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DIMENSAO ESTÉTICA
1- EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
Estética- Ocupa-se de todos os problemas e experiências ligados à nossa relação com objetos belos (incluindo
também o sublime e outras categorias estéticas), sejam naturais, sejam artísticos
Filosofia da arte- por uns encarada como uma subdivisão da estética, por outros como uma disciplina diferente,
embora com elementos comuns àquela, ocupa-se do âmbito artístico
Arte- modo de produção de beleza ou, pelo menos, de algo que possa fixar a nossa atenção e a nossa sensibilidade
estética, seja isso considerado belo ou não
Experiência estética- designa tudo o que o sujeito pensa, sente, perceciona na sua relação com o mundo e consigo
próprio
Uma obra de arte é um dos modos de exprimir a contemplação da beleza natural e, com a sua sensibilidade,
riqueza de emoções, reflexões, imaginação e talento, o artista engendra racionalmente a harmonia e beleza das obras
Kant defende que quando contemplamos a natureza ou uma obra de arte, o prazer daí resultante é desinteressado
2- O JUIZO ESTETICO
Juízo estético- é um juízo de valor ou de apreciação relativamente ao belo, ou às categorias que lhe são afins
ex: Os quadros de Picasso são belos
Sublime- tudo o que possua uma dimensão de certo modo inexprimível, por causa da sua grandeza
Kant
O juízo segundo o qual algo é belo baseia-se em O juízo segundo o qual algo é belo decorre
características ou propriedades dos objetos, exclusivamente da sensibilidade do sujeito
efetivamente existentes neles perante um determinado objeto
A beleza está presente nas próprias coisas- o A beleza está nos olhos de quem a vê- o juízo
juízo relativo ao belo é objetivo relativo ao belo subjetivo
• OBJETIVISMO ESTÉTICO
Platão
Doutrina principal:
Beardsley
para avaliarmos uma obra de arte esteticamente devemos adotar o ponto de vista
estético. Há outros pontos de vista moral, social, político, etc… irrelevantes na
avaliação das obras de arte
• SUBJETIVISMO ESTÉTICO
David Hume
Kant
Beleza- quando dizemos que algo é belo ou feio não nos estamos a referir ao
seu interesse pratico, mas sim pela satisfação que nos dá ou desprazer.
Logo algo belo algo apraz ou que agrada universalmente sem conceito
Kant e Hume negam que o belo exista como uma ideia separada ou como uma propriedade inerente ás coisas
4- TEORIAS DA ARTE
Diversos filósofos tentam responder a perguntas como “o que é a arte” procurando encontrar critérios ou
parâmetros
Teorias essencialistas- teorias que defendem a existência de propriedades essenciais (ou intrinsecas) comuns a todas
as obras de arte
Teorias não essencialistas- teorias que defendem a impossibilidade de definir a arte a partir de um conjunto de
propriedades essenciais, apresentando relações baseadas em propriedades relacionais (ou extrínsecas)
Platão
Aristóteles
As artes distinguem-se entre si pelos meios usados para pintar, pelos objetos que
imitam, e pelo modo de imitação desses objetos
Segundo esta conceção o propósito da arte é imitar e reproduzir os objetos, as pessoas e as ações tal como
estas existem
Críticas
• Segundo Hegel esta teoria reduz a arte a uma caricatura da vida, que não serve de
produto criativo pois limita-se a mostrar habilidade técnica
• Muitos objetos e criações humanas não se reduzem a meras imitações, pois há quadros,
poemas etc… que não se limitam a copiar o real por isso ou excluímos esta teoria ou
excluímos esses objetos como sendo arte
• Há autores que dizem que a arte não é uma imitação da natureza, mas tem de ser uma
transfiguração do real, o artista tem de deixar a sua marca pessoal criando novas formas
por ex.
Há filósofos que consideram que a arte mais que uma imitação é uma representação. Se toda a imitação é
representação, nem toda a representação é imitação. O conceito de teoria da representação engloba toda a arte que a
teoria da imitação exclui
Objeção: há obras que para alem de não serem uma imitação também não são uma representação
• TEORIA DA ARTE COMO EXPRESSAO
Mas o ato de uma obra de arte provocar emoção no espectador não é prova de
que ela exprime a emoção do artista, no entanto esta forma de encarar a arte
como expressão de emoções denomina-se de expressionismo
Através da arte o artista corporiza as suas emoções e transmite-as ao público para provocar-lhes estas mesmas
emoções.
Críticas
• Parece estabelecer a priori que a produção artística tem origem na experiência emocional,
quando talvez existam outros fatores e condições causais que levam à criação de obras de
arte. (inclusive alguns artistas negaram que a emoção comandasse os seus trabalhos)
• mesmo que se admita que a emoção está na base da criação o momento em que o artista
cria a sua obra não coincide com o do estado emocional que a motivou (o artista é um
fingidor)
• esta teoria parece admitir que a qualidade das obras decorre das condições emocionais
que as originam, quando o mérito da obra está sobretudo na harmonia interna
• Uma obra de arte pode suscitar todo o tipo de emoções mesmo que tal emoção não seja
a emoção que o artista queria transmitir
Esta teoria assenta na ideia de que a emoção estética desencadeada no espectador pelas
verdadeiras obras de arte decorre de uma qualidade que tais obras possuem: forma significante
Segundo esta teoria todas as verdadeiras obras de arte são dotadas de uma forma
significante que lhe confere um determinado estatuto. Esta forma significante é
indefinível, sendo reconhecida pelos críticos mais sensíveis
Críticas
• Esta teoria parece assentar num argumento circular- refere que a emoção estética resulta
de uma propriedade destinada a desencadear essa emoção no espectador sendo
esta diferente da emoção experimentada diante a beleza natural
• A não possibilidade de refutação caso uma pessoa, por exemplo, disser que não sente
emoção estética perante uma obra de arte, neste caso os defensores da teoria diriam que
a pessoa está enganada;
ser artefacto é uma condição necessária para que algo seja considerado obra de
arte, mas não suficiente (pois assim todos os artefactos eram obras de arte)
Críticas
• Esta teoria não permite distinguir a boa ou má arte, pois afirma que algo é arte apenas
através da classificação sem avançar qualquer apreciação valorativa.
• Trata-se de uma teoria circular, uma vez que defende que arte é só aquilo que um grupo
restrito decide considerar como tal
• Deve haver razoes para se escolher um artefacto e não outros. Se há razoes são essas a
definir o que é arte ou não, dispensando esta teoria.
A definição de arte que Levinson pretende atribuir é feita com base nas propriedades
não visíveis das obras de arte
Condições necessárias e conjuntamente suficientes para algo ser considerado obra de arte:
- Direito da propriedade sobre o objeto: o objeto é nosso ou temos o direito de o usar como tal. Assim nem tudo é
uma obra de arte
- a intenção seria ou não passageira que um objeto seja visto como obra de arte: que sejam vistas como são as
obras de arte do passado.
Críticas
• É discutível que a condição de direito de propriedade seja uma condição necessária se
admitirmos que um artista tiver pintando um quadro, mas não tiver pago as tintas, aí
coloca-se em questão se estamos ainda perante uma obra de arte
• A condição relativa á intenção também pode não ser necessária. Por exemplo, há artistas
que não tiveram a intenção que as suas obras fossem vistas como obras de arte.
• Esta teoria não responde á questão do que é que muda no objeto quando este se
transforma em obra de arte
• CONCLUSAO
A própria arte não pode ser definida pois não é possível estabelecer as condições necessárias e suficientes para
que tal aconteça
É um erro procurar-se um denominador comum em obras de arte. O conceito de arte é um conceito aberto que
se encontra em sintonia com a criatividade artística