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SUMÁRIO: O QUE VOCÊ VAI
APRENDER NESSE EBOOK:

Introdução ................................................. 3

Sobre a Autora ......................................... 11

Como reconhecer os diferentes tipos de dor no


início da penetração vaginal ....................... 21

Os Tipos de Vaginismo ............................. 29

Afinal, de onde vem tanta dor? ................... 38

Quem tem mais chances de sofrer com o pro-


blema? .................................................... 45

Como vencer o Vaginismo usando apenas os


dedos da mão? ......................................... 53

Programa Chave Mestra ............................. 78

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INTRODUÇÃO

Olá! Sou a Dra. Mariana Maldonado (CRM


52660760), médica Ginecologista (RQE 12707)
e Sexóloga (RQE 28366) com mais de 19 anos
de experiência e quero te contar uma coisa:
você sabia que o primeiro passo para vencer a
dor do Vaginismo pode estar bem ao alcance da
sua mão? Ou melhor, nos seus dedos?

Eu sei que você deve estar pensando que isso é


bom demais para ser verdade, e talvez eu, no
seu lugar também pensasse assim.

Se eu não tivesse visto isso acontecer com


centenas de mulheres nos últimos 19 anos eu
também acharia.

Afinal, você já tentou de tudo para não travar


bem naquela hora que a penetração vaginal vai
começar: passou por vários profissionais para
identificar e entender o porque de tanta dor e
ainda faz o que pode pra tentar relaxar:
meditação, concentração, respiração, até cantar
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mantra na hora... Tudo para conseguir deixar a
penetração vaginal acontecer sem dor. Tudo em
vão.
Parece que nada adianta, na hora de iniciar a
penetração vaginal a dor está sempre lá
presente, dificultando ou até mesmo impedindo
você de começar ou de prosseguir com o ato.

E com ela vem mais uma vez a frustação, a


tristeza e a sensação de não se sentir uma
mulher completa. De não conseguir fazer o que
todo mundo faz de forma tão normal e natural.

Sentir-se limitada em algo que você quer,


mas não consegue é uma sensação muito
ruim mesmo!

E conforme o tempo passa sua autoestima, seu


desejo sexual, sua capacidade de ter orgasmos,
seu prazer, os carinhos, o relacionamento
amoroso... Tudo perde a graça e começa a ruir,
como um castelo de areia ao vento.

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Afinal, por que você vai querer começar alguma
coisa sabendo que no final não será tão legal?

Dor e prazer são como água e azeite. Não se


misturam nunca, exceto para quem é
masoquista, o que não é o caso da grande
maioria e acredito que não deve ser o seu!

E por que eu digo que você é capaz de começar


a se destravar e superar essa dor usando
apenas os dedos da mão?

Porque depois de ver e atender tantas mulheres


sofrendo com o problema ou que passaram por
muitos tratamentos profissionais sem conseguir
sua cura, eu posso afirmar que para se livrar de
vez desse reflexo que você não controla é
preciso quebrar o elo que liga o medo de
dor ao seu desejo de ser penetrada.

É por causa dele que você trava quando


simplesmente lembra da dor que poderá sentir.

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Enquanto esse medo for maior do que o seu
desejo, pode acreditar, será muito mais difícil
conseguir.

Existem muitos motivos para desenvolver esse


medo, mas para vencê-lo você precisa conhecer
sua vagina muito bem. É o primeiro passo!

Tocá-la por dentro e por fora, colocar 1 dedo, 2


dedos, fazer movimentos de um lado para outro,
para cima e para baixo, girar, pode e deve ser
tão normal e natural como tocar qualquer outra
parte do seu corpo, como orelhas, nariz e boca.

A vagina não pode ser uma entidade à parte que


só te traz problemas. Ela é sua. Ela é única. É
uma parte do seu corpo muito especial e que
você precisa entender como é e conhecer
profundamente até dominá-la por completo. E
para isso também existe uma técnica que pode
te ajudar.

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Se essa falta de conhecimento e destreza no seu
auto toque não for a causa central do seu medo,
pode ter certeza que contribui e muito para
alimentá-lo.

Sentir-se segura e confiante com o seu corpo -


o que temos de mais precioso e sagrado - é
fundamental para alcançar a cura, independente
do tratamento que fizer!

E aqui nesse ebook eu vou começar a te explicar


como você pode conseguir fazer isso de forma
simples, confortável e natural, por mais
estranha que essa ideia possa parecer nesse
momento.

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LEIA ISTO ANTES DE COMEÇAR

Se você já recebeu o diagnóstico ou acredita que


pode sofrer com o Vaginismo, o que tem dentro
desse livro pode te ajudar muito a entender o que
se passa com você e o que pode fazer para se
livrar desse tormento.

Sentir dor ao iniciar a penetração vaginal NÃO É


NORMAL!

Não é normal sentir dor em nenhum nível, seja


essa dor leve, moderada ou intensa. A
penetração é para te proporcionar prazer, nunca
dor!

Isso sem falar o quanto essa dor pode interferir


no seu desejo, orgasmo e no seu prazer em estar
sexualmente com quem desejar!

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Espero de coração que essa leitura seja o seu
primeiro passo rumo à sua libertação e
transformação!

Repito o que tem na página de divulgação:

Esse e-book NÃO tem fins lucrativos e TODA a


verba levantada com o valor simbólico que
vocês pagaram para ter acesso é 100% destinada
para que essa mensagem chegue em mais
mulheres no Brasil e no Mundo, que sofrem com
Vaginismo e com a falta de informação a respeito
desse problema que afeta mais de 6% das
mulheres e ainda é tratado como grande tabu.

Aqui você vai aprender o que - na minha opinião


- você precisa saber para superar este tipo tão
específico de dor na relação sexual. Opinião de
quem já ajudou centenas de mulheres a se
libertarem do vaginismo. Mulheres que
possivelmente se encontravam na mesma
situação que você.

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No último capítulo do livro eu apresento um
pouco mais do meu trabalho com o Programa
Chave Mestra, onde aí sim consigo ajudar de
forma mais personalizada e individual aquelas
que se identificarem com o que vão encontrar
neste ebook e decidirem por ter a minha
orientação pessoal para se livrar deste problema
de uma vez por todas. Mas por favor, de modo
nenhum quero que você se sinta obrigada a
participar do Programa. Fique muito à vontade
para decidir. Sei que se você chegou até aqui é
porque está realmente motivada a ser aquela
mulher completa que sempre sonhou, e eu vou
ficar muito feliz em poder te ajudar com isso!

Boa leitura =)

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SOBRE A AUTORA E A “DESCOBERTA”
DO ATALHO PARA A CURA:

Decidi fazer Medicina ainda adolescente, mas


me apaixonei pela Ginecologia quase no final da
faculdade, quando descobri que o que eu
realmente queria era cuidar desses seres tão
maravilhosos, únicos e especiais que somos nós,
mulheres.

Durante a residência, pude perceber na prática


a importância do Ginecologista quando se trata
de atender e escutar as queixas e dores de cada
mulher, principalmente quando o assunto é a
vida sexual.

No ambulatório de Ginecologia do Instituto


Fernandes Figueira, lugar onde me tornei
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especialista em Ginecologia e Obstetrícia ao final
de 2 anos de formação (1999-2001), eu atendia
dezenas de mulheres todos os dias e posso te
dizer que pelo menos 5 em cada 10 tinham
alguma questão sexual para perguntar ou
resolver.

Isso me deixava inquieta, sabe?

Eu tinha certeza que era pra mim, Ginecologista,


que elas tinham que perguntar o que tanto as
incomodava, eu era a porta de entrada pro
assunto, mas não sabia muito bem o que dizer,
não tinha a reposta que elas tanto precisavam!

Eu simplesmente não sabia o que fazer para


diagnosticar, orientar e tratar os problemas
sexuais da forma correta.

Contava somente com o meu bom senso e com


algumas coisas que estudei por curiosidade,
porque sempre me interessei pelo assunto.

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Por incrível que pareça, eu nunca tinha ouvido
falar em nada disso na Faculdade (e olha que
estudei na UERJ – uma faculdade carioca
conhecida pela excelência de ensino) e pasmem:
nem na minha residência, que era exatamente o
momento da minha formação como especialista
em Ginecologia, eu tive uma aula sequer sobre
os fundamentos básicos da Sexologia- ciência
que estuda os problemas sexuais!

Você pode não acreditar, mas é verdade!

A maioria dos Ginecologistas formados até


então, e lá se vão mais de 19 anos, careciam e
ainda carecem muito de conhecimento nessa
área.

A grande maioria nunca tinha sequer ouvido


falar em problemas como Vaginismo, um dos
grandes e principais responsáveis pela dor na
hora do sexo.

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E muitos, mas muitos Ginecologistas ainda
permanecem sem saber identificar o problema
nas suas pacientes até hoje.

Mas, voltando a falar de mim, eu terminei minha


residência e fui me aprofundar no assunto que
tanto gostava: Sexualidade Humana, mais
especificamente em Sexologia Clínica como
Terapeuta Sexual.

Foi ali na Pós-Graduação que finalmente percebi


o quanto eu poderia ajudar as mulheres que me
procuravam todos os dias com suas queixas e
dores que traziam tanta frustação e infelicidade.

Afinal, como viver feliz se temos sérias


limitações em algo tão importante na vida
de todos nós?

Naquela época, era o ano 2001, abri meu


próprio consultório, em Copacabana – no Rio de
Janeiro, onde estou até hoje - para colocar em
prática tudo aquilo que estudei.
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Estava ansiosa para receber minha primeira
cliente! E elas foram chegando, pouco a pouco
e através do boca-a-boca como em qualquer
consultório de um médico iniciante.

Não enche da noite para o dia, você precisa ficar


conhecido e ser reconhecido pelo trabalho que
faz.

No ano seguinte fui fazer outra Pós-Graduação,


dessa vez em Homeopatia, que abriu meus
horizontes na forma de praticar a Medicina e
ampliar ainda mais o meu olhar sobre as
necessidades da mulher.

Foi então que descobri a internet e o poder da


comunicação em massa.

Em 2005, estreei meu primeiro blog, fui uma das


primeiras médicas a ter um site/blog na
internet. Eu escrevia muito, mas muito mesmo.

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Toda semana escrevia um conteúdo diferente,
tanto para o meu site quanto para outros
veículos de comunicação.

Dei inúmeras entrevistas para jornais, sites e


revistas, participei de programas de TV, rádio,
enfim...Trabalho nunca faltou!

Em 2006 fui convidada para fazer um quadro


curtinho na Rádio Tupi aqui no Rio de Janeiro
que mais tarde viraria um programa só meu por
4 anos, em que respondia as dúvidas dos
ouvintes sobre sexo e saúde.

Na mesma época escrevi meu primeiro livro, –


Palavra de Mulher – histórias de amor e de
sexo – a 4 mãos com minha mãe, a psicóloga,
escritora e conferencista Maria Tereza
Maldonado, reconhecida no Brasil e no Mundo
por seus inúmeros trabalhos e livros escritos
sobre a psicologia da gravidez, relacionamento
pessoal e familiar.

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O tempo foi passando e com toda essa
experiência clínica acumulada ao longo dos anos,
percebi que praticamente todas essas mulheres
fisicamente saudáveis que sofriam com a dor
para iniciar a penetração sexual tinham algo em
comum, independentemente do(s) motivo(s)
que poderiam ter causado essa situação:

POUCO ou NENHUM conhecimento sobre


sua vagina e não estou falando da forma
erótica que dê prazer.

Refiro-me apenas ao conhecimento da própria


anatomia, um auto toque com movimentos
usando 1 ou 2 dedos de forma natural, simples
e confortável.

Da mesma forma que se toca qualquer outra


parte do corpo como boca, nariz e orelhas.

Muitas nunca sequer colocaram um espelho para


ver como é lá embaixo! Se tocar e colocar um

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dedo lá dentro sem nenhuma dificuldade? Ih!
Nem pensar!

Colocar um simples absorvente interno durante


a menstruação pode ser uma tarefa quase
impossível!

Nos meus incansáveis estudos sobre o tema,


notei que tanto na literatura médica quanto nos
estudos da Psicologia fala-se muito sobre a
importância do autoconhecimento e do auto
toque para a solução do problema e quais as
etapas a serem seguidas, mas ninguém fala
para a mulher COMO e DE QUE FORMA ela
pode fazer isso.

Pode até parecer infantil, mas digo que o


objetivo principal desse meu trabalho é ensinar
a mulher a se conhecer com suas próprias mãos,
sem ajuda de nenhum dilatador vaginal ou
vibrador.

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Esses só entram na segunda etapa do
tratamento.

Foi assim que desenvolvi uma técnica, um


método com um passo a passo capaz de ensinar
a mulher a perder o medo de si mesma, dominar
a sua vagina e dar o primeiro passo para abrir
as portas do tão sonhado prazer sexual.

A vagina não será mais uma entidade a parte


que só causa problemas! E isso é realmente
libertador!

Essa forma de orientar o auto toque eu nunca li


em lugar nenhum e nem vi ninguém fazer.

Batizei minha técnica de ressignificação


genital e mais para frente você vai
entender melhor porque esse nome tão
diferente me pareceu tão apropriado!

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Ela nasceu de um estudo intenso da Medicina,
mais especificamente da Ginecologia, das
minhas leituras de vários artigos de psicólogos e
outros profissionais renomados na área da
Sexologia e suas diferentes técnicas de
tratamento, dos relatos que escutei dos meus
colegas mais experientes, das dificuldades das
minhas pacientes ao longo dos anos, da minha
experiência pessoal e é claro, do meu bom
senso.

É uma sensação indescritivelmente maravilhosa


para mim, como médica e mulher, ser
testemunha ocular da transformação pela qual
essas mulheres passam.

Poder sentir e vivenciar na pele o quanto um


tratamento bem conduzido pode ser tão efetivo
e capaz de transformar a vida de alguém!

Isso é o que mais me estimula e me faz seguir


em frente! Ver nascer essa nova mulher é
verdadeiramente gratificante! Não tem preço!

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CAPÍTULO 1
Como reconhecer os diferentes tipos de
dor no início da penetração vaginal

A primeira coisa que você precisa aprender é


reconhecer o tipo de dor que sente nessa hora:

Só acontece de vez em quando, ou seja, é uma


dor pontual e esporádica?

Ou

É crônica e persistente e te acompanha em


todas as tentativas ou em quase todas elas?

Está presente desde a sua primeira vez ou se


desenvolveu há mais de 6 meses?

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Dá para perceber de cara que são situações
diferentes, certo? E são mesmo!

Se você se enquadrou no primeiro grupo, o da


dor pontual e esporádica a boa notícia é que
você já sabe que o seu caso é fácil de resolver.

Basta ir ao Ginecologista para tratar aquilo que


incomoda e pronto, está resolvido.

Agora, se você se enquadrou no grupo de dor


crônica, persistente, que te acompanha desde a
primeira relação sexual ou então a que apareceu
de uns tempos para cá e não te largou mais, o
buraco é mais embaixo, literalmente!

E não é só porque é mais embaixo mesmo,


anatomicamente, mas também porque o
diagnóstico que deveria ser mais simples para o
profissional que cuida da nossa parte mais
intima e escuta queixas sexuais e ginecológicas
toda hora, infelizmente não é.
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Todos os dias, eu recebo e atendo no meu
consultório mulheres dizendo que estão há anos
em busca de uma solução para o seu problema,
que já passaram por diversos ginecologistas
numa verdadeira peregrinação e ninguém
consegue ajudá-la dizendo o que tem.

Os colegas examinam, dizem que não tem nada


de errado na vagina, que está tudo
perfeitamente normal, que não tem motivo para
sentir essa dor, que é só “relaxar um pouco mais”
que isso vai passar.

Alguns chegam a sugerir que tome uma


“bebidinha” para relaxar na hora...

E você sai de lá com a certeza de que realmente


o que está de errado é a sua cabeça, deve estar
ficando doida!

Até no psicólogo você vai, exatamente como


alguns médicos mais conscientes orientam, mas
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não conseguiu encontrar nenhum motivo forte o
suficiente que justificasse sentir tudo isso.

Então de onde vem essa dor, afinal?

E você tenta fazer o ele disse, relaxar mais na


hora da penetração: entoa mantras e outras
técnicas de relaxamento, pensa até em se
mudar para o Tibet ou Himalaia, respira fundo,
fala para você mesma que precisa relaxar, toma
umas e outras e nada... o coração dispara, às
vezes dá até um suor frio, o corpo “trava” e a
dor aparece toda vez que a penetração vai
começar.

E a cada tentativa malsucedida vem a tristeza,


a sensação de impotência e frustação com algo
que parece incontrolável e muito maior do que
a sua vontade de ter uma relação sexual
completa com quem você ama e deseja.

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Sentir-se limitada em algo que você quer,
mas não consegue é uma sensação muito
ruim mesmo!

Fora a vergonha de dividir essa situação com


alguém, exceto com quem estiver envolvida
numa relação amorosa, porque aí a outra parte
não terá como não saber.

Falar com a família, dividir isso com amigas ou


até mesmo o médico...difícil, né?

E quando você escuta as amigas falando sobre


as suas experiências sexuais? Aí é que você se
sente um E.T mesmo....porque algo tão natural,
que todo mundo consegue, parece tão distante
da sua realidade?

Tive uma cliente uma vez que ao começar a


contar sua história caiu em prantos, dizendo que
chegou a ficar preocupada com o alcoolismo,
pois ao seguir as orientações do seu médico
para tomar “uma bebidinha” antes para relaxar,

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estava derrubando quase 1 litro de vodka e
ainda assim não funcionava, sentia muita dor
para penetrar.

Falando assim a cena pode até parecer


engraçada, mas eu morri de dó daquela moça
ao ver o mal que um aconselhamento
inadequado e despreparado pode causar.

Tudo isso que acabei de descrever, faz parte de


uma situação conhecida e bem mais comum do
que você pode imaginar. Pode ter certeza que
você não está sozinha e nem é um E.T por conta
disso.

Se você ainda não conhece esse nome, agora é


a hora: VAGINISMO

Esse é o principal representante do grupo desse


tipo de dor crônica persistente.

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Alguns estudos mostram que 5 a 17% das
mulheres sofrem desse problema e a grande
maioria não tem absolutamente nada de errado
com o seu corpo, não existe nenhum problema
físico na região genital que possa provocar essa
dor!

Atualmente classificado como Transtornos da Dor


Gênito-Pélvica ao lado da dispareunia (nome
técnico para dor na relação sexual), vaginismo é
a dificuldade persistente ou recorrente da mulher
em permitir a penetração vaginal de um dedo,
um pênis ou qualquer outro objeto, apesar do seu
desejo expresso de fazê-lo.
Essa dificuldade está geralmente associada a
uma de reação de fobia (pânico mesmo!) e a
contração reflexa e incontrolável da musculatura
pélvica do terço distal da vaginal (terço distal =
entrada). Tudo isso desencadeado pelo medo
antecipado da dor que ela já sentiu ou que
imagina que poderá sentir.

Alguns autores também definem o tempo,


apesar de tempo ser algo bem relativo para

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quem sofre com dor: ter o problema com uma
duração de pelo menos 6 meses.

Essa dificuldade é disparada por algum


“gatilho” que na maior parte das vezes é o
medo da dor.

Como se fosse uma reação de defesa do seu


corpo, frente a uma ameaça.

Na verdade, não é só o medo da dor. Só de


pensar nisso, o coração acelera, a mão fica
gelada, o corpo começa a tremer (reações ao
pânico) e... trava tudo.

E tentar forçar uma penetração toda “travada”


não tem como não doer! Ainda que você não
tenha problema algum.

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CAPÍTULO 2
Os Tipos de Vaginismo

Dependendo da intensidade dessa reação ao


medo a mulher pode sentir mais ou menos dor
na hora de tentar penetrar. Por isso o Vaginismo
pode ser divido em níveis:

• Leve: quando a dificuldade é menor e a


mulher sente uma dor discreta para iniciar a
penetração vaginal, mas depois que entra a
dor acaba e o sexo flui normalmente,
podendo ser prazeroso; sinais físicos
relacionados ao medo extremo como: suor

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frio, coração acelerado, tremor e contração
da musculatura pélvica não são tão
evidentes.

• Moderado: quando a dificuldade é maior e


a penetração começa com dor, mas ela não
passa e a mulher muitas vezes interrompe o
ato no meio; sinais físicos relacionados a
fobia e uma contração maior da musculatura
pélvica estão presentes.

• Severo/acentuado: quando a dificuldade é


é tamanha que nem um cotonete é capaz de
passar por ali sem provocar dor, (quanto
mais algo maior) além de sinais evidentes de
reação ao medo extremo: suor frio,
sensação de angústia, tremores pelo corpo,
contração acelerado e...contração intensa da
musculatura pélvica.

Procurar ajuda nos níveis moderados e severos


é mais comum, afinal a penetração vaginal
passa a não ser uma escolha e sim uma
limitação.

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Mas é preciso entender de uma vez por todas
que não é normal ter dor em momento nenhum
durante o ato sexual!

Dor e prazer não se misturam e estão em


extremo opostos!

Não sei se o que vou falar agora acontece com


você, mas pense comigo: mesmo sem conseguir
permitir a penetração vaginal, o sexo pode ser
prazeroso para muitas, principalmente no início
do relacionamento, quando tudo é novidade.

Muitas mulheres vagínicas não tem problemas


com desejo sexual, sentem tesão, ficam bem
lubrificadas e conseguem ter orgasmos através
de carícias pelo corpo e no sexo oral, sem haver
penetração vaginal.

Em alguns casos até sexo anal pode rolar, mas


na hora que a vagina entra no jogo sexual, aí o
reflexo da contração aparece e com ela a dor,
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jogando um balde de água fria em cima de todo
aquele clima de romance!

Não preciso dizer que conforme o tempo passa


e a situação permanece sem solução, é natural
e esperado que o desejo por sexo, a lubrificação
vaginal e até mesmo o momento do orgasmo
fiquem prejudicados.

Afinal, para que você vai começar algo que


sabe que não vai conseguir terminar?

Além de dividirmos o Vaginismo em níveis – leve,


moderado ou severo, ele também é dividido em
tipos, conforme sua origem.

Parece complicado de entender, mas não é não!


Vem comigo!

Dentro dessa divisão, o Vaginismo pode ser


primário, secundário ou misto. Apesar dessa ser
uma classificação antiga e que de alguns anos

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pra cá não tem sido mais utilizada, eu ainda
considero bastante útil quanto a didática.

O Vaginismo primário psicológico é o mais


comum de todos.

A grande maioria das mulheres que sofre do


problema não tem absolutamente nada de
errado com o corpo e nem com a sua genitália.

São absolutamente normais do ponto de vista


físico.

O que dispara essa reação reflexa é o


pensamento antecipatório: só pensar na dor que
pode sentir na hora ela dispara e você contrai.

Daí a dificuldade de entender e diagnosticar a


origem dessa dor que pode incomodar tanto. O
que faz esse pensamento aparecer?

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Esse tipo de situação costuma acompanhar a
mulher desde o início da sua vida sexual.

Ou seja, ela nunca na vida conseguiu


experimentar uma penetração vaginal sem
dor, independentemente do nível.

Isso dentre aquelas que ainda permitem alguma


penetração, as que estão no grupo
leve/moderado.

Muitas que estão no grupo acentuado/severo


são consideradas virgens por ainda terem o
hímen integro mesmo casadas ou em relações
estáveis há muitos anos.

No Vaginismo secundário - como o próprio nome


sugere - a mulher tinha uma vida sexual normal,
sem dor na penetração vaginal, mas a partir de
um determinado momento, passou a ter.

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Cicatrizes cirúrgicas, irritação local, inflamações
vaginais de repetição, uso prolongado de
métodos anticoncepcionais, menopausa e até
vulvodínia são exemplos de situações que
podem levar ao vaginismo mesmo depois de
tratadas, pela memória da dor que pode
permanecer.

Nesses casos é fundamental a ida ao


Ginecologista para identificar em que momento
isso começou, tratar a causa e ver se ainda
sobrará alguma lembrança desagradável dessas
para ser tratada depois.

E ainda temos o tipo misto, onde podemos


encontrar características comuns aos 2 grupos.

Por exemplo: adolescentes que começaram a


usar anticoncepcional hormonal muito cedo –
que sabidamente fragilizam a mucosa vaginal –
e que ao iniciar a vida sexual, não conseguem
ficar livres da dor devido a hipersensibilidade da
região.

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Isso porque mulheres que usam por longos
períodos métodos hormonais tipo pílula, adesivo,
anel vaginal, implante, injetáveis e em menor
proporção o DIU hormonal, podem desenvolver
uma hipersensibilidade + fragilidade da mucosa
que reveste a entrada da vagina, tornando-a
mais fina e sensível a traumas e fissuras
crônicas.

Só pra lembrar que isso é uma causa importante


de Vaginismo secundário e é bom ficar atenta.

Essa dificuldade que provoca dor pode ser


somente fruto do medo?

Sim, é possível, mas não dá para descartar a


possibilidade dessa mulher ter algum tipo de
fragilidade nessa mucosa e por isso, ter a região
mais sensível, se cortar de forma frequente e
sentir dor.

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Fica difícil saber quem vem primeiro: o ovo ou a
galinha. Por isso, é muito importante sempre
passar pela avaliação de um Ginecologista
experiente e atento a essas questões!

Até porque, tanto no vaginismo secundário


como no tipo misto o ideal é tratar primeiro a
condição física e só depois a psicológica – se
sobrar algo de lembrança a ser tratado!

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CAPÍTULO 3
Afinal, de onde vem tanta dor?

O meu foco a partir de agora será falar com você


que sofre com Vaginismo Primário Psicológico,
aquele que te acompanha desde o início da sua
vida sexual e que nunca te deixou experimentar
uma penetração vaginal sem dor.

Isso quando você consegue deixar.

Essa é uma situação bem diferenciada e peculiar,


pois afinal não tem nada de errado fisicamente
com a região genital.

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Está tudo perfeitamente normal por lá!

Então de onde será que vem toda essa dor?

Essa é a parte mais importante que você deve


entender: quando dizemos que a dor do
vaginismo primário é psicológica, isso não
significa que você está ficando maluca,
inventando na sua cabeça uma
dor/ardência/incômodo ou o nome que quiser
chamar, que na realidade não existe.

Ela existe sim, você realmente sente na hora da


penetração do pênis, um dilatador vaginal e até
naquele momento em que tenta se tocar ou
introduzir seu dedo, mas não porque tem algo
de errado na sua vagina, ou porque ela é
“pequena, apertada demais e não passa nada”.

Essa sensação ruim só existe porque quando


você percebe a “ameaça” da penetração, sua
mente reconhece esse momento como um

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perigo em potencial e manda uma ordem para
que o corpo se defenda dessa dor.
Essa reação física do corpo frente ao medo é
bastante conhecida: coração disparado, suor
frio, mãos geladas, tremores pelo corpo e a
contração de toda a musculatura.
Como não dá pra fugir e sair correndo, contrair
é a forma que o corpo encontra de se defender.
Você literalmente trava o corpo todo, mas
principalmente as pernas e a musculatura
pélvica, na tentativa de evitar o momento
doloroso.

E aí, quando você tenta a penetração


vaginal toda contraída com certeza sentirá
dor.

Isso não acontece só com você, qualquer mulher


que tente começar esse movimento sem estar
com a pelve relaxada, sentirá algum nível de
desconforto mesmo sem ter problema algum!

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Com um detalhe: você pode estar super a fim e
excitada, curtindo a masturbação, o sexo oral e
todas as preliminares, inclusive com orgasmos,
mas quando lembra que o passo seguinte será
a tentativa de penetração...pronto!

O medo da dor dispara toda essa cadeia de


reações e faz o corpo travar mesmo sem você
querer e vai tudo por água abaixo!

Eu gosto muito de fazer uma analogia para


explicar melhor esse reflexo: pense em você
colocando a mão em uma superfície bem quente.

O que você faz de forma automática? Tira a mão


de lá na mesma hora, certo?

Você não age de forma consciente, é um ato


automático do seu corpo ao obedecer a ordem
que a mente manda: tira a mão de lá porque
você vai se queimar!

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É exatamente isso que acontece com as
mulheres que sofrem com o Vaginismo Primário.

Mesmo sem ter nada diferente lá embaixo,


quando a “ameaça” da penetração se aproxima
e a cadeia de reações é disparada, o corpo todo
contrai instintivamente, principalmente a
musculatura pélvica, “emparedando” a vagina,
que apesar de ser um órgão poderosamente
elástico – não esqueça que passa por ali um
bebê de 50cm e 3,5kg – não consegue exercer
todo o seu poder.

Como você deve estar percebendo agora, essa


reação é terrivelmente paradoxal, pois afinal
você não quer sair correndo e fugir da ameaça,
o que quer e deseja é se relacionar sexualmente
com quem ama.

Mas isso parece simplesmente impossível


de controlar.

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Só que não! Mais do que controlar é possível
acabar com ele. Da mesma forma que sua
mente aprendeu que a penetração é um ato
doloroso, ela também pode desaprender e ser
reprogramada!

A primeira coisa que você precisa entender: não


brigue com você mesma!

Insistir aleatoriamente para “ver se em alguma


hora isso passa” é dar murro em ponta de faca,
o que aumenta ainda mais a tristeza, a
frustração e a sensação de incompletude.

Hoje você não controla esse reflexo, ele


simplesmente aparece no simples despertar do
pensamento ameaçador.

É um mecanismo muito mais profundo do que


simplesmente “relaxar”. Na grande maioria das
vezes, a mulher nem sequer percebe que está
contraindo tanto assim.

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O medo da dor é muito, mas muito maior
do que o seu desejo de ser penetrada.

Essa é a chave do tratamento de quem sofre


com o problema: quebrar a ligação que existe
entre medo-desejo, pois enquanto ela existir
você não vai conseguir sair do lugar!

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CAPÍTULO 4
Quem tem mais chances de sofrer com o
problema?

Existem determinadas caraterísticas pessoais e


histórias de vida que podem aumentar sua
chance de sofrer com o Vaginismo Primário
Psicológico.

Você sabe quais são?

Tanto na literatura médica quanto nos estudos


de Psicologia são descritos alguns fatores e
situações que podem aumentar a chance de
desenvolver essa situação:

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• Antecedentes de traumas ou abusos sexuais
na infância ou adolescência;

• Educação repressora;

• Rigidez religiosa;

• Pouca conversa sobre sexo e questões sobre


o corpo no âmbito familiar;

• Ideias negativas sobre sexo e sexualidade –


sexo é sujo, pecado, feio, frases repetidas do
tipo “se você engravidar antes de se
casar...”;

• Baixa autoestima/timidez/vergonha;

• Pouco conhecimento sobre o seu corpo e


suas sensações eróticas

Sem querer contrariar a literatura, mas o fato é


que na minha experiência clínica, trabalhando
com Terapia Sexual há mais de 19 anos, percebi
o que muitas das mulheres que tratei - assim
como aquelas que chegam todos os dias através

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da indicação de outros profissionais, das redes
sociais, ou até em buscas pela internet
procurando solução para o problema – têm em
comum.

A maioria não tem história de trauma ou abuso


sexual na infância, ou pelo menos não de forma
consciente, não tem atração pelo mesmo sexo e
nem tem nenhum outro motivo “forte o
suficiente” que explique o porquê de tanta dor
na hora de começar a penetração vaginal.

Quase todas, posso afirmar sem medo de


errar, tem um perfil em comum:

• Ansiosas e centralizadoras – querem


resolver tudo e de preferência para ontem, é
difícil relaxar para aproveitar os momentos
de prazer e o sexo é só um deles;

• Mestres nos pensamentos antecipatórios: já


perceberam que normalmente só
antecipamos os fatos ruins? Está lá no maior
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clima, no maior amasso, curtindo
masturbação e o sexo oral, mas quando o
momento da penetração se aproxima você
pensa: pronto, lascou! Lá vem a dor! E aí
você “trava” e vai tudo por água abaixo;

• São mais tímidas e reservadas quando o


assunto é intimidade;

• Muitas tiveram uma educação mais


repressora e com pouca conversa em casa
sobre aspectos importantes do seu corpo e
da sexualidade.

A última característica que para mim é a mais


importante de todas, é a base do meu trabalho
em Terapia Sexual e o meu maior diferencial:

A GRANDE MAIORIA simplesmente não tem


NENHUM ou tem MUITO POUCO
conhecimento sobre seu corpo e suas
sensações.

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Quando o assunto é a vagina então, menos
ainda!

E olha que não estou falando em erotismo, até


porque muitas chegam ao orgasmo tocando o
clitóris.

Falo sobre tocar a vagina por fora e por dentro


de forma neutra, confortável, natural e com
total domínio e destreza!

Colocar 1, 2 dedos tranquilamente e


movimentá-los para cima, para baixo, para os
lados, girando sem nenhum tipo de dor ou
desconforto!

Por mais incrível que possa parecer, tenho


certeza que muitas de vocês nunca colocaram
um espelho lá embaixo para ver como é, só por
curiosidade mesmo! Quem dirá se tocar?
Colocar um dedo lá dentro e movimentá-lo? Dá
nervoso só de pensar!

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A vagina é sua e essa integração mente-vagina
precisa acontecer para que você possa ter uma
relação sexual saudável e sem dor!

Repare que não estou falando sobre erotismo,


falo apenas sobre a exploração do órgão, saber
e sentir como ele é para que seu auto toque –
tanto externo quanto interno – seja tão natural
como todas as outras áreas do corpo que você
toca diariamente – nariz, boca, orelha, seios e
qualquer outra parte do corpo. Não tem por que
não ser! Ela é parte de você!

Eu sei que isso apesar de simples, nem


sempre é fácil para todas.

Nós mulheres, vivemos dentro de um contexto


sócio cultural mais repressor do que o homem
quando o assunto é corpo e sexualidade.

Para o homem sem dúvida é muito mais fácil


estar em contato com o seu órgão genital.

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Ele nasce, cresce e morre tocando no pênis. Para
fazer xixi segura o pênis, olha pra baixo e vê o
pênis com facilidade.

Com a gente não é assim.

Quando olhamos pra baixo o máximo que


conseguimos ver são os nosso pelos. Para olhar
mais atentamente temos que abrir as pernas e
colocar um espelho! Olha só que mão de obra!

Aí você pode pensar: ”Eu até já tentei tocar lá


embaixo, mas é sensível demais! Dá uma
ardência, um incômodo, um nervoso, ah...sei lá!”

É sensível mesmo!

Tem uma sensibilidade peculiar e própria que


você precisa conhecer melhor para entender que
a dor/nervoso/ angústia /incômodo ou qualquer
outro nome que dê ao que sente nesse momento

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é resultado do seu medo do que ainda é
desconhecido!

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CAPÍTULO 5 – Como vencer o Vaginismo
usando apenas os dedos da mão?

Eu não tenho dúvidas que a melhor forma de


aprender a conhecer e dominar sua vagina é
começar usando os seus dedos, só que para isso
também existe uma técnica que pode te ajudar
– a ressignificação genital!

O Programa Chave-Mestra, onde ensino em


detalhes o passo a passo da minha técnica - se
divide em 5 etapas, sendo as 4 primeiras de
exercícios sequenciados e orientados para o
auto toque, que para mim são as etapas mais
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importantes e responsáveis por 70% do seu
tratamento.

A última etapa – a inserção progressiva dos


dilatadores vaginais – serve somente para
testar e reconhecer a sensação de pressão
interna que os diferentes calibres proporcionam.

Se você tiver um kit desses em casa dá até para


aproveitar.

Agora pense comigo: como conseguir introduzir


dilatadores P, M, G, GG, Master Plus, se você
ainda mal consegue colocar seu dedo?

É igual a uma receita médica: tem que colocar


dentro da rotina para não esquecer e nem deixar
de fazer porque não teve tempo, ficou cansada
ou com preguiça!

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Foco, prioridade, persistência, determinação e
frequência. Palavras que não podem faltar no
seu vocabulário!

Da mesma forma que sua mente aprendeu que


a penetração vaginal é dolorosa ela pode ser
reprogramada para pensar e sentir o oposto,
mas você terá que ter força de vontade e estar
comprometida com a decisão de se tratar,
porque senão corre o risco de se sabotar.

O tratamento é seu, para começo de


conversa. Ninguém poderá fazer isso por
você.

O desafio de vencê-lo será só seu,


independentemente com quem estiver
amorosamente envolvida no momento, se for
um homem, uma outra mulher, não importa.

Até mesmo se você ainda for virgem.

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Não estou dizendo com isso que só meu método
funciona ou que é o melhor.

Qualquer outra forma de tratar, seja de forma


isolada ou combinada, como a psicoterapia,
meditação, mindfullness e fisioterapia pélvica
com dilatadores vaginais também podem ser
muito bem sucedidas, desde que conduzidas por
profissionais habilitados e qualificados em
Sexologia, mas eu estou convencida de que se
você antes de tudo isso não estiver com a base
bem construída, ou seja devidamente treinada
no seu toque, através das suas mãos,
totalmente consciente e íntima da sua vagina
por fora e por dentro, seu tratamento tem mais
chance de ficar incompleto ou demorar muito,
mas muito mais para terminar.

Na hora que você aprender a conhecer e


dominar sua vagina nesse nível que eu
proponho é possível dar um outro significado a
ela, muito diferente do que é hoje para você. A
todo esse processo dei o nome de
ressignificação genital.

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A ideia é que ele sirva de base para te
ajudar a encurtar o caminho rumo sua
transformação: ser aquela mulher que
sempre sonhou! Completa!

Só depois que sua vagina for realmente sua e


totalmente integrada a sua mente, é que será
possível permitir que alguém entre nela e em
você também, de corpo, alma e coração! Sem
nenhum tipo de dor ou desconforto.

Para isso é preciso que esteja muito segura de


si e confiante! Nosso corpo é o nosso templo
sagrado!

Como dor e prazer estão em extremos opostos,


para você conseguir chegar na outra ponta – a
do prazer – é necessário passar pelo meio do
caminho, que eu chamo de “zona neutra”. É
exatamente isso que eu quero com esses
exercícios repetidos e orientados.

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Que você consiga inserir 1, 2 dedos e
movimentá-los para cima, para baixo, de um
lado para o outro e que depois coloque uma
prótese/dilatador vaginal PP, P, G, GG, Master
plus, com a mesma naturalidade que toca seu
rosto, seus seios ou sua barriga, entende?

A cada fase finalizada o movimento se torna


natural, o medo desaparece para finalmente o
seu desejo poder surgir, inteiro, verdadeiro e
totalmente livre.

Pronto! Fase conquistada e pronta para ser


compartilhada com quem escolheu para estar
com você! Se você estiver envolvida com
alguém, ele poderá te seguir e acompanhar em
cada uma delas até o final, só que de forma
lúdica e erótica, porque o seu medo já foi.

Esse é o primeiro passo para se livrar dessa


dor que parece não ter solução! Pode
acreditar!

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E para começar o seu processo de transformação
tão desejado eu vou passar aqui e agora os dois
primeiros exercícios da minha sequência, a auto-
observação e o toque externo.

Está pronta? Então vamos lá!

A primeira coisa que você vai fazer agora é


pegar um espelho daqueles bem grandes, tipo
os de maquiagem.

Em seguida se coloque na posição agachada


(pode encostar em uma parede para ficar mais
fácil) sem a calcinha e coloque o espelho bem
embaixo de você.

Se você quiser um conforto para as pernas,


também pode se sentar no vaso sanitário com a
tampa levantada como se fosse usá-lo, afastar
bem as pernas e os pequenos lábios com os
dedos e com a outra mão segurar o mesmo
espelho de maquiagem bem lá dentro do vaso
mesmo, para poder se olhar.
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Essas são boas posições para se olhar porque
deixam a parte posterior da sua pelve (o seu
bumbum mesmo!) livre de qualquer apoio, e
assim será possível ter uma noção melhor da
sua abertura.

Se você for se observar na posição sentada na


cama por exemplo, verá bem a diferença. Pode
tentar! É bom se olhar em diferentes ângulos
para perceber as diferenças!

Se você nunca se olhou na vida, essa é a hora.


Afaste delicadamente os pequenos lábios com
seus dedos e se observe.

Você verá algo mais ou menos assim:

FONTE: ALILA MEDICAL MEDIA/SHUTTERSTOCK E ARTE BOLSADEMULHER

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Identifique cada parte e perceba que tipo de
sensação você sente ao se olhar, principalmente
se essa for a primeira vez que faz isso.

Faça anotações. Elas serão importantes


conforme você for avançando nas fases.

Se você estiver se olhando pela primeira vez e


com isso sentir uma sensação bem parecida com
a que já conhece na hora que vai tentar a
relação, aquela mesma sensação ruim de
angústia, nervoso ou medo que faz você “travar”,
pare imediatamente o exercício.

Na hora que o reflexo dispara, não adianta forçar


a barra para continuar. E isso você já sabe!

Para você que já se olhou antes com o espelho


eu aposto que a primeira coisa que passou pela
sua cabeça ao olhar o seu “buraco” foi: Nossa!
Mas isso é pequeno demais! Não tem como
passar nada por ali! Deve ser por isso que nada
entra aqui!

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Só que não! Nosso visual engana.

A entrada da vagina pode parecer pequena e


apertada, mas esconde um verdadeiro mundo
no seu interior.

Engana-se quem pensa que vai olhar para sua


vagina e ver um “buraco aberto”. Gente! A
vagina não é um túnel e nem um tubo de PVC
para ser um buraco permanentemente aberto!

Ela é um canal virtual e só abre quando algo é


inserido por lá. Ela se molda, se adapta a tudo
que for inserido.

Lembra que por esse canal passa um bebê de


3,5kg e 50 cm de comprimento! Olha o quanto
ela é capaz de se esticar! Pensa comigo: Se
passa uma criança, por que não caberia um
dedo? Um pênis?

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Se cumpriu essa primeira etapa – a da
autoobservação - sem nenhuma sensação ruim,
foi só “normal, neutro ou natural” saiba que é
exatamente isso o que eu quero que se repita
em todas as demais etapas.

Essa é só a primeira.

E você vai conseguir!

Agora, se você já chegou na zona neutra e se


olhar não é mais mistério, vamos então a
técnica para fazer a segunda sequência de
exercícios: o toque externo.

Para realizar o toque externo eu sugiro que você


encontre uma posição confortável: pode ser
agachada, sentada no vaso sanitário ou ainda
sentada na cama.

Você poderá fazer essa sequência de


movimentos se olhando com a ajuda do espelho

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ou sem se olhar, desde que tenha todo o
percurso que vai percorrer em mente, sabendo
exatamente onde se toca.

O objetivo dessa fase é que você preste


bastante atenção e se foque nas sensações que
as diferentes texturas da pele e mucosa da vulva
irão te proporcionar.

Lembre-se que não estou buscando que goste


ou tenha prazer no que está fazendo. Quero
apenas que faça, mas sem disparar nenhuma
sensação ruim.

Se isso acontecer, você vai parar o exercício na


hora para recomeçar em outro momento,
sempre pela auto-observação que é o início de
tudo.

Lubrifique (com lubrificante íntimo mesmo) bem


a ponta dos dedos indicador e médio para
deslizar sobre a pele como movimentos suaves
de cima para baixo e vice-versa.

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Faça a sequência dos movimentos primeiro de
um lado e depois do outro. Comece a se tocar
sempre de fora para dentro – na direção da
virilha para a entrada da vagina.

Sinta a pele dos grandes lábios, onde estão os


pelos. Perceba que a textura é igual a pele do
resto do nosso corpo, então não será tão
desconhecida assim.

Passe para a interseção entre os grandes e


pequenos lábios e perceba que a sensação vai
mudando, ficando mais sensível.

Toque os pequenos lábios fazendo a volta em


toda a sua extensão. Pegue bem, segure-os
como se estivesse “amassando” suavemente e
perceba como a pele é bem mais fina e sensível.

Passe então para a região do clitóris. Essa você


deve conhecer bem, mas passe por lá mesmo
assim, apenas para perceber como a
sensibilidade cresce ainda mais.

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Tudo bem até aqui? Continua na zona neutra?
Ótimo, vamos prosseguir! Disparou o reflexo da
contração e a sensação ruim? Pare o exercício
agora mesmo!

Vamos prosseguir se você está na zona neutra:


chegue com seus dedos mais para a parte da
entrada da vagina.

Explore um pouco essa região externa e tão


sensível.

Passe os dedos suavemente por ali, concentrese


na sensação que isso te dá. Toque a região do
hímen sem colocar nada lá dentro.

Apenas toque a pele da entrada suavemente,


sentindo as suas bordas.
Ih...disparou aquela sensação conhecida? Deu
nervoso ou ardeu a ponto de querer tirar a mão
rápido dali como se tivesse recebido um choque?

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Calma, isso pode mesmo acontecer.

É aquela sensação ruim, sua velha conhecida


das horas mais impróprias. É muito importante
reconhecê-la para poder controlá-la.

Pare o exercício e vá fazer outra coisa. Encerrou


por hoje.

No dia seguinte, ao iniciar a sequência, comece


sempre pelo início – a auto-observação – ainda
que você passe por ela bem rapidamente e vá
logo para o toque externo.

Toque sempre de fora para dentro, respeitando


a sequência e observando o que está sentindo.

Nunca vá direto ao ponto que parou e que


disparou essa sensação, pois a chance disso se
repetir é grande.

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Chegou na região da entrada novamente?

Faça os mesmos movimentos circulares com a


ponta do dedo e encoste suavemente na
superfície do hímen.

Bateu aquela mesma sensação? Pare


novamente. Volte no dia seguinte. Sempre do
início.

Ainda que você fique 2, 3, 4 dias só nessa


sequência, eu aposto que se você estiver
prestando bastante atenção nas suas sensações
você perceberá que essa angústia/ardência/dor
vai diminuindo progressivamente dia após dia.

Vai chegar um momento que ao encostar na


região, você perceberá que essa sensação de
ardência/ dor/ incômodo simplesmente
desapareceu! Isso é mágica? Não! É repetição!
E aí você chega na zona neutra!

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Viram como até para orientar a sequência eu
repito o que digo inúmeras vezes? Pois como
falei antes: a repetição orientada e sequenciada
é a chave do seu tratamento!

Uma dica: faça sempre anotações sobre sua


sequência de exercícios, o que sentiu em cada
momento, se “empacou” ou disparou o reflexo e
onde foi, como conseguiu perceber que entrou
na zona neutra, que sensações emocionais boas
ou ruins esses movimentos te trouxeram...

Bom, se você conseguiu vencer duas primeiras


etapas e alcançou a zona neutra então é hora de
progredir.

E aqui eu vou te dar uma prévia das fases


seguintes que fazem parte do meu Programa
Chave Mestra que vou apresentar para você
logo a seguir!

Mas antes, quero lembrar a você que chegou até


aqui, que o objetivo desse ebook não é te

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ensinar detalhes do método por completo, até
porque isso não seria possível tamanha a sua
complexidade, à riqueza de detalhes e de
conteúdo necessário para te ajudar nesse
caminho.

Aqui nesse ebook, além de toda a explicação e


contextualização do que é o Vaginismo, eu
apresento os passos da minha técnica – a
ressignificação genital.

Sim, porque o Programa Chave Mestra é muito


mais do que uma metodologia de exercícios de
auto toque.

Porque além de aprender a técnica que ensino


para você ser capaz de fazer um auto toque
neutro, natural e confortável, você também vai
aprender muito sobre os fatores que
desencadeiam o vaginismo, o funcionamento da
nossa resposta sexual e sua anatomia genital de
uma forma que você não aprendeu na escola.

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E tem mais: as alunas do Programa contam com
um material exclusivo (ebooks, módulos extras,
lives ao vivo e gravadas) para te ajudar a
desenvolver suas habilidades de comunicação
com seu parceiro, dicas para controlar o seu
pensamento antecipatório e a ansiedade, como
lidar com diferentes tipos de parceria e um
módulo exclusivo com orientações ao
parceiro(a) sobre Vaginismo e como lidar, que é
claro, caberá a você a decisão de compartilhar
ou não, dependendo de quanto você evolua e se
sinta confortável para avançar. Até porque, vale
lembrar, o principal objetivo do Programa é, e
sempre vai ser, VOCÊ! Eu quero ajudar VOCÊ a
conhecer a si mesma, se conhecer melhor como
mulher, dominar o seu corpo, libertar deste
conflito e se permitir desfrutar dos prazeres da
forma que sempre sonhou!

Isso é só uma breve descrição do que você vai


encontrar no curso completo!

Ah! Ia quase me esquecendo de falar que


também tem um curso extra para quem
terminar o Chave Mestra.

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O meu curso “Técnicas Avançadas para alcançar
ou turbinar o orgasmo” é um bônus especial que
ofereço àquelas que terminarem o Programa,
para abrir as portas do prazer depois que você
se livrar da dor!

Dito isso, vamos a apresentação das etapas


seguintes da minha técnica:

Depois de completar a auto observação e o


toque externo, passamos às seguintes etapas:

• Introdução de 1 dedo sem movimentos, com


3 opções de técnicas para facilitar a
introdução;
• Introdução de 1 dedo com movimentos (em
cruz, lateral e rotatório).
• Introdução de 2 dedos sem movimento, com
2 opções de técnicas para introdução usando
o dedo-guia;
• Introdução de 2 dedos com movimentos (em
cruz, lateral, rotatório e tesoura lateral e
diagonal)

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• Passo a passo para a inserção progressiva
dos dilatadores vaginais.

Parece assustador? Não é tanto assim, com mais


calma no curso eu posso te explicar mais a
fundo a importância de cada um desses
movimentos, além de dar dicas de como fazer
essa ressignificação genital e progredir de forma
"neutra, natural e confortável". E se tem algo
que eu percebo hoje, depois de auxiliar tantas
outras mulheres como você, é o quanto é
gratificante e libertador a evolução de cada uma
dessas etapas. Em primeiro lugar, mudar a
forma de encarar o seu corpo e a sua vagina,
dar um novo significado a ela para então
ressignificar o que é ser mulher! Para vocês
terem ideia, olha o que uma das minhas alunas
me escreveu sobre esse processo:

"Escrevo esse relato com satisfação, pois acredito que


possa ajudar muitas mulheres que passam pela
mesma situação que passei. Se hoje estou mais
próxima da minha cura, sem dúvida nenhuma, devo
isso a todas as mulheres que compartilharam suas
experiências na internet, pois foi através disso que eu

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descobri o que eu tinha e, sobretudo, que havia
solução.

Passei muitos anos da minha vida sem saber o motivo


de não conseguir ter penetração na relação sexual,
eu sentia muita dor, uma ardência muito forte e a
impressão que me dava era que havia uma parede
bloqueando a entrada do meu canal vaginal. Isso tudo
teve início na minha primeira vez, quando eu tinha 18
anos. Eu fui a médicos que disseram que eu não tinha
nenhum problema físico, que precisava relaxar e um
deles até me disse que seria possível fazer uma
cirurgia para remoção do hímen. Ninguém nunca
havia me falado sobre vaginismo. Eu, muito jovem,
acreditei que não havia nada de errado, talvez o
problema fosse eu. Afinal, eu não tinha sofrido
nenhum trauma, abuso sexual e nunca fui reprimida
dentro de casa. Ao contrário, tinha muito apoio dos
meus pais (apesar de nunca terem conversado
comigo abertamente sobre corpo e sexo) e amava
meu namorado que hoje é meu esposo. Parecia que
eu era a única mulher do mundo que não conseguia
ter relação sexual, me sentia muito estranha, minha
autoestima ficou abalada e eu, aos poucos, fui me
conformando com o fato de não conseguir.

Tive a sorte de ter um homem que me amava e que


permaneceu ao meu lado todo esse tempo, mesmo

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com meu problema. Quando fiz 28 anos, nós casamos,
mas eu continuava sem conseguir, sentia a mesma
dor e a mesma ardência.

Depois do casamento, eu comecei a me afastar do


meu marido, pois não queria passar pela frustração
de começar algo que me causaria dor. Meu
casamento quase foi desfeito porque quando me
afastei, a distância nos fez perder a intimidade, a
amizade e o carinho que tínhamos um pelo outro. Foi
quando eu decidi que precisava encontrar um
tratamento, mesmo com os ginecologistas que passei
dizendo que não havia nada de errado, eu decidi
pesquisar por conta própria o que poderia ser a causa
do meu problema.

E foi através da minha pesquisa que acabei


suspeitando que poderia ter vaginismo.

Depois disso, precisava encontrar um especialista


nesse assunto, pois não são todos os médicos que
conhecem o vaginismo. Muitos ginecologistas nunca
nem ouviram falar nisso e durante anos, eu acreditei
e achei que eu era uma anomalia.

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Descobrir que havia um tratamento para vaginismo
me fez ter esperanças de ser uma pessoa normal. No
entanto, apesar de ter lido muitos relatos de mulheres
que estavam curadas, era muito difícil acreditar que
isso aconteceria comigo. Parecia algo impossível de
acontecer. Mas, para salvar meu casamento, eu me
comprometi a buscar ajuda especializada.

Busquei informações sobre especialistas em


vaginismo e encontrei vídeos da Dra. Mariana
Maldonado. O fato de ela ser médica ginecologista e
também sexóloga fez com que eu me sentisse mais
segura. Mas como para mim era extremamente difícil
falar sobre isso, fiquei enrolando mais um tempo, com
medo de aumentar minha frustração. No entanto,
todos os dias eu lia alguns relatos de mulheres
vagínicas e isso acabou me incentivando a enfrentar o
problema de frente.

A Dra. Mariana se mostrou uma pessoa


extremamente acolhedora e compreensiva. Decidi
participar do seu Programa de Terapia Sexual e não
me arrependo nem por um segundo.

Eu me comprometi a fazer os exercícios todos os dias,


mesmo se eu estivesse cansada e criei uma rotina
para que isso fizesse parte do meu cotidiano. E tem

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sido assim todos os dias, faço os exercícios toda vez
que acabo o banho. Eu ainda estou no início, mas o
progresso é incrível. Eu não sei como, parece mágica.
É um passo a passo, mas posso assegurar que não
senti dor e nem me "acostumei com ela" como
imaginava em nenhum momento do exercício, tudo
foi feito respeitando o meu tempo.

É maravilhoso ver a mudança que isso proporciona,


não apenas no quesito “conseguir não sentir dor
quando há algo penetrando a vagina”, mas isso nos
transforma de dentro pra fora, nos modifica enquanto
pessoa também. Eu me admiro muito mais hoje, me
sinto mais segura e não me acho mais uma anomalia.
Consigo ver que sou uma mulher forte e tenho
orgulho de cada conquista minha, mesmo que
pequena. Eu me amo mais agora.
Hoje, me sinto muito mais confiante e sei que
conseguirei me ver livre de tudo o que passei ao final
do processo. Agradeço a todas as mulheres que
divulgaram suas experiências e também a Dra.
Mariana Maldonado que está sendo uma pessoa
fundamental na minha evolução.

Deixo um recado para aquelas que ainda não


buscaram ajuda: meninas, busquem um especialista
nesse assunto. Se eu consigo, todas vocês
conseguem! Acreditem!"
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PROGRAMA
CHAVE MESTRA

Agora acho que ficou claro para você quais são


os diferentes tipos de dor na hora de iniciar a
penetração, que existem diferentes tipos e
níveis de Vaginismo, quem tem mais chance de
sofrer com o problema e de onde vem tanta dor.

Com toda essa explicação, espero que você


tenha entendido como essa verdadeira
ressignificação genital é a base de todo o seu
processo de cura rumo a sua transformação,
independentemente do tratamento que achar
melhor para você!

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E que se conhecer nesse nível pode sim, estar
ao alcance da sua mão, ou melhor, dos seus
dedos!

Esse será o seu maior desafio, mas acredite:


nada e nem ninguém conseguirá fazer melhor
que você mesma!

Isso é possível e incrivelmente libertador!

E é justamente por conta disso que criei o


Programa Chave Mestra. Um curso online para
ajudar mulheres a superarem o Vaginismo, se
libertarem da dor na relação e enfim abrirem as
portas ao tão desejado prazer sexual.

É através dele que aplico meu método de


exercícios que possibilita romper o elo que
existe entre o medo da dor ao desejo de ser
penetrada. E claro, onde você pode ter a minha
mentoria feita de forma privada e individual
para acompanhar seu progresso e te guiar na
jornada rumo à cura.

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Mas da onde veio a ideia de transformar meu
método num Programa Online?

Bem, eu comecei a aplicá-lo nas minhas


pacientes do consultório há 17 anos atrás.

O tempo foi passando e eu percebi na prática o


quanto esse método era capaz de fazer o
tratamento fluir e ajudar a mulher no seu
processo de transformação e superação muito
mais rapidamente!

Com o tempo, meus amigos mais próximos,


minha família, alguns colegas de profissão e
pessoas que trabalham diretamente comigo
começaram a dizer que eu deveria compartilhar
todo esse conhecimento e experiência adquirida
na prática com mais gente e que existia uma
forma de fazer isso: ensinar o método que
desenvolvi e que já tinha ajudado tanta gente,
através de um curso online para todo o Brasil e
até em outras partes do mundo.

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No início, confesso que não dei muita atenção,
pois apesar de ter muita vontade de fazer,
estava ocupada demais com minhas atividades
para pensar em mais uma frente de atuação.

Só que o tempo foi passando e minhas próprias


clientes, aquelas que faziam Terapia Sexual
comigo e que praticavam o meu método
começaram a me falar isso, que eu deveria
ajudar um número ainda maior de mulheres a
ter esse domínio sobre seu corpo e sua vagina,
pois isso era fundamental e essencial para
conseguir se livrar desse pesadelo.

Então em Julho de 2019 eu enfim tomei a decisão


de tirar do papel o meu Programa Online.

Montei toda uma equipe para tornar isso


possível e, no dia 10 de Outubro de 2019, ele
estava no ar!

À medida que mais meninas, em busca de


superar esse problema, foram adquirindo o

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Programa Chave Mestra, a experiência foi se
tornando incrível, e os resultados cada vez mais
positivos. O que me deixa ainda mais
convencida de que esse Programa pode ajudar
milhares e milhares de mulheres que desejam
superar a dor do Vaginismo e ter uma vida
sexual plena, feliz e prazerosa.

Eu acredito que se você chegou até aqui é


porque tem um grande sonho: livrar-se dessa
dor na relação sexual e superar o
vaginismo para finalmente desfrutar do prazer
sexual que toda mulher merece sentir. Estou
certa?

E isso minha amiga, nada melhor que o meu


PROGRAMA CHAVE MESTRA para te ajudar!

Quer saber mais detalhes sobre o Programa


Chave Mestra? Clique no botão abaixo que eu
gravei um vídeo especial para você =)

PROGRAMA CHAVE MESTRA

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