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Curso

Instalador de
Pisos e Azulejos
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INDICE

1 – APRESENTAÇÃO......................................................................................... 4.

2 –ORIENTAÇÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO...................................... 7.

3- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL...................................... 10.

4 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 35 ....................................................... 12.

5 – INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS DE PROT. INDIVIDUAL............. 25.

6 – OS PERIGOS ECONTRADOS NOS CANTEIROS DE OBRAS..................... 48.

7- O PERIGO NAS ALTURAS. UTILIZAÇÃO DE ANDAIMES ............................ 53.

8 – PRIMEIROS SOCORROS................................................................................ 69.

9 – TRATAMENTO DOS LIXOS SÓLIDOS ........................................................... 103.

10 –ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO........................................ 110.

11- FUNDAMENTOS E NOÇÕES DE ÉTICA PROFISSIONAL ..............................112.

12 – NOÇÕES DE MARKETING PROISSIONAL.................................................. 115.

13 – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ................................................................126.

14- ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................ 132.

15- FERRAMENTAS E APLICAÇÕES ...................................................................138

16 –SISTEMA DE MEDIDAS................................................................................. 149.

17 – REGRAS DE CONVERSÃO........................................................................... 153.

18- MATEMÁTICA BÁSICA: ARIMÉTICA........................................................... 157.

19 – GEOMETRIA BÁSICA.................................................................................... 167.

20– NOÇÕES SOBRE PROJETOS ARQUITETÔNICOS...................................... 177.

21- A EVOLUÇÃO DA CERÂMICA..................................................................... 203.

22 – CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE........................................................ 221.

23 – DILATAÇÃO................................................................................................. 239.

24- MARCAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE CAIXAS............................................... 241.


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25 – ESPECIFICAÇÃO DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS......................... 242.

26.- PÁGINAÇÃO.................................................................................................. 248.

27– JUNTAS NO REVESTIMENTO CERÂMICO.................................................. 249.

28.- PREPARAÇÃO DE ARGAMASSAS ............................................................. 262.

29.- ARMAZENAMENTO DE PISOS..................................................................... 285.


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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Caro aluno, seja muito bem vindo à ESCOLA CONCRETTA! Este Manual irá
ajudá-lo a percorrer o caminho, da sua chegada até a sua qualificação profissional.
Para isto você deve entender como ele está organizado.
Este material está dividido da seguinte forma:

Módulo I - Introdutório - Segurança no Trabalho


1) Orientações de segurança no trabalho;
2) Normas e uso de Equipamento de Proteção Individual - EPI e
Equipamento de Proteção Coletivo - EPC;
3) Equipamentos de proteção individual - NR-6/NR-10;
4) O perigo de se trabalhar em altura; e.
5) Utilização de andaimes NR- 18.15.

Módulo III - Básico


Primeiros socorros.
Cuidado com os resíduos sólidos.
Noções de meio ambiente

Módulo III- Organização e Processo de Trabalho

1) Introdução à organização do processo de trabalho;


2) Perfil profissional do aluno egresso;
3) Noções de Ética Profissional; e.
4) Noções de Etiqueta Profissional;
5) Noções de Marketing Profissional.

Módulo IV - Competência e Habilidades


1) Formação profissional: áreas temáticas;
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2) Gerenciamento de Mão de Obra;


3) Organização de Canteiro de Obras.

Módulo V - Matemática básica


1) Unidades de medida e regras de conversão;
2) Aritmética e geometria;
3) Ângulos diversos;
4) Cálculos geométricos e de volume; e.
5) Sistema de medidas.
Módulo VI - Introdução ao desenho técnico
1) Noções sobre projetos arquitetônicos;
2) Materiais, instrumentos de desenho;
3) Tipologia dos traços;
4) O projeto arquitetônico;
5) Símbolos e abreviaturas para projetos hidráulicos

Módulo VII - Introdução aos pisos cerâmicos


1) A História da Cerâmica;
2) A Origem da Cerâmica no Brasil;
3) A Evolução da Cerâmica;
4) A Cerâmica na Atualidade;
5) Características da Superfície;
6) Tipos de Argamassa;
7) Revestimentos Cerâmicos;
8) Características Técnicas;
9) Paginação;
10) Juntas.

Módulo VII - Ferramentais


1) Ferramentas e aplicação de pisos, azulejos e porcelanatos; e.
2) Preparação da argamassa.
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MÓDULO I - INTRODUTÓRIO

CBO – 7152-10 – PEDREIRO REVESTIDOR

Instalador de
Pisos e Azulejos

 Orientações de segurança no trabalho.

 Normas e usos de Equipamento de Proteção Individual - EPI.

 Normas e usos de Equipamento de Proteção Coletiva - EPC.

 Equipamentos de proteção individual - EPI – Normas.

Regulamentadoras - NR-6 1/ NR-102.

 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC.

 O perigo de se trabalhar em altura.

 Utilização de andaimes NR-183·. 15.

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NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

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NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

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NR 18 - Organização do ambiente do canteiro de obras.
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Milhões de indivíduos criam a própria infelicidade,


porque têm uma crença negativa, que é captada pelo
subconsciente. Por isso, tenha FÉ em você e no seu trabalho.

2. ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA NO TRABALHO 4

A segurança no trabalho é de vital importância. Por isto, estas orientações


foram elaboradas com vistas ao estabelecimento das condições de trabalho, exigidas
na legislação vigente, para concretizar os objetivos da Política de Segurança e Saúde
do Trabalho, e visam informar os alunos do curso de INSTALADOR DE PISOS E
AZULEJOS sobre as normas de conduta a serem seguidas para proporcionar um
ambiente de trabalho seguro e saudável, eliminando ou neutralizando os riscos de
doenças e danos relacionados com o trabalho.
Algumas dicas e sugestões importantes:

I. Não transite pela obra sem o capacete de proteção e a bota;

II. Use seus Equipamentos de Proteção Individual apenas para a finalidade a


que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;

III. Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e


corrija as condições inseguras encontradas, imediatamente;

IV. Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem que o elevador


esteja no seu pavimento;

V. Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas, antes de


usá-las;

VI. Não permita que os encanamentos sejam utilizados para aterramento elétrico
de equipamentos;

VII. Faça manutenção preventiva das máquinas e equipamentos e comunique


qualquer alteração encontrada, para registro no livro de inspeção;

VIII. Não improvise extensões elétricas e nem conserte equipamentos elétricos


defeituosos. (Chame o eletricista);

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Fonte: http://www.sindusconfpolis.org.br/
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IX. Estoque os tubos em cavaletes, mantendo a circulação livre.

O funcionário, antes de iniciar suas atividades laborais, deverá providenciar os


exames admissionais, para avaliar a sua saúde, e verificar se a obra dispõe dos
documentos obrigatórios, relacionados abaixo:

Exigidos pelo Ministério do Trabalho


a) PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho - acima de
20 trabalhadores.
b) PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - até 20
trabalhadores.
c) PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
d) CEI - Cadastro Específico do INSS.
e) Comunicação de início de obra.
f) Livro de Registro de Inspeção do Trabalho.
g) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ.
h) Autorização de trabalho aos domingos e feriados.
i) Projeto das proteções coletivas.
j) Livro de inspeções de máquinas e equipamentos.
k) Programa de manutenção preventiva para máquinas e equipamentos.
l) Procedimentos de segurança por função.

Admissão de Funcionários
a) Fichas de Registro:
• Admitidos na obra.
• Transferidos.

2.3 – Medicina e Segurança do Trabalho


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• Exame Médico Admissional.


• Exame Médico Periódico.
• Exames Médicos Complementares: Audiometria, Raio X etc. (de acordo com a
função que vai desempenhar).
• Exame Médico para Mudança de Função (fazer ANTES da mudança de função).
• Exame Médico de Retorno ao Trabalho - deve ser realizado no primeiro dia da volta
ao trabalho do trabalhador, ausente por período igual ou superior a 30 dias, por
motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES:

Botijão de Gás
a. Manter fora do ambiente de utilização.
b. Em local permanentemente arejado e coberto.
c. Manter o registro fechado quando não estiver em uso.
d. Restringir o acesso de pessoas não autorizadas.

Aquecimento de Alimentação (Marmitas)


a. Deve ser feito através de aquecedor elétrico ou a gás.
b. Próximo do refeitório.
c. Em local arejado e protegido de intempéries.
d. Proibido o uso de fogão à lenha, aquecimento com álcool e aquecimento
individual.

LEMBRE-SE É EXPRESSAMENTE PROIBIDO


AQUECER MARMITAS FORA DO LOCAL DESIGNADO.

ANOTAÇÕES
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3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NR-6 / NR-10


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Em conformidade à Norma Regulamentadora NR-6, Equipamento de


Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo
empregado, e se destina à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Toda empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, o EPI
adequado ao risco ao qual o empregado está submetido, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes ou de doenças
ocupacionais, relacionados ao trabalho.

Conforme a Norma Regulamentadora nº10 - NR 10 (segurança com


eletricidade ou choques elétricos) a vestimenta passa a ser, também,
considerada um dispositivo de proteção complementar para os empregados,
incluindo a proibição de adornos, mesmo estes não sendo metálicos.

ANOTAÇÕES.
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3.1. Obrigações legais

Art. 157 da CLT

Cabe ao empregador:
 Adquirir o tipo de EPI adequado à atividade do empregado;
 Fornecer gratuitamente ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, isto é, portando o respectivo Certificado de Aprovação
- CA;
 Orientar o trabalhador sobre o seu uso;
 Capacitar o empregado quanto ao adequado acondicionamento, higienização,
conservação e aplicabilidade;
 Tornar o uso obrigatório (exigir);
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

 Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica .

Cabe ao empregado:
 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;

 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;


 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio para uso;
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
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Os Equipamentos de Proteção Individual - EPIs e os Equipamentos de


Proteção Coletiva - EPCs são indispensáveis para evitar problemas e, assim,
proteger o bem maior do trabalhador da construção civil: a VIDA.
Por essa razão, eles são de uso OBRIGATÓRIO, exigidos por Lei e pelas
Normas Regulamentadoras - NR-65, NR-106 e NR-187, emitidas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE. Também há normas internacionais.

4. NORMA REGULAMENTADORA Nº 35 - TRABALHO EM ALTURA

Como existem diferentes trabalhos em altura, com dinâmicas diferenciadas, a


Norma – NR 35, emitida pelo MTE, propõe a implantação de medidas adequadas
para cada situação de trabalho, para que o mesmo se realize com a máxima
segurança.

Imagem 1: Ilustração de funcionários trabalhando em altura.

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NR-6 Equipamentos de proteção Individual

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NR-10 Instalação e serviços em eletricidade

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NR -18 Organização do ambiente do canteiro de obras.
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Imagem 2: Ilustração de funcionários trabalhando em altura II.

1. Objetivo e Campo de Aplicação da NR 358;


2. Análise de Risco e condições impeditivas;
3. Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de
prevenção e controle;
4. Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção,
inspeção, conservação e limitação de uso;
5. Acidentes típicos em trabalhos em altura;
6. Condutas em situações de emergência, incluindo técnicas de resgate e de
primeiros socorros;
7. Estudo da análise de risco e Permissão de Trabalho;
8. Interface entre as NR’s relacionadas;
9. NBR’s e normas internacionais;
10. Ancoragem (instalação e sistemas).

4.1. Trabalho em altura

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Norma regulamentadora 35 - TRABALHO EM ALTURA.
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É todo aquele executado em níveis diferentes, em relação ao solo, e no qual


haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador.

4.1.1. - Objetivo e Campo de Aplicação

A NR 35 foi elaborada para proteger os trabalhadores dos riscos dos trabalhos


realizados em altura, com vistas à prevenção dos riscos de queda. Conforme a
complexidade e riscos das tarefas, o empregador deverá adotar medidas
complementares inerentes.
De acordo com o item 1.2 da NR 35, considera-se trabalho em altura toda
atividade executada acima de 2,00 metros do nível inferior, onde haja risco de queda,
portanto requerendo que o trabalhador esteja posicionado em um local elevado, para
a execução de sua tarefa.
O acesso e a saída do trabalhador deste local também deverão respeitar e atender a
esta Norma.

4.1.2. - Campos de aplicação:

1. Manutenção em telhados (telhas, rufos, chaminés, exaustores etc.);


2. Troca de telhas;
3. Pintura, limpeza, lavagem e serviços de alvenaria nas fachadas e estruturas;
4. Instalação e manutenção elétrica;
5. Manutenção de redes hidráulicas aéreas.
6. Construção e execução de serviços em edifícios.

O risco de queda existe em vários ramos de atividades, e devemos intervir nas


situações de risco regularizando o processo e tornando os trabalhos mais seguros,
por meio de medidas preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de
queda, visando à segurança dos trabalhadores e dos que circulam nas proximidades.
Acidentes fatais por queda de altura ocorrem, principalmente, em:

1. Obras da construção civil;


2. Serviços de manutenção e limpeza de fachadas;
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3. Serviços de manutenção em telhados;


4. Pontes rolantes;
5. Montagem de estruturas diversas;
6. Serviços em ônibus e caminhões;
7. Depósitos de materiais;
8. Serviços em linha de transmissão e postes elétricos;
9. Trabalhos de manutenção em torres;
10. Serviços diversos, em locais com aberturas em pisos e em paredes sem
proteção etc.

Atitudes que podem levar a acidentes fatais:

1. Excesso de confiança;
2. Não uso ou uso incorreto dos EPI´s;
3. Descumprimento ou desconhecimento dos padrões de execução.

O trabalho nas alturas é realizado por construtores civis, engenheiros e


profissionais da área, em diversos tipos de construções. De modo geral, define-se
trabalho em altura aquele que é feito em altura superior a dois metros, como já foi
dito, sendo necessário o auxílio de andaimes, escadas e plataformas, e também
trabalhos em escavações e poços. Por exigir conhecimento e experiência, para
prevenir possíveis acidentes, o trabalho em altura precisa ser feito de acordo com
algumas convenções legais, como: Leis Específicas; NR 35; NR 6; NR 10.

4.2. - Análise de risco e condições impeditivas

4.2.1.- Análise de Risco (AR)

É a avaliação de riscos em potencial, suas causas, consequências e as


medidas de controle.
Para qualquer trabalho desenvolvido em altura são necessários dois sistemas
de proteção diferentes:
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a) Sistema de posicionamento ou sujeição: conjunto de EPI’s, que permitem ao


trabalhador posicionar-se no seu posto de trabalho e ter as mãos livres para
realizar o seu trabalho.

Exemplo: cinto de segurança com elemento de amarração regulável.

b) Sistema de segurança ou sistema antiqueda: conjunto de EPI’s que permitem


parar a queda de um operário em condições de segurança.

Exemplo: elemento de amarração com amortecedor de energia.

Os sistemas de acesso e de posicionamento devem ficar, a todo o tempo,


ativos (suportando o peso do operário) durante a execução dos trabalhos.

4.2.2. – Condições impeditivas

São situações que impedem a realização ou continuidade do serviço e possam


colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
Condições físicas que impedem o trabalho em altura:

 Doenças Cardíacas
 Hipertensão Arterial
 Epilepsia
 Labirintite Crônica
 Diabetes
 Doenças da Coluna Vertebral
 Doenças Psiquiátricas (uso de tranquilizantes ou antidepressivos)
 Deficiências Visuais e Auditivas
 Qualquer doença que possibilite a perda de consciência repentina, ou o
desequilíbrio do trabalhador.

4.3. Procedimentos operacionais para as atividades de altura.


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Para um profissional realizar trabalhos em superfícies com altura superior a


2m, o mesmo deverá seguir procedimentos de rotinas que contenham, no mínimo,
as seguintes fases:

1. Diretrizes e requisitos da tarefa a ser executada;


2. Orientações de procedimentos administrativos;
3. Detalhamento da tarefa;
4. Medidas de controle dos riscos característicos à rotina;
5. Condições impeditivas;
6. Sistemas de proteção coletivo e individual, necessários;
7. Competências e responsabilidades profissionais.

As atividades de trabalho não rotineiras devem ser previamente autorizadas


mediante permissão de pessoa capacitada. Para as não rotineiras, as medidas de
controle devem ser evidenciadas na análise de risco e na permissão de trabalho.
A permissão de trabalho deve conter:

1. Os requisitos mínimos a serem atendidos para execução dos trabalhos;


2. As disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco (AR);
3. A relação de todos os envolvidos e suas respectivas autorizações.

Abaixo modelo de permissão para trabalho em altura.


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Imagem 3: Ilustração de permissão de trabalho em altura.

A permissão de trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade,


restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável da aprovação
nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na
equipe de trabalho.

Exercícios de fixação:

1. O que é trabalho em altura?


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2. Quais os campos de aplicação para NR 35?

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3. Defina Análise de Risco.

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4. O que são condições impeditivas? Cite 5 delas.

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4.4.- Equipamento de proteção individual para trabalho em altura


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Os Equipamentos de Segurança - São equipamentos indispensáveis ao


trabalho em altura e, por isto, você deve conhecer bem a função e a forma de utilizar
esses Equipamentos.
Os equipamentos de proteção individual são para proteção e suporte a possível
desastre que envolva o trabalhador em trabalhos em altura. Na realização do
trabalho em altura faz-se necessária a perfeita utilização de todos os procedimentos
e equipamentos de segurança, disponíveis e regulamentados, para garantia da
integridade física dos realizadores deste trabalho, assim como da proteção das
pessoas que transitam próximas a estas áreas.
Os trabalhadores que realizam trabalhos em altura devem sempre:
 Respeitar e conhecer os riscos e normas de segurança relativas ao seu
trabalho;
 Utilizar todas as técnicas corretas na realização de suas atividades;
 Verificar diariamente a existência dos EPI’s, assim como o seu bom estado de
conservação e funcionamento.

Exemplos de EPI’s utilizados em trabalhos em altura:

Imagem 4: Cinturão de segurança - tipo paraquedista .


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Imagem 5: Cinturão de segurança - tipo paraquedista II

Imagem 6: Cinturão de segurança - tipo paraquedista III .


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Imagem 7: Blocante para trabalhos em altura.

Imagem 8: Blocante para trabalhos em altura II.

Imagem 9: Blocante para trabalhos em altura III.


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Imagem 10: Trava-queda (talabarte) para trabalhos em altura.

Imagem 11: Cadeira para trabalhos em altura.

ANOTAÇÕES

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Imagem 12: Uso de cadeira para trabalhos em altura.

Imagem 13: Trava-quedas.

Imagem 14: Trava-quedas II.


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O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante


todo o período de exposição ao risco de queda.
O talabarte e o dispositivo trava-queda devem estar fixados acima do nível da
cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar
que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura
inferior.

É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

I. Fator de queda maior que 1;


II. Comprimento do talabarte maior que 0,9 m.

Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes


providências:

I. Ser selecionado por profissional legalmente habilitado;


II. Ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
III. Ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

5. INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. - EPI

Observe a figura abaixo. Pode parecer exagero, mas as profissões


relacionadas com a Construção Civil, apresentam atividades perigosas, e o
profissional está exposto a ocorrências danosas, tais como:
 Quedas;
 Choque elétrico;
 Soterramento;
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 Acidentes com máquinas e ferramentas, etc.

Por isto, ao se trabalhar nesta área, faz-se necessário estar bem protegido,
pois, o perigo pode estar mais próximo do que se imagina. Prevenir é sempre o
melhor remédio.

Imagem 15: Ilustração dos Equipamento de Proteção Individual.

5.1. CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


É obrigatória a constituição de uma CIPA, numa empresa.

5.1.1. A empresa que constituir CIPA deverá observar os seguintes itens:

a) A CIPA será composta de representantes do empregador, por ele designado,


e dos representantes dos empregados eleitos.
b) Todo estabelecimento que não se enquadrar no Quadro I da NR-5, deverá
designar um responsável pelo cumprimento da respectiva Norma.
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5.1.2. Processo Eleitoral


1) É de responsabilidade do empregador convocar as eleições para escolha
dos representantes dos empregados, sessenta dias antes do término do
mandato.

2) O Edital de Convocação deverá ficar fixado durante quinze dias, de maneira


que todos os empregados que queiram se candidatar tomem ciência e se
inscrevam.
a) No ato da inscrição, o candidato deverá receber um recibo;
b) Todos os candidatos inscritos terão garantia de emprego até a eleição.

3) O empregador deverá constituir a Comissão Eleitoral cinquenta dias antes


do término da gestão em curso, que será responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.

4) Deverá ser publicado em Edital de Divulgação o nome dos empregados que


se candidataram, e deverá estar fixado durante quinze dias, de maneira que
todos os empregados tomem ciência dos candidatos inscritos.

5) Deverá ser realizada a eleição no prazo de trinta dias antes do término do


mandato.

a. Durante a eleição respeitar os turnos de trabalho;


b. A folha de votação deverá ser assinada por todos os empregados que
votarem;
c. Durante a eleição, o voto deverá ser secreto;
d. Todo empregado do estabelecimento tem o direito a voto;

6) Os representantes eleitos e designados deverão ser empossados, após o


devido treinamento (20 horas conforme a NR-5), no primeiro dia útil após o
término do mandato em curso.
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7) A empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade descentralizada


do Ministério do Trabalho, as cópias das atas de eleição e de instalação e
posse, e dos calendários anuais de reuniões, constando dia, hora e local ( doze
reuniões, entre o início e o término do mandato).

8) Protocolizada a documentação na Delegacia Regional do Trabalho, o


empregador não poderá desativar a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), antes do término do mandato, exceto no caso de
encerramento das atividades do estabelecimento.

5.1.3. Atribuições dos Representantes da CIPA:


1) Divulgar, aos trabalhadores, informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
2) Divulgar e promover o cumprimento das normas regulamentadoras;
3) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e do PPRA;
4) Promover anualmente, em conjunto com o SESMT 9, se houver, a Semana
Interna de Prevenção do Trabalho - SIPAT;
5) As atas de reuniões deverão ficar no estabelecimento à disposição dos
agentes de inspeção do trabalho;
6) As atas de reuniões deverão ser assinadas pelos presentes, com
encaminhamento de cópias para todos os membros.

5.1.4. Observações Gerais:


a) A CIPA deverá ser constituída por estabelecimento.
b) No caso de empreiteiras ou empresas de prestação de serviços, considera-
se estabelecimento o local em que seus empregados estiverem exercendo
suas atividades.
c) A empresa deverá guardar os documentos relativos à eleição, por um
período de cinco anos.

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Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. (Reduzir o tamanho
da fonte, em notas de rodapé)
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d) As empresas ligadas a transportes deverão verificar a Portaria Nº 25, de 27


de maio de 1999, e a Portaria 16, de 10 de maio de 2001. (Qual órgão expediu
estas Portarias?)
e) As empresas que constam nos grupos C 18 e C-18, mencionados na
Portaria N º 08, de fevereiro de 1999, deverão verificar a Portaria Nº 24, de 27
de Maio de 1999.
f) As empresas ligadas à mineração ou permissionárias para lavra garimpeira,
deverão verificar a NR-22.36. (São duas NRs? Ou “36” é um item da NR 22?)
g) É considerado empregado, para fins de constituição da CIPA, a pessoa que
preste serviço de natureza não eventual ao empregador, sob dependência e
mediante salário.
h) O mandato dos membros da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição (Manual da CIPA - NR5 item 5.7).
i) É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (pode ser
abreviado: CIPA) desde o registro de sua candidatura até um ano após o final
de seu mandato.
j) Caso o empregado queira sair da CIPA, o mesmo deverá solicitar por escrito
ao presidente da Comissão, informando ao empregador e este comunicará ao
Ministério do Trabalho a saída desse representante e a posse do respectivo
substituto.
k) Toda a legislação de Segurança e Saúde do Trabalhador está disponível no
site:www.mte.gov.br.
*Reeleição é a eleição subsequente. ( asterisco * se refere a uma explicação a
ser dada em nota de rodapé, e aqui não vem ao caso. Poderia ser substituído
por “Obs.:”)
30

Imagem 16: Operário utilizando EPI (A meu ver, esta ilustração ficaria melhor encerrando a sequência do EPI,
antes do item “CIPA”)

5.2. Medidas e equipamentos de proteção coletiva e individual.

Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho, a ciência e


as tecnologias colocam à nossa disposição uma série de medidas e equipamentos de
proteção coletiva e individual.

As medidas e os equipamentos de proteção coletiva visam, além de proteger


muitos trabalhadores ao mesmo tempo, à otimização dos ambientes de trabalho,
destacando-se por serem mais rentáveis e duráveis para a empresa .

Exemplos
 Limpeza e organização dos locais de trabalho.
 Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição.
 Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa.
 Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos.
 Proteção nas escadas (corrimão), rodapé e pastilhas antiderrapantes.
 Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos e
elevadores.
31

 Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-condicionado.


 Instalação de para-raios.
 Iluminação adequada.

1. Colocação de plataforma de proteção em todo o perímetro da face externa dos


prédios nas obras de construção, demolição e reparos.
2. Isolamento de áreas internas ou externas, com sinalização vertical e horizontal.

5.3. Definições de EPC e EPI10

5.3.1. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

 É toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento


destinado à proteção de uma ou mais pessoas.

Imagem 17: Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC.

ANOTAÇÕES

10
http://simoesliderlog.blogspot.com.br/2013/03/estudando-seguranca-do-trabalho-5.html
32

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33

5.3. 2. Equipamento de Proteção Individual - EPI 

É todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de uma pessoa.

Imagem 18: Ilustração de Equipamentos de proteção individual - EPI.

5.3.3. Quando usar o Equipamento de Proteção Individual - EPI


 Quando não for possível eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos
de proteção coletiva.
 Quando for necessário complementar a proteção coletiva.
 Em trabalhos eventuais ou emergenciais.
 Em exposição de curto período.
34

5.3.4. Como escolher o Equipamento de Proteção Individual - EPI


A escolha do EPI deve ser feita por pessoal especializado, conhecedor não só
do equipamento, como também das condições em que o trabalho é executado.

É preciso conhecer também o tipo de risco, a parte do corpo atingida, as


características e qualidades técnicas do EPI, se possui Certificado de Aprovação - CA
do Ministério do Trabalho e Emprego e, principalmente, o grau de proteção que o
equipamento deverá proporcionar.

5.3. 5 Classificação dos EPI

Os equipamentos de proteção individual são classificados em conformidade


com a parte do em corpo que deve ser protegida.

Cabeça - protetores para o crânio e para o rosto. Regida pela Norma


Regulamentadora 6 (NR-6). A finalidade da utilização do capacete é,
principalmente, a de proteger o crânio. Usam-se diversos tipos de capacetes ou
chapéus; e, para o rosto, utilizam-se protetores faciais, a fim de evitar lesões
causadas por:
 Quedas de objetos;
 Impactos provenientes de objetos contundentes tais como: pontas de
vergalhões, estilhaços quebradiços provenientes de desligamentos da
alvenaria;
 Acidentes em ambientes confinados;
 Choques elétricos;
 Intempéries (excesso de sol)

Imagem 19: EPI para cabeça e rosto.


35

Olhos e nariz - óculos e máscaras.

Imagem 20: Óculos de proteção.

A finalidade dos óculos de proteção é a de proteger os olhos contra:

 Fagulhas de materiais incandescentes provenientes de equipamentos ou


máquinas de corte, raspa, polimento, desbaste entre outras de contusão
direta.
 Raios ultravioleta. Deve ser utilizado quando em trabalhos ao ar livre ou
quando houver ofuscamento direto de fontes luminosas artificiais ou naturais.

A forma mais conveniente para higienização:

 Limpeza com água e sabão neutro;


 Utilizar feltro ou pano de algodão.

Acomodação: manter os óculos na bolsa original cedida pelo fabricante,


quando não em uso.

IMPORTANTE
Quando colocar os óculos sobre alguma superfície, mantê-los sempre com
as lentes voltadas para cima, para evitar que fiquem riscadas pelo contato
direto com a superfície.

Ouvidos - protetores auditivos, tipos concha ou plugs de inserção. Regida pela


Norma Regulamentadora 6 (NR-6)
36

Imagem 21: Proteção para os ouvidos.

A finalidade do protetor auditivo é evitar danos na audição, provenientes de


aparelhos que emitem ruídos de alta frequência ou ruídos excessivos.
Para a higienização dos mesmos basta lavá-los com água e sabão, , ou
solução que tem espumas. Menos nas partes internas.
Máscara de Proteção contra agentes químicos

Imagem 22: Máscara de proteção contra agentes químicos.

Mascara de Proteção: contra pó, corpos minúsculos e odores.


37

Imagem 23: Máscara contra pó.

Mascara Purificadora de Ar.

Imagem 24: Máscara purificadora de ar.

Finalidade: Proteção contra corpos nocivos à respiração e órgãos internos


humanos - Instrução Normativa Nº1, de 11/04/1994.
A numeração representa e define a finalidade de proteção, isto é, para que
serve.
Quando você, aluno, for utilizar uma máscara observe para que ela serve e o
que protege, visualizando a seguinte Tabela simplificada:
38

O código de aplicação vem descrito na embalagem da


máscara.

CÓDIGO DE APLICAÇÃO - C.A. PROTEÇÃO CONTRA:

2811 Poeiras e Névoas.


Poeiras, Névoas e Fumos
28155

Poeiras, Névoas e Odores


Orgânicos
28116 em concentrações abaixo do
nível de ação perniciosa.

Poeiras, Névoas, Fumos e


Odores de Vapores Orgânicos
28090 em concentrações abaixo do
nível de ação perniciosa.

Poeiras, Névoas, Fumos e


Odores de Gases Ácidos em
28114 concentrações abaixo do nível
de ação perniciosa.

Poeiras, Névoas, Fumos e


Odores de Gases Ácidos em
28112 concentrações abaixo do nível
de ação perniciosa.
.

. Tabela 1: Ilustração de Tabela de códigos de aplicação - CA. (As Tabelas devem ter numeração diferente de
figuras/imagens)

Braços, mãos e dedos - luvas, mangotes e pomadas protetoras.


Utilização - Uso exclusivo para a proteção das mãos contra: cortes, cho ques
elétricos, choques mecânicos, queimadura por produtos químicos, agentes
biológicos ou fogo.
39

Imagem 25: Luvas de proteção I.

Imagem 26: Luvas proteção II.

As luvas são diferentes para os diversos profissionais ou profissões, exemplo:

Luva para Eletricista de Alta Tensão - Luva própria para a proteção de


mãos e braços no ato da ativação de energia elétrica de alta tensão.
Veja tabela abaixo:
40

Tabela 2: Tabela de classificação de luvas de segurança.

TIPO CONTATO TARJA


Classe 00 500V Bege

Classe 0 1000V Vermelha

Classe I 7,5kV Branca

Classe II 17 kV Amarela

Classe III 26,5kV Verde

Classe IV 36kV Laranja

Tarja identificadora

Imagem 27: Luvas proteção com tarjeta identificadora.

Luva de Proteção de Raspa de Vaqueta - Utilizada para a proteção em diversos


serviços, tais como: trabalhos com ferragens, na concretagem, no manuseio de
madeiras e produtos cortantes, no armazenamento de produtos oleosos, com extirpo,
aquecidos até 80ºC, e serviços pertinentes às áreas de carpintaria de estaqueamento
em solo.
41

Imagem 28: Luvas proteção III

Luva de Látex Amarela - Protege as mãos contra produtos químicos de limpeza em


geral. Evita o ressecamento da pele. É forrada internamente e tem superfície
antiderrapante.

Imagem 29: Luvas proteção IV

Luva de Latex Verde- em látex natural com suporte têxtil em malha, 100% algodão.
Apresenta formato anatômico para propiciar maior conforto, flexibilidade e bom tato.
Protege as mãos contra diversos tipos de atividades que exijam boa resistência à
perfuração, cortes e abrasão, somada a uma excelente aderência.
42

Nitrilon VD com suporte, dorso e punho em malha Nitrilon VD com suporte e punho em
malha
Imagem 30: Luvas proteção V Imagem 31: Luvas proteção VI

ANOTAÇÕES
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43

Tronco - aventais e vestimentas especiais

Imagem 32: Vestimenta especial - macacão. Imagem 33: Vestimenta especial - avental.

Botas, perneiras, sapatos de segurança ou Botinas de Proteção - Sua


finalidade é proteger os membros inferiores ou seja os pés de: quedas de objetos
sobre os mesmos, isolação contra choques elétricos, produtos químicos e
agentes queimantes, materiais pontiagudos e/ou cortantes em geral.
Também protege contra torções, escoriações, derrapagens em consequência
de quedas involuntárias e acidentais.
Sua conservação é bastante simples:

 Mantê-las secas, em local não úmido e livre de poeiras. Se molhada


internamente, deixar que sequem em local à sombra, jamais diretamente
posicionada ao sol, pois isso causa a proliferação (liberação) de odores e
fungos provenientes do ar.
44

Imagem 34: Botas de proteção de borracha

Este tipo de Equipamento de Proteção Individual é utilizado em muito dos


ofícios conhecidos pelo homem.
Em nosso caso se destaca nas seguintes funções ou profissões: carpintaria,
elétrica (com isolação própria contra choques e descargas elétricas), armado res de
ferragens, pintores, pedreiros revestidores e assentadores de pisos e azulejos,
aplicadores de Drywall (gesso acartonado), encanador civil ou bombeiro
encanador, dentre outras funções na área da construção civil.

ANOTAÇÕES
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45

Vejamos agora alguns modelos de botas ou botinas de proteção individual a


seguir:
Calçado de Proteção tipo bota de couro, cano médio.

Imagem 35: Bota de proteção de couro.

Finalidade: Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações,
derrapagens e umidade.

Calçado de Proteção tipo bota de couro, cano longo.

Imagem 36: Bota de proteção de couro II

Finalidade: Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações,
derrapagens, ataque de animais peçonhentos e umidade.
46

Calçado de Proteção tipo bota de borracha, cano longo.

Imagem 37: Bota de proteção de borracha.

Finalidade: Utilizado para proteção dos pés e pernas contra umidade, derrapagens e
agentes químicos agressivos.

Calçado de Proteção tipo condutivo

Imagem 38: Botas de proteção de couro, tipo condutivo.

Finalidade: Utilizada para proteção dos pés.


Quando o empregado corretamente realiza trabalhos ao potencial ou seja,
quando a pessoa está trabalhando em grandes cercas metálicas, ou em trânsito,
47

esta bota protege contra o potencial, que é o próprio ar que nos rodeia carregado
de eletricidade. A essa eletricidade dá-se o nome de eletricidade estática, ou seja,
eletricidade que se encontra parada em todos os corpos, e que, por sua vez, é
liberada quando atritada ou esfregada ou até mesmo por choques mecânicos
(batidas). Quando isto acontece, tende a ir na direção de outros corpos que estão
com menos carga.

Corpo inteiro - cintos de segurança contra quedas ou impactos

Imagem 39: Cintos de proteção.


48

Imagem 40: Operário fazendo uso de cinto de proteção.

6. OS PERIGOS ENCONTRADOS NOS CANTEIROS DE OBRAS.

O profissional que trabalha na construção civil e, em especial, o profissional


Instalador de Pisos e Azulejos, deverá atentar para os perigos que se escondem
em um canteiro de obras. É fundamental que ele saiba a correta forma de
utilização de ferramentais perigosos, tais como:
 Andaimes;
 Serras elétricas;
 Furadeiras;
 serras-copo de alta velocidade;
 etc.

6.1 Eventos adversos

É qualquer ocorrência indesejável relacionada direta ou indiretamente ao


trabalho, incluindo:
49

I. Acidente de trabalho: ocorrência geralmente não planejada que resulta em


dano à saúde ou integridade física de trabalhadores ou de indivíduos do
público. Exemplo: andaime cai sobre a perna de um trabalhador e este sofre
fratura da tíbia.
II. Incidente de Trabalho: ocorrência que, sem resultar danos à saúde ou
integridade física de pessoas, tinha potencial para causar acidentes.
Exemplo: andaime cai próximo a um trabalhador que consegue sair a tempo
e não sofre lesão.
III. Circunstância indesejada: condição, ou um conjunto de condições, com
potencial de gerar acidentes ou incidentes. Exemplo: trabalhar em andaime
fixado inadequadamente, instável, balançando.
IV. Trabalhador: pessoa que tenha qualquer tipo de relação de trabalho com
as empresas ou outras pessoas, independentemente da relação de
emprego.
V. Indivíduo público: pessoa que não sendo trabalhador sofra os efeitos de
eventos adversos originados em processos de produção ou de trabalho,
tais como visitantes, transeuntes e vizinhos.
VI. Perigo: fonte ou situação com potencial para provocar
danos.

VII. Risco: exposição de pessoas a perigos. O risco pode ser dimensionado em


função da probabilidade e da gravidade do dano possível.

6.2. Consequências dos eventos adversos


Após sofrer um evento adverso, o profissional estará sujeito às seguintes
consequências:

I. Fatal: morte ocorrida em virtude de eventos adversos relacionados ao


trabalho.
II. Grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão ou audição, lesão ou
doença que leve à perda permanente de funções orgânicas, como: fraturas
que necessitem de intervenção cirúrgica ou que tenham elevado risco de
causar incapacidade permanente; queimaduras que atinjam toda a face ou
mais de 30% da superfície corporal; outros agravos que resultem em
50

incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias.


III. Moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações
anteriores e que a pessoa afetada fique incapaz de executar seu trabalho
normal durante três a trinta dias.
IV. Leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada
fique incapaz de executar seu trabalho por menos de três dias.

V. Prejuízos 11: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento,


meio ambiente ou perdas na produção.

Atenção:
Use SEMPRE o seu EPI. Acidentes e doenças relacionados ao
trabalho causam sofrimento e problemas para os trabalhadores,
suas famílias, outras pessoas e as empresas, além de gerarem
custo elevado para a sociedade, no caso de indenizações e
afastamentos.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho- OIT, as falhas humanas


podem ser divididas em três tipos. As ações necessárias para prevenir falhas
posteriores vão depender do tipo de falha humana envolvida .

1. Erros baseados em habilidades: deslizes e esquecimentos.


I. Deslizes - acontecem quando uma pessoa está executando tarefas
familiares automaticamente. A ação da pessoa não ocorre conforme o
planejado, como por exemplo, acionar o interruptor errado em um painel de
controle.

11
Fonte: GUIA DE ANÁLISE ACIDENTES DE TRABALHO EM 2010.
51

II. Esquecimentos (lapsos) - acontecem quando uma ação é feita fora da


ordem habitual ou um passo da sequência é perdido. Por exemplo: um
frentista encheu o tanque de um caminhão completamente e estava prestes
a desconectar a mangueira quando foi chamado para atender ao telefone. Na
volta, percebeu que se esqueceu de desconectar a mangueira e o motorista
partiu.

2. Enganos: erros de julgamento


I. Enganos baseados em regras: ocorrem quando uma pessoa tem uma
série de regras sobre o que fazer em certas situações e aplica a regra
errada em um determinado momento.

II. Enganos baseados em conhecimento: acontecem quando uma pessoa


está diante de uma situação não familiar para a qual não tem regras. Neste
caso o trabalhador, utilizando apenas seu conhecimento e experiência,
chega a conclusões erradas. Por exemplo: quando a luz de alerta aparece
indicando que o sistema de ventilação de uma bomba está superaquecido,
e não há uma regra definida do que se deve fazer. Ele deixa a bomba ligada,
desliga apenas a bomba ou desliga toda a unidade?

3. Violações

 Violações: falhas deliberadas ao seguir regras, tomando-se atalhos para


poupar tempo e esforço, para aumentar a produtividade ou para melhorar o
resultado. Muitas vezes as violações são impostas por constrangimentos ou
por falhas dos sistemas e aceitas tacitamente na empresa. Por exemplo:
anular sistema de proteção de máquina para aumentar o número de peças
produzidas.

Imagem 41: Quadro de violações.


52

Deslizes
Erros baseados
em habilidades

Esquecimentos

Enganos baseados
Erros/enganos de em regras
julgamento
FALHAS
Enganos baseado em
HUMANAS conhecimento

Violações

ANOTAÇÕES
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53

7. O PERIGO NAS ALTURAS: UTILIZAÇÃO DE ANDAIMES - NR 1812

O andaime é considerado uma construção e proteção coletiva provisória,


podendo ser fixa ou móvel, e serve como ferramenta auxiliar para a execução das
obras. Os andaimes devem ser instalados por pessoal devidamente qualificado,
formado e competente. 
Os acidentes de trabalho envolvendo andaimes são causadores de muitas
mortes no Brasil, e o principal motivo são os traumas causados pelas quedas. Um dos
fatores que contribuem para que os índices sejam altos é justamente a improvisação,
a falta de utilização de equipamentos de proteção individual- EPI, e o uso de cordas e
ou cabos de aço inapropriados.

Imagem 42 Acidente em altura. Trabalhador utilizando EPI.

12
Norma de Regulamentação - NR 18- Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção.
54

7.1 As causas mais frequentes de acidentes em andaimes são 13:


1) Desequilíbrio ou afundamento do andaime;
2) Ruptura da plataforma;

3) Queda por perda de equilíbrio do trabalhador;

4) Queda de materiais, ferramentas ou ruptura do material;

5) Quedas ao entrar ou sair do andaime;

6) Quedas da escola; (ou da escada?)

7) Contato com rede de energia elétrica.

7.2 Medidas Preventivas


1. Não subir no guarda-corpo;
2. Uso de cinto de segurança do tipo paraquedista;

3. O cinto de segurança não deve ser fixado na estrutura do andaime, mas


sim, em um cabo de apoio fixado na estrutura;

4. O cabo de apoio para o cinto de segurança terá altura superior à cintura


do trabalhador;

5. Em torres isoladas, fazer amarrações a cada 10m, independente da


altura;

6. Em torres continuas: Amarrar a cada 30 metros, para altura até 10


metros. Acima disto, amarrar a cada 10 metros.

7. Após a montagem, o andaime deve ser fixado à construção;

8. Os andaimes não devem ser montados, movidos ou alterados sem a


supervisão de uma pessoa competente;

9. A zona de implantação dos andaimes deve ser devidamente protegida e


sinalizada com o aviso de perigo de queda de objetos, tendo em vista
isolar o local dos trabalhos;

13
http://www.prevencaonline.net/2012/01/andaimes-causas-dos-acidentes-e-medidas.html#axzz2coaUDqwX
55

10. Em locais de passagem, sempre que haja o risco de queda de materiais,


deve ser colocada uma Rede de Segurança;

11. Qualquer dúvida em relação às zonas de apoio do andaime é motivo


suficiente para suspender os trabalhos de montagem, até que um
técnico competente resolva o problema. Todos os elementos
constituintes de um andaime que denotem alguma deficiência devem ser
substituídos de imediato;

12. Os andaimes devem estar equipados com proteções laterais, pranchas


metálicas e barra guarda-costas;

13. Durante os trabalhos de montagem e desmontagem de andaimes, os


trabalhadores devem usar os necessários equipamentos de proteção
individual, nomeadamente para trabalhos em altura, principalmente o
capacete de proteção;

14. Sistema de amarração ao posto de trabalho e sistema antiquedas


(quando houver risco de queda do trabalhador);

15. Luvas de proteção mecânica e botas de proteção mecânica;

16. Quando as condições climáticas são adversas, existindo ventos e neve,


os trabalhadores devem evitar a utilização de andaimes;

17. Os andaimes não devem ser deslocados quando houver pessoas ou


carga em cima deles.

18. Não colocar peso excessivo sobre o piso do andaime;

19. Os estrados devem ter largura mínima de 60 cm;

20. A escada deve ter as seguintes dimensões: altura entre os degraus de


25cm ou 30cm, com distância entre montantes V de 45 a 55cm, com
altura máxima de 7 metros;

21. Fixação na estrutura do andaime e no piso, e ângulo em relação de 65º


a 80º;

22. Pregos e parafusos não devem ficar salientes;


56

23. Os andaimes serão montados de modo a resistirem a uma carga igual


ao triplo do peso dos operários e materiais a suportar;

24. Os pranchões dos andaimes (plataforma) deverão ter espessura


mínima de 1 polegada (2,5cm) e largura de 30cm. Devem ser de
madeira de primeira qualidade e sem defeitos, e ocupar todo o
espaço da plataforma;
25. Não devem ser jogadas ferramentas ou peças para a plataforma do
andaime ou vice-versa;
26. Especial atenção deve ser dada aos pontos de solda e encaixe.
Peças danificadas devem ser substituídas de imediato.
57

Imagem 43: Andaime improvisado.

Apresentaremos, a seguir, algumas regras básicas para a utilização


dos andaimes:

1) Preparar e nivelar o solo para o perfeito apoio do andaime;


2) Observar esquadro, prumo e alinhamento das torres, para não causar
esforço nos quadros e/ou diagonais durante a montagem;
3) Evitar a montagem de andaimes perto da rede elétrica;
4) Nunca subir no andaime pela estrutura de apoio (usar escada que
será fixada na estrutura do andaime);
5) Não correr ou pular no andaime;
6) Não usar escada sobre o piso do andaime;
58

Imagem 44: Andaime bem apoiado.

ANOTAÇÕES
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Imagem 45: Ilustração de Andaime montado com improviso.

ANOTAÇÕES
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59

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60

Imagem 46: Ilustração de modelo Andaime I.

7.3. MODELOS DE ANDAIMES


Fachadeiro14 SH - Possui guarda-corpo em toda extensão da escada de
acesso para os diversos níveis de plataformas, posicionadas a cada 2
metros, e dimensionadas para uma carga de 200 kg/m². Os quadros são
enrijecidos por consoles na parte superior, permitindo a livre passagem
dos operários pelas plataformas.

14
http://www.sh.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=23:fachadeiror-
sh&catid=14:andaimes&Itemid=66&lang=pt
61

Fachadeiro 105 - Formado por quadros, piso metálico com 100cm de


largura, travas para os quadros e piso, alçapão com escada, e todos os
acessórios para uma montagem completa(guarda-corpo, rodapé).

Imagem 47: Ilustração de modelo de Andaime II.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Portaria 3214 de 1978 NR-18 Condições e Meio Ambiente do Trabalho

Critérios de Segurança para Andaimes


N-2343
'
N-2162 Permissão para Trabalho

ABNT NBR 6494 Segurança em Andaimes

Segurança na Execução de Obras e


ABNT NBR 7678
Serviços de Construção.

Tabela 3: Documentos de referência.


62

7.4.CRITÉRIOS PARA ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS.

Quando for guardar os materiais do andaime tenha em conta o seguinte:


estoque os materiais de andaime em local desimpedido, fora da área de trânsito de
veículos e pedestres e, sempre que possível, sob área coberta.
Armazene todos os tubos e quadros sobre prateleiras, com altura mínima de
100mm sobre os pisos, separados de acordo com os tamanhos. Faça a limpeza
das braçadeiras com querosene e estoque-as com filme de óleo diesel em
recipientes providos de dreno.
Recolha, limpe e armazene na área de estocagem todo o material que não
estiver sendo usado.
Sempre que possível recupere os tubos que ficaram tortos ou amassados,
fazendo cortes a frio das partes danificadas. E não esqueça de eliminar as arestas
cortantes, provenientes dos cortes, por meio do uso de lima.
Armazene as tábuas por tamanho em área coberta.

7.5. PLATAFORMA DE PROTEÇÃO


Em todo o perímetro da construção com mais de 4 pavimentos, ou altura
equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção, na
altura da 1ª laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno,
com 2,50m de projeção horizontal e um complemento de 0,80cm e inclinação de
45º, a partir da extremidade.
A partir da plataforma principal devem ser instaladas plataformas secundárias
de três em três lajes com, no mínimo, 1,40m de balanço e um complemento de
0,80 cm, com inclinação de 45º.
O principio é simples: Homens não voam! E, assim sendo, não devem, em
nenhum momento de um trabalho em superfície acima do nível do piso, estar
soltos. Deve ficar claro que qualquer situação diferente desta é a antiprática da
prevenção. Portanto, qualquer planejamento de trabalho em altura deve prever a
possibilidade real de manter o homem preso, em segurança, durante todo o tempo
de realização do trabalho. E, para isto, o uso do cinto de segurança é
indispensável.
63

7.6.RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS

Estas recomendações são imprescindíveis antes de iniciar o trabalho.


Cumpra-as somente com permissão escrita (Permissão para o Trabalho). Leia e
cumpra estritamente todas as recomendações contidas na Permissão..
Use sempre os Equipamentos de Proteção Individual - EPIs, recomendados
para a obra que se destina, e em bom estado.
Somente utilize ferramentas e equipamento em perfeitas condições de uso.
Não pare sob os tubos e tábuas que estão sendo movimentados. Tenha
cuidado e não deixe cair material do andaime.
Durante a construção do andaime não deixe tábuas soltas. Fixe-as na
estrutura do andaime com arame ou corda.

ANOTAÇÕES
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Nome:__________________________________________________

Turma:_______________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - 10 pontos

1) Complete:

EPI é todo dispositivo de uso _______________________utilizado pelo


empregado, destinado à proteção de ____________________ suscetíveis de
ameaçar a ___________________ e a saúde no trabalho.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº10 a ______________________
passa a ser também considerada um dispositivo de proteção complementar para
os empregados.
Os principais equipamentos de proteção individual em andaimes são:
_______________________ tipo paraquedista, ____________________ de couro
com solado antiderrapante, ____________________, travaquedas com cabo de aço
ou corda adequada.
Os erros baseados em habilidades podem ocorrer de duas formas:
____________________, quando uma pessoa está executando tarefas familiares
automaticamente e _____________________, quando uma ação é feita fora da
ordem habitual ou um passo da sequência é perdido.

2) Relembrando o que foi visto sobre segurança no uso de


andaimes e de EPI, marque ( V ) VERDADEIRO ou ( F ) FALSO.

1. ( ) O cinto de segurança deve ser fixado na estrutura do andaime.


2. ( ) Não é necessário efetuar o isolamento físico da área em torno do
andaime.
3. ( ) Antes da instalação, é importante preparar e nivelar o solo para o
apoio do andaime.
4. ( ) O capacete é opcional, sendo o operário o único que pode dizer se ele
quer usar ou não.
5. ( ) Não é recomendado o uso de escada sobre o piso do andaime.
6. ( ) Os óculos de segurança é um equipamento de uso coletivo.
7. ( ) O Operário pode utilizar, caso esteja muito calor, camiseta
regata.
8. ( ) O calçado tipo bota deve ser obrigatoriamente fechado.
9. ( ) A calça deve ser sempre comprida.
65

10.( ) A NR-6 trata de SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS


EM ELETRICIDADE.

3) Relacione, a letra correta ao conceito aprendido:

P - Perigo
R - Risco
A - Acidente de trabalho
1. ( ) Fios desencapados na obra.
2. ( ) Não utilizar equipamento de proteção individual.
3. ( ) João caiu do andaime e quebrou a perna.
4. ( ) Andaime mau apoiado.
5. ( ) Madeira utilizada no andaime de resistência inadequada, cheia de
nós e rachadura.
6. ( ) Operário com o cinto de segurança preso ao andaime.
7. ( ) O operário, trabalhando de chinelo de dedo, pisa em um prego
enferrujado durante o trabalho.

ESTUDO DE CASO. 5 pontos

O estudo de caso é uma situação que pode acontecer com você no dia-a-dia do
canteiro de obras ou na condução de uma obra autônoma. Por isto escreva a solução
do problema.

Em um andaime, liste 5 coisas importantes para a sua montagem. Não esquecer. AS


MAIS IMPORTANTES.
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
66

Nome:__________________________________________________

Turma:_______________________

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO - 5 pontos

Este exercício de avaliação, valerá 5 pontos que serão acrescidos à sua


nota. Você deverá destacá-lo e entregar ao seu professor. Não esqueça
que ele deve feito INDIVIDUALMENTE.

1) O que é um Evento Adverso? Explique com suas palavras.

_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) O que é um acidente de trabalho?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

3) Quais são as consequências de um evento adverso?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
67

Glossário Técnico

ABREVIATURAS / SIGLAS
APR Análise Preliminar de Risco
ART
Anotação de Responsabilidade Técnica
ASO
Atestado de Saúde Ocupacional
CA
Certificado de Aprovação

CAT
Comunicação de Acidente do Trabalho
CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CREA
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
DRT Delegacia Regional do Trabalho
EPC
Equipamento de Proteção Coletiva
EPI
Equipamento de Proteção Individual
GFIP Guia de Recolhimento de Fundo de Garantia e
Informações à Previdência Social
INSS
Instituto Nacional de Seguro Social

IISO Organização Internacional para Padronização

LTCAT Laudo Técnico das Condições Ambientais de


Trabalho
LPIO
Liberação para Início de Obras e Serviços
MPS
Ministério de Previdência Social
MTE
Ministério do Trabalho e Emprego
NR
Norma Regulamentadora
PAT
Programa de Alimentação do Trabalhador
68

Programa de Condições e Meio Ambiente de


PCMAT
Trabalho na Indústria da Construção

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional


PCMSO

PPRA
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
RGE
Registro de Acidente com Empreiteira
RIM
Relatório de Instrução Ministrada
SEP
Sistema Elétrico de Potência
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança
SESMT
e Medicina do Trabalho

SRTE
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
Tabela 4: Ilustração de Glossário Técnico.

ANOTAÇÕES
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
______________________________________________________
69

MÓDULO II

Instalador de
Pisos e Azulejos

 PRIMEIROS SOCORROS
 CUIDADOS COM RESÍDUOS SÓLIDOS
 NOÇÕES DE MEIO AMBIENTE
.
70

8. PRIMEIROS SOCORROS

8.1 Queimaduras especiais

Como em todos os acidentes, a prevenção é sempre a melhor forma de


evitar problemas. Por isto, mantenha protegidas as tomadas no local onde houver
crianças, não deixe fios de eletrodomésticos desencapados e não tente consertar
fiações elétricas sem a presença de um profissional.

8.1.1 Queimaduras Elétricas

São produzidas pelo contato direto entre o corpo e a fonte elétrica. A


gravidade é determinada pelo trajeto da corrente através do corpo. Pode gerar
lesões musculares, desordens elétricas do músculo cardíaco, lesões ósseas e de
órgãos vitais.

I. Desligue a fonte de energia elétrica, se for possível.


II. Afaste a vítima da fonte de energia com material isolante. Tome
cuidado com fios soltos e chão molhado.
III. Para vítimas de choque elétrico observe se há parada
cardiorrespiratória. Em caso afirmativo proceda com RCP -
Ressuscitação Cardiopulmonar.
IV. Procure locais de entrada e saída da corrente elétrica, e verifique se
ambos estão danificados.
V. Cubra o local atingido com pano limpo e úmido.
VI. Providencie socorro imediato.
71

Imagem 48: QUEIMADURAS ELÉTRICAS.

8.1.2. Queimaduras Químicas

São inúmeros os produtos capazes de produzir queimaduras químicas. As


extremidades, geralmente, são os locais mais atingidos. A principal diferença entre
a queimadura térmica e a química, é que a última tem sua profundidade agravada
enquanto o agente químico permanece em contato com a pele.

I. Retire roupas e acessórios contaminados com o


produto.
II. Lave a região lesada com água corrente e fria, por 5 a 10
minutos.
III. Cubra o local com pano limpo e úmido.
IV. Providencie socorro imediato.

8.2 Emergências traumáticas

Em qualquer situação de trauma proceda ao EXAME PRIMÁRIO primeiro e,


logo após, estando a vítima viva, realize o EXAME SECUNDÁRIO. Durante o
72

exame secundário o socorrista deverá avaliar os possíveis traumas ocorridos e


condutas a serem adotadas. Neste capítulo veremos cada situação em particular
de trauma e sua conduta.
O que é trauma (traumatismo)? - É a lesão corporal resultante da exposi ção à
energia (mecânica, térmica, elétrica, química ou de radiação) que inte ragiu com o
corpo em quantidades acima da suportada fisiologicamente. Pode ainda, em alguns
casos, ser resultado da insuficiência de algum elemento vital (afogamento,
estrangulamento, congelamento). O tempo de exposição e o surgimento da lesão
devem ser curtos (alguns minutos: OMS - ano 2000). O trauma pode ser
intencional ou não intencional e varia de leve a grave.

Imagem 49: IMOBILIZAÇÃO E REMOÇÃO DE PROFISSIONAL ACIDENTADO.

8.2.1 Hemorragias
Um indivíduo com 70Kg possui aproximadamente 4.900ml de sangue. O
volume de sangue varia conforme a idade e pode ser estimado utilizando-se o valor
médio de 80 ml/Kg de peso. Em crianças, o volume sanguíneo é maior, estando
73

entre 8% e 9% do peso corporal.

Imagem 50: HEMORRAGIA.

Classificação das Hemorragias.

1. Hemorragia é a perda de sangue circulante para fora dos vasos


sanguíneos.
2. Hemostasia é o controle da hemorragia.
3. Os mecanismos normais que o corpo possui para limitar as hemorragias
são:
I. - Contração da parede dos vasos sanguíneos (vasoconstricção).
II. - Coagulação do sangue (plaquetas e fatores da coagulação).

1. POR TIPO DE VASO SANGUÍNEO:


I. Arterial: sangramento em jato. Geralmente, de coloração vermelho vivo -
sangramento grave que pode levar à morte em poucos minutos.
II. Venosa: sangramento contínuo, geralmente de coloração escura - raramente
fatal.
III. Capilar: sangramento contínuo discreto - pequena importância.

2. POR PROFUNDIDADE:
I. Externa: sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do
sangramento. Pode geralmente ser controlado utilizando técnicas básicas de
primeiros socorros.
II. Interna: sangramento de estruturas profundas, pode ser oculto ou se
exteriorizar.
74

III. As medidas pré-hospitalares básicas de hemostasia geralmente não


funcionam.
3. POR VELOCIDADE:

Quanto mais rápida a hemorragia menos o organismo tolera a perda de sangue e


mais rápido deve ser o socorro à vítima, que deve ser levada para o hospital.

4. POR CONSEQUÊNCIAS DA HEMORRAGIA:


Hemorragias não tratadas podem provocar o desenvolvimento do
Choque.
a. - Quadro Clínico: varia com o volume da perda de sangue
(hemorragia).
b. - Classe I: Perdas de até 15% do sangue - 750 ml em adultos
- Não causam sintomas ou sinais no exame.
c. - Classe II: Perdas entre 15% e 25% do sangue 750 a 1.500 ml.
- Ansiedade e queixas de sede.

Taquicardia - Frequência Cardíaca - FC - entre 100 e 120 bpm.


a. Pulso radial fino - Pressão Arterial - PA normal com o paciente
deitado.
b. Taquipneia (respiração rápida) com Frequência de
Respiração - FR > 20 por minuto.
c. Pele com suor frio e pálido.
d. Classe III: Perdas entre 25% e 40% do sangue - 1.500 a 2.000
ml.
Ansiedade e às vezes agitação e sede intensa.

a. Taquicardia superior a 120 bpm.


b. Pulso radial: fino ou impalpável. PA baixa, mesmo deitado, ou choque.
c. Pele com suor frio e pálido.
d. Taquipneia importante - Frequência de Respiração - FR > (maior)
30 p/min.
e. Classe IV: Perdas superiores a 40% do sangue em choques -
aproximadamente 2.000 ml.
f. Nível de consciência alterado, variando entre agitação, confusão mental
e inconsciência.

Pela fria e pálida.


75

a. Taquipneia com frequência respiratória > 35 p/min.


b. Taquicardia importante - FC >140 batimentos por minuto. Vítimas
agônicas podem apresentar bradicardia.
c. Pulso radial impalpável com pulso arterial carotídeo presente -
Choque.
d. A perda de mais de 50% do volume sanguíneo causa a morte.

5. POR RECONHECIMENTO DAS HEMORRAGIAS


a. A hemorragia pode ser estimada, grosseiramente, pela observação do
sangue perdido no local.
b. Pacientes com sinais de choque e lesões externas pouco importantes
devem estar com hemorragia interna oculta. Algumas fraturas, como as de
bacia e fêmur, podem produzir hemorragias internas graves e choque.
c. Os locais mais frequentes de hemorragia interna são o tórax e o abdome.
Observe a presença de lesões perfurantes, equimoses ou contusões na
pele do tórax e do abdome.

6. POR CONDUTA PRÉ-HOSPITALAR


a. Exame Primário - ABC da vida.
b. Controle de hemorragias externas:
I. - Coloque suas luvas ou utilize um pano para manipular a vítima.
II. - Coloque compressa limpa sobre o ferimento e efetue a compressão
direta da lesão.
III. - Caso a compressa fique encharcada de sangue, coloque outra
compressa sem retirar a primeira.
IV. - Eleve, se possível, o local do sangramento acima do nível do
76

coração com a vítima deitada.

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Sobre os primeiros socorros, qual deve ser o procedimento em caso de


queimadura elétrica?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________

2) Quais devem ser os procedimentos em uma emergência traumática?


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
________________________________________________________________
_______________________________________________________________ ___

3) Um adulto de 70kg tem quantos litros de sangue?


____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

4) Diga quantos e quais são os tipos de vasos sanguíneos.


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
77

_____________________________________________________________________
__________________________________________________________

Imagem 51: PROFISSIONAL CALÇANDO AS SUAS LUVAS

ANOTAÇÕES
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
78

___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

Imagem 52: PRIMEIROS SOCORROS. (isto não é uma tabela)

ANOTAÇÕES
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
79

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Na persistência da hemorragia, inicie a compressão direta da


artéria que irriga a região. Os principais pontos arteriais são os
braquiais, femorais e temporais superficiais. (

Imagem 214:

Imagem 53: CUIDADOS COM O ACIDENTADO.

I. Não utilize torniquete.


II. Em caso de choque - posicione o paciente com as
extremidades inferiores elevadas. Imobilize as
fraturas, exceto naqueles que apresentem sinais de
choque.
III. Em caso de choque, transporte o paciente
imediatamente para o hospital.

7. POR CHOQUE
I. É o estado que resulta da incapacidade em prover sangue suficiente para os
órgãos.
80

II. Pressão Arterial sistólica < (MENOR) 60 mmHg.


III. A causa mais comum de choque é a hemorragia. A perda de 1,5 litros ou
mais de sangue pode produzir choque.

Suas causas são:


I. Perda líquida (desidratação) ou sangramento (trauma - hemorragia)
importante, são as causas mais frequentes.
II. Infarto agudo do miocárdio em adultos > 40 anos é, também, causa mais
frequente de choque.
III. Infecção severa
(sepse).
IV. Queimadura grave e outros sinais e sintomas:
a. - Confusão, ansiedade até a inconsciência.
b. - Pele pálida, úmida com sudorese fria e sede
intensa.
c. - Pulso arterial rápido e fraco.
d. - Respiração rápida.

8.3. Condutas de suporte básico de vida no choque.

I. Exame primário - ABC da vida: administrar 15 litros de oxigênio sob


máscara em todos os casos.
II. Controle imediato de hemorragias externas.
III. Imobilizar o paciente, somente se com grandes fraturas.
IV. Posicione a vítima de acordo com a causa do choque:
Decúbito dorsal (de costas) com os membros inferiores elevados, na maioria
dos casos.
V. No caso de infarto do coração a melhor posição é a semissentada.
VI. Não administre líquidos ou medicamentos pela boca.

Aqueça o paciente com cobertores. Transporte-o


imediatamente ao hospital, pois isto aumenta as chances de
sobrevivência.

8. POR FERIDAS

São as lesões de tecidos corporais produzidos por trauma.

Os ferimentos podem ser:


81

Ferida Fechada: pele íntegra e contusões.


a. A presença de lesões superficiais não ameaça a vida, porém é um alerta
para lesões de órgãos internos.
b. Equimose - Pele lisa com uma coloração preta ou azulada.
c. Hematoma - Tumoração preta ou azulada visível sob a pele.
d. Em caso de sucção, não puxe o membro preso pela sucção, e desligue o
aparelho (ex: bomba de piscina).

Com a sucção ocorre trauma local e edema (inchaço). Caso o membro


não saia do local de sucção deve-se quebrar o local ao redor do
orifício de sucção.

Ferida Aberta - pele aberta, escoriações, lesões corto-contusas e lacerações:

a. Escoriações: Lesões superficiais da pele ou mucosas, que apresentam


sangramento leve e costumam ser extremamente dolorosas. Não
representam risco ao paciente, quando isoladas.
b. Lesões corto-contusas: Lesões produzidas por objetos cortantes. Podem
causar sangramento de variados graus e danos a tendões, músculos,
nervos e vasos sanguíneos.
c. Lacerações: Grandes lesões corto-contusas, geralmente com lesões de
músculos, tendões, nervos e sangramento que pode ser moderado a
intenso. Grandes traumas, como por ex.: acidentes automobilísticos.

O socorrista deve controlar o sangramento por compressão direta e


aplicação de curativo e bandagens. Imobilize extremidades com ferimentos
profundos.
Em pacientes com Pressão Arterial (PA) normal efetue a limpeza das lesões
de forma rápida. No trauma grave, este procedimento é omitido para reduzir o
tempo de chegada ao hospital.

Ferimentos Perfurantes - perfuração da pele e tecidos por um objeto:


a. O orifício de entrada pode não corresponder à profundidade da lesão.
b. Tratar as condições que causem risco iminente à vida - ABC e Hemorragias.
c. As lesões penetrantes de tórax e abdômen devem ser ocluídas o mais
rápido possível.

Vítimas com lesões perfurantes de tronco e abdômen devem ir para o


hospital imediatamente.
82

Resumo - tratamento das feridas:


a. Expor a ferida (retirar roupas).
b. Controlar a hemorragia.
c. Limpar a superfície da ferida (se houver tempo).
d. Curativo com gaze ou pano limpo. - Imobilizar o
segmento ferido.
e. Estabilizar objetos empalados.
f. Segmentos amputados devem ter cuidados à
parte.
g. Utilize sempre luvas.

Avulsões - descolamento da pele que pode se manter ligada ao tecido ou


não:
a. Apresentam graus variados de sangramento, geralmente de difícil
controle. - A localização mais comum é em membros superiores e
inferiores.
b. Coloque o retalho da pele em posição normal e efetue a compressão
direta da área para controlar o sangramento. Caso seja possível lave
o retalho com água corrente, antes.

Caso a avulsão seja completa - lave o retalho com água corrente ou soro
fisiológico, envolva-o em pano limpo molhado e coloque-o dentro de um saco
plástico lacrado que deve , por sua vez, ser colocado dentro de vasilhame
com água gelada, para o transporte ao hospital. Evite o uso de gelo direto
sobre o tecido.

Amputações traumáticas - Separação de um membro ou de uma estrutura


do corpo.
a. Exame primário - ABC da vida.
b. Controle a hemorragia - O controle da hemorragia é crucial, na
primeira fase do tratamento.
c. Trate o choque, se presente.
83

Imagem 54: Próteses.

d. Cuide do segmento amputado (separado do


corpo):
e. Limpe-o com solução salina ou água corrente, sem imersão em
líquido. - Envolva-o em gaze estéril úmida ou compressa limpa
molhada.
f. Proteja o membro amputado com dois sacos plásticos.
g. Coloque o saco plástico em recipiente de isopor com gelo.

Não se deve demorar no cuidado ao segmento amputado, já que a vítima é


considerada de alto risco para o choque hipovolêmico. O paciente deve ser
removido urgentemente para o hospital.

ANOTAÇÕES
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Empalamento - perfuração na qual o objeto penetrante está parcialmente


exteriorizado:
a. Exponha a lesão retirando a roupa.
b. Nunca remova objetos empalados, sem que o paciente esteja no
ambiente hospitalar.
c. Estabilize o objeto no local encontrado com curativo apropriado.
d. Não tente partir ou mobilizar o objeto, exceto se isto for essencial para o
transporte.

Evisceração - exteriorização de vísceras:


a. Não tente reintroduzir os órgãos eviscerados.
b. Cubra as vísceras com pano limpo e umedecido em solução salina ou água
limpa.
c. Envolva o curativo com bandagem.
d. Transporte o paciente em posição com o ventre para cima, com os joelhos
dobrados.

Esmagamento - acidentes automobilísticos, desabamentos e acidentes


industriais.
a. Pode resultar em ferimentos abertos ou fechados. O dano tecidual é
extenso (músculos, tendões, ossos).
b. Os esmagamentos de tórax e abdômen causam graves distúrbios
circulatórios e respiratórios, sendo muitas vezes incompatíveis com a
vida.
c. No caso de extremidade presa a maquinaria industrial, desligar a
energia da máquina, e em seguida fazer a lenta reversão manual das
engrenagens até a retirada do membro.

Caso não seja possível liberar a extremidade, a máquina deverá ser


desmontada e transportada juntamente com a vítima ao hospital.

9. POR QUEDAS
Avaliar:
a - Altura;
b - Área anatômica do impacto;
c - superfície da queda (água, asfalto etc.).
85

Relacione os ferimentos na vítima em relação à área anatômica de impacto.


Cuidado com outras lesões que não são visíveis.
Ex.: queda em pé – pode ter produzido lesão da coluna cervical.

10. POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO (PAF)


a. Considere o calibre, a velocidade, o tipo de munição e a forma do projétil.
b. Além da perfuração ocorre queima dos tecidos ao redor.
c. Sempre procure o orifício de saída.
d. O orifício de entrada é sempre menor e mais discreto que o de saída.
e. Um mesmo projétil pode lesar vários tecidos internamente, e o sangramento
pode ser volumoso, mesmo com orifício de penetração pequeno.

11. LESÕES DECORRENTES DE EXPLOSÕES


a. Vários fragmentos e várias
lesões.
b. Avaliar profundidade de penetração e queimaduras.

12. MORDEDURAS E PICADAS


Mordida de cão ou gato.
a. Lave a ferida com água e sabão de coco.
b. Não feche a ferida com curativos.
c. Encaminhe a vítima ao hospital para avaliação da necessidade de
vacinação antirrábica e antitetânica.
d. Mordidas em extremidades do corpo (pés, mãos, orelhas) são
consideradas mais perigosas para o contágio do vírus da raiva
humana.
e. As lambeduras por cães e/ou gatos doentes em tecidos abertos é
considerado de risco.
f. Mantenha a posse do animal durante 10 dias após o acidente, para
avaliação clínica do mesmo. Procure o veterinário para isto.
g. O morcego pode também ser portador do vírus da raiva.

Picadas de insetos, aranha, escorpião e cobra.


a. - Lavar com água e sabão o local.
b. - Tentar capturar o animal com segurança para identificá-lo.
c. - Não tentar retirar o veneno do local, chupando, cortando, espremendo ou
garroteando o membro.
86

Conduzir o paciente o mais rápido possível ao hospital, pois há risco


potencial de choque anafilático e de ação direta do veneno.

Curativos e Bandagens:

Cobrem uma ferida, protegendo-a de contaminação e auxiliam no controle de


sangramento. O curativo deve ser feito de preferência com material estéril ou
limpo.

BANDAGEM - fixa um curativo sobre a ferida. Deve ser justa para reduzir
sangramentos, mas deve permitir a circulação sanguínea.
a. Bandagem tipo Atadura: Técnicas de aplicação:
b. Cubra a ferida com o curativo e aplique a atadura.
c. Desenrole-a pouco a pouco, mantendo pressão uniforme e sobrepondo 50%
a cada volta.
d. - Evite excesso de compressão que possa causar interrupção da circulação.

Bandagens Triangulares:
a. São as mais versáteis, pois têm múltiplas aplicações e podem ser improvisa-
das com qualquer pedaço de pano (guardanapos, lenços, fraldas, toalhas,
roupas).
b. Podem ser utilizadas, também, como imobilizadores.
c. Devem medir 1 metro de comprimento e ter, pelo menos, 60 cm de largura.
d. Antes de utilizar a bandagem cubra o ferimento com um curativo.
e. Podem ser abertas, dobradas como gravata, ou combinando as duas formas.
f. Inicie da região distal para a proximal do membro e não cubra os dedos.

13. POR FRATURAS, LUXAÇÕES, ENTORSES

Fraturas: interrupção na continuidade do osso.


a. Abertas - ferida na pele sobre a lesão que pode ser produzida pelo osso ou
por objeto penetrante.
b. Fechadas - a pele sobre a fratura está intacta.
As fraturas são encontradas em traumas.
As fechadas são de pouca gravidade, mas em alguns casos causam
choque hemorrágico, danos vasculares e neurológicos, dor local e
deformidade anatômica.
87

c. - Edema e hematoma.
d. - Incapacidade funcional e mobilidade anormal.

Luxações: lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõe uma


articulação é deslocada de seu lugar. A lesão dos tecidos pode ser muito grave,
afetando vasos sanguíneos, nervos e a cápsula articular.
Ocorre com maior frequência em dedos e ombro.

a. Entorses: São lesões nos ligamentos. Podem ser de grau mínimo ou com-
plexo, com ruptura completa do ligamento. Ocorre com maior frequência nos
tornozelos, joelhos e punhos.
b. Distensões: Lesões nos músculos ou seus tendões. Geralmente são
causadas por hiperextensão ou por contrações violentas. Pode ocorrer
ruptura do tendão.

ANOTAÇÕES

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Imagem 55: Ilustração de TIPOS DE FRATURAS MEMBROS INFERIORES

Imagem 56: NOMENCLATURA DOS OSSOS DO CORPO HUMANO.


89

14. POR COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS E DAS LUXAÇÕES:

a. Lesão Vascular: Algumas fraturas, como as de fêmur e bacia, podem


produzir hemorragias graves levando ao choque hemorrágico.
b. Lesão Nervosa: Pode complicar as fraturas e as luxações. Os sintomas
são: dor, sensação anormal, perda da sensibilidade (anestesia) e/ou dos
movimentos (paralisia) que pode ser completa.
c. Infecção: O socorrista não deve tentar efetuar a limpeza da superfície de
ossos expostos

15. POR CONDUTA:


a. Exame primário - ABC da vida.
b. Em pacientes com risco de vida iminente, não imobilize as extremidades.
c. Transporte o paciente alinhado sobre prancha longa ou objeto similar
(prancha de Surf).
d. A prioridade no tratamento de fraturas é: Coluna vertebral / face, arcos
costais e esterno / crânio / pelve / pernas / braços.
e. A maioria das lesões ósteoarticulares não causa riscos imediatos de vida,
sendo avaliadas durante o exame secundário. No entanto, frequentemente
são as lesões mais evidentes no politraumatizado, desviando a atenção do
socorrista de lesões ocultas, mais graves.
f. Toda lesão de extremidades deve ser imobilizada antes do paciente ser
movimentado, a menos que as condições locais ofereçam risco de vida
para o socorrista ou para a vítima.

Muitas vezes é impossível diferenciar entre os diversos tipos de


lesões no ambiente pré-hospitalar. Na dúvida, imobilize.

16. POR PRINCÍPIOS BÁSICOS DE IMOBILIZAÇÃO:


a. Descubra a lesão cortando a roupa e inspecione o segmento afetado,
observando feridas abertas, deformidades, edemas e hematomas. Sempre
compare uma extremidade com a outra.
b. Remova anéis e braceletes que podem comprometer a vascularização. Em
extremidades edemaciadas (inchadas) é necessário cortá-los com
instrumento apropriado. Em caso de lesões em membros inferiores devem-se
retirar sapatos e meias.
90

c. Cubra lesões abertas com bandagens estéreis ou panos limpos, antes de


aplicar a tala.
d. Coloque as extremidades em posição anatômica e alinhada. Se houver
resistência imobilize-as na posição encontrada. Aplique a tala imobilizando
com as mãos o segmento lesado de modo a minimizar movimentos do
membro, até que a tala esteja colocada.
e. Verifique o pulso arterial distal à fratura, e teste a sensibilidade e
movimentação de dedos antes e depois da imobilização. Caso os pulsos
desapareçam depois da imobilização retire o imobilizador, realinhe e
reimobilize. No membro inferior, palpe o pulso pedioso; no membro superior,
o pulso radial.
f. Imobilize o membro cobrindo uma articulação acima e abaixo da lesão. A
imobilização alivia a dor, produz hemostasia (controle da hemorragia) e
diminui a lesão tecidual.
g. Acolchoe imobilizadores rígidos para evitar ferimentos em pontos de pressão.
h. Não reduza fraturas ou luxações no ambiente pré-hospitalar.
i. Aplique bolsa de gelo somente em lesão sem fratura - isto reduz a dor e o
edema. Não permita que o paciente ande com lesões em membros
inferiores.

Se possível, eleve a extremidade após o procedimento.

17. POR TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE):

a. O TCE é causa importante de morte nos traumas.


b. O Traumatismo Raqui-Medular (TRM) ocorre em 5 a 10% dos casos de
TCE.
c. 70% das vítimas de acidentes automobilísticos apresentam TCE.
d. Os traumatismos da cabeça podem envolver o couro cabeludo, crânio e
encéfalo, isoladamente ou em qualquer combinação.
e. Trauma com sonolência, confusão, agitação ou inconsciência de curta ou
longa duração, pensar em TCE.

18. POR LESÕES DE COURO CABELUDO:


I. Podem causar hemorragia devido a intensa
quantidade de vasos nesta região. Abordagem da
Vítima:
a. Exame Primário - ABC da vida.
b. Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a
c. cabeça e o pescoço.
91

d. Controlar hemorragias.
e. Exame Secundário: consciência - AVDI

II. Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical, em pacientes


com Traumatismo Crânio-Encefálico - TCE.
a. Sangramento Via Nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia) geralmente é
sinônimo de TCE.
b. Nos casos onde ocorram vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o
decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da coluna cervical.

19. POR TRAUMA RAQUI-MEDULAR (TRM):


a. Lesão da coluna vertebral ou medula espinhal.
b. A coluna cervical é o local mais comum de TRM.
c. As causas mais comuns de TRAUMA RAQUI-MEDULAR -TRM
são:
I. Quedas.
II. Mergulho em água rasa.
III. Acidentes de motocicleta
e automóvel.
IV. Esportes.
V. Acidentes por arma de
fogo.

d. Mecanismos possíveis de lesão raqui-medular: hiperextensão,


hiperflexão, compressão, rotação, torção lateral, tração.
e. A coluna tem a função de sustentar o corpo e proteger, no seu
interior, a medula espinhal que liga o cérebro aos órgãos através de
nervos.
f. 10% das lesões medulares ocorrem por manipulação incorreta das
vítimas de trauma, por socorristas ou pessoal não habilitado.
g. Lembre-se que 17% dos pacientes com lesões de coluna foram
encontrados andando na cena do trauma ou foram ao hospital por
seus próprios meios.
h. Sempre imobilize.
92

Imagem 57: IMOBILIZAÇÃO MEDULAR.

20. POR SUSPEITAR DE TRAUMA RAQUI-MEDULAR - TRM, NOS


SEGUINTES CASOS:
a. Mecanismo de lesão sugestivo (causas de TRM), mesmo sem
sintomas.
b. Vítimas inconscientes que sofreram algum tipo de trauma.
c. Dor em qualquer região da coluna vertebral.
d. Traumatismo facial grave ou traumatismo de crânio fechado.
e. "Formigamento" (anestesia) ou paralisia de qualquer parte do corpo
abaixo do pescoço.
f. Priapismo (enrijecimento do pênis de forma involuntária).
g. Mergulho em água rasa.

21. POR CUIDADOS NO TRAUMA RAQUI-MEDULAR -TRM:


a. Exame primário - ABC da vida.
b. Imobilize a cabeça/pescoço em posição neutra, com colar cervical ou
com as mãos.
c. Remova o capacete em caso de parada cardíaca ou insuficiência
respiratória.
d. Não mova o paciente a menos que seja necessário. Caso tenha que
movê-lo utilize a técnica em monobloco.
e. Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical em pacientes com
TCE.
f. A proteção da coluna cervical deve ser uma das prioridades do
tratamento pré-hospitalar, a não ser que outra situação esteja
produzindo risco de vida iminente.
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ANOTAÇÕES
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___________________________________________________________________
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22. POR EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO


CERVICAL:
Colar Cervical -Técnica de aplicação:
I. Alinhe a cabeça e o pescoço do paciente, se não houver
resistência ou dor, e mantenha a estabilização manual.
II. O outro guarda-vidas aplica o colar ao pescoço da vítima.
III. O paciente lúcido deve ser alertado contra o risco de
movimentar-se.
IV. Mantenha a imobilização manual mesmo com o colar
aplicado. Improvisação: cobertor ou camisa e cintos.
V. Imobilizador de cabeça - dispositivo para impedir os
movimentos laterais da coluna. São dois anteparos de
espuma que são fixados à prancha longa através de um
velcro. Improvisação: sacos de areia, tijolos ou anteparos
que impeçam os movimentos laterais da cabeça.

Imagem 58: IMOBILIZAÇÃO CERVICAL.

23. POR TRAUMA OCULAR:


a. Causas: corpos estranhos; queimaduras, luminosidade excessiva, agente
químico, lacerações e contusões;
b. Em traumatismos pode haver exteriorização do globo ocular;
c. Sinais e sintomas: Dor, irritação, ardência, visão turva, feridas abertas,
objetos estranhos.
95

24. POR CONDUTA PRÉ-HOSPITALAR:


a. Exame primário - ABC da vida;
b. Fazer irrigação ocular com soro fisiológico ou água durante vários minutos,
em caso de lesão por agentes químicos ou na presença de corpos
estranhos;
c. Não utilizar medicamentos tópicos (colírios ou anestésicos) sem prescrição;
d. Não removaer objetos empalados. Estabilize-os com curativo apropriado;
e. Ocluir os dois olhos com gaze umedecida, mesmo em lesões de um olho;
f. Em caso de exteriorização do globo ocular, não tentar recolocá-lo. Efetue a
oclusão ocular bilateral;
g. Não remover lentes de
contato.

25. POR TRAUMA DE NARIZ:


Os traumas do nariz levam geralmente a um sangramento leve.
I. - Coloque a vítima sentada com a cabeça para frente.
II. - Comprima ambas as narinas no ponto de inserção das asas do
nariz.

Em caso do sangramento não parar:


I. Aplique gelo no local de compressão, ou comprima o lábio superior
imediatamente abaixo do nariz.
II. Ao cessar o sangramento, peça à vítima
para:
a. Não assoar o nariz ou espirrar;
b. Após algumas horas, colocar gentilmente um pouco de
vaselina no nariz afetado;

Você deve levar a vítima ao hospital se:


a. O sangramento recomeçar.
b. Houver inconsciência - Coloque a vítima em posição lateral de
segurança e leve-a ao hospital.

Se houver um objeto estranho (inseto e outros):


a. Retire somente se estiver ao seu
alcance.
b. Se não estiver, não introduza pinças ou dedos - Leve a vítima ao
hospital.
96

26. POR TRAUMA DA BOCA:


Os traumas na boca levam geralmente a um sangramento.
I. Coloque a vítima sentada com a cabeça ligeiramente para frente, se não hou-
ver suspeita de trauma de crânio ou de coluna. Isto permitirá que o sangue
saia da boca.
II. Lábio - coloque algumas gazes enroladas, ou pano limpo, entre o lábio e a
gengiva.
III. Língua - Aplique pressão direta ou coloque gelo.
IV. Coloque uma gaze enrolada ou pano limpo no local do dente, e peça à
vítima para morder suavemente.
V. Se houver queda de dente:
a. - Coloque o dente em leite ou água.
b. - O dente só deve ser colocado no local de onde saiu, se a
vítima não for criança ou se não houver sangramento
importante.
c. A vitima é levada ao dentista para reimplantar o dente,
somente nos casos em que não houver outras prioridades. O
dente deve ser reimplantado em menos de 1 hora.
d. Se a vítima estiver inconsciente:
i. Coloque-a em posição lateral de segurança.
ii. Solicite à vítima que evite engolir o sangue, já que ele
produz náuseas.

27. POR TRAUMA DE ORELHA - PAVILHÃO AUDITIVO:


I. Se houver sangramento, realizar compressão local e ver se o sangramento é
interno.
II. Se houver objetos estranhos (insetos e outros) retirar somente se estiver ao
seu alcance. Se não estiver, não introduza pinças ou dedo, e leve a vítima ao
hospital.

28. POR TRAUMA DE TÓRAX:


a. O tórax contém estruturas vitais como coração, pulmões e vários vasos
sanguíneos importantes.
b. As lesões mais comuns são as contusões, fraturas de costelas e esterno e
as feridas penetrantes.
c. Os fatores críticos são: hemorragias graves, distúrbios respiratório e cardíaco.
d. Conduta
I. Exame primário - ABC
da vida.
II.Imobilizar o braço correspondente ao lado da lesão sobre as costelas
97

fraturadas.
III.Feridas abertas devem ser cobertas com curativo oclusivo
impermeável, de modo a deixar três bordas vedadas, para
impossibilitar a entrada de ar, e uma livre, para permitir a saída.
IV. Não retire objetos empalados e sim os estabilize na situação em
que forem encontrados.
V. Trate o choque se
houver.
VI. Administre oxigênio sob máscara a 15
litros/min.
VII. Tome cuidado para que curativos e imobilizações não restrinjam a
expansão do tórax.
VIII.- Transportar o paciente, se possível, em posição lateral sobre o
tórax lesado.

29. POR TRAUMA ABDOMINAL:


I. Pode apresentar hemorragia interna
severa.
II. Os traumas abdominais podem
ser:

a. Fechado - causa danos às vísceras, sem que haja penetração


da cavidade abdominal.
b. Aberto ou penetrante - expõe vísceras ou
sangramentos externos.

III. A complicação mais temida é a hemorragia interna, que pode


produzir o choque, em curto espaço de tempo.

30. POR SITUAÇÕES PEGUE/REMOVA RÁPIDO (load and go):


I. São situações onde o exame primário (ABC) mostra que a vítima está em
risco iminente de morte e deve ser removida imediatamente em ambulância,
para atendimento de Suporte Avançado de Vida, em hospital.
II. PCR sem resposta.
III. Obstrução de vias aéreas que não pode ser removida de forma mecânica.
IV. Condições que impeçam de respirar como: tórax aberto, tórax instável,
pneumotórax hipertensivo e sangramento pulmonar volumoso.
V. Choque.
98

31. POR RESGATE E TRANSPORTE:


I. Se possível, não transporte a vítima e aguarde o socorro médico.
II. Em situações de risco iminente para o socorrista ou para a vítima,
transporte-a rapidamente para lugar seguro.
III. Se os métodos de transporte são precários e podem agravar lesões
existentes, devem ser reservados para situações especiais ou transportes de
curta distância.
IV. A presença de riscos no local, número de pessoas disponíveis, diagnóstico
do paciente e o local do acidente influenciam no tipo de transporte.
V. A vítima deve ser estabilizada e imobilizada antes do transporte,
preferivelmente por equipe especializada, para não provocar lesões
adicionais ao paciente. ° Os movimentos devem ser sempre em conjunto
com o outro socorrista.
VI. Transporte rapidamente quando houver:
a. Perigo de incêndio, explosão ou desabamento.
b. Presença de ameaça ambiental ou materiais perigosos.
c. Impossibilidade de proteger a cena do acidente.
d. Impossibilidade de obter acesso ao paciente que necessita
cuidados de emergência. °
e. Situação "pegue e remova rápido a vítima" - situação load and
go.

32. POR TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA:


Técnicas com 01 (um) Socorrista:
- Pacientes capazes de andar.

Apoio Lateral Simples:


- Pacientes que não podem andar

1) Arrastamento pela Roupa


2) Arrastamento por Cobertor
3) Transporte tipo Bombeiro

Técnicas com 2 (dois) ou mais Socorristas:


- Vítima que pode andar - Apoio Lateral Simples
99

Vítima que não pode andar - Consciente


1) Transporte pelas Extremidades
2) Transporte em Cadeirinha

Vítimas Inconscientes
1) Elevação em Braço
2) Elevação Manual Direta

33. POR EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE:


I. Padiola
II. Prancha Longa:
a. - É o equipamento indicado para remover pacientes
politraumatizados.
b. - Rolamento de 90 graus: Utilizado para vítimas em decúbito dorsal.
c. - Rolamento de 180 graus: Empregado para vítimas encontradas em
decúbito ventral.
d. - Elevação a Cavaleiro: Indicada em vítimas encontradas em decúbito
dorsal.

Imagem 59: PRANCHA LONGA.

34. POR IMPROVISAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:


I. Improvisação de prancha longa: porta, prancha de surf, ou uma tábua longa
e resistente.
II. Improvisação de maca ou padiola: cabos de vassoura, cobertores, paletós,
camisas, cordas, lonas, sacos de pano.
100

35. POR SELEÇÃO DO MÉTODO APROPRIADO PARA TRANSPORTE:


I. Transporte por equipe especializada, sempre que possível, em
ambulância.
II. Nos casos especiais em que não houver ambulância disponível: utilizar
veículos grandes como caminhonetes, ônibus ou caminhões para que se
possa deitar a vítima.
III. Dirija com segurança para evitar acidentes.

36. POR POSIÇÃO DO PACIENTE DURANTE O TRANSPORTE:


Pacientes Não Traumáticos
a. - Choque, com falta de ar: Semissentados.
b. - Choque: Decúbito dorsal com as extremidades inferiores
elevadas. - Inconsciente: Decúbito lateral esquerdo para prevenir
a aspiração.
c. - Gestantes: Decúbito lateral esquerdo, em posição de permitir assistência
ao parto.

Pacientes traumatizados
- Decúbito dorsal sobre a prancha longa.

ANOTAÇÕES
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Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Quantos e quais são os tipos de sangramento?


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2) Sobre as feridas, quais os tipos?


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________________________________________________________________
_______________________________________________________________ ___

3) O que é amputação traumática?


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4) Em caso de empalhamento, quais devem ser as primeiras providências?


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_____________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________
__________________________________________________________
102

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO- (... pontos?)

1) Quando o assunto é queda, o que devemos avaliar?:


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2) Quais os tipos de complicação das fraturas e luxações?


LESÃO VASCULAR _____________________________________________________
_______________________________________________________________ _____

LESÃO NERVOSA: ___________________________________________________


____________________________________________________________
INFECÇÃO:__________________________________________________
____________________________________________________________

3) O que você entende por trauma raqui-medular?


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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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103

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

ESTUDO DE CASO

João estava no canteiro de obras e sofre um acidente de trabalho: Uma ripa de


madeira acertou seu nariz e está sangrando em abundância. Com os conhecimentos
aprendidos no Curso de Primeiros Socorros, o que deve ser feito? Leve em
consideração que o sangramento não quer parar.

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104

9 – TRATAMENTO DOS LIXOS SÓLIDOS

O lixo sólido que é lançado em terrenos baldios e em lixões é responsável por diversas
doenças. O lixo, em épocas de chuvas, é carreado para a rede pluvial, ocorrendo o
entupimento da mesma, provocando as enchentes, que trazem inúmeros estragos para
a população, tanto material como para a saúde.

Grande parte desses problemas pode ser resolvida através de serviço de coleta, limpeza
dos logradouros, coleta seletiva, reciclagem e instalação de aterro sanitário. Com o uso
da classificação de resíduos sólidos, principalmente na construção civil, tende a diminuir
o impacto causado à natureza decorrente da má acomodação destes materiais.

Resíduos sólidos: São materiais resultantes de processos de produção, transformação,


utilização ou consumo, por atividades humanas, de animais ou resultantes de
fenômenos naturais. Sua destinação deverá ser ambiental e sanitariamente adequada.

Resíduos da construção civil (RCC): São os provenientes de construções, reformas,


reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terreno, tais como: Tijolos, blocos, cerâmicas, concreto em geral, solos,
rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeira, tubulações, plásticos etc. Comumente,
são chamados de entulhos de obras.

Imagem 60: Coleta seletiva de resíduos sólidos em canteiros de obras


105

Hoje a maioria das construtoras, preocupadas com a degradação da natureza, já opta


por classificar os resíduos de acordo com seu uso. Os resíduos foram designados em
classes, diferentes para cada produto específico. São elas:

Classificação e destinação

• Classe A – alvenaria, concreto, argamassas e solos. Destinação:


reutilização ou reciclagem, sob a forma de agregados, ou sua
deposição em aterros licenciados.
• Classe B – madeira, metal, plástico e papel. Destinação: reutilização,
reciclagem ou armazenamento temporário.

• Classe C – produtos sem tecnologia disponível para recuperação


(gesso, por exemplo). Destinação: conforme norma técnica específica
– NBR ...?

• Classe D – resíduos perigosos (tintas, óleos, solventes etc.),


conforme a NBR 10004:2004 (Resíduos Sólidos – Classificação).
Destinação: conforme norma técnica específica.

Especificações técnicas dos dispositivos e acessórios

a) Bombona: recipiente com capacidade para 50 litros ou mais, com diâmetro


superior de aproximadamente 35 cm.

Imagem 61: Bombonas de coleta seletiva


106

Após o corte da parte superior, exigir do fornecedor a lavagem e a limpeza do interior


das bombonas, mesmo que sejam cortadas apenas na obra.

b) Bag: recipiente com dimensões aproximadas de 0,90 x 0,90 x 1,20 metros, sem
válvula de escape fechado em sua parte inferior, dotado de saia e fita para
fechamento, com quatro alças que permitem sua colocação em suporte para
mantê-lo completamente aberto enquanto não estiver cheio.

Imagem 62: Bag

c) Baia: recipiente confeccionado em chapas ou placas, em madeira, metal ou


tela, nas dimensões convenientes ao armazenamento de cada tipo de resíduo.
Em alguns casos, a baia é formada apenas por placas laterais delimitadoras e,
em outros casos, há a necessidade de se criar um recipiente estilo “caixa”, sem
tampa.
107

Imagem 63: Baias de resíduos

d) Caçamba estacionária (contêiner): recipiente confeccionado com chapas


metálicas reforçadas e com capacidade para armazenagem em torno de 4 m3. A
fabricação deste dispositivo deve atender às normas ABNT. (Corrigir a grafia do
metro cúbico)

Imagem 64: Contêiner de resíduos

e) Etiquetas adesivas: tamanho A4-ABNT com cores e tonalidades de acordo com


o padrão utilizado para a identificação de resíduos em coleta seletiva.
108

Imagem 65: Etiquetas de resíduos.

Dados do IBGE de 1999 mostram que 79.9% dos domicílios apresentam coleta de lixo e
que dados de 1990, 75% eram estocados em lixões.

ANOTAÇÕES

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109

Exercícios de fixação

1. Com suas palavras defina ETA e ETE.


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2. Para uma boa preservação do meio ambiente e até mesmo a redução de
desperdício na construção civil, os resíduos são separados. De acordo com o
texto como se classificam os resíduos sólidos?
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3. Na empresa em que você trabalha, ou já trabalhou, deve haver algum
dispositivo para colocação de entulho. Descreva em qual se enquadra, dos
citados acima.
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4. Aula prática; aproveitando os ambientes das salas de práticas, dentro da
unidade, realizar separação por classe dos resíduos sólidos existentes,
classificando-os de acordo com a seleção de resíduos sólidos..
110

MÓDULO III

Instalador de
Pisos e Azulejos

 Organização do Processo de Trabalho;


 Perfil Profissional do Aluno Egresso;
 Fundamentos e Noções de Ética Profissional;
 Noções de Marketing Profissional.
111

10. ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO.

É também objetivo deste Curso prepará-lo para fazer leitura de Croquis/


Projetos, plantas baixas, esquemas, especificações técnicas, reconhecimento de
matérias de revestimentos e suas aplicações; colaborar na descarga,
acondicionamento e armazenamento dos materiais de forma adequada e, conforme a
sua classificação (porcelanatos, cerâmicas, azulejos), bem como cotá-los.
Também, você estará capacitado a efetuar medições, cortar peças de acordo
com as indicações técnicas do projeto, marcar os pontos de referências no local a
ser revestido, considerando sua forma e dimensão especificadas no projeto, além de
tornar-se apto ao total aproveitamento dos materiais.
O aluno terá, ainda, noções da Norma de Segurança no Trabalho e de Primeiro
Socorros, em caso de acidentes no canteiro de obras.

10.1 . Perfil profissional do aluno egresso.

Caro aluno, ao final deste Curso você estará apto a trabalhar como autônomo,
ou em empresas da construção civil, como INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS,
realizando revestimentos cerâmicos tais como pisos e azulejos em paredes.
É fato que bons profissionais são bem remunerados. Portanto, não se esqueça
nunca de aprimorar a cada dia o seu MARKETING PESSOAL, pois ele conta muitos
pontos Lembre-se: a primeira impressão é a que fica. Por isto tenha sempre à mão
o seu cartão de visitas, e use seu jaleco branco para fazer os orçamentos. Nunca se
esqueça do seu propé, aquela proteção para o calçado. São pequenas dicas que
ajudam bastante. Não esqueça de participar das palestras para encaminhamento ao
mercado de trabalho.
O curso de Instalador de Pisos e Azulejos abordará os procedimentos que
devem ser utilizados na execução de obras, obedecendo e fazendo obedecer às
Normas Vigentes, bem como às Normas Reguladoras (NRs), à Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) e às conformidades das ISOs 15.
15
A Organização Internacional para Padronização ou Organização Internacional de Normalização  (em inglês:International Organization for Standardization;
em francês: L'Organisation internationale de normalisation), popularmente conhecida como ISO1 é uma entidade que congrega os grémios de
padronização/normalização de 170 países.

Fundada em 23 de fevereiro de 1947, em Genebra, na Suíça, a ISO aprova normas internacionais em todos os campos técnicos.
112

Este Curso lhe propiciará a execução de trabalhos de fino acabamento em geral,


interno e externo, de obra civil. Bo entanto, é preciso perseverar e ter muita força de
vontade para superar os momentos difíceis. Não desista do seu curso, e lembre-se:
QUALIFIQUE-SE SEMPRE!
Em caso de dúvidas, no território nacional, é recomendado consultar as Normas
vigentes locais e as emitidas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas,
além das literaturas técnicas especializadas.

O perfil profissional do REVESTIDOR DE PISOS E AZULEJOS

1. Organização do Processo de Trabalho, Apresentação Pessoal e


comportamental.
2. Perfil do Profissional da Área de Revestimentos/ Pisos, Azulejos e Porcelanatos
em Geral.
3. Objetivos do Curso Profissional da Área de Revestimentos:
I. Contribuir para a melhoria e qualidade dos serviços de elaboração e
aplicações de revestimentos, pela introdução e aplicação de aparatos
que melhoram a qualidade do acabamento final, como pastilhas em
geral e fachadas, abordando tudo que for pertinente a acabamento
final, em canteiro de obras, tanto para a área privada como para a área
comercial/industrial, da construção civil, facilitando o desempenho de
sua profissão seja como autônomo ou com vínculos empregatícios.
II. Qualificar o oficial em assentamentos de revestimentos, conferindo-lhe
o perfil de competências exigido pelo mercado da construção civil, e
dando-lhe conhecimento dos amparos legais para sua profissão,
baseados na legislação, bem como das Normas
Regulamentadoras(NRs) e das Normas Brasileiras Regulamentadoras
(NBRs), com especial enfoque às ISO's conquistadas por
determinadas empresas.

Um grande percentual de profissionais capacitados na área de REVESTIMENTO


DE PISOS E AZULEJOS trabalha como autônomo ou na construção civil como
funcionários de pequenas, médias ou grandes empresas. Profissionais da área,
113

muitas vezes, desconhecem, e se perdem entre serviços de construções antigas ou


até mesmo atuais, sem noção do que estão fazendo e sem iniciativa para a execução
de simples tarefas.
Alguns oficiais, aprendizes e práticos existem, sem noções teóricas, e vêm
continuamente buscando conhecimentos e informações para se atualizarem e se
capacitarem para conseguirem melhores condições de trabalho, a fim de
proporcionar para seus familiares bem-estar e melhores condições de vida. E além
disto, adquirirem mais eficiência no exercício de suas atividades profissionais.
Com vistas nessa necessidade de mercado, a ESCOLA CONCRETTA, com seu
domínio técnico e pedagógico, busca na implantação de cursos profissionalizantes,
implantar uma técnica de ensino inovadora, agregando valor ao conhecimento
pregresso do aluno, delegando informações de nível técnico profissionalizante, e
intermediando, qualificando e profissionalizando, tanto os leigos quanto os
profissionais, não formais, ou seja, sem uma qualificação técnica na área.
A preocupação com a qualificação na área da construção civil, em especial na
área de INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS com aplicações e acabamentos com
formas arquitetônicas especiais, vem crescendo de mãos dadas com o Brasil. A
implantação de um programa de ensino e de aprimoramento é de suma importância.
Tornaram-se relevantes, também, as necessidades pessoais, empresariais e
governamentais, que serão doravante o foco da formação do profissional integrado à
Construção Civil.
No Brasil, o próprio mercado, necessita de profissionais com formação na área
da aplicação de revestimentos para as seguintes funções:
I. Azulejistas;
II. Aplicadores de cerâmicas e pisos frios;
III. Assentadores de porcelanatos em geral;
IV. Pedreiro azulejistas de frente de trabalho;
V. Supervisores e/ou encarregados de acabamento final;
VI. Mestres e Contramestres, exímios em aplicação de revestimentos
em geral.
114

Imagem 66: Instalador de Pisos e Azulejos

11. FUNDAMENTOS E NOÇÕES DE ÉTICA PROFISSIONAL

A Ética é um conjunto dos princípios morais fundamentais sobre o que é certo


ou errado, dentro da sociedade, e é a maneira pela qual o ser humano se conduz no
desempenho de suas funções profissionais, obedecendo aos princípios que regem a
moral, o respeito, o conhecimento, o sigilo profissional, o relacionamento e a caridade
humana.

MORAL

I. Diz respeito às atividades humanas do ponto de vista do bem e do mal, do


certo/errado, do correto/incorreto;
II. Refere-se à capacidade e ao livre arbítrio;
III. A moral nos
orienta conforme regras de condutas, em relação aos outros.
115

CONDUTA ÉTICA

Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é,
aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido,
virtude e vício.

O Profissional deve:

I. Cuidar de sua apresentação pessoal. Por isto seu uniforme deverá estar
sempre limpo, quando for apresentar um orçamento na casa do cliente;
II. Comunicar-se corretamente, sem gírias ou outros vícios de linguagem;

III. Aprender a ouvir os outros, principalmente o cliente, pois o trabalho deve ser
desenvolvidoconforme ele deseja, mas sempre alertando das
incompatibilidades;
IV. Melhorar o vocabulário;
V. Nunca insultar ou gritar;
VI. Evitar violência;
VII. Oferecer informações (o bom profissional deve ser prestativo);
VIII. Praticar a Ética Profissional.

Princípios da Ética Profissional

I. Honestidade, enquanto ser humano e profissional;


II. Perseverança na busca de seus objetivos e metas;
III. Conhecimento Geral e Profissional para oferecer segurança na execução
das atividades
profissionais;
IV. Responsabilidade na execução de qualquer tarefa;
V. Iniciativa para solucionar as questões apresentadas;
VI. Imparcialidade na execução do trabalho;
VII. Apresentação de resultados e sugestões;

VIII. Atualização profissional constante e contínua;


IX. Aprender a trabalhar em Grupo de modo que seja construído um espírito de
equipe;
X. Eficiência: fazer um trabalho correto, com menos erros possíveis e de boa
qualidade técnica;
XI. Eficácia: fazer um trabalho que atinja totalmente o resultado esperado;
XII. Ambição: busca de crescimento pessoal e profissional;
116

XIII. Controle emocional nos relacionamentos, pessoal e profissional, para que


ocorra a administração de conflitos;
XIV. Relacionamento Interpessoal baseado na compreensão, ajuda mútua, respeito
e consideração.

Ao Comunicar-se o profissional deve:


I. Chamar o outro pelo nome;
II. Usar linguagem clara que facilite a compreensão;
III. Falar pausadamente, em tom normal e com cordialidade;
IV. Perguntar objetivamente e com
clareza;
V. Ouvir as respostas com atenção e sem fazer
interrupções;
VI. Sintetizar o que ouviu;
VII. Dar respostas adequadas às perguntas do
interlocutor;
VIII. Olhar nos olhos, braços soltos, movimentos leves com as mãos;
IX. Ao lidar com público, manter um sorriso cordial.

ANOTAÇÕES
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___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
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117

12. NOÇÕES DE MARKETING PROFISSIONAL

"A imagem que uma pessoa


constrói ao longo da
sua vida profissional
está diretamente relacionada
com seu comportamento
no ambiente de
trabalho."16

A etiqueta pessoal nos fornece ótimos elementos para aprimorarmos o nosso


marketing pessoal e profissional, e serão de grande ajuda no trato do dia a dia com
superiores hierárquicos ou cliente. Tenha em mente que ela servirá de parâmetro para
você.
As pessoas de cargos menos importantes são apresentadas às pessoas de
cargos superiores, às quais cabe a iniciativa do cumprimento. Se você estiver sentado e
for homem, levante-se sempre que for apresentado a alguém. As mulheres só devem se
levantar para cumprimentar outras mulheres de mais idade ou pessoas de alta
hierarquia.

1. Aperto de mão.
O aperto de mão é o tipo de cumprimento mais adequado, qualquer que seja a
situação, e deve ser usado por homens e mulheres. O aperto deve ser firme, mas
não a ponto de machucar. Ao apertar a mão, olhe sempre nos olhos do
interlocutor. Não se deve estender a mão a alguém que está à mesa de refeições.
Nesse caso, um aceno com a cabeça ou um cumprimento verbal é suficiente.

2. Cordialidade, sim. Intimidade, não.

Evite nas relações profissionais chamar as pessoas de "querida", "meu bem",


"amor" e todas as variações do gênero (proíba a sua secretária de fazer o mesmo
ao telefone).

Não fale pegando nas pessoas. Mantenha uma distância razoável, não grite nem
gesticule demais.
16
http://www.dpe.ma.gov.br/dpema/documentos/gespublica/ETIQUETA_NO_TRABALHO.pdf
118

Bom-dia, boa-tarde, boa-noite, obrigado(a) e por favor são palavras obrigatórias e


devem ser sempre dirigidas a qualquer pessoa, em qualquer ocasião. Do porteiro
do escritório ao presidente da empresa.

3. O bom relacionamento profissional


I.Fale com todos, cumprimente todo mundo. Nada mais antipático do que aquele
profissional que ignora os subordinados e só cumprimenta os superiores. "Bom
Dia", "Por Favor" e "Obrigado" são obrigatórios no relacionamento diário com
todos os colegas de trabalho, do ascensorista ao presidente da empresa.

II. Se alguém lhe pedir um pequeno favor, uma ajuda no trabalho, e você puder
atender, faça. A boa convivência no dia a dia do trabalho depende muito da
reciprocidade entre as pessoas. Se você ajudar com boa vontade, seus colegas
tenderão a retribuir quando você precisar.

III. Procure falar sempre a verdade. Mesmo as chamadas "mentiras brancas" podem
complicar sua imagem profissional. Se precisar faltar, por exemplo, em razão de
algum motivo pessoal, conte a verdade ao seu chefe e não invente doenças ou
lutos. Quando descoberta, mesmo sendo uma pequena mentira, pode causar
grandes estragos.

IV. Se você precisar criticar ou repreender alguém, sobretudo se for um subordinado,


evite fazê-lo na frente dos outros. Chame a pessoa na sua sala ou a algum lugar
privado e converse objetivamente sobre a falha. Não misture críticas profissionais
com pessoais. Não agrida ou insulte o interlocutor com palavras grosseiras ou
rudes. Siga a regra universal: elogios públicos, críticas privadas.

4. Vestir-se bem : Trajes de trabalho masculinos

Cuidando da imagem profissional

I. Saiba diferenciar as roupas adequadas para o trabalho e para visitas de


orçamento ou visitas técnicas.
II. Utilize sempre que possível o jaleco, pois dá um ar mais profissional.
119

III. Para o trabalho a roupa pode está manchada de tinta, no entanto, não é bem
vista se estiver suja.
IV. Utilize sempre uma proteção para os sapatos. O propé mostra respeito pela casa
do cliente e mostra organização e asseio por parte do profissional.
V. Tenha sempre à mão o seu cartão de visitas: nada mais chato do que anotar
contatos em papéis avulsos.
VI. Evite utilizar bermudas, camisetas regatas e sandálias de dedo para a execução
do trabalho, tanto para você quanto para os seus comandados.
VII. Utilize SEMPRE o seu EPI.

Imagem 67: Profissional utilizando seu jaleco: PROFISSIONALISMO.

Imagem 68: Propé

5. Vestir-se bem : Trajes de trabalho feminino


120

Cuidando da imagem profissional

I. Lição número um: ambiente de trabalho é sinônimo de discrição. Desta forma,


todos os excessos são proibidos, como: blusas, saias ou vestidos curtos demais,
coloridos demais, decotados demais, justos demais ou transparências de
qualquer tipo.

II. Cuidado com as cores berrantes e estampas exageradas.

III. Quando for visitar seus clientes, utilize jaleco. Isto demonstra profissionalismo.

IV. O estilo “perua” não combina com a sobriedade do ambiente de trabalho. Opte
por cores neutras e clássicas como o cinza, azul-marinho, preto, cáqui, branco e
bege.

V. Os acessórios complementam o visual, mas mantenha o cuidado com os


excessos. Dê preferência a brincos discretos. Saltos altos também devem ser
deixados de lado.

Imagem 69: Profissional vestindo seu jaleco.

EVITE DECOTES E TRANSPARÊNCIAS .


121

6. Para o bom prestigio profissional:


Evitar as gafes
I. Atrasos - se houvesse um ranking das atitudes mais desagradáveis no
ambiente de trabalho, os atrasos estariam concorrendo seriamente ao
título de campeão. A não ser que haja um motivo realmente sério ou um
imprevisto, é completamente injustificável atrasar-se em reuniões ou
encontros de negócios. A velha mania brasileira de nunca começar nada
na hora não deve ser tomada como desculpa. Chegue sempre na hora
marcada e, caso não consiga evitar o atraso, ligue avisando e
desculpando-se.

II. Celular - outro recordista em gafes. Seu uso indiscriminado demonstra a


mais elementar falta de educação. Deve-se desligar ou colocar no
silencioso o celular em visitas técnicas ou durante conversa com clientes e
empregadores. Em encontros e reuniões, ele também deve permanecer
mudo. Caso você esteja esperando uma ligação importante, avise ao seu
interlocutor e peça licença antes de atender. Fale baixo e principalmente
não demore.

III. Exageros - no ambiente de trabalho, bom senso é a palavra-chave. Evite


os exageros, seja no modo de vestir-se ou perfumar-se, na forma de se
relacionar com os colegas, na maneira de cobrar, criticar ou até mesmo
elogiar um integrante da equipe.

IV. Cigarro - mesmo que você esteja em um local para fumantes, sempre
pergunte aos seus acompanhantes se há algum problema em acender o
seu cigarro. Se, em visita técnica, os moradores não fumam ou mesmo que
fumem, tente segurar a vontade um pouco e deixar para mais tarde. Não
saia espalhando na casa ou pelo chão cinzas. Use sempre o cinzeiro.

V. Bebidas - parece um conselho óbvio, mas nunca beba no canteiro de


obras. Poucas coisas podem ser tão destrutivas para a imagem do
profissional quanto o hábito de misturar bebida e trabalho.
122

VI. Tratamento - a forma de tratamento em todos os casos de tratamento a


cliente, superiores e subordinados é o tratamento formal. Vamos deixar a
informalidade para momento de descontração e lazer. Para os homens, é
“senhor”; e, às mulheres é dispensado o “senhora”. Quando a pessoa a se
referir for criança ou adolescente tratar por “você”.
7. Etiqueta para comunicação via e-mail

Na sociedade em que vivemos, tudo o que está ligado à rapidez, praticidade e


comodidade é o que mais valoriza, pois o tempo se tornou escasso e as relações
presenciais diminuíram.
Para administrar melhor o tempo das pessoas, entram em cena os meios de
comunicação entre os indivíduos, como por exemplo, telefone, correio eletrônico,
mensagens instantâneas, entre outros. Dessa forma, o serviço é otimizado,
proporcionando tempo para as demais atividades.
O email hoje é uma das formas de comunicação interpessoal mais utilizadas em
nossa sociedade, para o envio de mensagens breves e simples. Por isto, antes de
enviar uma mensagem pelo correio eletrônico você deve avaliar as situações a seguir:

I. Use “senhor” ou “senhora”, não importa qual seja seu cargo ou o do seu
destinatário;
II. Em solicitações,adote o plural: “nós gostaríamos”, “nos solicitamos” etc., em
vez de “eu gostaria”;
III. A despedida deve ser sempre com “abraços”, “atenciosamente”, “saudações”,
nunca com “beijos”;
IV. Evite expressões de intimidade, do tipo “querida”, “gato”, “amados”, ou coisas do
gênero, em mensagens profissionais, mesmo que você seja íntimo do destinatário
da mensagem;
V. Fuja de convites de encontro a dois. Discrição é o segredo dos emails
profissionais;
VI. Tenha cuidado com os erros de português.
VII. Nas mensagens de texto de celular do tipo SMS, seja objetivo e tenha cuidado
com os erros de português.
123

Nome: ___________________________________________________

Turma:_______________________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - 05 pontos

1) Relembrando o que foi visto em INTRODUÇÃO À


ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO marque ( V )
VERDADEIRO ou ( F ) FALSO.

1. ( ) É objetivo deste curso preparar o aluno para fazer leitura simples


de croquis/projetos.
2. ( ) O aluno não será capaz de cortar cerâmicas, revestimentos e
porcelanatos.
3. ( ) O aluno terá noções de normas de segurança no trabalho.
4. ( ) O marketing pessoal não é muito importante, pois mais vale o serviço bem
feito.
5. ( ) O jaleco agrega valor ao profissional, em sua apresentação
pessoal.

2) Sobre as siglas marque a única opção correta,:


1. ( ) NR - Normas Brasilienses.
2. ( ) ISO - Organização Internacional para Padronização.
3. ( ) ABNT - Associação Brasileira de Nós Terrestres.

3) Sobre a etiqueta por email, assinale ( V ) Verdadeiro ou ( F ) Falso.

1. ( ) A informação na sociedade moderna é lenta.

2.( ) A mensagem, utilizando o correio eletrônico(email) ou mensagens de


texto de celular, deve ser objetiva.

3. ( ) Devemos Melhor: “podemos”) utilizar a linguagem informal com


gírias e palavrões.

4.( ) Devemos utilizar os pronomes “senhor, senhora” independente da


idade da pessoa.
124

Nome: ___________________________________________________

Turma:_______________________________________

ESTUDO DE CASO - 05 pontos

O estudo de caso é uma situação que pode acontecer com você no dia a dia do canteiro
de obras ou na condução de uma obra autônoma,.Leia a situação abaixo e escreva a
solução do problema.

Pedro é INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS e foi convidado a ir até a casa de um


cliente para fazer um orçamento de instalação de piso na cozinha da casa. Como deve
se vestir e o que deve levar para mostrar ao dono da casa que ele é profissional?
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Nome: ___________________________________________________

Turma:_______________________________________

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO - 10 pontos

Este exercício de avaliação, valerá 10 pontos, e será acrescido à sua nota.


Você deverá destacá-lo e entregá-lo ao seu professor. Não esqueça que
ele deve feito INDIVIDUALMENTE.

1) Quais os cuidados que o profissional deve ter com sua imagem


profissional? Explique com suas palavras.

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2) Cite pelo menos 3 gafes que não podem ocorrer no local de trabalho.
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3) Cite 3 princípios de ética profissional.


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
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126

MÓDULO IV

Instalador de
Pisos e Azulejos

 Competências e Habilidades;
 Formação Profissional;
 Gerenciamento de Mão de Obra
 Organização do Canteiro de Obras
127

13. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

O mundo moderno é extremamente competitivo e o profissional que trabalha em


qualquer segmento deve estar consciente de que ele não precisa só ser "bom" : ele tem
que ser o melhor dentro daquele segmento.
Assim, tanto a sua clientela, caso trabalhe como autônomo, quanto seu
empregador estarão permanentemente satisfeitos.

Imagem 70: Profissionais Trabalhando.

Qualifique-se sempre e não se contente em ser bom:seja o MELHOR

De inicio, é importante esclarecer que quando falamos sobre competência


estamos pensando na definição mais amplamente utilizada: "Conjunto de
conhecimentos, habilidades, comportamentos e aptidões que possibilitam maior
probabilidade de obtenção de sucesso na execução de determinadas atividades."
Este conceito está diretamente envolvido com o profissional ser capaz de fazer os
diversos processos que o INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS desenvolve.
128

Por exemplo:
1. Cálculos aritméticos;
2. Geometria.
3. Sistemas de unidade;
4. Cálculos de densidades;
5. Pesos.
6. Esboços;
7. Perspectivas;
8. Projeções ortogonais;
9. Interpretação em desenhos da construção civil.
10. Preservação do ambiente aplicada à construção civil;
11. Preservação do ambiente aplicada à profissão.
12. Tecnologia da construção civil;
13. Tecnologia dos materiais:
14. Origem;
15. Característica;
16. Aplicações.
17. Normalização e qualidade aplicadas à atividade;
18. Organização e produtividade no trabalho;
19. Segurança, higiene e saúde no trabalho, aplicadas à construção civil e à
profissão;

E importante aprofundar os conhecimentos também em:


1. Tipologia e utilização das máquinas , ferramentas e meios auxiliares
inerentes à profissão;
2. Desenho específico - interpretação de desenhos dimensionais;
3. Processos de execução, cálculos, recortes, correções e aplicações de
pisos, azulejos e porcelanatos em geral.
4. Interpretação de elementos do projeto, esquemas e outras especificações
técnicas;
5. Utilizar procedimentos de organização do posto de trabalho de acordo com
as atividades a serem desenvolvidas;
6. Interpretar elementos de projeto, esquemas e outras especificações
técnicas;
129

7. Identificar e caracterizar os materiais, as máquinas, as ferramentas e os


meios auxiliares adequados ao trabalho a realizar;
8. Utilizar as técnicas de execução de assentamento;
9. Utilizar as técnicas de marcação dos pontos de referência no local a ser
aplicado o revestimento.

Imagem 71:Ferramentais.

O profissional qualificado deverá:


- Saber, exatamente, qual equipamento servirá para realizar determinado serviço; e
- Usar corretamente as técnicas de regulamentação das máquinas de corte e de
perfuração de revestimentos em geral.
-Usar os métodos adequados para cortar e fazer o acabamento em pisos e
revestimentos;
- Proceder a recolha e acondicionamento dos desperdícios dos restos de
revestimentos.
O profissional do século XXI deve estar atento para as questões ambientais, não
deixando os restos de obras em terrenos baldios. Portanto,, ele deve aplicar técnicas,
métodos e cálculos, em geral, para medir a quantidade e avaliar o tipo de piso ou de
revestimento a ser utilizado, bem como identificar áreas disformes.
Ao fim deste Curso o aluno saberá executar com perfeição, o posicionamento e
130

a fixação dos revestimentos, utilizando as técnicas de preparação dos diversos tipos


de argamassa existentes no mercado, e indicar o que melhor se adequa para aquele
tipo de serviços, e ao finam fazer um bom rejuntamento e limpeza dos revestimentos
instalados.XXX

Imagem 72:Piso e revestimento assentado com técnica.

13.1. Formação profissional

A formação do profissional INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS é completa


e para isso, o profissional deve ter noção dos seguintes aspectos:

Domínio Sociocultural.

I. Desenvolvimento pessoal, profissional e social.


II. Segurança, higiene e saúde no trabalho.
III. Legislação laboral e da atividade profissional.
IV. Preservação do ambiente.
131

Domínio Científico e Tecnológico;


I. Noções de matemática;
II. Noções de física;
III. Noções de desenho técnico e específico;
IV. Noções de conservação de equipamentos;
V. Organização e produtividade no ambiente de trabalho;
VI. Técnicas de execução e de revestimento em geral.

13.2 O trabalho na construção civil

No canteiro de obras, o setor de acabamento final onde se encontram os


azulejistas aplicadores ou assentadores, é a oficina geral. Ali encontramos azulejos,
pisos comuns e porcelanatos,ara aplicação nos mais diversos trabalhos, quer sejam
mosaicos, desenhos diversos, aplicações em diagonal, transversal, amarrada,
alinhada etc.
.O profissional deve ter: noções de geometria e um vasto conhecimento de como
lidar com alinhamentos, prumos, esquadros, projetos estruturais e fazer leitura de
layouts diversos.
A especialidade abrange execução e, às vezes, até mesmo a elaboração teórica
de: aplicação de pisos em escadarias, paredes assimétricas (sem uma forma
determinada, formas circulares, contornos em portais e portas etc.).
A aplicação de azulejos e afins também se aplica a trabalhos ornamentais de
belíssimo gosto e técnica apurada. O trabalho em uma obra (Construção Civil)
envolve frequentemente a utilização de esforço físico e trabalhos ao ar livre, muitas
vezes ao sol, e por isto o profissional não pode descuidar do uso de protetor solar e
roupas apropriadas.

O Instalador de Pisos e Azulejos faz uso de várias ferramentas de trabalho, tais


como: a serra circular, serras manuais, trena, desempenadeiras, etc.
132

Imagem 73: Serra circular. Imagem 74:Serra manual.

Imagem 75: Trena

13.3. O gerenciamento de mão de obra

Administrar e gerenciar a mão-de-obra significa, entre outras coisas, que se não


fizer a coisa certa, estará com certeza jogando tempo e dinheiro no lixo. Um exemplo
simples corriqueiro na área dos serviços residenciais, principalmente:
"Estou com pressa em terminar este serviço, pois tenho outros clientes me
133

esperando. Mas não posso de deixar de fazê-lo bem feito e com cuidado por várias
razões: financeira, bom cliente, a ética, a palavra que foi empenhada (ou por contrato
assinado, etc). O que fazer?"
Com certeza,houve um erro, uma precipitação nos cálculos para concluir o
serviço. o que acontecerá?
Baseado nessas necessidades, o profissional começa a executar a obra às
pressas, sem observar a segurança e a economicidade, ou seja a economia na
utilização dos materiais, e começa a fazer o serviço "meia boca", pela metade ou mal
feito.
Tudo isto ocorre por ele não administrou bem a mão de obra em relação ao
fator tempo.
Assim, ele terminou o serviço "daquele jeito", e partiu para o outro. Nem é preciso
dizer que este cliente nunca mais o contratará para nada.
No dia seguinte o cliente do primeiro serviço liga dizendo: "Fulano, os azulejos da
cozinha estão desabando. Necessito de você aqui com urgência"

Pronto! Aí começa a dor de cabeça: justamente o cliente que foi indicado por um
amigo, e o pior: DESABANDO? Isto significa que ele vai prejuízos: de logística, de
combustível, de tempo, no material e na mão de obra; e mais: por ter sido dele a
falha e por ser ele "o profissional", irá repor TODO o material.Esta situação reduz o
prejuízo financeiro do cliente, no entanto, a dignidade do profissional está manchada
e a confiança do cliente também.
Portanto, melhor é:
I. Na hora de administrar o fator tempo, sempre adicione um percentual de 10%.
Agindo assim, você poderá evitar muitos danos a você e a terceiros.
II. Ter bom caráter;
III. Ter boas maneiras;
IV. Ser honesto com o cliente;
V. Ser caprichoso com o serviço;
VI. Ter bom trato com seus auxiliares;
VII. Utilizar com economicidade os materiais, evitando o desperdício.
134

Imagem 76 Profissional assentando piso com economicidade.

14. ORGANIZAÇÃO DE CANTEIRO DE OBRAS

O gestor do canteiro de obras é o profissional que coordena e fiscaliza todo o


andamento dos trabalhos. Busca sempre otimizar os trabalhos e captar pontos para
seu marketing pessoal, pela qualidade de sua mão de obra, pela execução de um
serviço especializado, , pela boa relação custo x beneficio, e custos iguais ou pouco
inferiores aos do mercado; E, ainda: uma boa condução dos trabalhos: entulho
recolhido ao contêiner, limpeza da área, apresentação pessoal (um traje decente,
postura correta, botas, e principalmente pelo uso de EPI - equipamentos de proteção
individual); ferramental bem cuidado. A ferramenta é o espelho da qualidade da mão
de obra do profissional. Ferramentas enferrujadas, sujas, quebradas, de forma direta
refletem quem é o profissional, pois:
O profissional é aquilo que ele faz.
135

Na condução e execução dos serviços de acabamento, o bom profissional em


nenhuma hipótese pode cometer as seguintes falhas:

 Deixar espalhados na obra materiais de acabamento, sacos de cimentcola (?),


cimento, rejunte, pregos, tábuas, buchas, parafusos etc;
 Deixar espalhadas suas ferramentas;
 Iniciar um determinado serviço e não terminá-lo;
 Emprestar suas ferramentas (ou tomar
emprestads?)
 Limpar suas ferramentas ao final do dia;
 Recolher todo o entulho ao contêiner;
 Tirar todo o excesso de rejunte dos revestimentos;
 Quando do término do dia de serviço limpar o local;
 Em situações onde há riscos de acidentes, envolvendo fiação exposta,
ferragens pontiagudas, alertar verbalmente aos que ali se encontram também
trabalhando e, se possível, com placas sinalizadoras (sonora/escrita);
 Evitar, sob qualquer condição, indagações e assuntos não pertinentes à tarefa a
ser executada, tais como: se o (a) cliente é casado (a) etc. Não tocar ou pegar
objetos que não lhe dizem respeito, objetos esses de propriedade de outrem;
evitar piadas, discussões de futebol/religião/novelas/política etc.

ANOTAÇÕES GERAIS

OTAÇÕES
__________________________________________________________________

Imagem 77: Organização do canteiro de obras. Evite desperdício e acidentes.

ANOTAÇÕES
136

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____________________________________________________________________
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Nome:___________________________________________________________
137

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - 05 pontos

1) Cite pelo o menos 5 processos em que o INSTALADOR DE


PISOS E AZULEJOS está envolvido.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
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__________________________________________________________
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ESTUDO DE CASO - 5 pontos

O estudo de caso é uma situação que pode acontecer com você no dia a dia do canteiro
de obras ou na condução de uma obra autônoma. Por isso escreva a solução do
problema abaixo:

Seu Manuel é INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS e é o responsável na condução


de uma obra. Diga a ele o que é importante, para ele saber como gerenciar uma obra, o
que pode e não pode ser feito na obra.
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_____________________________________________________________
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_____________________________________________________________
_____________________________________________

Nome:____________________________________________________
138

Turma:___________________________________________
EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO - 10 pontos

Este exercício de avaliação valerá 10 pontos, que serão acrescidos à sua


nota. Você deverá destacá-lo e entregá-lo ao seu professor. Não esqueça
que ele deve feito INDIVIDUALMENTE.

1) Como deve ser feita a organização do canteiro de obras? fale com suas
palavras.

_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) O profissional é aquilo que ele faz. Você concorda? justifique sua


resposta.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
_____________________________________________________________
_______________________________________________________

3) No gerenciamento de mão de obra, o que é importante para que


profissional não “queime seu filme”? cite 3 coisas.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Instalador de
139

Pisos e Azulejos

 FERRAMENTAS E APLICAÇÃO DE PISOS E


AZULEJOS E PORCELANATO

27. FERRAMENTAS DE APLICAÇÃO

Para iniciarmos os serviços de aplicação de pisos, azulejos e porcelanatos,


é necessário estar bem servidos de ferramentas. Vamos fazer uma lista ou
um chek-list17:

1. DESEMPENADEIRA - DENTE 6 x 6 x 6 mm

Dica de uso: Ideal para o assentamento de pastilhas de porcelana e de vidro,


inclusive cerâmicas menores que 20 x 20 cm em área interna.

Imagem 146: Desempenadeira - DENTE 6 x 6 x 6 mm.

2. DESEMPENADEIRA - DENTE 8 x 8 x 8 mm
Dica de uso: Ideal para o assentamento de revestimentos (cerâmicas,
porcelanatos, pedras e grês retificados) em pisos e paredes.

17
Listagem de checagem.
140

Imagem 147: Desempenadeira - DENTE 8 x 8 x 8 mm. (Colocar sob a figura)

3. DESEMPENADEIRA – DENTE: RAIO 10 mm


Dica de uso: Ideal para o assentamento de revestimentos (cerâmicas,
porcelanatos e grês retificados) de grandes formatos. Dispensa o uso de dupla
camada (argamassa colante no verso da placa e na base).

Imagem 148: Desempenadeira – DENTE: RAIO 10mm.

5. DESEMPENADEIRA DE REJUNTE
Dica de uso: Ideal para aplicação de rejuntes cimentícios. Facilita a remoção dos
excessos de rejuntamento sobre o revestimento.

Imagem 150: DESEMPENADEIRA DE REJUNTE.

6. RASPADOR DE REJUNTE
141

Dica de uso: Ideal para a remoção de rejunte endurecido nas juntas de


assentamento, inclusive rejuntamentos antigos

Imagem 151: RASPADOR DE REJUNTE.

7. DESEMPENADEIRAS EMBORRACHADAS
Dica de uso: Ideal para dar acabamento mais liso em rebocos, substituindo o uso
da esponja. Podem ser usadas também para a aplicação de rejuntamento; facilitam a
remoção dos excessos de rejuntamento sobre os revestimentos.

Imagem 152: DESEMPENADEIRA DE BORRACHA.

8. MÁQUINA DE CORTE MANUAL


142

Dica de uso: Ideal para cortes retos ou em ângulos, em cerâmicas. Existem


modelos com separador de placas após o corte, o que evita a quebra dos cantos.
Permite o uso de acessórios de furações circulares para cerâmicas de parede.

Imagem 153: MÁQUINA DE CORTE DE PISOS E AZULEJOS MANUAL.

9. QUEBRADOR DE PISOS
Dica de uso: Ideal para os revestimentos de grande dureza, espessura e
tamanho, que necessitam de um separador de placas após o risco de corte, evitando
a quebra dos cantos e o desvio do risco de corte na separação do revestimento.

Imagem 154: MÁQUINA SEPARADORA DE PISO.

10. HASTE PARA MISTURA DE ARGAMASSA


Dica de uso: Acoplada a uma furadeira profissional permite a mistura da
143

argamassa com a água, com rapidez e facilidade.

Imagem 155: HASTE PARA MISTURAR ARGAMASSA. (Colocar sob a figura)

11. MARTELO DE BORRACHA PRETA


Dica de uso: Ideal para utilizar no assentamento das placas de cerâmicas
esmaltadas e de superfície lisa, pedras polidas e pastilhas, permitindo o ajuste destas
sem danificar sua superfície.

Imagem 156: MARTELO DE BORRACHA PRETA.

ANOTAÇÕES
144

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

12. MARTELO DE BORRACHA BRANCA


Dica de uso: Ideal para utilizar no assentamento das placas de porcelanatos,
cerâmicas não esmaltadas, antiderrapantes, pedras naturais e não polidas, permitindo
o ajuste das mesmas sem danificar ou manchar sua superfície.

Imagem 157: MARTELO DE BORRACHA BRANCA.

22. SERRA MÁRMORE


Possibilita o corte de cerâmicas, porcelanatos, alvenarias, concreto,
tijolos e telhas. Existem modelos específicos para corte de pedras
145

naturais (mármores e granitos) que possibilitam o corte em 45º.


Profundidade de corte ajustável. Para cada tipo de revestimento é
necessário utilizar um disco de
corte específico, conforme descrição a
seguir:

Imagem 165: SERRA MÁRMORE.

23. DISCO CONTÍNUO


Disco de corte diamantado recomendado para corte em pisos
cerâmicos, ardósia, azulejos e porcelanato. Corte a seco ou refrigerado.

Imagem 166: DISCO CONTÍNUO.

24. DISCO SEGMENTADO


Disco de corte diamantado recomendado para corte em concreto,
146

alvena- ria, tijolo e telhas. Corte a seco ou refrigerado.

Imagem 167: Ilustração de DISCO SEGMENTADO.

25. DISCO TURBO


Disco de corte diamantado recomendado para corte em mármore, granito,
pedras decorativas e alvenaria. Corte a seco ou refrigerado.

imagem 168: DISCO TURBO.


147

ANOTAÇÕES

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Marque ( V ) VERDADEIRO ou ( F ) FALSO.


( ) Desempenadeira de dente 6 X 6 - É ideal para o assentamento de pastilhas de
procelana e de vidro, menores que 20 x 20cm, em área externa.
( ) Desempenadeira de dente raio 10mm - É ideal para o assentamento de pisos de
pequenos formatos (5 x 5 cm).
( ) Desempenadeira rejunte - Ideal para rejunte cimentício, facilita a remoção dos
excessos de rejuntamento sobre o revestimento.
( ) O removedor de rejunto é ideal para retirar rejuntes ainda úmidos.

2) Sobre os discos de corte, assinale a opção CORRETA.


( ) DISCO CONTÍNUO - Disco de corte diamantado, recomendado para corte de
mármore, granito e pedras decorativas.
148

( ) DISCO SEGMENTADO - Disco de corte diamantado, recomendado para corte de


cerâmicas, ardósia, azulejos e porcelanatos.
( ) DISCO TURBO - Disco de corte diamantado, recomendado para corte de
mármore, granito, pedras decorativas e alvenaria. Corte a seco ou refrigerado.

3) Responda as perguntas abaixo:


Para que serve o medidor digital de inclinação?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________________________
149

MÓDULO V

Instalador de
Pisos e Azulejos

 SISTEMA DE MEDIDAS
 REGRAS DE CONVERSÃO
 MATEMÁTICA BÁSICA
 Aritmética e Geometria
150

15 .SISTEMA DE MEDIDAS.

SISTEMAS DE UNIDADES

As ciências em geral, que se baseiam em métodos científicos, utilizam-se de


medidas para descrever um fenômeno de interesse.
Na Física, é necessário determinar, dentro do fenômeno que se quer observar,
qual é a variável factível de ser medida; depois, achar um nome para esta variável e,
em seguida, achar uma unidade pela qual possamos medir esta variável.
Posteriormente, será possível medir esta variável.
Nesta pequena explanação, há vários conceitos de fundamental importância.
Abaixo faremos um comentário sobre cada conceito, que julgamos fundamental:

Medida - Medir nada mais é do que comparar.

Quando realizamos uma medida nós estamos fazendo uma comparação.


Portanto, para medirmos é necessário um padrão (unidade) para podermos realizar a
comparação.
E outro elemento embutido no conceito de medida é o que vamos medir, ou seja,
temos que estar cientes da variável que queremos medir.

Unidade - É o padrão que iremos escolher para efetuar nossas medidas.

Sistema Internacional de Medidas (SI).

Por meio de um acordo foram instituídas sete Grandezas Físicas Fundamentais


e, a partir destas, todas as outras unidades de grandezas, denomina-das Grandezas
Físicas Derivadas, são obtidas a partir de um arranjo destas. São Grandezas Físicas
Derivadas:

Grandezas Unidades fundamentais Símbolo


Comprimento Metro M
Massa Quilograma Kg
151

Tempo Segundo s
Intensidade de corrente Ampére A
elétrica
Temperatura Kelvin K
Tabela 6:Tabela de grandezas.

Unidades de Comprimento

A unidade principal de comprimento é o metro. Entretanto, existem situ ações em


que esta unidade deixa de ser prática. Se queremos medir grandes extensões ela é
muito pequena; por outro lado, se queremos medir extensões muito "pequenas", a
unidade metro passar a ser muito "grande".
Os múltiplos e submúltiplos do metro são chamados de unidades secundárias de
comprimento.
Nas tabelas abaixo 18 vemos as unidades de comprimento, seus símbolos e o
valor correspondente em metro. Na tabela, cada unidade de comprimento
corresponde a 10 vezes a unidade de comprimento imediatamente inferior (à direita).
Em consequência, cada unidade de comprimento corresponde a 1 décimo da
unidade imediatamente superior.
ANOTAÇÕES
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________

18
disponível em: http://www.santiago.pro.br/6/?p=148
152

Tabela 7:

O grama
O grama pertence ao gênero masculino. Por isso, ao escrever e pronunciar essa
unidade, seus múltiplos e submúltiplos, faça a concordância corretamente.
Exemplos:

Dois kilogramas 2Kg


Quinhentos miligramas 500 mg
Duzentos e dez gramas 210g
Oitocentos e um gramas 801g
Tabela 8:

ANOTAÇÕES
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
PRINCIPAIS UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES
Grandezas Unidades fundamentais Símbolo
153

Comprimento Metro M
Área Metro quadrado M²
Volume Metro cúbico M³
Tempo segundo S
Velocidade Metro por segundo m/s
Massa Quilograma Kg
Massa específica Quilograma por metro cúbico Kg/m³
Vazão Metro cúbico por segundo M³/s
Corrente elétrica Ampére A
Temperatura Grau Celsius ºC
Tabela 9:

Algumas unidades fora do SI, admitidas temporariamente


Grandeza Nome Plural Símbolo Equivalência
Volume Litro Litros L ou l 0,001 m³
Massa Tonelada Toneladas t 1.000 Kg
Tempo Minuto Minutos min 60s.
Tempo Hora Horas h 3.600s
Tabela 10

Tabela 11.

16. REGRAS DE CONVERSÃO

Regras Práticas:

° Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior


devemos fazer uma multiplicação por 10, conforme Tabela acima.

Ex : 1 m = 10 dm
154

° Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior,


devemos
fazer uma divisão por 10.

Ex : 1 m = 0,1 dam

° Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar


sucessivas
vezes uma das regras anteriores.

Ex : 1 m = 100 cm
1 m = 0,001 km

Unidades de Área

Regras Práticas:
° Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma
multiplicação por 100.

Ex : 1 m² = 100 dm²

° Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos


fazer uma divisão por 100.

Ex : 1 m² = 0,01 dam²

° Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas
vezes, conforme tabela abaixo:
155

Tabela 12.

Regras Práticas:
° Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma
multiplicação por 100.

Ex : 1 m² = 100 dm²

° Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos


fazer uma divisão por 100.

Ex : 1 m² = 0,01 dam²

° Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas
vezes uma das regras anteriores, conforma tabela III.

1 m³ 1000 L ou 10 ³ L
1 litro 1000 mL ou 10³ mL
1 m³ 1.000.000 mL ou 106
Tabela 13.

Unidades de Volume

Regras Práticas:
156

° Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma
multiplicação por 1000.

Ex : 1 m³ = 1000 dm³

° Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos


fazer uma divisão por 1000.

Ex : 1 m³ = 0,001 dam³

° Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas
vezes uma das regras anteriores,
conforme Tabela V.

Transformação de unidades

   Na transformação de unidades de volume, no sistema métrico decimal, devemos


lembrar que cada unidade de volume é 1.000 vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.

km hm Dam m dm cm mm
0 0 0 1 0 0 0
km² hm² dam² m² dm² cm² mm²
00 00 00 1 00 00 00
km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³
000 000 000 1 000 000 000
Tabela 14.

Observe a seguinte transformação:

 Transformar 2,45 m3 para dm3.

Tabela 15
157

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3


000 000 000 2 450 000 000

    Para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por 1.000.

    2,45 x 1.000  =  2.450 dm3

ANOTAÇÕES
_________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

17. MATEMÁTICA BÁSICA: ARITMÉTICA

A aritmética é a área da matemática que lida com números e com as


158

operações possíveis entre eles. É o ramo mais antigo e mais elementar


da matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do cotidiano, em
cálculos científicos ou em negócios.
Matemáticos profissionais, por vezes, usam o termo "aritmética
superior", quando se refere a resultados mais avançados relacionados à
teoria dos números, mas isso não deve ser confundido com a aritmética
elementar.
Não se deixe assustar pelas equações. A matemática passa a ser
simples com o tempo. São bem mais simples do que parecem.

1. MULTIPLICAR POR 10

Quando queremos multiplicar qualquer número por 10, apenas


devemos colocar um zero no final.
exemplo: 10 x 10 = 10 + 0

Você sabia que há um truque igualmente fácil para multiplicar por


11?

Pegue qualquer número de dois dígitos e imagine um espaço em


branco entre eles. Neste exemplo iremos usar 72:

7_2

Agora coloque o resultado da soma dos mesmos dois números no


espaço em branco:

7_(7+2)_2
159

Simples assim, você chega à sua resposta:

792

Caso a soma central gere um número com dois dígitos você terá
que pegar o primeiro dígito desta soma e somar com o primeiro dígito do
número original. Vamos utilizar o número 93:

9_3
9_(9+3)_3
9_(12)_3
(9+1)_2_3
1023 - FÁCIL!

2. ELEVAR RAPIDAMENTE AO QUADRADO

Se você precisa do quadrado de qualquer número, com dois dígitos


que termine em 5, você pode utilizar esse truque simples.

exemplo: 35²

Multiplique o primeiro dígito por si mesmo (3x3)


depois some o resultado por ele mesmo (9 + 3) = 12
e coloque 25 no final= 1225

35² = (3x3) +3)_ 25


(9+3) _ 25
1225

Exercício Resolvido:

65² =
160

((6x6)+6)_25=
(36 +6)_25=
4225 -
75²=

((7X7)+7)_25=
(49+7)_25 =
5625 RESULTADO FINAL

Exercício Proposto:
85² =

15²=

45²=

55² =

95²=

CÁLCULOS
161

TABUADA

Tabuada do1 Tabuada do 2 Tabuada do 3 Tabuada do 4 Tabuada do 5


162

1x1=1 1x2=2 1x3=3 1x4=4 1x5=5


2x1=2 2x2=4 2x3=6 2x4=8 2 x 5 = 10
3x1=3 3x2=6 3x3=9 3 x 4 = 12 3 x 5 = 15
4x1=4 4x2=8 4 x 3 = 12 4 x 4 = 16 4 x 5 = 20
5x1=5 5 x 2 = 10 5 x 3 = 15 5 x 4 = 20 5 x 5 = 25
6x1=6 6 x 2 = 12 6 x 3 = 18 6 x 4 = 24 6 x 5 = 30
7x1=7 7 x 2 = 14 7 x 3 = 21 7 x 4 = 28 7 x 5 = 35
8x1=8 8 x 2 = 16 8 x 3 = 24 8 x 4 = 32 8 x 5 = 40
9x1=9 9 x 2 = 18 9 x 3 = 27 9 x 4 = 36 9 x 5 = 45
10 x 1 = 10 10 x 2 = 20 10 x 3= 30 10 x 4 = 40 10 x 5 = 50

tabuada do 6 Tabuada do 7 Tabuada do 8 Tabuada do 9 Tabuada do 10

1x6=6 1x7=7 1x8=8 1x9=9 1 x10 = 10


2 x 6 = 12 2 x 7 = 14 2 x 8 = 16 2 x 9 = 18 2 x 10 = 20
3 x 6 = 18 3 x 7 = 21 3 x 8 = 24 3 x 9 = 27 3 x 10 = 30
4 x 6 = 24 4 x 7 = 28 4 x 8= 32 4 x 9 = 36 4 x 10 = 40
5 x 6 = 30 5 x 7 = 35 5 x 8= 40 5 x 9 = 45 5 x 10 = 50
6 x 6 = 36 6 x 7 = 42 6 x 8= 48 6 x 9 = 54 6 x 10 = 60
7 x 6 = 42 7 x 7 = 48 7 x 8= 56 7 x 9 = 63 7 x 10 = 70
8 x 6 = 48 8 x 7 = 56 8 x 8= 64 8 x 9 = 72 8 x 10 = 80
9 x 6 = 54 9 x 7 = 63 9 x 8= 72 9 x 9 = 81 9 x 10 = 90
10 x 6 = 60 10 x 7 = 70 10 x 8 = 80 10 x 9= 90 10 x 10 = 100
=
Tabela 16: Tabuada da MULTPLICAÇÃO

Tabuada do1 Tabuada do 2 Tabuada do 3 Tabuada do 4 Tabuada do 5


163

1:1=1 2:2=1 3 :3 = 1 4:4=1 5 : 5= 1


2:1=2 4:2=2 6:3=2 8:4=2 10:5 = 2
3:1=3 6:2=3 9:3=3 12 : 4 = 3 15 : 5 = 3
4:1=4 8:2=4 12 :3 = 4 16 : 4 = 4 20 : 5 = 4
5:1=5 10 : 2 = 5 15 : 3 = 5 20 : 4 = 5 25: 5 = 5
6:1=6 12 : 2 = 6 18 : 3 = 6 24 : 4 = 6 30: 5 = 6
7:1=7 14 : 2 = 7 21 : 3 = 7 28 : 4 = 7 35: 5 = 7
8:1=8 16 : 2 = 8 24 : 3 = 8 32 : 4 = 8 40 : 5 = 8
9:1=9 18 : 2 = 9 27 : 3 = 9 36 : 4 = 9 45 : 5 = 9
10 : 1 = 10 20 : 2 = 10 30 : 3= 10 40 : 4 = 10 50 :5 = 10

tabuada do 6 Tabuada do 7 Tabuada do 8 Tabuada do 9 Tabuada do 10

6:6=1 7 : 7= 1 8:8 =1 9:9=1 10 : 10 = 1


12 : 6 = 2 14 : 7 = 2 16 : 8 = 2 18 : 9 = 2 20 : 10 = 2
18 : 6 = 3 21 : 7 = 3 24 : 8 = 3 27 : 9 = 3 30 : 10 = 3
24 : 6 = 4 28 : 7 = 4 32 : 8 = 4 36 : 9 = 4 40 : 10 = 4
30 : 6 = 5 35 : 7 = 5 40 : 8 = 5 45 : 9 = 5 50 : 10 = 5
36 : 6 = 6 42 : 7 = 6 48 : 8 = 6 54 : 9 = 6 60 : 10 = 6
42 : 6 = 7 49 : 7 = 7 56 : 8= 7 63 : 9 = 7 70 : 10 = 7
48 : 6 = 8 56 : 7 = 8 64 : 8= 8 72 : 9 = 8 80 : 10 = 8
54 : 6 = 9 63 : 7 = 9 72 : 8= 9 81 : 9 = 9 90 : 10 = 9
60 : 6 = 10 70 :7 = 10 80 : 8 = 10 90 : 9 = 10 100 : 10 = 10

Tabela 17: Tabuada da DIVISÃO

ANOTAÇÕES
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3. SUBTRAIR QUALQUER NÚMERO DE 1000

Para subtrair qualquer número de 1000 use essa regra básica:


164

Subtraia individualmente cada dígito de 9, com exceção do último, que


você subtrairá de 10.

1000 - 723= 277

Passo 1: Subtraia 7 de 9 = 2
Passo 2: Subtraia 2 de 9 = 7
Passo 3: Subtraia 3 de 10 = 7
Resposta: 277, infalível.

4. DIVIDINDO POR 5

Dividir um número grande por 5 é, em realidade, muito simples.


Tudo
que você deve fazer é multiplicar por 2 e então mover a casa decimal.
Vamos exemplificar com o número 3250.

3250 / 5 = 3250 x 2
mover a casa decimal um dígito para a esquerda
6500 = 650,0
650

Ou então:

41 / 5 = 41 x 2

Mover a casa decimal um dígito para a esquerda


82 = 8,2

Exercício:

785 / 5=

994 / 5 =

5. CALCULAR 15%

Se você precisa calcular 15% de qualquer número é simples. Apenas


165

divida o número por 10 e então some mais a metade deste resultado.


A equação é bem mais complicada que o truque em si.
Vamos exemplificar com o número 300:

15% de 300 =
(10% de 300) + ((10% de 300)/2)
30 + 15 = 45

FAÇA OS SEUS CÁLCULOS

Nome:__________________________________________________

Turma:________________________________
166

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1) Transforme as medidas abaixo:

a) 1000m em Km=

b) 500dm em m=

c) 18000mm em dam=

2) Escreva a unidade fundamental das seguintes grandezas:

Grandezas Unidades fundamentais


Comprimento
Área
Volume
Tempo
Velocidade
Massa

3) Siga o modelo abaixo:

Metro (m)
Múltiplos
Unidade Sigla Relação Relação valor
Decâmetro Dam M x10 50m exemplo 500 dam
Hectômetro Hm M x 100 1000m _____ Hm
Quilômetro Km M x 1000 180m ______ Km
Nome:_____________________________________________
Turma:_________________________________

4) Calcule as seguintes porcentagens:


167

15% de 100 =

10% de 500 =

15% de 2000 =

10% de 800=

5% de 1000=

CÁLCULOS

18. GEOMETRIA BÁSICA

A geometria é a parte da matemática cujo objeto de estudo é o


168

espaço e as figuras que podem ocupá-lo.


A partir da experiência ou eventualmente, intuitivamente, as pessoas
caracterizam o espaço por certas qualidades fundamentais, que são
denominadas axiomas de geometria.
A influência da geometria sobre as ciências físicas foi enorme. Como
exemplo, quando o astrônomo Kepler mostrou que as relações entre as
velocidades máximas e mínimas dos planetas, propriedades intrínsecas
das órbitas, estavam em razões que eram harmônicas relações musicais,
ele afirmou que essa era uma música que só podia ser percebida com os
ouvidos da alma, a mente do geômetra.
Com a introdução do plano cartesiano, muitos problemas de outras
áreas da matemática, como a álgebra, puderam ser transformados em
problemas de geometria, muitas vezes conduzindo à simplificação das
soluções.

Cálculo de Área e Cálculo de Volume

Para aprendermos a calcular uma área necessitamos primeiramente


conhecer algumas figuras geométricas simples.

As principais figuras geométricas planas são:


Bem pessoal, vamos lá!
Todo Instalador de Pisos e Azulejos tem que ter conhecimento de
medidas, na prática ou na teoria. Porém, uma não funciona sem a
outra.

PRINCIPAIS FIGURAS GEOMÉTRICAS


169

QUADRADO CIRCUNFERÊNCIA
RETÂNGULO

TRIÂNGULO TRAPÉZIO
LOSÂNGULO

Imagem 78:Figuras Geométricas.

No aprendizado temos que dominar:

Sugestão: No exercício da profissão de Instalador de Pisos e Azulejos, é preciso saber:


(* V. em anexo)

 Leitura e interpretação de plantas e projetos estruturais;


 Conhecimentos de geometria;
 Conhecimentos de cálculos.
 Familiarizar-se com as dimensões;
 Interpretar os planos geométricos;
 Calcular as áreas;
 Calcular volumes;
 Ter boa visão em situação de erros em projetos.

Quadrado

A área do quadrado pode ser determinada por qualquer relação dos


quadriláteros notáveis. Contudo, normalmente calculamos essa área
como sendo o quadrado da medida de seu lado. (Este conceito – dos
quadriláteros notáveis - não estará acima do nível dos alunos?)
Para se calcular a área do quadrado é bem simples: basta multiplicar
um lado pelo outro.
L
170

L d

Imagem 80: Quadrado. (Isto é um retângulo!!!)

LEGENDA:

d = diagonal

L = lado

Círculo
Determinamos a área do círculo utilizando a medida do raio (R), aplicada numa fórmula
específica: (fórmula)

ÁREA DO CÍRCULO

R
R

A= . R²

Imagem 81:Área do círculo.

LEGENDA:
Exemplo: Qual a área de um círculo de R= 5cm?
R = Raio
Resolução:
A = Área do círculo
A= 3,14 x 5² = 15,7cm
= Pi = 3,14

Retângulo

Pode-se calcular sua área da mesma forma que se calcula a do


171

quadrado.
Devemos salientar que, no retângulo, a medida da altura é igual à medida
do lado da figura.

Ou seja: basta multiplicarmos o lado a pelo lado b, e teremos a área


total A.

ANOTAÇÕES
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
_____________________________________________

Imagem 82: Área do Retângulo.

Exemplo: Um terreno tem as seguintes medidas: 18 metros de frente por 50 de de


comprimento.Qual a área total do terreno?
172

Resolução:

Vamos chamar a frente de a, então a= 18 e o comprimento b= 50, a área vamos


chamar de A .

b=50

Então temos: A = a.b, então A= 18 x 50 = 900 m²


a=18

ANOTAÇÕES
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Triângulo
Para calcular a área do triângulo é bem simples, também: multiplica-se a
base pela altura e depois, divide-se por dois.

Área = b x h
2 altura (h)

90º 45º

Base (b)

Imagem 83: Ilustração da área do Triângulo.

Exemplo:

Marcos comprou um terreno com a forma acima e contratou um INSTALADOR DE


PISOS E REVESTIMENTOS para fazer o assentamento de porcelanato na casa, que
acompanhou o formato de desenho. Agora o INSTALADOR precisa dizer ao cliente
quantos metros quadrados tem a casa. A casa tem as seguintes medidas: b = 30 e h=
12. Qual a área da casa?

Resolução:
173

Temos a fórmula da área do triângulo que é A = b x h


2

Então, A = 30 x 12  360  180m²

2 2

Volume
Vamos ter agora uma ideia de cálculos de volume. Quando se menciona a
expressão "ideia" é pelo fato relativo ao cálculo de área. Isto será apenas para uma
reflexão a respeito de cálculos,lembrando que volume se dá em METRO CÚBICO.
Para se calcular o volume de um quadrado (não seria melhor “caixa”, “ de um
tanque”, ou “de uma piscina”? o quadrado é um plano, só tem largura e
comprimento. E o metro cúbico é para volumes (sólidos com largura, altura e
comprimento. Neste caso, um paralelepídedo) que tenha as seguintes medidas:
1,5 metro e meio de altura,
2 metros de largura e
3 metros de comprimento,

Você irá multiplicar da seguinte forma:


Comprimento X largura Xaltura = o volume de líquido que caberá na caixa.
Altura = A 1,5; largura= B 2,0 e comprimento = C 3,0

Imagem 84:Área do . (paralelepídedo)

Vamos chamar as medidas de : A X B X C = então, 1,5 x 2,0 x 3,0= 9 m³


174

ANOTAÇÕES
________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - 05 pontos

1) Responda às perguntas abaixo:


a) Quantos lados iguais tem um quadrado?__________
b) Quantos lados iguais tem um retângulo?__________________
c) Quantos lados iguais tem um circulo?___________________
d) Quantos lados iguais tem um losângulo?__________________
e) Quantos lados iguais tem um trapézio?___________________
(Na teoria exposta, não há menção a trapézio! Como cobrar este
conhecimento?)

ESTUDO DE CASO. 5 pontos

O estudo de caso é uma situação que pode acontecer com você no dia a
dia do canteiro de obras ou na condução de uma obra autônoma. Por isto
escreva a solução do problema.
175

Seu Pedro é INSTALADOR DE PISOS E AZULEJOS e está responsável


para condução de uma obra: a instalação de porcelanatona sala de uma
casa.As medidas da sala são: a= 5 e b= 7. A sala tem o formato abaixo:

Quantos metros quadrados tem a sala?

Nome: _________________________________________________
Turma:_________________________
176

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO - 10 pontos


Este exercício de avaliação, valerá 10 pontos, que serão acrescidos à sua
nota. Você deverá destacá-lo e entregá-lo ao seu professor. Não esqueça
que ele deve feito INDIVIDUALMENTE.

1) Calcule as seguintes áreas;

a) Quadrado = área é A= a x b
a: 5 e b= 9

b) Triângulo A= b x h , medidas b =12 e h = 8

MÓDULO VI
177

Instalador de
Pisos e Azulejos

 Noções sobre projetos arquitetônicos


 Materiais e instrumentos de desenho.
 Tipologia dos traços
 O projeto arquitetônico
 Símbolos e abreviaturas para projetos hidráulicos

19. NOÇÕES SOBRE PROJETOS ARQUITETÔNICOS.


178

Construção de uma obra idealizada pelo arquiteto ou engenheiro deverá atender


às solicitações das especialidades em que o profissional atuar e responder às
necessidades do solicitante do projeto, isto é, do cliente.

Esse projeto compreende as fases de: Estudo Preliminar, Anteprojeto e


Projeto de Execução, as quais se caracterizam como blocos sucessivos e crescentes
de informações, permitindo, após a conclusão de cada um deles: Avaliar a
compatibilidade com as necessidades do solicitante; Estimar custo e previsões de
investimento; Providenciar, em tempo hábil, as reformulações necessárias, evitando
posteriores modificações que venham onerar o projeto e/ou a construção.

Caso seja um projeto de grande magnitude ou complexidade, inclui-se,


previamente às fases acima mencionadas, o Estudo de Utilização do Terreno, que
visa proporcionar uma verificação inicial, em nível físico-funcional e econômico-
financeiro, da viabilidade do projeto com o terreno.

Na conclusão de cada fase, o arquiteto ou engenheiro apresenta ao cliente


relatórios, desenhos etc., que facilitem o entendimento do que será executado. Então,
poderá estender-se a outras atividades entre as quais se destacam: A assistência à
execução da obra (para análise e aprovação de desenhos e especificações de
fabricantes, esclarecimentos relativos a eventuais dúvidas quanto à interpretação do
projeto arquitetônico e para a complementação, eventualmente necessária);
Fiscalização, que consiste na inspeção detalhada da construção, visando rigoroso
controle de qualidade e processos de construção, em fiel observância aos projetos,
arquitetônicos e complementares; Direção geral da execução da obra, que engloba o
preparo das concorrências, para compras e contratações e controle de qualidade,
quantidade e custos de materiais e serviços.

Porém, o que se tem percebido nos últimos tempos é a indisposição dos


arquitetos e engenheiros para acompanhar e gerir a execução do projeto, abrindo assim
uma brecha no mercado para profissionais qualificados na interpretação dos desenhos
arquitetônicos.

A capacidade de interpretar projetos pode estar relacionada à facilidade que


algumas pessoas apresentam em realizar a leitura do que as pessoas queiram
179

executar;capacidade essa que, para muitos, é chamada de “dom”. Independente dessa


afinidade, os projetistas, em sua atividade, procuram fazer de seus projetos algo legível
a todos que neles se debrucem para estudá-los.

O estudo de projetos na Construção Civil é fundamental para a realização de


qualquer atividade da área, pois nele está representado graficamente todo o
dimensionamento das diversas fases de uma obra, além de representar o objetivo
almejado pelo cliente. A fidelidade ao projeto é o que se espera como resultado final das
atividades realizadas para sua construção.

19.1 Leitura e interpretação de projetos

É fundamental entender que muitos elementos são representados de forma


padronizada para cada tipo de projeto, o que chamamos de simbologia gráfica19. Seu
prévio conhecimento tornará possível a completa compreensão do projeto, facilitando
sua leitura.
Como se pode perceber, para ler e interpretar projetos e dele extrair as ações
necessárias ao desenvolvimento das fases da construção de uma obra não é necessário
saber desenhar mas, sim, ter prévio conhecimento da simbologia específica do
respectivo projeto e a finalidade para qual ele foi elaborado,conhecimento esse
acessível a todos que almejam trabalhar na área da Construção Civil.

A representação gráfica é uma parte importante no que diz respeito aos projetos
relacionados à construção civil, pois proporciona meios para que o projetista possa
materializar suas idéias e desejos. Para obter uma correta representação é necessária a
utilização adequada de certos instrumentos, tais como: prancheta, papel, régua tê, régua
paralela, esquadros, compasso, transferidor, gabaritos, réguas flexíveis, escalímetro,
dentre outros.

19.2. Materiais e instrumentos de desenho

19
É representação através de figuras, que por sua vez são universais.
180

A seguir, ilustramos alguns dos instrumentos que auxiliam na prática do desenho


técnico e que são necessários ao conhecimento de qualquer iniciante no estudo para
elaboração gráfica de projetos.

Prancheta
Tipo de mesa, geralmente de madeira e formato retangular, que serve como instrumento
de apoio a fixação dos papéis e a consequente atividade de desenho. Sobre ela também
se utilizam as réguas tê e paralelas.

Imagem 85: Prancheta. (fonte: www.trident.com.br)

Escalímetro
É uma espécie de régua graduada em formato triangular bastante utilizada, que
traz consigo seis escalas de medição diferentes. No mercado existem vários padrões de
escalímetro, variando de acordo com o tipo de escala. O mais usual é o que traz as
escalas de 1:20 (lê-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50; 1:75; 1:100 e 1:125 (também pode
ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100 e 1/125).

Imagem 86: Escalímetro


.
181

ANOTAÇÕES
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Régua tê

É uma régua composta de duas outras, fixadas uma na outra. Uma delas é
pequena e de madeira grossa, que desliza pela lateral da prancheta, esta parte
denomina-se haste.
A outra é normalmente em acrílico e desliza sobre a superfície da prancheta.
Estas réguas formam um ângulo de 90º. A régua tê é um instrumento móvel que serve
para traçar linhas horizontais paralelas20 no sentido do comprimento da prancheta.
Também serve de apoio aos esquadros para traçar paralelas verticais ou com

20
Retas paralelas são linhas que não têm nenhum ponto em comum. Elas nunca se cruzam, e um exemplo
típico são as margens de uma rodovia.
182

determinadas inclinações. O comprimento da régua deve ser um pouco menor que a


prancheta.

Imagem: 87 REGUA T
Compasso
É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferências.
É utilizado da seguinte maneira: aberto, com o raio desejado definido, fixa-se a ponta
seca no centro da circunferência a traçar e, segurando-se o compasso pela parte
superior com os dedos indicador e polegar, imprime-se ao mesmo, um movimento de
rotação até completar a circunferência.

Imagem 88: COMPASSO


183

Régua paralela
Tem a mesma função da régua tê, porém é instalada com cordas fixadas nas
extremidades da prancheta, permitindo seu deslizamento sobre a superfície.

Imagem 89: Régua paralela. (fonte: www.trident.com.br)

Esquadros
São instrumentos, em sua grande maioria de plástico ou acrílico, utilizados para
traçar retas, que podem ser perpendiculares às retas horizontais traçadas com a régua
tê ou paralela,podendo também ser perpendiculares 21 às retas inclinadas (neste caso
sem a utilização de régua).
Existem dois tipos de esquadros: um menor, em forma de um triângulo de 45º. E
outro maior, em forma de triângulo retângulo 22, cujos ângulos são de 30 e 60º.

21
Retas perpendiculares são linhas que se cruzam em um único ponto em comum, formando ângulos de
90º. Essas retas são fáceis de observar no assentamento de pisos cerâmicos, cujos trinchos desses pisos
formam esses ângulos em suas extremidades.
3 Triangulo em que um de seus vértices forma um ângulo de 90º.

22
3 Triangulo em que um de seus vértices forma um ângulo de 90º.
184

Imagem 90: Esquadro . (fonte: www.trident.com.br)

Gabaritos
São instrumentos que servem como base para a representação precisa de
determinados objetos e/ou equipamentos bastante utilizados no desenho técnico, que
uxiliam o projetista na elaboração de desenhos já universalmente reconhecidos e
padronizados, não havendo, portanto, a necessidade de construir novos desenhos que o
representam.
Existe uma diversidade de modelos de gabaritos, tais como: círculos; formas
geométricas; louça sanitária; instalações elétricas; instalações hidráulicas; mobiliário;
dentre outros.

Imagem 91: Gabarito de instalações sanitárias. (fonte: www.trident.com.br)

ESCALA NUMÉRICA
Antes de iniciar a atividade de leitura e interpretação de projetos, há a
necessidade de conhecer alguns preceitos fundamentais que tornam essa prática mais
fácil ao observador: o prévio conhecimento de escalas numéricas, cotas e projeções
ortogonais.
185

O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida do
desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de proporcionalidade
encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação. Na construção civil as
escalas sempre serão de redução, pois se constróem prédios enormes que estão
desenhados numa simples folha de papel. Quanto à escala de ampliação, é mais
comum nas áreas da mecânica e microeletrônica, onde algumas peças são minúsculas
e precisam ser desenhadas de maneira ampliada para facilitar a compreensão de seus
detalhes. Por exemplo: o microchip e a ponta de uma caneta esferográfica.
As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A primeira é
representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de um
gráfico.

Imagem 92:Representação de escala. (fonte: Desconhecido)

Como já foi visto, a escala numérica pode ser de ampliação e de redução. A


primeira é utilizada quando se deseja obter representações gráficas maiores que o
tamanho natural do objeto. As escalas de ampliação recomendadas são 2/1; 5/1; 5/1;
10/1; 20/1; 100/1; etc. No entanto, quando se tem objetos cujas grandes dimensões, que
impossibilitam sua representação, emprega-se a escala de redução. As mais usadas são
1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/100; 1/200; 1/500; 1/1000 etc. Para a escolha entre uma ou
outra, deve-se levar em consideração o tamanho do objeto a ser representado,as
dimensões do papel e a clareza necessária ao desenho.
Vejamos, a seguir, alguns exemplos de como representar algumas medidas em
escala, utilizando uma régua comum e tendo conhecimento da seguinte fórmula
matemática:
1/M = D/R
Onde;
1/M – módulo da escala
D – comprimento de linha no desenho
R – comprimento de linha no terreno (real)

Exemplo 01:
186

Uma porta tem 80 cm de largura. Como posso representar esta medida na escala de 1/5
no papel, utilizando uma régua?

Escala 1/5 - cada 1cm do desenho representa 5cm na largura da porta. Para desenhar
nesta escala, divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas.
Então podemos estabelecer a seguinte relação: 1/5 = D/R.
Onde;
D= uma medida no desenho a ser calculada.
R= a mesma medida feita no objeto (a medida real) = 80 cm.
Vamos lá;
1/5 = D/80
D = 80/5
D = 16 cm
Observe que a resposta foi dada na mesma unidade de medida da pergunta do problema,
em metros (m). Sendo necessário, para a utilização da régua, transformar essa unidade
em centímetros (cm).
Conclusão: A porta de 80 cm de largura vai ser representada com 16 cm na
escala de 1/5, no papel.
EXEMPLO 02:
Um terreno tem 10m de frente.Qual medida pode representar esta dimensão no papel,
na escala de 1/50?

Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1/50, é desenhar esta


medida cinquenta vezes menor do que sua medida real.
Vamos estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R.
Onde;
D= uma medida no desenho a ser calculada.
R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m.
Vamos lá:
1/50 = D/10

A fórmula é nada mais do que uma regra de três simples, que se aprende no
ensino fundamental.
187

D = 10/50
D = 0,2 m
Só para lembrar:
1 m = 100 cm. Logo, 0,2 m = 20 cm.

Conclusão: Um terreno de 10m de frente vai ser representado na escala de 1/50, no


papel, com 20 cm.
A escala vai representar a relação de verdadeira grandeza das dimensões, seja
de peças mecânicas ou de medidas de terreno, prédio ou ambiente na construção civil.
ANOTAÇÕES
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Imagem 93: Redução em escala de uma casa. (fonte: FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE
MINAS GERAIS, _____, p. 06)

VAMOS PENSAR:
188

“Foi visto nos exemplos anteriores, a maneira de se calcular a representação de


uma medida no desenho, utilizando-se para tanto de uma escala previamente
estabelecida e régua. Porém é possível, com a mesma fórmula estudada, calcular
medidas reais, tendo suas medidas desenhadas em escala num papel.
Ou seja, é o processo inverso dos cálculos realizados acima.
Sugere-se que o aluno calcule as medidas reais de um terreno, desenhado na escala de
1/50, que mediu na régua 15 cm de largura, por 30 cm de comprimento.”
São os números que representam as dimensões do que está sendo representado
pelo desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas significam a verdadeira
grandeza das dimensões.
Regras básicas:
1. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que permita a leitura
com o desenho na posição normal e o observador a sua direita;
2. Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando esta for
contínua;
3. Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de medida;
4. Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;
5. As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida;
6. Passar as linhas de cota de preferência fora da área do desenho;
7. Evitar a repetição de cotas;
8. O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas, tendo como base o
desenho.
189

Imagem 94: Algumas formas corretas de cotar. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 37)

Imagem 95:Setas.

ANOTAÇÕES
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190

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VAMOS PENSAR:
Atualmente, com a evolução tecnológica, o computador configura-se como uma
ferramenta completa e indispensável para o desempenho da atividade de representação
gráfica de projetos, através da utilização de programas específicos, como o AutoCAD.
No entanto, seu uso não invalida os anteriores citados, pois estes fazem parte de um
aprendizado inicial, importante, inclusive, para o seu manuseio.
191

Imagem 96. Representação de uma maquete eletrônica da fachada frontal de uma residência. (fonte: desconhecido)

ANOTAÇÕES

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______________________________________________________________________

19.3. Tipologia de traços

A compreensão de um projeto (ou desenho) está relacionada intimamente aos traços


que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor, e o auxiliará na
correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo de linha é uma
192

atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela trará informações


importantes para execução de um projeto.
Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e os tipos de
traços. Estes devem ser:
1. Linha contínua e traço grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas
pelos planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas
partes que se encontram mais próximas do observador.
2. Linha contínua e traço mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro
plano.
3. Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si . (?)
4. Linha tracejada e traço suave : Nas projeções das coberturas, no contorno das
paredes quando oculto pela cobertura, ou quando o plano representado está
acima ou abaixo do plano de corte que deu origem à planta baixa.
5. Linha traço e ponto e traço suave : Na projeção da caixa d’água, quando
representada na planta baixa e nas linhas utilizadas como eixos.
6. Linha de ruptura ou zig-zag e traço suave: Secciona parte de um projeto,
limitando sua área de representação,seja para mostrar detalhadamente ou
restringir uma área pré-determinada.

ANOTAÇÕES

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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
193

Imagem 97: Tipos de linhas utilizados na arquitetura.

Imagem 98: Simbologia básica da arquitetura


194

19.4. O projeto arquitetônico

O projeto arquitetônico deve ser constituído por algumas representações gráficas,


tais como: planta de situação, planta de locação, planta de cobertura, planta baixa,
cortes (transversal e longitudinal), fachadas, detalhes técnicos e perspectivas.

Planta de situação
É a representação gráfica do projeto arquitetônico que indica as dimensões do
terreno (lote), a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de
acesso e, opcionalmente, pontos de referência. Essa representação vai localizar o
terreno dentro de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua identificação
junto aos órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização da obra.

Os dados fornecidos numa planta de situação devem necessariamente estar em


acordo com a escritura pública do terrenooficializando, junto aos órgãos públicos, o título
de propriedade daquela área.
A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande. Por isto,
normalmente, é desenhada em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, 1/2000 etc.
ANOTAÇÕES

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_______________________________________________________________________
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195

Imagem 99:Planta de situação, com todos os dados necessários a perfeita identificação do terreno.

Planta de locação

É a representação gráfica do projeto arquitetônico que indica a posição da


construção no terreno. Podendo ser indicados, também, muros, portões, vegetação
existente, orientação magnética (norte geográfico), passeio público e, opcionalmente,
construções vizinhas.
Neste tipo de representação, por se tratar de um tipo de vista superior, o
observador identifica em primeiro plano a cobertura, tendo a representação das paredes
externas da construção, abaixo da cobertura desenhada com linha tracejada e traço
suave.
A Planta de Locação é o ponto de partida para o inicio de uma obra. Pois
representa graficamente a sua marcação no terreno. Normalmente é desenhada em
escalas médias, ex.: 1/200, 1/250, 1/500.
196

Na planta de locação identificamos as dimensões do terreno conforme o registro


de imóveis, os afastamentos da construção em relação aos limites laterais, frontal e de
fundos, a presença de calçadas, piscinas etc.

Imagem 100: Planta de locação. (fonte: MONTENEGRO, 2010, p. 47)

Planta baixa

Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma edificação ou


partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal resultante da intersecção
de um plano de nível acima e paralelo do piso (normalmente a 1,50 m) em uma
edificação, representando consigo portas, janelas, peças sanitárias, chuveiro e,
opcionalmente, mobiliário de ambientação interna. As escalas mais usuais são: 1/50 e
1/75.
Para que fique bem claro, basta imaginar uma superfície plana, cortando uma
casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o contorno das
paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa dessa casa.
197

Imagem 101: Ilustração do plano cortando uma casa ao meio. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 48)

ANOTAÇÕES

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198

Imagem 102: Ilustração da retirada da parte superior da casa, destacando as seções das paredes, postas e
janelas.

Imagem 103: Ilustração de corte longitudinal que passa pela escada e banheiro.
199

Imagem 104: Ilustração de planta baixa I.

ANOTAÇÕES

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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
200

Imagem 105: Planta baixa II.

19.5. Meios de representação

1. Normas de desenhos técnicos - As normas procuram unificar os diversos


elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta
(leitura) e a classificação. No Brasil, as normas são editadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais para o
desenho em estudo:
2. NBR-6492 - Representação de Projetos de Arquitetura

3. NBR 5984 - Norma Geral de Desenho Técnico (antiga NB-8R), que trata de
assuntos como: legendas, convenções de traços, sistema de representação,
cotas, escalas.
201

19.6 Definições

Ramal de descarga – tubulação que recebe diretamente efluentes de um aparelho


sanitário.
Ramal de esgoto – tubulação que recebe efluentes de ramais de descarga.
Subcoletor – tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais
de esgoto.
Coletor predial – trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de
subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema particular.
Fossa séptica – unidade de sedimentação e digestão, de fluxo horizontal e
funcionamento contínuo, destinada ao tratamento primário do esgoto sanitário.
Sumidouro – cavidade destinada a receber o efluente de dispositivo de tratamento e a
permitir sua infiltração no solo.
Fecho hídrico – camada líquida que, em um desconector, veda a passagem de gases.
Desconector – dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a passagem de
gases.
Sifão – desconector destinado a receber efluentes de instalação de esgoto sanitário.
Tubo ventilador – tubo destinado a possibilitar a troca do ar da instalação do esgoto
para a atmosfera e vice-versa.
Coluna de ventilação – tubo ventilador vertical que se desenvolve através de um ou
mais andares e cuja extremidade superior é aberta para a atmosfera ou ligada a um tubo
ventilador primário ou barrilete de ventilação.
Caixa sifonada – caixa dotada de fecho hídrico destinada a receber efluentes da
instalação secundária de esgoto.
Caixa de inspeção – caixa destinada a permitir a inspeção, a limpeza e a desobstrução
das tubulações.
Caixa retentora de gordura – dispositivo projetado e instalado para separar e reter a
gordura da rede de esgoto sanitário.
Instalação primária de esgoto – conjunto de tubulações e dispositivos onde têm
acesso os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Instalação secundária de esgoto – conjunto de tubulações e dispositivos onde não há
acesso dos gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Torneira de boia – válvula com boia destinada a interromper a entrada de água nos
reservatórios e caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.
202

Trecho – comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a


última conexão da coluna de distribuição.
Válvula de descarga – válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-
ramal de alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização
da água para sua limpeza.

ANOTAÇÕES
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_____________________________________________________________
_______________________________________________
Imagem 107: Convenção gráfica dos principais aparelhos sanitários. (MACINTYRE, 1996, p. 163)
203

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - 05 pontos

Marque a alternativa correta:


1) Quem idealiza a obra?
( ) pedreiro.
( ) ajudante
( ) engenheiro / arquiteto
( ) mestre de obra.

2) Fazem parte do projeto 4 fases.Quais são elas?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________

3) Assinale com ( x ) a resposta verdadeira.


O escalímetro mais usual traz a medida 1/15?
( ) Verdadeiro ( ) Falso

ESTUDO DE CASO -5 pontos

Paulo está consultando a planta baixa da casa que está construindo e quer
saber qual a medida de uma porta com 5 cm no papel. A escala é de 1/6.

_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
___________________________________________
204

Nome: _________________________________________________
Turma:_________________________

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO - 10 pontos

1) Um terreno tem 25 m de frente. Qual a medida que está representada no


papel na escala de 1 / 5?
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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_____________________________________________
2) Qual o significado na planta: Linha contínua e traço grosso?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
205

MÓDULO VII

Instalador de
Pisos e Azulejos

 A Origem da Cerâmica no Brasil


 A Evolução da Cerâmica
 A Cerâmica na Atualidade
 Características da Superfície
 Tipos de Argamassa
 Revestimentos Cerâmicos
 Características Técnicas
 Paginação
 Juntas.
206

20 A EVOLUÇÃO DA CERÂMICA

A picareta dos arqueólogos, ao remexer entre os sedimentos que os séculos


acumularam no solo do Velho Mundo, encontra com muita frequência, entre os
resíduos das palafitas e das casas, fragmentos de terracota e cacos de vasos ou de
ânforas, cozidos num fogo que se apagou há milhares de anos.
A história da cerâmica confundiu-se em certo sentido, com a própria história da
civilização: os vasos, as taças ou as ânforas são, em muitos casos, os únicos
elementos sobre os quais podemos reconstruir o grau de evolução, os hábitos, a
religião e até as mudanças de povos já desaparecidos.
A arte da cerâmica prosperou entre quase todos os povos ao mesmo tempo,
refletindo nas formas e nas cores, o ambiente e a cultura dos diversos povos. Nas
primeiras peças decoradas, os motivos artísticos eram sempre o dia a dia do povo: a
caça, os animais, a luta.
Do calor do sol, para os fornos atuais utilizados para tornar as peças mais firmes,
a história da cerâmica percorreu e auxiliou no cotidiano de todos os povos. Da Era
Neolítica aos dias de hoje, os artistas continuam com seus dedos ágeis
transformando blocos de argila e criando novas utilidades para a população.
A cerâmica, tanto de uso comum como artístico, é produzida hoje por toda
parte, seja em grandes estabelecimentos, ou por pequenos artesãos. Os sistemas
são fundamentalmente os mesmos, mas é inegável que a experiência técnica adquiriu
tamanha perfeição, que permite resultados extraordinários.
Com exceção da fabricação de tijolos e telhas, comumente utilizadas na
construção desde a Antiguidade, na Mesopotâmia, desde muito cedo, a produção
cerâmica dava importância fundamental à estética, já que seu produto, na maioria das
vezes, se destinava ao comércio.
207

No Mediterrâneo, algum trabalhador desconhecido inventou o aparelho, que


permitia fazer vasos perfeitos, de superfície lisa e espessura uniforme, num tempo
relativamente breve: o torno.

Imagem 106: Modelagem em torno

Esta roda de madeira movida por um pedal foi criada aproximadamente em


2000 a.C.

Os gregos continuaram, por muitos séculos, produzindo as melhores peças de


cerâmica do Mundo Mediterrâneo, mesmo quando as margens deste mar haviam se
tornado colônias romanas.
Ainda em nossos dias, perdura a fama dos vaseiros de Atenas e Samos, de
onde seus inúmeros pratos e taças de delicado acabamento se caracterizavam por ter
o fundo negro ou azul e desenhos escarlates.
Os gregos foram durante o domínio romano, os artífices mais apreciados, não só
na cerâmica, mas também na ourivesaria, na pintura e em qualquer outro ramo de
arte.
208

Seu bom gosto, sua filosofia, sua literatura, havia se imposto aos rudes
conquistadores latinos, que acabaram assimilando, instintivamente, a milenar cultura
da Hélade, na antiga Grécia.
Com a prosperidade da cerâmica, cada povo descobriu seu estilo próprio, e com
isto, surgiram novas técnicas. Foi assim que os artífices chineses, desde a metade do
terceiro milênio antes de Cristo, criaram objetos de Design, pintados e esmaltados.
Foram justamente eles os primeiros a usar, a partir do segundo século antes da
nossa era, um finíssimo pó branco, o caulim, que permite fabricar vasos translúcidos
e leves. Nasce, então, a porcelana.
A difusão da porcelana não foi notável antes do século XVIII. Com a utilização
da Porcelana a cerâmica alcançou níveis elevados de sofisticação. Na China, a
porcelana se desenvolveu dando origem a produtos de decoração e de utilização à
mesa.
Também na Itália existia um florescente artesanato: os etruscos, em meados
do segundo milênio antes de Cristo, já fabricavam vasos esmaltados de grande
qualidade. Cerâmicas etruscas ornamentavam, além das gregas e persas, as
mansões dos patrícios romanos: as formas bizarras, os esmaltes vivos e brilhantes,
os vagos desenhos ornamentais.
Na Itália, os ceramistas continuaram a trabalhar com velhos sistemas etrus cos e
gregos, ainda durante os séculos obscuros da Idade Média. No início do
Renascimento, havia produtos manufaturados em Gubbio, Volterra, Faenza, Deruto e
Montelupo.
Em todas estas cidades desenvolveram-se indústrias bem distintas, cada qual
com estilo e técnica próprios: os sistemas de cozimento e esmaltação, a composição
dos vernizes, tudo era mantido em rigoroso segredo. Basta lembrar, entre os
ceramistas italianos, Luca e Andrea Della Robbia, que souberam criar baixos-relevos
de terracota vidrada e pintada, que se veem em quase toda parte, nas paredes das
vilas e dos castelos da Itália Central.
A escola de Faenza ganhou tanta celebridade que deu seu nome a todos os
objetos de cerâmica que, da Itália, se difundiam pela Europa: daí o nome faiança em
português, e o faience, lembrando o nome da cidade Romana.
209

20.3. A cerâmica na atualidade

A cerâmica, que é praticamente tão antiga quanto a descoberta do fogo, mesmo


utilizando os antigos métodos artesanais, pode produzir artigos de excelente
qualidade.
Nos últimos anos, acompanhando a evolução industrial, a indústria cerâmica
adotou a produção em massa, garantida pela indústria de equipamentos, e a
introdução de técnicas de gestão, incluindo o controle de matérias-primas, dos
processos e dos produtos fabricados.
A Indústria Cerâmica na atualidade pode ser subdivida em setores que
possuem características bastante individualizadas e com níveis de avanço
tecnológicos distintos.

1. Cerâmica Vermelha:

Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na


construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos
cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico e de
adorno. As lajotas muitas vezes são enquadradas neste grupo, porém o
mais correto é em Materiais de Revestimento.

Imagem 107: Vaso em Cerâmica Vermelha

2. Cerâmica Branca:
210

Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos


por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea
transparente e incolor, e que eram assim agrupados pela cor branca da
massa, necessária por razões estéticas e/ou técnicas. Com o advento dos
vidrados opacificados, muitos dos produtos enquadrados neste grupo
passaram a ser fabricados sem prejuízo das características para uma dada
aplicação, com matérias-primas com certo grau de impurezas, responsáveis
pela coloração.

Dessa forma é mais adequado subdividir este grupo em:

I. Louça sanitária
II. Louça de mesa
III. Isoladores elétricos para alta e baixa tensão
IV. Cerâmica artística (decorativa e utilitária).
V. Cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico e
mecânico.
VI. Materiais Refratários.

Imagem 108: Ilustração da Cerâmica Branca I


211

3. Material Refratário

Este grupo compreende uma diversidade de produtos que têm como finalidade suportar
temperaturas elevadas, nas condições específicas de processo e de operação dos
equipamentos industriais que, em geral, envolvem esforços mecânicos, ataques químicos,
variações bruscas de temperatura e outras solicitações.
Para suportar estas solicitações e em função da natureza das mesmas, foram
desenvolvidos inúmeros tipos de produtos, a partir de diferentes matérias-primas ou
mistura destas. Assim, podemos classificar os produtos refratários quanto à matéria-prima
ou componentes químicos.

ANOTAÇÕES

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
212

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Imagem 109:Cerâmica refratária

Os produtos deste segmento podem ser classificados em:

a) Refratários isolantes que se enquadram no segmento de refratários;


b) Isolantes térmicos não refratários, compreendendo produtos como vermiculita
expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã de rocha(que
são obtidos por processos distintos ao do item a), e que podem ser utilizados,
dependendo do tipo de produto, até 1100ºC;
c) Fibras ou lãs cerâmicas que apresentam características físicas semelhantes às
citadas no item b, porém apresentam composições tais como sílica, sílica-alumina,
alumina e zircônia, que dependendo do tipo, podem chegar a temperaturas de
utilização de 2000º C ou mais.
213

4. Fritas e Corantes

Estes dois produtos são importantes matérias-primas para diversos segmentos


cerâmicos que requerem determinados acabamentos.

I. Frita (ou vidrado fritado) é um vidro moído, fabricado por indústrias


especializadas a partir da fusão da mistura de diferentes matérias-primas. É
aplicado na superfície do corpo cerâmico que, após a queima, adquire
aspecto vítreo. Este acabamento tem por finalidade aprimorar a estética, tornar
a peça impermeável, aumentar a resistência mecânica e melhorar ou
proporcionar outras características.

II. Corantes - constituem-se de óxidos puros ou pigmentos inorgânicos


sintéticos, obtidos a partir da mistura de óxidos ou de seus compostos. Os
pigmentos são fabricados por empresas especializadas, inclusive por muitas
das que produzem fritas, cuja obtenção envolve a mistura das matérias-
-primas, calcinação e moagem. Os corantes são adicionados aos esmaltes
(vidrados) ou aos corpos cerâmicos para conferir-lhes colorações das mais
diversas tonalidades e efeitos especiais.

5. Abrasivos
Parte da indústria de abrasivos, por utilizarem matérias-primas e processos
semelhantes aos da cerâmica, constituem-se num segmento cerâmico. Entre os
produtos mais conhecidos podemos citar o óxido de alumínio eletrofundido e o carbeto
de silício.

Vidro, Cimento e Cal. O aprofundamento dos conhecimentos da ciência dos


materiais proporcionou ao homem o desenvolvimento de novas tecnologias e o
aprimoramento das existentes, nas mais diferentes áreas, como aeroespacial,
eletrônica, nuclear e muitas outras, que passaram a exigir materiais com qualidade
excepcionalmente elevada. Tais materiais passaram a ser desenvolvidos a partir de
matérias-primas sintéticas de altíssima pureza e por meio de processos
214

rigorosamente controlados.

Eles são classificados, de acordo com suas funções, em: eletroeletrônicos,


magnéticos, ópticos, químicos, térmicos, mecânicos, biológicos e nucleares.
Os produtos deste segmento são de uso intenso que a cada dia tende a se
ampliar. Como alguns exemplos, podemos citar: naves espaciais, satélites, usinas
nucleares, materiais para implantes em seres humanos, aparelhos de som e de
vídeo, suporte de catalisadores para automóveis, sensores (umidade, gases e
outros), ferramentas de corte, brinquedos, acendedor de fogão etc.

6. Revestimentos Cerâmicos

As placas cerâmicas são constituídas, em geral, de três camadas:


a. Osuporte ou biscoito;
b. O engobe, que tem função impermeabilizante e garante a aderência da
terceira camada; e
c. O esmalte, camada vítrea que também impermeabiliza, além de decorar
uma das faces da placa.

O corpo cerâmico compõe-se de matérias-primas naturais, argilosas e não


argilosas. Os materiais argilosos são formados de uma mistura de diversos tipos e
características de argilas para dar a composição desejada e são a base do biscoito.
Os materiais não argilosos, quartzo, feldspato e caulim, servem para sustentar o
corpo cerâmico ou promover a fusão da massa; e os materiais sintéticos são
utilizados para a produção de engobes e esmaltes e servem para fazer a decoração
dos revestimentos.
Estes revestimentos são usados na construção civil para revestimentos de
paredes, pisos, bancadas e piscinas, e de ambientes internos e externos. Recebem
Designações tais como: azulejo, pastilha, porcelanato, grês, lajota, piso etc.
A tecnologia do porcelanato trouxe produtos de qualidade técnica e estética
refinada que, em muitos casos, se assemelham às pedras naturais.

São três importantes segmentos cerâmicos e que, por suas particularidades,


215

são muitas vezes considerados à parte da cerâmica.

Imagem 110: Revestimento cerâmico - engobes

7. Cerâmica de Alta Tecnologia/Cerâmica Avançada

O aprofundamento dos conhecimentos da ciência dos materiais proporcionou ao


homem o desenvolvimento de novas tecnologias e o aprimoramento das existentes,
nas mais diferentes áreas, como aeroespacial, eletrônica, nuclear e muitas outras e
que passaram a exigir materiais com qualidade excepcionalmente elevada. Tais
materiais passaram a ser desenvolvidos a partir de matérias-primas sintéticas de
altíssima pureza e por meio de processos rigorosamente controlados. Estes
produtos, que podem apresentar os mais diferentes formatos, são fabricados pelo
chamado segmento cerâmico de alta tecnologia ou cerâmica avançada. (Repetição?)
Eles são classificados, de acordo com suas funções, em:
a) Eletroeletrônicos;
216

b) Magnéticos;
c) Ópticos;
d) Químicos;
e) Térmicos;
f) Mecânicos;
g) Biológicos e;
h) Nucleares.
Os produtos deste segmento são de uso intenso e a cada dia tende a se
ampliar. Como alguns exemplos, podemos citar: naves espaciais, satélites, usinas
nucleares, materiais para implantes em seres humanos, aparelhos de som e de
vídeo, suporte de catalisadores para automóveis, sensores (umidade, gases e
outros), ferramentas de corte, brinquedos, acendedor de fogão etc.

Imagem 111: Revestimento cerâmico alta tecnologia

ANOTAÇÕES

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
217

Imagem 112:Revestimento cerâmico alta tecnologia

8. Revestimentos Cerâmicos

As placas cerâmicas são constituídas, em geral, de três camadas:


a) O suporte ou biscoito;
b) O engobe tem função impermeabilizante e garante a aderência da terceira
camada; e
c) O esmalte, camada vítrea que também impermeabiliza, além de decorar uma
das faces da placa.
O corpo cerâmico compõe-se de matérias-primas naturais, argilosas e não
argilosas. Os materiais argilosos são formados de uma mistura de diversos tipos e
características de argilas para dar a composição desejada e são a base do biscoito.
Os materiais não argilosos, quartzo, feldspato e caulim, servem para sustentar o
corpo cerâmico ou promover a fusão da massa; e os materiais sintéticos são
utilizados para a produção de engobes e esmaltes e servem para fazer a decoração
dos revestimentos.
Estes revestimentos são usados na construção civil para revestimentos de
paredes, pisos, bancadas e piscinas, e de ambientes internos e externos. Rece- bem
Designações tais como:
1. Azulejo;
218

2. Pastilha;
3. Porcelanato;
4. Grés;
5. Lajota;
6. Piso;
7. etc.

A tecnologia do porcelanato trouxe produtos de qualidade técnica e estética


refinada que, em muitos casos, se assemelham às pedras naturais.

Imagem 113:Revestimento cerâmico Porcelanato I


219

Imagem 114 :Revestimento cerâmico Porcelanato II

Imagem 115:Revestimento cerâmico Grês


220

Imagem 116:Revestimento cerâmico Pastilha

ANOTAÇÕES

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
221

Imagem 117: Revestimento cerâmico Lajota

Imagem 118:Revestimento cerâmico Azulejo


222

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Na história da cerâmica, quando surgem as primeiras peças?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________________________________

2) Na evolução da cerâmica, qual a data aproximada da roda de madeira


movida a pedal, para moldar o barro?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_________________________________________________________

3) O que é cerâmica vermelha?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
___________________________________________________ ________________

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
223

Nome: _________________________________________________
Turma:_________________________

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO -

1) O que é material refratário?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2) O que é cerâmica de alta tecnologia / cerâmica avançada? Explique com suas


próprias palavras.

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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
224

21. CARACTERÍSTICA DA SUPERFÍCIE :

(EMBOÇO / CONTRAPISO) PARA RECEBER O REVESTIMENTO CERÂMICO

Resistência mecânica
apropriada:

1. Traço em volume 1:6 piso);


2. Traço em volumes 1:1:6 a 1:2:9 (paredes internas);
3. Traço em volume 1:1/2:5 a 1:2:8 (paredes externas)};
4. Prumada ou nivelada;
5. Plana (sem ondulações);
6. Limpa (sem pó, tinta, mofo, óleo);
7. Isenta de umidade/infiltrações;
8. Fissuras estabilizadas;
9. Curada.

IMPORTANTE
23
Conforme NBR 13753/4/5 , o assentamento dos revestimentos
cerâmicos só deve ocorrer após um mínimo de cura da base:
7 dias sobre contrapiso;
7 dias sobre emboço interno;
14 dias sobre emboço externo; e
28 dias sobre concreto.

21.1 Tipos de argamassas.

21.1.1 Argamassa Colante: Tempo de Descanso.

É o tempo necessário, após o preparo da argamassa colante


(adição de água e mistura) para que os aditivos presentes tornem-se
ativos (reajam for mando as cadeias de polímeros). De modo geral,
fabricantes/normas falam em um tempo da ordem de 10 a 15 minutos.

21.1.2. Tempo de utilização

23
Normas Brasileiras de Regulamentação
225

Tempo durante o qual, a argamassa pode ser utilizada, depois de preparada em


temperatura ambiente.

21.1.3. Aderência

Capacidade da argamassa para fixar uma peça a uma determinada base.


Pode ocorrer por dois princípios:
 Aderência mecânica: Originada pela penetração e pelo endurecimento da
argamassa no interior dos poros da base e da peça.

 Aderência química: Produzida quando, entre dois materiais, desenvolvem-se


uniões por contato na superfície.

21.1.4. Tempo em aberto

Tempo disponível para colocar uma cerâmica entre o momento que a


argamassa se estende sobre a base e o momento em que perde sua capacidade de
colar adequadamente, impregnando integralmente placa.

21.1.5. Transferência

Propriedade da argamassa de deformar-se sob a peça, de modo a obter


uma superfície de contato base/argamassa, da pressão feita sobre a peça (batendo-
a) e do tempo em aberto.

21.1.6. Tempo de ajustabilidade

Tempo disponível para corrigir a posição da peça depois de seu assenta-


mento, sem perda significativa das resistências finais.

21.2 Argamassa para assentamento de revestimentos


226

21.2.1.(Argamassas Colantes)

As argamassas colantes, também chamadas de argamassas adesivas ou


cimento colante, são produtos industrializados vendidos em embalagens apropriadas,
na forma de pó, formados por uma mistura de aglomerante hidráulico, agregados
minerais e aditivos à qual deve ser acrescentada apenas água, for- mando uma pasta
viscosa, plástica e aderente.

21.2.1.1.Tipos de argamassas colantes

I. Argamassa colante industrializada - tipo I (AC I - interior):


Argamassa que atende aos requisitos da tabela seguinte e com
características de resistência às solicitações mecânicas típicas de
revestimentos internos, com exceção daqueles aplicados em saunas,
churrasqueiras, estufas e outros revestimentos especiais.

Imagem 119:Assentamento com argamassa TIPO I (AC I - INTERIOR)

II. Argamassa colante industrializada - tipo II (AC II - exterior):


Argamassa que atende às exigências da tabela a seguir e com
características de adesividade que permitem absorver os esforços
existentes em revestimentos de pisos e paredes externas, decorrentes
de ciclos de flutuação térmica e higrométrica, da ação da chuva e/ou
vento, da ação de cargas como as decorrentes de movimento de
227

pedestres em áreas públicas e de máquinas ou equipamentos leves


sobre rodízios não metálicos.

Imagem 120:Assentamento com argamassa TIPO II (AC II - EXTERIOR)

III. Argamassa colante industrializada - tipo II (AC II - especial) e


(Revestimento de piso novo sobre o piso antigo):
Assentamento de secagem rápida de placas cerâmicas, inclusive
porcelanatos e ardósias em pisos e paredes de áreas internas, em
áreas de grande movimentação de pedestres, como edifícios
comerciais, estações, "shopping centers" etc, assentamento de
revestimentos novos sobre antigos como cerâmica, granilite e epóxi, com
secagem rápida.

Imagem 121: Assentamento com argamassa TIPO II (AC II - ESPECIAL)

IV. Argamassa colante industrializada - tipo III (AC III - alta resistência)
Argamassa colante industrializada que atende aos requisitos da tabela a
seguir e que apresenta propriedades de modo a resistir a altas tensões de
cisalhamento nas interfaces substrato/adesivo e placa cerâmica/adesivo,
228

juntamente com uma aderência superior entre as interfaces, em relação às


argamassas dos tipos I e II.
É especialmente indicada para uso em saunas, piscinas, estufas e ambientes
similares.

Imagem 122: Assentamento com argamassa TIPO III (AC III - ALTA RESISTENCIA) - SAUNA

V. Argamassa colante industrializada - tipo III E (AC III E - especial):


Argamassa colante industrializada que atende aos requisitos da tabela abaixo,
similar ao tipo III, com tempo em aberto estendido, adequada para
assentamento de revestimentos cerâmicos, porcelanatos e granitos de
grandes formatos.
ANOTAÇÕES

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
229

Imagem 123:Assentamento com argamassa TIPO III E (AC III E - ESPECIAL) - GRANDES FORMATOS

VI. Argamassa colante industrializada - para uso específico:

1) Porcelanato;
2) Granito;
3) Mármore;
4) Pastilha cerâmica;
5) Pastilha de vidro;
6) Ardósia.

Imagem 124:Assentamento com argamassa COLANTE INDUSTRIALIZADA- MÁRMORE / GRANITO

PEI Movimento no local Exemplo de utilização


0 Uso somente em paredes Paredes residenciais, comerciais e
industriais
I Baixo Paredes. Pisos de banheiros
internos
230

II Moderado Paredes. Pisos de banheiros e


dormitórios internos
III Médio Paredes. Pisos de todas as
dependências residenciais sem
portas externas
IV Alto Paredes. Piso de toda residência e
pequenas lojas internas de
shopping
V Intenso Paredes. Pisos de residências,
comércios e de algumas
indústrias.

Tabela 18: Tabela de Resistência de Pisos e Revestimentos.

Propriedade Método de ensaio Unidade Argamassa colante industrializada


I II III III-E
Tempo em aberto NBR 14083 Min > 15 > 20 > 20 > 30
Resistência de Aderência
Cura Normal > 0,5 > 0,5 > 1,0 > 1,0
Cura Submersa em Água NBR 14084 MPa > 0,5 > 0,5 > 1,0 > 1,0
Cura em Estufa > 0,5 > 1,0 > 1,0
Deslizamento NBR 14085 Mm > 0,5 > 0,5 > 0,5 > 0,5

Tabela 19:Tabela de Tipos de Argamassa.

IMPORTANTE:
Quando a argamassa for especificada para revestimento de piso, não há necessidade do ensaio de deslizamento.

Informações a serem fornecidas nas embalagens:

1) Designação normalizada;
2) Marca do produto e razão social do fabricante;
3) Massa líquida do produto expressa em quilogramas;
4) Identificação da NBR 14081/98;
5) Instruções e cuidados na utilização do produto;
6) Quantidade de água a ser adicionada (em litros de água por quilograma
do produto ou litros de água por saco);
7) Tempo de descanso;
8) Composição qualitativa);
9) Data de fabricação e prazo de validade (6 meses após fabricação);
10) Condições de armazenamento do produto.
231

Imagem 125:Argamassa.

21.3. Observações importantes

A área da peça que está sendo assentada define o formato dos dentes da
desempenadeira a ser utilizada e a forma de aplicação do revestimento, a saber:

1) Colagem Simples: argamassa colante apenas na base;


2) Colagem Dupla: argamassa colante aplicada na base e no verso da cerâmica.

21.4. O revestimento cerâmico

O revestimento cerâmico é um produto muito antigo. O primeiro exemplo de seu


uso para colorir e decorar superfície data da civilização babilônica, isto é, do século
6 A.C.
Através dos tempos a tecnologia de fabricação foi gradativamente ampliada e
aperfeiçoada. Hoje o consumidor tem à sua disposição produtos nos mais diversos
formatos e modelos, que permitem ousar nos projetos.
Apresentamos algumas alternativas:

Imagem 126: Modelos de Pisos I.


232

01 Formato c/Borda 90º


01 Formato c/Borda 01 Formato, 02 Padrões 03 Formatos, 01 Quadrado
90º (Liso e Decorado), Dando ou Retângulo .
origem a um tapete 01 Faixa decorada e
central decorado. 01 Tozzeto.

PISO 01 PISO 02

PISO 03 PISO 04 PISO 05

PISO 03 PISO 04 PISO 05

Imagem 127:Modelos de Pisos II.

Legenda

PISO 01 02 FORMATOS QUADRADOS

PISO 02 01 FORMATO RETANGULAR


233

PISO 03 02 FORMATOS. UM PODE SER


QUADRADO OU RETANGULAR E UMA
FAIXA RETANGULAR DECORADA.
( PODE-SE ADICIONAR FILETES)

PISO 04 02 FORMATOS. UM REVESTIMENTO


QUADRADO OU RETANGULAR E OUTRO
10 X 10 CM, POR SERVIR DE COMO
FAIXA, POR EXEMPLO.

PISO 05 02 FORMATOS. UM SENDO QUADRADO


E OUTRO UMA FAIXA RETANGULAR
DECORADA, )PODE-SE INCLUIR INSERTS
MISTURADAS NAS PEÇAS
HORIZONTAIS).

Tabela 20: Modelos de Pisos I.

ANOTAÇÕES

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

21.5.Elementos

20.5.1 Decorativos

Seguem, abaixo, os nomes de peças especiais próprias para a criação de


ambientes personalizados.
234

Faixas - são peças retangulares, decoradas, aplicadas em paredes ou pisos.

Também são conhecidas como listellos ou listels.


Para pisos, o nome mais comum é barra.

Imagem 128: Modelo de Pisos com FAIXA DECORATIVA.

ANOTAÇÕES

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Faixas universais - forma de seta e compatíveis com qualquer tamanho de


placa.
235

Imagem 135: Modelos de FAIXA UNIVERSAL.

Soleira- faixa maior de Mármore ou Granito.

Imagem 119: Modelos de SOLEIRAS.

ANOTAÇÕES

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Inserts - placas cerâmicas decoradas no centro.


236

Imagem 129:Modelo de Pisos com tipo INSERTS.

Mosaicos cerâmicos - composição de recortes de peças cerâmicas, formando


um desenho. São usados em pisos ou paredes.

Imagem 130: Modelos de Piso com tipo MOSAICO CERÂMICO

Tozetos - pequenas peças (5 x 5 cm, em média) usadas em pisos ou paredes.


237

Imagem 131: Modelo de Piso com tipo TOZETO.

21.6. Características técnicas

Um bom conhecimento das características técnicas e da performan ce do


revestimento cerâmico, destinado a piso e parede, é de fundamental importância
para que se possa especificar e assentar o produto corretamente. As informações a
seguir são relacionadas às características mais importantes e servem de ferramenta
para avaliar os diversos tipos de produtos disponíveis no mercado.
Em resumo, podemos afirmar que um revestimento cerâmico deve ter as
seguintes características:

I. Impermeabilidade;
II. Facilidade de limpeza;
III. Incombustibilidade;
IV. Resistência;
V. Antialérgico;
VI. Efeito decorativo.

21.6.1. Como analisar as características do revestimento cerâmico?

Estas características são checadas com equipamento e instrumentos em


238

laboratório. Pouca coisa se sabe sobre a qualidade pelo exame visual, mas, algumas
informações podem ser obtidassem instrumentos. Por exemplo:

I. A resistência mecânica elevada se reconhece pelo som quando se bate na


peça;
II. A absorção de água pode ser reconhecida pelo contato com a água no verso da
peça;
III. O tato dá uma ideia sobre a facilidade de limpeza.

IMPORTANTE
A melhor garantia que se pode ter antes da compra, é consultar as informações
do catálogo e verificar as características do produto.

21.6.2. Absorção de água

A absorção de água corresponde a uma estrutura porosa. Materiais compactos


e sintetizados apresentam uma estrutura com baixa absorção de água. Muitas das
características físicas e químicas dos revestimentos cerâmicos de- pendem da sua
porosidade, razão pela qual foi escolhida a absorção de água, expressa em
porcentagem, como parâmetro de classificação.

PRODUTO ABSORÇÃO GRUPO POROSIDAD CARGA DE MÓDULO DE


(%) E RUPTURA > RUPTURA ( mpa)
7,5 mm - ( N )
Porcelanato 0 à 0,5 Bla Baixa > 1.300 > 35
Grés 0,5 à 3 Blb Baixo-média > 1.100 > 30
Semigrês 3à6 Bla Média > 1.000 > 22
Semiporoso 6 à 10 Bllb Médio-alta > 900 > 18
Poroso 10 à 20 Blll Alta > 600 > 15
Azulejo 10 à 20 Blll Alta > 400 > 150

Tabela 21: Aabsorção de água.

21.6.3. Resistência a Abrasão


239

É a característica mecânica da superfície da peça e representa a própria


resistência ao desgaste de superfície, causada pelo trânsito de pessoas e objetos.
Existem dois métodos de avaliação da resistência à abrasão: para produtos
esmaltados e para não esmaltados.
Para produtos esmaltados, o método (PEI) prevê a utilização de um aparelho que
provoca a abrasão por meio de esferas de aço e material abrasivo. O resultado é
usado como base para uma classificação em grupos, como se vê na Tabela a seguir.
Para não esmaltados, é medido o volume de material removido da superfície da peça
quando submetida à ação de um disco rotativo e um material abrasivo.

Obs.: O produto para ser Classe 5 deve resistir, acima de 12.000 giros, sem dano
à superfície.

Nº CLASSE DA RESISTÊNCIA LOCAL DE USO


DE GIROS ABRASÃO
SUPERFICIAL
- PEI
100 0 Desaconselhável para uso.
150 1 Baixa Banheiro/suítes
600 2 Média Ambiente residencial sem porta
para fora.
1.500 3 Média-alta Cozinhas residenciais,
corredores, escritórios
2.200 4 Alta Estabelecimentos comerciais,
localidade interna.
12.000 5 Alta Áreas públicas de alto tráfego:
Shopping Centers, aeroportos,
bancos, restaurantes, bares, etc.

Tabela 22: Resistência de PISO.

21.6.4. Resistência ao impacto

Característica importante em locais onde circulam cargas pesadas, tais como


empilhadeiras, carrinhos industriais etc. Nestas áreas, as rodas devem ser de
borracha com pneu de ar.
240

21.6.5. Resistência à flexão

Existem duas resistências. A primeira é intrínseca à flexão. A segunda é a


resistência de ruptura da peça, que depende da resistência intrínseca do material e
da espessura da peça.
O módulo de resistência à flexão, determinado conforme método normalizado, é
expresso em MPa (Mega Pascal).
A resistência de ruptura é expressa em N (Newtons) ou quilograma-força.

21.6.6. Resistência à mudança brusca de temperatura - Choque Térmico

Característica que indica se o revestimento é capaz de resistir às variações


bruscas de temperatura sem apresentar danos - por exemplo, em saunas, onde as
variações chegam a 70º C.
A norma nacional e internacional prevê que as peças devem resistir a uma
variação brusca de 80º C.

21.6.7. Resistência à gretagem

O termo gretagem refere-se a fissuras, como fio de cabelo, sobre a superfície


esmaltada.
O formato dessas fissuras é geralmente de forma circular, espiral ou como uma
teia de aranha.
A tendência à gretagem é medida em laboratório, submetendo a peça cerâmica
a uma pressão de vapor de 5 ATM por uma hora.
Este teste acelerado reproduz a expansão por umidade que a peça sofrerá ao
longo dos anos, depois de assentada.
A expansão por umidade é a maior responsável pelo aparecimento de
gretagem em revestimentos cerâmicos após o assentamento, e pode ser evitada.

21.6.8. Resistência ao gelo


241

É uma característica importante em revestimentos destinados a terraços,


fachadas, câmara frigorífica (locais sujeitos a temperaturas inferiores a 0º C.
O dano provocado pelo fato da água congelada nos poros da peça aumentar de
volume e, consequentemente, danificar a peça. Os materiais de baixa absorção de
água são mais resistentes ao gelo e, portanto, mais adequados aos ambientes acima
citados.

21.6.9. Resistência ao ataque químico eresistência a manchas

É a capacidade que a superfície cerâmica tem de não alterar sua aparência


quando em contato com determinados produtos químicos que mancham,
padronizados em norma específica. O resultado do teste permite alocar o pro-duto
numa classe de resistência, para cada agente manchante ou para cada produto
químico especificado na norma. As classes, em ordem decrescente
de resistência, são as seguintes:

ANOTAÇÕES

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
QUÍMICA MANCHA
Classe A Resistência química Classe 5 Máxima facilidade
mais elevada de remoção de
manchas.
Classe B Resistência química Classe 4 Mancha removível
média com produto de
242

limpeza (fraco).
Classe C Resistência química Classe 3 Mancha removível
mais baixa com produto de
limpeza (forte).
Classe 2 Mancha removível
com ácido
clorídrico/acetona.
Classe 1 Impossibilidade de
remoção de
manchas.
Tabela 23: Agentes manchantes.

Nota: nos revestimentos para indústrias, é necessário testar os produtos com


os mesmos reagentes que deverão resistir sob as mesmas condições de
temperatura e concentração.

22. DILATAÇÃO

As dilatações podem ser de dois tipos: reversíveis, por variação de temperatura;


irreversíveis, por expansão por umidade. Ambas precisam ser absorvidas pelas juntas
largas e com rejuntamentos flexíveis.

Dilatação térmica:

É muito importante nas fachadas, ao redor de churrasqueiras ou fogões etc. Esta


característica é medida com um aparelho de precisão e o resultado significa o valor
em mícrons, por metro e por grau centígrado, que o material aumenta por metro do
tamanho inicial, quando aquecido até determinada temperatura.
É importante comparar o coeficiente de expansão térmica de peça cerâmica com
os outros materiais da construção civil.

Dilatação por expansão de umidade (EPU):

Este fator é crítico em ambientes úmidos, tais como piscinas, fachadas, sau nas
etc. Produtos cerâmicos porosos apresentam maior expansão de umidade e
este fenômeno pode ser uma das causas do estufamento e da gretagem. Esta
característica é medida e expressa em mm/m e pode ser muito baixa.
243

Coeficiente de Atrito:

Propriedade intimamente relacionada com a segurança garantida ao u suário


ao caminhar sobre o revestimento. Quanto maior o coeficiente de atrito,
menor é o deslizamento. Esta característica antiderrapante deve ser
observada quando se tratar de áreas sujeitas à molhagem como pisos
externos, áreas circundantes de piscinas.

Para piscinas destinadas à fisioterapia e à prática de hidroginástica, usar


coeficiente.

COEFICIENTE DE ATRITO (CA) LOCAL DE USO

< 0,4 Indicado para áreas internas

> 0,4 CA < 0,7 Indicado para áreas externas em nível

Indicado para áreas externas com


> 0,7 aclive ou declive.

Tabela 24: Coeficiente de Atrito.

23. MARCAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS CAIXAS

As caixas contêm informações vitais, referentes à qualidade, calibre (fai xas de


dimensão, com tolerâncias máximas, dos lados das peças cerâmicas) e qualidade.
As embalagens devem ter as seguintes identificações:
1. A marca do fabricante e/ou a marca comercial, com o país de origem;
2. A identificação de qualidade;
3. Os revestimentos cerâmicos são divididos em 3 classes:
244

a. Qualidade Alta (Chamada de "extra" ou "A");


b. Qualidade Comercial "C", "B";
c. Qualidade Popular "D".
4. Tipo de revestimento cerâmico (Grupo de absorção);
5. Tamanho nominal (N) e tamanho de fabricação (W), modular ou não;
6. Natureza da superfície: GL glazed ou UGL unglazed, esmaltado e não
esmaltado respectivamente;
7. Classe de abrasão para revestimentos cerâmicos esmaltados(PEI);
8. Nome ou código de fabricação do produto;

9. Tonalidade do produto;
10. Código de rastreamento do produto: dia, hora, turma e lote de
fabricação.
11. Metros quadrados que cobrem x número de peças;
12. Especificação de junta superficial.

24. ESPECIFICAÇÕES DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS E INDICAÇÕES DE


USO DAS ARGAMASSAS COLANTES

Em cada tipo de aplicação, haverá a descrição das Principais Características


que devem ser levadas em consideração; tais características estão evi denciadas nas
fichas técnicas que apresentamos a seguir, tendo como objetivo dar-lhe condições de
orientar seus clientes.
Obs.: Salientamos que os valores e especificações aqui discriminados são
245

referenciais. Alertamos que a particularidade de cada projeto deve ser levada em


consideração, e que, portanto, algumas características poderão ser alteradas.

Imagem 133: Preparação de argamassa.

ANOTAÇÕES

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
246

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Resistên Res.
Classe de
LOCAL Absorção cia às Ataque Observação
abrasão manchas químico
Resistência
antigretagae
Banheiros m deve ser
residenciais PEI 1 ou Classe 4 exigida do
0 % à 20% Classe B
e mais ou 5 fabricante :
semelhantes ARGAMASS
A COLANTE
TIPO - I

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: UTILIZE REJUNTE IMPERMEÁVEL NOS CHUVEIRO

Classe A
Ácido
Câmaras Argamassa
PEI 4 ou 5 láctico -
frigoríficas e 0% à 3% Classe 5 Colante
p/ pisos ácido
semelhantes Tipo: III -E
clorídric
o 10%

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: PLACA COM RESISTÊNCIA AO CONGELAMENTO

0% à 20%
Revestimento com
absorção maior que 10% Argamassa
é especificado para Classe A Colante
Churrasqueir paredes, pois apresenda ou B Flexível
a, lareira e módulo de ruptura baixo Produto Tipo: III
Classe 5
fogões Parede: PEI 0; s AQUECIMEN
industriais domésti TO
Piso interior: PEI 3; cos. EXETERNO
ATÉ 70º C
Fogões Industriais: PEI
5.

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: DILATAÇÃO TÉRMICA E RESISTÊNCIA AO


CHOQUE TÉRMICO INTERNAMENTE ASSENTAR REFRATÁRIO.
247

Resistênc Res.
Classe de
LOCAL Absorção ia às Ataque Observação
abrasão manchas químico
.
0% à 20%
Revestime Cozinhas Argamassa Colante
nto com Residenciais Tipo: I
absorção : PEI 3; COZINHAS
maior que Cozinhas RESIDENCIAIS
Cozinhas, 10% é Industriais:
restaurant especificad PEI 4; Classe 5 Classe A Argamassa Colante
es e o para Padarias: Tipo: III - Cozinhas
padarias paredes, PEI 5. Industriais
pois
apresenda
Argamassa Colante
módulo de Tipo III - Padarias
ruptura
baixo

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: ESTEJA ATENTO À RESISTÊNCIA ÀS MANCHAS APÓS


ABRASÃO

Argamassa Colante
Escadas e . Classe 4 Classe A Tipo: II
rampas 0% à 6% PEI 5. ou 5 ou B

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: COEFICIENTE DE ATRITO MAIOR OU IGUAL A 0,7% - ANTIDERRAPANTE

Gretagem:
Resistência
antigretagem deve
. ser exigida do
Fachadas Fachadas: Classe 4 Classe A
0% à 6% fabricante.
e terraços PEI 0; ou 5 ou B
Terraços: ARGAMASSA
PEI 3. COLANTE
FLEXÍVEL TIPO: III

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: EXPANSÃO POR UMIDADE MENOR QUE 0,6 mm/m; GARRA
REENTRANTE NO VERSO DAS PEÇAS, PERFIL: “RABO DE ANDORINHA”

Argama
ssa
.
Garagens Classe 5 Classe A Colante
0% à 6% PEI 5. Tipo: III

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: CARGA DE RUPTURA 1000N; RESISTÊNCIA AO IMPACTO


248

Resistê
Classe ncia às Res. Ataque
LOCAL Absorção de Observação
manch químico
abrasão as
Gretagem: Resistência
Classe A antigretagem deve ser
Laticínios, . Classe exigida do fabricante.
matadouros 0% à 3%
PEI 5 5 Ácido
e açougues Láctico ARGAMASSA COLANTE
TIPO: III

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: AUSÊNCIA DE CHUMBO E CÁDMIO - PREJUDICIAIS À SAÚDE.

Paredes

Obs.: Essas
especificaç
ões são
básicas e
referenciais
para
qualquer
tipo de Gretagem: resistência
parede. Classe A ou antigretagem deve ser
Entretanto, B exigida do fabricante.
. Classe
em 0% à 20% PEI 0. 4 ou 5
ambientes Produtos ARGAMASSA COLANTE
externos, domésticos TIPO: I
internos e
aplicações
particulares
possuem
mais
detalhament
o nas
especificaç
ões

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: RESISTÊNCIA À INTEMPÉRIES (EM LOCAL EXTERNO), COM EXPANSÃO


POR UMIDADE MENOR QUE 0,6 mm/m.

Gretagem: Resistência
Pavimentos antigretagem deve ser
. Classe A
públicos, Classe exigida do fabricante.
0% à 6%
com alto PEI 5 5
trafégo ARGAMASSA COLANTE
TIPO: III

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: RESISTÊNCIA À ABRASÃO.


249

Resistên
Classe Res.
cia às
LOCAL Absorção de Ataque Observação
mancha
abrasão químico
s
Gretagem: Resistência
antigretagem deve ser
. Produto exigida do fabricante.
Piscinas 0% à 6% Classe 5 s de
PEI 1 piscinas ARGAMASSA COLANTE
TIPO: II

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: EXPANSÃO POR UMIDADE MENOR 0,6 mm/m;


ENSAIO ANTIGRETAGEM ESPECIAL: SETE CICLOS É O MAIS AVANÇADO.

Gretagem: resistência
antigretagem deve ser
Pisos exigida do fabricante.
. Classe A
industriais Classe 5
0% à 6% PEI 5. ARGAMASSA COLANTE
TIPO: III

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: RESISTÊNCIA AO IMPACTO, RESISTÊNCIA QUÍMICA DE


ALTA CONCENTRAÇÃO E RESISTÊNCIA À CARGA DE RUPTURA.

Gretagem: Resistência
antigretagem deve ser
Pisos para . exigida do fabricante.
postos de 0% à 6% Classe 5 Classe A
gasolina PEI 5
ARGAMASSA COLANTE
TIPO: III

CARACTERISTICAS ESPECIAIS: RESISTÊNCIA AO IMPACTO.

.
0% à 20%
( Revesti
mento
com
absorção Gretagem: resistência
Residência maior que antigretagem deve ser
s, exceto 10% é Classe A exigida do fabricante.
Classe 4
ambientes especifica ou B
PEI 3 ou 5
externos do para ARGAMASSA COLANTE
paredes, TIPO: I
pois
apresenta
módulo
de
ruptura
baixo.)
CARACTERISTICAS ESPECIAIS: PEI DIFERENCIADO PARA SALAS (PEI 3), QUARTOS
( PEI 2) E BANHEIROS (PEI 1).
250

Tabela : 25

25. PAGINAÇÕES

No caso de piso, pode-se iniciar a paginação com placas inteiras a partir do


ponto de maior visibilidade e recortar a peça onde o piso não está evidente. Quando o
ambiente é mais amplo, a solução é partir do centro e trabalhar as bordas, que
podem ser executadas com recortes da própria peça ou, quando a modulação
permitir, com um barrado ou mosaico. "A preocupação é verificar quantas cerâmicas
inteiras cabem no ambiente, dividir o restante por dois e fazer o corte em todo o
contorno".

Imagem 134: Paginação de revestimento cerâmico.


251

26. JUNTAS NO REVESTIMENTO CERÂMICO

Antes do assentamento da cerâmica, é necessário que estejam bem definidos a


dimensão e o posicionamento das juntas. As juntas são indispensáveis na medida em
que se constituem em um elemento determinante da estabilidade dos revestimentos.
Elas podem ser de vários tipos:

1. Juntas de Assentamento:
São as juntas entre as peças que compõem o revestimento. Têm como
finalidades:
Absorver os desbitolamentos das peças cerâmicas, facilitando o
alinhamento. Estas juntas, juntamente com o material de enchimento
utilizado no seu preenchimento, devem impedir a propagação de tensões
de uma peça para a outra, afastando o risco de flambagem do
revestimento.

Imagem 135: Junta de assentamento.


252

Imagem 136: Junta de assentamento II.


253

Imagem 137: Junta de assentamento III.

2. Juntas Estruturais:
São as juntas já existentes na estrutura de concreto. Na posição onde
estiverem devem ser mantidas e com a mesma largura em todas as
camadas que constituem o revestimento.

Imagem 138: Junta estrutural.

ANOTAÇÕES

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
254

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Juntas de Movimentação e de Dessolidarização.
Estas juntas visam permitir a movimentação do pano cerâmico como um
todo.

Imagem 139:Junta de movimentação e de dessolidarização.

26.1. Posicionamento das juntas

As normas NBR24 13753, NBR 13754 e NBR 13755, que tratam do


assentamento de revestimento cerâmico utilizando argamassa colante, recomendam
os seguintes parâmetros para execução das Juntas de Movimentação:

1. Em Fachadas: recomenda-se a execução de juntas horizontais espaçadas,


no máximo, a cada 3m ou a cada pé-direito, na região de encunhamento da
24
NBR - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
255

alvenaria, e juntas verticais a cada 6m;


2. Em Paredes Internas: a cada 32 m², ou sempre que uma das dimensões do
revestimento for maior que 8 m;
3. Em Paredes Internas sujeitas à insolação/umidade: a cada 24 m², ou sempre
que uma das dimensões do revestimento for maior que 6 m;
4. Em Pisos Internos: a cada 32 m², ou sempre que uma das dimensões do
revestimento for maior que 8 m²
5. Em Pisos Externos: a cada 20 m², ou sempre que uma das dimensões do
revestimento for maior que 4 m.

As mesmas normas acima citadas fazem as seguintes referências sobre


os pontos onde devem ser executadas as juntas de dessolidarização:

1. Nos cantos verticais;


2. Nas mudanças de direção do plano do revestimento;
3. No encontro da área revestida com pisos e forros, colunas, vigas ou
outros tipos de revestimentos;
4. Onde houver mudança de material que compõe a estrutura-suporte de concreto
para a alvenaria.

26.2. Material de preenchimento das juntas

I. Borracha alveolar;

II. Polyetileno expandido (Tarucel);

III. Isopor;

IV. Cortiça;

OBSERVAÇÃO:
Preencher as juntas expostas com material flexível e impermeável (mástique 25,
25
O mástique, mastique ou mastic é uma resina obtida do lentisco (Pistacia lentiscus). A resina é vendida no
mercado na forma de gotas ou lágrimas arredondadas, com cerca de 5 mm de diâmetro.1É aplicado geralmente em
256

silicone)

26.3. Largura das juntas

As normas da ABNT não especificam valores para a largura das juntas,


informando que elas devem ser dimensionadas em função das movimentações
previstas para o revestimento e em função da deformibilidade admissível do
selante, respeitando o coeficiente de forma (largura/profundidade).

Argamassa total entre


pilar e bloco

Espessura da junta
vertical (10mm +/- 3)

Espessura da junta
horizontal (10mm +/- 3)

Espessura da junta da
assentamento inicial
Min - 5mm
Máx - 20mm

Imagem 140: Largura da junta.

ANOTAÇÕES

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

construção, para a vedação elástica de juntas estáticas ou com ligeiro movimento tais como: vedação de carpintaria
(madeira, alumínio e PVC) , vidros, dentre várias outras utilidades.

Disponível em: WWW.wikipedia.org/wiki/mastique


257

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Tipo de Aplicação Tipo de Ladrilho Largura Mínima da


Junta (mm)
Extrudido 6
Exteriores
Prensado 5
Pavimentos Extrudido 6
Interiores Prensado (s< 500 cm²) 2
Prensado (s > 500 cm²) 3
Paredes Exteriores Extrudido 6
Prensado 4
Interiores Extrudido 6
Prensado (s < 500 cm²) 2
Prensado ( s > 500 cm²) 3

Tabela 25: Aplicações e Largura da junta.


258

Imagem 141: Aplicações da junta26.

Imagem 142: Aplicações da junta de Serragem ou Junta Serrada.

26.4. Argamassa de rejuntamento


Uma preocupação com o material de enchimento das juntas é justificada por
este ser o ponto mais fraco do revestimento cerâmico como um todo, na medida em
que as peças possuem a face exposta vitrificada e, portanto, com absorção de água
extremamente baixa (há quem diga praticamente nula).
De tal forma, os transtornos geralmente ocorrem em função da água que
penetra pelas juntas das peças. Assim, em função destas condições de utilização e
das suas finalidades, as principais características desejáveis para um material a ser
utilizado como enchimento de juntas de assentamento, são:

I. Impermeabilidade;
II. Lavabilidade;
III. Estabilidade a produtos químicos;
IV. Elasticidade.

26
http://blogdopetcivil.com/2012/04/13/juntas-em-estruturas-de-concreto/
259

Uma alternativa para a obtenção destas propriedades é a utilização de rejuntes


pré-fabricados. No mercado estão disponíveis produtos com esta finalidade, em três
tipos básicos:

I. Rejuntes convencionais.

São constituídos de agregados minerais, Cimento Portland, pigmentos e


aditivos plastificantes, hidrofugantes e retentores de água, que possuem
características de repelência à água, adesividade, bom acabamento e
polimerização.

Imagem 143: Rejunte convencional.

II. Rejuntes flexíveis.

Além dos componentes e das propriedades do rejunte convencional, possuem


260

adições de resinas poliméricas que conferem ao produto resistência e maior


impermeabilidade.

Imagem 144: Rejunte convencional.

III. Rejuntes a base de resinas sintéticas.

Fornecem elevadas resistências, química e mecânica. Neste grupo, deve--se


ter cuidado com aqueles à base de resina epóxi, pois alguns dos produtos
disponíveis no mercado não são recomendados para aplicação externa.
Rejuntes elaborados para uso específicos (de secagem rápida).
IV. Fachadas;
V. Piscinas;
VI. Porcelanatos;
261

VII. Pedras.

Imagem 145: Rejunte à base de resina sintética.

por grama / m² ( largura das juntas (mm))

Tamanho da 2mm 4mm 6mm 8mm 10mm


peça

20 x 20 x 3 860g 1560g

50 x 50 x 5 560g 1100g 1620g 2120g 2590g

75 x 75 x 5 380 g 750g 1100g 1450g 1790g

100 x 100 x 6 340g 670g 1000g 1260g 1650g

100 x 200 x 5 210g 420g 630g 860g 1440g

150 x 150 x 3 110g 220g 340g 450g 560g

150 x 150 x 5 240g 380g 560g 750g 930g

200 x 200 x 5 180g 280g 420g 560g 700g

300 x 300 x 6 140g 280g 320g 430g 540g

300 x 300 x 8 190g 380g 440g 580g 720g

400 x 400 x 8 140g 280g 330g 440g 540g

Tabela 26:Tabela de consumo de argamassa.


262

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Qual o tempo médio, de MODO GERAL, para que os aditivos presentes tornem-
se ativos na argamassa?
a) ( ) 20 a 30 min.
b) ( ) 5 a 10 min.
c) ( ) 10 a 15 min.
d) ( ) 30 min a 1 hora.

2) O que é tempo em aberto?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3) O que é tempo de ajustabilidade?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________________________
_______________________________________________________________ ___

ESTUDO DE CASO.
Marcos quer revestir um piso externo, com grande movimentação de
pedestres. Qual o tipo de argamassa recomendada?

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
263

____________________________________________________________
____________________________________________________________
Nome: _________________________________________________
Turma:_________________________

EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO -

1) Pedro vai revestir uma sauna e quer saber qual a argamassa recomendada.

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Complete o quadro abaixo:

PEI MOVIMENTO NO LOCAL

PAREDES, PISOS DE BANHEIRO E


DORMITÓRIOS INTERNOS.

III

IV

V
264

MÓDULO VIII

28. PREPARAÇÃO DE ARGAMASSAS

Orientação sobre argamassas colantes e de rejuntamento. Abaixo, alguns tipos


de produto a serem utilizados e recomendados.

Imagem 169: TIPOS DE ARGAMASSAS E SUAS APLICAÇÕES.


265

28.1. Argamassa colante (Monocomponente)


Argamassa constituída à base de cimento, agregados e aditivos químicos não
tóxicos que possibilitam, após adição de água, a formação de uma pasta viscosa,
plástica e aderente.

Imagem 170: ARGAMASSA COLANTE MONOCOPONENTE.

28.2. Argamassa para rejuntamento


As argamassas para rejuntamento podem ser encontradas para juntas de
2 a 20 mm.
Material industrializado cuja finalidade é preencher as juntas de assentamento
entre placas cerâmicas e dar acabamento ao sistema de revestimento cerâmico.
Exemplos de principais características:

1. Baixa permeabilidade;
2. Estabilidade de cor;
3. Capacidade de absorver deformações;
4. Limpabilidade.

Argamassas industrializadas coloridas, à base de cimento branco estrutural,


agregados, minerais, aditivos, polímeros e pigmentos inorgânicos. Próprias para o
rejuntamento das juntas de assentamento dos revestimentos, atendendo às
espessuras de juntas utilizadas.
266

Imagem 171: TIPOS DE ARGAMASSAS.

28.3. Argamassas epóxi (Bicomponentes):


Argamassa (foto ao lado) industrializada de dois componentes, pré-dosados,
que se misturam entre si. Um dos componentes é o “endurecedor” com cargas
minerais. Tem textura com acabamento extraliso, é fácil de limpar, e tem
excepcional aderência e química.

Utilizada para assentamento e rejuntamento.

Imagem 172: REJUNTAMENTO EPOXI.

ANOTAÇÕES
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
267

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

28.4. Solução para restauração de rejuntamento

Renova rejuntamentos sujos, manchados, encardidos ou troca a cor do


rejunte antigo em pisos e paredes, em ambientes internos ou externos. Proporciona
acabamento extraliso e é resistente à formação de bolor e algas (foto abaixo).
Alto rendimento (aproximadamente 10 m 2) e grande durabilidade. Permite a
correção de pequenas trincas e fissuras.
268

Imagem 173: REJUNTAMENTO DE RESTAURAÇÃO.

28.5 . Como fazer o preparo da base e diagnósticos de paredes

O assentamento de placas cerâmicas diretamente sobre as alvenarias dos


blocos descritos na tabela abaixo é permitido somente em áreas internas que estejam
dentro dos quesitos mínimos (planeza, prumo etc.). Caso contrário, esta alvenaria
deverá receber a camada de emboço para sua regularização.

TIPOS DE BASE EM ÁREAS TIPOS DE BASE EM ÁREAS


INTERNAS: CONFORME NBR 13-754 EXTERNAS CONFORME NBR 13-755
Emboço Sarrafeado ou Desempenado Emboço
Concreto
Blocos Vazados de Concreto
Blocos de Concreto Celular
Blocos Sílico- Calcários
Tabela 27: TIPOS DE BASES.

28.6. Planeza

Verifique a planeza da base, utilizando uma régua retilínea com 2 m de


comprimento. Os desvios não devem ser maiores que 3 mm em relação à régua. Se
em 1 m² os defeitos não excederem a 20%, são considerados ge neralizados. Neste
caso faça a correção pontual deste desvio. Se os defeitos excederem estes limites
não são considerados generalizados, e a melhor recomendação é refazer este
emboço.
269

Imagem 174: VERIFICANDO A PLANEZA.

28.7. Aderência do emboço


Verifique se a base não apresenta som cavo (oco) ao ser percutida com um
martelo. As áreas soltas deverão ser refeitas.

Imagem 175: VERIFICANDO A ADERÊNCIA DO EMBOÇO .

28.8. Presença de umidade


A superfície não pode apresentar umidade por capilaridade. Caso ocorra este
tipo de umidade, é necessária a realização de um tratamento apropriado, antes da
execução dos trabalhos de assentamento.
270

Imagem 176: UMIDADE EM PAREDE INTERNA.

28.9 . Prumo
Verifique o prumo da base, utilizando um nível de prumo. O desvio de prumo não deve
exceder à seguinte medida: altura da alvenaria (em metro) / 900

Imagem 177: MEDIÇÃO DE PRUMO E NÍVEL DE PAREDE.

28.10 Dureza

Verifique a dureza da superfície em diferentes pontos com um prego. A base é


resistente se o risco for superficial. Lembre-se que a base deve apresentar
resistência compatível com os esforços a que será submetida.
271

Imagem 178: VERIFICANDO A DUREZA.

28.11. Correções
Se uma base não for suficientemente resistente aos esforços a que será
submetida, deve-se eliminá-la e refazê-la para aplicação da argamassa colante.

Imagem 179: CORREÇÕES NO TETO.

28.12. Limpeza

As bases devem estar sempre limpas, sem pó, óleo, tinta ou qualquer outra
substância que impeça a boa aderência da argamassa colante.

A base de concreto deverá ser escovada (escova de aço). Depois, eliminar por
lavagem de alta pressão tudo o que possa prejudicar a aderência: óleo,
desformantes (ato de retirar a forma), resíduos de cimento, hidrófugos de superfície
(fissuras sugadoras de líquidos) etc.
272

Imagem 180: LIMPEZA DA BASE.

28.13 Porosidade
Se a água escorrer sobre a base, ela tem baixa absorção. Se a água é
absorvida rapidamente sobre a base, ela é muito absorvente. Neste caso, molhe a
base antes de iniciar a aplicação.

Imagem 181: POROSIDADE DE PISO.


Assentamentos executados diretamente sobre concreto, blocos vazados de
concreto, blocos sílico-calcários e blocos de concreto celular deverão ser previamente
umedecidos e não se deve saturá-los momentos antes da aplicação.
Condições de aplicação:

I. Não aplicar sob condições desfavoráveis, como chuva, sol intenso e vento forte;
II. Verificar se a base a ser revestida apresenta resistência suficiente para
receber o revestimento cerâmico e para suportar as condições de
273

utilização do local;
III. Proteger da água da chuva, por 24 horas, o revestimento realizado em
áreas externas;
IV. Não molhar a cerâmica.

Imagem 182: ASSENTANDO REVESTIMENTO.

O revestimento a ser assentado deve estar seco e limpo, não havendo


necessidade de saturar a cerâmica antes do assentamento.
274

Imagem 183: ASSENTANDO REVESTIMENTO II.

ANOTAÇÕES

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
275

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Quais as principais características da ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________________

2) Qual a característica da ARGAMASSA EPOXI, BICOMPONENTE?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________________
_______________________________________________________________ ___

3) Qual o tipo de rejuntamento para renovar o rejunte sujo, manchado,


encardido ou trocar de cor de rejuntamento?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________
4) Para que serve o prumo?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
276

1. Retirar o engobe (caixa de papelão protetora).

Imagem 184: RETIRADA DE ENGOBE.

O revestimento deve estar com o verso limpo, isento de material pulverulento


(material deixado pela fita colante ou esmalte). Faça a escovação antes de iniciar o
assentamento.

2. Verificação do Revestimento e Paginação

Imagem 185: VERIFICAÇÃO DO REVESTIMENTO.


277

Antes de iniciar o assentamento, escolha e remova algumas cerâmicas de caixas


distintas, coloque-as no chão, e verifique se há diferença de tonalidade e tamanho
entre elas. Faça um estudo de paginação.

3. Mistura da argamassa

Imagem 186: MISTURA DE ARGAMASSA.

Em um recipiente estanque, limpo, protegido do sol, vento e chuva, misture


todo o conteúdo de um ou mais sacos. Misture bem até obter uma consistência
pastosa e firme, sem grumos secos.

4. Aplicação da argamassa na base (espessura de 3 a 4 mm)


Estenda a argamassa com lado da desempenadeira.

Imagem 187: APLICAÇÃO DE ARGAMASSA


278

Imagem 188 APLICAÇÃO DE ARGAMASSA II

5. Formação dos cordões paralelos.


Passe o lado da desempenadeira em ângulo de 60° em relação à base,
formando cordões e sulcos paralelos.

Imagem 189: APLICAÇÃO DE ARGAMASSA III


279

6. Dupla camada para placas com grandes formatos.


Aplique argamassa com o lado liso da desempenadeira, depois forme os
cordões paralelos, no verso das placas com área igual ou superior a 900 cm²
(exemplo 30 X 30 cm).

Imagem 190: APLICAÇÃO DE DUPLA CAMADA, COM GRANDES FORMATOS.

7. Dupla camada para placas com garras no tardoz.


Aplique a argamassa com o lado liso da desempenadeira, preenchendo as
saliências das placas maiores que 1mm no verso.

Imagem 191: APLICAÇÃO DE DUPLA CAMADA PARA PLACA COM TARDOZ.


280

8. ASSENTANDO AS PEÇAS
Aplique as peças ligeiramente fora da posição, ajuste a placa até a posição final
e pressione com os dedos, batendo com o martelo de borracha, até conseguir o
amassamento dos cordões27.

Imagem 192: ASSENTAMENTO DE PISO.

9. TESTE DE ADERÊNCIA.
Durante a aplicação retire aleatoriamente e verifique quanto o verso da placa
está impregnado de argamassa ou observe o esmagamento dos cordões.

Imagem 193: VERIFICAÇÃO DA ADERÊNCIA.

10.LIMPEZA DE JUNTAS.
27
Cordões: filete feito de argamassa no verso do PISO ou do REVESTIMENTO.
281

NO máximo até 1 hora após o assentamento das placas, remova a argamassa


colante existente nas juntas de assentamento, preparando-as para receber o
rejunte.

Imagem 194:LIMPEZA DAS JUNTAS.

ANOTAÇÕES

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

11.LIMPEZA FINAL
282

Limpe a superfície das placas com esponja limpa e úmida, ou pano grosso de
algodão, para remover qualquer resíduo de argamassa colante sobre as
placas.

Quando for aplicado um revestimento em áreas externas, todo o material a ser


utilizado na aplicação tem que ser apropriado para tal.

Se é externo, o material destinado tem que ser para condições externas:


argamassa para uso externo; as placas cerâmicas, tanto o piso como o
porcelanato e os azulejos, têm que ter essa denominação e classificação,
conforme normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em
conjunto com as regras das NBR.

ATENÇÃO:

Siga à risca todos os procedimentos acima. Não fuja desses padrões, pois eles
são a garantia de que o serviço ficará completo e perfeito.

Imagem 195: LIMPEZA DO PISO.

ANOTAÇÕES
283

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
284

Vejamos, a seguir, o que ocorre com um material equivocadamente empregado


em um determinado serviço de assentamento em área externa.

Observe as fotos e as explicações técnicas sobre o assentamento: através das


fissuras há infiltrações de água de chuva, motivando seu aumento de volume físico e,
como consequência, o destacamento (ou “desplacamento”?) das mesmas.

Vista frontal das partes da


fachada do casa. Notar o
desplacamento no encontro
da peça estrutural com a
parede.

Imagem 196: DESPLACAMENTO DE REVESTIMENTO I.

Vista da fachada lateral do


prédio. Notar deplacamento
junto ao encontro das placas
de cerâmica.

Imagem 197: DESPLACAMENTO DE REVESTIMENTO II.


285

Vista da fachada de um
edifício. Notar o
desplacamento
característico de expansão
por umidade.

Imagem 198: DESPLACAMENTO POR UMIDADE.

Notar a fissura capilar na cerâmica.

Imagem 199: FISSURA CAPILAR DE REVESTIMENTO.

ANOTAÇÕES

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
286

Nome:___________________________________________________

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1 ) Qual o 1º passo antes de iniciar o assentamento do revestimento?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________

2) Qual a espessura da argamassa, na base?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________

3) Explique com suas palavras como se faz o teste de aderência.

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________
4) Cite três problemas que podem acontecer com o piso mal assentado.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________
287

29. ARMAZENAMENTO DE PISOS

Forma de armazenamento de produtos cerâmicos: nas medidas 60 X 60


Cm, à esquerda;, 60 X 120 cm, ao centro; e grande formatos, à direita.

29.1 Equipamentos opcionais

Alguns equipamentos podem ser utilizados para melhorar a eficiência no


assentamento de placas de grandes dimensões.
Para auxiliar no manuseio, podem-se utilizar ventosas que proporcionam maior
segurança e estabilidade no momento de posicionar a placa sobre a argamassa
colante.
O espalhamento dos cordões da argamassa pode ser feito com vibrações, que
auxiliam em áreas extensas para obter produtividade. As figuras abaixo mostram o
uso de ventosas e vibradores, respectivamente:

Imagem 200: VENTOSA PARA FIXAÇÃO DE AZULEJOS.

Imagem 201: VIBRADOR PARA FIXAÇÃO DE AZULEJOS.


288

Apresentaremos agora uma execução de assentamento in loco. Esta


apresentação é real e foi realizada na Cidade de Londrina - PR, acompanhada pelo
Departamento de Pedagogia da Escola CONCRETTA.

NORMA TÍTULO
Revestimento de paredes e teto com
NBR 7.200:1982 argamassas - Materiais, preparo,
aplicação e manutenção - Procedimento.
Assentamento de azulejos -
NBR 8.214:1983
Procedimento.
Revestimento de piso interno e externo
NBR 13.753:1996 com placas cerâmicas e com utilização
de argamassa colante - Procedimento
Argamassa colante industrializada para
NBR 14.081: 1998 assentamento de placas de cerâmica -
Especialização
Tabela 27:

Vamos observar algumas regras a serem seguidas. A obra a ser executada é


em uma sala de aproximadamente 70m² de área, em um apartamento de um edifício
residencial. O assentamento foi executado por um profissional e um ajudante,
funcionários de uma empresa terceirizada, que foi contratada pela construtora do
edifício.
Os materiais utilizados no assentamento foram fornecidos pela Construtora. A
escolha da placa de porcelanato e da espessura da junta de assentamento foi
realizada pelo proprietário do apartamento, sendo empregada uma junta de 1,5mm
de espessura.
Não foram executadas juntas de movimentação ou dessolidarização, embora as
mesmas sejam necessárias, devido às dimensões do ambiente onde ocorreu o
assentamento.

29.2 Materiais e equipamentos empregados

Para a execução do revestimento cerâmico foram utilizados os seguintes


289

materiais e equipamentos:
I. Placa de porcelanato técnico com dimensões de 60 x 120 cm da marca
C1;
II. Argamassa colante AC-II da marca A1 - porcelanato interno;
III. Desempenadeira metálica com dentes quadrados 8 x 8 x 8 mm;
IV. Martelo de borracha;
V. Linha de nylon;
VI. Colher de pedreiro;
VII. Recipiente para mistura da argamassa.

29.3 Técnica de assentamento

A seguir serão apresentadas as atividades pelo profissional durante o


assentamento:
I. Após uma análise do contrapiso, para verificação da planitude e do
nivelamento, foram utilizadas duas linhas de nylon. As linhas servem
para posicionamento, então, elas foram posicionadas de forma ortogonal
uma à outra.

ANOTAÇÕES

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
290

LINHA DE NYLON

Imagem 202: LINHAS ORTOGONAIS PARA DETERMINAR PLANICIDADE E NIVELAMENTO DO SOLO.

II. Antes de iniciar o assentamento, o profissional limpou com uma vassoura


o contrapiso e, devido ao fato de o mesmo ser bastante poroso,
conforme ele dava sequência ao assentamento, umedecia o piso
imediatamente antes de assentar a placa.
III. O ajudante foi encarregado de fazer a mistura manual da argamassa
colante em recipiente para mistura com a colher de pedreiro. A
quantidade de água utilizada por saco de 20kg de argamassa foi de 4,5
litros.
IV. Conforme informações do profissional, devido à grande dimensão da
placa de porcelanato, aliada ao problema de empenho apresentado pela
mesma, o assentamento foi realizado com aplicação de argamassa
colante no piso e na placa, estando a placa completamente seca.
291

Imagem 203: ASSENTAMENTO DE PORCELANATO DE GRANDE FORMATO.

V. Depois de espalhada a argamassa colante no piso e na placa, o


profissional, auxiliado pelo ajudante, posicionava a placa no local exato
do assentamento, como mostra a figura abaixo. A quantidade de
argamassa colante aplicada no piso era o suficiente para assentar uma
placa por vez.

Imagem 204: APLICAÇÃO DE ARGAMASSA EM PORCELANATO.

VI. Depois de posicionada, a placa foi percutida com martelo de borracha


para o esmagamento dos cordões de argamassa colante. O desnível
entre placas adjacentes, que não deve ser superior a 1 mm, neste
momento é conferido com o auxílio de linha de nylon.
292

VII. Imediatamente após ser assentada a placa, procedeu-se à limpeza da


junta de assentamento e à colocação de espaçadores, para dar
sequência ao assentamento das demais placas.

Imagem 205: APLICAÇÃO DE ARGAMASSA EM PORCELANATO.

ANOTAÇÕES

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Imagem 206: UTILIZAÇÃO DE RÉGUA METÁLICA.

Imagem 207: UTILIZAÇÃO DE ESPAÇADORES.


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Imagem 208: UTILIZAÇÃO DE ESPAÇADORES II.

Imagem 209: UTILIZAÇÃO DE ESPAÇADORES III.

ANOTAÇÕES
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Nome:___________________________________________________
296

Turma:_____________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO -

1) Para que servem as ventosas de fixação de azulejos?


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2) Sobre as técnicas de assentamento de piso, qual deve ser o primeiro passo?


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3) Para que serve o espaçador de plástico?


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Bibliografia:

ARAÚJO, Luís Otávio Cocito de, FREIRE, Tomás Mesquita. Tecnologia e Gestão de
Sistemas Construtivos de Edifícios: Apostila da Disciplina Tecnologia de Produção de
Edificações em Concreto Armado. São Paulo: Universidade Federal de São Carlos, Pró-
Reitoria de Extensão, Departamento de Engenharia Civil. 2004.

JÚNIOR, Roberto de Carvalho. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura.


2ª edição. São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA, 2008.

MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações Hidráulicas: Prediais e Industriais. Rio de


Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1996.

MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Editora Edgard Blucher


LTDA, 2001.

Sitios de internet:

SECONCI - DF: http://www.seconci-df.org.br/site/html/jornais/SeconciCartilha_WEB.pdf.

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