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ENGENHARIA ELÉTRICA
RODRIGO MACHADO
RODRIGO MACHADO
Paulo Afonso - BA
Dezembro, 2017
RODRIGO MACHADO
Paulo Afonso - BA
Dezembro, 2017
PROJETO DE AMPLIAÇÃO DA SUBESTAÇÃO DO IFBA – CAMPUS DE
PAULO AFONSO
Paulo Afonso - BA
Dezembro, 2017
Paulo Afonso
RODRIGO - BA
MACHADO
TERMO DE APROVAÇÃO
RODRIGO MACHADO
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Danielle Bandeira de M. Delgado
_________________________________________________
Profº. Esp. Fernando Carlos Ferreira de Oliveira
_________________________________________________
Profº. Esp. Paulo Roberto Ribeiro Morais
AGRADECIMENTOS
À minha família, em especial a minha mãe, que apesar das dificuldades sempre me
incentivou a não desistir dos meus sonhos. Não existe adjetivos para descrever a
gratidão que tenho pelo o esforço que todos os meus familiares fizeram para eu chegar
até aqui.
Ao meu primeiro professor de projetos elétricos, Evilásio Diniz, a quem devo grande
parte do meu crescimento profissional.
Aos meus amigos de IFBA e a turma de 2012.2 (Alex, Alisson, Adriano, Bianca,
Emerson, Murilo e Samuel).
Aos amigos, que sempre estiveram do meu lado dando apoio para a realização deste
sonho.
E, por fim, a minha querida vó, Josefa Juvina do Nascimento, que sempre acreditou
em mim.
RESUMO
Substations play a key role in the power system by virtue of its function of transmitting,
distributing and modifying voltage and current levels for various purposes. Within the
distribution subsystem, medium-voltage consumer substations power the entire
electrical system of a building. The IFBA substation - Paulo Afonso campus, more
specifically, after studies by Araújo (2016), is operating at 97% of its capacity. In this
aspect, an increase of loads can cause failure of the substation and, consequently,
make energy unavailable to any institute. Therefore, the present work aims to analyze
the current substation of the IFBA - Paulo Afonso campus to elaborate the new
substation project, with physical and electrical arrangement within the applicable
standards. The base for the research is based mainly on sources such as Mamede
Filho (2010), Araújo (2016), Norma ABNT NBR 14039 (2005), local energy
concessionaire standards and analysis of the IFBA - Paulo Afonso campus. AutoCAD
software was used to design all the graphic parts needed to understand the project.
Based on the data obtained by Araújo (2016) and provided by the Campus Energy
Management Commission, the total demanded load of the IFBA - Paulo Afonso
campus was obtained. As results, a 263.11 kVA demand was obtained and the design
and specifications of the substation equipment serviced by the local utility and the
substation itself. In addition, the project budget was estimated at R $ 60,739.28. In this
way, the construction of the substation project was achieved as a preventive measure,
which may have led to the avoidance of disruption to the institute, greater future
expenses and damage to the electrical installations of the building.
Key Words: Consumer substation. NBR 14039. Substation project. IFBA. Paulo
Afonso.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11
1.1 Motivação ...................................................................................................... 12
1.2 Objetivos ....................................................................................................... 12
1.2.1 Geral ............................................................................................................... 13
1.2.2 Específicos ..................................................................................................... 13
1.3 Estrutura do trabalho ................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 15
2.1 Definições para subestação consumidora ................................................. 15
2.2 Tipos de subestações .................................................................................. 18
2.2.1 Nível de tensão ............................................................................................... 18
2.3 Equipamentos ............................................................................................... 18
2.3.1 Para-raios ....................................................................................................... 19
2.3.2 Mufla terminal primária ................................................................................... 19
2.3.3 Transformador de corrente ............................................................................. 20
2.3.4 Transformador de potencial ............................................................................ 21
2.3.5 Chave seccionadora ....................................................................................... 22
2.3.6 Chave fusível indicadora unipolar ................................................................... 22
2.3.7 Bucha de passagem ....................................................................................... 23
2.3.8 Disjuntor de potência ...................................................................................... 24
2.3.9 Relé ................................................................................................................ 25
2.3.10 Transformador de potência. ............................................................................ 26
2.3.11 Condutores elétricos de média tensão ........................................................... 27
2.3.12 Isoladores ....................................................................................................... 28
2.3.13 Barramento primário ....................................................................................... 29
2.4 Cálculos e considerações para dimensionamento físico e dos
equipamentos de subestação de média tensão ................................................... 30
2.4.1 Corrente nominal primária do transformador de potência ............................... 30
2.4.2 Dimensionamento físico da subestação ......................................................... 31
2.4.3 Cálculo de demanda de unidades do grupo B ................................................ 34
2.5 Normas aplicáveis ........................................................................................ 35
2.5.1 ABNT NBR 5410 ............................................................................................. 35
2.5.2 ABNT NBR 14039 ........................................................................................... 36
2.5.3 NR – 10........................................................................................................... 37
2.5.4 IEC 60364 ....................................................................................................... 38
2.5.5 Normas locais da concessionária de energia elétrica ..................................... 38
2.5.6 Subestação do IFBA - campus de Paulo Afonso.............................................. 38
3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 40
3.1 Metodologia adotada .................................................................................... 40
3.1.1 Atualização da carga instalada do IFBA – campus de Paulo Afonso ............. 40
3.1.2 Cálculo de demanda e escolha dos transformadores ..................................... 41
3.1.3 Dimensionamento do espaço físico e equipamentos da subestação ............. 41
3.1.4 Desenho do arranjo físico da nova subestação e demais considerações ...... 42
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 43
4.1 Cálculo de demanda ..................................................................................... 43
4.2 Cálculo da área da subestação ................................................................... 44
4.3 Dimensionamento dos equipamentos ........................................................ 45
4.3.1 Muflas ............................................................................................................. 45
4.3.2 Para-raios ....................................................................................................... 45
4.3.3 Isoladores ....................................................................................................... 46
4.3.4 Cabos de média tensão .................................................................................. 46
4.3.5 Barramentos primários.................................................................................... 47
4.3.6 Dimensionamento do transformador ............................................................... 48
4.3.7 Dimensionamento do disjuntor de potência .................................................... 49
4.3.8 Dimensionamento dos transformadores de corrente ...................................... 50
4.3.9 Dimensionamento do transformador de potencial .......................................... 51
4.3.10 Dimensionamento chave seccionadora .......................................................... 52
4.3.11 Diagrama unifilar ............................................................................................. 53
4.3.12 Sistema de aterramento.................................................................................. 55
4.4 Dimensionamento físico da subestação..................................................... 55
4.4.1 Altura da subestação ...................................................................................... 55
4.4.2 Porta de entrada da subestação ..................................................................... 56
4.4.3 Cubículo de proteção ...................................................................................... 56
4.4.4 Cubículo de transformação ............................................................................. 57
4.4.5 Área de circulação .......................................................................................... 58
4.4.6 Cubículo de entrada e medição ...................................................................... 59
4.4.7 Arranjo físico completo da subestação ........................................................... 59
4.5 Especificação e orçamento .......................................................................... 60
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 62
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 64
ANEXO A – CAIXA DE MEDIÇÃO ........................................................................... 67
ANEXO B – RAMAL DE ENTRADA ......................................................................... 68
APÊNDICE A – PROJETO ELÉTRICO SE ABRIGADA 375 KVA ........................... 69
11
1 NTRODUÇÃO
1.1 Motivação
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
1.2.2 Específicos
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
i.Finalidade do projeto;
ii.Local em que vai ser construída a subestação;
iii.Carga prevista e tipo de subestação (abrigada, ao tempo, blindada etc.);
iv. Memorial de cálculo de demanda prevista;
v. Descrição sumária de todos os elementos de proteção utilizados, baseado
no fluxo de carga e no cálculo de curto-circuito;
vi. Características completas de todos os equipamentos utilizados (MAMEDE
FILHO, 2017).
elétrica.
Cada concessionária possui suas normas e padrões, portanto quando um
consumidor necessita construir uma subestação, ele deve submeter o projeto a
empresa para análise. As normas próprias de cada concessionária obedecem também
uma norma técnica nacional, a NBR 14039:2005 – Instalações elétricas de média
tensão de 1,0 kV a 36,2 kV.
A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), possui uma
norma específica para o fornecimento de energia elétrica em média tensão de
distribuição à edificação individual, característica de atendimento na qual o IFBA –
campus de Paulo Afonso se enquadra, que é a NOR.DISTRIBU-ENGE-0023 de 2017
(COELBA, 2017b). Esta norma traz definições importantes para o correto
desenvolvimento de um projeto de subestação em média tensão.
Para facilitar o entendimento para com a presente pesquisa, a seguir são
listadas algumas das principais definições trazidas pela norma NOR.DISTRIBU-
ENGE-0023 (COELBA, 2017b) que serão utilizadas no decorrer do trabalho.
Caixa de Medição:
Caixa destinada à instalação dos equipamentos de medição de energia elétrica
da distribuidora.
Carga Instalada:
Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na
unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em
quilowatts (kW).
Concessionária:
Agente titular de concessão federal para prestar o serviço público de
distribuição de energia elétrica.
Consumidor:
Pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, legalmente
representada, que solicite o fornecimento de energia elétrica ou o uso do sistema
elétrico à distribuidora, assumindo as obrigações decorrentes deste atendimento à(s)
sua(s) unidade(s) consumidora(s), segundo disposto nas normas e nos contratos.
Demanda:
Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico
pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um
17
potência de, no máximo, 225 kVA e tensão secundária 220/127 V ou 300 kVA e tensão
secundária de 380/220 V.
Subestação Plena:
Subestação destinada ao atendimento de unidades consumidoras com
potência acima de 225 kVA e tensão secundária 220/127 V ou 300 kVA e tensão
secundária de 380/220 V.
Unidade Consumidora:
Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo
recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição
individualizada e correspondente a um único consumidor.
2.3 Equipamentos
2.3.1 Para-raios
Figura 7 – (A) Bucha de passagem para uso interior e (B) Bucha de passagem para
uso interior/exterior.
2.3.9 Relé
2.3.12 Isoladores
S
Inp = (01)
√3∗Vnp
Onde:
Inp – Corrente nominal do primário (A);
S – Potência aparente nominal do transformador (kVA);
Vnp – Tensão nominal de linha (kV).
31
a) Altura da subestação
b) Porta de entrada
Lp = Dt + 0,60 (03)
Onde:
Lp – Largura da porta de acesso (m);
Dt – Dimensão do transformador (m).
c) Área de circulação
d) Cubículo de entrada
e) Cubículo de medição
f) Cubículo de proteção
Onde:
Dpp – Dimensão do posto de proteção, comprimento ou largura (m);
Dd – Dimensão do disjuntor de potência (m).
g) Cubículo de transformação
Onde:
Dpt – Dimensão do posto de transformação, comprimento ou largura (m);
Dt – Dimensão do transformador de potência (m).
De = a + b + c + d + e + f + g (06)
Onde:
a – Demandas referentes à iluminação e tomadas de uso geral;
b – Demandas dos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento;
c – Demanda dos aparelhos de ar condicionado;
d – Demanda dos motores monofásicos e trifásicos;
e – Demanda das máquinas de solda a transformador;
f – Demanda dos aparelhos de raios X;
35
A NBR 5410 é uma norma de grande importância para o setor elétrico, tanto do
ponto de vista técnico como de segurança, uma vez que tem como função propiciar a
segurança dos usuários e manter o correto funcionamento de toda instalação elétrica
36
de baixa tensão. Sua aplicação não distingue quanto ao tipo instalação, incluindo
assim, áreas descobertas (ABNT, 2005a).
Assim como outras normas brasileiras, a NBR 5410 tem como alicerce
atualmente uma norma internacional a IEC 60364 - Low-voltage electrical installations.
Inicialmente em sua primeira edição, no ano de 1941, tinha como base o extinto
Código de Instalação Elétrica. A partir do ano de 1960, o texto vigente era uma
adaptação da norma americana NEC (National Electrical Code) e, em 1980, sua
revisão tornou a NBR 5410 similar a IEC 60364. Apesar de suas semelhanças, as
duas normas contêm muitas diferenças no conteúdo e na estrutura (ALVES DE
SOUZA; MORENO, 2001).
No Encontro Nacional de Instalações Elétricas (ENIE), na sua 13° edição, foram
divulgados alguns resultados referentes à necessidade de revisão da NBR 5410. O
processo de revisão teve início em 2012, através da CE-03:64.01, pertencente ao
Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei).
A principal motivação para a revisão do texto da norma é as modificações que foram
feitas na IEC 60364, em 2009 (ARANDANET, 2017).
Na coluna da revista O Setor Elétrico, Daniel (2015) relata algumas das
motivações para a atualização do texto da NBR 5410.
Ressalta-se ainda que a aplicação da NBR 5410 tem grande abrangência, pois
até mesmo instalações de média ou alta tensão, possuem componentes que são
atendidos em baixa tensão, como equipamentos de medição e proteção.
Apesar da grande cobertura da NBR 5410, esta não rege todas as instalações
elétricas. Em especial, uma instalação elétrica em média tensão, requer também uma
norma específica: a NBR 14039 (ABNT, 2005b).
A NBR 14039 tem como um dos objetivos garantir a segurança dos usuários e
37
2.5.3 NR – 10
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para execução desta etapa foi utilizada a versão 2015 do software AutoCAD
(CAD= Computer Aided Desing), que está disponível para download no site oficial da
Autodesk, nas versões educacionais 2015, 2016, 2017 e 2018 (AUTODESK, 2017).
Foi realizado o desenho arquitetônico do arranjo físico da subestação a partir
do levantamento realizado por Araújo (2016) e confeccionados os detalhes exigidos
pela norma da concessionária, conforme será apresentado no capítulo posterior.
Para projetar o arranjo físico da subestação, foi necessário também seguir os
requisitos mínimos da NOR.DISTRIBU-ENGE-0023 (COELBA, 2017b), que balizam
as subestações de média tensão.
Destaca-se também que para se determinar a área que a subestação ocupará,
é necessário o dimensionamento dos equipamentos e do(s) transformador(es), que
variam de acordo com sua potência nominal.
De posse dos dados necessários, iniciou-se a elaboração do projeto. Portanto,
seguindo a ordem cronológica de realização do projeto, primeiramente foi calculado a
demanda da edificação, utilizando a norma exigida pela a concessionária de energia
elétrica da local – COELBA –, que é a NOR.DISTRIBU-ENGE-0021 (COELBA,
2017a), destinada a consumidores de baixa tensão. Apesar da instalação ser de
média tensão, se faz necessário recorrer a uma norma de tensão secundária, por
orientação da COELBA (COELBA, 2017b).
43
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Iluminação e pequenas
34,97 38,02 0,92 0,66 25,09
tomadas
Aparelhos
203,80 232,31 0,92 0,38 88,27
Eletroeletrônicos
Aparelhos de ar
168,17 191,97 0,92 0,78 149,74
condicionado
Total 406,94 462,30 0,92 0,61 263,10
44
4.3.1 Muflas
4.3.2 Para-raios
4.3.3 Isoladores
será aterrado com a mesma seção dos condutores de fase. Sendo assim, os
condutores de média tensão terão as características apresentadas na Tabela 7.
375kVA
Inp = = 15,69 𝐴 R.01
√3∗13,8kV
Onde,
Ht = 1370 mm (Tabela 7);
Hac = 900 mm (Tabela 11);
Hc = 600 mm (Tabela 13);
Hi = 200 mm (Tabela 4);
Hab = 200 mm (COELBA, 2017b).
Onde,
Dt = 1,00 m (Tabela 8).
Onde,
Dd = 0,592 mm = 0,59 m (Tabela 9).
Profundidade mínima:
Onde,
Dt (profundidade) = 1305 mm = 1,31 m (Tabela 8).
Largura mínima:
Onde,
Dt (largura) = 1000 mm = 1,00 m (Tabela 8).
58
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO COGE. Relatório nº acidentados com arco elétrico por ano. 2013.
Disponível em: <http://www.funcoge.org.br/csst/relat2010/pdf/br/ste/arco_ano.pdf>
Acesso em: 10 out. 2017. 12:28:19.
LIMA, Danilo de. Cabine primária de média tesão. Trabalho de conclusão de curso
(Engenharia Elétrica) - Ipaussu: INTESP, 2016.