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TENSÃO
Material elaborado pelo Prof. Dr. Halley Dias
P
Estrutura cristalina ou arranjo atômico dos átomos
constituintes do material.
P l
Ligação atômica
t t
P
P
A formação de um corpo sólido pode ser entendida a partir de um
empilhamento de planos atômicos segundo um sistema tridimensional de
coordenadas. Os planos podem ser empilhadas na direção do eixo do
comprimento ou eixo longitudinal ou na direção transversal que
corresponde a largura e a espessura do corpo.
l
l l
t t t t t t
Portanto, o efeito interno da aplicação da carga externa será o de afastar os
planos atômicos na direção da força. Num sistema coplanar (x, y) a força
externa tenderá a afastar os planos atômicos segundo as direções
longitudinal e transversal conforme ilustrado abaixo.
P
longitudinal
P
Sem carregamento
transversal externo P
P
Considerando a aplicação de carga externa na direção
P longitudinal, as forças das ligações atômicas irão se opor
ao efeito da ação da carga externa, ou seja, impedir o
Fi afastamento dos planos. As forças das ligações atômicas
Fi são chamadas de forças internas e são responsáveis:
1. pela forma do material no estado sólido quando
nenhuma força externa for aplicada sobre o corpo; e
P
2. pela reação à mudança de forma ou à deformação
quando uma carga externa for aplicada sobre o corpo.
P
Neste exemplo, as forças internas estão distribuídas sobre um plano atômico
numa direção perpendicular ao plano atômico. O efeito deste conjunto de
forças pode ser representado por uma força interna resultante perpendicular
ao plano atômico definida como Esforço Normal (N). Os planos atômicos
são equivalentes às áreas de seções transversais do corpo ao longo do eixo
longitudinal.
FiR N
Fi
Área de Seção
Transversal
P P P
Esforço Normal
l
P P
Fi
t t
Fi
P
P
Sem carregamento
externo
Notar que as forças internas estão distribuídas sobre um plano atômico numa
direção paralela ao plano atômico. O efeito deste conjunto de forças pode
ser representado por uma força interna resultante paralela ao plano atômico
definida com força ou esforço cisalhante (V). Os planos atômicos são
equivalentes às áreas de seção transversal do corpo ao longo do eixo
longitudinal.
Fi
V
FiR
P P P
Estado de Tensão Cisalhante
𝑉
𝜏=
𝐴
Condições de Equilíbrio
Condição de Equilíbrio: quando um corpo está em equilíbrio externamente
isto significa que internamente também estará e equilíbrio. Desta forma as
equações de equilíbrio poderão ser utilizadas para determinar a intensidade
dos esforços internos.
Como visto anteriormente, os esforços internos atuam numa determinada
área da seção transversal do corpo. Portanto, a sua determinação pressupõe
a escolha desta seção e a aplicação posterior das equações de equilíbrio
entre as forças externas e os esforços internos.
N A = E.L
N
a a a a E
L
𝑁 𝑃
P 𝜎= =
P
𝐴 𝐸. 𝐿
O corpo pode exibir diferentes geometrias para a área da seção
transversal: retangular, circular, trapezoidal, perfil, etc. Além disso,
pode ocorrer caso de seções vazadas como tubos por exemplo.
P P
P P P
P P P P P
P
Exemplo 04: Considere agora que o corpo é formado por duas partes. O tipo de
geometria da seção transversal é o mesmo mas as medidas são diferentes. Nesta
situação há uma descontinuidade geométrica ao longo do eixo longitudinal.
Como o estado de tensão depende do valor da medida da área, será necessário
analisar a tensão desenvolvida em cada área e neste caso será necessário realizar
duas seções.
P
Abb N
b b
b b
Aaa N
a a a a
P P P P
O valor do esforço normal será o mesmo para as duas seções porque não há
variação ou descontinuidade de carregamento entre as extremidades do corpo.
Como a área da seção bb é maior do que a área da seção aa, a tensão
desenvolvida na seção aa será maior do que a tensão desenvolvida na seção bb.
Dito de outra maneira, a região mais esbelta será a considerada a região mais
crítica do corpo pois a tensão desenvolvida é maior embora a intensidade do
esforço interno seja a mesma.
Abb N 𝑁 𝑃
b 𝜎𝑏𝑏 = =
b 𝐴 𝐴𝑏𝑏
Aaa N 𝑁 𝑃
𝜎𝑎𝑎 = = 𝐶𝑜𝑚𝑜: 𝐴𝑎𝑎 < 𝐴𝑏𝑏
a a 𝐴 𝐴𝑎𝑎
𝐸𝑛𝑡ã𝑜: 𝜎𝑎𝑎 > 𝜎𝑏𝑏
P P
Exemplo 05: Considere agora o corpo com geometria constante, mas com dois
pontos distintos de aplicação de cargas. Nesta situação há uma descontinuidade
de carregamento ao longo do eixo longitudinal. Como o estado de tensão depende
do valor da carga externa, será necessário analisar a tensão desenvolvida em cada
região definida pela mudança de carregamento e neste caso será necessário
realizar duas seções.
P+Q
Nbb = P + Q
A
b b
b Q b Q
Q
Naa = P
A
a a a a
P P P P
O valor do esforço normal será diferente nas duas seções porque ocorre variação
ou descontinuidade de carregamento entre as extremidades do corpo. Portanto, o
valor da tensão mudará em cada seção com a variação do esforço normal, haja
vista que a área da seção transversal permanece constante ao longo do eixo
longitudinal. No exemplo em questão, o esforço normal na seção bb será maior
do que o da seção aa e consequentemente a σbb será maior do que a σaa. Assim, a
seção crítica será a bb.
Nbb = P + Q
A 𝑁𝑏𝑏 𝑃 + 𝑄
b b 𝜎𝑏𝑏 = =
Naa = P Q 𝐴 𝐴
A
a a 𝜎 = 𝑁𝑎𝑎 = 𝑃 𝐶𝑜𝑚𝑜: 𝑁𝑎𝑎 < 𝑁𝑏𝑏
𝑎𝑎
𝐴 𝐴
P 𝐸𝑛𝑡ã𝑜: 𝜎𝑎𝑎 < 𝜎𝑏𝑏
P
Exemplo 06: Considere que a conexão entre o chassis de um cavalo
mecânico e o chassis de sua carreta é realizado por meio de um pino com
diâmetro Ø, conforme ilustrado no desenho abaixo. Considere também
que a força necessária para puxar a carreta seja P. Determinar a
intensidade dos esforços internos.
pino
P
P
Após traçar os eixos longitudinal e transversal observar se ocorre variação
de geometria ao longo dos eixos. Caso não ocorra variação como é o caso
deste exemplo, qualquer seção escolhida será representativa do
comportamento do corpo. Isto é possível porque está-se considerando que
as forças entre os planos que formam o corpo são todas iguais. Quando o
corpo é seccionado, a parte do corpo retirada é substituída pelos esforços
internos para preservar a continuidade do corpo. Após a indicação de todas
as cargas no DCL do corpo, aplica-se as equações de equilíbrio nas
direções dos eixos coordenados.
l l
N
P V
a
a a a
P
t P t
l
N
V ΣFl = 0 ΣFt = 0
a a N=0 –V+P=0
P N=0 V=P
t
l 𝜋 2
𝐴 = .Ø
V 4
P
𝑉 𝑃 4. 𝑃
t 𝜏= = 𝜋 = 2
𝐴 .Ø2 𝜋. Ø
Ø 4
No exemplo proposto, o comportamento mecânico do pino pode ser
descrito por apenas um plano de cisalhamento. Quando isto ocorre o
cisalhamento é definido com Cisalhamento Simples.
P V
Um plano de cisalhamento.
V
P
P
Exemplo 07: Considere agora que foi realizada uma alteração no tipo de
conexão entre o chassis do cavalo mecânico e o chassis da carreta
conforme ilustrado no desenho abaixo. Considere também que a força
necessária para puxar a carreta seja P e o diâmetro do pino Ø. Determinar
a intensidade dos esforços internos e a tensão desenvolvida no pino.
pino
P P
Note que neste tipo de conexão há uma descontinuidade de carregamento
entre o miolo do pino e suas extremidades, isto implica considerar duas
seções para avaliar o estado de tensão desenvolvido. Além disso, as duas
seções deslizam simultaneamente para que ocorra a falha no engate.
P P
𝑃 𝑃 V
P 2 P 2 P
𝑃 𝑃
2 2 V
O esforço cortante V atua simultaneamente nas duas seções do miolo do
pino e no sentido contrário ao da carga P para impedir o deslizamento do
miolo. Então, para manter a condição de equilíbrio a intensidade de V será
igual a metade da carga P. Como há deslizamento simultâneo de dois
planos o cisalhamento é definido como Cisalhamento Duplo.
l
ΣFt = 0 2.V = P
V 𝑃
–V–V+P=0 V=
P
2
V
t 𝑉 𝑃 1 2. 𝑃
Ø 𝜏= = ∙ 𝜋 = 2
𝜋 2 𝐴 2 .Ø 2 𝜋. Ø
𝐴 = .Ø
4
4
Notar que para um pino com diâmetro Ø a tensão cisalhante no
cisalhamento duplo será metade da tensão no cisalhamento simples para a
mesma carga aplicada. Isto significa que uma montagem com
cisalhamento duplo favorece o pino em relação ao cisalhamento simples
para pinos com o mesmo diâmetros submetidos a mesma intensidade de
carga externa.
V
V 4. 𝑃 2. 𝑃
P
𝜏𝐶𝑆 = 𝜏𝐶𝐷 =
P 𝜋. Ø2 V
𝜋. Ø2
Ø
Ø
𝜏𝐶𝑆 = 2. 𝜏𝐶𝐷
Determinação dos Esforços Internos
- Método das Seções -
Carregamento Externo
Distribuição das
l internas
solicitações
Carregamento Externo
Módulo ou Intensidade
Direção
Sentido
Linha de ação (no caso das forças)
Ponto de aplicação
θ β
Eixo Transversal
ou esforço cortante
Os esforços internos são forças de restauração do corpo. Eles se manifestam
quando uma carga externa é aplicada sobre o corpo. O efeito da aplicação da
carga externa é o do alterar a organização ou estrutura interna do material.
Esta alteração interna é percebida externamente pela alteração da forma do
corpo. A alteração da forma do corpo é definida como deformação. Então, os
esforços interno se opõe a deformação do corpo.
Cálculo da Distribuição dos Esforços Internos
Método Direto
No método direto estabelece-se um roteiro para a determinação das equações que regem
a distribuição dos esforços internos ao longo do elemento mecânico.
Estado de Tensão também pode ser entendido como a energia que o corpo
absorve por unidade de volume.
𝑁 𝑁 𝑚 𝑁.𝑚 𝐽 𝐸𝑁𝐸𝑅𝐺𝐼𝐴
𝜎 = 𝑃𝑎 = = = = =
𝑚2 𝑚2 𝑚 𝑚2 .𝑚 𝑚3 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸
Fonte: Hibbeler, Resistência dos Materiais, 5ª ed, 2006.
Estado de Tensão vs Resistência do Material
Como visto, o estado de tensão desenvolvido é uma propriedade de estado do corpo deformável e
representa a reação das foças internas a um carregamento externo. O estado de tensão
desenvolvido é dependente da magnitude do carregamento externo, da geometria do corpo
(elemento de máquina ou elemento estrutural) e é independente das propriedades e
características do material. O estado de tensão se desenvolverá no corpo sempre que um
carregamento externo atuar sobre o corpo, inclusive o peso próprio do corpo. A medida ou o valor
do estado de tensão é obtida pela razão entre a intensidade das forças internas numa área específica.
Encruamento
Diagrama Tensão vs Deformação
Ruptura do Material
Resistência Mecânica
relativa a projetos de
elementos de máquinas e
elementos estruturais
Encruamento
Diagrama Tensão vs Deformação
OA: Regime Elástico, região na qual
elementos de máquinas ou estruturais devem
ser solicitados durante sua utilização ou
funcionamento.
1. A geometria do corpo.
2. A máxima carga suportada pelo corpo.
3. O tipo de material para fabricar o corpo.
No SI
𝑁 𝑁
𝜎; 𝜏 = ↔ 𝑝𝑎𝑠𝑐𝑎𝑙 𝑃𝑎 ou = [MPa]
𝑚2 𝑚𝑚2
𝑙𝑏
𝜎; 𝜏 = ↔ 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 = [psi]
𝑝𝑜𝑙2
𝑁
𝜎=
𝐴
σ: tensão normal média em qualquer ponto da área da seção transversal;
N: resultante da força normal interna, aplicada no centroide da seção
transversal. ‘N’ é determinada pelo método das seções e pelas equações de
equilíbrio.
A: é a área da seção transversal.
V
média
A
τ: tensão cisalhante média na seção, que se supõe ser a mesma em cada
ponto localizado na seção.
V: resultante interna da força de cisalhamento na seção determinada
pelas equações de equilíbrio.
A: área da seção
V V F
média
A A
F
F Fonte: Hibbeler, Resistência dos Materiais, 5ª ed, 2006.
Cisalhamento Duplo
Apresenta duas superfícies de cisalhamento.
V F
média
A 2A
Fonte: Hibbeler, Resistência dos Materiais, 5ª ed, 2006.
Procedimento para Solução de Problemas em
Resistência dos Materiais
1) Leia o enunciado com cuidado, observe com atenção figuras ou diagramas apresentados.
2) Identifique o tipo de problema proposto, carregamento axial, cisalhamento, torção ou flexão, e
escreva as equações básicas apropriadas ao problema identificado. Em muitos problemas é requerido
aplicar as equações de equilíbrio da estática para determinar, por exemplo, reações nos apoios ou
trações em cabos ou correntes.
3) Desenhe o diagrama de corpo livre (DCL) do elemento de máquina ou do elemento estrutural em
análise e identifique todos os esforços externos atuantes e todas as dimensões sejam elas conhecidas ou
a determinar.
4) Desenhe o DCL das seções requeridas para identificar os esforços internos.
5) Identifique as variáveis conhecidas e as desconhecidas. Em geral a determinação das variáveis
desconhecidas soluciona o problema.
6) Substitua os valores das variáveis nas equações básicas e calcule o valor das variáveis desconhecidas.
Tenha cuidado com as unidades e com a utilização dos múltiplos (k = 103; M = 106) e submúltiplos (µ
= 10-6; m = 10-3). Analise o resultado e confronte com a pergunta do problema. Em muitos casos é
necessário aplicar mais de uma equação para encontrar a solução definitiva.
7) Análise criticamente o resultado encontrado e certifique-se de que as unidades estão corretas.
Exemplo: Cálculo da Tensão Normal
Em muitas aplicações da engenharia ocorrem tanto variações de área como de carregamento nos elementos
estruturais. Em função dessas variações a distribuição da tensão normal não é constante ao longo de todo o
elemento estrutural. Portanto é necessário que se determine a máxima tensão normal que atua no elemento.
01) O mancal de encosto está submetido às cargas mostradas. Determine a tensão normal média desenvolvida nas
seções transversais que passam pelos pontos B, C e D.
05) DCL
06) O carregamento externo provoca uma deformação elástica de
compressão ‘ε’, contudo, macroscopicamente o conjunto encontra-se em
equilíbrio estático. Assim é possível aplicar as equações de equilíbrio ΣFx =
0 e ΣFy = 0 ao conjunto. Como todas as forças estão na direção vertical,
eixo ‘y’, a condição de equilíbrio será analisada nessa direção.
y y y
ND
x x x
NB NC
𝐹𝑦 = 0 𝐹𝑦 = 0 𝐹𝑦 = 0
ND
07) Pergunta do problema: qual o valor do estado de tensão normal ‘σ’
desenvolvido nas partes B, C e D do conjunto?
𝑁 𝑁 106 𝑁 6
𝑁 6 𝑃𝑎 = 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑛𝑡ã𝑜 = = = 10 = 10
𝑚𝑚2 10−6 𝑚2 𝑚2 𝑚2
𝑁 𝐹𝑒𝑥𝑡 𝐹𝑒𝑥𝑡 500 500 𝑁
𝜎𝐶 = = = 2 = 2 = 2
= 0,032 𝑀𝑃𝑎
𝐴 𝐴 𝜋. ∅ 𝜋. 140 15393,80 𝑚𝑚
4 4
07) No cisalhamento simples o esforço cortante resultante ‘V’ é igual ao carregamento externo que atua no
parafuso. Aqui cabe um observação importante, em muitos acoplamentos são utilizados mais de um parafuso
(rebites, pinos, etc) e dessa maneira a carga externa aplicada nas chapas é distribuídas aos parafusos responsáveis
pela união, ou seja, a carga atuante no parafuso é uma fração da carga externa atuante no conjunto. Por exemplo,
se no exercício em questão houvesse dois parafusos unindo as duas chapas, a carga de 10 kN seria distribuída entre
os dois parafusos, assim, cada parafuso suportaria 5 kN e não 10 kN. Por consequência, o esforço cortante V no
parafuso seria igual a 5 kN.
y
𝐹𝑥 = 0
10 kN
10 – V = 0
V x V = 10 kN = 10000 N
𝑉 10000 𝑁 10000 𝑁
𝜏= = 𝜋 = 2
= 31,8 𝑀𝑃𝑎
𝐴 . 202 314,16 𝑚𝑚
4
Exercício 01: A coluna está submetida a uma força axial Exercício 02: A luminária de 50 lb é suportada por duas
de 8 kN no seu topo. Supondo que a seção transversal hastes de aço acopladas por um anel em A. Determinar
tenha as dimensões mostradas na figura, determinar a o ângulo da orientações de θ de AC, de forma que a
tesão normal média que atua sobre a seção a-a. Mostrar tensão normal média na haste AC seja o dobro da tensão
essa distribuição de tensão atuando sobre a área da normal média da haste AB. Qual é a intensidade dessa
seção transversal. tensão em cada haste? O diâmetro de cada haste é
indicado na figura.
Exercício 04: O motorista do carro esporte aplica os freios traseiros e faz os pneus derraparem. Supondo que a
força normal em cada pneu traseiro seja de 400 lb e o coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o pavimento
seja µC = 0,5, determinar a tensão de cisalhamento média desenvolvida pela força de atrito sobre os pneus. Supor,
também, que a borracha dos pneus seja flexível e que cada pneu tenha 32 psi de pressão de ar.
Exercício 06: As barras da treliça têm uma área da seção transversal de 1,25 pol2. Determinar a tensão normal
média em cada elemento devido à carga P = 8 kip. Indicar se a tensão é de tração ou compressão.
Exercício 08: A viga é apoiada por um pino em A e um elo curto BC. Determinar a intensidade máxima P das
cargas que a viga suportará se a tensão de cisalhamento média em cada pino não exceder 80 MPa. Todos os pinos
estão sob cisalhamento duplo e cada um deles tem 18 mm de diâmetro.
σ𝑒
σadm =
𝐹𝑆
Fator de Segurança
Carga de Ruptura
FS
Carga Admissível
Carga de Ruptura é obtida por meio de ensaios experimentais. No caso de materiais dúcteis a carga
de ruptura se refere a mudança do regime elástico para o plástico e nesse caso o valor utilizado é a
tensão de escoamento. No caso de materiais frágeis, a carga de ruptura é a própria tensão de ruptura.
Fator de Segurança é selecionado com base na experiência, códigos de projetos, manuais de
engenharia, o FS é sempre maior ou igual a 1 e menor do que 3*. Exemplos: Aviões FS = 1; Usina
Nuclear FS > 3.
Tensão Normal Tensão Cisalhante
rup rup
FS FS
adm adm
* Em projetos convencionais. Pode ocorrer situações nas quais o coeficiente de segurança seja maior do que 3.
Condição de Dimensionamento
𝑁 σ𝑒
= σadm
𝐴 𝐹𝑆
𝑉 τ𝑒
= τadm
𝐴 𝐹𝑆
Projetos de Acoplamento
1) Área da Seção Transversal de um Elemento de Tração
P
A
adm
P
A
adm
P
A
( b ) adm
Fonte: Hibbeler, Resistência dos Materiais, 5ª ed, 2006.
Projetos de Acoplamento
4) Área requerida para resistir ao cisalhamento provocado por carga axial.
P
l
adm d
Fonte: Hibbeler, Resistência dos Materiais, 5ª ed, 2006.
Exemplo 01: Os dois elementos estão acoplados em B como mostra a figura. A figura também mostra o topo dos
acoplamentos em A e B. Supondo que os pinos tenham tensão de cisalhamento admissível de τadm = 90,0 MPa e o
esforço de tração admissível da haste CB seja σadm = 115,0 MPa, determinar o menor diâmetro dos pinos A e B, e
o diâmetro da haste CB necessário para suportar a carga.
1) Tipo de problema: Dimensionamento, (a) pinos A e B esforço cisalhante, (b) haste BC esforço normal.
2) Pergunta do problema:
(a) Qual o valor do diâmetro dos pinos A e B, responsáveis pelo acoplamento entre as hastes AB e BC e pela
fixação da haste AB à parede, necessário para resistir ao cisalhamento imposto pela carga de 6 kN; considerar
tensão admissível ao cisalhamento do pino igual a 90 MPa.
(b) Qual o valor do diâmetro da haste BC necessário para suportar a carga de 6kN, considerar tensão normal
admissível da haste igual a 115 MPa.
Fonte: Hibbeler, Resistência dos Materiais, 5ª ed, 2006.
03) Equações:
𝑁 𝑉 𝜋∅2
𝑭=0 𝜎= 𝜏= 𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 =
𝐴 𝐴 4
04) Dados:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 115 𝑀𝑃𝑎
𝜏𝑎𝑑𝑚 = 90 𝑀𝑃𝑎
RAy TBC.0,6
RCx= TBC.0,8
TBC
RCx = TBC.0,8
DCL : final RAx
TBC.0,8
RCy= TBC.0,6
06) Aplicando as equações de equilíbrio ao DCL final
𝐹𝑥 = 0 𝐹𝑌 = 0 𝑀𝐴 = 0
RAx y
𝑅𝐴 = 5,7 𝑘𝑁
θ
x
RAx= 5,33 kN
09) Dimensionamento do pino A. Como é dado no problema, o pino A está sujeito a cisalhamento duplo.
y
𝑅𝐴 = 5,7 𝑘𝑁 𝑅𝐴 = 5,7 𝑘𝑁
𝑅𝐴 = 5,7 𝑘𝑁
θ
𝑉
x
x 𝑉 Ø𝐴
𝐹𝑒𝑥𝑡 𝑉 𝐹𝑒𝑥𝑡
𝑉 𝑅𝐴 1 𝑅𝐴 𝑅𝐴 5700
𝜏𝑎𝑑𝑚 = = . = = ; 90 =
𝐴 2 𝐴 2𝐴 2. 𝜋. ∅2 2. 𝜋. ∅𝐴2
𝑉
4 4
Observando a vista de topo, o pino irá falhar
devido ao cisalhamento simultâneo dos
2. 𝜋. ∅𝐴2 5700 5700.4
planos ‘ab’ e ‘cd’. Como há dois planos de = ⟹ ∅𝐴2 = = 6,35𝑚𝑚
cisalhamento, o cisalhamento é tido como 4 90 2. 𝜋. 90
duplo.
10) Dimensionamento do pino B. Como é dado no problema, o pino B está sujeito a cisalhamento simples.
y
x
Ø𝐵
y 𝑇𝐵𝐶 𝑇𝐵𝐶
𝑇𝐵𝐶
𝑁 𝑁
x Øℎ𝑎𝑠𝑡𝑒
𝑇𝐵𝐶
𝜋. ∅ℎ2 6666,67 2
6666,67.4 6666,67.4
= ⟹ ∅ℎ = ⇒ ∅ℎ = = 8,59 𝑚𝑚
4 115 𝜋. 115 𝜋. 115
Exemplo 02: O conjunto da correia sobreposta será submetido a uma força de 800 N. Determine (a) a espessura t
necessária para a correia se o esforço de tração admissível para o material for σadm = 10 MPa, (b) o comprimento
dt necessário para a sobreposição se a cola pode resistir a um esforço de cisalhamento admissível de τadm = 0,75
MPa e (c) o diâmetro dr do pino se a tensão de cisalhamento admissível para o pino for τadm = 30 MPa.
DCL A = 45.t
Fext 800 N
N
N 800 N 𝐹𝑥 = 0
800 N 45 mm 800 N t 45 mm
– 800 + N = 0
800 N 800 N
t N = 800 N
𝑁 𝐹𝑒𝑥𝑡 𝐹𝑒𝑥𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = =
𝐴 𝐴 45. 𝑡
𝐹𝑒𝑥𝑡 800
10 = ⇒ 45. 𝑡 =
45. 𝑡 10
800
𝑡= = 1,78 𝑚𝑚
45.10
Cisalhamento duplo
DCL
𝐹𝑥 = 0
– 800 + V +V = 0
V = 400 N
2. 𝜋. 𝑑𝑟 2 800 800.4
= ⟹ 𝑑𝑟 = = 4,12𝑚𝑚
4 30 2. 𝜋. 30
Cisalhamento duplo
DCL Fext
Fext
A = 45.dt
𝐹𝑒𝑥𝑡 V
2 dt
V
𝐹𝑒𝑥𝑡
2
𝐹𝑥 = 0
– 800 + V+ V = 0
V = 400 N
800 800
2 45. 𝑑𝑡 = ⟹ 𝑑𝑡 = = 5,83𝑚𝑚
0,75 0,75.2.45
Exercício 01: O arganéu da âncora suporta uma força de cabo de 3 kN. Se o pino tiver diâmetro de 6 mm,
determinar o valor da tensão cisalhante média desenvolvida no pino. Considere FS = 1,5
Exercício 02: Os dois cabos de aço AB e AC são usados para suportar a carga. Se ambos, tiverem uma tensão de
tração admissível σadm = 180 MPa, e se o cabo AB tiver diâmetro de 6 mm e o cabo AC tiver diâmetro de 4 mm,
determine a maior força que pode ser aplicada à corrente antes que um dos cabos falhe.
Exercício 03: A alavanca está presa ao eixo por um pino cônico AB, cujo diâmetro médio é 6 mm. Se um
binário for aplicado à alavanca, determine a tensão de cisalhamento média no pino entre ele e a alavanca.
Considere FS = 1,25
Exercício 04: Cada uma das barras da treliça tem área de seção transversal de 780 mm2. Determine a tensão normal
média em cada elemento resultante da aplicação da cara P = 40 kN. Indique se a tensão é de tração ou de
compressão.
Exercício 05: Cada uma das barras da treliça tem área de seção transversal de 780 mm2. Se a tensão normal
média máxima em qualquer barra não pode ultrapassar 140 MPa, determine o valor máximo de P das cargas que
podem ser aplicadas à treliça.
Exercício 06: A junta está presa por dois parafusos. Determine o diâmetro exigido para os parafusos se a
tensão de escoamento por cisalhamento para os parafusos for τe = 350 MPa. Use um fator de segurança para
cisalhamento FS = 2,5.
Exercício 07: As hastes AB e CD são feitas de aço cuja tensão de escoamento é σe = 510 MPa. Usando um fator de
segurança FS = 1,75 para a tração, determine o menor diâmetro das hastes de modo que elas possam suportar a
carga mostrada. Considere que a viga está acoplada por pinos A e C.
Exercício 08: A manivela está presa ao eixo A por uma chaveta de largura d e comprimento 25 mm. Se o eixo for
fixo e uma força vertical de 200 N for aplicada perpendicularmente ao cabo, determine a dimensão d se a tensão
de cisalhamento admissível para a chaveta for τadm = 35 MPa.
Exercício 09: As tiras A e B devem ser coladas com a utilização das tiras C e D. Determine a espessura exigida t
para C e D de modo que todas as tiras falhem simultaneamente. A largura das tiras A e B é 1,5 vezes a das tiras C
e D.