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CAPITULO 7
2006/2007
ÍNDICE
I - Resíduos 1
II - Aterros de Resíduos 12
Bibliografia essencial 24
ÍNDICE DE FIGURAS
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I - RESÍDUOS
Classificação de resíduos
• Resíduos urbanos:
• resíduos provenientes das habitações e outros resíduos equiparáveis
(comércio/serviços);
• Portugal 2006 - estimados em 1,2 kg/hab. = 4,32 milhões ton/ano
• em 1997 – elaboração do PERSU – Plano Estratégico de Resíduos
Sólidos Urbanos: 1 kg/hab. = 3,6 milhões ton/ano
e 9 fluxos (produtos)
• embalagens
• pilhas, acumuladores e baterias
• óleos usados
• veículos em fim de vida (VFV)
• resíduos construção e demolição (RCD)
• resíduos equipamento eléctrico e electrónico (EEE)
• lamas de ETAR’s
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• pequenas quantidades de resíduos perigosos (PQRP)
• Resíduos industriais:
• resíduos provenientes das actividades industriais incluindo produção
e distribuição de electricidade, gás e água;
• estimados em Portugal em cerca de 20 milhões ton/ano;
• pouco mais de 1% é classificado de perigoso
• PESGRI – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Industriais
(1999)
• Resíduos hospitalares:
4 grupos (dois classificados de perigosos*)
• Grupo I: equiparados a urbanos
• Grupo II: hospitalares não perigosos
• Grupo III*: hospitalares de risco biológico; contaminados ou suspeitos
de contaminação, passíveis de incineração
• Grupo IV*: hospitalares específicos cuja incineração é obrigatória
Características de perigosidade
H1 Explosivos H8 Corrosivos
H2 Combustíveis H9 Infecciosos
H3 Inflamáveis H10 Teratogénicos (tóxicos para a reprodução)
H4 Irritantes H11 Mutagénicos
H5 Nocivos H12 Libertam gases tóxicos/muito tóxicos
H6 Tóxicos H13 Após eliminação dão origem a qq.<H1-H12>
H7 Cancerígenos H14 Ecotóxicos
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Gestão de resíduos
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• aumento de vectores de propagação de doenças (ratos, moscas,
mosquitos...).
Em 1997, data da aprovação do PERSU, foi estimado taxa de crescimento dos RSU
de 3% ano até 2000 (= 3,87 milhões t/ano), a qual foi superada. Os objectivos para
2000 (não alcançados) eram:
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Figura I.2 – Composição dos RSU (2005)
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Os resíduos que não possam ser sujeitos a processos físico-químicos e biológicos
serão submetidos a operações de estabilização ou inertização antes de serem
depositados em aterro. Deste modo reduz-se significativamente a quantidade e a
perigosidade dos resíduos a depositar em aterro.
Portugal não foge à regra: a demolição das 2 torres de Tróia é apenas o episódio
recente mais visível, em particular devido ao emprego da técnica de demolição por
implosão.
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Em Portugal o panorama agravado pelas condições precárias de alguns sectores da
habitação. Nas áreas urbanas, o processo acelerado de degradação do património
edificado em vastas zonas do “casco antigo”, nas periferias e nos bairros sociais,
somado à quase inexistência de estímulos à reabilitação urbana, e a necessidade de
correcção de erros urbanísticos, como o “prédio Coutinho” em Viana ou as torres de
Ofir, está a obrigar à demolição de edifícios e infra-estruturas obsoletas ou lesivas
da qualidade ambiental.
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Na Lista de Resíduos da EU os RCD correspondem ao capítulo 17:
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Valorização de RCD em agregados
A reciclagem dos materiais inertes (betão, alvenarias) através de britagem tem duplo
objectivo:
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Figura I.6 – Equipamentos utilizados na demolição selectiva
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Após a triagem os materiais podem, inclusive, ser britados in situ.
Uma unidade móvel de britagem pode produzir 60-70 toneladas/hora de agregados
a partir de RC&D – tipicamente betão armado – com granulometria extensa 0/56
mm, após separação de metais.
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II. ATERROS DE RESÍDUOS
Classes de aterros
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Lixiviados
O lixiviado é gerado pela percolação da água nos resíduos e pela expulsão da que
neles está contida por acção do peso próprio.
LIXIVIADO = ÁGUA + ?
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
ESCORRÊNCIA PRECIPITAÇÃO
LIXIVIADOS
? ? ?
Figura II.1 – Esquema de produção de lixiviados
• Precipitação
• Afluxo de águas subterrâneas
• Teor em água dos resíduos
• Cobertura diária de terras e sua composição
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O volume do lixiviado produzido num aterro de resíduos pode ser calculado de forma
expedita através da expressão:
LV = P + S – E – A
Em que:
LV – Volume do lixiviado
P – Precipitação
E – Evaporação
S – Volume do líquido contido nos poros dos resíduos
A – Volume do líquido absorvido pelos resíduos
Barreira à contaminação
Sempre que a barreira geológica não ofereça de modo natural as condições acima
descritas, poderá ser complementada e reforçada artificialmente por outros meios
dos quais resulte uma protecção equivalente. As barreiras geológicas artificialmente
criadas não poderão ser de espessura inferior a 0,5 m.
A base e os taludes do aterro devem consistir numa camada mineral que satisfaça
as seguintes condições de permeabilidade e espessura:
Impermeabilizantes
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• Argilas compactadas
Drenantes
Experiência americana
Experiência europeia
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• Controlar o fluxo de gás gerado no aterro (qualidade do ar,material
inflamável)
Estes são os requisitos mínimos a que os aterros devem obedecer de acordo com o
Decreto-Lei nº 152/2002 de 23 de Maio:
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Projecto de aterros de resíduos
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RESÍDUOS
LIXIVIADOS
PERCOLAÇÃO
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• Dispersão: longitudinal e transversal; fenómeno mecânico.
Princípio do confinamento
Sistemas de revestimento:
RESÍDUOS
LIXIVIADOS
Terra vegetal
Camada drenante
Dreno
Geotextil
HPDE 2mm
Argila k<10-9m/s
SISTEMA COMPÓSITO SIMPLES
SISTEMA COMPÓSITO DUPLO
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Sistema duplos/múltiplos. Exemplos:
A Camada
drenante
Drenos
Camada
B drenante
Drenos
Subase
compactada
Camada
Argila drenante
k<10-9m/s
C
Drenos Bentonite
Camadas
D drenantes
Drenos
Subase
compactada
Argila Camadas
k<10-9m/s drenantes
E HDPE
Drenos
Subase
compactada
GCL
Argila
k<10-9m/s
Drenos F
Camadas
drenantes
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Alguns critérios a ter em conta no projecto de sistemas múltiplos:
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EXEMPLOS
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Figura II.10 – Célula destinada a RSU do Aterro da Valorsul de Mato da Cruz. Sistema
de impermeabilização: barreira passiva com microtela bentonítica (geotêxtil em PP de
300 g/m2, com camada de bentonite 4700g/m2) protegida por geogrelha na zona dos
taludes e por barreira activa com geomembrana de PEAD 2mm sobre a tela bentonítca.
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BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL
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