Pretende-se, com este trabalho, efectuar uma análise económica e financeira às contas
de uma empresa para os anos de 2000 e 2001.
Ao longo desta análise recorreremos a alguns rácios económicos e financeiros. No
entanto, embora estes rácios sejam um útil instrumento de estudo, podem conter
algumas limitações, limitações estas que apenas nos permitem obter uma descrição da
empresa a 31 de Dezembro de cada ano.
2. Balanço
2.1. Activo
ACTIVO
- IMOBILIZADO 2.896.829 3.348.053
Imobilizações Incorpóreas 41.692 29.390
Imobilizações Corpóreas 2.845.237 3.280.001
Investimentos Financeiros 9.900 38.662
- CIRCULANTE
Existências 809.833 693.098
Dívidas de Terceiros - Curto Prazo 2.771.568 4.284.785
Clientes 2.559.302 4.028.469
Outros 212.266 256.316
Depósitos bancários e Caixa 439.734 174.259
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS * 127.214 21.548
10. TOTAL DO ACTIVO 7.045.178 8.521.743
* É de realçar que os acréscimos e diferimentos se encontram na mesma coluna que o
activo circulante, não fazem parte deste exercício.
Podemos verificar que o activo circulante é superior ao activo fixo em qualquer dos
anos apresentados. Com efeito, a estrutura do activo é dominada pelo activo circulante,
como pode ser visto pela análise ao seguinte gráfico.
Estrutura do Activo
Euro
5.000.000
Imobilizado Líquido
4.000.000
Clientes
3.000.000
Existências
2.000.000
Outros
1.000.000
Disponiblidades
0 Acréscimos e Diferimentos
2000 2001
Na empresa em análise:
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 415.000 415.000
Prestações Suplementares 507.000 -
Reservas 940.542 1.081.392
Resultado Líquido do Exercício 240.540 244.584
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 2.103.082 1.740.976
Euro
1.200.000
1.000.000
0
2000 2001
Realce-se ainda que os capitais próprios representam sempre um valor igual ou superior
a 20% do activo. Com efeito, no exercício de 2000, a autonomia financeira (Cap.
Próprios/activo) foi de 30%, tendo caído para os 20% em 2001, devido, essencialmente,
à retirada das prestações suplementares no valor de 507.000 €, atenuada pelo
crescimento dos resultados líquidos e das reservas.
PASSIVO
DÍVIDAS A TERCEIROS-MÉDIO E LONGO PRAZO 535.260 2.448.736
Instituições de Crédito 216.377 351.553
Fornecedores de Imobilizado 318.883 175.183
Empresas do grupo - 1.922.000
DIVIDAS A TERCEIROS-CURTO PRAZO 4.054.262 3.758.070
Dívidas a Instituições de Crédito 1.780.623 1.198.290
Fornecedores 1.686.653 1.511.683
Sector Público Estatal 217.923 199.265
Outras Dívidas 369.063 848.832
ACRESCIMOS S DEFERIMENTOS 352.574 573.961
TOTAL DO PASSIVO 4.942.096 6.780.767
Da análise a este gráfico podemos realçar a forte diminuição, entre 2000 e 2001, da
rubrica “dívidas a instituições de crédito de curto prazo” e o crescimento da rubrica
“outras dívidas de médio e longo prazo”.
Fazendo agora uma análise ao fundo de maneio (Activo Circulante – Capital alheio a
curto prazo) de ambos os exercícios, podemos verificar que em 2000 este foi de -33127
e que em 2001 foi de 1394072, verificando-se assim que em 2000 a empresa passou
uma situação de necessidade de fundo de maneio e que em 2001 já recuperou, devido
essencialmente à diminuição das responsabilidades de curto prazo e do aumento do
activo circulante.
3. Demonstração de Resultados
Existem ainda resultados que advêm directamente dos anteriores, são eles:
PROVEITOS OPERACIONAIS
Vendas e Prestação de Serviços 6.076.394 7.881.933
Outros Proveitos de Exploração 336.464 347.505
TOTAL dos Proveitos Operacionais 6.412.858 8.229.438
CUSTOS OPERACIONAIS
Fornecimento e Serviços Externos 3.828.235 5.265.815
Custos com o Pessoal 1.211.435 1.480.180
Provisões e Amortizações 789.652 807.295
Outros Custos Operacionais 40.620 57.794
TOTAL dos Custos Operacionais 5.869.942 7.611.084
RESULTADOS OPERACIONAIS 542.916 618.354
Proveitos e Ganhos Extraordinários 61.070 76.810
Custos Extraordinárias 31.999 76.906
Resultados antes da função financeira 571.987 618.258
Proveitos Financeiros 75.579 66.945
Custos Financeiras 303.938 335.797
Resultados antes de Impostos 343.628 349.406
Imposto sobre o Rendimento do Exercício 103.088 104.822
RESULTADOS LÍQUIDOS 240.540 244.584
RESUMO DOS RESULTADOS:
RESULTADOS OPERACIONAIS 542.916 618.354
RESULTADOS FINANCEIROS -228.359 -268.852
RESULTADOS CORRENTES 314.557 349.502
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 29.071 -96
RESULTADOS LÍQUIDOS 240.540 244.584
700.000
600.000
500.000
400.000 Operacionais
300.000 Financeiros
200.000
Correntes
100.000
0 Extraordinários
-100.000 Líquidos
-200.000
-300.000
2000 2001
4.2. Rentabilidade
De uma forma geral, a rentabilidade pode ser medida através das relações entre os
resultados e outras grandezas como as Vendas, o Activo e os Capitais Próprios. Desta
forma os rácios de rentabilidade reflectem a capacidade que a empresa tem de gerar
resultados.
Para esta empresa, verifica-se que a rentabilidade de Vendas (RL / Vendas) diminuiu
durante o período em análise.
4.3. Financiamento
Este tipo de rácios pretendem medir o grau de eficiência na utilização dos recursos da
empresa.
Relativamente à empresa em análise destacam-se os seguintes:
5. Conclusão