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da quantidade de portas de saída existentes no respectivamente, e o linker denominado wlink, todos
foreign model. pertencentes ao WATCOM 11.0 para Windows NT.
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INPUT ... declaração das variáveis de entrada. gráfica de 12 (doze) portas como citado
Estes nomes devem ser guardados para futura anteriormente.
referência na interface gráfica. b) Antes de lidar com a parte gráfica, é necessário
DATA ... declaração dos parâmetros do modelo saber como a nova função deverá ser
acessíveis através da configuração do elemento pelo implementada num arquivo ATP através do
ATPDraw. ATPDraw. Para isso é necessário informar ao
OUTPUT ... declaração das variáveis de saída. ATPDraw como é o modelo que está sendo criado,
Estes nomes devem ser guardados para futura quais são as variáveis envolvidas de entrada, saída
referência na interface gráfica. e manipulação e quais são as funções que deverão
VAR ... declaração de variáveis de ser executadas pelo modelo. O arquivo .MOD
manipulação. Estas variáveis serão referenciadas nada mais é do que o conjunto de cartões
internamente a princípio. É importante observar que as utilizados em um arquivo .ATP que descrevem um
variáveis de saída (OUTPUT) também aparecem nesta MODEL ou um foreign model. Assim,
declaração. Outras variáveis (que não sejam de saída) similarmente ao descrito no item 3.4, tem-se
podem ser acrescentadas caso haja necessidade (p.ex. dentro do arquivo .MOD:
variáveis auxiliares). c) Os nomes das variáveis utilizadas no programa
MODEL REL21 FOREIGN RELAY21 {ixdata:32, não devem ultrapassar 6 (seis) caracteres, pois esta
ixin:7, ixout:3, ixvar:3} declaração da é uma limitação do próprio ATP.
chamada da função indicada anteriormente em d) Todos os arquivos criados durante o
FGNMOD.FOR associada a um nome fantasia. Note desenvolvimento do elemento para o ATPDraw
que os parâmetros desta função correspondem aos devem possuir nome de até 8 (oito) caracteres,
tamanhos dos vetores associados descritos pois é uma limitação do ATPDraw para DOS.
anteriormente. e) Graficamente também existem somente 12 (doze)
EXEC comando para início de execução da posições em que as portas (de entrada e saída)
chamada de função podem ser conectadas. Para que o modelo fique
USE REL21 AS REL21 chamada da função esteticamente correto, é preferível que sejam
pelo nome fantasia. Este comando serve para distingüir seguidas as marcações dos pinos das portas,
vários modelos iguais utilizados num mesmo circuito visualizadas nas bordas do editor de ícones do
de simulação. ATPDraw para DOS.
INPUT comando para definição da ordem e
atribuição das variáveis de entrada.
xin[1]:=VARIN1 4. CIRCUITO PARA SIMULAÇÃO
DATA comando para definição da ordem e
atribuição dos parâmetros do elemento. Através do ATPDraw para DOS, foi criado um
xdata[1]:=VARDATA
circuito para testar a implementação da função 21 do
OUTPUT comando para definição da ordem relé de distância.
e atribuição das variáveis de saída. Para utilizar o elemento criado no ATPDraw, deve-
OUTP1:=xout[1]
ENDUSE finalização do comando USE.
se observar algumas peculiaridades próprias do ATP
referentes às ligações a serem feitas no ícone:
ENDEXEC finalização do comando EXEC.
ENDMODEL finalização do comando MODEL.
a) as entradas de tensão do elemento podem ser
ligadas diretamente em seus pontos de conexão a
3.5 Criando o modelo no ATPDraw
partir dos pontos de interesse do circuito.
b) as entradas de corrente para o elemento
Para facilitar a utilização de um MODEL ou foreign
apresentado neste projeto devem seguir as
model é possível criar elementos no ATPDraw. No
especificações recomendadas pelo próprio ATP,
entanto, um ícone somente não basta para representar
ou seja, toda variável que depender da grandeza de
um modelo no ATPDraw. É preciso definir o modelo
corrente deverá obter os dados a partir de uma
realmente, indicando o número, tipo e localização no
chave (switch) ou de um medidor de corrente
próprio ícone das entradas e saídas que este modelo
(Probe curr.).
contempla.
c) as saídas do elemento desenvolvido para este
Existem dois tipos de configurações a serem
projeto devem simular o controle de disjuntores de
definidas no ATPDraw para tal propósito: a definição
uma linha de transmissão. Para que isso seja
de especificação do usuário (User Spec.) e a definição
possível, foram utilizadas chaves (switches) do
do modelo em si (Model). Por motivos de limitação de
tipo TACS, dispositivos encontrados no próprio
espaço não será possível detalhar a criação de um
ATPDraw que podem ter sua abertura ou
elemento no ATPDraw passo a passo. Porém é
fechamento controlados por um sinal externo.
importante destacar algumas regras a serem seguidas
Neste caso, o sinal externo é providenciado pelas
para tal criação:
saídas do elemento implementado.
a) Para criar um ícone no ATPDraw, primeiramente
Na Figura 1 a seguir é possível observar como as
é necessário saber o número de entradas e de
ligações foram feitas e como o elemento RELAY21 foi
saídas que serão utilizadas, pois há uma limitação
utilizado.
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Figura 1: Circuito utilizado para testar a eficácia do elemento RELAY21.
Correntes
1600 0
fase A
fase B
1400 fase C
trip −0.5
1200
1000 −1
800
−1.5
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
600
Figura 3: Tensões lidas pelo elemento-relé e sinal de
400 trip.
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desenvolvido pela USP, a função 21 enxertada no equipamento a ser desenvolvido mediante tensões e
código do ATP possui um módulo que gera: um correntes resultantes de uma simulação padronizada e
relatório mostrando a configuração do relé e seu estado específica, não levando em consideração a interação do
de inicialização; um relatório para análise e depuração equipamento com a situação de falta e pós-falta. Além
de erros do algoritmo; um relatório de dados de disso, dependendo das saídas de tensões e correntes do
entradas e saídas do relé para utilização e análise ATP, era necessário desenvolver um programa
através do MATLAB e outro relatório de dados de interpretador de arquivos .LIS para cada caso, o que
entradas e saídas do relé para ser utilizado pelo tornava o trabalho muito dispendioso.
Microsoft Excel. Com a opção de se criar algoritmos em linguagem C
A Figura 4 a seguir mostra a característica MHO e o e anexá-los a um novo executável do ATP, o trabalho
comportamento das impedâncias de fases durante a tornou-se mais flexível, simples e rápido, otimizando o
simulação. É possível observar que a impedância da tempo de desenvolvimento e implementação de um
fase A mantém-se dentro da característica, sinalizando sistema de proteção. Além disso, o gerenciamento dos
a existência de um curto-circuito na fase citada. resultados torna-se muito mais fácil, pois é possível
gerar relatórios de dados em quaisquer formatos, o que
Característica RxX facilita a análise e depuração de erros do algoritmo
2.5
fase A implementado.
fase B Dado que a ferramenta proposta neste trabalho
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fase C permite simular o algoritmo completo do relé em uma
MHO situação de “malha fechada”, conclui-se também que
1.5 ele pode substituir, em parte, os estudos feitos em
simuladores em tempo real com custo
1 significativamente mais baixo.
É importante ressaltar novamente que a compilação
do núcleo do ATP para a anexação de funções escritas
0.5
em linguagem C só é disponibilizada para
determinadas instituições ou pessoas devidamente
0
licenciadas e mediante consulta aos grupos de usuários
do ATP/EMTP.
−0.5
−1 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
−1.5
[1] E.C. Senger et al. “Desenvolvimento de um relé
−2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 digital de distância”, VII Seminário Técnico de
Figura 4: Comportamento das impedâncias de fase Proteção e Controle, Rio de Janeiro, Junho de
perante a característica MHO. 2003.
[2] G. Furst, “MODELS PRIMER For First Time
MODELS Users - Version nº1”.
6. ANÁLISE E CONCLUSÃO [3] O.P. Hevia, “Compilación del ATP al alcance del
usuario.” - CAUE-Comité Argentino de Usuarios
Uma das maiores vantagens em se poder codificar del EMTP, GISEP-Facultad Regional Santa Fe -
em linguagem C dentro do próprio ATP é a UTN Argentina.
interatividade imediata entre o sistema de potência e o
sistema de proteção. Além disso, a utilização pelo ATP
dos próprios algoritmos a serem implementados no
relé, permite a otimização de tempo no
desenvolvimento de um protótipo e evita a introdução
de erros durante a transcrição do código de MODELS
para C ou vice-versa. Antes, havia duas alternativas
básicas para se testar um sistema de proteção: ou
programava-se o sistema na linguagem da MODELS
tradicional, ou simulava-se o sistema em condições
pré-determinadas para obter as tensões e correntes
resultantes para depois aplicar o algoritmo sobre as
formas de onda lidas a partir de um arquivo .LIS. No
primeiro caso, havia a necessidade do conhecimento da
linguagem da MODELS tradicional e perdia-se algum
tempo para implementar em duas linguagens os
mesmos algoritmos, uma vez que a programação de
firmware de relés não é feita em MODULA-2 ou
PASCAL, tampouco em FORTRAN. No segundo caso,
só se testava até certo ponto a resposta do algoritmo do