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18/07/2020 AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM CIMBRES: TRÊS GRANDES PECADOS, TRÊS GRANDES CASTIGOS

AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM


CIMBRES: TRÊS GRANDES PECADOS, TRÊS
GRANDES CASTIGOS

André F. Falleiro Garcia

O clero brasileiro infelizmente fez generalizado silêncio sobre as aparições


de Nossa Senhora no agreste pernambucano em 1936. E assim praticamente
caíram no esquecimento ao longo do século XX. O grandioso fato, que poderia
ter grande difusão internacional, limitou-se a atrair principalmente o interesse de
pessoas mais próximas à região onde os acontecimentos se deram. Como é
possível que tenha sido desse modo minimizado e tão poucos tenham rompido
a cortina de silêncio? Quanto prejuízo trouxe ao rebanho católico essa
incredulidade sistemática dos pastores!

A meu ver, um dos três grandes pecados, que atraem os três castigos
previstos por Nossa Senhora para o Brasil nessas aparições, é a transformação
do clero católico brasileiro manipulado pela CNBB, em larga medida, em
principal agente propulsor da perda da fé, da corrupção dos costumes, e do
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avanço comunista. Sintoma desse abafamento imposto ao tema é o nítido


esvaziamento da mensagem de Nossa Senhora de Cimbres. É o que se nota na
única menção postada no site da Arquidiocese de Olinda e Recife após o
falecimento em 13 de outubro de 2013 da Irmã Adélia, uma das duas meninas
(Maria da Luz e Maria da Conceição) que viram a aparição de Nossa Senhora
(aqui). Maria da Luz se tornou religiosa do Instituto das Damas da Instrução
Cristã, onde recebeu o nome religioso de Irmã Adélia. Mas a notícia publicada
pelo site da Arquidiocese afirma que a "Irmã Adélia estava entre as três
crianças" (sic).

O local da aparição de
Nossa Senhora está
localizado na reserva
indígena dos Xukurus, que
são receptivos em relação
aos peregrinos (foto à
direita). Hoje se encontra
abandonado pelo poder
público e pelo clero, ao
contrário do novo Santuário,
construído próximo da cidade
e regularmente conservado.

Não faltam peregrinações, Gruta de Nossa Senhora das Graças, no sítio do


rezas e incremento da Guarda. distrito de Cimbres em Pesqueira.
devoção a Nossa Senhora das Graças. Todavia, por causa da evidente
conotação anticomunista, a mensagem de Nossa Senhora vem sendo pouco
destacada, como já afirmamos acima. A Ssma. Virgem anunciara que viriam
tempos calamitosos e três grandes castigos para o Brasil, relacionados com a
investida comunista, tendo previsto profeticamente que nossa pátria seria
inundada de sangue. É a temática que veremos tratada nos três artigos
reproduzidos a seguir.

No primeiro, o grande polemista católico Pe. Júlio Maria de Lombaerde


(1878-1944), missionário belga que desenvolveu copioso apostolado no Brasil,
apresenta um resumo dessas aparições de 1936, publicado numa revista alemã
e traduzido por ele. Pormenor interessante que quero ressaltar: o artigo dessa
revista relata que uma das perguntas feitas pelo sacerdote alemão – o Pe. José
Kehrle, designado pelo bispo de Pesqueira para acompanhar o caso – a Maria
Santíssima, por intermédio das videntes brasileiras, foi sobre Teresa
Neuwmann, a estigmatizada de Konnesreuth, indagando se aqueles fatos
envolvendo a mística alemã eram de Deus ou do demônio, tendo recebido a
resposta: – "É de Deus", disse a aparição. Aliás, o tremendo castigo divino
pelos pecados cometidos é tema que se encontra tanto nas aparições de
Pesqueira quanto nas visões da mística Teresa Newmann.

No segundo texto, seu autor, o diácono Francisco Almeida Araújo, comenta


essas aparições sobre o prisma da crise da Igreja e a ameaça comunista ao
Brasil. E recomenda para os nossos dias: O que fazer? Rezar o rosário em

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todo lugar, fazer penitência, e não colaborar nem apoiar o comunismo e o


socialismo.

No terceiro artigo, recém publicado no site Fratres in Unum, o prof. Hermes


Rodrigues Nery ressalta a atualidade dessas aparições no contexto da investida
neocomunista do Foro de São Paulo, petismo e bolivarianismo. Destaca
também a publicação do livro “O Diário do Silêncio”, da escritora Ana Lígia Lira,
que apresenta documentação inédita, de fontes primárias, com
correspondências (especialmente as do Padre Kehrle) e depoimentos que
elucidam toda a história das aparições.

Oxalá Nossa Senhora das Graças conceda os auxílios que o Brasil necessita
para superar o estado calamitoso em que se encontra. Essa situação decorre, a
meu ver, dos três grandes pecados aqui cometidos: a propagação do
comunismo e do socialismo em nossa pátria; a transformação do clero católico
em ponta de lança da revolução comunista; a rejeição da pessoa e da obra de
Plinio Corrêa de Oliveira, que foi o maior líder católico do século XX, suscitado
por Nossa Senhora para reconduzir o País nas vias da civilização cristã. São os
três grandes pecados do Brasil contemporâneo, e por causa deles estamos
sendo justamente castigados. A oração e a luta, somados ao arrependimento e
verdadeira conversão de vida, agradam a Deus e atraem da Medianeira as
graças de misericórdia e perdão de que tanto necessitamos. Veni, Domina, noli
tardare.

_________

ÍNDICE:

1) Aparições de Maria Santíssima no norte do Brasil. Pelo Pe. Júlio Maria de


Lombaerde. Clique aqui.

2) A Virgem Santíssima afirma que o Brasil passará por uma sangrenta


revolução promovida pelo comunismo! Pelo Diácono Francisco Almeida Araújo.
Clique aqui.

3) Atualidade da mensagem de Nossa Senhora das Graças de Cimbres. Por


Hermes Rodrigues Nery. Clique aqui.

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Aparições de Maria Santíssima

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no norte do Brasil

Pe. Júlio Maria de Lombaerde

A primeira edição deste livro


estava no prelo quando tive notícia
de uma das aparições de Maria
Santíssima no norte do Brasil.

A notícia foi-me transmitida por


um sacerdote exemplar, incapaz de
ilusão ou de fraude.

Preferi esperar e deixar para


mais tarde a divulgação do fato, que
a autoridade eclesiástica, sempre
prudente e justamente desconfiada,
conservava secreta, para evitar
precipitações ou juízos mal
fundados.

Eis que perto de dois anos


depois, um amigo enviou-me uma
revista alemã, de responsabilidade e
de orientação segura:
Konnesreuthes Jahrbuch – 1936,
onde encontrei a narração resumida, Pe. Júlio Maria de Lombaerde (1878 - 1944)
mas completa, destas aparições.

É desta revista que traduzo o fato, sem mudar nem acrescentar uma vírgula.
Achei as aparições revestidas de todos os requisitos de veracidade, cabendo à
autoridade eclesiástica pronunciar-se a respeito, o que cedo ou tarde ela fará,
seguindo como sempre segue, as normas do tempo e da prudência.

Sendo aparições e revelações privadas, estas têm apenas um valor humano,


e merecem só uma fé humana; porém mesmo assim vale a pena citá-las e
meditá-las, porque se a mesma credulidade é um mal, a incredulidade
sistemática é um mal maior.

Haverá qualquer coisa de tão singular numa aparição da Mãe de Deus em


terras brasileiras?

Não somos nós uma nação consagrada à Virgem Imaculada da Aparecida?

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Não somos nós, também, um povo amoroso e dedicado ao culto de nossa


Mãe Celeste?

Se ela se dignou mostrar-se um dia em Lourdes, La Salette, Pontmain,


Pellevoisin, na França; em Fátima (Portugal) e ultimamente em Bauraing e
Baneaux, na Bélgica, porque ela não se mostraria também no Brasil, dando-nos
deste modo, uma prova de seu amor maternal e da sua solicitude para com o
povo brasileiro?

Cada um poderá acreditar ou não acreditar nos fatos aqui narrados. A Igreja
nada determinou; há, pois, liberdade de aceitá-los ou de rejeitá-los; como há
liberdade de silenciar os fatos ou de publicá-los.

É apoiado sobre esta liberdade, sem querer adiantar os julgamentos da


autoridade eclesiástica, que aqui publico a tradução da Revista de
Koeningsreuth.

I. PRIMEIRA APARIÇÃO

Maria Santíssima apareceu ultimamente num lugarejo do norte, em agosto


de 1936. Se omito o nome do lugar, é atendendo aos desejos das autoridades
eclesiásticas.

Era a 6 de agosto de 1936.

Duas meninas foram mandadas ao campo a fim de colher mamona. Uma


chama-se Maria da Luz, a outra Maria da Conceição. Esta é de família pobre e
conta 16 anos de idade, filha de um empregado do pai de Maria da Luz.

Na ocasião das aparições, aquelas redondezas eram perturbadas por


bandos de gatunos que roubavam e saqueavam a valer, causando grande
inquietação nos habitantes.
Durante esta saída, Maria da Conceição, perguntou a sua companheira:
"Que farias se os ladrões nos encontrassem agora?"

– Ficaria muito quieta, pois Nossa Senhora nos protegeria, respondeu Maria
da Luz.

Casualmente aquela, olhando para uma montanha próxima, exclamou: "Veja


lá uma Senhora". De fato lá se achava uma Senhora que as chamava por
acenos, tendo nos braços um belo menino.

Do lado em que as meninas estavam, era impossível a subida: as rochas e


ramos emaranhados impediam a passagem; foi-lhes necessário tomar um
desvio, passando perto de sua casa para poderem subir com mais facilidade.
Como fossem onze horas da manhã, a mãe de Maria chamou-as para

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almoçarem. Elas não quiseram ir, contando o que tinham visto e queriam seguir
o caminho até aquele lugar.

A mãe – boa senhora, vice-presidente do Apostolado da Oração – disse


muito simplesmente: "É história, venham almoçar." Neste momento, chega o
pai, Arthur Teixeira, para almoçar. As meninas sentadas de fronte à casa,
falavam sobre aquela senhora tendo a criança nos braços, a qual lhes acenara.
A janela estando aberta, a mãe de Maria da Luz ouviu a conversa e narrou-a ao
pai desta.

O sr. Arthur pediu-lhes que contassem o que haviam visto; as meninas lhe
disseram tudo, asseverando com tal segurança que ele quis acompanhá-las.
Tomando de uma foice, começou a limpar o caminho, quando, quase sem saber
como, as meninas já haviam alcançado o cume do monte.

De lá as meninas lhe gritavam, apontando em direção de uma pedra branca.


Com dificuldade ele alcançou o alto, mas nada via do que lhe diziam.

Entretanto, a mãe não ficou tranquila em casa; trouxe consigo as crianças,


em número de cinco ou seis. Destas últimas, ninguém conseguiu ver coisa
alguma.

Apesar das meninas sustentarem que viam diante de si uma senhora com
um menino, o pai, para mais segurança, mandou que elas lhe perguntassem o
que desejava.

Perguntaram e a visão respondeu: "Minhas filhas, virão tempos


calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam três
grandes castigos, se não fizer muita penitência e oração."

Restava-lhe muito que dizer ainda, mas ficou para mais tarde. As notícias
corriam de boca em boca e os homens se aglomeravam naquele lugar onde
fora vista aquela senhora com a criancinha, esperando ver qualquer coisa, mas
nada viam.

II. PRIMEIRAS AVERIGUAÇÕES

Entretanto, o vigário da Paróquia mandou chamar o pai de Maria da Luz,


aconselhando-lhe que trouxesse a menina a fim de participar do retiro espiritual
das Filhas de Maria, desde o dia 10 a 15 de agosto, preparando-se então para a
primeira comunhão. Nesta ocasião o pai poderia estar com o sr. Bispo.

Mas não foi somente esta a singular aparição da Senhora. Na passagem


diária das meninas naquele lugar, ela lhes aparecia.

As opiniões eram, como sói acontecer em tais casos, sempre divididas; uns
acreditavam, outros zombavam.
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As advertências de Nossa Senhora eram reiteiradas: pedia sempre e


insistia que era preciso rezar; senão seu Filho castigaria severamente o
País.

Certo dia houve um garoto naquele lugar, que atirou uma pedra em direção à
aparição. As meninas disseram que a pedra atingiu a mão de Nossa Senhora e
que jorrava muito sangue.

Como dizíamos, atendendo o pedido do vigário, o pai levou a menina para


P., apresentando-a ao sr. Bispo, mas este mandou seu secretário ouvi-la, pois
estava muito ocupado.

Após a audiência, o padre disse: "Vocês estão enganadas." Porém Maria da


Luz sustentou a palavra. Terminou-se a conversa entregando o padre umas
perguntas, das quais ela devia pedir resposta à Senhora e enviá-las em
seguida, na primeira ocasião, por escrito.

A menina enviou a resposta pedida. Apesar de ela ser um tanto atrasada,


não houve a menor inexatidão.

Eram as seguintes as perguntas formuladas:

1 – Quem pode mais que Deus?

2 – Quantas pessoas há em Deus?

3 – Quais são estas pessoas?

4 – Em nome de Deus dizei quem sois e que quereis?

5– Quereis falar com um padre?

6 – Que significa o sangue que jorra da vossa mão?

Após dois dias, o padre recebeu da menina as seguintes respostas:

1 – Ninguém.

2 – Três.

3 – Pai, Filho e Espírito Santo.

4 – Sou a Mãe da graça e venho avisar ao povo que se aproximam três


grandes castigos.

5 – Sim.

Então a menina perguntou com qual padre, enumerando diversos. A


aparição respondeu:

– Quero falar com o padre que lhe fez estas perguntas.

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6 – Representa o sangue que será derramado no Brasil.

Estas respostas fizeram o Padre refletir e decidir-se ir àquele lugar para


examinar se encontraria provas ou se eram ilusões ou falsidades.

III. APARIÇÃO DE JESUS E MARIA

O lugar das aparições – "Guarda" – é localizado num alto, circundado de


montanhas. Em baixo da montanha, num vale, está a casa dos pais de Maria da
Luz, a 500 metros de distância. A subida é muito penosa.

"Só com muita dificuldade cheguei em cima, escreve o sacerdote. Foi-me


necessário tirar os sapatos para poder subir. O calor era insuportável. Numa
distância de 40 a 50 metros, divisei o lugar das aparições e as duas meninas
com o pai, os quais já estavam em cima; elas me diziam que a Senhora olhava
para mim de cima, enquanto eu subia.

– Que está fazendo a aparição? – perguntei.

– 'Está sorrindo', disseram elas.

Eu olhei primeiro, examinando o que havia por ali: tudo era pedra e entulho;
na nossa frente estava um formidável abismo; no lugar das aparições notava-se
um como número em forma de quatro (4); ao lado esquerdo outros números
como um (1-1); no meio, uma linha branca, um pouco mais alta, que se podia
alcançar só por meio de uma escada.

– 'Lá está a aparição', diziam as meninas; mas eu nada via. Sob a pedra que
se achava diante de mim, numa abertura, corria um pouco d'água.

Perguntei ao pai de Maria da Luz se aquela água sempre existiu ali. Ele me
disse: 'não; mas como muitos não acreditassem nas aparições, as meninas
pediram um sinal; desde então começou a brotar água'.

Fiquei em cima com Maria da Luz e pedi que Maria da Conceição, com o sr.
Arthur, se retirasse um pouco abaixo, na montanha. Assim eles dois nos podiam
ver, mas não ouvir. Então, eu disse à Maria da Luz: – 'Dize-me agora a verdade
e não prégues mentiras, pois do contrário serás infeliz para toda a tua vida'.

Eu queria fazê-la confessar que nada via. Ela, porém, permaneceu


inabalável. Quando eu perguntei o que a aparição estava fazendo, disse-me ela,
olhando em direção do lugar:

– 'Ela olha para cá e está sorrindo'.

– 'Agora dize-me: como está Ela?'

Maria da Luz olha e diz:


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– 'Vejo uma bela Senhora, cujo vestido é creme, quase como vosso capote.
O manto é azul celeste, pendendo do pescoço, onde está seguro por uma fivela,
com pedras preciosas. Num braço está a criança'.

– 'Em que braço? No direito ou no esquerdo?'

A menina não sabia distinguir o braço direito do esquerdo. Fez uma vira-volta
com o corpo e mostrou-me o braço esquerdo.

– 'Ela, como o menino, traz uma coroa de ouro na cabeça', disse-me a


jovem.

– 'E a outra mão?' - perguntei.

Fez então uma nova vira-volta (apontando-me) mostrando-me o braço direito


estendido para baixo.

– 'A criancinha enlaça o pescoço da mãe com o bracinho direito", disse ela,
dando uma vira-volta e apontando o braço. A senhora tem na cinta uma fita da
mesma fazenda e da mesma cor que a do vestido. Vejo somente um dos pés.

– 'Qual deles?' - perguntei.

Ela mostrou o pé direito, fazendo outra vira-volta.

– 'Atrás da Senhora vê-se um bonito oratório com duas torres fechadas. O


oratório, que tem a forma de uma casinha, tem pedras preciosas nas suas
torres'."

IV. NOVAS INVESTIGAÇÕES

"Chamei então o pai com a outra menina, ao qual, tendo chegado, eu disse:
'o senhor tome Maria da Luz e vá ficar no mesmo lugar. Eu fico com Maria da
Conceição'.

– 'Compreendeste alguma coisa do que eu disse a tua companheira?',


perguntei à moçinha.

– 'Não senhor', disse ela.

Então eu lhe disse: 'Maria da Luz já me disse tudo e confessou a verdade:


tudo o que vós arranjastes é mentira e invenção. Agora quero que me digas
também a verdade: não é certo que nada vês?' A menina ficou como
aterrorizada e olhando para o ponto das aparições, disse-me em tom choroso:
'Se Maria da Luz disse isto ou não, eu não sei; mas agora eu vejo a Senhora
como antes'.

Procurei embaraçá-la por meio de muitas perguntas, a fim de averiguar se


era imaginação. 'Eu que sou padre, nada vejo! Tu que nada és, dizes que vês
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Nossa Senhora?' Ela permaneceu sempre firme.

– 'Está bem – disse eu – dize-me o que vês agora'.

Ela narrou tudo minuciosamente e fielmente como a sua companheira.

Quando ela indigitava o lugar da aparição no ponto, eu dizia, para


experimentá-la: 'Maria da Luz me disse que é noutro lugar, lá do outro lado'.
Então ela olhava para o lugar que eu dizia e respondia: 'Não, eu vejo Nossa
Senhora naquele lugar branco. No lugar que Maria da Luz indicou ao senhor, eu
nada vejo.'

Não encontrei sequer uma contradição no que as meninas me diziam.

Chamei então Maria da Luz – deixando o pai onde estava – e perguntei a


ambas se viam a Senhora. Ambas responderam: 'Sim, vemos'

– 'Perguntem a Nossa Senhora se ela me vê', disse eu. Perguntaram, e Ela


respondeu que sim.

– Perguntem a Nossa Senhora se eu posso formular algumas perguntas


numa língua estrangeira.

– 'Sim', responderam, por Ela.

Fiz então umas oitenta ou noventa perguntas em alemão, que as meninas


não compreendem e recebi todas as respostas certas. Eu recebia as respostas
por intermédio das meninas, em português, fielmente conforme eu perguntava
em alemão, como: 'Wer bist du?' (quem sois vós?) – 'A Mãe do Céu'. 'Wie heisst
das Kind auf deinem Arm?' (como se chama a criança em seu braço?) – 'Jesus'.

– 'Porque apareceis aqui?'

– 'Para avisar ao povo que três grandes castigos cairão sobre o Brasil'.

– 'Quais são os castigos?'.

Não respondeu, fazendo sinal com a mão para fazer entender, ou que não
podia falar, ou que não queria.

– 'Podeis então dizê-lo mais tarde?'

– 'Sim'.

– 'Por que não dais um sinal visível, para que o mundo possa ver que sois a
Mãe de Deus?'

– 'Já o dei'.

– 'Qual é o sinal?'

– 'A água que está correndo em baixo'.


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– 'Para que serve esta água?'

– 'Para remédio'.

– 'Para todas as doenças?'

– 'Sim, mas para quem tem fé'.

– 'Quem quiser pode tirar daquela água?'

– 'Não, só as duas meninas'.

– 'Porque não podem tirar quem quiser?'

– 'Para que todos creiam'."

Cortemos aqui as respostas, para destacar bem o que segue, pois é a parte
essencial das revelações da Mãe de Deus.

V. AMEAÇAS E REMÉDIOS

O Sacerdote continua o mesmo interrogatório, penetrando cada vez mais no


âmago das questões palpitantes que a Virgem Santa quer revelar.

– Qual é o fim da vossa aparição aqui?

– Avisar que três grandes castigos virão sobre o Brasil.

– Quais castigos?

De novo ela fez sinais, fazendo entender que não podia ou não queria falar.

– Que é necessário fazer para desviar os castigos?

– Penitência e oração.

– Qual a invocação desta aparição?

– Das Graças.

– Que significa o sangue que corre das vossas mãos?

– O sangue que inundará o Brasil.

– Virá o comunismo a penetrar no Brasil?

– Sim.

– Em todo o País?
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– Sim.

– Também no interior?

– Não.

– Os padres e os bispos sofrerão muito?

– Sim.

– Será como na Espanha?

– Quase.

– Quais são as devoções que se devem praticar para afastar estes


males?

– Ao Coração de Jesus e a mim.

– Não basta só uma?

– Não.

– Quereis que se pregue sobre este assunto?

– Sim.

– Permiti-lo-ão as autoridades eclesiásticas?

Fez um gesto como se não quisesse dizê-lo.

– Darão licença mais tarde?

– Sim.

– Quereis que se construa uma igreja aqui?

– Não.

– Quereis mais tarde?

Fez os mesmos gestos.

– Esta aparição é a repetição de La Salette?

– Sim.

– Haverá uma romaria aqui?

– Sim.

– Por que apareceis neste lugar, cuja subida é tão difícil?

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– Para o povo romeiro poder fazer penitência.

– Quanto tempo faz que estais aqui?

Fez um gesto com o dedo, com se quisesse dizer: "há muito tempo".

– Se sois a Mãe de Deus, então dai-nos vossa benção.

Instantaneamente as duas videntes exclamam: "Olha lá!!! Está nos


abençoando"... e fizeram o sinal da cruz.

– Se sois a Mãe de Deus e a criança é o Menino Jesus, manda que Ele nos
dê a benção.

Neste momento, as duas pobres camponesas, admiradas e transportadas de


júbilo, exclamaram: "Ele já sabe dar a benção também!" Fizeram mais uma vez
o sinal da cruz.

Uma das meninas exclamou ainda: "Agora vimos a outra mãozinha do


menino. Até agora ela estava enlaçada ao pescoço da Mamãe. Ele estende
para o senhor os dois bracinhos."

Fiz ainda muitas perguntas, obtendo respostas certas.

Descendo eu, disse às duas meninas: "Agora vejam se a Senhora ainda está
lá". Responderam ambas: "Sim, Ela está em frente de sua casinha,
abençoando-nos".

– Para que tanta benção? disse eu, como se estivesse amolado e em tom
grave.

As meninas ficaram trêmulas e atemorizadas.

– Pergunta a Ela, para que tanta benção!

– Para que sejais felizes, disse Ela.

Perguntei de novo, em alemão: "Somente as duas ou eu também?"

Responderam elas: "Para o senhor também".

Tudo o que vi impressionou-me muito, excedendo as minhas expectativas.


Umas das perguntas versou sobre os acontecimentos de Konnesreuth,
perguntando se aqueles fatos eram de Deus ou do demônio.

– "É de Deus", disse a aparição.

VI. PROVIDÊNCIAS E OPOSIÇÕES

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As providências do Bispo foram as seguintes: que as meninas fossem


examinadas pelo médico. Procedeu-se ao exame e averiguou-se que ambas
são completamente sãs.

A aparição repetia-se. Mas as contradições surgiam à medida que se falava


nas aparições.

A água corria constantemente, em pouca quantidade, e como que saindo da


pedra.

Começaram as curas extraordinárias; foi pena que os médicos não


fossem avisados para examiná-las. Em todo o caso, o povo dá veracidade aos
fatos e neles crê.

Opinam que tenha havido profanação da fonte, embora não se saiba ao


certo; e Nossa Senhora pediu que se fizesse um muro ou uma cerca, pois só as
almas contritas e piedosas podiam assim aproximar-se a fim de fazerem
orações e penitências.

Fez-se a cerca, visto as pessoas se aglomerarem sempre mais em romaria.


Veio a polícia e derrubou a cerca. Imediatamente secou a água até então
corrente.

O sacerdote mandou de novo construi-la e fechou as portas; logo depois a


água brotou.

Após oito dias veio a polícia novamente, destruiu a cerca e, como na outra
vez, desapareceu a água.

Falou-se que houvera sido o Bispo quem mandou a polícia.

Este negou-o, dizendo que não sabia de nada.

A aparição repetidas vezes veio e as meninas afirmaram que a Senhora lhes


dissera: "Tenham paciência; as coisas que vêm de Deus são mesmo assim".

Mandou então o padre que as meninas perguntassem a Nossa Senhora


quem havia mandado os soldados, e a resposta foi esta: "Quem mandou
foi um padre!"

Quinze dias depois, uma carta das meninas chegou, dando-me o nome do
culpado.

Entretanto, a água não corria mais naquele lugar, mas um pouquinho acima.
As meninas afirmaram que tinham pedido a Nossa Senhora para fazer a água
sair novamente; então começou a correr.

Nossa Senhora recomendou que não se dissesse isto a qualquer pessoa,


para que só os bons recebessem da água.

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Maria da Luz entrou num colégio, a pedido de Maria Santíssima, para mais
tarde, após ter adquirido um pouco de instrução, entrar no convento. A aparição
pediu que as despezas necessárias fossem feitas pelo Padre, autor daquelas
perguntas.

Maria da Conceição está ainda com seus pais, em casa: parece-me que ela
nunca mais viu a aparição.

Outro fato sobre Maria da Luz: em todas as festas de Nossa Senhora, ela a
viu na montanha de Guarda.

Certo dia, perguntando algo a Nossa Senhora, recebeu esta resposta:


"Nunca mais me manifestarei aqui em Guarda e os três castigos não virão já,
porque o povo está melhor; mas é necessário ainda rezar muito e fazer
penitência".

Recomendou de novo a devoção ao Coração de Jesus e a Ele.

VII. CONCLUSÃO

Tal é a narração publicada na revista Koenigsreuth. As relações escritas que


me foram transmitidas, sendo recolhidas dos lábios do próprio sacerdote que
formulou as perguntas são mais extensas, porém a narração acima é o
resultado fiel do conjunto, e outros pormenores nada de essencial ajuntam ao
fato.

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* Padre Júlio Maria de Lombaerde. O Fim do Mundo está próximo!


Prophecias antigas e recentes. Livraria Boa Imprensa, Rio de Janeiro, 2ª edição,
1939, cap. VI, pp. 71 e ss. Nihil obstat dado pelo Cônego José de Lima em 10
de julho de 1936, e Carta de Aprovação do Bispo de Caratinga, de 31 de julho
de 1936.

– Os destaques em negrito inseridos no texto são do Editor deste site.

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A VIRGEM SANTÍSSIMA AFIRMA QUE O


BRASIL PASSARÁ POR UMA SANGRENTA
REVOLUÇÃO PROMOVIDA PELO COMUNISMO!

FRANCISCO ALMEIDA ARAÚJO

Todos quantos me conhecem através de meus escritos, palestras, cursos e


programas de Rádio e Televisão promovidos em todas as regiões do nosso
querido Brasil, sabem da minha relutância em divulgar revelações particulares
ainda não reconhecidas pelo Magistério da Igreja. No entanto, de todas as
“revelações particulares” que tem sido divulgada em nosso país, a única que
apresenta séria evidência de veracidade é a que transcrevo abaixo, de forma
resumida, a partir do que foi dado a público pelo saudoso e combativo Pe. Júlio
Maria, em seu livro “O Fim do Mundo está Próximo”, editado (2ª edição) em
julho de 1939, pela Livraria Boa Imprensa – RJ.

A Virgem Santíssima, mãe de nosso Deus e redentor Jesus Cristo, apareceu


no dia 6 de agosto de 1936, para duas meninas, Maria da Luz e Maria da
Conceição, num lugarejo denominado Sítio da Guarda, localizado no Distrito de
Cimbres, pertencente a cidade de Pesqueira, no agreste pernambucano.

Naquele dia, enquanto trabalhavam na colheita de mamona, conversavam


sobre o que se passava na região e é neste momento que Maria da Conceição,
olhando para uma pequena montanha bem próxima do local onde estavam,
disse para Maria da Luz: “Veja lá uma Senhora”. Era uma Senhora com um belo
menino segurado pelo braço esquerdo e que acenava para elas, chamando-as.
Enquanto falavam entre si como chegariam até o local, a mãe de Maria da Luz
chamou-as para almoçarem. Eram onze horas da manhã. As meninas
disseram-lhe que queriam antes subir até a montanha, contando tudo o que
viam para a mãe de Maria da Luz. O assunto chegou ao conhecimento do pai
de Maria da Luz, o senhor Artur. Este interrogou as meninas e dando crédito às
meninas, tomou uma foice para abrir uma trilha e foi com elas até o local. Logo
seguiu a eles a mãe de Maria da Luz com demais filhos menores.

Maria da Luz e Maria da Conceição alegavam estarem vendo diante delas


uma bela senhora com um belíssimo menino. Nada, no entanto viam os demais.
O pai de Maria da Luz mandou então que perguntassem àquela senhora o que
desejava. Ao fazerem a pergunta, a senhora respondeu: “Minhas filhas, virão
tempos calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam três
grandes castigos, se não fizer muita penitência e oração”.

Logo a notícia se espalhou por toda a redondeza, chegando ao


conhecimento do Pároco e do Bispo da Diocese.

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As advertências de Nossa Senhora eram reiteradas. Ela sempre pedia


insistentemente que era preciso rezar e fazer penitência caso contrário o Brasil
receberia um severo castigo.

O bispo diocesano designou um sacerdote para investigar o caso e este


padre entregou às meninas, seis perguntas que elas deveriam apresentar à
Senhora. Mencionarei apenas a quarta e a sexta pergunta e as respostas dadas
pela Senhora.

º Dizei quem sois e que quereis? – “ Sou a Mãe da Graça e venho avisar ao
povo que se aproximam três grandes castigos”.

º Que significa o sangue das vossas mãos? – “Representa o sangue que


será derramado no Brasil”.

O mesmo sacerdote designado pelo bispo, por várias vezes, interrogou as


meninas, em separado e por fim foi ao local com elas e fez cerca de noventa
perguntas em alemão, língua que as meninas nada compreendiam e a Senhora
respondia, através das videntes, em português. Dentre estas perguntas, em
alemão, o padre procurou saber por que Nossa Senhora estava aparecendo ali
e esta respondeu: “Para avisar ao povo que três grandes castigos cairão sobre
o Brasil”. Por mais duas vezes, em dias diferentes, a mesma pergunta foi feita e
a mesma resposta foi dada. O sacerdote perguntou também, sempre em
alemão, o seguinte:

º Que é necessário fazer para desviar os castigos? – “Penitência e oração”.

º Qual a invocação desta aparição? – “Das Graças”.

º Que significa o sangue que corre das vossas mãos? – “O sangue que
inundará o Brasil”.

º Virá o comunismo a penetrar no Brasil? – “ Sim”.

º Em todo o País? – “Sim”.

º Os padres e os bispos sofrerão muito? – “Sim”.

º Será como na Espanha? – “Quase”.

º Quais as devoções que se devem praticar para afastar esses males? - “


Ao coração de Jesus e a mim”.

º Esta aparição é a repetição de La Salette? – “Sim”.

Aqui termino o resumo que fiz do texto do intrépido Pe. Júlio Maria e passo a
comentar esta aparição de Nossa Senhora da Graças. Chamo a atenção para o
seguinte:

1ª) São três castigos, sendo um deles uma sangrenta revolução promovida
por homens ímpios para implantar no Brasil uma ditadura comunista; 2ª) Será

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semelhante à revolução espanhola de 1936 e, 3ª) É uma repetição da aparição


de Nossa Senhora em La Salette, França, aparição esta devidamente
reconhecida pela Igreja.

Quem conhece as revelações de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, em


1917, percebe que há uma grande semelhança entre esta, a de La Sallete e a
que estamos comentando, aqui do Brasil.

Em Fátima Nossa Senhora apareceu para alertar o mundo e a Igreja do


perigo da ideologia comunista, e que esta se espalharia pelo mundo todo. Vale
lembrar que a Igreja, por várias vezes, já condenou o comunismo e o
socialismo, de sorte que um católico fiel não pode jamais apoiar qualquer forma
de socialismo, marxismo, comunismo. Nomes diferentes para o mesmo mal, o
mesmo veneno.

Relembremo-nos das palavras da Virgem Santíssima, em Fátima: “Se


atenderem a meus pedidos a Rússia se converterá e terão paz. Se não,
espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja.
Os bons serão martirizados...”.

A história revela-nos que Nossa Senhora não foi atendida e o comunismo, o


socialismo, se espalhou como uma terrível peste pelo mundo todo.

O socialismo com suas sangrentas revoluções e sua ideologia é um dos três


castigos mencionados pela Virgem Maria, em 6 de agosto de 1936 no Estado
de Pernambuco.

Um outro castigo, o principal, o mais terrível, do qual os demais são mera


conseqüência, mencionado em La Salette, Fátima e Brasil é a apostasia, a
perda da Fé, com sua corrupção moral.

Já mencionamos as palavras de Nossa Senhora aqui no Brasil e em Fátima;


mencionaremos agora o que ela disse em La Salette: “ Os sacerdotes, ministros
de meu Filho, os próprios sacerdotes, por suas más vidas, por suas
irreverências e impiedades ao celebrar os Santos Mistérios, por seu amor ao
dinheiro, as honras e aos prazeres converteram-se em cloacas (esgotos) de
impureza (...) Deus vai castigar o mundo de uma maneira sem precedentes”.

O cardeal Mario Luigi Ciappi disse, em março de 2002: “ No terceiro segredo


(de Fátima) é predito, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja
começaria pela hierarquia”.

Outras semelhanças entre as aparições mencionadas: “Para se evitar o


castigo é preciso rezar o santo rosário, fazer penitência, ter devoção ao
Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria”.

Nos anos noventa estive


em Cimbres, diocese de
Pesqueira, Pernambuco,
dirigindo uma peregrinação ao
local das aparições, conforme
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fotos em meu poder. Com a


vidente Maria da Luz que se
tornou religiosa do Instituto
das Damas da Instrução
Cristã, onde recebeu o nome
religioso de Irmã Adélia, estive
por três vezes. A última vez
que a entrevistei foi em onze
de dezembro de 2003, uma
quinta- feira, à tarde, no
Colégio das Damas, em Recife
PE, onde reside. Nesta
ocasião mostrei a ela o
número de julho de 2003 do
Jornal Inconfidência e que
trazia um artigo intitulado
“Profecia e Vigília”, de autoria
do General de Exército Sérgio
Augusto de Avellar Coutinho,
sobre a aparição da Virgem
Maria a ela – Irmã Adélia –, na
época a menina Maria da Luz. Irmã Adélia
Irmã Adélia se encontrava
adoentada, fazendo uso de uma cadeira de rodas, mas perfeitamente lúcida, e
tão logo terminei a leitura do artigo para ela, a mesma, com voz embargada,
pela emoção, me confirmou tudo e me disse que estava muito breve a se
realizar o castigo da revolução comunista no Brasil e por três vezes repetiu para
mim: “Diga ao povo que reze o rosário e que faça penitência”. Tirei fotos com
ela nesta ocasião, pois julgava que fosse, quem sabe, a última vez que estaria
falando com ela. A poucos dias telefonei para amigos em Recife e tive a alegria
de saber que Irmã Adélia está viva.

Em seu artigo o General Avellar Coutinho, lembrava a triste e covarde


Intentona comunista em novembro de 1935, a revolução comunista na Espanha,
a qual teve início em 17 de julho de 1936 e que poucos dias depois deste
acontecimento, Nossa Senhora aparece no agreste pernambucano e ele
“arrisca uma especulação” (são palavras dele), fazendo uso do número setenta
tão significativos na simbologia das profecias bíblicas e faz uma “ilação
arbitrária” (palavras dele) concluindo que 2006 poderia ser o ano do
cumprimento da profecia dada em 1936. Eu também me atrevo a fazer uma
pergunta. Por que Nossa Senhora apareceu no nordeste brasileiro, mais
precisamente em Pernambuco? Que ligação tem com a revolução em marcha?
Será que de lá do nordeste se iniciará esta revolução? Será que um dos líderes
é um pernambucano? Só Deus sabe!

Penso e tomara Deus eu esteja enganado, a semelhança entre a revolução


comunista denunciada por Nossa Senhora no agreste pernambucano e a
revolução comunista na Espanha em 1936 é, além da crueldade, a presença de
comunistas de várias partes do mundo que lutarão contra os brasileiros
patriotas.
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O fato a se lamentar é que estamos presenciando com toda clareza um


processo revolucionário em marcha aqui no Brasil e em vários paises da
América Latina. Querem implantar aqui o que não conseguiram continuar no
leste europeu.

O que fazer? Obedecer Nossa Senhora! Rezar o rosário em praças públicas,


nas igrejas, nas escolas, nos locais de serviços, em casas, em todo lugar e
fazer penitência. Não colaborar com o mal apoiando o comunismo e o
socialismo.

Nossa Senhora já salvou o Brasil de dois ataques do comunismo (1935 e


1964). Em 1964 foram as mulheres brasileiras, com a reza do terço que
enfrentaram o comunismo e o Brasil venceu. Naquela época tínhamos o apoio
da Igreja e das Forças Armadas. E agora? Onde estão os bispos, os padres, os
militares, as mulheres católicas do nosso País? Quando a CNBB sairá a público
para defender o rebanho da ação maléfica do comunismo?

Não nos devemos deixar ser enganados e para tanto termino narrando um
fato assombroso: a infiltração do comunismo na Igreja Católica e em outras
religiões. Já dizia Lênin, fundador do comunismo russo, nos anos 20, que
infiltraria a Igreja Católica, particularmente o Vaticano.

Recentemente tivemos a confirmação com Douglas Hyde, ex-comunista


revelando que nos anos 30 os chefes comunistas enviaram uma diretiva à
escalada mundial sobre a infiltração na Igreja Católica. No início dos anos 50 a
Dra. Bella Dodd, advogada, funcionária de destaque do Partido Comunista
Americano, deu informações pormenorizadas sobre esta infiltração. Ouçamos
suas próprias palavras: “Nos anos 30 pusemos mil e cem homens no
sacerdócio para destruir a Igreja a partir do seu interior”. Dez anos antes do
Vaticano II ela declarou: “Nesse momento estão nos cargos mais altos da
Igreja”. Afirmou ainda que aqueles infiltrados iriam provocar mudanças tão
radicais que “não reconhecerão a Igreja Católica”.

Na primavera de 1962, na cidade de Metz, na França, o cardeal Eugène


Tisserant encontrou-se, nada mais nada menos, com o Metropolita Nikodin, da
“igreja ortodoxa russa”, um conhecido agente do KGB e negociaram o que viria
a ser conhecido como o Pacto de Metz, ou, mais popularmente, o Acordo
Vaticano – Moscou. Este é um triste e irrefutável fato histórico. Dá-se a
infiltração comunista na Igreja.

Que Nossa Senhora Aparecida – Rainha do Brasil nos salve do perigo


socialista, comunista. Que o padre Cícero e frei Damião, missionários
nordestinos, que tanto combateram o comunismo, protejam e iluminem o sofrido
e ordeiro povo nordestino.

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Francisco Almeida Araújo, ex- pastor batista, converteu-se ao catolicismo e


foi ordenado diácono permanente por D. José Pestana, então Bispo de
Anápolis. Reconciliado plenamente com a Santa Igreja Católica, faleceu em

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2012, após receber os sacramentos de Reconciliação, Eucaristia e Unção dos


Enfermos. Fonte: Diácono Francisco de Almeida Araújo morre aos 72 anos.

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ATUALIDADE DA MENSAGEM DE NOSSA


SENHORA DAS GRAÇAS DE CIMBRES

HERMES RODRIQUES NERY

A sua mensagem é atualíssima, diante dos acontecimentos históricos que ainda


estamos vivenciando, no momento em que comemoramos oitenta anos das
aparições

Com “O Diário do Silêncio”, a escritora Ana


Lígia Lira apresenta a mais completa obra sobre
as aparições de Nossa Senhora das Graças, no
Brasil, ocorridas no pequeno povoado de
Cimbres, distrito de Pesqueira, em Pernambuco,
em 1936. A publicação do livro ocorre, portanto,
próximo das comemorações dos oitenta anos
das aparições, e com uma documentação
inédita, de fontes primárias, com
correspondências (especialmente as do Padre
Kehrle, designado pelo bispo local a investigar o
caso) e depoimentos que elucidam toda a
história das aparições, como também da irmã
Adélia, falecida em 13 de outubro de 2013 (na
época, a menina Maria da Luz, uma das crianças
a quem Nossa Senhora dirigiu suas palavras).
Para o Padre Paulo Ricardo, a mensagem de
Nossa Senhora das Graças de Cimbres “é
bastante atual, principalmente para nós que
vivemos num Brasil cada vez mais tomado pelo
ideal do comunismo, do marxismo, porque foi
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Nossa Senhora das Graças exatamente aquilo que Nossa Senhora previu”[1].
Na verdade, a previsão foi a de que o Brasil seria
tomado pelo comunismo e padeceria três
castigos, evitados somente com a oração e a penitência. E que “o sangue
correrá no Brasil”[2].

Gostaria de me deter nesse artigo não tanto sobre os fatos em si da história


das aparições (já abordados em relatos de outros autores), mas sobre alguns
aspectos de conjuntura para auxiliar na compreensão da importância das
aparições de Nossa Senhora das Graças, em Cimbres, especialmente nos dias
de hoje, pois a sua mensagem é atualíssima, diante dos acontecimentos
históricos que ainda estamos vivenciando, no momento em que comemoramos
oito décadas das aparições.

Os três castigos

Os três castigos preconizados por Nossa Senhora das Graças, estariam, de


certa forma, relacionados com as três tentativas de tomada do poder que os
comunistas fariam no Brasil, ao longo desses últimos oitenta anos. A primeira
delas, com a Intentona Comunista (1935), alguns meses antes das aparições
em Cimbres. Depois, no governo de João Goulart, a segunda tentativa, que foi
contida pelo regime militar (1964), especialmente na fase de combate às
guerrilhas. E, em seguida, a terceira tentativa, com a redemocratização, na
Nova República, principalmente nas gestões petistas, após 2003.

Nas duas primeiras tentativas, o sangue correu, assim como aconteceu nos
países aonde o comunismo foi implantado. Na Intentona Comunista de 1935,
vários defensores da pátria tombaram, dentre eles o herói-mártir da Polícia
Militar, Luiz Gonzaga de Souza[3]. Também foram muitas as vítimas que tiveram
o sangue derramado por terroristas e guerrilheiros comunistas na segunda
tentativa, quando quiseram implantar a ditadura do proletariado no País,
conforme depoimentos de conhecidas lideranças esquerdistas, que atuaram,
naquela época[4], reconhecendo que a luta contra o regime militar, inclusive por
meios das guerrilhas, tinha como propósito a implantação de uma ditadura
comunista[5].

Mas, como bem destacou o Prof. Olavo de Carvalho, “o governo militar se


ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera
cultural, social e moral.”[6] Por isso, criou-se o ambiente para a terceira e atual
tentativa, ainda em curso, no Brasil, de complexa situação. Olavo de Carvalho
explica que a parte da esquerda que não foi para a guerrilha, “se encaixou no
esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a
penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc. Foi a
facção que acabou tirando vantagem de tudo isso – até da derrota, porque a
derrota lhes deu uma plêiade de mártires.”[7] O fato é que a esquerda se
apropriou de um discurso para se favorecer e buscar consolidar seu projeto de
poder [daí a narrativa da controversa Comissão da Verdade], e até hoje, a base
social aparelhada pela esquerda, de raiz filosófica marxista e até anarquista,
continua como um barril de pólvora, num momento em que as forças

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conservadoras começam a reagir, sem saber como fazer, por estarem


totalmente desorganizadas e sem estratégias e meios adequados para isso.

O processo de impeachment da presidente Dilma Roussef (ex guerrilheira no


período do regime militar), expôs a tensão desta terceira tentativa, cujos
desdobramentos ainda são muito imprevisíveis. Terceira fase esta iniciada com
a criação do Foro de São Paulo, em 1990 (por Fidel Castro e Lula), para
viabilizar um projeto de poder totalitário, de integração regional latino-
americana, a chamada Pátria Grande socialista. Projeto esse em que, antes da
tomada do poder político, os comunistas buscaram criar uma base social
aparelhada (seguindo a estratégia gramsciana), de aparelhamento das
instituições, especialmente na área cultural, dos sindicatos, da imprensa, e até
mesmo da Igreja Católica, se utilizando da teologia da libertação para influir e
ampliar os setores progressistas dentro da instituição.

Com a eleição de Lula, em 2002, o PT alargou de modo desproporcional o


aparelhamento do Estado, dando início à estratégia proposta pelo Foro de São
Paulo, de fazer da democracia o método revolucionário, se utilizando inclusive
de meios inteiramente amorais para captar recursos com volúpia desmesurada,
não contando, porém, que seriam contidos nessa gula e obsessão de poder,
pela Operação Lava Jato, o que ocasionou a gravíssima crise em que vivemos,
aonde não sabemos ainda como a terminará.

Não é a toa que, durante o processo de impeachment, os maiores


defensores da ex-guerrilheira Dilma Roussef vieram justamente do PCdoB (com
Aldo Rebelo como seu Ministro da Defesa, Jandira Feghali na Câmara dos
Deputados, Vanessa Graziotin no Senado, etc.). O fato é que a terceira tentativa
de implantação do comunismo no Brasil está em fase já bem avançada. Depois
das jornadas de junho de 2013, do pleito de 26 de outubro de 2014 e das
grandes manifestações pró-impeachment de 2015-2016, cresceram as
apreensões sobre como o Brasil poderá vencer essa nova batalha contra o
comunismo, expresso não apenas no lulopetismo, mas em todos os demais
partidos e movimentos sociais e culturais de esquerda alinhados com o projeto
de poder do Foro de São Paulo.

E o que mais se teme, em tudo isso, é que novamente corra o sangue


[conforme previu Nossa Senhora das Graças, em Cimbres], num momento que
o País está dividido entre uma maioria conservadora e cristã [mas
desorganizada], e uma minoria aparelhada que deteve o poder de decisão nos
últimos treze anos [e muito bem organizada]. Tal tensão levou o Brasil a um
impasse político sem precedentes. E muitas forças do internacionalismo de
esquerda e também das fundações internacionais querendo intensificar a
agenda antivida e antifamília, que já vem fazendo correr o sangue humano
inocente, no ventre materno, com a difusão cada vez maior da cultura do aborto
e tudo mais. Como ocorreu na União Soviética, quando o comunismo foi lá
implantado.

“Os padres e os bispos sofrerão muito?”[8]

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Nas aparições em Cimbres, na gruta do Sítio da Guarda, Nossa Senhora das


Graças dissera às crianças: “virão tempos sérios”[9], e dentre muitas coisas
preditas, a confirmação de que o comunismo iria penetrar o Brasil, abrangendo
todo o País (não no interior), e que tais coisas não viriam logo, mas que “os
padres e os bispos sofrerão muito”[10].

Nesse sentido e no contexto dos oitenta anos desde as aparições em


Cimbres, cabe ressaltar que o sofrimento dos bons padres e bispos também
está relacionado, de alguma forma, aos “erros da Rússia” espalhados pelo
mundo, que não foram contidos, conforme pediu Nossa Senhora em Fátima aos
pastorinhos, em 1917.

Como bem expôs Valdis Grinsteins:

“Defensores do permissivismo moral, os comunistas aprovaram leis


favorecendo o amor livre e o divórcio e, em 1920, durante o governo de Lenine,
a Rússia foi o primeiro país do mundo a permitir o crime do aborto. O resultado
dessa lamentável situação não tardou a aparecer: divórcios numerosos,
trazendo como consequência famílias cada vez menores, nas quais o número
de filhos era limitado em função da perspectiva de estabilidade do ‘cônjuge’, do
trabalho, da moradia ou do capricho dos pais. Filhos abandonados ou entregues
a orfanatos, dos quais fugiam depois para formar pequenos bandos de
criminosos, logo se tornaram uma praga nacional. Uma geração que crescia
sem conhecer o que fosse respeitar os outros. O crime chegou a tais níveis que,
visando limitar seus efeitos, Stalin modificou a legislação em 1936, chegando a
proibir o aborto. Como não houve nenhum arrependimento verdadeiro, mas
apenas interesse político, pouco depois da Segunda Guerra Mundial o aborto
voltou a ser introduzido na legislação comunista, bem como todos os outros
ditos ‘avanços’. E a situação tornou-se ainda pior.”[11]

O comunismo, como um dos maus frutos do modernismo, adentrou dentro


da Igreja, sob várias formas. E conforme advertira São Pio X, visou corroer, por
dentro a sã doutrina católica. Os padres e bispos seduzidos pelo modernismo,
anuíram com correntes de pensamento contrárias à fé, abrindo brechas para
distorções e equívocos, agravados ainda mais pelo atual relativismo. Debilitar o
cristianismo, especialmente a doutrina católica, foi estratégia dos comunistas,
principalmente gramscianos para, por dentro da Igreja, promover a rebelião e a
apostasia. Com isso, os bons padres e bispos foram encontrando dificuldades
em defender a fé, num ambiente cada vez mais hostil à sã tradição católica. E
mais: passaram também a difundir que o comunismo era coisa do passado,
principalmente depois da queda do muro de Berlim e o desabamento da União
Soviética, no Natal de 1991. Mas justamente na América Latina, e mais ainda
no Brasil, com o Foro de São Paulo, o internacionalismo de esquerda
instrumentalizou os setores progressistas da Igreja Católica para difundir os
males do comunismo [com faces novas e diversificadas]. O próprio Fidel Castro,
após o fracasso das guerrilhas no Brasil, entendeu que era preciso utilizar-se
das estruturas e capilaridade da Igreja, para aparelhá-la por dentro, e propiciar
assim a extensão da revolução cubana em todo o continente latino-americano,
especialmente no Brasil. Para isso, foi utilíssimo espalhar a cizânia da teologia
da libertação, gestada pela KGB, conforme revelou Ion Mihai Pacepa[12].
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Mas por que a Igreja não reagiu contra esta nova investida do comunismo? E
por que o relativismo grassou de tal forma, minando toda e qualquer resistência
na defesa da sã doutrina católica?

O Prof. Roberto de Mattei explica que um dos fatos relevantes para isso foi
porque não houve uma condenação explícita do comunismo no Concílio
Vaticano II (1962-1965), período em que se intensificou a segunda tentativa de
implantação do comunismo no Brasil, detido – como dissemos – pelo regime
militar.

O fato é que o Concílio foi “uma oportunidade extraordinária para as


correntes progressistas”[13] em que, em muitos aspectos, “a condenação do
erro”[14] deixou de ser vista como “uma obra de misericórdia”[15]. A nova forma
de organização, através de conferências episcopais, especialmente a CNBB e o
CELAM, contribuíram muito para afofar o terreno, em que foi possível emergir
mais facilmente todas as tendências modernizantes. A não condenação do
comunismo no Concílio favoreceu a instrumentalização dos setores
progressistas da Igreja para a subversão da sã doutrina por dentro da
instituição. Formou-se então uma rede cada vez mais fraterna de prelados
progressistas, “entre bispos e teólogos europeus e latino-americanos”[16], sob a
liderança de Dom Hélder Câmara, rede esta descrita por François Houtart, o
mesmo que, anos mais tarde, ministraria um curso no Partido Comunista
cubano para convencer os militantes marxistas de que era possível conciliar
cristianismo e socialismo, e que eles precisariam da estrutura da Igreja, para
difundir essa concepção revolucionária.

Não faltaram apelos contra o comunismo durante o Concílio. Roberto de


Mattei conta que “o arcebispo vietnamita de Hué, Ngô-Dinh-Thuc, por exemplo,
definia o comunismo como ‘o problema dos problemas’, a mais importante
questão do momento”.[17] Mas empenhado na promoção do ecumenismo, e
para garantir a presença do Patriarca de Moscou, que, na época, “estava
notoriamente nas mãos do Kremlim”[18], o Cardeal Bea conseguiu estabelecer
“um acordo com base no qual o Patriarca de Moscou acolherá o convite
pontifício se o Papa garantir que o Concílio se absterá de condenar o
comunismo”[19]. E foi o que aconteceu. O Concílio se silenciou sobre a questão
do comunismo, mesmo o Santo Ofício tendo reafirmado, em 1959, pouco antes,
“a validade da excomunhão de 7 de janeiro de 1949, contra todo tipo de
colaboração com o comunismo”[20], pois já prevalecia, entre muitos altos
prelados, de que “no fundo, os comunistas andam a procura da justiça e são
gente que sofre”[21]. A partir dessa omissão e dessa nova mentalidade é que foi
possível espalhar o cancro da teologia da libertação na América Latina, ainda
quando se desejava impor o comunismo por meio da guerrilha.

“Quase” como na Espanha

Ao ser indagada se o sofrimento causado pelos castigos seria “como na


Espanha” (que vivia, na época das aparições, o início da Guerra Civil
Espanhola), Nossa Senhora respondera às crianças: “quase”.

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Esse “quase” pode estar relacionado à posição do clero em relação à divisão


ideológica que a Espanha viveu, ao longo da guerra civil (1936-1939),
quando morreram milhares de pessoas, especificamente mais de seis mil
religiosos. No entanto, o clero espanhol comparou a guerra contra o comunismo
na Espanha, naquele período, como uma “cruzada moderna”[22]. O mesmo não
se pode dizer do clero brasileiro atual, imbuído de relativismo, com um bom
número de bispos conservadores (especialmente após o pontificado de Bento
XVI), mas com padres e bispos progressistas em postos estratégicos de
decisão, muitos alinhados ainda à esquerda, com paróquias e OnGs católicas (e
até universidades como as PUCs) como base social aparelhada pelo
lulopetismo. Dada a complexidade da situação, no cenário brasileiro atual,
muitos padres e bispos se dizem impotentes para fazer qualquer coisa, e de se
pronunciar a respeito. Por isso, se constata o silêncio e a omissão de muitos em
relação ao permissivismo moral (especialmente da classe artística), evitando se
posicionar ideológica e politicamente contra os governos petistas de Lula e
Dilma Rousseff. Daí a posição de neutralidade da conferência episcopal em
relação ao processo de impeachment, quando a maioria do povo brasileiro
(conservador) foi às ruas clamando “Fora Dilma, Fora PT, Fora Foro de São
Paulo”. Significativo foi o ato em que fiéis leigos ergueram após a missa de
encerramento da 54ª assembleia da CNBB[23], na Basílica de Aparecida, diante
de todos os bispos que passavam em direção à sacristia, com os dizeres; “Por
uma Igreja livre do PT e do comunismo”, imagem essa que teve um número
enorme de curtidas e compartilhamentos nas redes sociais, comprovando assim
(nesse aspecto) o sentimento da maioria do povo brasileiro, que clama por
posições de pastores mais em consonância com a doutrina moral e social da
Igreja, sem ambiguidades, mas de modo firme e cristalino, de modo especial
contra o comunismo.

Nesse sentido, os três castigos preconizados por Nossa Senhoras das


Graças, às crianças, em Cimbres, podem também estar associados (tendo em
vista o que ocorreu durante a Guerra Civil Espanhola), a tais fatores e
consequências: 1º) a divisão ideológica do País; 2º) a anarquia social
provocada por instituições e grupos aparelhados; 3º) o derramamento de
sangue. Mas o “quase” predito pode significar que é possível evitar as situações
extremas de tais fatores e consequências, se principalmente as autoridades
eclesiásticas exortarem o povo à oração e à penitência, e se, enfim, o
comunismo for rechaçado mais explicitamente e condenado (recorrendo aos
documentos já existentes da doutrina social da Igreja) por aqueles que tem o
dever de orientar os fiéis católicos dos perigos que representam as correntes de
pensamento e os partidos políticos que tem como premissa ideológica o ideário
comunista. O clero, portanto, não pode estar omisso quanto a isso, para que
tais fatores não acarretem tais consequências.

Os castigos previstos podem ser evitados com a oração e a penitência

Os oitenta anos das aparições de Nossa Senhora das Graças, em Cimbres,


coincidem com o momento mais crítico da crise econômica e política que
colocou em xeque o lulopetismo no País, podendo comprometer assim o projeto
de poder do Foro de São Paulo e frear a terceira tentativa de implantação do
comunismo. Por isso, se houve previsões de “tempos calamitosos para o
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18/07/2020 AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM CIMBRES: TRÊS GRANDES PECADOS, TRÊS GRANDES CASTIGOS

Brasil”[24], a Mãe do Céu dissera às crianças Maria da Conceição e Maria da


Luz que os castigos previstos poderiam ser evitados pela oração e penitência.
Esta exortação (em sintonia com todas os apelos feitos por Nossa Senhora, em
La Salette, em Lourdes, em Fátima e em todas as demais aparições pelo
mundo) indicam as armas pelos quais os cristãos devem se empenhar no
combate ao mal. Assim como os cristãos venceram em Lepanto (1571), fazendo
do Rosário a “arma da vitória”[25], assim também foi a força do Rosário capaz
de evitar o derramamento de sangue no difícil processo abolicionista, no séc.
XIX, em que a Princesa Isabel fez triunfar a libertação dos escravos, com a Lei
Áurea, vencendo também pela oração os desafios das turbulências políticas de
sua época.

Nossa Senhora apresentou-se às crianças como “a Mãe da Graça”, e se veio


“avisar ao povo que se aproximam três grandes castigos”[26], também apareceu
com o Menino Jesus em seus braços como “a Mãe do Céu”, “a Mãe de Deus”,
para dizer também que é com a oração e a penitência que é possível desviar-se
de tais castigos, invocando-a como Nossa Senhora das Graças, e apresentando
ainda as devoções ao Coração de Jesus e a ela própria, como práticas para
afastar tais males.

A leitura, portanto, de “O Diário do Silêncio”, de Ana Lígia Lira (competente


pesquisadora e escritora), torna-se imprescindível para que conheçamos, em
detalhes, o que ocorreu em Cimbres, e o quanto atual é a mensagem de Nossa
Senhora das Graças, e a validade da sua exortação à oração e a penitência,
para vencer a terceira (e mais complexa) tentativa de implantação do
comunismo no Brasil.

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Notas:

[1] https://padrepauloricardo.org/episodios/o-alerta-de-maria-para-o-brasil.

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[2] http://aparicoes.leiame.net/brasil/pesqueira.html

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[3] http://museuvitimasdoscomunistas.com.br/saloes/ver/intentona-comunista-
1935-

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[4] https://www.youtube.com/watch?v=cP5PGY08vbs

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[5] https://www.youtube.com/watch?v=cP5PGY08vbs

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[6] http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/olavo-de-carvalho-esquerda-ocupou-
vacuo-pos-ditadura

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[7] Ibidem.

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[8] http://aparicoes.leiame.net/brasil/pesqueira.html

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[9] Ibidem.

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[10] Ibidem.

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[11] http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm/idmat/B29467EA-3048-560B-
1CD5958C0D784589/mes/Agosto2006

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[12] http://www.acidigital.com/noticias/ex-espiao-da-uniao-sovietica-nos-criamos-
a-teologia-da-libertacao-28919/

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[13] Roberto de Mattei, O Concílio Vaticano II – Uma História nunca escrita.


Porto, 2012, p. 167.

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[14] Ib. p. 173.

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[15] Ibidem.

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[16] Ib. p. 189.

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[17] Ib. 152.

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[18] Ib. 147.

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[19] Ib. pp. 149-150.

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[20] Ib. p. 152.

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[21] Ibidem.

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[22] http://historia-portugal.blogspot.com.br/2009/05/guerra-civil-espanhola.html

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[23] https://www.youtube.com/watch?v=Xi6WMq2cQq0

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[24] http://aparicoes.leiame.net/brasil/pesqueira.html

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[25] http://imperiobrasileiro-rs.blogspot.com.br/2015/12/integra-da-palestra-
princesa-isabel.html

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[26] http://aparicoes.leiame.net/brasil/pesqueira.html

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Hermes Rodrigues Nery é Especialista em Bioética (PUC-RJ). Coordenador


da Comissão Diocesana em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté e membro
da CDV do Regional Sul 1 da CNBB. Coordenador do Movimento Legislação e
Vida. Email: hrneryprovida@uol.com.br

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Aviso do Editor: esta página de Sacralidade, postada em 17 maio 2009, foi


atualizada em 11 junho de 2016.

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