INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO – CAMPUS RECIFE

DASE – CELT
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MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DE TERRA

O que é aterramento?

Os projetos de instalações elétricas executados atualmente sempre indicam um ponto

de aterramento para a instalação.

Dependendo do projeto, é feita apenas a especificação de um valor em ohm (Ω), por

exemplo 10 Ω, 5 Ω ou algum outro valor que, por falta de explicação, parece ser um
capricho do projetista.

Aterramento é, essencialmente, uma conexão elétrica à terra, através de dispositivos

apropriados, onde o valor da resistência de aterramento representa a eficácia desta
ligação: quanto menor a resistência, melhor o aterramento.

Objetivos:

 assegurar a melhoria dos serviços elétricos;

 assegurar a segurança do pessoal de operação e manutenção e de terceiros;
 assegurar a proteção do material.
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Casos típicos:

Surtos em linhas

Entende-se por surto uma perturbação anormal da corrente ou tensão normalmente

esperada em um sistema.

Existem surtos causados por manobra na rede, descargas atmosféricas, interferências

eletromagnéticas, etc.

O controle dos surtos dentro de um sistema elétrico é feito através de protetores

contra sobretensões, tais como para-raios de linha, supressores, capacitores, etc.

O aterramento é essencial para a correta operação dos protetores contra sobretensões

instalados em redes de alta e baixa tensão, pois estes dispositivos drenam as correntes
de surto para a terra, funcionando como uma válvula de escape para as correntes
geradas pelas sobretensões.

Surtos em linhas de transmissão de dados

Além dos surtos em linhas de força, os modernos equipamentos eletrônicos possuem

linhas de comunicação de dados com outros equipamentos, as quais também estão
sujeitas a surtos.

Descargas atmosféricas (raios)

A incidência de raios sobre materiais pouco condutores, tais como telhas cerâmicas e
alvenaria, provoca rachaduras e estilhaçamento nestes materiais. Uma vez instalado
um SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), o aterramento é
utilizado para dissipar a corrente do raio de forma segura no solo, evitando os efeitos
térmicos do raio e risco de choque elétrico para as pessoas.

Bindagens

Um sistema composto de equipamentos eletrônicos sensíveis (EES) está sujeito a

interferências provocadas por campos eletromagnéticos. A blindagem é um recurso

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utilizado para minimizar essas interferências, necessitando de aterramento para
estabelecer um potencial zero na blindagem ou para proporcionar um caminho externo
para as correntes induzidas.

Segurança contra choques elétricos

Nas instalações elétricas encontramos muitos materiais metálicos não energizados, que
servem para evitar que as pessoas tenham contatos com as partes energizadas da
instalação, tais como interiores de quadros elétricos, motores, transformadores, etc.
Contudo, se o isolamento de um sistema desses falhar, operadores e/ou usuários
estarão sujeitos a choques elétricos, com risco para essas pessoas. Para assegurar que
essas partes metálicas fiquem sempre sujeitas a níveis a baixo de potenciais perigosos,
o aterramento é utilizado garantindo a proteção das pessoas.

Curto-circuito fase-terra

Os curtos-circuitos fase-terra em redes elétricas provoca o desbalanceamento do

sistema trifásico, sobrecarga nos equipamentos e condutores da rede, comprometendo
a segurança da rede, dos operadores e dos usuários. Para que haja uma correta
operação dos equipamentos de proteção que desligue o trecho da rede afetado, é
necessário que a corrente de curto-circuito seja superior a corrente de operação desses
equipamentos. O aterramento do neutro de transformadores e massas metálicas
fornece um caminho de baixa impedância para a corrente de curto, possibilitando a
correta operação da proteção.

Classificação dos aterramentos

Podemos assim classificar os aterramentos em dois tipos:

 Aterramentos de Serviços

Aterramentos que são partes integrantes dos circuitos elétricos (exemplos:

aterramento do neutro dos transformadores, aterramento do neutro das redes
de distribuição, etc).

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  Aterramentos de Segurança

Aterramentos que tem a função de evitar acidentes com pessoas no caso de

partes aterradas serem acidentalmente energizadas (exemplos: aterramentos
das carcaças dos motores, aterramentos das partes metálicas não energizadas
das instalações elétricas, etc).

Resistência de terra

É a oposição oferecida à passagem da corrente elétrica da haste de terra (eletrodo de

aterramento) para terra circunvizinha.
Um aterramento para desempenhar satisfatoriamente a sua função, deve ter
resistência de “terra” baixa a fim de que uma corrente elétrica que chegue ao mesmo
possa facilmente circular para terra circunvizinha.

Principais componentes da resistência de terra:

 Resistência elétrica do próprio eletrodo (haste de terra).

 Resistência de contato entre a haste de terra e a terra que a envolve.
 Resistência da terra circunvizinha, a que depende da temperatura, da natureza e
do estado do solo.

Tensões de passo, de toque e de transferência

Quando uma corrente de falta Icc (ou um raio) é descarregada para um aterramento,
temos uma elevação de potencial em torno do mesmo, formando-se então um
gradiente de tensão no solo onde o ponto máximo está no eletrodo e o ponto mínimo é
o potencial zero, a uma distância infinita.

Tensão de passo

É diferença de potencial que pode aparecer entre dois pontos da superfície da terra,
separados por uma distância igual ao passo de uma pessoa. Para fins de referência,
considera-se geralmente essa distância como igual a um metro.

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OBS: Vê-se que, quando a pessoa caminha no sentido da estrutura M, a tensão de
passo é tão maior quanto mais próximo dessa estrutura ela estiver por ocasião da falta.

Tensão de toque

É diferença de potencial que pode aparecer entre a parte metálica aterrada e um ponto
da superfície da terra, separados por uma distância que pode ser alcançada pelo braço
de uma pessoa. Para fins de referência, considera-se geralmente essa distância como
igual a um metro. Essa tensão é também chamada de tensão de contato.

Tensão de transferência

É diferença de potencial que pode se manifestar entre uma parte metálica aterrada e
um ponto da superfície da terra, separados por uma distância qualquer, em que uma
pessoa dali se liga eletricamente à parte metálica por meio de um condutor. Essa
tensão é um caso particular da tensão de toque.
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Esquemas de aterramento padronizados

Os sistemas de aterramento têm topologias especificadas na norma brasileira com

codificação através de letras.

Média tensão

1ª Letra
Situação da instalação em relação à terra:

 T = um ponto de alimentação ligado diretamente a terra.

 I = nenhum ponto é ligado diretamente a terra ou ligado a terra
por intermédio de uma impedância.

2ª Letra
Situação das massas da instalação elétrica em relação à terra.

 T = as massas estão ligadas diretamente a terra.

 N = as massas estão ligadas ao terra de alimentação.

3ª Letra
Situação das massas do posto de alimentação.

 R = as massas da subestação estão ligadas simultaneamente ao

aterramento do neutro da instalação e as massas da instalação.
 N = as massas da subestação estão ligadas diretamente ao neutro
da instalação, mas não estão ligadas as massas da instalação.

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  S = as massas da subestação estão ligadas a um aterramento
eletricamente separado daquele do neutro e daquele das massas
da instalação.

Esquema de aterramento de média tensão TNR

Esquema de aterramento de média tensão TTN

Esquema de aterramento de média tensão TTS

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Esquema de aterramento de média tensão ITR

Esquema de aterramento de média tensão ITN

Esquema de aterramento de média tensão ITS

Baixa tensão

1ª Letra
Situação da Alimentação em Relação à Terra

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  T = Um ponto diretamente aterrado.
 I = Isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou
aterramento de um ponto através de impedância.

2ª Letra
Situação das Massas da Instalação Elétrica em Relação à Terra

 T = massas diretamente aterradas, independentemente do

aterramento eventual de um ponto de alimentação;
 N = massas ligadas ao ponto de alimentação aterrado (em corrente
alternada, o ponto aterrado é normalmente o ponto neutro).

Outras Letras (eventuais) – Disposição do Condutor Neutro e do Condutor de Proteção

 S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores

distintos;
 C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único
condutor (condutor PEN).

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Esquema de aterramento de baixa tensão TN-S

Esquema de aterramento de baixa tensão TN-C-S

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Esquema de aterramento de baixa tensão TN-C

Esquema de aterramento de baixa tensão TT

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Esquema de aterramento de baixa tensão IT

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