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Princípio do juiz e do promotor natural: tal princípio indica que deve existir, previamente,
uma definição quanto ao juízo competente para apreciar determinada demanda, que esse
juízo deve ser imparcial e que não se pode constituir tribunal ad hoc, ou seja, de exceção.
Triplo grau de jurisdição e instância única: há uma estrutura hierarquizada desse ramo
especializado, qual seja, em 1ª instância as Varas do Trabalho ou, excepcionalmente, juízes
de Direito, em 2ª instância os Tribunais Regionais do Trabalho, e em uma instância
Superior, embora igualmente especializada, o Tribunal Superior do Trabalho. Embora
estruturado em três graus de jurisdição, ao prever que salvo se versar sobre matéria
constitucional nenhum recurso será cabível das sentenças proferidas nos dissídios de
alçada (quando o valor fixado para a causa não exceder de duas vezes o salário mínimo), o
§ 4º do art. 2º da Lei n. 5.584/70 evidencia a existência do princípio da instância única, no
âmbito das demandas sujeitas ao Judiciário Trabalhista.
Poder normativo dos Tribunais do Trabalho: é possível afirmar que por meio dos
dissídios coletivos se produzem as denominadas sentenças normativas, por intermédio das
quais não se estaria definindo uma norma individualizada, para as partes formalmente
constantes da relação processual, apenas, mas uma norma abstrata, aplicável a qualquer
dos membros de determinada categoria econômica e profissional.
A jurisdição, em simplificada síntese, pode ser apresentada como o poder de dizer o direito,
do latim juris dictio. Trata-se, sob tal visão, daquela definição de soberania por meio da qual
o Estado impõe-se como mecanismo apto a solucionar as querelas entre os sujeitos que lhe
são subordinados. Certamente a questão mais polêmica do tema Comissão de Conciliação
Prévia é a passagem obrigatória ou facultativa do empregado por essa comissão antes do
ajuizamento da reclamatória trabalhista.
Competência em razão do valor da causa: É aquela que tem por parâmetro o valor do
pedido ou pedidos, ou seja, toma por base o montante pecuniário da pretensão. No Direito
Processual do Trabalho, o valor da causa é utilizado para a fixação dos procedimentos
(ritos) trabalhistas, abaixo apontados:
➢ procedimento comum (ordinário) – previsto na CLT, abrangendo os dissídios cujo
valor da causa seja acima de 40 (quarenta) salários mínimos;
➢ procedimento sumário (dissídio de alçada) – previsto no art. 2º, §§ 3º e 4º, da Lei n.
5.584/70, abrangendo os dissídios cujo valor da causa seja até 2 (dois) salários
mínimos;
➢ procedimento sumaríssimo – fruto da Lei n. 9.957/2000, que incluiu os arts. 852-A a
852-H da CLT, abrange os dissídios cujo valor da causa seja superior a 2 (dois) e até
40 (quarenta) salários mínimos.
Vale ressaltar que a competência em razão do valor da causa, para o Direito Processual do
Trabalho, não tem a mesma importância quando comparada com o Direito Processual Civil.
Assim, o juiz do trabalho processa e julga os dissídios trabalhistas de ritos ordinário,
sumário, sumaríssimo e especial. Portanto, no Processo do Trabalho, não há a classificação
da competência em razão do valor da causa.