O artigo de opinião expõe a fragilidade da globalização, usando o bloqueio do
canal de Suez para apresentá-lo. Onde a seguradora Allianz analisa que durante a semana este bloqueio custou perdas entre R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões de dólares em uma semana, devido a 13% do comércio mundial fazer passagem por ali, sendo de principal passagem de produtos entre Ásia e Europa, por ser a conexão mais curta para trocas comerciais. Entre os lados do canal ficaram aproximadamente 400 navios(carregados por mercadorias avaliadas em R $10 bilhões de dólares), onde não podiam seguir em frente e dificilmente voltar. Entretanto, as empresas possuíam as opções de aguardar a liberação do canal de Suez ou desviar contornando o Cabo da Boa Esperança (possuindo mais tempo de viagem). Trazendo também a tona a Pandemia de Covid-19, o artigo apresenta como a fragilidade do sistema global pode ser preocupante, por motivos de muitas empresas não possuírem sistemas de armazenamento.Portanto se houver atraso por parte das transportadoras, a produção entra em sistema de compasso de espera, ou seja, se os contêineres param de chegar, a produção para, demonstrando como as cadeias de abastecimento são sensíveis. Por este motivo pode observar-se que muitas empresas já calculam que manter estoques não se torna mais benéfico e barato do que interromper a produção sempre que houver atraso no transporte. Pode-se concluir que é preciso investir de modo global em outras alternativas tão ágeis quanto o canal de Suez, para comercialização marítima, visto que este não é e nem será a última conturbação dos fluxos de comércio mundial. E também como ainda temos o que melhorar a respeito da globalização, visto que ela ainda é muito rúptil, podendo ser facilmente vulnerabilizada por mais complicações como estas.