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MIDE
MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS &
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

CURSO MIDE 2019


APOSTILA - MÓDULO 01

“A verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho mesmo quando


todos dizem que ele é impossível.” - Cora Coralina

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SUMÁRIO - MÓDULO 01
Prefácio.......................................................................................................................3

Inteligência Emocional – Daniel Goleman - ................................................................4

Múltiplas Inteligências – Howard Gardner - ...............................................................5

Domínio Pessoal........................................................................................................21

Identidade Emocional................................................................................................29

Estrutura da IDE.........................................................................................................36

Ferramentas da IDE...................................................................................................44

Visão sistêmica e a formação da consciência...........................................................49

Modelos Mentais........................................................................................................56

Os 3 níveis da escuta.................................................................................................62

Empatia......................................................................................................................67

Feedback...................................................................................................................70

Adversidade...............................................................................................................75

Os 8 Ventos...............................................................................................................77

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PREFÁCIO

Bem-vindo ao universo da IDE – Identidade Emocional.


O MIDE é o método para o desenvolvimento humano que tem como eixo
central a teoria das múltiplas inteligências de Howard Gardner --- Harvard.
O que diferencia o MIDE de outro método que tem esse propósito é a
amplitude, além de trabalhar a inteligência intrapessoal e interpessoal, base da
inteligência emocional, trabalha a inteligência existencial, a inteligência linguística e a
inteligência espacial-visual.
No decorrer do curso, abordaremos temas existenciais como a origem da
“intuição” e a relação da mente e o cérebro.
O lado existencial do MIDE tem raízes nas filosofias orientais: Índia, China e
Japão.
O método propõe o autodomínio que por sua vez é resultado de um processo
envolvendo autoconsciência, autogestão e autorregulação.
Autoconsciência significa o saber, conhecer os indicadores e entender como
são os seus.
Autogestão é a fase do perceber, quando a pessoa passa a perceber os
indicadores no dia a dia em si e nos outros.
Por último, vem a autorregulação que é a fase do agir. A pessoa passa a usar
o método em suas ações.
Elaboramos indicadores que possibilitam o participante a ter autoconsciência
do seu emocional.
São ferramentas que podem ser usadas na autogestão e, por fim, ensinamos
o “como” aplicar as ferramentas para cada o indicador autorregulação.
O MIDE conecta os conceitos que se relacionam e interagem como uma
orquestra.
Muitos conceitos só serão entendidos em sua plenitude no final do 5o módulo.
O método foge dos tradicionais conceitos da autoajuda.
O desenvolvimento da IDE – Identidade Emocional-- é um processo gradativo,
por isso o curso é ministrado com intervalos médios de 7 dias entre um módulo e
outro.
O conteúdo é muito robusto e precisa de tempo para ser processado.
No final do nosso curso a autoconsciência dos alunos estará elevadíssima;
autogestão elevada e a autorregulação levará 12 meses para se consolidar.

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HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS – SÉCULO XXI

As escolas terão que parar de ensinar “o que pensar” e passar a ensinar “como pensar”!

65% dos jovens do ensino médio irão trabalhar em um emprego que não existe!

O analfabeto do futuro será aquele que não souber desaprender e aprender.

Ninguém sabe dizer qual o conteúdo que uma pessoa necessitará em 2030, se
investirmos em competências duráveis isso será irrelevante!

DANIEL GOLEMAN

VISÃO INTRAPESSOAL VISÃO INTERPESSOAL

AUTOCONSCIÊNCIA GERENCIAMENTO DE
RELACIONAMENTOS

AUTOGESTÃO CONSCIÊNCIA SOCIAL

1995 NASCIA A EXPRESSÃO INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Quando a expressão inteligência emocional veio a público pelo best-seller


de Daniel Goleman em 1995, ele deixou claro que o sucesso de uma pessoa
dependia de 10% a 20% do seu QI (quociente Emocional).
Goleman afirmava que os outros 80% a 90% vem de outros fatores que
influenciaram a vida: família, sociedade, religião, formação acadêmica,
conhecimento empírico e até mesmo sorte.
Mas, em diversas ocasiões, ele explicou que não afirmou que 80% a 90%
viria do QE (quociente emocional).

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HOWARD GARDNER - TEORIA MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS

Teoria nascida em HARVARD sob o comando do psicólogo americano Howard Gardner e


patrocinada pela Fundação Holandesa Van Leer.
Definição de inteligência da teoria

Um potencial biopsicológico (CÉREBRO x MENTE) de processar informações de


determinadas maneiras para resolver problemas ou criar produtos que sejam valorizados
por, pelos menos, uma cultura ou comunidade.

HOWARD GARDNER - TEORIA MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS

A teoria defende que uma vez que as inteligências se manifestam de maneiras diferentes
em níveis de desenvolvimentos diferentes, tanto a avaliação quanto a estimulação
precisam ocorrer de maneira adequada.

1. Todos nós temos todas as inteligências, mas em diferentes níveis de habilidade.

2. Todas as inteligências podem ser melhoradas, mas leva tempo e esforço.

3. Todos temos pontos fortes em diferentes áreas e respeitando e guiando os pontos


fortes podemos maximizar nosso potencial e superar nossas limitações.

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1984 MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS – HOWARD GARDNER

A teoria das Múltiplas Inteligências começou a ser desenhada em 1979,


quando a fundação “Bernard Van Leer” com sede na Holanda, destinou uma verba
à Escola de Pós-Graduação de Harvard para responder à seguinte pergunta: “O
que se sabe sobre a natureza e a realização do potencial humano?”. Coube ao Dr.
Howard Gardner a coordenação dessa pesquisa.

Filho de judeus vindos da Alemanha devido a perseguição nazista durante a


segunda guerra mundial, Dr. Gardner ingressou na Universidade de Harvard em
1961. Conheceu, então, o Dr. Erik Erikson, teórico da Psicologia do
Desenvolvimento e psiquiatra responsável pelo estudo da Teoria do
Desenvolvimento Psicossocial do Departamento de Psicologia de Harvard.

Desse relacionamento surgiu seu interesse pelo estudo das relações sociais,
com abrangência das seguintes áreas do conhecimento: psicologia, sociologia e
antropologia voltada à psicologia clínica.

Após conhecer o psicólogo cognitivo Jerome Bruner e a obra de Jean


Piaget, o Dr. Gardner trocou seu campo de interesse. Em 1971, terminado o
doutorado com dissertação sobre sensibilidade de estilo em crianças, ainda em
Harvard, passou a trabalhar juntamente com Nelson Goodman, coordenando o
grupo de pesquisa em educação pela arte conhecido como Project Zero.

Esse projeto, fundado em 1967, objetivava: o estudo sistemático do


pensamento artístico; a criatividade em arte, e; disciplinas da área humana e
científica, atendendo o indivíduo e a instituição.

Em 1979, o Dr. Gardner assumiu a coordenação da pesquisa financiada pela


Fundação Van Leer. Acumulava, assim, as funções de: professor de cognição e
educação da Universidade de Harvard; professor adjunto de neurologia
da Universidade de Boston; coordenador, no Boston Veterans Adm. Medical
Center, do estudo em vítimas de dano cerebral; coordenador do já citado “Projeto
Zero”; além de pesquisador e psicólogo do Cambridge/Boston.

Entre 1979 e 1983, Gardner desenvolveu a teoria das “Múltiplas


Inteligências”, reconhecida como a mais inovadora teoria da cognição elaborada no
século XX. Ela promete revolucionar o processo educativo do século XXI. O estudo
culminou com a publicação do livro “Estruturas da Mente”, em 1983.
Na época, chamou a atenção do Dr. Gardner o fato de que a teoria e o seu
respectivo livro não despertaram interesse nos seus colegas psicólogos, que os
deixaram praticamente no anonimato. O contrário se deu na área da educação em
que a Teoria das Múltiplas Inteligências a impactou fortemente.

Com efeito, no início da década de noventa, a comunidade acadêmica, em


dezenas de países, questionava rigorosamente a qualidade do sistema educacional
então vigente e a forma de ensinamento que se praticava nas escolas. Assim,
quando o Dr. Howard propôs uma visão pluralista da educação e,
consequentemente, da escola, evitando, com isso, o que chama de visão
unidimensional gerada pelas políticas educacionais fundamentadas em testes de QI
e SAT ( Scholastic Aptitude Test-SAT), os educadores o aplaudiram.

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Dr. Howard Gardner descreve:


“Se não tivesse trabalhado junto dessas populações – crianças normais e
superdotadas e as que haviam sido normais e sofreram dano cerebral – eu nunca
teria concebido minha teoria das múltiplas inteligências (MI, como veio a ser
chamada depois). Como a maioria das pessoas leigas e a maior parte dos outros
psicólogos, teria continuado a acreditar na ortodoxia do quociente de inteligência
(QI): na existência de algo único chamado inteligência, que nos permite fazer uma
série de coisas mais ou menos bem, dependendo do quanto somos “inteligentes”.
Nascemos com um determinado potencial intelectual que é, em grande parte
herança (ou seja, nossos pais biológicos são os principais determinantes de nossa
inteligência), e os psicometristas são capazes de nos dizer nosso nível de
inteligência administrando testes nesse campo. Entretanto, todos os dias em que
trabalhava, eu entrava em contato com exceções evidentes a essa ortodoxia.”
(Howard 15) – Howard, GARDNER, CHEN, Jie-Qi, MORAN, Seana. Inteligências
Múltiplas
Assim, na sua opinião, essa visão unidimensional cria “escolas uniformes” para
atender diferentes demandas, o que não condiz com o ensino voltado ao aluno.

À frente da equipe de colaboradores na pesquisa para responder as


questões elaboradas pela Fundação Van Leer, Dr. Gardner orientou um estudo que
se debruçou sobre a vasta literatura então existente sobre cognição: pesquisas
genéticas; estudos de neurociência; psicologia; educação; antropologia e outras
disciplinas afins que geraram a formulação da Teoria das Múltiplas Inteligências, a
qual, por sua vez, revolucionou o mundo científico da cognição, principalmente na
área das ciências humanas, dando-lhes espetacular salto de qualidade.

O Dr. Howard cunhou a nova definição de inteligência como sendo a


“capacidade de resolver problemas e elaborar produtos, valorizados em um ou
mais ambientes culturais ou comunitários”. Estabeleceu critérios para as definições
de inteligência, cujo conjunto, segundo afirma o próprio Dr. Howard, é a mais
importante característica da Teoria das Múltiplas Inteligências.

O ponto alto da teoria é a capacidade humana de desenvolver, durante a


vida, as inteligências do intelecto. Todos terão seu perfil modificado pelas
influências dos afetos trocados no transcorrer de sua existência. Essas trocas
afetivas e diversos outros estímulos recebidos ajudarão para que as inteligências
atinjam altos patamares de excelência, ou, caso sejam negativos esses estímulos,
as prejudicarão, estagnando-as ou atrofiando-as por falta de uso e\ou incentivo.

Assim, quando do nascimento dessa teoria, foram identificadas sete


inteligências. Vinte e cinco anos após a sua publicação, surgiu a oitava inteligência
e, atualmente, existe uma nona em análise avançada.

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As setes inteligências originalmente concebidas são:

Inteligência Intrapessoal;
Inteligência Interpessoal;
Inteligência Lógico-Matemática;
Inteligência Linguística;
Inteligência Musical;
Inteligência Cinestésica-Corporal;
Inteligência Espacial-Visual.
Vinte cinco (25) anos mais tarde:
Inteligência Naturalista.
Em estudo avançado (stand by):
Inteligência Existencial.

No estudo das Múltiplas Inteligências existem afirmações relevantes:


Todos os seres humanos possuem essas inteligências (elas nos tornam humanos,
falando em termos cognitivos). Pode-se nascer com algumas inteligências mais
desenvolvidas do que outras, porém algumas podem ficar latentes a vida inteira por
falta de estímulo;

A teoria sugere que devemos investir nas inteligências que estão mais
desenvolvidas e por meio delas buscar desenvolver as inteligências latentes, ou
pouco desenvolvidas.

O Dr. Gardner afirma:


Todas as inteligências são estimuladas pelas artes, de modo especial as artes
cênicas e música. Cinco inteligências tem o seu uso direto na produção de um
espetáculo: musical; espacial; corporal-cinestésica; lógica-matemática e
linguística. Percebe-se forte conexão das inteligências intrapessoal e interpessoal
com a música. Essa característica foi logo percebida, e a teoria ganhou uma força
extraordinária junto aos professores de música e artes.

Não existem dois seres humanos idênticos, nem mesmo gêmeos idênticos
com o mesmo perfil em suas potencialidades e limitações. Visto que as operações
executadas no dia a dia exigem o uso de mais de uma inteligência e como o
desenvolvimento das inteligências está relacionado com estímulos recebidos, é
impossível prever um desenvolvimento igual.
A teoria ainda afirma que todas as pessoas podem desenvolver uma de suas
inteligências em qualquer idade, isso contrariou completamente a teoria do QI
(quociente de inteligência). Com efeito, a teoria das “Múltiplas Inteligências” veio
em substituição a teoria do “QI”, causando grande impacto na área educacional
mundial. Acabou com 85 anos de hegemonia da teoria de Binet.

A teoria do “QI” nasceu em Paris, no ano de 1900, onde pais da elite da


cidade procuraram o psicólogo Alfred Binet com um pedido incomum: seria
possível ele desenvolver algum tipo de medida que predissesse quais crianças iriam
ter sucesso e quais iriam fracassar nas séries primárias das escolas parisienses?

Como já é notório, Binet conseguiu tal façanha, sendo que sua descoberta
veio a ser chamada de “teste de inteligência” e, sua medida, o “QI”.

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A teoria de Binet cruzou o Atlântico e chegou aos Estados Unidos onde teve
modesto sucesso até o advento da primeira guerra mundial, quando as forças
armadas dos EUA utilizaram o “teste de inteligência” de Binet para testar mais de
um milhão de recrutas americanos, tornando-o célebre.

A partir desse momento a teoria de Binet pareceu o maior sucesso da


psicologia – um instrumento científico genuinamente útil que permitia quantificar a
inteligência. Com efeito, o método de Binet media a inteligência real ou potencial de
uma pessoa.
O mercado absorveu a teoria de Binet e, rapidamente, ela ganhou destaque
na mídia. Empresas ofereciam aos pais e escolas os teste de QI e o Teste de
Aptidão Escolar – SAT (School Aptitude Test). O SAT pretende ser um tipo
semelhante de medida acrescido dos resultados verbais e matemáticos da pessoa,
classificando-os em uma única dimensão intelectual.

Esta visão unidimensional de como avaliar as mentes produziu escolas com


“visão uniforme”, conforme definiu o Dr. Gardner. Nas escolas uniformes existe
um currículo essencial e poucas disciplinas eletivas. Adota-se avaliações regulares,
tipo lápis e papel, da variedade QI e SAT. Neste caso alunos com “QI” mais
elevados se destacam porque os testes ressaltam as suas principais inteligências:
inteligência lógico-matemática e linguística.

Exemplificando o que Gardner ressalta em sua teoria, imagine uma escola


onde as artes predominassem e as avaliações fossem voltadas a atender o objetivo
da escola, qual seja, artes e música. Nesse caso, se pegássemos os mesmos
alunos avaliados pelos testes de QI e SAT, do tipo lápis e papel, e aplicássemos o
método das múltiplas inteligências, teríamos um resultado bem diferente.

* Isso ilustra o quanto escolas uniformes estão desperdiçando talentos. O maior


crítico da teoria das “Múltiplas Inteligências” na Dinamarca, após reconhecer a
grandiosidade da teoria, publicou: “Passei a vida inteira em uma sala de aula com
nove (9) floreiras, irrigando somente duas”. Enfim, reconheceu publicamente que só
havia dado atenção aos alunos com inteligência lógico-matemática e linguística.

A questão da definição do que é uma inteligência ótima foi o ponto central


dos estudos da equipe do Dr. Gardner. O núcleo da divergência entre a teoria das
múltiplas inteligências e a visão tradicional foi, exatamente, a definição de
inteligência. Nessa última, a inteligência é definida como a capacidade de
responder a determinados itens em testes tradicionais. Já na teoria das múltiplas
inteligências essa definição é mais complexa.

Com a cooperação de talentosos assistentes de pesquisa, a equipe do Dr.


Gardner, patrocinada pela Fundação Van Leer, levantou as principais literaturas
sobre cognição, incluindo estudos em genética, neurociência, psicologia,
educação, antropologia e outras disciplinas e subdisciplinas. Esse levantamento
não apenas fortaleceu sua intuição de que a aprendizagem não era monolítica,
como também proporcionou fortes evidências empíricas com as quais embasou
sua afirmação.

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Restavam dois pontos que precisavam ser definidos: como chamar essas
faculdades humanas e a sua definição propriamente dita. Dr. Gardner cogitou vários
nomes, mas decidiu chamá-las de “inteligências humanas”. Ele relata que parte do
sucesso da teoria se deve ao fato de ter chamado de “inteligência”, fato que mexeu
com alguns psicólogos, gerando caloroso debate.

Assim, o Dr. Gardner definiu inteligência como um potencial biopsicológico


de processar informações sob determinadas maneiras para resolver problemas ou
criar produtos que sejam valorizados por, pelos menos, uma cultura ou
comunidade. “O que observei de forma intensa em indivíduos com danos cerebrais,
o que Oliver Sacks e Alexander Luria escreveram sobre perspicácia, é, na verdade,
a condição humana. O que costumamos chamar de “inteligência” é uma
combinação de determinadas habilidades lógico-linguísticas, particularmente as
que são valorizadas na escola secular moderna.” (Howard 18) – Howard,
GARDNER, CHEN, Jie-Qi, MORAN, Seana. Múltiplas Inteligências .

Os critérios utilizados para se formular a definição de inteligência foram


consequência das várias disciplinas que Dr. Gardner vinha pesquisando. Para
ele, uma inteligência se enquadra razoavelmente bem aos oito critérios que
seguem:

Isolamento potencial por dano cerebral;


Existência de “idiotas sábios”,
prodígios e outros indivíduos excepcionais;
Operação central ou conjunto de operações identificáveis;
Trajetória de desenvolvimento característica;
Culminando em desempenho especializado;
História e plausibilidade evolutivas;
Apoio de tarefas psicológicas experimentais;
Apoio de dados psicométricos;
Suscetibilidade à codificação em um sistema simbólico.

Afirma: “Considero o conjunto de critérios como a mais original e mais


importante característica da teoria das Múltiplas Inteligências. Qualquer um pode
criar outras inteligências, mas, a menos que elas se ajustem a alguns critérios,
postular uma inteligência se torna um exercício de imaginação, e não um trabalho
com base no conhecimento acadêmico. Curiosamente, nem os apoiadores nem os
críticos da teoria prestaram muita atenção aos critérios. Desde o começo, deixei
claro que sua aplicação era, em alguma medida, uma questão de avaliação. Não há
regra inamovível para determinar se uma candidata a inteligência cumpre ou não os
critérios.” (Howard 18) – Howard, GARDNER,, CHEN, Jie-Qi, MORAN,
Seana. Múltiplas Inteligências

Pois bem. Essa teoria sustenta que não se pode priorizar as inteligências,
como até então fora feito, conferindo uma valorização exacerbada para as
inteligências lógica-matemática e linguística. Para o Dr. Gardner, todas as
inteligências têm o mesmo valor não fazendo sentido a priorização de umas em
detrimento de outras.

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Infelizmente, a maioria absoluta dos testes usados em todos os níveis do
nosso ensino estão baseados nessa alta valorização das capacidades verbais e
matemática. Ora, pessoas com inteligência lógica-matemática e linguística podem
se sair bem em testes de QI ou SAT e seguirem seu curso superior com base
nessas duas inteligências. Porém, no exercício de suas profissões, dependendo da
especialidade que exercerem, poderão requerer a necessidade de outras
inteligências. Por exemplo, uma pessoa formada em medicina que for atuar na área
clínica, necessitará da inteligência interpessoal que, neste ramo, é muito relevante.
Já, para um cirurgião a inteligência cinestésica-corporal é de vital importância, uma
vez que a habilidade manual é um requisito fundamental.

A teoria das Múltiplas Inteligências revolucionou o mundo científico da


psicologia da cognição, principalmente as ciências humanas, dando-lhes
espetacular salto de qualidade. Estabeleceu-se critérios para as definições das
inteligências. Dr. Gardner considera o conjunto desses critérios originais e a mais
importante característica da teoria das Múltiplas Inteligências.

Outro ponto alto da teoria é a descoberta de que o ser humano tem


capacidade de desenvolver, durante a sua vida, todas as inteligências do intelecto.
Segundo os estudos do Dr. Gardner e sua equipe, todos nascemos com os tipos de
inteligências identificados na pesquisa, sendo certo que elas variam de grau e
potencialidade, por uma razão de ordem natural, em cada um de nós. Porém, estão
ali, latentes! São os afetos trocados no transcorrer da existência e os diversos
estímulos recebidos ou, ao contrário, a carência desses elementos, que
determinarão o nível de aproveitamento e desenvolvimento dessas inteligências.

Ou seja, são as experiências afetivas e os estímulos externos recebidos pela


pessoa que influenciarão para que elas elevem suas inteligências a patamares de
excelência. Da mesma forma, a falta de relações interpessoais de qualidade, a
ausência de estímulos propulsores ou a ocorrência, frequente ou não, de vivências
ou situações opressoras farão com que suas inteligências sejam prejudicadas,
estagnadas ou, até mesmo, atrofiadas por completo.

Os indivíduos reconhecidos como prodígios são aqueles que já nascem com


todas, ou quase todas as inteligências muito desenvolvidas. Seus potenciais
biológicos, puros e originais, já são elevadíssimos. Nos outros indivíduos, a grande
maioria de nós, as inteligências trabalham juntas para resolver problemas e produzir
vários tipos de estados finais culturais, tais como ocupação, entretenimento,
sociabilização e assim por diante. Por exemplo, Mozart revelou sua inteligência
musical aos três anos, um prodígio.

Portanto, essa teoria preceitua que o propósito da escola deverá ser o de


desenvolver e ajudar as pessoas a encontrarem objetivos e passatempos
adequados ao seu espectro de inteligências, levando-as, com isso, a se sentirem
mais valorizadas e competentes e, em consequência, mais engajadas e inclinadas a
servirem à sociedade de uma maneira construtiva.

A teoria das “MI” (Múltiplas Inteligências), como veio a ser chamada,


conduziu à noção de uma escola centrada no indivíduo, voltada para um
entendimento e desenvolvimento ótimo do perfil cognitivo de cada aluno.

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A chave dessa nova escola proposta pelo Dr. Gardner é a suposição de que
nem todos aprendem da mesma maneira, bem como de que nos dias de hoje é
impossível aprender tudo que tem para ser aprendido. Essa nova escola centrada
no indivíduo deve ser rica na avaliação das capacidades e tendências individuais.

Alunos com diferentes perfis de inteligência aprendem de diferentes formas,


as escolas precisarão adequar os indivíduos não apenas às áreas curriculares, mas
também aos métodos particulares de ensinar esses assuntos.

TEORIA DAS MI – MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS

Inteligência Existencial Inteligência Inteligência Naturalista


Musical

Inteligência Inteligência Inteligência


Cinestésica - Corporal Lógico - Matemática Espacial - Visual

Inteligência Intrapessoal Inteligência Linguística Inteligência Interpessoal

MI GOLEMAN

Múltiplas inteligências - Inteligência intrapessoal


Pode ser definida como o conhecimento que uma pessoa tem sobre seus
aspectos internos, sentimentos e emoções e, ainda, como ela, por meio desse
conhecimento, processa e orienta seu comportamento para melhor aproveitar suas
experiências de vida.

Pessoas com inteligência intrapessoal desenvolvida conhecem o modelo


efetivo de si mesmas e se esforçam diuturnamente para alcançá-lo. Assim,
trabalham permanentemente para o autoconhecimento, buscando sempre evoluir.
Por outro lado, desenvolvem reflexões sobre seus modelos mentais e criam formas
de corrigirem os efeitos negativos desses modelos.

Outro aspecto que deve ser relatado é que as pessoas que desenvolvem a
inteligência intrapessoal vencem sua voz de autocensura (VDA) e acreditam na força
da intuição.

Todavia, como essa inteligência é interna e individual, para que seja


percebida pelo seu observador é necessário que ela se apoie em outras
inteligências mais evidentes, tais como a linguagem, a música e outras formas de
expressão.

Independentemente da área de atuação, estimular a inteligência intrapessoal


é fundamental para todos os indivíduos. Isso porque ela, uma vez combinada com
qualquer outra inteligência, potencializa o desenvolvimento das demais

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inteligências. Pessoas que trabalham para aprimorar sua inteligência intrapessoal,
elevam seu autoconhecimento, seu controle emocional e sua autoestima e, com
isso, fazem com que as demais inteligências que possuem sejam melhor
conhecidas e aproveitadas.

Múltiplas inteligências - Inteligência interpessoal


A inteligência interpessoal refere-se à capacidade de perceber sentimentos,
temperamentos, motivações e intenções de outras pessoas, mesmo que elas não
queiram deixar transparecer esses sentimentos.

Na pré-história os homens dependiam uns dos outros para caçar, perseguir


e matar animais de grande porte. Essa atividade exigia participação e cooperação
de grande número de pessoas. A coesão, liderança, organização e solidariedade no
grupo acontecia naturalmente e era decorrente da Inteligência Interpessoal que
possuíam.

No mundo globalizado, essa inteligência também se faz necessária na vida


das pessoas, pois cada vez mais se é exigida a convivência com pessoas das mais
diversas identidades culturais, religiosas, políticas e sociais.

O seu elemento principal é ter o domínio de perceber e distinguir os estados


emocionais das outras pessoas pelo tom de suas vozes e pelas suas expressões
corporais ou faciais. Uma pessoa com inteligência interpessoal bem desenvolvida
consegue harmonizar sentimentos em lugar de gerir conflitos.

Múltiplas inteligências - Inteligência lógica-matemática


Essa é a inteligência mais valorizada no Ocidente, juntamente com a
inteligência linguística. Vivem em um pedestal, nos holofotes da teoria do quociente
de inteligência (QI). Ela se refere à capacidade de desenvolver raciocínios lógicos,
resolver questões que envolvam a manipulação de números, equações ou resolver
problemas pelo raciocínio indutivo ou dedutivo.

O seu desenvolvimento facilita uma visão mais sistêmica da vida. Por meio
dela, pessoas conseguem enxergar as diversas conexões de uma situação
complexa e desenvolvem uma forte noção de regras que envolvam causalidade,
tempo e espaço.

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Múltiplas inteligências - inteligência linguística
As pessoas que possuem a inteligência linguística conseguem se expressar
com precisão por meio da escrita, da fala ou do corpo e desenvolvem grande
capacidade de influenciar outras pessoas.

Essa é mais uma inteligência muito valorizada no mundo ocidental.


Juntamente com a inteligência lógico-matemática, leva as pessoas “testadas” a
bons resultados no SAT ou nos testes de Binet.

Não existe dúvida de que a inteligência linguística associada a outras traz


um poder muito elevado. Pessoas que possuem um raciocínio lógico muito
acurado, somado à capacidade de os revelar brilhantemente, se destacam,
rapidamente, em um grupo.
Quando uma pessoa desenvolve sua inteligência linguística e ao mesmo
tempo trabalha com sua inteligência interpessoal e lógico-matemática, adquire
poder incomum de liderança e capacidade de influenciar outras pessoas.

Múltiplas inteligências - Inteligência espacial/visual


Há pessoas com um alto grau de sensibilidade sobre a visualização dos
objetos e da natureza. Ao enxergar as coisas nas suas diversas formas, cores,
linhas e disposições no espaço, elaboram, imediatamente, em sua mente, cenários
com harmonia e arte.

Essa é mais uma inteligência ligada à visão sistêmica. Existe nela forte
relação de causa e efeito; percepção acurada ao trabalhar espaços, definir layouts
e operar máquinas; bem como grande capacidade para construir cenários, mesmo
na ausência dos elementos presentes.

A capacidade dos vikings de se orientar pelas estrelas denota a inteligência


espacial daquele povo. A solução de problemas espaciais é necessária para a
navegação e o uso de mapas. Assim como a percepção de objetos por diversos
ângulos diferentes. É fundamental para se jogar xadrez.

Múltiplas inteligências - Inteligência musical


Pessoas sensíveis a sons, melodias, ritmos, timbres, afinação e tons têm
facilidade em cantar ou tocar um ou mais instrumentos. Estabelecem forte conexão
com a música desenvolvendo a capacidade de perceber emoções nas letras e
melodias. Normalmente, crianças com predeterminação à inteligência musical
revelam muito cedo sua paixão pela música.

Pais e professores atentos à teoria das “múltiplas inteligências” descobrem


grandes talentos, como Yehudi, uma criança que aos 3 anos reagiu de forma
surpreendente ao som do violino e, na primeira vez que ouviu o instrumento, pediu-
o como presente de aniversário. Com 10 anos, ele se tornou um músico
internacional.

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A inteligência musical desse menino se revelou antes mesmo de ele ter tido
contato com o instrumento. Foi a percepção de seus pais à sua reação ao violino
que fez toda a diferença em sua vida.

Múltiplas inteligências - Inteligência cinestésica-corporal

Pessoas que conseguem usar o corpo para expressar um sentimento, uma


representação ou realizar com precisão movimentos relacionados à prática
esportiva mostram forte habilidade para trabalhar com as
mãos, tais como os artesãos ou os cirurgiões. Possuem coordenação, equilíbrio e
destreza.

Nos estudos das “múltiplas inteligências” na China, registrou-se um “case”


surpreendente. Uma menina era considerada retardada pela escola, em razão da
sua dificuldade de acompanhar o ensino formal, totalmente voltado para os testes.

Lentamente, ela foi tomando aversão à escola. Vivia “doente” e fazia de tudo
para faltar às aulas, até que certo dia o corpo docente decidiu expulsá-la com
diagnóstico de elevado déficit de atenção.

Por sorte, seu pai havia assistido a uma palestra sobre as “múltiplas
inteligências” e buscou entender a teoria. Assim, ao brincar com a filha, percebeu
que ela desenvolvia bem a lógica de regras esportivas.

Ao receber a notícia da escola, mesmo abalado profundamente, o pai


decidiu que lutaria para provar o contrário. Assim, começou uma longa jornada pelo
mundo do esporte, até que um dia, ao passear com a filha em um campo de golfe,
notou que a menina ficou paralisada, em completo estado de “fluxo” – quando uma
pessoa está envolvida com uma atividade ao ponto de perder completamente a
noção do tempo.

A emoção sentida pelo pai foi percebida pelo seu relato ao descobrir a
genialidade da filha para aquele esporte. Ela veio a se tornar uma das maiores
jogadoras de golfe do seu país e, no decorrer de seus treinamentos, a menina,
naturalmente, despertou interesse pela matemática e pela física ao perceber a
utilidade das matérias na compreensão do fenômeno da resistência do ar, bem
como na lógica dos “porquês” para a existência dos diferentes tipos de tacos.

Esse exemplo serve de alerta aos pais e reforça algumas perguntas, tais
como: a universidade é o único caminho para o sucesso de uma pessoa? Ela é
garantia de sucesso? O que é sucesso? É o fim ou a jornada? Qual sua relação
com a felicidade?

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Múltiplas inteligências - Inteligência naturalista
Pessoas que percebem as conexões entre o homem e a natureza
conseguem enxergar a vida humana como parte integrante de um todo. Têm forte
ligação com plantas e/ou animais.
Em uma escola de ensino fundamental da Dinamarca havia um garoto de 12
anos que vivia isolado em seu mundo. Ele não se entrosava com ninguém e,
normalmente, era motivo de bullying por parte de outros meninos de sua turma.

Sua professora foi uma dos milhares que haviam recebido, no país,
treinamento na teoria das “múltiplas inteligências” com a introdução da nova
política educacional voltada para o aluno. Não para testes.

Certa de que desenvolver cada um de seus alunos passava pela sua


capacidade de entender os pontos fortes e fracos de todos, sem exceção, ela sabia
que esse menino não desenvolvera suas inteligências por falta de estímulo.

Passou, então, a acompanhá-lo nos recreios sem que ele percebesse.


Descobriu que o garoto passava o tempo todo nos jardins, entrando e saindo de
moitas, às vezes subindo em árvores e sempre pegando insetos.

Um dia, ao abordá-lo, perguntou-lhe por que sempre estava coletando


insetos. Ele explicou que os colecionava e, para surpresa da professora, fazia isso
de forma profissional. Tudo começou quando seus pais compraram três besouros,
atendendo a um pedido dele, que nunca mais parou de pesquisar insetos.

A professora decidiu, portanto, introduzir insetos nas aulas de ciências e


perguntou-lhe se não gostaria de ajudá-la na elaboração das aulas.

O garoto se revelou. Assumiu o comando, foi para frente da sala e explicou


tudo que sabia. Trouxe parte da sua coleção e passou a convidar os colegas para o
ajudarem na busca de insetos no recreio.

Hoje ele é um líder em sua turma, passou a ser admirado e, no final daquele
ano, no trabalho de tema livre, oito alunos escolheram insetos como tema. Esse
exemplo é muito rico para mostrar que, por meio de uma inteligência, podemos
atingir outras.
Esse garoto tinha uma excelente inteligência naturalista e, no intuito de
externá-la, desenvolveu suas inteligências lógico-matemática, linguística,
intrapessoal e, principalmente, interpessoal.

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Múltiplas inteligências - Inteligência existencial
Há pessoas que, mesmo sem uma religião, conseguem sentir a presença de
algo maior. Vale ressaltar que, em alguns livros, encontramos o termo “inteligência
espiritual”. Na verdade, o correto é “existencial”. Essa inteligência ainda não foi
oficializada pelo Dr. Howard Gardner, apesar de já adotada em alguns países,
como a China.

Foi exatamente o termo “espiritual” que gerou polêmica ao se tornar


candidato à nona inteligência. Essa inteligência não está relacionada a espírito,
alma ou religião, e sim à percepção da existência de algo superior. Há registros de
pessoas sem fé ou religião que manifestaram a percepção de algo superior ao
homem, à natureza e aos animais.

Vejam o que disse um dos pioneiros da teoria na China, referindo-se à


inteligência existencial: “Para resumir, Howard Gardner ainda não confirmou a
existência da inteligência existencial, mas acredito que nosso conhecimento, nossa
intuição e nossos insights sobre a vida cotidiana, sobre a natureza, a sociedade e a
filosofia, e sobre as obras de arte confirmam essa plausibilidade”.
(Howard 76)

JIE – QI CHEN – MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS ÁSIA

VISÃO INTRAPESSOAL VISÃO INTERPESSOAL VISÃO EXISTENCIAL

Inteligência Intrapessoal Inteligência Interpessoal Inteligência Existencial

Relacionada as questões existenciais.

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VISÃO DAS MI – LÓGICA DA IDENTIDADE EMOCIONAL

MOTIVACIONAL / PROFISSIONAL

Inteligência Intrapessoal Inteligência Linguística Inteligência


Cinestésica - Corporal

Inteligência Existencial Inteligência Lógico - Matemática Inteligência Musical

Inteligência Interpessoal Inteligência Espacial - Visual Inteligência Naturalista


VISÃO DAS MI – LÓGICA DA IDENTIDADE EMOCIONAL

MOTIVACIONAL
EMOCIONAL //EXISTENCIAL
PROFISSIONAL

Inteligência Intrapessoal Inteligência Linguística

Inteligência Existencial

Inteligência Interpessoal Inteligência Espacial - Visual

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MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS DA IDENTIDADE EMOCIONAL

VISÃO INTRAPESSOAL VISÃO INTERPESSOAL VISÃO SISTÊMICA

Inteligência Intrapessoal Inteligência Linguística Inteligência


Espacial - Visual

Inteligência Existencial Inteligência Interpessoal


VISÃO CONCEITUAL / FUNCIONAL DA IDENTIDADE EMOCIONAL

FORTALECE REVELA CATALIZA

Inteligência Intrapessoal Inteligência Espacial - Visual

HARMONIZA
Inteligência Interpessoal

Inteligência Existencial
Inteligência Linguística

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CHINA 600 ANOS D.C. – SISTEMA FILOSÓFICO DE Tient’ai

Tient’ai - China / 538 – 600 d.C.

Considerado o sistema filosófico mais estudado na história da humanidade.


A obra de Tient’ai influenciou diversas filosofias orientais e ocidentais.
Sua obra Maka Shikan (Grande Concentração e Discernimento) é considerado um dos
mais complexos que existe.
Esta obra, juntamente com a base científica norte-americana, formou o MIDE e a teoria da
IDE – Identidade Emocional.


ESTRUTURA DA IDENTIDADE EMOCIONAL

CÉREBRO MENTE CONSCIÊNCIA


IDENTIDADE EMOCIONAL

A IDE – Identidade Emocional – passa pelo entendimento das inter-relações da mente,


cérebro e consciência.

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DISCIPLINA DOMÍNIO PESSOAL

Domínio Pessoal – Os 5 elementos

A DISCIPLINA DOMÍNIO PESSOAL


Lendo o título acima pode soar estranho a palavra ‘Disciplina’, uma vez que
‘Domínio Pessoal’ nos remete ao pensamento de controle ou domínio interior.

A disciplina do domínio pessoal se tornou disciplina acadêmica nos Estados


Unidos, sendo adotadas por diversas escolas de ensino médio e superior e é uma
das três disciplinas que formam a ‘Disciplina do inédito’.

Quando estava elaborando a ‘Disciplina do Inédito’ percebi que o domínio


pessoal seria o norte para as pessoas, por meio dela podemos dar direção a nossa
vida, ela é nossa bússola do coração.

É a disciplina do crescimento e aprendizado pessoais.

Como desenvolver o “Domínio Pessoal”?

É uma etapa do seu ‘Inédito’ e do desenvolvimento da sua inteligência


Lógica-Emocional, vai além das inteligências e competências, embora baseie-se
nelas. Vai além da revelação e da abertura espiritual, embora exija crescimento
espiritual.

Significa encarar a vida como um trabalho criativo, vivê-la da perspectiva


criativa, e não reativa.

Incorpora dois movimentos subjacentes:

1- Contínuo esclareciemnto do que é importante para você ou o que você


realmente valoriza.
Passamos tanto tempo tentando resolver os problemas ao longo do
caminho que esquecemos os motivos pelos quais estamos naquele caminho;

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2- Aprender continuamente como ver a realidade atual com mais clareza:


“Você realmente está em um caminho semelhante ao que plenejou?”

As pessoas com alto nível de “Domínio Pessoal” vivem em um estado de


aprendizagem contínua.

Domínio pessoal não é algo que você possua, é processo, disciplina que se
leva para vida inteira, para se redirecionar rumo ao destino desejado, é vital saber
onde nos encontramos no momento.

A forma de começar a desenvolver uma noção de domínio pessoal é


abordá-lo como uma disciplina, como uma série de práticas e princípios que devem
ser aplicados para terem utilidade.

Este processo proporcionará escolhas claras, que normalmente estão


intrínsecas nas metas.

Focar nos resultados que são realmente importantes podem funcionar como
grande alavancagem.

A justaposição da ‘VISÃO’ (o que queremos) e uma imagem nítida da


realidade atual (onde estamos) geram o que chamo de “Tensão Criativa”!

Tensão Criativa: uma força que tenta unir os dois, causada pela tendência
natural de tensão para se buscar uma solução.

A essência do domínio pessoal é aprender a gerar e sustentar a tensão


criativa em sua vida.

Aproveito a oportunidade para corroborar com a teoria usando uma


experiência própria.

O conceito da tensão criativa mudou a minha forma de conduzir a vida,


tomei autoconsciência de um hábito nocivo que desenvolvi ao longo dos anos, o de
transformar tensão criativa em tensão emocional.

Em minha jornada transmitindo o MIDE as pessoas posso garantir que essa


é a realidade de praticamente 100% das pessoas e talvez explique porque os
americanos perceberam o valor desta nova disciplina.
Não existe ‘Criatividade’ sem tensão criativa, ela é o motor propulsor da
criação, é o que provoca sua essência, seus dons e seu propósito de vida, usando
como canal de comunicação sua ‘intuição’.

Como a maioria não tem uma ‘Visão’ clara em suas vidas, acabam
transformando a tensão criativa em tensão emocional e o que era para ser solução
se torna problema.

O propósito desta disciplina é trazer ao ‘inédito’ sua ‘Visão’, seja no campo


profissional, pessoal ou familiar.

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15 CARACTERÍSTICAS DAS PESSOAS COM DOMÍNIO PESSOAL

Características de pessoas que possuem um alto nível de domínio


pessoal:

Ø Possuem um senso de propósito especial que está por trás das suas visões
e metas;
Ø Uma visão é um chamado, não apenas uma boa ideia.
Ø Enxergam a realidade atual como uma aliada e não como uma inimiga.
Ø Aprenderam a perceber e trabalhar com as forças das mudanças e não se
opor a elas.
Ø São profundamente curiosas, continuamente comprometidas a ver a
realidade de forma cada vez mais precisa.
Ø Sentem-se conectadas aos outros e à vida em si.
Ø Não sacrificam sua singularidade.
Ø Acreditam ser parte de um processo criativo maior, o qual pode ser
influenciado, mas não pode ser controlado unilateralmente.
Ø Desenvolvem a “Mente Disciplinada”, vivem em um estado de aprendizagem
contínua. São pessoas que nunca chegam lá. Entendem que “domínio
pessoal” não é algo que você possua. É um processo;
Ø É uma disciplina para a vida inteira.
Ø São conscientes de sua ignorância, de sua incompetência e de seus pontos
a serem melhorados.
Ø Possuem grande autoconfiança.
Ø Enxergam que a recompensa é a jornada e não a chegada.
Ø São pessoas que perceberam a defasagem do mundo atual, onde
buscamos o desenvolvimento físico e intelectual e deixamos em segundo
plano o desenvolvimento emocional.
Ø Se comprometem mais, tomam mais iniciativas, possuem senso mais
abrangente e profundo de responsabilidade pelo seu trabalho e aprendem
mais rápido.

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VISÃO PESSOAL
A visão pessoal quando percebida e sentida assume o papel de sua bússola
interna, sempre alerta guiando seu caminho.

Não é uma imagem, uma fotografia estática e sim uma janela com uma
paisagem sagrada para você, ela mexe fundo, nos leva ao fluxo, gera sonhos, tem
cheiro, cor e temperatura.

É um destino específico, imagem de futuro desejado. Ela é concreta e traz


sentimentos aos nossos pensamentos.

Quando fechamos os olhos e pensamos em nossa ‘Visão Pessoal’ nos


vemos nela, o que chamo de Metavisão, em estado de êxtase como se ela fosse o
ópio da sua felicidade.
Ela responde a seguinte pergunta: “Eu seria muito feliz e realizado
se...?”
As crianças tem dom intrínseco de percebê-la e os adultos
geralmente associam com algo que gostariam de se livrar.

Quando começo a trabalhar a ‘Visão Pessoal’ nas pessoas percebo esse


fenômeno, normalmente chega a lista de coisas ruins que as pessoas querem
mudar e isso definitivamente não é visão pessoal.

Mais importante do que a visão em si, é o que ela traz.

Visão verdadeira aflora nossos valores, princípios e o mais importante, neste


caso, o propósito de nossa vida, guardado em nossa 9a. consciência.

Não se pode entender a verdadeira visão sem levar em consideração a ideia


de propósito.

VISÃO PESSOAL x REALIDADE ATUAL


Para o domínio pessoal você precisa encontrar sua ‘Visão Pessoal’ e ao
mesmo tempo traçar seu atual cenário.

Com essas duas realidades em mão, onde estou (atual) e para onde quero ir
(Visão Pessoal), surge o que a disciplina do domínio pessoal chama de
‘Defasagem’, ou a diferença entre esses dois pontos.

No exato momento que você percebe as defasagens em áreas de suas


vidas, transforma a tensão emocional ali presente em tensão criativa, por pior que
seja o cenário atual, agora você tem direção.

A tensão emocional é a força que sempre vai de puxar de volta ao estado


atual, ao conhecido, chamamos esse fenômeno de homeostase e aliados a ela
temos o nosso sabotador, a voz interna sempre trabalhando para que as coisas
fiquem onde estão e a VDA – Voz de autocensura, alimentando duas crenças
fortíssimas que todos os seres humanos tem de forma inconsciente: Crença do
demérito e a Crença da Impotência.

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Crença do demérito: acredito que pela nossa formação, principalmente a
ocidental, acreditamos que não somos merecedores de nossos sonhos.

Crença de Impotência: alimentada pela nossa VDA, enxergamos desafios


como problemas e sempre acreditamos que não estamos prontos, ficamos
dominados pelo medo.

“O ERRO É UM EVENTO CUJO BENEFÍCIO AINDA NÃO SE


TRANSFORMOU EM VANTAGEM.” – Ed Land

TENSÃO EMOCIONAL x TENSÃO CRIATIVA


Imagine que exista um elástico muito forte te prendendo a uma estaca e no
limite máximo desse elástico exista uma mesa com um troféu.

Agora imagine que em volta da mesa exista outro elástico te puxando rumo
a mesa, fazendo força contrária ao elástico da estaca.

O elástico da estaca é sua homeostase, seu sabotador e sua VDA, gerando


a tensão emocional e o elástico em volta da mesa é sua tensão criativa, gerando
força para que você busque seu sonho, seu troféu ou sua visão.

No ponto onde as duas forças atuam simultaneamente chamamos de


‘conflito estrutural’, você fica dividido entre suas vozes que sabotam e sua intuição.

CONFLITO ESTRUTURAL
É o sistema que envolve a tensão que nos puxa para nosso objetivo e a
tensão que nos ancora em nossa crença subjacente, porque se trata de estrutura
de forças conflitantes, que nos puxam em direção ao que queremos e, ao mesmo
tempo, nos afastam daquilo que queremos.

Existem três estratégias ruins adotadas de forma inconsciente pela maioria


das pessoas, para alivia o conflito estrutural:

1a. Erosão da Visão: começamos acreditar em nosso sabotador quando ele


diz que traçamos uma meta irreal, reduzimos nossos sonhos;

2a. Manipulação do conflito: quando tentamos manipular a nós mesmos


num grande esforço para alterar nossa visão;

3a. Determinação: quando usamos apenas um dos 7 fatores do inédito,


chegamos a mesa esticando o elástico a qualquer preço, não há consciência do
preço real desta ação;

A disciplina do inédito depende fundamentalmente da sua ‘Visão Pessoal’ e


todos os elementos que ela traz de forma intrínseca.

Mas a ‘Visão Pessoal’ não te levará o inédito sozinha, será necessário ainda
mais duas disciplinas: ‘Pensamento Sistêmico’ e os ‘Modelos Mentais’.

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Somente quando essas três disciplinas estiverem em pleno
desenvolvimento que o inédito deve começar a emergir em seu consciente.

DISCIPLINA DOMÍNIO PESSOAL

CONFLITO ESTRUTURAL

CÉREBRO X MENTE
INSTINTO - SENTIMENTO INTUIÇÃO - PENSAMENTO

TENSÃO EMOCIONAL TENSÃO CRIATIVA

DOMÍNIO PESSOAL – VISÃO 360º


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DOMÍNIO PESSOAL – VISÃO 360º

DESEJOS INTRÍNSECOS METAS SECUNDÁRIAS

1. VALORES 1. SEGURANÇA
2. MISSÃO 2. CONFORTO
3. PROPÓSITO 3. LIBERDADE
4. FLOW 4. RECONHECIMENTO
5. ENTREGA 5. SUCESSO
6. STATUS
7. TRANQUILIDADE
Existencial


DOMÍNIO PESSOAL
PDE – PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

UNIVERSO DOS UNIVERSO DOS UNIVERSO DA UNIVERSO DAS


SENTIMENTOS PENSAMENTOS COMUNICAÇÃO RELAÇÕES

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DOMÍNIO PESSOAL
PDE – PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

UNIVERSO DOS UNIVERSO DOS UNIVERSO DA UNIVERSO DAS


SENTIMENTOS PENSAMENTOS COMUNICAÇÃO RELAÇÕES

PAIXÃO RAIVA

MEDO

CÉREBRO MENTE
INCONSCIENTE CONSCIENTE


DOMÍNIO PESSOAL
PDE – PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

O QUE? POR QUE? COMO?

SENTIR

PENSAR AUTOCONSCIÊNCIA AUTOGESTÃO AUTORREGULAÇÃO

FALAR

AGIR

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A IDENTIDADE EMOCIONAL – INTRODUÇÃO

Em 1995 o mundo recebia com grande surpresa o best-seller “Inteligência


Emocional” do psicólogo norte-americano Daniel Goleman.

Completos 33 anos do lançamento do conceito da inteligência emocional


muito dela se falou e discutiu nos quatro cantos do mundo.

Não tive oportunidade de conhecer uma pessoa ou empresa que obtivera


sucesso no desenvolvimento prático do conceito de Inteligência Emocional.

Sabe-se que Goleman começou a forjar sua teoria em 1979 quando, na


universidade de Harvard, o renomado Howard Gardner presenteava o universo
científico com a teoria das MI – Múltiplas Inteligências – como ficou conhecida no
mundo inteiro.

Goleman fazia seu doutorado em Harvard na época em que a teoria de


Gardner, sobre as Múltiplas Inteligências, estava sendo concluída.

A teoria das MI defende que a inteligência é uma capacidade humana de


criar produtos ou serviços que sejam reconhecidos pelo menos por uma sociedade.

Segundo Gardner, todos os seres humanos nascem igualmente inteligente e


o que nos distingue são nossos dons, herança genética, para desenvolver
habilidades de usar nossas inteligências.

Todas as inteligências podem ser desenvolvidas em qualquer idade. O


custo/ benefício auferido está em função do esforço dedicado no desenvolvimento
de habilidades nas inteligências paras quais não temos dons.

Quando publicada, em 1984, a teoria demostrou que o homem nasce com 7


inteligências. Posteriormente, foi reconhecida uma oitava inteligência e hoje existe
uma nona sob judice.

O objetivo desta apostila não é abordar a teoria das MI, mas sim
contextualizar o nascimento da teoria da inteligência emocional.

Das nove inteligências, Goleman definiu que duas definiam o emocional


humano, a inteligência intrapessoal e a inteligência interpessoal.

A inteligência intrapessoal está relacionada com o autoconhecimento, com


os conhecimentos dos pontos fortes e fracos do emocional e do saber usá-los de
forma harmônica.

Pode ser definida como o conhecimento que uma pessoa tem sobre seus
aspectos internos, sentimentos e emoções e, ainda, como ela, por meio desse
conhecimento, processa e orienta seu comportamento para melhor aproveitar suas
experiências de vida.

Pessoas com inteligência intrapessoal desenvolvida conhecem o modelo


efetivo de si mesmas e se esforçam diuturnamente para alcançá-lo.

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Assim, trabalham permanentemente para o autoconhecimento buscando
sempre evoluir.

Por outro lado, desenvolvem reflexões sobre seus modelos mentais e criam
formas de corrigirem os efeitos negativos desses modelos.

Outro aspecto a ser relatado é o quanto as pessoas, que desenvolvem a


inteligência intrapessoal, vencem sua voz de autocensura (VDA) e acreditam na
força da intuição.

Todavia, como essa inteligência é interna e individual, para que seja


percebida pelo seu observador é necessário que ela se apoie em outras
inteligências mais evidentes tais como a linguagem, a música e outras formas de
expressão.

Independentemente da área de atuação, estimular a inteligência intrapessoal


é fundamental para todos os indivíduos. Isso porque ela, uma vez combinada com
qualquer outra inteligência, potencializa o desenvolvimento das demais
inteligências.

Pessoas que trabalham para aprimorar sua inteligência intrapessoal, elevam


seu autoconhecimento, seu controle emocional e sua autoestima, proporcionando
as demais inteligências que possuem a serem melhor conhecidas e aproveitadas.

A segunda inteligência abordada por Goleman como fomentadora do


emocional foi a inteligência interpessoal.

A inteligência interpessoal refere-se à capacidade de perceber sentimentos,


temperamentos, motivações e intenções de outras pessoas, mesmo que elas não
queiram deixar transparecer esses sentimentos.

Na pré-história, os homens dependiam uns dos outros para caçar, perseguir


e matar animais de grande porte.

Essa atividade exigia participação e cooperação de grande número de


pessoas. A coesão, liderança, organização e solidariedade no grupo acontecia
naturalmente e era decorrente da Inteligência Interpessoal que possuíam.

No mundo globalizado, a inteligência interpessoal é de fundamental


importância na vida das pessoas, pois cada vez mais se é exigida a convivência
com pessoas de diversas identidades culturais, religiosas, políticas e sociais.

O seu elemento principal é ter o domínio de perceber e distinguir os estados


emocionais das outras pessoas pelo tom de suas vozes e pelas suas expressões
corporais ou faciais.

Uma pessoa com inteligência interpessoal bem desenvolvida consegue


harmonizar sentimentos em lugar de gerir conflitos.

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A AMPLITUDE DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

O que explica a dificuldade encontrada para colocar a brilhante teoria de


Goleman em prática é a amplitude do emocional.

Estudando o universo da inteligência emocional, nos últimos 5 anos, o


resultou na teoria da “IDE-Identidade Emocional”.

A inteligência segundo a teoria de Gardner, reconhecida por Goleman, é


uma capacidade biopsicológica – uso da mente e do cérebro – de criar produtos e
resolver problemas que sejam reconhecidos por pelo menos uma sociedade.

Seguindo esta mesma linha de pensamento considero inteligência uma


capacidade do cérebro humano igualmente manifestada em todas as pessoas e
pode ser desenvolvida em qualquer idade.

Então a IE - inteligência emocional é uma capacidade intrapessoal e


interpessoal, e no contexto deste artigo é o “O que!” as pessoas buscam
desenvolver.

A IDE – identidade emocional é o “Como” desenvolver sua IE.


Todos os seres humanos tem uma IDE, o problema é que não exerceram
praticamente nenhum controle sob seu desenvolvimento.

Muitos buscam na psicologia respostas para sua IDE, mas a terapia não tem
esse propósito e sequer foi pensada para essa finalidade.

Outros buscam nas religiões ou em terapias alternativas.


Há um grande movimento no ocidente em busca de filosofias orientais na
tentativa de equilíbrio.

Todos esses movimentos inconscientemente buscam estruturar a IDE, mas


a IDE é a soma de todos eles e isso explica a completa ausência da IE, mesmo
passados 33 anos do nascimento da teoria de Goleman.

Todas as respostas que uma pessoa procura fora, seja em terapia, seja em
práticas meditativas ou religiões, estão dentro delas e nunca as encontrarão fora.

A dificuldade neste caso é que por não dominarem sua IDE passam uma
vida procurando fora de si, o que chamamos de “Terceirização Emocional”.

A terceirização acontece quando o equilíbrio da pessoa depende de algo


externo, muito comum em relacionamentos, patrimônio pessoal ou emprego.

A terceirização pode acontecer nas três dimensões que a mente trafega,


passado – Eu era feliz quando vivia de tal forma -, presente – sou feliz porque tenho
isso – e futuro, a mais comum, - serei feliz quando conseguir tal coisa.

O verdadeiro equilíbrio, consequentemente a verdadeira felicidade, só é


possível de encontrar em nosso interior e para isso defendo a construção de uma
identidade emocional.

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A IDE - Identidade Emocional envolve duas outras múltiplas inteligências de
Gardner, a inteligência lógica-matemática e, a importante inteligência: inteligência
existencial.

A Inteligência lógica-matemática é a inteligência mais valorizada no


Ocidente, juntamente com a inteligência linguística. Ambas vivem em um pedestal
nos holofotes da teoria do quociente de inteligência (QI).

Esta se refere à capacidade de desenvolver raciocínios lógicos, resolver


questões que envolvam a manipulação de números, equações ou resolver
problemas pelo raciocínio indutivo ou dedutivo.

O seu desenvolvimento facilita uma visão mais sistêmica da vida. Por meio
dela, pessoas conseguem enxergar as diversas conexões de uma situação
complexa e desenvolvem uma forte noção de regras que envolvem causalidade,
tempo e espaço.

A explicação encontrada para as dificuldades no desenvolvimento da


Inteligência Emocional foi a ausência de um processo lógico. E é isto que propõe a
IDE – Identidade Emocional.

A quarta inteligência que define nossa identidade emocional é a Inteligência


Existencial.

Há pessoas que, mesmo sem uma religião, conseguem sentir a presença de


algo maior. Vale ressaltar que em alguns livros encontramos o termo inteligência
espiritual”.

Na verdade, o correto é existencial. Esta inteligência ainda não foi


oficializada pelo Dr. Howard Gardner apesar de já adotada em alguns países como
a China.

Foi exatamente o termo “espiritual” que gerou polêmica a essa inteligência


para tornar-se candidata a nona inteligência. Essa inteligência não está relacionada
ao espírito, alma ou religião e sim à percepção da existência de algo superior.

Há registros de pessoas, sem fé ou religião, que manifestaram a percepção


de algo superior ao homem, à natureza e aos animais.

Vejam o que disse um dos pioneiros da teoria na China, referindo-se à


inteligência existencial: “Para resumir, Howard Gardner ainda não confirmou a
existência da inteligência existencial, mas acredito que nosso conhecimento, nossa
intuição e nossos insights sobre a vida cotidiana, sobre a natureza, a sociedade e a
filosofia, e sobre as obras de arte confirmam essa plausibilidade”.
(Múltiplas Inteligências ao Redor do Mundo – pág. 76)

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PERCEBENDO A INTELIGÊNCIA EXISTENCIAL
Tive oportunidade de conhecer Dra. Jie Qi-Chen, discípula de Gardner e
responsável pela implantação da teoria das MI na China onde, atualmente, é base
curricular do país.

Chen sempre deixou claro a impossibilidade de um país tentar copiar de


outro a implantação da teoria das MI, isso ocorre porque a inteligência, na definição
de Gardner, é manifestada pela cultura de cada povo, sendo assim, precisa de ser
adaptada a cultura a que se propõe usá-la.

Outro fator importante que levou ao sucesso da implementação dessa teoria


na China foi o alinhamento da teoria das “múltiplas inteligências” com as quatro
principais linhas filosóficas chinesas – confucionismo, taoísmo, budismo e
legalismo.

Tanto a teoria quanto as linhas filosóficas têm, em sua essência, a


valorização do pluralismo que, por sua vez, exerce influência na cultura popular
chinesa.

Isso é perceptível pelo fato de que muitos ditados populares chineses


albergam pontos vitais da teoria das “múltiplas inteligências”.

A China sempre foi um país aberto à ideias estrangeiras. Em sua história de


5.000 anos, assimilou à sua cultura o budismo, o marxismo e o próprio cristianismo,
comprovando a capacidade de adaptar-se a novas tendências sem perder sua
essência.

Com a teoria das “múltiplas inteligências” não foi diferente, ou seja, não foi
uma transferência empacotada dos EUA, uma vez que a absorção foi resultado de
um processo de aculturação.

Duas questões importantes da teoria foram a base da aceitação: distintas


concepções de inteligências e distintos valores orientadores do processo
educativo.

Os pais estão se familiarizando cada dia mais com o conceito das “múltiplas
inteligências”, passando a observar o potencial de seus filhos sob outro contexto.
Perceberam novo papel da família no processo de desenvolvimento cognitivo das
crianças.

O acompanhamento em casa tem-se mostrado um forte complemento à


observação dos professores.

Não cabe, aqui, discutir os fatos que levaram a teoria das MI a mudar
socialmente países como China, Coréia do Sul e Cingapura.

Quero ressaltar que o sucesso da teoria no oriente se deu pelo auto grau de
espiritualidade daqueles povos.

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A teoria das MI encaixou como uma luva nos pensamentos milenares dos
principais filósofos orientais, particularmente na China.

A IDE - IDENTIDADE EMOCIONAL

Todo ser humano tem IDE - identidade emocional, mesmo que intrínseca, e
ela define as entregas que fazemos em nosso dia a dia, seja como pais, cônjuges,
cidadãos, profissionais ou empreendedores.

Entender e dominar a IDE irá, consequentemente, desenvolver a inteligência


emocional.

Desenvolver a identidade emocional significa definir valores, o que no MIDE


chamamos de ter uma matriz de valores sólida e clara.

Uma vez definidos os valores, saber traduzi-los e neste momento identificar


os modelos mentais que geram distorções em nossa modelagem da IDE,
trabalhando conceitos e valores que nos traz os famosos modelos mentais
geradores dos MARC’s – medo, apego, reconhecimento, controle e culpa –
geradores de dissonâncias internas.

Ter inteligência emocional é ter “Autodomínio” da IDE de forma estruturada –


lógica-matemática -.

Nossa IDE foi forjada, no passar dos anos, com forte impacto pelo ambiente
biopsicológico - família -, ambiente socioambiental – Origem e relação social – e
pelo ambiente cognitivo – formação acadêmica e experiências empíricas-.

De modo geral, a maior modelagem da nossa identidade emocional foi


realizada pelo ambiente biopsicológico – Família -, pelos pais ou pelo responsável
por nossa criação até aos 14 anos, o que na psicologia chamam de impactos
biopsicológicos.

Percebe-se nas pessoas que adotaram o método MIDE – Múltiplas


inteligências & Desenvolvimento Emocional – criado, especificamente, com o
objetivo de desenvolver a IDE, um ganho significativo nas relações humanas,
resultado do aumento da inteligência emocional e, consequentemente, do
entendimento, tolerância e compaixão nas relações.

Golemam define como um dos quadrantes da estrutura da inteligência


emocional o gerenciamento de relacionamentos e Gardner ressalta a importância
da inteligência interpessoal em diversas ocasiões.

Acredito que ambos se baseiam em uma pesquisa iniciada em 1939, ainda


em andamento, pela Universidade de Harvard sobre a felicidade humana.
A pesquisa se propôs acompanhar durante a vida inteira 400 jovens, metade
alunos de Harvard e metade jovens da periferia de Boston.

O último resultado mostra que metade de cada grupo chegou feliz aos 80
anos, provando que estudo e dinheiro não foram o fator determinante da felicidade
das pessoas.

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O único ponto comum encontrado foram a qualidade dos relacionamentos,
pessoas que chegaram aos 50 anos com boas relações, principalmente conjugais,
eram mais sadias e felizes aos 80 anos.

A identidade emocional é o DNA do que entregamos em qualquer relação


humana e, consequentemente, o ponto de partida da felicidade.

Quando dominamos nossa IDE, dominamos nossas escolhas, visto que


definimos o que valoramos e o que iremos entregamos em todas nossas relações
humanas.

Quando aprendemos a trabalhar a tolerância e compaixão, mudamos nossa


entrega e isso nos traz mais liberdade, pois adquirimos a capacidade de perceber
quando é possível ou não fazer uma entrega.

No, ocidente em geral, até mesmo pela base de nossas religiões, temos o
habito de definir a quem, como e quando faremos uma entrega, sendo que de fato,
só podemos ajudar àqueles que querem ser ajudados.

A identidade emocional nos permite ter esta percepção e agir sem culpa.
Ajudar à quem não quer ser ajudado, é “controle”.

O controle é o maior inimigo do emocional humano e está presente nas


mínimas ações que empreendemos, tornando com certeza a maior fonte de
sofrimento do homem moderno.

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A ESTRUTURA DA IDENTIDADE EMOCIONAL



METAMORFOSE EM “U”
METAMOFORSE EM “U” - AUTODOMÍNIO
IDE – IDENTIDADE EMOCIONAL

METAMOFORSE EM “U” - AUTODOMÍNIO


IDE – IDENTIDADE EMOCIONAL

AU A
TO BI
D SM
O O
M
AJ MO
A

ÍN
D

IO
U
TO IS
AU AB

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AUTODOMÍNIO

A globalização sinalizou à toda humanidade a necessidade do


aprimoramento na relação interpessoal dos povos.

Nem o idioma é mais obstáculo para o entrelaçamento do ser humano, quer


na aldeia, quer na grande metrópole.

O sucesso para o relacionamento interpessoal passa pelo controle de si


mesmo; o autodomínio.

Entender o conceito de “Autodomínio” é condição “sine qua non” para o


desenvolvimento da--- IDE- Inteligência Logica-Emocional.

Fala-se muito em autoconhecimento que por se só não é suficiente.


É mister saber aplica-lo convenientemente.

Para tanto, necessita-se do “Autodomínio” que vem a ser o domínio de si


próprio; controle das paixões; sentimentos; autocontrole dentre outros indicadores
que influem o emocional dos seres humanos.

Há que se entender a si próprio e os semelhantes para que se possa mudar


a forma de agir.

Sair da reação para a ação, do reativo para o ativo.


O desenvolvimento do IDE é ingrediente fundamental e necessário para se
atingir o Autodomínio.

Ao atingir o ‘Autodomínio,’ eleva-se o estado de vida à entrega. O 9o. Estado


de Vida Intrapessoal, é o momento em que se começa a pensar de forma lógica-
emocional.

Autodomínio é a conjunção de ‘Autoconsciência’ + ‘Autogestão’ +


‘Autorregulação’.

TANGIBILIZANDO
Para tirar o emocional do abstrato e torná-lo tangível criei indicadores
mensuráveis e passíveis de serem desenvolvidos separadamente.

Minha maior dificuldade na busca pelo pleno desenvolvimento da


‘IDE - Identidade Emocional’ foi entender, por exemplo, o que formava meu
emocional, como desenvolvê-lo e qual o método para viabilizar essa ideia.

Em dois anos de estudos passei por uma fase muito confusa.


Muitas teorias e poucas orientações práticas.

Determinado nesse objetivo, acabei encontrando meu propósito de vida.

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Hoje dedico minha vida exclusivamente a transmitir o método que
desenvolvi, o MIDE, para o maior número de pessoas possível.

AUTOCONSCIÊNCIA

A ‘Autoconsciência’ é o passaporte para a ‘Busca’.


Precisamos exercitar a ‘Metaconsciência’; ter consciência que não temos
consciência deste universo tão amplo que traduzimos como nosso emocional.

Uma pessoa que recebe uma missão de montar um quebra-cabeça difícil, o


primeiro passo é organizar as peças, colocá-las de cabeça para cima e separá-las
pela semelhança da imagem.

Tentar saltar essa etapa é como montar um quebra-cabeça de 1.000 peças


com a maioria das peças de cabeça para baixo e sem noção da imagem que ele
traz.

No primeiro momento, pela minha experiência, e pelas inúmeras


experiências de pessoas que já aplicaram o método, surge um misto de ansiedade
e esperança, tristeza e alegria, luz e escuridão.

É comum relatos de pessoas que, inicialmente, se dividem entre a alegria de


descobrirem que existe uma luz, mesmo que longínqua, e a tristeza de perceberem
o quanto estavam perdidas na escuridão.

A entrada nos estados elevados requer muito do emocional. Ao iniciar a


busca ela vai parecer confusa, difícil e muitas vezes uma barreira intransponível.
Com o tempo percebe-se que nada disso faz sentido.

Adoto o conceito da ‘Jornada’, precisamos manter o foco na estrada e não


na chegada.

Desenvolver a ‘Identidade Emocional’ é como escalar uma grande


montanha.

Relatos de pessoas cujo esporte é escalar grandes montanhas contam que


o prazer não é enfincar a bandeira no topo, mas a sensação dos obstáculos
transpostos, ou seja, a ‘Jornada’.

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1ª METACONSCIÊNCIA – NÓS NÃO SABEMOS ESCUTAR

3 NÍVEIS DE ESCUTA

Ouvir o que as pessoas não dizem


1º. Nível
é em
– Escuta
geral mais
Fragmentada
importante do que ouvir o que dizem.
Enquanto a outra pessoa fala nossa mente está raciocinando.
2º. Nível – Escuta Intuitiva
Enquanto a outra pessoa fala nossa mente está só escutando, observando a linguagem
corporal, nuanças no tom da voz.
3º. Nível – Escuta Existencial
Quando usamos todos os recursos da natureza humana. Quando escutamos com nosso
coração. Sentimos a vibração da outra pessoa.

Autoconsciência

PREPARANDO A ESCALADA

O método MIDE se propõe comparar a busca pela ‘IDE - Identidade


Emocional’--- à escalada de uma grande montanha.

A distância, toda montanha parece pequena e lisa. É preciso entende-la, ver


de perto e estudá-la.

A escalada requer planejamento; consciência dos desafios que surgirão à


‘Autoconsciência’ quanto a capacidade de superá-los usando o equipamento
correto.

A ‘Montanha’ – Esta é a metáfora para o desenvolvimento da IDE. Entender


os indicadores formadores do emocional equivale a entender a montanha que será
escalada.

O ‘Preparo’----Exercitar a ‘Metaconsciência’, ter consciência que não tem


consciência dos indicadores equivale a estudar o seu preparo para executar a
escalada.

O ‘Equipamento e o Planejamento - O método MIDE traz as ferramentas de


que você precisa para fazer essa escalada.

Tanto o uso das ferramentas como a necessidade de preparo pode variar,


significativamente, de pessoa para pessoa.

Ao perceber que estamos despreparados para a escalada passamos a ver


obstáculos como problemas e surge a tendência de abandonar o projeto.

Um dos pontos importantes que precisamos entender é que fomos


educados e formados para termos absoluto controle sobre tudo.

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Por isso, a escalada é realizada por poucos, não existe controle. Apenas um
planejamento abrindo mão do controle.

Escalar uma montanha, assim como virar as peças do quebra-cabeça e


enfrentar seu emocional, é o que os judeus chamam de oculto do oculto.
Só é possível saber fazendo e por mais que se planeje e sigamos nossa
intuição, só saberemos se tentarmos.

Ser displicente com essa etapa pode custar o projeto, é preciso desenvolver
a ‘Competência de Refletir e Indagar’.

Cada indicador, entendimento, análise, deverá ser feita em


‘Metaconsciência’.

O método visa dar suporte para que a busca não seja mal sucedida e sim
uma aventura leve e sustentável.

Assim, fechamos o primeiro passo rumo ao ‘Autodomínio’, entender o


conceito da ‘Autoconsciência’ nos abre para um novo mundo, fazendo do estado
de busca nossa base.

AUTOGESTÃO

É o segundo momento do desenvolvimento da ‘IDE - Identidade Emocional’,


conseguir perceber os indicadores manifestados em si e nos outros.

O pleno desenvolvimento da ‘Autogestão’ é a marca do equilíbrio no


processo de desenvolvimento da IDE.

Para atingir a ‘Autogestão’ é necessário exercer a ‘Metavisão’: capacidade


de se ver em um cenário, sair da cena para analisar todo o cenário com você
inserido nele.

É como se estivesse em um tumulto em uma praça pública e de repente


fosse possível decolar em um helicóptero e analisar tudo que está acontecendo, a
posição de cada pessoa na cena e assim ser possível traçar diversos cenários.

O melhor exercício no desenvolvimento da ‘Autogestão’ é analisar os


indicadores se manifestando em si. Só depois de senti-los de fato é que conseguirá
perceber nos outros.

No método MIDE este é o momento que se inicia o desenvolvimento dos


três níveis de empatia.

É de suma importância o entendimento que ‘Autoconsciência’ e


‘Autogestão’ acontecem simultaneamente. Iniciamos pela consciência de cada
indicador para depois monitorá-los.

Até o pleno domínio de todos os indicadores no nível inconsciente não


atingimos o 8o. Estado plenamente, esse processo é gradual e lento. Precisamos

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exercitar dia a dia. Gradativamente cada um dos indicadores serão incorporados
em nosso inconsciente.

Nesse processo de trabalhar o emocional no inconsciente o método


estimula o ‘Metapensamento’, o pensar sobre o que pensamos.

Não há como desenvolver a IDE sem o ‘Metapensamento’: a maior


ferramenta para desconstruir ‘Modelos Mentais’; encontrar ‘Defasagens’; trabalhar
a ‘Atenção Seletiva’ e desenvolver o pensamento sistêmico.

Até incorporarmos os indicadores o ‘Metapensamento’ é a ferramenta que


usamos para trazer os nossos ‘Modelos Mentais’ que definem nossas ações, do
inconsciente para o consciente, e assim podemos nos tornar o ser pensante de
fato.
Uma mente solta transitando de forma descendente ou inconsciente, busca,
compara e julga tudo muito rápido, em generalizações ou simplificações, ‘Modelos
Mentais’ arraigados em nosso inconsciente.

Só com o ‘Metapensamento’ para quebrar esse processo.

MENTE – OS 3 NÍVEIS DE OPERAÇÃO

MENTE
A mente pode operar em três níveis:
1º. Nível – Inconsciente - Mestre: Cérebro / Discípulo: Mente

Quando as emoções estão sem controle, surgem espontaneamente e seguem seu curso.
A mente opera no automático, sem formular pensamentos elaborados, em cima de hábitos e modelos mentais.

2º. Nível – Consciente - Mestre: Cérebro / Discípulo: Mente

Já de forma consciente há uma evolução no pensamento. Pensamos na razão superficialmente sem ir na raiz da questão.

3º. Nível – Autoconsciente - Mestre: Mente / Discípulo: Cérebro

Quando a mente opera de forma ‘Autoconsciente’ ela busca não só a razão , mas tudo que está por trás do sentimento. A mente autoconsciente é sistêmica e
consegue ver o todo.

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MENTE – AS 4 DIMENSÕES


AUTOGESTÃO – IDENTIDADE EMOCIONAL

IDENTIDADE
CÉREBRO COMANDA
EMOCIONAL
MENTE
SEM IDENTIDADE
MENTE COMANDA
EMOCIONAL
CÉREBRO
COM
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

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AUTORREGULAÇÃO

Atingir a ‘Autorregulação’ plena é o mesmo que atingir o ‘Autodomínio’, uma


vez que ela é o último passo.

Ela só acontece quando se consegue conjugar ‘Autoconsciência’ e


‘Autogestão’. Como citado anteriormente, pode acontecer concomitante, porém
leva mais tempo para ser iniciada.

É a passagem para a ‘Entrega’.

Desenvolve-se ‘Autoconsciência’ dos indicadores que formam o universo do


emocional e tem-se a percepção deles se manifestando na própria vida e na de
todas pessoas em volta: ‘Autogestão’.

Uma vez atingido a capacidade da ‘Autorregulação’, o pleno controle do agir


em conformidade com a ‘IDE - Identidade Emocional’, mantem se o equilíbrio em
todo o sistema que forma a vida.

Ninguém controla o que sente; pode controlar a mente, consequentemente


as ações.

Existe uma frase que adotei no MIDE e uso em todos os módulos do curso:
“O sábio AGE, só o tolo REAGE.”

Esta frase marca a ‘Autorregulação’, o AGIR com sabedoria, com a mente


trabalhando como um ‘Bom Servo’ e não como um ‘Mal Patrão’.

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METAMORFOSE DO AUTODOMÍNIO – FERRAMENTAS

METAPENSAMENTO x METACONSCIÊNCIA x METAVISÃO


Metapensamento é o pensar sobre o que se pensa, é um estado de vigília
ou de alerta.

No metapensamento surge a consciência do que se está pensando.


Por que penso assim ou por que estou pensando nisso agora ou este
pensamento agora não faz sentido.

Assim, surge a metaconsciência.

Torna se consciente de que não tinha consciência do que pensava e


nem por que pensava.

Começa se a ter consciência de que não tem consciência de


que os pensamentos surgem e tomam conta da mente, das emoções.

Dessa forma assume se as rédeas da mente.

Neste instante ela deixa de ser mau patrão e passa a ser bom servo.

Passo aqui a chave importantíssimas do processo de busca do propósito.

Trabalhar o metapensamento para gerar a metaconsciência.

Antes pensava e deixava a mente à deriva, agora pensará o por quê está
pensando, analisa-se o pensamento e, entre 80% a 90% das vezes, descarta o.

Se deixar a mente solta ela sempre olhará para o futuro com os olhos do
passado. Descartando o presente ou o agora.

Já a Metavisão é o processo de se ver como terceira pessoa em um fato


específico, vê de cima como fosse possível decolar em um helicóptero para
entender um fato do qual você está presente.

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CONSCIÊNCIA - FORMAÇÃO

AMBIENTE SOCIAL AMBIENTE NATURAL OS 5 AGREGADOS

Socioambiental Biopsicológico Existencial


Cognitivo

Comum com a psicologia Filosofia Oriental


GÊNIO INDOMÁVEL

VISÃO SISTÊMICA DA VIDA


Quando me deparei pela primeira vez com esta frase já estudava a
disciplina do PS – Pensamento Sistêmico e por isso me chamou muita atenção.

Era o título de um livro do físico austríaco Fritjof Capra e do professor


debBioquímica da Universidade de Roma Pier Luigi Luisi.

Já acompanho o trabalho de Capra a mais de uma década.

Capra tornou-se mundialmente famoso com seu livro ‘O Tao da


física’, traduzido para vários idiomas.

Nele, traça um paralelo entre a física moderna (relatividade, física


quântica, física das partículas) e as filosofias e pensamentos orientais tradicionais,
como o taoísta de Lao Tsé, o Budismo (incluindo o Zen) e o Hinduísmo.

Surgido nos anos 70, O Tao da física busca os pontos comuns entre
as abordagens oriental e ocidental da realidade.

Outro livro de Capra que deu suporte aos meus estudos foi
‘Conexões Ocultas’, todos direcionados ao pensamento sistêmico.

O livro ‘A Visão Sistêmica da Vida’ traz uma abordagem leve, mas


complexa, sobre como todos os seres vivos estamos conectados em uma rede
invisível.

Meu interesse tomou corpo ao ponto que decidi procurar o próprio


Capra e fiz seu curso que leva o mesmo nome.

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Podemos dimensionar a complexidade do livro que foi transformado
em um curso de 3 meses.

A visão de Capra segue uma linha convergente com a minha, isso


explica minha admiração e influência do seu trabalho no MIDE.

Já tive a oportunidade de relatar em diversos artigos, que a


percepção da importância das filosofias do oriente para a IDE foi o que diferenciou
o método MIDE de qualquer outra abordagem.

Outro fato que também relatei em outros artigos, mas que aqui se faz
necessário dar ênfase é como tenho encontrado estudos de cientistas ocidentais,
filosofias orientais e psicólogos de diversas partes do planeta falando a mesma
coisa de formas diferentes
Os interação entre os estudos de Rudolf Steiner, pai da Antroposofia,
a Psicologia do desenvolvimento do psicanalista Erik Erikson, a Visão Sistêmica da
Vida de Fritjot Capra, a filosofia de Tient’ai na China, Nitiren no Japão e o
Pensamento Sistêmico de Peter Senge forjaram o capítulo ‘Visão Sistêmica da Vida’
do método MIDE.

OS MACROS AMBIENTES DA IDE


O método MIDE dá a visão sistêmica da vida das pessoas, dividindo
cada setênio da vida em fatos e pessoas de influência em cada um dos três macros
ambientes: Ambiente Socioambiental, Ambiente Biopsicológico e Ambiente
Cognitivo.

O ‘Ambiente Socioambiental’ é dividido em: ‘Origem Social’ e


‘Relação Social’.

O ‘Ambiente Biopsicológico’: é o entendimento da família. O PS –


Pensamento Sistêmico, classifica como sistemas subjacentes.

As raízes do desenvolvimento da IDE – Identidade Emocional estão


nos ‘Modelos Mentais’. É no ‘Ambiente Biopsicológico’ que eles estão arraigados.

No MIDE, o ‘Ambiente Cognitivo’ é visto sob a ótica das filosofias


orientais e dividido em: ‘Forma’, ‘Percepção’, ‘Concepção’, ‘Volição’ e
‘Consciência’.

É interessante notar que o ambiente cognitivo, neste caso, está


sistemicamente voltado aos ‘Modelos Mentais’.

O objetivo de trazer ao PS – Pensamento Sistêmico - a visão geral da


vida no MIDE, tem como propósito identificar, principalmente, a origem dos
principais

‘Modelos Mentais’ os quais podem trazer à pessoa sentimentos de:


sofrimento, apego, controle e medo.

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AMBIENTE SOCIOAMBIENTAL
Como citado acima a principal finalidade da ‘Visão Sistêmica’ é
identificar ‘Modelos Mentais’ que trazem sofrimentos a vida das pessoas.

O ‘Ambiente Socioambiental’ é dividido em: ‘Origem Social’ e


‘Relação Social’.

Existem ‘Modelos Mentais’ que são característicos de uma região,


país, sociedade ou cultura. Entender a ‘Origem Social’ pode ser muito útil.

Algumas famílias, imigrantes ou emigrantes, conseguem manter seus


costumes e consequentemente seus ‘Modelos Mentais’ de origem. Não houve uma
‘Relação Social’ forte ao ponto de alterar os principais modelos mentais.

Modelos mentais que trazem medo e apego: o medo de estranhos, a


desconfiança nas relações e o apego material são apenas alguns exemplos muito
comuns terem suas raízes arraigadas no ‘Ambiente Socioambiental’.

AMBIENTE BIOPSICOLÓGICO
Este é o principal sistema para o MIDE e consequentemente para o
desenvolvimento da IDE.

Nele estão as raízes de quase todos os ‘Modelos Mentais’ bons e


ruins de uma pessoa e por isso é a base para elaborar a visão sistêmica da vida.

No PS – Pensamento Sistêmico há uma expansão da visão do ser,


que normalmente é considerado a aparência e a natureza ou o que chamamos da
parte psicológica da pessoa.

No PS cada pessoa é vista como o núcleo de um sistema formado


de diversos sistemas subjacentes que podem manter três tipos diferentes de
relação com seu núcleo: relação crítica, relação de influência e relação influenciada
ou reversa.

O MIDE, na visão sistêmica de uma pessoa, a considera como sendo


o núcleo do sistema e seu cônjuge, pai, mãe, irmãos, chefe, formam os sistemas
subjacentes.

Os ‘Modelos Mentais’ que predominam nos sistemas subjacentes,


em geral, foram transmitidos ao núcleo do sistema, a pessoa, formando uma
corrente entre diferentes gerações.

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AMBIENTE COGNITIVO
O ‘Ambiente Cognitivo’ é trabalhado sob a ótica das filosofias
orientais e é dividido em: ‘Forma’, ‘Percepção’, ‘Concepção’, ‘Volição’ e
‘Consciência’, chamados de “Os 5 Agregados”.

O entendimento dele amplia sensivelmente a capacidade de


entender a ‘Matriz de Valor’ de uma pessoa.

A ‘Forma’ é o mundo físico: a matéria.

A ‘Percepção’ são fatos que percebemos, em geral, comuns a todos.

A ‘Concepção’ é como enxergamos os fatos, uma imagem interna


criada à partir de nosso inconsciente ou 8a. Consciência, o que chamamos de
‘Modelos Mentais’ e que regem nossas ações.

A ‘Concepção’ é próprio ‘Modelo Mental’, por isso é muito pessoal.


Por exemplo, um casal se agride verbalmente em um ambiente com
várias pessoas, todos percebem, mas a concepção pode diferenciar muito entre as
pessoas que perceberam o fato.

Aqui podemos entender claramente os ‘Modelos Mentais’, são eles


que fazem com que duas pessoas que presenciaram o mesmo fato relatem de duas
formas completamente diferentes.

A religião, a espiritualidade, o conhecimento acadêmico e a


experiência profissional são relevantes para entender a ‘Concepção’ e
consequentemente o ‘Ambiente Cognitivo’.

A ‘Volição’ é a vontade ou a busca pela evolução presente na vida da


pessoa.

É o que permite o livre arbítrio.


Por último, a consciência.
O MIDE trabalha com a teoria das 9 consciências.

Para entender este conceito das consciências sugiro a leitura do


artigo com esse título que encontra-se publicado em nosso BLOG.

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5 AGREGADOS – FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

OBSERVAÇÃO

FORMA PERCEPÇÃO

ENTENDE
REFORÇA

CONSCIÊNCIA

AGE

VOLIÇÃO CONCEPÇÃO

AMBIENTE COGNITIVO e os 5 FATORES AGREGADORES


Controlar a mente, signifique controlar o processo dos 5 agregados:
consciência, forma, percepção, concepção e volição.

A IDE é uma teoria elaborada com propósito específico:


“Formular um método que, aplicado, demonstra a lógica do ‘Pensamento
Emocional”.

Não há uma hierarquia entre os cinco (5) fatores. Eles atuam em


sincronia harmônica num processo de retroalimentação sutil. Não se pode
concebê-los independentemente visto que eles coexistem.

Dominar a IDE e a própria teoria dos 5 agregados passa pelo


entendimento desse movimento sutil de retroalimentação.

Considerando as leis físicas e espirituais da vida, podemos dizer que


a ‘Forma’ representa a lei física – matéria e a composição física – e os outros 4
agregados: Percepção, Concepção, Consciência e Volição as leis espirituais da
existência.

Considerando que o físico e o espiritual são inseparáveis, a ‘Forma’ é


pré-requisito para os outros 4 agregados e vice-versa;

Considerando que todas as atividades mentais se centram na


‘Consciência’, é ela que traz consistência e discernimento em uma relação mútua
com todos os outros agregados, formando a personalidade.

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1º. FATOR – FORMA
Forma é tudo que pode ser percebido pelos sentidos.

No MIDE chamamos de 6 primeiras consciências: visão, audição,


paladar, tato, olfato e a 6a. consciência que é o uso conjunto das cinco (5)
primeiras.

A ‘Forma’ é a matéria e composição física integral da vida. Como o


físico e espiritual são unos e inseparáveis, a forma é o pré-requisito para os outros
agregados existirem e vice-versa.

Na IDE e, consequentemente, no MIDE busca-se com a ‘Forma’


despertar a atenção das pessoas e sua relação com mundo externo ou aparência.

Não importa a ‘Forma’ em si, mas como a pessoa se relaciona com


ela.

A ‘Forma, impulsiona o progresso e exerce influência nos estados


baixos. É o que nos move ou motiva. Por outro lado exerce influência nos Estados
Baixos de Vida – Escuridão, Desejo, Animalidade e Ira --- principalmente quando
manifesta o sofrimento pelo desejo e apego.

Só se tem consciência de algo devido a sua ‘Forma.’ Por outro lado


só se consegue perceber – Percepção – porque se tem ‘Consciência’ do que
aquela ‘Forma’ representa.

Percebam a relação mútua dos 5 agregados.

2o. FATOR – PERCEPÇÃO


A percepção significa captar alguma coisa dentro de si mesmo; é um
fato específico comum a todos.

Considerando duas pessoas normais fisicamente, a ‘Percepção’


costuma ser coletiva. Algo acessível a todos.

Assim como a ‘Forma’, a ‘Percepção’ tem uma forte relação com as


seis (6) primeiras consciência.

Todos os seres vivos dotados de um sistema nervoso central,


independentemente do grau de desenvolvimento desse sistema, possuem a
sexta consciência.

Imagine momentos antes do início de uma grande tempestade, todos


percebem sua chegada usando as 6 primeiras consciências relacionadas com
imagens gravadas na memória.

O vento, o cheiro, a humidade no ar, a cor do céu, os ruídos e a


temperatura do ar.

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A ‘Percepção’ pela ‘Consciência’, neste caso a 8a. consciência, a –
Memória – traça um cenário do que estará por vir.

Mas é pela ‘Concepção’ que a ‘Volição’ – Vontade – será definida.


A ‘Concepção’ de tempestade para alguns é um momento mágico,
expressa a força da natureza e a vida pela água.

Já para outros é momento de pânico, medo e terror.

A ‘Concepção’ registrada em na ‘Consciência’ define a ‘Volição’ –


Vontade – nos diferenciando como pessoas.

A mente humana executa em média 69.000 pensamentos em um


dia.

Se fizéssemos isso de forma consciente ficaríamos loucos em menos


de 7 dias.

Nosso cérebro busca automatizar tudo criando ‘Hábitos’ ou


simplificações para que a mente possa agir em milésimos de segundo sem
necessidade do pensamento.

E essas simplificações são o que a psicologia cognitiva moderna


chama de ‘modelos Mentais’.

Em geral, a percepção não nos distingue emocionalmente, com


exceção de pessoas que não conseguem perceber sinais ou fatos corriqueiros.

Na atualidade, a ciência classifica essa deficiência como dislexia


social.

Quando um fato está acontecendo, todas as pessoas próximas


deveriam perceber.

3o. FATOR – CONCEPÇÃO


A ‘Concepção’ nos cinco (5 ) agregados é a responsável pela
formação mental da imagem.

Na ILE é chamada de ‘Modelos Mentais’ e responsável pelo o que a


pessoa enxerga, não necessariamente o que ela vê.

É a ‘Concepção’ que explica o porquê de duas pessoas enfrentando


a mesma adversidade, no mesmo Estado de Vida, criadas sob a mesma ‘Visão
Sistêmica da Vida’, Ambiente Socioambiental, Ambiente Biopsicológico, Ambiente
Cognitivo e cinco (5) agregados , agirem de forma oposta.

No ocidente, a psicologia cognitiva explica esse mesmo fenômeno


pela teoria dos ‘Modelos Mentais’ e por isso na ILE consideramos ‘Concepção’ e
‘Modelos Mentais’ como sinônimos.

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Duas pessoas podem ver a mesma coisa – ‘Forma’ – perceber o
mesmo fato acontecendo – ‘Percepção’ – traçar cenários e Concepções’
diferentes.

Modelos Mentais são imagens internas, profundamente, arraigadas no


Inconsciente, influenciando, sobremaneira: memória; costumes; cultura da
sociedade; de um povo ou de um indivíduo.

Consequentemente, influenciando a maneira e o funcionamento do


mundo.
Aquelas imagens limitam às formas conhecidas de pensar e agir.

Na universidade de Harvard, o psicólogo Chris Argyris,--- trabalha


modelos mentais ha mais de 40 anos,--- provou que as pessoas não fazem o que
falam e sim o que os ‘Modelos Mentais’ definem. Ele chamou esse fenômeno de
‘Defasagem’: Diferença entre o que se faz e o que se fala.

Decorrente disso, as pessoas muitas vezes, são incoerentes no agir e


no falar, divergindo do que apregoam.

Poderá ser generalizações simples como: “Não podemos confiar nas


pessoas” ou até mesmo teorias ou verdades criadas por familiares e repetidas por
várias gerações.

A ‘Concepção’ influencia nossa ‘Volição ou Vontade’ e nossas ações.

No exemplo acima da tempestade, a ‘Concepção’ ou os ‘Modelos


Mentais’ gravados em nosso inconsciente ou 8a. consciência / Consciência Alaya
(Repositório ou Memória – Sânscrito) irão definir a ação de cada pessoa – ‘Volição’
ou ‘Vontade’.

As ações de uma pessoa não, necessariamente, expressam sua


‘Percepção’ e sim sua ‘Concepção’: imagens arraigadas no inconsciente.

Quando estudamos as 9 consciências, podemos entender como a


7a. consciência / Consciência Mano (Poder do Pensamento – Sânscrito) ,
trabalhando em ‘Metapensamento,’ pode alterar a ‘Concepção’.

É a chave para a quebra dos ‘Modelos Mentais’ e desconstrução de


concepções distorcidas.

A relação com a 9a. consciência / Consciência Amala (Imaculada –


Sânscrito) também pode influenciar muito a ‘Concepção’ pelo uso da ‘Intuição’, a
voz dessa consciência.

Outro fator que traduz a importância da ‘Concepção’ e sua relação


com os 5 agregados para a ILE é a ‘Empatia’.

O conceito de Empatia foi difundido com conotações diversas,


muitas vezes erráticas. Consideramos que só existe empatia real quando uma
pessoa entende a ‘Concepção’ ou os ‘Modelos Mentais’ da outra pessoa.

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Há quem conceitue ‘Empatia’ como o ato de se colocar no lugar do


outro. Empatia é o ato de se colocar no lugar do outro com a ‘Concepção’ ou com
os ‘Modelos Mentais’ do outro.

Um aspecto importante e pouco divulgado, deve-se dizer ‘Empatias’


e não ‘Empatia’ visto que há três tipos de Empatias: Cognitiva, Emocional e
Afetuosa.

Independente de qual das empatias uma pessoa esteja exercendo a


‘Concepção’ do outro é a chave para que o fenômeno seja real e efetivo.

4o. FATOR – VOLIÇÃO


A volição é a vontade que expressa o decidir ou propriamente o livre
arbitro.

A ILE aborda esse fator considerando os estudos dos ‘Modelos


Mentais’ realizados pelo psicólogo Dr. Chris Argyris da Universidade de Harvard.

Esse estudo explica o fator ‘Concepção’.

Existem duas abordagens relevantes que a ILE traz ao conceito de


‘Volição’: a Defasagem e Os Saltos de Abstração.

Os Estudos do Dr. Argyris tiveram o propósito de entender a razão


tão comum das pessoas falarem uma coisa e fazerem outras. Fenômeno chamado
de ‘Defasagem’.

Os estudos concluíram que as pessoas falam o que gostariam ou


acreditam, mas agem por determinação dos ‘Modelos Mentais’.

Quando aplicamos os estudos do Dr. Agyris aos 5 agregados


concluímos que a ‘Volição’ é determinada pelos ‘Modelos Mentais’.

Nesse caso, percebe-se a perfeita integração dos conceitos orientais


milenares com os hodiernos conhecimentos da neurociência e da psicologia
cognitiva na mais renomada Universidade do Mundo, Harvard.

Outro aspecto importante na abordagem da ‘Volição’ demonstrado


nos estudos do Dr. Argyris são os ´Saltos de Abstrações´, que é quando passamos
de observações diretas---- dados concretos----- para generalização sem testá-las:
O que era um pressuposto, passa a ser tratado como um fato.

Os saltos de abstrações são comuns nos conflitos humanos.

Quando crianças, ouvimos generalizações em nossos ambientes e as


absorvemos sem a devida reflexão.

O mais sólido caminho para trabalhar saltos de abstrações é


desenvolver desde cedo as competências de reflexão e indagação nas

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crianças. Assim, estarão prontas para se livrarem de modelos mentais e defasagens
que as farão sofrer.

Um dos propósitos da teoria da ILE e do método criado


especificamente para desenvolvê-la, o MIDE, é sempre apresentar o ‘como’ de
cada ponto apresentado o qual pode ser desenvolvido, evitando deixar pontos da
teoria soltos no ar.

Percebe-se a força catalizadora da ILE ao contemplar exemplos


como o da ‘Volição’. Conceito milenar tratado sob a ótica das modernas teorias da
psicologia cognitiva, os “Saltos de Abstração”.

As ferramentas que a ILE sugere para trabalhar a ‘Volição’ é o


‘Metapensamento’ – Pensar sobre o que se pensa -, o ‘Autodomínio’ –
Autoconsciência + Autogestão + Autorregulação – e a ‘Matriz de Valores’ como
base de dados.

Para o uso correto das ferramentas citadas acima é mister o


desenvolvimento de duas competências duráveis: ‘Competência de Indagar e
Competência de refletir’.

Explicarei a conjunção desses elementos da ILE no fator


‘Consciência’.

Quando não exercemos a ‘Metaconsciência’ – Consciência de que


não temos consciência –, deixamos a mente solta, agindo como o ‘Mau Patrão’,
comparando, julgando e rotulando tudo com base apenas na memória ou 8a.
consciência e nos ‘Modelos Mentais’.

A mente como ‘Mau Patrão’ trabalha o máximo possível no universo


das simplificações, utilizando para isso os ‘Modelos Mentais’. Faz a ‘Volição’ refém
do passado.

Sendo assim, planejamos o futuro, apenas, com


referências ao passado. Um ciclo vicioso.

Entender como os 5 agregados trabalham é entender a ILE ou


podemos dizer que é pensar de forma lógica emocional.

O ápice da ILE é quando há plena consciência de estar agindo, não


reagindo, por vontade própria e aberto à 9a. consciência e consequentemente à
‘Intuição’.

Existem perguntas que podem auxiliar muito:


‘Estou disposto a considerar que o que vejo pode não expressar a
realidade?’

‘Estou disposto a ouvir outras ‘Concepções’ e entender o contexto


que outro enxergou?

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‘Estou agindo desta maneira porque realmente penso assim ou
porque fui programado para pensar assim?’

‘O que minha intuição disse ou tentou me dizer naquele momento?

5o. FATOR – CONSCIÊNCIA


Consciência inclui o discernimento e a sabedoria. É o ponto de
partida para todos os outros quatro (4) fatores. É a força integradora. A fusão dos 5
agregados e o que os mantém juntos.

Consciência é a habilidade de considerar alguma coisa, defini-la e


captar a sua significação. Ela sustenta a vida humana interior e funciona para dar-
lhe significação.

Todas as atividades da mente residem na consciência da vida


humana dando a ela significado.

Na ILE buscamos desenvolver, permanentemente, ferramentas que


possibilitem o controle da mente em ação sob as consciências.

TRIÂNGULO DA RAZÃO

OBSERVAÇÃO

FORMA PERCEPÇÃO
SA
LT
AÇ O ENTENDE
DE
REFORÇA

ÃO AB
CÍR AEU
MT ST
RA
CU D OEC ÇÃ
LO OANF O
VIC SSA
RT CG
IOU IEM
SOOS NTE
O

AGE

VOLIÇÃO CONCEPÇÃO
MODELO MENTAL

Mãos Talentosas

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MODELOS MENTAIS
POR QUE FALAMOS UMA COISA E FAZEMOS OUTRA?

Modelos Mentais são imagens internas, profundamente, arraigadas no


inconsciente, influenciando, sobremaneira, a memória; os costumes; a cultura da
sociedade; de um povo ou de um indivíduo.

Consequentemente, Influenciando a maneira e o funcionamento do mundo.

Aquelas imagens limitam às formas conhecidas de pensar e agir.

Formas essas nem sempre éticas e condizentes à vida boa, saudável.

Decorrente disso as pessoas, muitas vezes, são incoerentes no agir e no


falar divergindo do que apregoam. Tornam-se dependentes, até mesmo,
escravizadas, de seus “Modelos Mentais”.

Essas conclusões são frutos de estudos do psicólogo de Harvard: Dr. Chris


Argyris, o qual trabalha modelos mentais a mais de 40 anos.

Argyris afirma que os “Modelos Mentais” estão na raiz dos conflitos


humanos.

Modelo, neste caso, tem conotação de ´Modelar´ dar forma ao pensar.

Desde o nascimento, sofremos influências que modelam nossa forma de


enxergar o mundo.

Poderá ser generalizações simples como: “Não podemos confiar nas


pessoas” ou até teorias complexas como premissas sobre razões pelos quais
famílias, inteira, agem, de determinada maneira.

No artigo anterior sobre valores, apresentei como os modelos mentais


influenciam a vida criando dissonâncias.

Digamos que você tenha como valor a ´Confiança´, mas, por outro lado, foi
criado sob o modelo mental que pessoas não são confiáveis.

Surge o conflito a que me referi no artigo anterior. Você sabe que confiança
é um valor, mas, você mesmo, não consegue confiar nas pessoas.

A diferença entre o que diz e o que faz é chamado de


defasagem. Quanto maior for o número de defasagens da pessoa, maior será sua
dissonância.

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POR QUE MODELOS MENTAIS AFETAM TÃO FORTEMENTE O QUE
FAZEMOS?

Porque eles afetam o que vemos, duas pessoas podem presenciar o mesmo
fato e descreve-lo completamente diferente.

As defasagens, muitas das vezes, soam como hipocrisia, podendo até ser o
caso, mas temos que considerar a hipótese que existe um ´Modelo Mental´ atuando
no inconsciente da pessoa.

Como exemplo, cito um caso representativo: o ´Machismo´.

Considerando a forte campanha pela igualdade de gêneros, muitas pessoas


criadas sob um modelo mental machista, entendem, querem e expressam o
entendimento da importância da questão, mas suas ações, no dia a dia, divergem
do seu discurso.

A questão nos remete, novamente, ao funcionamento da mente, consciente


e descendente, ou inconsciente e descendente.

Os ´Modelos Mentais´ estão impregnados no inconsciente; São


generalizações do pensamento e consequentemente das defasagens também;
estão fora do controle.

Os problemas dos modelos mentais não estão no fato deles estarem certos
ou errados – por definição, todos os modelos mentais são simplificações.

Os problemas com modelos mentais surgem exatamente porque operam no


inconsciente.

MODELOS MENTAIS BONS ou RUINS

Julgar ´Modelos Mentais´ pode levar ao ´Controle´. Por essa


razão, considerados raiz dos problemas nas relações humanas.

O modelo mental de uma pessoa a condiciona a enxergar os fatos de


forma a induzi-la de que está certa; por outro lado, outra pessoa vendo o mesmo
fato, poderá interpretar completamente diferente e também convicta de que está
certa.

É quase impossível chegar a um denominador comum para modelos


mentais divergentes.

Cada pessoa percebe os afetos, acontecimentos, cultura e fatos de forma


diferente criando, desta forma, Modelos Mentais´ segundo suas referências. Isso
explica o fato pelo qual desisti de ter razão.

O método ´MIDE´ considera ruins todos modelos mentais que induzem


ao ´Controle´, apego material, medo e sentimento de culpa.

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A humanidade é conduzida por modelos mentais do medo e da culpa.

As religiões têm discordâncias entre si nos seus valores basilares: a


espiritualidade.

Os modelos mentais podem ser a explicação para os diferentes rumos que


cada uma delas tomou.

Ao escolher uma doutrina, seja ela qual for – religiosa, política ou filosófica
– não deve ser de forma cega, visto que as interpretações de suas verdades estão
contaminadas pelos modelos mentais de quem as escreveu e,
principalmente, daqueles que as apregoam.

Olhando para a história constata-se que inúmeros lideres com o recursos


do Modelo Mental, manipulam, número expressivo de pessoas, verdadeiras massas
humanas. Em alguns casos milhões de pessoas, como o nazismo por exemplo.

O importante ao avaliar os próprios ´Modelos Mentais´ é perceber o


que eles agregarão à sua vida: discórdia, preconceito, racismo, machismo, culpa,
ódio etc.

MODELOS MENTAIS COMO DISCIPLINA

Atualmente os ´Modelos Mentais´ se transformaram em disciplina


acadêmica.

Percebe-se a dificuldade de entendimento de como isso seja possível e


o por quê.

Ocorre que a equipe que desenvolveu os estudos sobre os modelos


mentais considerou o outro lado da moeda, a força por trás do conceito.

Se os modelos mentais foram usados para gerar guerras, genocídio e


podem impedir a aprendizagem congelando a mente em conceitos obsoletos, por
que não podem ajudar a acelerar bons conhecimentos e aprendizagem.

A disciplina traz os modelos mentais à tona para trata-los a fim de torna-los


condizentes aos bons costumes e atenderem à ética.

Não há como desenvolver um pensamento sistêmico sem entender os


´Modelos Mentais´ que envolvem o sistema em análise, eles estão nas raízes dos
conflitos estruturais.

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COMO TRABALHAR OS MODELOS MENTAIS

No MIDE há um conceito nuclear para tratar os modelos mentais: as


´Competências Duráveis´.

As competências duráveis são capacidades a serem


desenvolvidas para fazer face à velocidade dos acontecimentos no século
XXI. Deveriam estar em todos os currículos escolares.

Uma vez que a humanidade passou a gerar mais informação do que a


capacidade da mente de acompanhar, as competências duráveis passaram a ser a
chave.

Das 12 competências que o MIDE traz, duas tem como propósito trabalhar
os modelos mentais, são elas:
Capacidade de Reflexão;
Capacidade de Indagação.

A prática reflexiva é a essência da disciplina dos modelos mentais,


principalmente pensar durante ação, o que ao meu ver é o que diferencia os
profissionais comuns dos excepcionais.

O ´Metapensamento´, pensar sobre o que está pensando, é responsável por


trazer à tona nossos modelos mentais.

Existe um exercício que ensino aos meus alunos com o propósito de ajuda-
los a identificar suas defasagens, modelos mentais e desejo por controle, chama-se
´Coluna da Esquerda´.

O exercício consiste em trazer ao consciente uma conversa conflituosa.

É necessário se preparar para isso e estado de alerta, pois só dará o


resultado esperado se a pessoa estiver em tempo integral em ´Metapensamento´.

Trata-se de pegar uma folha e dividi-la ao meio, na coluna da direita deve-se


colocar o que você disse nos pontos de conflitos da conversa e na coluna da
esquerda o que você realmente gostaria de ter dito.

Traz à tona uma série de fatos referentes aos seus modelos mentais, suas
defasagens e principalmente desenvolve seu Metapensamento.

O exercício sempre consegue revelar premissas e mostrar como elas


influenciam o comportamento.

Não temos o hábito de refletir, vivemos no piloto automático. Desde a idade


da pedra nosso cérebro trabalha para economizar energia ao máximo e o faz
automatizando o que é possível.

A reflexão e a indagação apontam nossas defasagens e o mais importante


os modelos mentais que estão por trás de cada generalização.

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Mais grave do que as defasagens em si, é o fato de não assumirmos a


existência das mesmas e enquanto isso não ocorrer, não haverá aprendizagem.

POSICIONANDO NA DEFESA

Recebemos uma educação e uma formação com características reativas.

Nosso inconsciente está pronto para defender os pontos de vistas


arraigados com unhas e dentes.

Na maioria dos casos sem reflexão e indagação necessária.

Antes de qualquer embate deveríamos perguntar:

“Eu realmente acredito nisso, estou programado para pensar assim? ”;

“Estou disposto a considerar que pode existir uma forma melhor de


enxergar este fato”;

Os seres humanos sofrem do que os cientistas chamam de ´Saltos de


Abstrações´ quando passamos de observações diretas, dados concretos, para
generalização sem testá-las.

O que era um pressuposto passa a ser tratado como um fato.

Os saltos de abstrações são comuns nos conflitos humanos.

Quando crianças ouvimos generalizações em nossos ambientes e vamos


absorvendo sem a devida reflexão.

O mais sólido caminho para trabalhar saltos de abstrações é desenvolver


desde cedo as competências de reflexão e indagação nas crianças, só assim
estarão prontas para se livrarem de modelos mentais e defasagens que as fazem
sofrer.

TRANSFORMANDO CONFLITOS EM OPORTUNIDADES

Quando tomamos consciência de que agimos pelos nossos modelos


mentais, podemos transformar antigos conflitos em oportunidade de aprendizagem.

Antes de reagir, como sempre fazemos quando não concordamos, o


primeiro passo rumo a uma mudança é aprender a investigar a forma como a outra
pessoa enxerga o fato.

Este passo só será efetivo se o fizer com a mente desarmada e no nível 2 de


escuta, ou seja, ouvindo de forma integral e sem pesar enquanto a outra fala.

Peça para a outra pessoa explicar como chegou ao ponto de vista que
defende.

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Peça o maior número de detalhes.

O que antes era um conflito quase certo, hoje pode ser uma oportunidade
criativa uma vez com a mente aberta podemos chegar à conclusão que o ideal é
um misto dos pontos de vistas.

Ao defender seu ponto de vista:


Seja claro, paciente e explique em detalhes como chegou a seu ponto de
vista;
Estimule o interlocutor a explorar seu ponto de vista e ouça as dúvidas de
forma aberta e receptiva;
Estimule as pessoas a apresentarem pontos de vistas diferentes ao
indagar os pontos de vistas de outras pessoas. Se o que disser for um pressuposto,
seja claro que se trata de um pressuposto, isso facilitará o debate;
Seja claro e transparente de como chegou aos seus pressupostos;
Exponha seu ponto de vista de forma clara e objetiva.

MODELOS MENTAIS COMUNS QUE NOS FAZ SOFRER

Trabalhando com o desenvolvimento da ´Inteligência Lógica-Emocional´


percebi modelos mentais comuns na sociedade e fontes de muitos sofrimentos.

O primeiro que gostaria de abordar é ´Sucesso´.

Fomos criados sob um modelo mental em que o sucesso está atrelado ao


ter, ou seja, o que precisamos ter para nossa sociedade nos taxar como uma
pessoa de sucesso?

Estimulo meus alunos a pensar sobre o modelo mental de sucesso porque


sei que a raízes de quase todos os sofrimentos estão nele.

O que é ser uma pessoa de sucesso para você?

Ainda não encontrei um modelo mental que gere mais defasagens do que
este, normalmente as respostas a esta pergunta são recheadas de poesia e magia,
o que não se sustenta em 5 minutos de conversa.

Como disse, as defasagens não expressam hipocrisia ou falsidade, mostram


exatamente a força dos modelos mentais e como eles estão no comando de nossas
ações.

Recentemente fui a uma palestra que me surpreendeu, pois, o primeiro slide


tinha a frase: “Seja Foda! ”.

A primeira coisa que me veio à cabeça é que esta frase está relacionada ao
falso modelo mental de sucesso.

No meu entender uma pessoa que atenda a frase é uma pessoa que
consegue viver em equilíbrio, vivendo integralmente o que mais valoriza em plena
ressonância ou uma pessoa que vive plenamente.

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Noto jovens pilhados com frases como essa e como não possuem a
competência de reflexão ou de indagação não conseguem sequer uma definição
própria do seu real significado.

Talvez isso explique o motivo de tanta ansiedade em nossa sociedade.


Outros modelos mentais que sugiro reflexão são os seguintes:
Diferença de gêneros e raças.
O que é ser homem?
Para finalizar quero parafrasear o palestrante que citei acima: “Seja Feliz!”

OS 3 NÍVEIS DE ESCUTA
Ouvir o que as pessoas não dizem é tão importante quanto ouvir o que
dizem.

Entender o significado dos níveis de escuta é decisivo para o domínio das


“Empatias”.

Duas pessoas dialogando assumem o nível de escuta que determina o tipo


de “Empatia” em que ocorrerá o diálogo.

Há três níveis possíveis de escuta. O nível 01 é o mais primário, exercido por


quase 97% das pessoas.

Hoje, dominando a teoria, entendo porque ‘Comunicação’ é um relevante


problema enfrentado pelas empresas e famílias.

Na formação e educação das pessoas ouve-se muitos jargões sobre


comunicação e sobre a importância de saber ouvir. Mas o que ocorre realmente é
que não se recebe formação adequada na vida acadêmica.

O primeiro e mais importante passo do processo da “Empatia” é dominar a


escuta.

Mantemos os diálogos em três níveis de escuta:

Nível 01 – Fragmentada
Nível elementar de escuta: ouve-se a outra pessoa atento no que ela fala.
Resta saber se é com o foco, no que isso significa.

Escuta-se indagando o que aquele conteúdo significa e busca-se


lembranças na 8a. consciência (memória) fatos que reforçam ou não os
pensamentos.

Dois renomados psicólogos cognitivos norte-americanos de Harvard, Dr.


Howard Gardner e Daniel Goleman, defendem que o cérebro não faz duas coisas
ao mesmo tempo por isso, no decorrer do diálogos, vamos criando fragmentos.

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Quem nunca passou pela situação diante de uma pessoa que lhe fala e de
repente percebe-se que perdeu alguns segundos, quando não minutos do que ela
falou?

Quando isso ocorrer, essa pessoa está em nível 01 de escuta.

Nível 02 – Conectada
A escuta no nível 2 é focada na outra pessoa, é o lugar da empatia,
esclarecimento e da colaboração.

Está-se desapegado do ego, da agenda de interesses, de pensamentos e


opiniões alheios ao que o outro está falando.

Ouve-se as palavras do outro, suas expressões, emoções, tudo o que ele


traz para interação.

Observa-se o que outro diz e como diz. E “ouve” também o que ele não diz.
Nesse aspecto está a chave da “escuta Nível 2”, perceber o que a pessoa
disse e não falou, o que foi dito pela linguagem corporal.

No nível 02, não somente ouve o que se fala, mas também tudo o que chega
na forma de informação – o tom, o ritmo e os sentimentos expressos.

Na IDE – Identidade Emocional trabalhamos com o conceito das 9


consciências, onde na 9a. consciência ou Amala (Imaculada, em Sânscrito) reside a
‘INTUIÇÃO’ que se comunica conosco sempre que necessário.

O nível 2 de escuta é dialogar aberto a 9a. consciência, deixar a mente


calma para receber insights.

Trabalho o conceito de intuição no método MIDE – Múltiplas Inteligências &


Desenvolvimento Emocional. Ninguém acessa a 9a. consciência e sim ela que nos
acessa.

Atualmente, entrar em nível 2 de escuta é um desafio ainda maior pelo fato


de estarmos conectados o tempo inteiro, isso impede o trabalho de nossa intuição
e reforça nosso sabotador.

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Nível 03 – Cósmica
Se na escuta nível 2 afirma-se que se está conectado por um cabo com
outra pessoa, no nível 3 podemos dizer que a conexão é “Wifi”.

No nível 3 sente-se a vibração da outra pessoa, há uma troca de energia,


que não se percebe.

O corpo fala tanto quanto a boca, por isso este nível só é possível olho-no-
olho, pessoalmente, de corpo inteiro.

OS TRÊS NÍVEIS DA EMPATIA


A palavra “Empatia,” ultimamente, tem sido muito mal empregada
Como consequência, a “IE - Inteligência Emocional” ficou somente na teoria.

A divulgação da teoria da IE cresce entre as editoras e no mercado de


capacitação, mas na prática, o que se percebe é ausência de sua aplicação nas
empresas bem como pela maioria das pessoas.

A proposta revelada pela IDE – Identidade Emocional traz em seu cerne o


verdadeiro conceito das “Empatias”. Observem que usei a palavra correta, no
plural, visto que não existe empatia e sim três diferentes empatias.

A estrutura da IE proposta por Daniel Goleman é composta por 4 pilares:


Autoconsciência, Autogestão, Consciência Social e Gerenciamento de
Relacionamentos, tendo como pano de fundo a empatia.

Já a IDE proposta, que proponho, é composta por 6 pilares:


Autoconsciência, Autogestão, Autorregulação, Plenitude, Consciência Social e
Gerenciamento de Relacionamentos.

Não é apenas na quantidade de pilares que as duas teorias divergem, há


uma diferença também na interpretação.

Na IDE a “Autoconsciência” está relacionada ao conhecimento dos


indicadores que formam o emocional.

Já a “Autogestão” é um passo além: conhecendo os indicadores do


emocional, consigo percebê-los em mim e nas pessoas próximas.

Muitos autores acreditam que a “Empatia” ocorre na autogestão.


Eu divirjo deste pensamento.

Acredito que ela aconteça na “Autorregulação”: se conheço os indicadores


do emocional, consigo percebê-los em mim e nas pessoas próximas. Por fim,
aprendi a “Agir” em consonância com os conceitos da IDE.

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O ciclo completo – Autoconsciência + Autogestão + Autorregulação - fecha
o que a IDE define como “Autodomínio”, que devem ser interpretados como
sinônimos.

O método MIDE que desenvolve a IDE tem como foco principal a


“Inteligência Intrapessoal.”

Mesmo sabendo que as “Empatias” ocorrem na Inteligência Intrapessoal,


podemos dizer que a empatias são o ápice da inteligência interpessoal.

Os circuitos que nos habilitam a pensar nossos pensamentos e sentimentos,


nos autorizam aplicar o mesmo raciocínio para as mentes de todas pessoas.
Portanto a IDE focaliza a “Inteligência Intrapessoal”.

Uma pessoa que dominou seu emocional e aprendeu a dominar o emocional


de sua mente, com certeza conseguirá agir da mesma forma com o
próximo.
Você precisa compreender os próprios sentimentos para conseguir
compreender os sentimentos dos outros.

O AUTODOMÍNIO E A EMPATIA
Na IDE – Identidade Emocional “Autodomínio” é o nome que
damos ao ciclo completo do emocional, é a própria IDE.

O Autodomínio é formado por: Autoconsciência, Autogestão e


Autorregulação.

Autoconsciência na IDE é ter conhecimento dos elementos ou indicadores


que envolvem o emocional, é o saber apenas ou o primeiro passo.

O passo seguinte é o que chamamos na IDE de “Autogestão”, conhecemos


os indicadores e agora conseguimos percebê-los em nós e nos outros.

Até então a “Autogestão” era suficiente, nela traçamos cenários, o que


é fundamental para exercer a “Empatia”.

Até então acreditava-se que a autogestão era suficiente para traçar os


cenários, atividade fundamental para exercer a “Empatia.

A IDE preenche esse vazio com introdução da “Autorregulação” no


desempenho do processo da “Empatia”.

Autorregulação está relacionada a “Volição” ou vontade, neste ponto


sabemos os indicadores envolvidos, conseguimos percebê-los e agimos
conforme a IDE.

Na IDE comparo esse processo a vida de uma borboleta, desenvolver a


IDE é uma metamorfose em nossas vidas.

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As pessoas vagam como uma lagarta até conhecerem os conceitos que
envolvem o emocional.

Quando criam “Autoconsciência” há uma explosão de descobertas e


seguem para seu casulo para processar as mudanças que ocorrerão.

Entram no que chamo de zona de acomodação, essa fase é a “Autogestão”.


Quando as pessoas dominam a teoria e conseguem adota-la em suas vidas
entram em uma nova fase, o agir - Autorregulação.

Neste momento há o rompimento do casulo e nasce um ser livre para


voar, uma pessoa leve, a lagarta se transformou em uma borboleta.

A autorregulação deve ser traduzida como agir em conformidade com a


IDE, o que significa agir com o máximo de empatia.

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OS TRÊS NÍVEIS DE EMPATIA
Mas afinal o que é “Empatia”?

Empatia é o ato de se colocar no lugar do outro, com os Modelos


Mentais do outro.

Sem o entendimento do conceito de Modelo Mental não existe “Empatia”,


me colocar no lugar do outro, como sempre explicam empatia, é como se
colocarmos fisicamente no lugar do outro, enxergando a mesma cena, mas com
nosso jeito de ver as coisas.

Os modelos mentais definem como enxergamos o mundo e se quisermos


exercer a verdadeira empatia precisamos entender primeiro como a outra
pessoa pensa acerca do mundo.

Você e o interlocutor podem estar discutindo o mesmo fato, mas a


concepção pode ser completamente diferente, isso por causas dos
modelos mentais.

Imaginem duas pessoas dialogando sobre um fato histórico, sendo uma


delas cristã e outra ligada a ciência.

A pessoa cristã vai enxergar o fato com os modelos mentais


característicos dos cristãos e provavelmente vai enxergar a obra de
Deus sobre o fato.

Já o cientista vai ver o mesmo fato sobre o olhar da ciência, ou seja,


com os modelos mentais de um cientista.

Se o cristão quiser exercer a empatia com o cientista terá que abrir


mão dos seus modelos mentais e entender as premissas do cientistas, de
forma desapegada em nível 2 de escuta, pelo menos.

Aqui está o calcanhar de Aquiles da Empatia!


Abrir mão de nossas verdades e estar disposto a entender as premissas do
nosso interlocutor.

Fomos educados e formados para sermos grandes defensores, reagimos a


qualquer sinal de ameaça sobre nossos pontos de vistas.

Para desenvolvermos essa habilidade de escuta a IDE propõe o


desenvolvimento de três “Competências Duráveis”: Capacidade de Refletir,
Capacidade de Indagar e Capacidade de Abstrair.

Sugiro três simples perguntas que ao serem respondidas levam a reflexão:


Até que ponto você realmente tem observado as pessoas próximas?
Com qual sintonia?

Até que ponto tem realmente se preocupado?


Defina cinco pessoas próximas a você e responda essas três perguntas e

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poderá perceber como andam suas empatias.

Entender que a empatia se divide em três níveis é a base para o


verdadeiro domínio da IDE – Identidade Emocional.

Reporto o fracasso no desenvolvimento da empatia nas últimas décadas a


completa falta de informação quanto aos níveis de empatia.

Existem relações que exigem um tipo de empatia específica e por não


entendermos isso exercemos o tipo errônea de empatia.
Os três níveis de Empatia são:

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Nível 01 – Empatia Cognitiva
Nos permite assumir a perspectiva de outra pessoa, compreender seu
estado mental e, ao mesmo tempo, administrar nossas próprias emoções
enquanto avaliamos as dela.

Em síntese: “Acredito que consigo entender seus sentimentos, mas não


consigo sentir sua dor.”

Essa empatia usamos para pessoas ou fatos que não temos envolvimento
direto, por exemplo quando encontramos um amigo na rua e ele está
triste porque perdeu um parente que nunca vimos.

Conseguimos entender os sentimentos dele, mas é impossível sentir a


dor que ele está sentindo.

Nível 02 – Empatia Emocional


É um passo a mais, nos unirmos a outra pessoa e sentirmos com ela.
Nosso corpo ressoa a qualquer tom de alegria ou tristeza que aquela
pessoa possa estar sentindo.

Em síntese: “Acredito que consigo entender seus sentimentos e


compartilho sua dor.”

Atenção: Nesta empatia é muito comum migrarmos do nível 2 para o nível


1 de escuta.

Nesse nível de empatia acontece quando existe um envolvimento


emocional e por isso o risco de migrarmos do nível 02 para o nível 01
de escuta, normalmente começamos a pensar durante a fala, “O que isso
significa para mim?” ou julgamos as pessoas envolvidas ou os fatos.

Nível 03 – Empatia Afetuosa


Ponto que leva a simpatia, ou seja, a preocupação com o bem-estar-do
outro.

Nesse caso vamos além, essa empatia faz com que nos mobilizemos para
ajudar se for preciso.

Em síntese: “Acredito que consigo entender seus sentimentos, compartilho


sua dor e estou disposto a tudo que estiver ao meu alcance
para ajudá-lo.”

Atenção: Exige nível de escuta 2 ou 3.

Percebo que nos dias de hoje, em diversos momentos que as pessoas


deveriam exercer essa empatia, migram para a empatia emocional, se limitam no
máximo a sentir a dor, mas não se entregam na ajuda ou apoio a outra pessoa.

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Na IDE propomos elevar o estado de vida das pessoas ao estado de
entrega, onde não basta sentir, você tem que se entregar.

EMPATIA E FEEDBACK
A relação do feedback e da empatia é muito grande.

Primeiro é preciso deixar claro que feedback só deve ser dado se o outro
estiver disposto a ouvir ou o mesmo não surtirá nenhum efeito.

A empatia começa no momento que analisamos o cenário se estamos no


momento ideal para um feedback, isso já é a empatia.

O correto é estabelecer a forma de empatia correta inicialmente e somente


depois dar um feedback.

Um Feedback tem que ser específico, nunca genérico!


E tem que ser efetivo e afetivo.

Os feedbacks genéricos não surtem efeitos, precisamos ser específicos, por


exemplo: “Você não está bem aqui no trabalho.”, “Não gosto da forma como age.”

Percebam que as frase não dizem nada porque são genéricas.

O correto seria dizer: “Olha tenho percebido que seu rendimento na entrega
dos relatórios caiu muito.” ou “Percebo que quando as pessoas falam com você
sempre está na defensiva, sempre reagindo.”

A pessoa tem que entender exatamente o que deve ser melhorado ou o


ponto exato que você sugere a mudança.

A tom de nossa voz ou o vocabulário que usamos ao darmos um feedback


pode ser decisivo, o que chamamos na IDE de acústica do crânio.

Existem determinados tons de voz que simplesmente bloqueiam as pessoas


e para entendermos isso precisamos estar aptos a exercer a empatia.

Uma pessoa nervosa ao perceber um tom de prepotência se fecha


imediatamente e o diálogo produtivo é substituído por agressões.

Chamamos de Acústica do crânio – Tom de voz para o feedback.

Poucas pessoas perceberam que a empatia é a chave do processo de


feedback, precisamos estabelecer um determinado nível de empatia, traçar um
cenário, Autogestão, e depois partir para um feedback.

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ELEMENTOS BÁSICOS DO PENSAMENTO SISTÊMICO

Existem três elementos básicos que formam um pensamento sistêmico:


Feedback de Reforço, Feedback de Equilíbrio e a Defasagem.

Os elementos básicos são as linguagens do pensamento sistêmico. Onde


houver um, haverá um dos três elementos básicos.

Todos aspectos de um pensamento sistêmico convergem para um desses


elementos básicos.

FEEDBACK DE REFORÇO

Se você está em um feedback de reforço pequenas ações possuem um


impacto muito relevante para melhor ou para pior.

O pensar sistêmico permite enxergar o todo e perceber a geração de uma


ação ascendente ou descendente.

Peguemos uma personagem fictícia para exemplificar o feedback de reforço.



Ana é uma menina muito especial, viva, esperta, raciocina muito rápido, sua
identidade emocional é muito estimulada, porém tem muita dificuldade com a
comunicação, sua inteligência linguística foi pouco estimulada, agravada pela timidez
em excesso.

Em seu ambiente seguro, em casa, Ana revelava seu potencial pleno, mas
quando era chamada pelos pais para manifestar em público se retraía e seus pais e
parentes sempre comentavam, olha que menina boba, nem sabe falar direito.

Geravam um Feedback de Reforço a Ana, negativo claro, reforçavam sua


deficiência.

Não demorou e Ana chegou a fase alfabetização e nas primeiras chamadas a


se manifestar Ana travou sua comunicação mais ainda e ouviu as seguintes
brincadeiras da professora: “O gato deve ter comido a língua dela!”, “A Ana é muito
tímida, tem medo de falar!”, “Deixa de ser boba Ana!” e sem perceberem Ana se
fechava ainda mais em seu mundo.

O pânico para falar só aumentava, uma vez que seu inconsciente estava
associado a fala com chacotas.

Nesse caso, o Feedback de reforço eliminou autoestima de Ana; quanto mais


tentavam empurrá-la, mais atrasavam seu desenvolvimento.

Assim funciona o feedback de reforço: onde pequenas mudanças geram um


impacto muito grande. É chamado de efeito Pigmalião.

Nas empresas podemos perceber o Feedback de Reforço associado a


afinidades entre chefes e subordinados.

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Funcionários com afinidade maior com seu chefe recebem feedback de
reforço positivo e se estimulam a melhorar cada dia mais.

O mesmo ocorre com os bajuladores quando o chefe é medíocre e valoriza


essa atitude.

Funcionários de personalidade mais forte, focados em resultados costumam


manter atenção em suas tarefas e não enxergam muito sentido em investir energia
em agradar seus chefes e muitas vezes recebem feedback de reforço negativo e com
o tempo vão perdendo todo o estímulo pelo trabalho.

É importante perceber o tipo de feedback de reforço em um sistema, entender


se está vivenciando um “círculo vicioso”, onde as coisas começam mal e só pioram,
ou se existe um “círculo virtuoso”, existe dentro do processo algo reforçando o
crescimento.

Na linguagem popular chamamos de efeito bola de neve.

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FEEDBACK DE EQUILÍBRIO

Se você está em um sistema de equilíbrio, vai perceber que a harmonia está


na estabilidade.

Assim, se você estiver dentro da meta esperada ficará satisfeito, caso


contrário ficará frustrado.

Vou pegar um exemplo, também fictício, de uma empresa que passa por uma
dificuldade financeira e decide cortar pessoal, mas mantém a mesma meta de venda
e de qualidade.

O feedback de equilíbrio está relacionado a meta estabelecida, ou seja, para


se faturar o que se estabeleceu e manter a mesma qualidade é necessário um número
de horas de trabalho, sejam realizadas por 100 pessoas ou por 200 pessoas, o que
precisa ser cumprido é o número de horas.

O gerente desta empresa não percebeu que mexeu no feedback de equilíbrio


ao manter a mesma meta com uma equipe menor, ele sobrecarregou as pessoas,
aumentou as horas de consultoria e de horas extras, por fim não reduziu seu custo,
desmotivou sua equipe e não cumpriu sua meta.

Posso dizer que em momentos de crise como o que estamos passando no


Brasil, vejo essa narrativa acontecer todos os dias.

Os feedbacks de equilíbrio estão em toda parte, estão incorporados em todos


os comportamentos orientados para uma meta.

A dificuldade de trabalhar os feedbakcs de equilíbrio é que eles são explícitos


e implícitos.

Um empresário percebeu que sua equipe estava muito estafada e decidiu


impor por meio de um memorando uma diretriz proibindo que qualquer funcionário
trabalhasse depois do expediente e nos fins de semana.

O que ele não percebeu é que a ordem explícita contrariava a implícita, ou


seja, sua atitude, ele trabalhava em um ritmo alucinante e sempre se vangloriou disso
e fez o mesmo com seus funcionários, já existia um feedback de equilíbrio
estabelecido de 70/horas semanais e o memorando não surtiu nenhum efeito, fez
piorar a situação, pois com medo de serem mal avaliados os funcionários começaram
a levar trabalho para casa e muitos geraram conflitos com a família.

Embora conceitualmente simples, os processos de equilíbrio podem gerar um


comportamento surpreendente e problemático, caso não sejam percebidos dentro
de um sistema.

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DEFASAGEM

Como citei no caso do empresário que tentava diminuir a estafa de sua


equipe, os sistemas tem uma mentalidade própria e isso se torna mais evidente nas
defasagens, tempo decorrido entre as ações e as consequências.

De acordo com Ray Stata, CEO da Analog Devices, um dos maiores pontos
de alavancagem para melhoria do desempenho é a minimização das defasagens do
sistemas.

A defasagem também é conhecida como efeito delay ou efeito latente, onde


o efeito de uma causa fica latente por um tempo.

Importante ponto do pensamento sistêmico é que causa e efeito surgem no


mesmo instante, o tempo entre a causa e manifestação do efeito é o que chamamos
de defasagem.

Quanto antes você perceber os efeitos latentes em um sistema, maiores serão


as chances de alavanca-lo.

COMPLEXIDADE DINÂMICA x COMPLEXIDADE DE DETALHES

Em muitos países desenvolvidos o pensamento sistêmico está sendo


introduzido no fim do ensino fundamental, principalmente no ensino médio. O ensino
brasileiro é analfabeto em pensamento sistêmico. Por isso, vivemos esse colapso
sistêmico que presenciamos explodir, todos os dias, em nossas mãos.

Pensando de forma sistêmica temos que entender as origens desse fenômeno


e a importância de mudarmos o sistema educacional de nosso país.

“É impossível resolver um problema com a mesma cabeça que estávamos


quando criamos o problema” – Einstein

A complexidade dinâmica trouxe uma visão sistêmica a diversos ambientes e


sistemas que estavam programados para analisar a complexidade de detalhes, ou
seja, a combinação de diversas variáveis.

A raiz da complexidade dinâmica é o fato de uma mesma causa gerar efeitos


opostos a curto, médio e longo prazo.

Chamamos a isso de efeito gota; uma causa gera efeitos em 360o, a exemplo
da onda que surge ao se jogar uma pedra na água.

Nossa educação e nossa formação está voltada para analisar complexidade


de detalhes. Quanto mais variáveis um problema apresenta, mais complexo ele é
taxado.

A complexidade dinâmica nos ordena a ir à raiz da raiz da raiz de cada ponto


da questão, do contrário, corre-se o risco de tratarmos a consequência e não a
causa.

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O que, às vezes, acontece na medicina tratando-se a dor ao invés da causa.


Há complexidade dinâmica quando as intervenções óbvias produzem consequências
não óbvias.

“Na maioria das situações gerenciais, a verdadeira alavancagem consiste em


compreender a complexidade dinâmica, e não a complexidade de detalhes.” – Peter
Senge.

O CONFLITO, A ADVERSIDADE
E A IDENTIDADE EMOCIONAL

AQUELE
A VIDA ÉQUE VIAJA OLHANDO
UM TREM, PARA
AQUELE QUE FRENTE
VIAJA PENSA:
OLHANDO
“O QUEPARA
A VIDA ESPERA
TRÁS PENSA:DE MIM?”
“O QUE AINDA POSSO ESPERAR DA VIDA? ”

AQUELE QUE VIAJA OLHANDO PARA FRENTE PENSA:


“O QUE A VIDA ESPERA DE MIM?”

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OS 8 VENTOS
A busca expressiva pelo desenvolvimento da inteligência emocional, nos
últimos 23 anos, especialmente no ocidente, tem raiz na busca por uma forma mais
fácil de enfrentar a adversidade.

Mesmo com plena consciência de que a vida do ser humano segue fluxo
parabólico de altos e baixos, fomos criados e estamos criando nossos filhos para
buscarem incansavelmente os ventos que sopram acima do eixo x.

No método MIDE – Múltiplas Inteligências & Desenvolvimento Emocional,


adotamos o conceito milenar nascido no Japão em 1.274 pelo mestre Nitiren
Daishonin, o qual, em cartas, orientou seus discípulos a não reagirem a fatos ruins e
inevitáveis que ocorressem em suas vidas.

Nascia a teoria dos 8 (oito) ventos ou happu em japonês.


Em nossas vidas sopram 4 (quatro) ventos favoráveis: prosperidade, honra,
elogio e prazer:

Ø Prosperidade: prosperar por meio de lucro ou vantagem;


Ø Honra: ser homenageado ou aclamado pela sociedade;
Ø Elogio: ser elogiado pelas pessoas;
Ø Prazer: experimentar prazer físico ou mental.

Os 4 (quatro) ventos desfavoráveis: declínio; desgraça; crítica e dor.

Ø Declínio: sofrer diversos tipos de perda ou desvantagem.


Ø Desgraça: ser desprezado ou caluniado pelos demais.
Ø Censura: ser criticado pelas pessoas.
Ø Sofrimento: sofrimento físico ou mental.

Buscamos levar a vida nos ventos favoráveis e ao mesmo tempo fugir


incansavelmente dos ventos desfavoráveis.

Esta é a razão para tamanha baixa resistência à frustração que estamos


presenciando. Não estamos preparando nossos filhos para lidar com os ventos
desfavoráveis, mesmo sabendo que virão, a questão não é mais “se”, e sim
“quando” soprarão.

Observem as pessoas experientes que os cercam e verão, na sua maioria,


afirmarem que nos momentos difíceis foram quando mais cresceram e aprenderam
sobre a vida. Mesmo com esse conhecimento, insistimos em preparar nossos filhos
na busca dos ventos favoráveis e não para lidar com os ventos desfavoráveis.

Ao compreender os 8 (oito) ventos, percebe-se que não existem problemas


fora de nós. Esse é o novo paradigma a ser ensinado no MIDE.

Todo problema, é de fato uma incapacidade nossa de lidar com a


adversidade ou com o fator externo que surge de forma, aparentemente,
desfavorável em nossas vidas.

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Tenho adotado esse conceito com adolescentes em dificuldades ou bullying
na escola.

Minha orientação sempre é: não podemos mudar o comportamento de um


grupo ou uma comunidade, mas podemos ficar firmes quando suas ações surgem
como vento desfavorável em nossas vidas e as transformam em experiências de
fortalecimento.

Independentemente do vento que está soprando neste momento em sua


vida, é o impacto dele no seu coração que irá definir se é ou não um vento favorável
ou desfavorável.

Recentemente, conheci um homem perto dos 50 anos que acabara de


herdar milhões de dólares, apenas sua parte da herança, mas o espólio do seu pai
havia destroçado a família, todos os irmãos se tornaram inimigos mortais após a
conclusão do espólio.

Ainda assim, percebi que o que mais o entristecia não era a separação da
família, mas a completa falta de sentido e o vazio que o perturbava em suas noites
de sono.

No fundo sua herança não aumentou sua felicidade visto que já levava,
antes, vida confortável.

Estava claro como mesmo o mais favorável dos ventos, a prosperidade,


pode soprar de forma negativa em nossas vidas.

O fato é que os 8 (oito) ventos podem soprar de forma favorável ou


desfavorável em nossas vidas, tudo depende de como encaramos cada momento.

O verdadeiro sábio não altera seu interior, não se inflama com a


prosperidade, honra, elogio ou prazer, e não se desespera com o declínio,
desgraça, censura e sofrimento.

O equilíbrio está em se manter firme frente aos fatores externos que insistem
em derrubar nosso estado de vida.

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