Discente:
Miguel João Manhaia
Docente:
Eng. Merlindo J. Manjante, MSc
1.1 Objetivos..............................................................................................................................................3
1.1.1Geral...................................................................................................................................................3
1.1.2 Especificos........................................................................................................................................3
II REVISAO BIBLIOGRACA..................................................................................................................4
2.4 Desmatamento......................................................................................................................................9
III. CONCLUSÃO...................................................................................................................................14
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I.INTRUDUCÃO
Atualmente, existe uma forte tendência dos incêndios florestais serem observados numa
pespectiva de agentes causadores de desgraças ao ambiente e ao homem em geral. Estudos
mostram que a maioria dos ecossistemas evoluíram graças aos incêndios florestais e, muitos
deles, tais como as florestas decíduas secas e as savanas, continuam até hoje sendo considerados
como ecossistemas dependentes do fogo (MUELLER-DOMBOIS; GOLDAMMER, 1990). Uma
das grandes consequências dos incêndios florestais é a emissão de vários gases e partículas
sólidas, que contribuem para a poluição da atmosfera em nível local, regional e global
(SIBANDA, 2011). As principais causas que concorrem para a ocorrência dos incêndios
florestais em Moçambique estão associadas à pobreza (forte dependência da população em
relação aos recursos florestais) e ao elevado índice de analfabetismo (MICOA, 2007). O uso
desenfreado do fogo tem causado prejuízos enormes aos projetos de cultivo florestal no norte de
Moçambique. A título de exemplo, de 2010 a 2012, os incêndios florestais destruíram extensas
áreas de Pinus sp e Eucalyptus sp das empresas florestais. Porém, especula-se que o
desconhecimento das causas específicas que concorreram para a ocorrência dos incêndios, bem
como o fraco uso das medidas preventivas, tenham contribuído para a elevada frequência dos
incêndios em povoamentos florestais.
1.1 Objetivos
1.1.1Geral
Analisar as ocorrências das queimadas descontroladas e o impacto ;
Avaliar a desgradacao florestal e a ocerrência do desmatamento.
1.1.2 Especificos
Determinar as causas das queimadas descontroladas e a degradacao florestal;
Analisar a influência das variáveis climáticas e das estações do ano na ocorrência dos
incêndios florestais.
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II. REVISAO BIBLIOGRACA
Incêndio florestal é um termo utilizado para definir fogo incontrolado que se propaga livremente
e consome os diversos tipos de material combustível existentes em uma floresta. Apesar de não
ser muito apropriado, o termo incêndio florestal é muitas vezes generalizado para definir
incêndios em outros tipos de vegetação tais como capoeiras, campos e pradarias (SOARES;
BATISTA, 2007). É importante realçar que os incêndios florestais se iniciam normalmente em
qualquer forma de vegetação e são difíceis de serem controlados, podendo ser provocados tanto
pelo homem como por fenômenos naturais (MORAIS, 2011).
Índices de perigo de incêndios são valores numéricos, geralmente apresentados sob forma de
escala, que indicam a possibilidade de ocorrência de incêndios, assim como a facilidade de
propagação do fogo, de acordo com as condições atmosféricas do dia ou de uma sequência de
dias (SOARES; BATISTA, 2007; SOARES; BATISTA; NUNES, 2008).
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maior parte das causas, consideradas como desconhecidas, acredita-se que o homem esteja
envolvido (FAO, 2007). Existem causas que estão relacionadas diretamente com a ignição do
material combustível e aquelas que indiretamente podem impactar não somente no surgimento do
incêndio, mas também na sua severidade, frequência e extensão.
Dentre as causas indiretas, o crescimento populacional, que tem como consequência maior
pressão no uso e aproveitamento de terra, tem sido destacada como uma das principais (FAO,
2007, 2008, 2012). Estima-se que nos últimos 5000 anos, aproximadamente 1,8 bilhões de
hectares de cobertura florestal tenham se perdido em todo mundo, numa taxa de desmatamento
médio anual de 360.000 ha. A procura e produção de suprimento alimentar, bem como a
necessidade de combustíveis para satisfazer a população crescente, é apontada como uma das
causas, fazendo com que a taxa de desmatamento tenha se elevado para os níveis alarmantes de
5,2 milhões de hectares nos últimos 10 anos (FAO, 2012). Na Figura 2 está representada a
relação entre o crescimento populacional e o desflorestamento nos últimos 2010 anos (1800 –
2010)
Uma série de causas do desmatamento e degradação tem recebido destaque na literatura, as quais
vão desde causas directas, tais como a expansão de áreas agrícolas de pequena escala e da
pobreza, às causas mais indirectas, como as políticas de Estado e interesses empresariais dentro e
fora do setor florestal (Rudel 2007). Poderosos incentivos econômicos parecem estar por trás das
causas mais relevantes, agindo muitas vezes em combinação (Lambin et al. 2001). Dentre estes
recursos, destacam seos booms econômicos na extracção florestal, a colonização agrícola e
aumento da demanda nacional e internacional de alimentos e produtos agrícolas não alimentares
(p.e. biocombustíveis), os subsídios agrícolas e outras políticas de promoção, políticas de infra-
estrutura (p.e. construção de novas estradas) e, possivelmente, governação fraca de terra e
florestas. Em particular, os principais motores do desmatamento estão hoje fora do sector
florestal e, principalmente, interagem de forma complexa (Rudel 2007). Esta secção irá fornecer
orientações para elaborar uma visão geral sobre as condições da cobertura florestal actual e as
tendências passadas na mudança da cobertura florestal, bem como uma avaliação dos principais
motores do desmatamento e degradação florestal em Moçambique.
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Figura 3. Queimadas descontroladas podem ser provocadas pela má gestão do fogo durante a
produção de carvão
Os incêndios florestais tornaram-se mais frequentes e intensos em todo o mundo nas últimas
décadas. Os impactos profundos que os incêndios florestais causam na composição química da
atmosfera, no ciclo biogeoquímico e na estrutura dos ecossistemas, aumentou a necessidade do
homem conhecer melhor o comportamento do fogo (SIBINDA, 2011).
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A queima da biomassa é um fenômeno global que afeta a maioria dos ecossistemas florestais em
todo mundo e pode ser devido a causas naturais ou antrópicas (CARMONA-MORENO et al.,
2005). Essas causas provocam grandes incêndios que são considerados parte dos agentes
principais que tem provocado a rápida mudança nos ecossistemas. Não obstante, a queima
prescrita seja bastante usada para fins benéficos, os incêndios florestais possuem efeitos diretos e
indiretos
considerados adversos, tanto para saúde e propriedades humanas, como para o ambiente
(degradação e desestabilização dos solos e desertificação) e para os recursos hídricos (poluição de
águas e esgotamento da umidade dos solos), podendo também alterar a circulação do ar,
formação e dissipação de nuvens, afetando também o albedo da zona atingida (ICHOKU; KAHN;
CHIN, 2012). A liberação de carbono para a atmosfera, devido o corte e queima das florestas,
tem recebido uma grande atenção nos últimos anos, por causa dos impactos negativos provocados
à atmosfera e ao ambiente em geral (ADENEY, CHRISTENSEN JR; PIMM, 2009). Uma das
grandes consequências dos incêndios florestais é a emissão de vários gases e partículas sólidas,
que contribuem para a poluição da atmosfera em nível local, regional e global (SIBANDA,
2011). Estima-se que em todo mundo, os incêndios florestais consomem anualmente 5.130
milhões de toneladas de biomassa, sendo 41% somente na África. Essa queima libera
aproximadamente 3.431 milhões de toneladas de carbono para atmosfera, bem como quantidades
significantivas de outras emissões. Felizmente, apenas uma fração de carbono permanece na
atmosfera, porque o ciclo natural dos ecossistemas adaptados ao fogo requer a fixação do carbono
da atmosfera para o crescimento das plantas (FAO, 2007).
Os incêndios florestais tornaram-se mais frequentes e intensos em todo o mundo nas últimas
décadas. Os impactos profundos que os incêndios florestais causam na composição química da
atmosfera, no ciclo biogeoquímico e na estrutura dos ecossistemas, aumentou a necessidade do
homem conhecer melhor o comportamento do fogo (SIBINDA, 2011).
A queima da biomassa é um fenômeno global que afeta a maioria dos ecossistemas florestais em
todo mundo e pode ser devido a causas naturais ou antrópicas (CARMONA-MORENO et al.,
2005). Essas causas provocam grandes incêndios que são considerados parte dos agentes
principais que tem provocado a rápida mudança nos ecossistemas. Não obstante, a queima
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prescrita seja bastante usada para fins benéficos, os incêndios florestais possuem efeitos diretos e
indiretos
considerados adversos, tanto para saúde e propriedades humanas, como para o ambiente
(degradação e desestabilização dos solos e desertificação) e para os recursos hídricos (poluição de
águas e esgotamento da umidade dos solos), podendo também alterar a circulação do ar,
formação e dissipação de nuvens, afetando também o albedo da zona atingida (ICHOKU; KAHN;
CHIN, 2012). A liberação de carbono para a atmosfera, devido o corte e queima das florestas,
tem recebido uma grande atenção nos últimos anos, por causa dos impactos negativos provocados
à atmosfera e ao ambiente em geral (ADENEY, CHRISTENSEN JR; PIMM, 2009).
Uma das grandes consequências dos incêndios florestais é a emissão de vários gases e partículas
sólidas, que contribuem para a poluição da atmosfera em nível local, regional e global
(SIBANDA, 2011). Estima-se que em todo mundo, os incêndios florestais consomem anualmente
5.130 milhões de toneladas de biomassa, sendo 41% somente na África. Essa queima libera
aproximadamente 3.431 milhões de toneladas de carbono para atmosfera, bem como quantidades
significantivas de outras emissões. Felizmente, apenas uma fração de carbono permanece na
atmosfera, porque o ciclo natural dos ecossistemas adaptados ao fogo requer a fixação do carbono
da atmosfera para o crescimento das plantas (FAO, 2007).
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2.4 Desmatamento
Desmatamento é a conversão, directamente induzida pelo homem, de terras com floresta para
terras sem floresta.
Extensão da área total desmatada - é uma medida do desmatamento expressa em hectares, que
corresponde a conversão directamente induzida pelo homem de área florestal para outro tipo de
área com uma cobertura de copa das árvores inferior a 30% num determinado intervalo de tempo
Durante o período compreendido entre 2003 a 2013, o país perdeu 2 935 325 hectares de florestas
com uma média anual de 267 029 hectares, e um desvio padrão de 50 176 hectares. A taxa do
desmatamento correspondente foi de 0,79%. O perfil do desmatamento ao longo do período
mostra um comportamento cíclico, onde os anos de 2005 e 2010 foram os que tiveram uma perda
de florestas de cerca de 323 934 e 365 431 hectares, respectivamente. Os anos com menores áreas
desmatadas foram 2003, 2007 e 2013, com uma perda de florestas de 234 198 ha, 239 854 ha e
173 937 ha, respectivamente
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2.5 Desmatamento por provincia
As províncias de Nampula, Zambézia e Manica são consideradas como tendo maior potencial
florestal do país. A pressão sobre as florestas nas províncias com alto potencial, tem impactos
significativos no valor económico das florestas nativas bem como na conservação da
biodiversidade. Na Província de Nampula, a Reserva de Mecubúri e Matibane estão pressionadas
pela agricultura itinerante, na província da Zambézia, a Reserva do Derre sofre grande pressão do
desmatamento devido a prática da agricultura, em Manica a Reserva de Moribane, que é
considerada como um dos poucos exemplares de floresta higrófila no País sofre pressão pela
população devido à produção da banana (Muller et al., 2005).
Comparando com os dados do desmatamento do período anterior, nota-se que que em Maputo, a
média do desmatamento diminuiu significativamente, como resultado da redução da área florestal
que hoje é insignificante. Na província de Nampula a média do desmatamento aumentou para
mais que o dobro, o que indica que a pressão sobre a floresta está cada vez maior. As províncias
que mais contribuíram para o aumento do desmatamento no país foram Nampula, Zambézia,
Manica, Sofala e Niassa.
Tabela 3 Comparação da área média desmatada por província para os períodos de 2003-2013
(estudo actual), e 1991-2002 (Marzolli, 2007)
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Nampula 33 000 73 967
Cabo delgado 25 000 15 128
Niassa 21 000 34 949
Total 219 000 267 029
O conceito de degradação para as condições de Moçambique ainda não está claro. Porém, há a
percepção de que esta pode ser definida
como a mudança de uma área florestal com cobertura elevada para outra categoria florestal com
menor cobertura. Processos de degradação podem resultar do corte selectivo de árvores (p.e.
exploração florestal), queimadas descontroladas ou de abertura de pequenas áreas de machambas
dentro de florestas, resultando naquilo que se designa de mosaicos de agricultura com floresta.
Embora estudos sobre a degradação florestal sejam pouco comuns e tenham sido conduzidos em
áreas relativamente pequenas (província de Manica e Corredor da Beira), estes sugerem que a
degradação florestal é elevada (Tabela 5). Contudo, nem todas as formas de degradação florestal
podem ser medidas com exactidão. Com efeito, Ryan et al. (2011) indicam que a estimativa da
taxa de desmatamento nos distritos de Gorongosa e Nhamatanda, apesar de se apresentar alta, tem
um grande erro de estimação.
A exploração florestal madeireira não sustentável (ver Secção 1.2.3) pode constituir uma das
causas de degradação florestal, principalmente observando que, em sua maioria, os exploradores
madeireiros são aqueles que abrem os caminhos de acesso para dentro da floresta. Mais ainda, a
colheita de lenha e fabrico de carvão são muito comuns na África Austral em geral e em
Moçambique em particular. Com efeito, diversos estudos (Marzoli 2007, Argola 2004, Pereira
2001) indicam claramente a forte relação existente entre o desmatamento, degradação de florestas
e a exploração de lenha e produção de carvão. Além das áreas de floresta convertidas
directamente para agricultura, extensas áreas são convertidas de florestas densas para florestas
menos densas, ou até matagais. Isso é justificado, em parte, pelo facto do corte inicial de árvores
para lenha e carvão ser selectivo com respeito às espécis preferidas (causando degradação). Mas,
à medida que a distância da área de corte aumenta, uma segunda onda, menos selectiva, realiza o
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abate da maioria das árvores remanescentes (eventualmente causando desmatamento). Áreas ao
redor das cidades e ao longo das estradas são as áreas de maior actividade de fabrico de carvão e
venda de lenha, o que consubstancia o facto de o consumo urbano de combustíveis lenhosos ser o
que causa maior impacto aos ecossistemas.
O consumo de combustíveis lenhosos (lenha e carvão) foi estimado em cerca de 9.3 e 5.5 milhões
de toneladas por ano na zona rural e urbana, respectivamente, totalizando 14.8 milhões de
toneladas a nível nacional (Sitoe et al. 2007). Estas estimativas são equivalentes a um consumo
per capita de 1–1.2 m3 por ano. O preocupante com respeito à sustentabilidade da exploração de
lenha e carvão é que este valor está muito acima do volume de corte anual admissível para
madeiras comerciais.
A produção de carvão vegetal está associada a um maior impacto ambiental do que a de lenha,
especialmente em áreas peri-urbanas (FAO 2010), e tem sido referida como uma das principais
causas do desmatamento na África (Cuvilas et al. 2010).
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cidades (Maputo, Matola, Beira e Nampula) e Matola (Figura 3). O Quadro 2 apresenta detalhes
adicionais para as diferenças entre os padrões de exploração e consumo urbano e rural de
combustíveis lenhosos. A exploração de lenha e o fabrico de carvão como fontes de mudanças de
cobertura florestal em Moçambique são caracterizadas por serem actividades informais, as quais
são essencialmente vantajosas perto dos grandes centros urbanos (Maputo, Beira, Nampula) e ao
longo das principais vias de acesso a essas cidades. Um estudo de pequenas e médias empresas
florestais (2) indica que 99% dos cerca de 151,000 empreendimentos de carvão e 96% dos cerca
de 9,350 empreendimentos de lenha não estão registados e operam sem nenhuma licença. Causas
basilares incluem fatores tecnológicos (para a colheita de lenha: elevado custo e sistema limitado
de distribuição de outras fontes (Ribeiro, D. e Nhabanga, E. 2009)
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III. CONCLUSÃO
Depois de uma profunda leitura e pesquisa concluo que Índices de perigo de incêndios são
valores numéricos, geralmente apresentados sob forma de escala, que indicam a possibilidade de
ocorrência de incêndios, assim como a facilidade de propagação do fogo, de acordo com as
condições atmosféricas do dia ou de uma sequência de dias (SOARES; BATISTA, 2007;
SOARES; BATISTA; NUNES, 2008). Durante o período compreendido entre 2003 a 2013, o
país perdeu 2 935 325 hectares de florestas com uma média anual de 267 029 hectares, e um
desvio padrão de 50 176 hectares. A taxa do desmatamento correspondente foi de 0,79%. O perfil
do desmatamento ao longo do período mostra um comportamento cíclico, onde os anos de 2005 e
2010 foram os que tiveram uma perda de florestas de cerca de 323 934 e 365 431 hectares,
respectivamente. Os anos com menores áreas desmatadas foram 2003, 2007 e 2013, com uma
perda de florestas de 234 198 ha, 239 854 ha e 173 937 ha, respectivamente
A exploração florestal madeireira não sustentável (ver Secção 1.2.3) pode constituir uma das
causas de degradação florestal, principalmente observando que, em sua maioria, os exploradores
madeireiros são aqueles que abrem os caminhos de acesso para dentro da floresta. Mais ainda, a
colheita de lenha e fabrico de carvão são muito comuns na África Austral em geral e em
Moçambique em particular. Com efeito, diversos estudos (Marzoli 2007, Argola
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IV. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
ZUMBRUNNEN, T.; PEZZATTI, G. B.; MENÉNDEZ, P.; BUGMANN, H.; BÜRGI, M.;
CONEDERA, M. Weather and human impacts on forest fires: 100 years of fire history in two
climatic regions of Switzerland. Forest Ecology and Management (ScienceDirect), v. 261, p. 210
– 219, 2011.
Egas, A.F. 2006 Comparação de custos de consumo de lenha e carvão com outras fontes de
energia domésticas na confecção de refeições.
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