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1.

(CETRO) A famosa Belém-Brasília, idealizada pelo então presidente Juscelino Kubitscheck (1956-1961), para unir a capital
federal à região norte do país, foi responsável pelo surgimento de várias cidades e povoados durante o período de sua construção.
Como exemplo podemos citar:

A) Palmas. B) Imperatriz. C) Araguatins. D) Paragominas.

2. (SOUSÂNDRADE) Nos arredores da cidade de Imperatriz, vivem grupos de etnias indígenas reconhecidas e com terras
demarcadas ou em processo de demarcação. Dentre as alternativas abaixo, a única que apresenta estas etnias é:

A) Arariboia, Tenetehara e krikati. B) Krahô-Kanela, Xerente e Apinajé.

C) Javaés, Xambioá e Acróas. D) Karajá, Krahô e Xavante.

3. (CANGUSSU) Observe a figura para responder a questão

No centro superior do brasão do município de Imperatriz encontra-se a imagem de uma coroa que, simbolicamente, representa:

(A) as riquezas do Município.

(B) a majestade e a nobreza do próprio nome.

(C) as riquezas naturais.

(D) a esperança do povo da cidade.

4. (FADESP) Sobre o município de Imperatriz (MA) é correto afirmar que:

(A) Imperatriz recebeu esse nome em homenagem a Imperatriz Teresa Cristina, popularmente chamada de “Mãe dos Brasileiros”.

(B) A colonização de Imperatriz, teve início em 1849 pelo sacerdote Frei Manoel Procópio, contratado pelo governo do Pará com a
finalidade de colonizar e doutrinar os povos indígenas.

(C) A vegetação nativa da região de Imperatriz era predominantemente campos alagados, paisagens típicas resultantes das
constantes cheias do rio Tocantins.

(D) Fundação do município foi em 22 de abril de 1924.

5. (FCC) Nos anos de 1960, a cidade de Imperatriz sofreu profundas transformações que alteraram seu perfil socioeconômico. Para
tanto, pode ser considerado um fator decisivo a :

(A) construção da Dom Affonso Felippe Gregori.

(B) construção da Rodovia Belém-Brasília.

(C) construção da Ferrovia Norte-Sul.

(D) construção Prefeito Renato Moreira.

6. (FCC) Após a morte do prefeito Renato Cortez Moreira, a vida política de Imperatriz viveu dias muito agitados. Uma revolta
eclodiu e afastou o sucessor do prefeito assassinado, Salvador Rodrigues, do comando do município por má gestão e por
envolvimento no assassinato de Renato Moreira. Com muita discussão, debate, várias reuniões, duas passeatas anteriores – uma que
fez o enterro simbólico da Câmara e outra em que centenas de pessoas levaram o seu lixo e depositaram na porta da prefeitura –
eclodiu a

(A) Revolução de Janeiro.

(B) Movimento Fagulha.

(C) Revolução dos Oprimidos.

(D) Revolta da Justça.

GABARITO COMENTADO

1. D

O surgimento de Imperatriz começou a ser desenhado nos fins do Século XVI e início do século XVII, com a iniciativa dos
bandeirantes, que, partindo de São Paulo, buscavam nos confins do Norte, a riqueza, o desconhecido e a aventura. Enquanto os
bandeirantes navegavam da nascente em busca da foz, paralelamente as entradas governamentais e/ou religiosas subiam o rio,
tentando alcançar suas nascentes. Das entradas realizadas, a que mais nos interessa foi a que se realizou no ano de 1658 pelos
jesuítas Padre Manoel Nunes e Padre Francisco Veloso, que teriam sido os primeiros a utilizar o sítio onde hoje está Imperatriz. A
fundação de Imperatriz se deu em 16 de julho de 1852, três anos depois da partida da expedição que saiu do porto de Belém, em 26
de junho de 1849. Frei Manoel Procópio do Coração de Maria, capelão da expedição, foi o fundador da povoação, que recebeu
inicialmente o nome oficial de Colônia Militar de Santa Tereza do Tocantins. Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a lei
n.º 398 criou a Vila de Imperatriz, nome dado em homenagem à imperatriz Tereza Cristina.

A construção da Rodovia Belém-Brasília iniciada em 1958 e inaugurada em 25 de janeiro de 1961 ou BR-010 no trecho que
atravessa o Estado do Maranhão promoveu uma nova definição do espaço geográfico e econômico da região Tocantina. Afirme-se,
ainda, que construção posterior de importantes obras modais como é caso da Ferrovia Norte Sul, iniciada no ano de 1987, a qual
interligará a rede ferroviária nacional, mas que ainda não foi concluída, e dos projetos de criação das hidrovias do Araguaia e
Tocantins, que até agora não se concretizaram, a Rodovia Belém-Brasília, continua sendo o mais importante meio de integração
entre a porção sul do Maranhão e as demais regiões do país.

2. A

Os Krikatis são um grupo indígena que habita o sudoeste do estado brasileiro do Maranhão, mais precisamente as Áreas
Indígenas Krikati e Rodeador, localizadas entre os municípios de Montes Altos e Sítio Novo.

Apinayé ou apinajé é um povo indígena que habita as terras localizadas entre a margem esquerda do Rio Tocantins e a margem
direita do rio Araguaia, no norte do estado do Tocantins, Brasil, na região conhecida como Bico do Papagaio.

3. A

O Brasão de Armas de Imperatriz é um escudo encimado por uma coroa e, sobre esta, uma faixa amarela com o nome do município
em letras de cor verde. Abaixo do escudo, outra faixa amarela, com a frase  PAZ E PROGRESSO, em letras verdes. No centro do
escudo, o desenho de uma palmeira, ladeada por um pé de arroz e outro de milho.

A simbologia do escudo faz referência às riquezas do município (representadas pela cor amarela das faixas); à majestade e nobreza
sugeridas pelo nome Imperatriz (representadas pela coroa); às riquezas vegetais que, na história do município, serviram de base ao
seu crescimento econômico; à esperança de uma cidade que cresce sem conflitos, sentimento esse representado visualmente pela cor
verde e literalmente pela expressão Paz e Progresso. Com o passar dos anos, leves alterações foram introduzidas em relação ao
desenho original do Brasão.

4. B

Após a fundação, em 16 de julho de 1852, o município de Imperatriz recebeu o nome de Povoação de Santa Teresa do Tocantins.
Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a cidade passou a ter o título de Vila Nova de Imperatriz, uma homenagem  a
Imperatriz Teresa Cristina. Uma nova alteração ocorreu pela lei provincial nº 631, de 05 de dezembro de 1862, quando o município
se tornou Imperatriz. 

A homenageada: Esposa do imperador D. Pedro II e Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1843 até a abolição da monarquia
em 1889, Teresa Cristina nasceu em Nápoles - Itália em 14 de março de1822 e faleceu na cidade de Porto - Portugal em 28 de
dezembro de 1889. Em vida, também apelidada de "Mãe dos Brasileiros". 

O sacerdote Frei Manoel Procópio era da Ordem Carmelita, nascido no estado da Bahia, em 1810. No ano de 1849 foi contratado
pelo governo do Pará com a finalidade de colonizar e doutrinar os povos indígenas na Colônia Militar de Santa Teresa, a ser
fundada.
Também foi designado para exercer atividades idênticas no então presídio e Colônia Militar de São João do Araguaia. Porém, no
final de 1851 e início de 1852, abandonou suas funções e subiu o rio Tocantins rumo ao desconhecido, vindo a fundar a Colônia
Militar de Santa Teresa.

Por ter avançado muito atingindo terras maranhenses, a fundação da Colônia de Santa Teresa, hoje Imperatriz, suscitou desavença
entre as províncias do Pará e Maranhão. Em 1856, Frei Manoel Procópio foi acolhido e nomeado, o primeiro vigário da então Vila
de Santa Teresa.

Bastante versátil, Manoel Procópio, além de exercer o sacerdócio, foi educador, delegado de ensino e dono de uma propriedade
rural, a Fazenda Soledade. Consta que ao deixar esta terra e a santa padroeira que trouxera consigo, desfez de todos os seus bens
patrimoniais. Não se sabe que destino deu aos seus pertences.

Em 1879 deixou a Vila de Santa Teresa para morar em Carolina, onde viveu por três anos até 1882. Ao completar 72 anos, sentindo
o peso da idade, resolveu embarcar para Bahia, sua terra natal, e faleceu em 1886. Foram 54 anos dedicados à propagação de sua fé.

Para reconhecer sua importância, a Academia Imperatrizense de Letras instituiu Frei Manoel Procópio como patrono da Cadeira 33,
que tem como fundadora a professora Edna Ventura.

5. A

6.A

A insatisfação das classes pensantes da cidade e depois do próprio povo, começou em Outubro de 1993, logo após o assassinato do
prefeito Renato Cortez Moreira, o que culminou com a revolta 1 ano e três meses depois. 
As investigações chegaram à conclusão que aconteceu um "consórcio" para a eliminação do prefeito, complô liderado por
pessoas próximas de Renato, entre elas o vice-prefeito Salvador Rodrigues, que foi chorar no velório, mas logo assumiu a cadeira do
morto. Salvador chegou a ser preso, mas foi solto depois, ficando a revolta da população que se agravou logo em seguida com seu
péssimo desempenho à frente da municipalidade.
A polícia federal concluiu as investigações constatando que Renato já era um refém de uma verdadeira quadrilha, desde a sua
eleição, desvios de recursos aconteceram durante sua administração e depois dela com a ascensão do vice Salvador Rodrigues. 
A revolta que afastou o então prefeito Salvador Rodrigues do comando do município foi gestada com muita discussão, debate,
várias reuniões, duas passeatas anteriores – uma que fez o enterro simbólico da Câmara e outra em que centenas de pessoas levaram
o seu lixo e depositaram na porta da prefeitura – e até ações na Justiça que sequer foram apreciadas por esta.

O movimento começou com as discussões de um grupo denominado Movimento Fagulha, composto pela professora Conceição
Formiga, este jornalista, Valter Rocha, José Cortez Moreira, o "Moreirinha", e os vereadores Valdinar Barros e Simplício Zuza
Neto, entre outros. 

Por sua vez, o advogado Ulisses Azevedo Braga criava o Fórum da Sociedade Civil Organizada, juntamente com empresários,
advogados e outros representantes de classes.

Os serviços públicos desativados, salários do funcionalismo atrasados e, finalmente , a paralisação do recolhimento do lixo,
tornaram a situação insustentável, Salvador estava com seus dias contados na cadeira de prefeito que havia usurpado.

A revolta explodiu numa grande manifestação que parou a cidade, depois que seus organizadores juntaram o Movimento Fagulha
com o Fórum, ficando a entidade com este segundo nome e suas lideranças conseguiram convencer a maioria da imprensa, as
entidades de classe, partidos políticos (mesmo mantidos à distancia) e a população, que veio como numa onda avassaladora,
pacífica, mas disposta à luta, caso houvesse uma reação para manter no governo um (vice) prefeito corrupto e incompetente que
havia participado de uma trama para matar o prefeito Renato Moreira.

A manifestação que levou às ruas mais de 30 mil pessoas na segunda maior cidade do Maranhão é pouco lembrada pelas elites
políticas de Imperatriz e pelos que participaram dela. 

Triste constatar ainda: é uma página da história da cidade totalmente desconhecida pelos mais jovens, aqueles que na época eram
crianças ou que ainda não haviam nascido.

Só para se ter uma idéia, um jovem de 20 anos, hoje na universidade, naquela ocasião tinha apenas três anos de idade. Como ele
poderá saber desse momento histórico se não lhe for contado? Se não lembramos sequer da nossa história, o que será de nós?

A “Revolução de Janeiro” não deveria ser esquecida, pois ela representa um marco na história da cidade, o fim de uma era de
desmandos administrativos, o afastamento do cenário político de um grupo que manipulava os mais pobres e governava apoiando-se
na violência e no crime organizado.
Mesmo com a desonestidade ou esperteza de alguns, depois do movimento de Janeiro a cidade não foi mais a mesma, os
governantes agiram com mais pudor ou cuidado no trato com a administração. E o mais interessante: a população descobriu que
pode se levantar e tirar na marra quem usurpa o poder ou que assalta os cofres públicos não cuidando sequer dos serviços básicos do
município.

O legado do Movimento de Janeiro é de extrema importância para as novas gerações, quando vivemos um momento em que cada
vez mais se exercita a democracia no país e se estimula a cidadania e a participação de todos nos destinos da nação, do estado, da
cidade, do lugar em que vivemos.

Não podemos esquecer das lideranças desse movimento - apesar que algumas delas depois foram participar do governo da
intervenção e  não se saíram muito bem no campo ético – que se arriscaram enfrentando ameaças de toda sorte e saíram para o
convencimento popular em favor da revolta.

O líder Ulisses Braga

Um homem de bem que depois em idade avançada resolveu voltar para sua cidade, Carolina, onde findou os seus dias militando na
defesa do meio ambiente e voltado para suas reflexões espirituais.

Licínio, uma espécie de mecenas da cidadania, foi um dos primeiros a abraçar a causa do movimento, antes e depois praticamente
sustentou com recursos próprios o Fórum da Cidadania, cedendo uma sala em cima da sede da Varig - onde hoje funciona a agência
de viagens Vôo Livre -, angariando recursos com amigos em prol da causa. 

Outros líderes ou integrantes do movimento que também já partiram desta vida foram: o advogado Valdecy Rocha, vereador
Simplício Zuza Neto, agrônomo José Cortez Moreira "Moreirinha" e o poeta Valter Rocha.

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