÇÃO
QUE APRESENTA A ÁREA DA PONTA DO PREGO:

A) 2,4x10 - 4m²

B) 2,2x10 - 4m²

C) 1,8x10 - 4m 2

D) 1,6x10 - 4m 2

GABARITO

1. Um gás está confinado em um recipiente que possui um êmbolo móvel (pistão).


Quando no gás do êmbolo é aplicada uma força de 700N, assinale a pressão sofrida por
este gás, se o êmbolo cilíndrico possui raio de 12cm.

A alternativa "A " está correta.

F
P= S

F 700
P = πr ² = π . ( 0,12 ) ² = 15,47kPa

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Um prego, para perfurar uma determinada superfície, deve exercer uma pressão de
850kPa. Sabendo que o bater de um martelo exerce uma força de 150N, assinale a opção
que apresenta a área da ponta do prego:

A alternativa "C " está correta.

F
P= S

F 150
S= P = = 1,8x10 - 4m²
850x10 3

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


MÓDULO 3

 Aplicar a equação da continuidade na dinâmica dos fluidos

INTRODUÇÃO
Você já parou para se perguntar por que quando queremos fazer uma mangueira jogar a água
mais longe tapamos parte da saída com o dedo?

Fazemos isso instintivamente e sabemos que funciona, porém, o que explica esse fenômeno?
A resposta é a equação da continuidade.

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O que ocorre quando tapamos parte da saída da água na mangueira?

Fonte: Shutterstock

Nós diminuímos a área da seção transversal dela.



Isso aumenta a pressão interna na mangueira e, consequentemente, aumenta a velocidade de
saída da água.


Como a velocidade da saída é maior, as moléculas de água são arremessadas para mais
longe.

Com isso, conseguimos concluir que, quanto menor for a área de saída da água (sem bloqueá-
la por completo), maior será a velocidade de saída da água e, por sua vez, maior será o
alcance.

A esse fenômeno físico, damos o nome de continuidade, e matematicamente expressamos


esse fenômeno pela equação da continuidade:

DEMONSTRAÇÃO

A equação da continuidade relaciona a velocidade de escoamento de um fluido com a área


disponível para o escoamento.

Para compreender a matemática por trás desse fenômeno, vamos observar a figura:

Fonte: O autor
Figura para demonstração da equação da continuidade.
Nela podemos verificar que existem duas áreas de seção retas distintas, A1 e A2, em que A1 >

A2.

Considere que em um intervalo de tempo (Δt), certo volume (ΔV) do fluido passa por A1.

Sendo esse fluido incompressível, podemos assumir que o mesmo volume (ΔV) sairá por A2,

ou seja, o volume na área 1 (V1) é igual ao volume da área 2 (V2).

Durante o intervalo de tempo Δt, o espaço percorrido pelo fluido Δs é expresso pela equação
da velocidade (Δs = v . Δt), sendo v a velocidade de escoamento.

Assim, podemos escrever:

V1 = V2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Os volumes V1 e V2 podem ser descritos em função das áreas e do deslocamento do fluido,

tomando a área da seção reta da mangueira como a área da base e o deslocamento ∆ S do


fluido como a altura (V = A ∙ ∆ S) , assim, para os volumes V1 e V2:

A 1. Δs = A 2. Δs

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como vimos, da cinemática podemos escrever que Δs = v ∙ Δt, assim:

A 1. v 1. Δt = A 2. v 2. Δt

A 1 . v 1 = A 2. v 2 (14 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Esta é a equação (14) da continuidade e que relaciona a velocidade dos fluidos com a área de
seção reta pela qual o volume do fluido atravessa.

Vamos verificar a sua utilidade:

 EXEMPLO 10

Em uma mangueira de área de seção reta A, escoa certo volume V de água por segundo. Uma
pessoa manipulando a mangueira tapa metade da área da saída com o dedo. Diante disso,
qual é a nova velocidade da água ao abandonar a mangueira?
Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Princípio da continuidade, no vídeo
a seguir.

Velocidade de saída de um jato d´água de uma mangueira

TEORIA NA PRÁTICA
Digamos que em uma mangueira de diâmetro de 2” (duas polegadas) atravessam 250mL de
água por segundo.

Com essa área de seção reta e com a mangueira posicionada a uma angulação com a
horizontal de 45°, a água possui um alcance horizontal de 4m (quatro metros).
Vamos então determinar o alcance do jato d’água para o caso da área da seção transversal da
saída da mangueira ser reduzida, pela metade, por um terço e por um quarto da área da seção
transversal inicial.

Fonte: Shutterstock

Sabemos da cinemática que, em x, a trajetória é retilínea e uniforme, ou seja, é um M.R.U.


(Movimento Retilíneo Uniforme).

Assim, podemos escrever que o alcance em x é dado pela equação do M.R.U.:

x(t) = x 0 + v 0xt

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Na qual:

x(t) é a posição final

x0 é a posição inicial

v0x é a velocidade inicial na horizontal

t é o tempo

O alcance (A) é determinado como sendo a variação da posição final do jato d’água, com a
posição inicial:

A = x(t) - x 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dessa maneira, podemos escrever que:

A = v 0xt

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Porém, precisamos descobrir o que é esse v 0x.

Para isso, vamos olhar a figura e observar o triângulo retângulo formado entre os vetores v0,

v0x e v0y

Como v0x é o cateto adjacente ao triângulo retângulo, podemos escrever que:

√2
v 0x = v 0cos(45°) = v 0 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, o alcance pode ser descrito como:

√2
A = v0 2 t

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O alcance inicial é de 4 metros, e isso ocorre em 1 segundo, que é o tempo de vazão da


mangueira:

√2
4 = v0 2 ∙ 1

v 0 = 4√2m / s

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Agora que conhecemos a velocidade inicial v0, vamos modelar uma equação de continuidade

que nos permita possuir a velocidade do jato d’água, com a redução da área da seção reta:

A 0v 0 = Av
A 0v 0
v= A

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A área da seção reta da mangueira é um círculo: πr². Assim:


2
πr 0v 0
v = πr ²
v=
() r0 2
r
v0

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Note que a velocidade final ficou em função da razão entre o raio inicial e final da saída de
água ao quadrado.

Neste caso, como os raios operam matematicamente em uma razão, é necessário fazer a
conversão de polegadas para metros, todavia temos que nos preocupar com o raio inicial r0,
pois nos é dado o valor do diâmetro que é de 2”, assim, o raio é igual a 1”. Logo, continuando
com nossa modelagem matemática, temos:

v=
() 1 2
r
v0

1
v = r ² v0

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Montemos uma tabela para demonstrar os resultados das velocidades em m/s, das três
situações pedidas no enunciado: (lembre-se de que r0 = 1” e que v 0 = 4√2m / s)

Raio (“) Velocidade (m/s)

1
r v 1 = 16√2
2 0

1
r v 2 = 36√2
3 0

1
r v 3 = 64√2
4 0

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

√2
Vamos agora adaptar a equação do alcance deduzida acima(A = v 0 t), para utilizar as
2
velocidades determinadas na tabela anterior, assim:

√2
A=v t
2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Utilizando t = 1s, e as velocidades da tabela prévia, vamos montar uma nova tabela, com os
novos alcances:

Velocidade (m/s) Alcance (m)

v 1 = 16√2 A 1 = 16

v 2 = 36√2 A 2 = 36

v 3 = 64√2 A 3 = 64

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Chegamos à conclusão de que o alcance aumenta com a diminuição da área da seção reta,
porque a velocidade de lançamento também aumenta.

MÃO NA MASSA

1. EM UM ENCANAMENTO DE UMA RESIDÊNCIA, O CANO LIGADO À


CAIXA D’ÁGUA POSSUI ¾”, DE DIÂMETRO, TODAVIA, O CANO LIGADO
NA TORNEIRA POSSUI ½”.
ISSO É POSSÍVEL GRAÇAS A UMA PEÇA CHAMADA DE UNIÃO, EM QUE
A ENTRADA É DE ¾” E A SAÍDA É DE ½”. SE A VELOCIDADE DE
ENTRADA NA UNIÃO É DE , A VELOCIDADE É IGUAL A:

A) 22m/s

B) 24m/s

C) 25m/s

D) 27m/s
2. A EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE LEVA EM CONSIDERAÇÃO QUE O
VOLUME DE ENTRADA EM UMA MANGUEIRA É SEMPRE IGUAL AO
VOLUME DE SAÍDA, QUANDO O FLUIDO QUE ATRAVESSA A
MANGUEIRA É INCOMPRESSÍVEL.

DESSA FORMA, ANALISE AS ASSERÇÕES REALIZADAS ABAIXO:


I- AO REDUZIR A ÁREA DA SEÇÃO RETA DE SAÍDA DE UM FLUIDO,
AUMENTA-SE A VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO DESSE FLUIDO.
PORQUE
II- A REDUÇÃO DA ÁREA DA SEÇÃO RETA DA SAÍDA AUMENTA A
PRESSÃO NO INTERIOR DA MANGUEIRA.

ASSINALE A OPÇÃO QUE APRESENTA A CORRETA RELAÇÃO ENTRE


AS ASSERÇÕES CITADAS ACIMA:

A) As asserções I e II estão corretas e a asserção II é uma explicação para a asserção I.

B) A asserção I está correta e a asserção II está incorreta.

C) A asserção I está incorreta e a asserção II está correta.

D) As asserções I e II estão incorretas.

3.UMA MANGUEIRA COM ÁREA DE SEÇÃO RETA DE 0,0025M² ESTÁ


DISPOSTA NA HORIZONTAL APOIADA NO SOLO. AO LIGAR ESSA
MANGUEIRA, O JATO D’ÁGUA ATINGE UMA DISTÂNCIA DE 1M EM 0,9S.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A DISTÂNCIA ATINGIDA
PELO JATO D’ÁGUA, SE A ÁREA DA MANGUEIRA FOR REDUZIDA À
METADE, SE MANTIDO O TEMPO DE PERCURSO:

A) 2,00m/s

B) 3,33m/s

C) 4,44m/s

D) 5,55m/s
4. EM DETERMINADO ENCANAMENTO, EXISTE UMA REDUÇÃO
CILÍNDRICA DE DIÂMETRO INICIAL DE 4” PARA DIÂMETRO FINAL 2”. SE
A ÁGUA ENTRA NESSA REDUÇÃO COM VELOCIDADE DE 10M/S, A
VELOCIDADE DE SAÍDA DA REDUÇÃO É IGUAL A:

A) 30m/s

B) 40m/s

C) 50m/s

D) 60m/s

5. UM COMPRESSOR DE ÁGUA JORRA ÁGUA COM VELOCIDADE DE


3CM/S APÓS ESTA PASSAR POR UMA REDUÇÃO EM SEU INTERIOR, DE
DIÂMETROS IGUAL A 7CM PARA UM DIÂMETRO DE 4CM. A
VELOCIDADE DE ENTRADA DA ÁGUA NESTE COMPRESSOR É IGUAL A:

A) 0,95cm/s

B) 0,98cm/s

C) 1,06cm/s

D) 1,10cm/s

6. POR UMA TUBULAÇÃO DE 16” ESCOAM 90L/S DE ÁGUA. ESTE TUBO


SOFRE UMA REDUÇÃO PARA 8” EM CERTO PONTO. ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE APRESENTA RESPECTIVAMENTE AS VELOCIDADES
V1 ANTES DO LÍQUIDO PASSAR PELA REDUÇÃO E V2 APÓS O LÍQUIDO
PASSAR PELA REDUÇÃO: (CONSIDERE 1” = 2,54CM)

A) a) 0,7m/s e 2,8m/s

B) b) 2,8m/s e 0,7m/s

C) c) 2,7m/s e 0,8m/s

D) d) 0,8m/s e 2,7m/s
GABARITO

1. Em um encanamento de uma residência, o cano ligado à caixa d’água possui ¾”, de


diâmetro, todavia, o cano ligado na torneira possui ½”.
Isso é possível graças a uma peça chamada de união, em que a entrada é de ¾” e a
saída é de ½”. Se a velocidade de entrada na união é de , a velocidade é igual a:

Utilizando a equação da continuidade:

A 1v 1 = A 2v 2
A 1v 1
v2 = A
2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A área da seção reta é a área de um círculo, assim:

A = πr²

πr 21v 1
v2 = 2
πr 2

2
r 1v 1
v2 =
r 22

( ) d1 2

2 v1

v2 =

() d2
2
2

( d 1 ) 2v 1
v2 =
( d2 ) 2
(3/4) 2
v2 = ∙ 12 = 27m / s
(1/2) 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. A equação da continuidade leva em consideração que o volume de entrada em uma


mangueira é sempre igual ao volume de saída, quando o fluido que atravessa a
mangueira é incompressível.

Dessa forma, analise as asserções realizadas abaixo:


I- Ao reduzir a área da seção reta de saída de um fluido, aumenta-se a velocidade de
deslocamento desse fluido.
PORQUE
II- A redução da área da seção reta da saída aumenta a pressão no interior da mangueira.

Assinale a opção que apresenta a correta relação entre as asserções citadas acima:

A primeira asserção está correta, pois com a redução da área da saída, há o aumento da
velocidade da saída. A segunda também está correta, pois a redução da área causa aumento
da pressão interna, que aumenta a velocidade de saída do fluido, então a asserção II serve
como explicação para a asserção I.

3.Uma mangueira com área de seção reta de 0,0025m² está disposta na horizontal
apoiada no solo. Ao ligar essa mangueira, o jato d’água atinge uma distância de 1m em
0,9s. Assinale a alternativa que apresenta a distância atingida pelo jato d’água, se a área
da mangueira for reduzida à metade, se mantido o tempo de percurso:

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Princípio da continuidade, no vídeo a
seguir.

4. Em determinado encanamento, existe uma redução cilíndrica de diâmetro inicial de 4”


para diâmetro final 2”. Se a água entra nessa redução com velocidade de 10m/s, a
velocidade de saída da redução é igual a:

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Princípio da continuidade, no vídeo a
seguir.
5. Um compressor de água jorra água com velocidade de 3cm/s após esta passar por
uma redução em seu interior, de diâmetros igual a 7cm para um diâmetro de 4cm. A
velocidade de entrada da água neste compressor é igual a:

Pela equação da continuidade:

A 1v 1 = A 2v 2

v1 A2
v2
= A
1

( )
d2 2
π 2
v1
v2
=
π
( )
d1
2
2

2
d2
v1 = v2 2
d1

42
v1 = 3
72
cm
v 1 = 0,98 s

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

6. Por uma tubulação de 16” escoam 90L/s de água. Este tubo sofre uma redução para 8”
em certo ponto. Assinale a alternativa que apresenta respectivamente as velocidades v1

antes do líquido passar pela redução e v2 após o líquido passar pela redução: (considere

1” = 2,54cm)

Descontando os valores das paredes, os tubos têm diâmetro útil para escoamento de 16” e 8”.

Antes da redução:

∆S
v = ∆t

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Multiplicando-se a área da seção reta do tubo em ambos os lados da igualdade temos:


∆S
v. A = ∆ t ∙ A

∆V
v = A. ∆t

90L 90x10 - 3m ³
v1 = = = 0,7m / s
πr 2 . 1s
π.
( 16 "
2
∙ 0,0254m
) 2
. 1s
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Após a redução:

v 1A 1 = v 2A 2

( )
2
d1 16 " . 0,0254 2
v 2 = v 1 2 = 0,7 8 " . 0,0254 = 2,8m / s
d2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UMA CASA POSSUI UM CANO 1/2” DE DIÂMETRO DA SUA CAIXA


D’ÁGUA ATÉ A SAÍDA DE ÁGUA NO BANHEIRO, ONDE FOI POSTA UMA
REDUÇÃO DE ½” PARA 1/8”, EM QUE SE FOI ACOPLADA UMA
TORNEIRA. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A CORRETA
RAZÃO ENTRE AS VELOCIDADES DA ÁGUA ANTES E APÓS PASSAR
PELA REDUÇÃO.

A) 8

B) 10

C) 14

D) 16

2. DETERMINADO RESERVATÓRIO SE ENCONTRA A 20M DE ALTURA DO


SOLO. A 10M DO SOLO HÁ UMA REDUÇÃO DE DIÂMETRO DE 3” PARA
1” E NO PONTO DE LANÇAMENTO (CUJO LANÇAMENTO É
HORIZONTAL), A 2M DO SOLO, HÁ UMA REDUÇÃO PARA ¾”. SE G =
10M/S², A VELOCIDADE DE LANÇAMENTO DA ÁGUA É IGUAL A:
A) 170, 50 √ 2 m / s

B) 160,00√2 m / s

C) 153, 54 √ 2 m / s

D) 140, 50 m / s

GABARITO

1. Uma casa possui um cano 1/2” de diâmetro da sua caixa d’água até a saída de água no
banheiro, onde foi posta uma redução de ½” para 1/8”, em que se foi acoplada uma
torneira. Assinale a alternativa que apresenta a correta razão entre as velocidades da
água antes e após passar pela redução.

A alternativa "D " está correta.

Pela equação da continuidade:

v 1A 1 = v 2A 2

v1 A2
v2
= A
1

( ) d2 2
π 2
v1
v2
=
π
( ) d1
2
2

2
v1 d2
=
v2 d 21

v1 d 22

v2
= 2
d1

v1 () 1
2
2

v2
= = 16

() 1
8
2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Determinado reservatório se encontra a 20m de altura do solo. A 10m do solo há uma


redução de diâmetro de 3” para 1” e no ponto de lançamento (cujo lançamento é
horizontal), a 2m do solo, há uma redução para ¾”. Se g = 10m/s², a velocidade de
lançamento da água é igual a:

A alternativa "B " está correta.

Solução comentada

Antes de passar pela primeira redução:


2
mv 1
mgH = 2 + mgh

v1 = √2g(H - h)
v1 = √2 ∙ 10 ∙ (20 - 10) = 10√2m / s
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ao passar pela primeira redução:

v 1A 1 = v 2A 2
v1 A2
v2
= A
1

v1
=
π
()
d2
2
2

v2

()
d1 2
π 2

d 21 (3) 2
v 2 = v 1 2 = 10√2 . = 90√2 m / s
d2 12

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ao passar pela segunda redução:


2
d2 (1) ²
v 3 = v 2 2 = 90√2 . = 160√2 m / s

()
d3 3
4
²

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

MÓDULO 4
 Aplicar a equação de Bernoulli na dinâmica dos fluidos

INTRODUÇÃO
A equação de Bernoulli descreve o comportamento de um fluido que se move ao longo de um
tubo.

Para compreendê-la, vamos analisar a figura a seguir:

Fonte: Shutterstock

EQUAÇÃO DE BERNOULLI
O princípio de Bernoulli (princípio que origina a equação de Bernoulli) afirma que em um fluxo
sem viscosidade há o aumento de velocidade do fluido, simultaneamente com uma diminuição
de pressão, ou diminuição na energia potencial do fluido.

Para um fluido incompressível, a equação de Bernoulli possui a seguinte forma:

v2
2
P
+ gh + ρ = constante
()
15

ρv 2
2
+ ρgh + P = constante
() 16

Na qual:

v = Velocidade do fluido

g = Aceleração gravitacional local

h = Altura em relação a um referencial

P = Pressão ao longo do recipiente

ρ = Densidade do fluido

Três são as afirmações convencionadas que necessitam ser satisfeitas para que a equação se
aplique:

ETAPA 01
1-O escoamento não pode apresentar viscosidade.

ETAPA 02
2-O escoamento deve apresentar regime permanente.

ETAPA 03
3-O fluido deve ser incompressível, ou seja, sua densidade deve ser constante durante todo o
escoamento.

Quando o líquido aumenta a sua velocidade, a pressão no tubo diminui, e isso é previsto pela
equação de Bernoulli, por isso, esse fenômeno é chamado de Princípio de Bernoulli. Um fato
curioso, é que esta equação foi deduzida e apresentada por Leonhard Euler.

Leonhard Euler (1707-1783) foi um matemático suíço criador da fórmula de Euler.


Vejamos como Euler deduziu tal equação:

DEMONSTRAÇÃO

Na figura, a seguir, observamos um tubo contínuo que apresenta um desnível de altura.

Fonte: O autor

Euler utilizou o princípio da conservação da energia para afirmar que o trabalho (W) realizado
pelo fluido é constante em todo o tubo, assim, pegando somente dois pontos do tubo:

W1 = W2

F 1s 1 = F 2s 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que F1 e F2 são as forças aplicadas pelo fluido e s1 e s2 os deslocamentos sofridos pelo

fluido.

Multiplicando e dividindo ambos os lados da equação pelas suas respectivas áreas e fazendo
s 1 = v 1 ∆ t, temos:
A1 A2
F1 A v1 ∆ t = F2 A v2 ∆ t
1 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Força dividida por área e pressão:

P 1A 1v 1 ∆ t = P 2A 2v 2 ∆ t
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, podemos dizer que:

F 1s 1 - F 2s 2 = P 1A 1v 1 ∆ t - P 2A 2v 2 ∆ t (17 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos afirmar também que a variação da energia potencial no tubo é igual a:

mgh 1 - mgh 2 = dgV 1h 1 - dgV 2h 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fazendo V = A.s:

mgh 1 - mgh 2 = dgA 1s 1h - dgA 2s 2h


1 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos fazer s = v ∆ t, assim:

mgh 1 - mgh 2 = dgA 1v 1h ∆ t - dgA 2v 2h ∆ t


1 2 ( )
18

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

E, por fim, podemos afirmar que a variação da energia cinética do fluido escoando pelo cubo é:

1 1 1 1
2
mv 22 - 2 mv 21 = 2 dV 2v 22 - 2 dV 1v 21

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fazendo V = A. s e s = v ∆ t, temos:

1
2
1 1 1
mv 22 - 2 mv 21 = 2 dA 2v 2v 22 ∆ t - 2 dA 1v 1v 21 ∆ t
( ) 19

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Temos então que as equações (17), (18) e (19) correspondem à variação do trabalho, variação
da energia potencial, e variação da energia cinética do fluido no interior do tubo,
respectivamente.

Assumindo agora que a variação da energia cinética é igual à soma entre a variação do
trabalho e a variação da energia potencial, temos:
1 1
P 1A 1v 1 ∆ t - P 2A 2v 2 ∆ t + dgA 1v 1h ∆ t - dgA 2v 2h ∆ t = 2 dA 2v 2v 22 ∆ t - 2 dA 1v 1v 21 ∆ t
1 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Rearranjando, podemos escrever:

1 1
2
dA 1v 1v 21 ∆ t + P 1A 1v 1 ∆ t + dgA 1v 1h ∆ t = 2 dA 2v 2v 22 ∆ t + P 2A 2v 2 ∆ t + dgA 2v 2h ∆ t
1 2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos simplificar a equação, primeiramente, verificando que existem ∆ t e d em todos os


termos da equação. Todavia, vemos também que do lado esquerdo temos A 1v 1 em todos os
termos e do lado direito, A 2v 2.

O produto Av é a vazão do escoamento, sendo ela a mesma em todo o tubo, então podemos
afirmar que A 1v 1 = A 2v 2, e também simplificar esses termos, assim temos:

v 21

2
P1 v 22
+ gh 1 + d = 2 + gh 2 + d
P2

()
20

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos verificar a aplicação da equação de Bernoulli:

 EXEMPLO 11

Em um reservatório cilíndrico existe determinado fluido cuja altura no reservatório é h1. Um furo

é realizado no reservatório a uma distância h2 da superfície do líquido, como mostra a figura

seguinte.
Fonte: O autor

Determine a que distância d do reservatório o fluido tocará o solo:

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Equação de Bernoulli, no vídeo a
seguir.

Distância de alcance de um jato d’água em função da pressão


TEORIA NA PRÁTICA
Giovanni Battista Venturi criou um aparato, chamado de tubo de Venturi, para medir a
velocidade de escoamento e vazão de um líquido incompressível através da variação da
pressão sofrida pelo líquido durante a passagem deste por um tubo de diâmetro mais largo e
depois por outro tubo de diâmetro mais estreito.

Giovanni Battista Venturi (1746-1822) foi um físico italiano descobridor do efeito Venturi e
contemporâneo de Leonhard Euler.

Este aparato segue o Princípio de Bernoulli e o Princípio da continuidade.


Fonte: Shutterstock

O tubo tem o seu funcionamento através da diferença existente entre as suas seções
transversais.

É possível notar que, nesse equipamento, o diâmetro central do tubo é menor que o diâmetro
das extremidades. Isso faz com que a velocidade do escoamento na região central do tubo seja
muito maior do que nas extremidades, resultando em um menor campo de pressão devido à
concentração de energia do sistema.

A diferença de altura do líquido no tubo em U registra a diferença de pressão existente no tubo


de Venturi, e através dessa diferença de pressão, determinamos a velocidade e vazão do
escoamento do fluido que atravessa esse tubo.

Afirmando que o tubo de Venturi não admite diferenças de elevação, escrevemos a equação de
Bernoulli, da seguinte maneira:
1 1
P 1 + 2 dv 21 = P 2 + 2 dv 22

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ao analisar a equação anterior, considerando que a região 1 possui maior área de seção reta e
a região 2 possui a menor área de seção reta, podemos afirmar que para uma vazão
constante, quanto menor for a área da seção reta, maior será a velocidade de escoamento.
MÃO NA MASSA

1. EM UM TUBO, ONDE NÃO HÁ DIFERENÇAS DE ALTURA, A


VELOCIDADE DE ENTRADA DO LÍQUIDO É DE 1M/S E A VELOCIDADE DE
SAÍDA É 2M/S.
SE A DENSIDADE DO LÍQUIDO É DE 1000KG/M³ A DIFERENÇA ENTRE A
PRESSÃO NA SAÍDA DO TUBO E A PRESSÃO NA ENTRADA DO TUBO É
IGUAL A:

A) - 1500Pa

B) 1500Pa

C) - 3000Pa

D) 3000Pa

2. EM UM TUBO QUE APRESENTA CERTA CURVATURA, MAS SEM


ELEVAÇÃO, PASSA DETERMINADO FLUIDO, QUE NA ENTRADA DO
TUBO APRESENTA UMA PRESSÃO DE 3X105PA E VELOCIDADE DE
2,5M/S, E NA SAÍDA, UMA PRESSÃO DE 2X105PA, COM UMA
VELOCIDADE DE 3,0M/S. A DENSIDADE DESSE FLUIDO É IGUAL A

kg
A) 7,27x10 3 m ³

kg
B) 7,27x10 4 m ³

kg
C) 7,27x10 5 m ³

kg
D) 7,27x10 6 m ³

3. EM UM TUBO, ONDE HÁ UMA DIFERENÇA DE ALTURA ENTRE A


REGIÃO 2 E A REGIÃO 1 DE 1 METRO, A VELOCIDADE DE ENTRADA DO
LÍQUIDO (NA REGIÃO 1) É DE 1M/S E A VELOCIDADE DE SAÍDA É 2M/S.
SE A DENSIDADE DO LÍQUIDO É DE 1000KG/M³, A DIFERENÇA ENTRE A
PRESSÃO NA SAÍDA DO TUBO E A PRESSÃO NA ENTRADA É IGUAL A:
(CONSIDERE G = 10M/S²)

A) - 11500Pa

B) 11500Pa

C) - 31000Pa

D) 36000Pa

4. EM UMA MANGUEIRA, ONDE HÁ UMA DIFERENÇA DE ALTURA ENTRE


A REGIÃO 2 E A REGIÃO 1 DE 1,5 METRO, A VELOCIDADE DE ENTRADA
DO LÍQUIDO (NA REGIÃO 1) É DE 0,5M/S E A VELOCIDADE DE SAÍDA É
6M/S. SE A DIFERENÇA DE PRESSÃO É DE 105 PA, A DENSIDADE DO
TUBO É IGUAL A: (CONSIDERE G = 10M/S²).

kg
A) 3343,83 m ³

kg
B) 3244,83 m ³

kg
C) 3241,83 m ³

kg
D) 3041,83 m ³

5. CERTA COMUNIDADE INDÍGENA ADQUIRE ÁGUA DE UMA PASSAGEM


LOCALIZADA EM UMA SERRA, 60,0M ACIMA DE SUA COMUNIDADE.
ESSA COMUNIDADE CANALIZA ESSA ÁGUA ATRAVÉS DE UMA
TUBULAÇÃO DE SEÇÃO RETA DE 1M² CUJA ÁGUA ADENTRA A 0,6M/S.
DURANTE O TRAJETO ATÉ A COMUNIDADE, A TUBULAÇÃO SOFRE UM
ESTREITAMENTO DE TAL FORMA QUE A VELOCIDADE DE SAÍDA DA
ÁGUA PASSA A SER DE 12M/S. A DIFERENÇA DE PRESSÃO ENTRE A
ENTRADA E A SAÍDA DA TUBULAÇÃO É IGUAL A: (CONSIDERE A
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL COMO 9,8M/S² E A DENSIDADE DA
ÁGUA COO 1000KG/M³).

A) 506.999Pa
B) 516.180Pa

C) 528.580Pa

D) 540.980Pa

6. A VELOCIDADE DE UM FLUIDO EM UM TUBO AUMENTA QUANDO


ESTE PASSA POR UMA REDUÇÃO DE DIÂMETRO POR QUÊ?

A) O Princípio de Bernoulli garante que o volume que adentra um tubo é o mesmo que o deixa.

B) O Princípio de Bernoulli garante que a velocidade que adentra um tubo é a mesma que o
deixa.

C) O Princípio de Bernoulli garante que a pressão que adentra um tubo é a mesma que o
deixa.

D) O Princípio de Bernoulli garante que a altura de uma tubulação não varia.

GABARITO

1. Em um tubo, onde não há diferenças de altura, a velocidade de entrada do líquido é de


1m/s e a velocidade de saída é 2m/s.
Se a densidade do líquido é de 1000kg/m³ a diferença entre a pressão na saída do tubo e
a pressão na entrada do tubo é igual a:

Pela equação de Bernoulli:


2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ gh 1 + d = 2 + gh 2 + d
2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ d = 2 + d

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo:

12 P1 22 P2
2
+ 1000 = 2 + 1000

P2 - P1 = ( )
1
2
- 2 ∙ 1000

3
P 2 - P 1 = - 2 ∙ 1000
P 2 - P 1 = - 1500Pa

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Em um tubo que apresenta certa curvatura, mas sem elevação, passa determinado

fluido, que na entrada do tubo apresenta uma pressão de 3x105Pa e velocidade de

2,5m/s, e na saída, uma pressão de 2x105Pa, com uma velocidade de 3,0m/s. A


densidade desse fluido é igual a

Solução comentada:
2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ gh 1 + d = 2 + gh 2 + d
2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ d = 2 + d

P1 P2 v 22 v 21

d
- d = 2 - 2

(
2 P1 - P2 )
d=
v 22 - v 21

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo:

(
2 3x10 5 - 2x10 5 ) kg
d= 3,0 ² - 2,5 ²
= 7,27x10 4 m ³

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

3. Em um tubo, onde há uma diferença de altura entre a região 2 e a região 1 de 1 metro,


a velocidade de entrada do líquido (na região 1) é de 1m/s e a velocidade de saída é
2m/s. Se a densidade do líquido é de 1000kg/m³, a diferença entre a pressão na saída do
tubo e a pressão na entrada é igual a: (considere g = 10m/s²)

Solução comentada

Pela equação de Bernoulli:


2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ gh 1 + d = 2 + gh 2 + d

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo:

12 P1 22 P2
2
+ 10h 1 + 1000 = 2 + 10h 2 + 1000
P2 - P1 = ( 1
2 (
- 2 - 10 h 2 - h 1 )) ∙ 1000

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como h2 - h1 = 1:

P2 - P1 =
( 1
2 )
- 2 - 10 ∙ 1 ∙ 1000 = - 11500Pa

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

4. Em uma mangueira, onde há uma diferença de altura entre a região 2 e a região 1 de


1,5 metro, a velocidade de entrada do líquido (na região 1) é de 0,5m/s e a velocidade de

saída é 6m/s. Se a diferença de pressão é de 105 Pa, a densidade do tubo é igual a:


(considere g = 10m/s²).

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Equação de Bernoulli, no vídeo a seguir.

5. Certa comunidade indígena adquire água de uma passagem localizada em uma serra,
60,0m acima de sua comunidade. Essa comunidade canaliza essa água através de uma
tubulação de seção reta de 1m² cuja água adentra a 0,6m/s. Durante o trajeto até a
comunidade, a tubulação sofre um estreitamento de tal forma que a velocidade de saída
da água passa a ser de 12m/s. A diferença de pressão entre a entrada e a saída da
tubulação é igual a: (considere a aceleração gravitacional como 9,8m/s² e a densidade da
água coo 1000kg/m³).

Pela equação de Bernoulli


1 1
P 1 + 2 dv 21 + dgH = P 2 + 2 dv 22

1
(
P 2 - P 1 = dgH + 2 d v 21 - v
2
2
)
∆ p = P 2 - P 1 = 1000x9,8x60 +
1000
2 ( 0,6 2 - 12 2
)
∆ p = 516.180Pa.

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

6. A velocidade de um fluido em um tubo aumenta quando este passa por uma redução
de diâmetro por quê?

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Equação de Stevin, no vídeo a seguir.

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. EM UM TUBO, ONDE NÃO HÁ DIFERENÇAS DE ALTURA, A


VELOCIDADE DE ENTRADA DO LÍQUIDO É DE 7,00M/S E A VELOCIDADE
DE SAÍDA É 7,25M/S. SE A DENSIDADE DO LÍQUIDO É DE 1030KG/M³, A
DIFERENÇA ENTRE A PRESSÃO NA SAÍDA DO TUBO E A PRESSÃO NA
ENTRADA DO TUBO É IGUAL A:

A) - 1500,25Pa

B) - 1833,40Pa

C) - 1900,00Pa
D) - 2000,220Pa

2. EM UMA MANGUEIRA, ONDE HÁ UMA DIFERENÇA DE ALTURA DE 5


METROS, A VELOCIDADE DE ENTRADA NA MANGUEIRA É DE 5M/S E A
VELOCIDADE DE SAÍDA É 5,6M/S. SE A DIFERENÇA DE PRESSÃO É DE
6X105PA, A DENSIDADE DO TUBO É IGUAL A: (CONSIDERE G = 10M/S²).

kg
A) 7.888,44

kg kg
B) 9.333,33 m ³ m ³

kg
C) 10.272,34 m ³

D) 11.282,44kgm³

GABARITO

1. Em um tubo, onde não há diferenças de altura, a velocidade de entrada do líquido é de


7,00m/s e a velocidade de saída é 7,25m/s. Se a densidade do líquido é de 1030kg/m³, a
diferença entre a pressão na saída do tubo e a pressão na entrada do tubo é igual a:

A alternativa "B " está correta.

Pela equação de Bernoulli:

v 21 P1 v 22 P2
2
+ gh 1 + d = 2 + gh 2 + d
2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ d = 2 + d

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo:

7,00 ² P1 ( 7,25 ) 2 P2
2
+ 1030 = 2
+ 1030

P2 - P1 =
( 49,00
2
-
52,56
2 ) ∙ 1030

P 2 - P 1 = - 1833,40Pa
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

2. Em uma mangueira, onde há uma diferença de altura de 5 metros, a velocidade de


entrada na mangueira é de 5m/s e a velocidade de saída é 5,6m/s. Se a diferença de

pressão é de 6x105Pa, a densidade do tubo é igual a: (considere g = 10m/s²).

A alternativa "D " está correta.

2 2
v1 P1 v2 P2
2
+ gh 1 + d = 2 + gh 2 + d

(5) 2 P1 ( 5,6 ) 2 P2
2
+ 10h 1 + d = 2
+ 10h 2 + d

P2 P1 ( 5,6 ) 2 (5) 2
d
- d = 2
- 2 (
+ 10 h 2 - h 1 )
(P2 - P1 ) = 15,68 - 12,50 + 10 ∙ 5
1
d

(6x10 ) = 53,18
1
5
d

6x10 5 kg
d = 53,18 = 11.282,44 m ³

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos o conceito de pressão e densidade aplicado a fluidos.

Aprendemos como funcionam os macacos hidráulicos pelo Princípio de Pascal e como a


profundidade pode influenciar na pressão hidrostática sobre um sólido através do Teorema de
Stevin. Assimilamos, ainda, a técnica de medição de densidade de fluidos por meio do aparato
chamado de vasos comunicantes.

Verificamos que, para um fluido em movimento, a medição da vazão é de suma importância.


Com a redução da área da seção reta de um tubo, há o aumento da velocidade do escoamento
do fluido devido ao Princípio da continuidade das massas, que garante que a quantidade de
massa de um fluido incompressível, que adentra em um tubo por segundo, é a mesma que o
abandona.

Por fim, descobrimos que a equação de Bernoulli garante a continuidade de escoamento em


um tubo, cujo fluido é incompressível.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos. 2. ed. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, 2008.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ:
LTC, 2016, v. 2.

TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2014. v. 1.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Transferência de fluido por meio de um sifão vs. aplicação da equação de Bernoulli, por
Lev Vertchenko, Adriana G. Dickman e José Roberto Faleiro Ferreira.

CONTEUDISTA
Gabriel Burlandy Mota de Melo

 CURRÍCULO LATTES

Você também pode gostar