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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Gestão da Qualidade e da
Produtividade
Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis
B813g
Braga, José Olavo
Gestão da qualidade e da produtividade / José Olavo Braga.
Brasília: SENAI/DN, 2010.
130 p. : il. color ; 30 cm.
Inclui bibliografias.
Apresentação do curso................................................................................. 07
Plano de estudos............................................................................................ 09
Unidade 1: Gestão da Qualidade.............................................................. 11
Unidade 2: Os 5S na Prática........................................................................ 31
Unidade 3: Kaizen (melhoria contínua) ................................................. 49
Unidade 4: ISO 9.000..................................................................................... 65
Unidade 5: Análise de Problemas e Tomada de Decisão.................. 81
Unidade 6: Ensinando Corretamente um Trabalho............................. 95
Unidade 7: O Ensino de um Trabalho....................................................105
Unidade 8: Melhorando o Método de Trabalho................................115
Sobre o autor ................................................................................................125
Referências ....................................................................................................127
Apresentação
do Curso
7
Plano de Estudos
Carga horária:
40 horas
Ementa
A gestão da qualidade. O programa 5S. A meto-
dologia Kaizen. Qualidade e normalização com a
ISO 9000. Ferramentas para análise de problemas
e tomada de decisões. As divisões do trabalho e a
tabela de treinamento.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
9
Gestão da
Qualidade 1
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
11
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Você está iniciando o curso Gestão da
Qualidade e da Produtividade, e durante
esta primeira unidade você verá como
ocorreu o processo de popularização dos
conceitos de gestão da qualidade e o mo-
GESTÃO tivo pelos quais as empresas foram ade-
Refere-se a técnicas de rindo a esses conceitos ao longo dos anos.
gestão, avaliação e uso
das ferramentas respec- Conhecerá um pouco mais sobre a evo-
tivas. lução dos conceitos de qualidade, desde
a época da confecção artesanal de um
produto, onde a pessoa que realizava o
trabalho era a única responsável por sua
QUALIDADE qualidade, até os dias atuais. Verá que
Modo de ser e/ou estar, esse conceito foi evoluindo e se adap-
predicado, espécie. tando cada vez mais ao atendimento das
necessidades do cliente e aplicação cons-
tante do processo de melhoria contínua.
Bom estudo!
12
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 1:
Gestão da
qualidade
O gerenciamento ou a gestão da qualidade
popularizou-se depois do sucesso do esforço de GERENCIAMENTO:
recuperação econômica do Japão após a Segunda Refere-se a técnicas de
Guerra Mundial. Os empresários japoneses ouvi- gestão, avaliação, e uso
ram falar dos métodos usados pela indústria ame- das ferramentas respec-
ricana durante a guerra para treinar trabalhadores tivas.
e produzir armamentos de qualidade, numa época
em que os homens precisavam deixar seu trabalho
para lutar como soldados. Vários consultores, entre
eles Deming e Juran, foram enviados ao Japão
para ajudar a melhorar a qualidade dos produtos
japoneses, cuja reputação no mundo todo era de
preço baixo e qualidade ruim. Os japoneses fize-
ram um esforço nacional para melhorar a quali-
dade e em alguns anos começaram a conquistar
o mercado ocidental, inclusive americano, com
produtos de melhor qualidade e baixo preço.
Unidade 1 13
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Conceito de qualidade
Existem vários autores que tratam do tema Qualidade, e é possível dividi-los em
duas categorias: uma é liderada por administradores e consultores de organiza-
ções que buscam estratégias para melhorar seus lucros através do aumento da
eficiência de seus negócios, tanto em competitividade como em produtividade.
Outra, geralmente a minoria, é composta por pessoas que avaliam as relações
de trabalho, analisando suas diversas dimensões, como a comportamental, a
organizacional, social, econômica etc.
De um modo geral, a primeira categoria é guiada por autores que relatam expe-
riências vividas no decorrer dos anos e traçam procedimentos técnicos a ser
seguidos.
Um conceito muito usado para qualidade é o que foi dado por Joseph Juran,
que afirma que qualidade é a adequação ao uso. Este conceito pode ser aplica-
do tanto em situações do cotidiano como em situações específicas, como a fa-
bricação de um produto. Existe ainda uma definição utilizada por Philip Crosby,
que afirma que qualidade é a conformidade com os requisitos, ou seja, quando
temos algo em mente, estabelecemos qual seria o padrão de qualidade e, daí
por diante, todos os itens idênticos ao padrão poderiam ser considerados como
itens de qualidade.
Atualmente, existe a MBR ISO 9000:2005, que é uma norma de gestão que dá
definição a vários termos, antes desconhecidos. Nessa norma a qualidade é de-
finida como: “o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a
requisitos” (ABNT, 2005). Segundo ela, características são propriedades diferen-
ciadoras, podendo ser de diversos tipos, como físicas, sensoriais, comportamen-
tais, temporais, ergonômicas ou funcionais.
14
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Unidade 1 15
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Nota
Um conceito interessante que surgiu
durante essa época foi a ideia de que
um produto deveria ser produzido com
o menor preço possível. Esse conceito
continua presente nos dias de hoje.
16
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Nota
É importante ressaltar que essa postura por parte das empresas
japonesas de estender a responsabilidade pela qualidade aos demais
trabalhadores das organizações, recebendo todos os treinamentos
necessários para realizar o controle de qualidade, garantiu um aumento
da produtividade e consequente competitividade de setores da indústria
japonesa.
Relembrando
Unidade 1 17
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Colocando em prática
Reforce o conhecimento que você acabou de adquirir nessa aula rea-
lizando a atividade proposta que se encontra no Ambiente Virtual de
Aprendizagem – AVA.
Aula 2:
Conhecendo a Qualidade
Total
Conforme os conceitos de qualidade ganharam novas perspectivas no Japão,
a qualidade deixou de ser responsabilidade apenas dos supervisores e líderes,
alcançando todos os níveis hierárquicos dentro da organização.
Essa nova percepção onde o controle da qualidade deixa de ser uma respon-
sabilidade específica de gerentes, supervisores e líderes, passando a ser atri-
buição de todos os colaboradores em todas as etapas do processo produtivo,
deu origem a uma nova denominação: TQC – Total Quality Control (Controle da
Qualidade Total).
18
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Autores como Deming, Juran, Crosby e Ishikawa criaram uma relação de prin-
cípios da Qualidade Total que direcionam para metodologias de implantação
dos programas da qualidade. Durante esta aula você conhecerá alguns desses
princípios, que quando medidos e avaliados periodicamente, tendem a dar mais
chances de sucesso aos programas de qualidade dentro das organizações.
Planejamento da Qualidade;
total Satisfação dos Clientes;
gestão Participativa;
desenvolvimento dos Recursos Humanos;
constância de Propósitos;
aperfeiçoamento Contínuo;
gerenciamento de Processos;
disseminação das Informações;
garantia da Qualidade;
desempenho Zero Defeitos.
Unidade 1 19
Gestão da Qualidade e da Produtividade
manter esse elo entre a empresa e seus clientes tem sido a criação de departa-
mentos específicos dentro das organizações, tas como: marketing, SAC e Assis-
tência Técnica.
Atenção
Assim como o Princípio da Total Satisfação do Cliente, onde a empresa
deve criar uma cultura de ouvir o seu cliente, o Princípio da Gestão
Participativa se aplica também aos seus clientes internos, colaboradores,
sócios e demais participantes da organização. O medo de expressar suas
ideias pode ser um inibidor para o sucesso da aplicação desse princípio,
por isso os responsáveis, supervisores, gerentes, devem, além de
incentivar seus colaboradores a expressarem suas ideias, ouvi-los sempre
que possível, adotando assim uma atitude de transparência e liderança.
A comunicação é a chave para o sucesso desse princípio, mas para que a mes-
ma seja eficaz e aconteça sem ruídos, faz-se necessário que a organização
estabeleça seus meios.
20
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Unidade 1 21
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Relembrando
Colocando em prática
Hora de realizar a atividade e colocar em prática o que você aprendeu
nesta aula. Acesse o AVA e boa atividade!
Aula 3:
Outros princípios que
regem a Qualidade Total
Na aula anterior você conheceu cinco dos princípios que regem a Qualidade To-
tal. A partir de agora, conhecerá os demais princípios que envolvem esse novo
conceito da qualidade.
22
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Pergunta
Sabe por que buscar a melhoria contínua?
Unidade 1 23
Gestão da Qualidade e da Produtividade
24
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Unidade 1 25
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Vale ressaltar que quaisquer falhas devem ser medidas para que no ciclo PDCA
se localize a causa principal do problema e se planejem ações corretivas. Deve-se
ainda estabelecer um sistema pelo qual os funcionários possam identificar pro-
blemas que impedem que seu trabalho esteja livre de deficiências, assegurando,
de forma sistematizada, que os grupos funcionais apresentem soluções para os
problemas atuais, bem como propostas de melhorias contínuas em suas ativida-
des.
Relembrando
Nesta aula, você conheceu mais princípios que regem esse novo con-
ceito, tais como: Aperfeiçoamento Contínuo, Gerenciamento de Proces-
sos, Disseminação das Informações, Garantia da Qualidade e Desempe-
nho Zero Defeitos.
Na próxima aula você aprenderá mais sobre os custos da qualidade,
dando assim continuidade aos seus estudos dentro deste curso.
Colocando em prática
Aula 4:
Custos da qualidade
A qualidade em si não significa um custo, mas sim um investimento. Contudo,
a má qualidade, esta sim acarreta prejuízos à organização. Portanto, podemos
afirmar que o custo da qualidade pode ser definido como aqueles custos que
acontecem como fruto de uma baixa qualidade ou não atendimento às especifi-
cações.
26
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Custos de prevenção
São os custos relacionados aos investimentos feitos para evitar defeitos, evi-
tando que produtos defeituosos e serviços insatisfatórios sejam produzidos.
Alguns exemplos dos custos de prevenção são: o planejamento da qualidade,
controle de novos projetos, estudo e controle do processo, suporte aos recur-
sos humanos e treinamentos, círculos da qualidade, manutenção preventiva dos
equipamentos, revisão de projetos, qualidade nas aquisições, informação da
qualidade, compra de normas e equipamentos, manutenção e desenvolvimento
do sistema de qualidade, administração da qualidade, auditorias, etc.
Custos de avaliação
Os custos de avaliação são aqueles incorridos no processo produtivo, tendo por
objetivo a garantia da manutenção da qualidade do produto. Alguns exemplos
são os gastos em inspeção de matéria-prima, componentes e produtos para
assegurar a conformação com os padrões de qualidade, operações de laborató-
rio; envio dos produtos testados para a produção; demonstração de qualidade,
relatórios de qualidade; manutenção e setup; testes de produção; áreas ocupa-
das pelo e para o controle; controle dos protótipos; enfim, todos os custos que
controlam a má qualidade por meio de atividades de avaliação da qualidade.
Unidade 1 27
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
28
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Colocando em prática
Chegou a hora de realizar os exercícios propostos e colocar em prática
o que aprendeu. Aproveite também para trocar ideias e tirar dúvidas
com o professor tutor e os colegas por meio das ferramentas do AVA.
Adiante com os estudos!
Finalizando
Durante esta unidade, você estudou a evolução dos conceitos de qua-
lidade no decorrer dos anos, observando que esses conceitos foram se
adaptando cada vez mais ao atendimento das necessidades do cliente
e aplicação constante do processo de melhoria contínua.
Unidade 1 29
Os 5S na Prática
2
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Discorrer
a respeito do Programa 5S, distin-
guindo cada um deles.
Citaralguns benefícios obtidos por meio da
aplicação desta filosofia e maneiras práticas
de aplicá-la.
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
31
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Nesta segunda unidade, você estudará a respeito de uma filosofia que
foi implantada com o intuito de fazer diferencial dentro das organiza-
ções que lutam para se sobrepor às dificuldades e aos mercados cada
vez mais competitivos. Essa filosofia popularizou-se como Programa 5S
e tem como fundamentos as palavras japonesas: Seiri, Seiton, Seisou,
Seiketsu, Shitshuke, que foram traduzidas para o português como Senso
de Utilização, Senso de Organização, Senso de Limpeza, Senso de Zelo
e Senso de Autodisciplina.
Bons estudos!
Aula 1:
O contexto de ambiente
da qualidade
Nas últimas décadas, as empresas têm mudado de postura em relação aos seus
clientes, e isso tem se dado pela própria conscientização do consumidor com
relação aos seus direitos e à atual estrutura econômica mundial.
32
Gestão da Qualidade e da Produtividade
De acordo com Deming, um dos “gurus” do tema qualidade, cada pessoa tem
anseio por qualidade, mas cada pessoa tem seu próprio conceito de qualidade.
E de um modo geral todos veem qualidade como “uma vida melhor” e, nesse
contexto, as organizações devem entender essas necessidades e traduzir em
garantia da satisfação do cliente.
Unidade 2 33
Gestão da Qualidade e da Produtividade
aumento da autoestima;
respeito ao semelhante, ao meio ambiente e crescimento pessoal;
melhoria no relacionamento interpessoal;
melhoria na comunicação e no clima organizacional;
crescimento do ser humano em iniciativa, criatividade e respeito;
guerra ao desperdício de inteligência, espaço, tempo, gastos e matéria-
prima;
combate ao estresse;
redução do número de acidentes de trabalho.
34
Gestão da Qualidade e da Produtividade
O Programa 5S no Brasil
A implantação dessa metodologia no Brasil sofreu ao longo dos anos algumas
adaptações em relação ao Japão. Observou-se uma tendência em interpretar
o Programa 5S como uma ferramenta para o “housekeeping”, ou seja, conser-
vação da casa. Nesse sentido é importante ressaltar que além da visão do 5S
unicamente ligada à limpeza e arrumação, deve-se primar por um ambiente de
qualidade, onde as pessoas se concentrem na construção do ambiente no qual
se trabalhe e se produza com qualidade.
Unidade 2 35
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Você aprendeu nesta aula o contexto de ambiente da qualidade, que
pode ser a disposição de um local onde haja ordem e tranquilidade;
boa organização do trabalho, com distribuição equitativa de tarefas;
desejo de se comunicar, com disposição de falar e ouvir sem distinção
de pessoa ou função; respeito às ideias dos outros; atitude que favo-
reça o consenso ou o trabalho em equipe; sentimento compartilhado
da finalidade do trabalho; orgulho coletivo diante das realizações.
A partir da próxima aula você começará a conhecer mais detalhada-
mente cada um dos cinco sensos da qualidade.
Colocando em prática
Agora é uma boa hora para treinar os conhecimentos adquiridos nesta
aula. Acesse o AVA e realize as atividades propostas. Mãos à obra!
Aula 2:
Os cinco sensos da
qualidade
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
HIGIENE
4º SEIKETSU SANITIZING SENSO DE
SAÚDE
INTEGRIDADE
AUTODISCIPLINA
SELF
5º SHITSUKE SENSO DE EDUCAÇÃO
DISCIPLINING
COMPROMISSO
Senso de Utilização
Tem por finalidade manter no local de trabalho apenas os materiais que você
utilizará no momento e na quantidade certa, ou seja, utilizar os recursos dispo-
níveis, com bom-senso e equilíbrio, evitando excessos ou a faltas.
reaproveitamento de recursos;
redução das compras desnecessárias de materiais e equipamentos;
redução nos gastos com material de expediente, material de consumo;
Unidade 2 37
Gestão da Qualidade e da Produtividade
otimização de espaços;
remanejamento dos investimentos;
reutilização de materiais;
aproveitamento de profissionais em outras áreas;
redução de gastos com mão de obra etc.
Relembrando
Você aprendeu nesta aula o conceito de Senso de Utilização e
como utilizá-lo no ambiente de trabalho.
Na próxima aula você conhecerá o Senso de Organização, dando
continuidade aos seus estudos dentro deste curso.
Até a próxima aula!
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
Colocando em prática
A aula seguinte vai ser muito interessante para compreender melhor
o assunto estudado. Mas, antes, não deixe de realizar as atividades
propostas no AVA. Lembre-se de utilizar as ferramentas do ambiente
virtual para compartilhar informações e tirar dúvidas com o professor
tutor e os colegas. Preparado?
Aula 3:
Senso de Organização
Depois que você retirar do ambiente de trabalho tudo o que não é útil, você
pode aplicar o Senso de Organização, também conhecido como Ordenação.
Como você viu, na ordem desse senso, o principal objetivo é definir locais apro-
priados com o intuito de facilitar a procura, localização e guarda de qualquer
item.
Unidade 2 39
Gestão da Qualidade e da Produtividade
40
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para tornar prático o uso do Senso da Organização na sua empresa, você preci-
sa ser prático e tornar as atividades fáceis e divertidas: tente premiar os funcio-
nários e incentivá-los com o seu próprio exemplo para que isso se torne rele-
vante para toda a instituição.
Você deve ser criativo para que essa ideia seja implementada. Facilite a organi-
zação dentro de sua empresa.
Relembrando
Colocando em prática
Na próxima aula, você conhecerá os outros sensos, mas, antes de pros-
seguir com o conteúdo, acesse o AVA e realize a atividade sobre o que
você acabou de estudar. Vamos ao estudo!
Unidade 2 41
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 4:
Senso de Limpeza
Consiste na prática da limpeza, tornando-a um hábito. As organizações, tanto
as grandes como as pequenas, devem ter essas características de manter as ins-
talações limpas e organizadas, pois isso faz total diferença para adquirir novos
clientes e novos parceiros.
42
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para que a limpeza faça parte da rotina de cada colaborador, estabeleça horá-
rios para as limpezas periódicas, treine-os para fazerem a limpeza diária, forne-
ça coletores de lixo, defina uma pessoa em cada área para ser o fiscal da limpe-
za etc.
O dia “D”
Geralmente, como ponta-pé inicial para o programa 5S, coloca-se em prática
uma atividade chamada de dia “D”.
Atenção
É importante lembrar que essa atividade deve ser feita depois que todos
na organização já tenham sido orientados quanto à filosofia do 5S e os
benefícios de sua aplicação.
Confira, a seguir,as etapas necessárias para implementar o Dia “D” na sua orga-
nização:
Unidade 2 43
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Colocando em prática
Preparado para mais um exercício? Então acesse o AVA e responda.
Utilize também as ferramentas para trocar conhecimentos. Vamos lá!
Aula 5:
Senso de Zelo
Este senso tem como fundamento o uso de atitudes que valorizam a saúde em
casa e no ambiente de trabalho, por isso também é conhecido como Senso de
Saúde ou Asseio. É ter mente sadia, zelo e asseio para com o corpo, local de
trabalho e meio ambiente.
Um exemplo bem prático dos benefícios desse senso é que, ao cuidar da sua
saúde, você conomiza com remédios, torna-se mais produtivo no ambiente de
trabalho, aumenta sua capacidade física, emocional e espiritual.
44
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Alguns exemplos de atitudes que podem favorecer a aplicação desse senso são:
Senso de Autodisciplina
Esse senso já se inicia com a prática dos sensos anteriores: cumprir os padrões
éticos, morais e técnicos da organização e estar comprometido com a me-
lhoria contínua.
Ordem deste senso: persista nas atitudes aprendidas com os outros quatro
sensos até que eles se tornem um hábito. Procure cumprir e respeitar as normas
e os procedimentos internos e externos.
Para que o hábito seja criado, é necessário que as atitudes boas sejam incen-
tivadas e valorizadas, por isso é muito bom criar estratégias de motivação e
perpetuação dos hábitos até que eles façam parte da cultura.
Nota
E quando houver pessoas que resistam a essa nova cultura, procure compreen-
der suas limitações e lhes dê um tempo para absorver as mudanças. A política
de “eliminar” os resistentes demonstra, claramente, que a filosofia do 5S não foi
compreendida.
Uma dica para lidar com essas pessoas é avisando antecipadamente os dias de
avaliação, dando a chance para que essa pessoa se prepare, pois o objetivo da
avaliação não é “pegar” ninguém de surpresa. Assim as pessoas verão, com o
tempo, que é melhor trabalhar de forma a manter o ambiente dentro do padrão
5S, evitando correrias de última hora, principalmente para fazer frente às muitas
verificações informais que ocorrerão.
46
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Nesta aula, você conheceu os outros dois sensos que faltavam para com-
pletar o 5S: o Senso de Zelo e o Senso de Autodisciplina. Viu também como
esses sensos funcionam dentro de uma organização.
Na próxima aula, você aprenderá sobre raízes do Kaizen, portanto, perma-
neça atento que ainda vem muita coisa pela frente!
Colocando em prática
Chegou a hora da atividade. Verifique o ambiente virtual e bons estu-
dos!
Finalizando
Então, que tal relembrar o que você viu nesta unidade?
Você viu que a filosofia do Programa 5S tem sido uma ferramenta dife-
rencial usada por empresas que lutam para se sobrepor às dificuldades
e aos mercados cada vez mais competitivos. Originado no Japão, os
cinco sensos visam a criar um ambiente propício à qualidade.
Unidade 2 47
Gestão da Qualidade e da Produtividade
48
Kaizen (melhoria
contínua) 3
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Bem-vindo à unidade 3 do curso de Gestão de Qualidade e Produtivi-
dade!
Aula 1:
Raízes do Kaizen
O significado da expressão kaizen na língua japonesa é uma “mudança para me-
lhor”. Ou seja, a busca pela constante mudança, com o intuito de melhorar con-
tinuamente todos os processos de uma empresa, como produção, qualidade,
engenharia e produtividade, usando o mínimo de recursos financeiros possível.
Melhoria contínua pode ser conceituada da seguinte forma: “[...] atividade regu-
lar para aumentar a capacidade de satisfazer” (ABNT, 2005, p. 11). A Norma NBR
ISO 9000:2005 nos dá o seguinte conceito de Melhoria Contínua: “[...] atividade
recorrente para aumentar a capacidade de atender requisitos”.
Daí, diz-se que para aplicar os conceitos do Kaizen faz-se necessário o envolvi-
mento de todas as pessoas da organização no sentido de buscar, de forma cons-
tante e sistemática, o aperfeiçoamento dos produtos e processos empresariais.
50
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Essa melhoria contínua está condicionada a mudanças de hábitos, mas cabe res-
saltar que essas mudanças devem ser planejadas. Várias ferramentas podem ser
utilizadas com o intuito de se estabelecer um processo de melhoria contínua,
dentre estas destaca-se o Kaizen.
A metodologia do Kaizen, assim como os demais conceitos japoneses, prioriza a
implantação de melhorias dentro da própria organização, sem que seja necessá-
ria intervenção externa, como consultores. Esse conceito foi difundido por Imai
em 1990, no qual divulgou uma gama de inovações da gestão japonesa que até
o momento eram vistas de maneira isolada, como:
De acordo com o mesmo autor, existem 10 regras a serem seguidas pelo Kaizen:
Unidade 3 51
Gestão da Qualidade e da Produtividade
52
Gestão da Qualidade e da Produtividade
O ser humano deve ser valorizado e o trabalho deve ser visto como um proces-
so que pode ser desenvolvido e melhorado. Desse modo, o colaborador desen-
volve seu trabalho melhorando-o continuamente, alcançando assim uma redu-
ção de custos para a empresa com mudanças significativas.
Nota
É importante frisar que a metodologia Kaizen consiste em trabalhar de
maneira estruturada e sistêmica.
Unidade 3 53
Gestão da Qualidade e da Produtividade
54
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Você finalizou mais uma aula e nela aprendeu que o significado da expres-
são Kaizen, na língua japonesa, é “uma mudança para melhor”, ou seja, a
busca pela constante mudança com o intuito de melhorar continuamen-
te todos os processos de uma empresa, como a produção, a qualidade e
engenharia, e a produtividade dessas áreas, usando o mínimo de recursos
financeiros possível.
Na próxima aula, você aprenderá mais sobre as etapas da metodologia
Kaizen e, assim, dar continuidade aos seus estudos neste curso.
Até a próxima aula!
Colocando em prática
Antes de seguir para a próxima aula, que tal realizar uma atividade?
Então, já sabe, acesse o AVA!
Unidade 3 55
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 2:
Etapas da metodologia
Kaizen
A implantação da metodologia Kaizen é centrada em alguns estágios descritos
na figura a seguir.
Por isso é importante reforçar que você esteja bem familiarizado com o con-
ceito de processo e conheça a fundo todas as etapas do processo em que está
inserido, tendo em mente as respostas para as seguintes perguntas:
56
Gestão da Qualidade e da Produtividade
A equipe ideal seria aquela composta por membros com as seguintes caracte-
rísticas:
Unidade 3 57
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Esse líder pode vir de dentro das equipes de funcionários dos departamentos
envolvidos, porém o mais aconselhável é ser de um ambiente completamente
diferente do qual irá liderar.
Precisa ser entendido que o tempo gasto nas equipes Kaizen é um investimento
para o negócio e para as melhorias dos processos e da produtividade.
Portanto, esse processo chamado Kaizen tem como objetivo identificar, corrigir
e eliminar os problemas, dando continuidade ao aprimoramento e à qualidade
constante dos processos para atingir a eficiência e a eficácia na produtividade
das organizações.
Relembrando
Você aprendeu, nesta aula, que a implantação da metodologia Kaizen
é centrada nas pessoas, nos materiais, na tecnologia, na infraestrutura,
no processo e no produto. Viu também que o processo é conceituado
pela ISO 9000:2005 como um conjunto de atividades interelacionadas
ou interativas que transforma entreadas em saídas.
Aguarde que na próxima aula você aprenderá as demais etapas da
metodologia Kaizen. Até lá!
Colocando em prática
Não deixe de fazer uma nova leitura de todo o conteúdo estudado.
E aproveite também para realizar a atividade desta aula, acessando o
AVA.
58
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 3:
Etapas da metodologia
Kaizen (continuação)
Na aula anterior você conheceu uma das etapas da metodologia Kaizen. Confira
agora as demais.
O ponto a salientar nesse item é o cuidado que se deve ter em definir as metas.
Estas devem ser desafiadoras, mas não inatingíveis. Caso contrário, poderá oca-
sionar efeitos não desejáveis em toda a equipe que esteja participando desse
processo de implantação de melhorias.
Após ter feito a avaliação para identificar as causas que impedem o resultado
satisfatório do processo avaliado, verifique a relação dessas causas com os de-
mais processos da empresa.
Dica
Você lembra do conceito de processo? Se não lembra, dê uma olhadinha
no material, pois é importante você ter sempre em mente o que é
processo.
Unidade 3 59
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Por esse motivo é importante que você tenha certeza que não existe nenhuma
influência negativa de outra atividade. Caso exista, é hora de compartilhar suas
dificuldades e pedir ajuda.
Lembra que na primeira aula você viu que as metas coletivas estabelecidas pela
empresa devem ser atingidas? Nesse conceito, o trabalho em equipe prevalece
sobre o individual.
Se der certo, será uma conquista sua juntamente com os envolvidos nessa ati-
vidade. Lembre-se de dividir o crédito com todos. É importante frisar que, para
que haja ações propriamente ditas, é necessário que haja um planejamento.
Partindo desse princípio dize-se que o Kaizen também se baseia no ciclo PDCA,
onde é necessário Planejar, Executar, Checar e somente depois Agir corretiva-
mente ou preventivamente.
60
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Unidade 3 61
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Planejar
Como você poderá conferir, as demais etapas do ciclo, citadas a seguir, também
não se diferenciam muito das etapas que você viu para aplicar a metodologia
Kaizen.
Executar
Educar e treinar.
Executar o trabalho conforme o planejamento.
Coletar dados para a verificação.
Verificar
Agir
62
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Colocando em prática
Hora de exercitar! Acesse o ambiente virtual e teste o seu conhecimen-
to.
Finalizando
Nesta unidade, você aprendeu que Kaizen é uma metodologia que tem
o intuito de estabelecer um processo de melhoria contínua dentro da
própria organização, com a participação de todos os colaboradores,
pois acredita-se que quanto mais envolvidos eles estiverem com o
processo, mais comprometidos estarão em melhorá-lo continuamente.
Para que essas melhorias sejam disseminadas, não há necessidade de
intervenção externa, como consultores, o que é diferente das práticas
europeias.
Unidade 3 63
ISO 9.000
4
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
saber
o que é normalização e conhecer suas
vantagens;
conhecer a International Standard
Organization (ISO), sua história e atividades,
bem como um de seus produtos mais conhe-
cidos (a série 9000 de normas sobre qualida-
de).
analisar
casos de aplicabilidade e desenvol-
ver mecanismos para implementação.
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
65
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Nas Unidades 1 e 2, você estudou o que é qualidade, seus princípios e
o que são os chamados sistemas de gestão da qualidade. Como você
pôde observar, o conceito de qualidade pode estar fundamentado tan-
to em características objetivas e mensuráveis (peso, altura etc.) quan-
to em características subjetivas (beleza, charme etc.), podendo ainda
variar conforme os objetivos, os anseios e as necessidades do público
a ser atendido. Dito isso, pode-se perguntar: quais implicações o tema
qualidade tem na vida das pessoas e nas atividades das empresas e
instituições?
66
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 1:
Qualidade e normalização
Voce já parou para se perguntar por que a maioria das pessoas tende a procurar
sempre os mesmos produtos e serviços em situações do cotidiano? Será que
isso se deve ao fato de essas pessoas terem assimilado algumas características
desses produtos e serviços que atenderam às suas finalidades?
Muitos autores apresentam definições para qualidade. Para este curso, foram
selecionadas algumas definições que atendem aos objetivos de aprendizagem.
Unidade 4 67
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Qualidade
Para o businessdictionary, qualidade é entendida como uma “medida de ex-
celência ou um estado de estar livre de defeitos, deficiências e significativas
variações”.
Na Norma ISO 8402-1986, qualidade é definida como “[...] a totalidade das fun-
cionalidades e características de um produto ou serviço que tem a sua capaci-
dade para satisfazer explícitas ou implícitas necessidades.” (ABNT, 1986, p. 4).
68
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Normalização
Normalização, ou normatização, como também
é chamado, é o processo para definir e divulgar NORMALIZAÇÃO:
procedimentos, parâmetros e indicadores para Disposição oficial com
que uma determinada atividade ou produto tenha que se explica e se facilita
sempre um resultado predefinível e controlável pe- a execução de uma lei ou
las partes interessadas, ou seja, a qualidade. um decreto; regulamen-
tação.
O documento sistematicamente construído e
aprovado após consulta pública, trazendo pro-
cedimentos consolidados para uma determinada
finalidade, é conhecido como norma e em todo o
mundo diversas organizações nacionais assumiram
a função de produzir e controlar normas nacionais.
Alguns exemplos são:
Unidade 4 69
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
O tema desta aula foi qualidade. A qualidade é entendida como uma me-
dida de excelência ou um estado de estar livre de defeitos, deficiências
e significativas variações. Você aprendeu que normalização, ou norma-
tização, como também é chamado, é o processo para definir e divulgar
procedimentos, parâmetros e indicadores para que uma determinada
atividade ou produto tenha sempre um resultado predefinível e controlá-
vel pelas partes interessadas, ou seja, a qualidade.
Na próxima aula você conhecerár melhor a International Standard
Organization (ISO). Até lá!
Aula 2:
International Standard
Organization (ISO)
A International Standard Organization (ISO) é a maior instituição do mundo
para o desenvolvimento de normas. Desde 1947 já publicou mais de 16.500
normas internacionais, abrangendo áreas como agricultura, construção civil,
engenharia mecânica, dispositivos médicos, tecnologia da informação e outras,
conferindo à Instituição um caráter multisetorial.
70
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Os primeiros anos
Em abril de 1947, uma reunião em Paris elaborou uma lista de 67 comissões
técnicas, cerca de dois terços das quais baseadas em comissões existentes ante-
riormente na ISA. No início dos anos 1950, os comitês técnicos da ISO estavam
começando a produzir o que era conhecido na época como “recomendações”.
Funcionamento da Organização
O Plano Estratégico da ISO é aprovado por seus membros para um período de
cinco anos. Os membros da ISO, representando seus próprios países, são divi-
didos em três categorias: organismos membros (titulares); membros correspon-
dentes e membros assinantes. Apenas os titulares têm direito a voto.
Unidade 4 71
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Você certamente já ouviu falar na ISO 9000. Confira, a partir de agora, o que é,
como foi criada e qual a sua finalidade.
72
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para que você possa estudar corretamente a série de Normas NBR ISO 9000, é
importante que sua organização adquira inicialmente exemplares das Normas
NBR ISO 9000 e 9001 e, assim, propicie o contato direto com a linguagem e
com os processos organizacionais das normas.
Foco no cliente:
Liderança
Envolvimento de pessoas
“Pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização, e seu total en-
volvimento possibilita que as suas habilidades sejam usadas para o benefício da
organização”;
Abordagem de processo
Unidade 4 73
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Melhoria contínua
No uso das normas, você deve fazer diferença entre os requisitos para sistemas
de gestão da qualidade e os requisitos para produtos. Os requisitos para siste-
mas de gestão da qualidade são especificados na NBR ISO 9001. Esses requisi-
tos são genéricos e aplicáveis às organizações de qualquer tipo, sejam elas de
serviços, indústria, públicas ou privadas. Enfim, independentemente da catego-
ria da organização, a NBR ISO 9001 não estabelece requisitos para produtos.
Os requisitos para produtos podem ser especificados pelos clientes, pelas orga-
nizações, antecipando-se aos requisitos dos clientes ou por requisitos regula-
mentadores. Os requisitos para produtos e, em alguns casos, para os processos
associados, podem estar contidos em, por exemplo, especificações técnicas,
normas de produto, normas de processo, acordos contratuais e requisitos regu-
lamentadores.
Relembrando
Você chegou ao final de mais uma aula. Agora você aprendeu que a família
ISO 9000 trata do “Gerenciamento da qualidade”. Isso significa que a orga-
nização que aplicar os procedimentos destas normas poderá atender aos
requisitos de qualidade dos clientes e aos requisitos regulamentares aplicá-
veis. Isso certamente conduzirá à satisfação do cliente e à melhoria contínua
do desempenho da organização.
Na próxima aula você aprofundará o seu estudo dando continuidade ao
assunto, Então, até lá!
74
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Colocando em prática
Chegou a hora da atividade. Verifique no ambiente virtual e bons estu-
dos!
Aula 3:
Ferramentas da ISO
A política e os objetivos da qualidade são necessários para dar foco a uma or-
ganização, determinando quais os resultados desejados e auxiliando na aplica-
ção dos recursos.
Unidade 4 75
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Pergunta
Como é avaliado um sistema de gestão da qualidade?
Auditoria
A conferência da efetiva implementação dos procedimentos das normas sobre
gestão da qualidade é feita por meio de auditorias, que, entre outras fontes de
informação, são usadas também para a análise crítica do sistema da qualidade.
A Norma ABNT NBR ISO 9000/05 (2005, p. 6-7) define auditorias como “[...]
processos sistemáticos, documentados e independentes, para coletar evidências
e avaliá-las objetivamente, determinando a extensão na qual os critérios esco-
lhidos são atendidos”.
76
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Reflita
Quando você está checando o sistema de gestão da qualidade de sua
empresa, que tipo de auditoria é essa?
Modelos de excelência
Sim, as organizações devem realizar comparações do seu desempenho por
meio dos modelos de excelência. Os critérios de avaliação dos modelos de
excelência fornecem a base para uma organização comparar o seu desempenho
com o desempenho de outras organizações e, segundo a norma, com as se-
guintes vantagens:
Pergunta
Onde se pode aplicar essas normas?
Unidade 4 77
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aplicabilidade
Estas normas são aplicáveis a:
organizações
que buscam vantagens através da implementação de um siste-
ma de gestão da qualidade;
organizações que buscam a confiança nos seus fornecedores de que os re-
quisitos de seus produtos serão atendidos;
usuários dos produtos;
aquelesque têm interesse no entendimento mútuo da terminologia utilizada
na gestão da qualidade (por exemplo: fornecedores, clientes, órgãos regula-
dores);
aqueles,internos ou externos à organização, que avaliam o sistema de
gestão da qualidade ou o auditam, para verificarem a conformidade com os
requisitos da NBR ISO 9001 (por exemplo: auditores, órgãos regulamentado-
res e organismos de certificação);
aqueles,
internos ou externos à organização, que prestam assessoria ou trei-
namento sobre o sistema de gestão da qualidade adequado à organização;
grupos de pessoas que elaboram normas correlatas. (ABNT, 2005, p. 3).
Pergunta
Como implementar a gestão da qualidade em uma organização?
78
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Abordagem de processo
Qualquer atividade, ou conjunto de atividades, que usa recursos para transfor-
mar insumos (entradas) em produtos (saídas) pode ser considerado como um
processo.
Relembrando
Colocando em prática
Pronto para mais uma atividade? Então acesse o AVA, pois a atividade
já está disponível. Aproveite também para trocar informações com os
colegas e o professor tutor.
Unidade 4 79
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Finalizando
Relembrando os aprendizados desta unidade sobre a ISO 9000, você
conheceu alguns conceitos sobre qualidade, que é o tema foco dessa
gestão. Conheceu também que normalização, ou normatização, é o
processo para definir e divulgar procedimentos, parâmetros e indicado-
res para que uma determinada atividade ou produto tenha sempre um
resultado predefinível e controlável pelas partes interessadas, ou seja, a
qualidade.
80
Análise de
Problemas e
Tomada de
Decisão
5
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
81
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Chegou a hora de estudar um assunto que vai ajudar a melhorar a pro-
dutividade e ter um bom gerenciamento da qualidade ao lidar correta-
mente com os problemas: a análise de problemas e tomada de decisão.
Você verá que o PDCA tem sido aplicado principalmente nas normas de
sistemas de gestão, mas seu uso pode ser estendido a qualquer organi-
zação de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente
da área ou do departamento (vendas, compras, engenharia etc).
Aula 1:
O ciclo PDCA
O ciclo PDCA trata-se de uma ferramenta de fundamental importância para a
análise e melhoria dos processos dentro das organizações e para a eficácia do
trabalho em equipe. Esse ciclo foi criado por Walter Shewhart, mas difundido
por Deming durante o período pós-guerra, no Japão.
82
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Trata-se de uma ferramenta ideal para auxiliar de gestão diária das atividades
de um administrador, gerente, supervisor etc., pois direciona para uma cultura
de planejar qualquer atividade antes de sua realização.
Como você pode observar, o ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é
uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das
metas necessárias à sobrevivência de uma organização. O ciclo inicia-se pelo
planejamento, seguido pela ação ou pelo conjunto de ações planejadas que são
executadas. É feita a checagem se o que foi feito estava de acordo com o plane-
jado, constantemente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para
eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução.
Planejamento (PLAN)
Na etapa de planejamento, deve-se estabelecer a missão, visão, objetivos (me-
tas), procedimentos e processos (metodologias) necessários para se atingir os
resultados.
Unidade 5 83
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Execução (DO)
A etapa de execução é marcada pela realização das tarefas planejadas (seguindo-
se exatamente o que foi planejado). Deve-se monitorar e avaliar periodicamente
os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado.
Note que os dados que demonstram a execução das tarefas devem ser coletados
e armazenados, pois serão utilizados na próxima etapa de verificação do proces-
so. Também é importante lembrar que, nessa etapa, a educação e o treinamento
na operação de trabalho devem ser executados e monitorados.
Caso não sejam observados desvios, pode-se ainda realizar um trabalho pre-
ventivo, identificando quais os desvios poderão ocorrer no futuro, suas causas,
soluções etc.
84
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Você concluiu mais uma aula e, nela, aprendeu que o ciclo PDCA é uma
ferramenta de fundamental importância para a análise e melhoria dos
processos dentro das organizações e para a eficácia do trabalho em
equipe.
Aprendeu também que o ciclo se inicia pelo planejamento, em seguida a
ação ou o conjunto de ações planejadas são executadas. Deve ser feita a
checagem se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constan-
temente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para elimi-
nar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução.
Na próxima aula, você conhecerá alguns métodos para identificação de
problemas e, assim, dar continuidade aos seus estudos dentro deste
curso.
Até lá!
Colocando em prática
Continue estudando sobre o tema e não deixe de realizar os exercí-
cios propostos no AVA! Eles são muito importantes para relembrar os
assuntos estudados.
Unidade 5 85
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 2:
Métodos para
identificação de
problemas
Como foi visto nas aulas anteriores, o processo de realização de um produto ou
serviço está passível de erros/falhas. Mas como identificar o que deu errado?
Como resolver esse problema?
Brainstorming
O seu nome deriva de Brain = mente e Storming = tempestade, que se pode
traduzir como tempestade de ideias. Foi um método criado por Alex F. Osbom
em 1939. Geralmente é aplicado na fase de planejamento ou na busca de solu-
ções.
86
Gestão da Qualidade e da Produtividade
A ideia deve ser formulada mesmo que em um primeiro instante pareça absur-
da, por isso evite quaisquer tipos de crítica. Os participantes devem sentir-se
à vontade para emitir qualquer ideia, sem medo de serem constrangidos ou
censurados.
Diagrama de Ishikawa
Kaoru Ishikawa desenvolveu um eficiente método de identificação de causas e
efeitos relacionados com inúmeros problemas encontrados em uma empresa.
Posteriormente, esse método foi batizado como Diagrama de Ishikawa, em
homenagem ao seu autor, mas também pode ser chamado popularmente de
espinha de peixe, por se assemelhar muito com a espinha de um peixe.
Unidade 5 87
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Esses pontos de análise são representados por setas que indicam as causas que
estão gerando o efeito analisado (o problema). Essas causas geralmente estão
agrupadas em seis principais áreas que podem, de alguma, interferir no proces-
so, ocasionando o problema. Confira!
88
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Depois de cumpridas essas etapas, deve-se avaliar quais as causas mais ur-
gentes a serem tratadas e monitorar a sua eficácia por meio do ciclo PDCA.
Lembre-se de que para a implementação do diagrama Espinha de Peixe não há
limites.
Matriz GUT
Uma vez detectados, os problemas podem ser priorizados por meio da matriz
GUT, pois esta é uma ferramenta extremamente eficaz na priorização de proble-
mas, levando em consideração a gravidade, a urgência e a tendência de cada
problema. Observe um exemplo de matriz que pode ser utilizada no seu pro-
cesso:
Organização:
Processo:
Problemas G U T Total Priorização
1
2
3
4
5
Cada possível causa do problema analisado deve ser listada e avaliada (pontua-
da) de acordo com os critérios a seguir:
Tabela 2: Causas do problema
Gravidade Urgência Tendência Pontuação
Os prejuízos são É necessária uma Se nada for feito, vai
5
gravíssimos ação imediata piorar de imediato
Vai piorar a curto
Muito graves Com certa urgência 4
prazo
O mais cedo pos- Vai piorar a
Graves 3
sível médio prazo
Unidade 5 89
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Esse tipo de avaliação pode ser aplicado para estabelecer a melhor priorização
dos problemas, direcionando aos investimentos mais urgentes. Lembre-se de
que sempre deve haver um consenso entre os membros da equipe que está
analisando o problema.
Apesar de simples, esse método, quando bem aplicado, torna-se uma ferramen-
ta bem útil para o gerenciamento de um processo.
Relembrando
Nesta aula você estudou sobre os métodos para identi-
fição dos problemas e conheceu o Brainstorming, o Dia-
grama de Ishikawa, a Matriz Gut e os Cinco Por quês. Na
próxima aula, você estudará os métodos para solução de
problemas. Até mais!
90
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Colocando em prática
Preparado para mais uma atividade? Então acesse o AVA e responda.
Utilize também as ferramentas para trocar conhecimentos. Vamos lá!
Aula 3:
Métodos para solução de
problemas
Você já conheceu e aprendeu a utilizar algumas ferramentas que ajudam a
descobrir as causas, agora chegou a hora de aprender a elaborar um plano de
ações, ou seja, tratar o problema de maneira que ele não ocorra novamente.
Método 5W1H
Para essa etapa, uma ferramenta muito utilizada é a Matriz 5W1H. Trata-se de
um checklist utilizado para garantir que um trabalho seja conduzido sem ne-
nhuma dúvida por qualquer membro da organização.
Essa matriz é composta de seis perguntas: O que, Quem, Onde, Por quê, Quan-
do e Como. Geralmente institui-se uma tabela para responder a essas pergun-
tas, com o objetivo de ajudar a implementar e monitorar as ações corretivas e/
ou preventivas.
Tabela 3: Método 5W1H
Unidade 5 91
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para cada uma das soluções inserida na matriz, é preciso estabelecer as metas
de melhoria a serem alcançadas. Isso é importante para verificar o nível de me-
lhoria a ser incorporado ao processo a partir das ações tomadas.
Mas que indicadores seriam esses? Esses indicadores são a quantificação das
condições ideais de um processo/produto, considerando a margem mínima
de erros. São geralmente adotados pela empresa para controlar e melhorar a
qualidade. O acompanhamento desses indicadores por meio dessas ferramentas
permite o gerenciamento do processo e consequentemente um bom desempe-
nho dos produtos/serviços e processos ao longo do tempo.
92
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Cronograma
Outra forma muito eficiente de se controlar os resultados é estabelecendo e
controlando prazos e ações. Isso pode ser feito de maneira muito eficiente por
meio da elaboração de um cronograma. Essa ferramenta viabiliza a melhoria
do processo, pois cria um roteiro de atividades que se forem seguidas afetarão
positivamente o processo de melhoria contínua.
CRONOGRAMA
MÊS
Atividades
01 02 03 04
Relembrando
Você aprendeu alguns métodos para solucionar os problemas dentro de
uma organização. Conheceu uma ferramenta muito utilizada: a matriz 5W1H.
Trata-se um checklist utilizado para garantir que um trabalho seja conduzido
sem nenhuma dúvida por qualquer membro da organização. Aprendeu tam-
bém sobre o cronograma, que é uma ferramenta que viabiliza a melhoria do
processo ao criar um roteiro de atividades que, se forem seguidas, afetarão
positivamente o processo de melhoria contínua.
Para complementar o estudo deste assunto, você estudará na próxima aula
as cinco qualidades do supervisor.
Até a próxima aula!
Colocando em prática
Que tal fazer uma autoavaliação sobre o seu aprendizado nesta aula? É
fácil, basta acessar o AVA e responder a atividade. Vamos lá?!
Unidade 5 93
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Finalizando
Durante esta unidade, você estudou sobre o ciclo PDCA, que se trata
de uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para garantir o
alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização.
94
Ensinando
Corretamente
um Trabalho
6
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
95
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Seja bem-vindo a mais uma unidade de estudo. Nesta unidade, você
aprenderá a ensinar corretamente um trabalho e aprenderá as princi-
pais habilidades e qualidades que o supervisor deve ter para o apren-
dizado efetivo do desenvolvimento do trabalho. Conhecerá, também,
o método de supervisão TWI – Training Within Industry (treinamento
dentro da indústria), que visa o desenvlvimento das principais habilida-
des do supervisor.
Aula 1: As cinco
qualidades do supervisor
Na maioria das empresas, o supervisor é figura fundamental, pois é dele a res-
ponsabilidade de, por meio de diretrizes, estabelecer o que e como cada traba-
lhador irá executar melhor seu trabalho.
96
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Dessa forma, é fundamental que o supervisor esteja capacitado para sua posi-
ção de liderança. Sua capacidade de chefiar será o termômetro no cumprimento
da política e das diretrizes estabelecidas pela diretoria da empresa, bem como
das metas produtivas.
Pergunta
Você sabe quais são as principais qualidades que um supervisor deve ter?
Unidade 6 97
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Nesta aula, você conheceu as principais habilidades que o supervisor deve
ter, ou seja, como instruir seu pessoal, como manter o bom estado de rela-
ções humanas e ainda como aperfeiçoar métodos no trabalho.
Conheceu também sobre o método de supervisão TWI – Training Within
Industry (treinamento dentro da indústria), que tem como objetivo o desen-
volvimento de habilidades do supervisor, no sentido de que, assim, a pro-
dução esteja assegurada, sejam produzidos produtos de qualidade, que os
custos estejam sempre dentro do orçamento e que os colaboradores traba-
lhem em segurança.
Na próxima aula você estudará sobre a capacidade de ensinar.
Até a próxima aula.
98
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Colocando em prática
Hora de testar seus conhecimentos! Acesse o AVA e resolva a atividade.
Aula 2:
A capacidade de ensinar
Uma necessidade contínua que o supervisor enfrenta é a capacitação de seu
pessoal. A habilidade de ensinar de cada pessoa é individual; entretanto, a
mesma necessita ser desenvolvida, moldada. O TWI – Training Within Industry
(treinamento dentro da indústria), apresenta como método de aprendizagem
quatro passos inerentes ao ensino. Veja:
1 - Prepare o aprendiz
Coloque-o à vontade. Explique o trabalho e verifique o que ele já conhece
do processo a ser praticado.
Desperte no aprendiz o interesse em aprender o trabalho (fale de sua im-
portância para o produto final e as expectativas do cliente, seja ele externo
ou interno).
Unidade 6 99
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Coloqueo aprendiz na posição correta (ao seu lado não na frente) e com as
ferramentas e equipamentos adequados.
Prevenção de acidentes
Padronize o trabalho
2 - Apresente o trabalho
Fale, mostre e ilustre uma fase importante de cada vez. Insista em cada um dos
pontos chaves.
100
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Nesta aula, você estudou as principais técnicas que o supervisor deve utilizar
para o aprendizado efetivo do desenvolvimento do trabalho e conheceu os
principais passos estabelecidos pelo método de supervisão TWI – Training
Within Industry (treinamento dentro da indústria) para o ensino.
Prepare-se, pois na próxima aula você verá informações importantes sobre o
planejamento do ensino. Até lá!
Colocando em prática
Hora de exercitar! Acesse o AVA e realize a atividade.
Unidade 6 101
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 3:
O planejamento do ensino
De acordo com o método TWI – Training Within Industry (treinamento dentro
da indústria), um dos aspectos a serem verificados no aprendizado é o planeja-
mento do ensino.
Atenção
O tema Segurança no Trabalho sempre deve ser considerado um ponto-
chave no aprendizado dos colaboradores.
102
Gestão da Qualidade e da Produtividade
3 – Prepare tudo
No dia do treinamento, é fundamental que você tenha tudo preparado. Por isso,
é importante reunir todo o equipamento, material e objetos necessários.
4 – Lugar de trabalho
Relembrando
Nesta aula, você aprendeu como o supervisor deve se organizar
no planejamento do ensino seguindo quatro passos importan-
tes. Na próxima aula, você estudará sobre a divisão do trabalho e
conhecerá a tabela de treinamento. Até lá!.
Colocando em prática
Novos assuntos esperam por você na próxima aula. Antes, acesse o AVA
e responda as atividades preparadas especialmente para você. Vamos
ao estudo!
Finalizando
Você acaba de concluir mais uma unidade de estudos e nela você
conheceu as principais habilidades que o supervisor deve ter, ou seja,
como instruir seu pessoal, como manter bom estado de relações huma-
nas e ainda como aperfeiçoar métodos no trabalho.
Unidade 6 103
Gestão da Qualidade e da Produtividade
104
O Ensino de um
Trabalho 7
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
105
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Bem-vindo à sétima unidade de estudos deste curso. Ela é uma conti-
nuação do tema “Como ensinar corretamente um trabalho”, iniciado na
unidade anterior. Nesta unidade, você conhecerá as principais vanta-
gens e desvantagens da divisão do trabalho e entenderá, por meio de
exemplos práticos, o método de distinguir e listar as etapas de uma
tarefa.
É, tem muita informação ainda pela frente. Então, mãos à obra e bons
estudos!
Aula 1:
A divisão do trabalho e a
tabela de treinamento
Conforme o método de supervisão TWI – Training Within Industry (treinamento
dentro da indústria), o conceito de divisão do trabalho consiste na padroniza-
ção das tarefas profissionais e funções, ou seja, a especialização das mesmas,
com a finalidade de dinamizar e otimizar a produção industrial. Esse processo
produz eficiência e rapidez ao sistema produtivo.
106
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Quadro 2 – Exemplo de divisão de trabalho para o caso “Dar um nó de segurança em um cabo elétrico
de dois condutores”
Unidade 7 107
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Colocando em prática
Está na hora de testar seus conhecimentos. Para isso, utilize o apren-
dizado desta aula e responda as questões no AVA. Lembre-se também
de que as ferramentas do AVA estão disponíveis para interagir com o
professor tutor e os colegas.
108
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 2:
Os casos especiais do
ensino e as quatro
ferramentas
Pare um minutinho agora e pense: você sabe como manter boas relações huma-
nas no trabalho?
Unidade 7 109
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Nesta aula, você aprendeu algumas técnicas para o supervisor deve
utilizar para manter boas relações humanas no trabalho, ajudar a manter
relações no trabalho sem atritos desgastantes e conseguir um estabeleci-
mento de boas relações de trabalho tendo um grupo motivado.
Na próxima aula, você aprenderá sobre demonstrações e avaliações.
Prossiga, e bons estudos!
Colocando em prática
Agora é uma boa hora para treinar os conhecimentos adquiridos nesta
aula. Acesse o AVA e realize as atividades propostas. Mãos à obra!
110
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 3:
Demonstrações e
avaliações
Uma das principais habilidades que um supervisor deve ter é saber lidar com os
problemas.
Pergunta
Você sabe como tratar um problema?
1 – Obtenha os fatos
Reveja a ficha-prontuário;
verifique as normas e costumes da empresa que se relacionam com o caso;
converse com as pessoas interessadas;
colha opiniões e observe sentimentos.
2 – Pondere e decida
Agrupe os fatos, relacionando-os entre si;
verifique as medidas possíveis;
verifique se estão dentro dos regulamentos e costumes da empresa;
considereas medidas frente ao objetivo e seus efeitos no indivíduo, no gru-
po e na produção.
3 – Tome providências
Você vai resolver este assunto por si mesmo?
Precisa de alguma ajuda?
Unidade 7 111
Gestão da Qualidade e da Produtividade
4 – Verifique os resultados
Em que prazo deve ser iniciada a verificação?
Quantas vezes deve ser feita a verificação?
Obeserve alterações nas atitudes e relações.
O objetivo foi alcançado?
Dica
Aja sempre com maturidade, seja objetivo e estabeleça boas relações
afetivas com o seu pessoal.
Não confunda boas relações afetivas, objetividade e maturidade (quase
sinônimos) com tolerância, moleza, ou seja, com um sistema de panos
quentes e tapinhas nas costas.
Dicas como essas são boas técnicas de relações humanas e importantes ao su-
pervisor, pois preveem tanto a motivação como a firmeza e energia, dependen-
do sempre do caso objetivo.
Nesse contexto, o TWI apresenta cinco passos que o supervisor deverá seguir
rigorosamente:
112
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Mais uma aula chega ao fim e nela você aprendeu algumas técnicas
direcionadas para o supervisor de como tratar um problema e como
melhorar o método de trabalho seguindo algumas etapas.
Na próxima unidade, você aprenderá como melhorar um método de
trabalho. Continue atento!
Colocando em prática
Mais uma vez, chegou a hora de acessar o ambiente virtual e realizar a
atividade. Vamos lá!
Finalizando
Você encerrou a Unidade 7. Nesta unidade, você aprendeu sobre como
o supervisor deve se organizar no planejamento do ensino, por meio
de exemplos práticos da divisão do trabalho e da elaboração de crono-
grama de cursos (tabela de treinamento).
Unidade 7 113
Melhorando
o Método de
Trabalho
8
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
diferenciar
o programa de treinamento pro-
posto por Charles Allen e o Training Within
Industry Service – TWI;
diagnosticar
as relações de movimentos no
ambiente de trabalho e a organização do
mesmo.
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes:
115
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Para iniciar
Seja bem-vindo a mais uma unidade do Módulo Gestão de Qualidade e
Produtividade. Esta é a Unidade 8, em que você estudará o tema me-
lhorando um método de trabalho.
Aula 1:
Melhorando o método de
trabalho
Considerando os cargos de chefia dentro de uma organização, o supervisor é
o cargo mais próximo da pessoa que executará o trabalho, por isso ele deve
estar capacitado para exercer uma boa liderança, evitando afetar negativamente
um determinado setor, pois isso poderá causar impactos em outros setores, de
forma que toda a estrutura da empresa pode acabar sendo afetada. Portanto,
a capacidade desses profissionais é de suma importância para o tema deste cur-
so: a gestão da qualidade.
O profissional deve ser treinado no que diz respeito à sua ação de supervisor,
principalmente nos seguintes itens:
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
Nas unidades anteriores, você já viu um pouco sobre o TWI. Conheça um pouco
mais sobre esse método agora.
Instruçãode Trabalho (Job Instruction, JI): o foco desse princípio era ensinar
aos supervisores a importância de treinamento apropriado para suas forças
de trabalho e como prover este treinamento.
Métodosde Trabalho (Job Methods, JM): o objetivo desse “J” era ensinar
como gerar e implantar ideias para melhoria contínua.
Relações de Trabalho (Job Relations, JR): aqui focalizava o ensino de um
espírito de liderança e relacionamento humano.
No Brasil, essa metodologia começou a ser difundida pelo SENAI por volta de
1952. Desde então, a procura pelos treinamentos tem sido constante.
O ato de ensinar algo a alguém pode dar um certa insegurança, mas fique tran-
quilo, pois ninguém nasce sabendo. Por isso é muito importante praticar um
método correto de como ensinar e, como diz o dito popular; “a prática leva à
perfeição”.
Unidade 8 117
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Se você que está fazendo esse treinamento for um supervisor, aqui vai uma dica
importante:
Dica
Se em algum momento você se deparar em situações de dificuldade com
relação a instrução do seu pessoal, ou for pego de surpresa, ou mesmo
não se considere apto a ensinar, esteja sempre aberto a mudanças e
disposto a aprender e compartilhar o aprendizado. Lembre-se sempre de
que o companheirismo será o grande elo entre você e o colaborador.
Como você já viu nas aulas anteriores, o TWI apresenta algumas regras simples,
porém muito eficientes, para trabalhar a equipe de maneira que se alcance o
estabelecimento de boas relações de trabalho, evitam o desgaste e ajudam a
manter a sua equipe motivada. Vale a pena relembrar essas regras:
Como aprendido desde o início deste curso, os problemas, quando são tratados
de maneira adequada, além de serem resolvidos podem ainda proporcionar
grandes mudanças no processo produtivo de uma empresa, alavancando inú-
meras melhorias que farão desta organização um diferencial no mercado.
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
a Determine os objetivos
Conheçao problema. Quanto mais você tiver conhecimento sobre eles,
melhor você saberá como resolvê-los.
c Tome providências
Não fuja da responsabilidade.
d Verifique os resultados
Confira se o objetivo foi alcançado.
Existem cinco passos no método TWI que devem ser seguidos pelo supervisor
para garantir o alcance das metas:
segurança do trabalho;
liderança de reuniões;
programa de treinamento;
racionalização do trabalho;
motivação no trabalho.
Unidade 8 119
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Apesar dessas inserções não fazerem parte do TWI, podem ser utilizadas como
complemento no treinamento dos supervisores.
Relembrando
Você aprendeu, nesta aula, que infelizmente as melhorias não
são resultado apenas de ações preventivas, mas também de
ações corretivas. Por isso é importante saber lidar com os pro-
blemas e resolvê-los eficientemente, caso contrário, além de
parar o processo de melhoria contínua, corre-se o risco de entrar
em um retrocesso, causando danos enormes à organizacão.
A próxima aula trará o assunto: Princípios de Economia dos Mo-
vimentos. Até lá!
Colocando em prática
A aula seguinte vai ser muito interessante e ajudará a compreender
melhor o assunto estudado. Mas antes, não deixe de realizar a ativida-
de proposta no AVA. Lembre-se de utilizar as ferramentas do ambiente
virtual para compartilhar informações e tirar dúvidas com o professor
tutor e os colegas. Preparado?
Aula 2: Princípios
de economia dos
movimentos
Os princípios gerais de economia dos movimentos servem de base à formação
de um conjunto de normas que permite o conhecimento do estudo dos movi-
mentos. Esses princípios são divididos em quatro grupos:
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
os movimentos das mãos devem ser tão breves quanto os permita o trabalho;
as
duas mãos não devem permanecer motivas ao mesmo tampo, a não ser
em período do repouso;
as duas mãos devem começar e terminar seus movimentos ao mesmo tempo;
os
movimentos dos braços devem ser efetuados simultaneamente em dire-
ções opostas e simétricas.
Conforme essa rotina de movimentos vai entrando no cotidiano do trabalhador,
seu ritmo se eleva e executa com menor esforço e fadiga as operações que lhe
cabem.
Unidade 8 121
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Como você pôde acompanhar nesta aula, os princípios
gerais de economia dos movimentos servem de base
para a formação de um conjunto de normas que per-
mite o conhecimento do estudo dos movimentos. Na
próxima aula, você terá uma continuação desse assun-
to, aprendendo mais sobre a organização de um posto
de trabalho. Até lá!
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
Aula 3:
Organização de um posto
de trabalho
O posto de trabalho é a unidade elementar de um processo
produtivo, da sequência de trabalho ou da própria organização,
pois, regra geral, corresponde a cada indivíduo e à respectiva tarefa.
É constituído pelo homem e pelos instrumentos e meios auxiliares
indispensáveis à realização da tarefa (CENCAL, 2004, p. 47).
Para organizar um posto de trabalho, tanto para cria como para otimizar o es-
paço, deve-se considerar os seguintes aspectos:
fazer
um levantamento exaustivo de todas as tarefas e subtarefas, mesmo as
menores, com as respectivas durações;
fazer um mapa das deslocações no interior da zona de produção;
envolver todos os que trabalham diretamente para incluir as suas opiniões;
redesenhar várias vezes a implementação até encontrar a melhor possível;
efetuaras mudanças necessárias o mais depressa possível, fora das horas de
trabalho;
avaliar as melhorias, medindo os novos tempos. (PME, 2010).
A organização dos equipamentos implementados deve respeitar o fluxo coeren-
te dos produtos no processo de fabricação, ou seja:
Unidade 8 123
Gestão da Qualidade e da Produtividade
Relembrando
Nesta aula, você aprendeu que, em termos de organização de
um posto de trabalho, deve-se considerar a disposição das má-
quinas, equipamentos e ferramentas de tal modo que a sua uti-
lização pelo homem, no sentido da tarefa, se torne mais rápida,
eficiente, econômica, e menos perigosa e fatigante.
Colocando em prática
Para frizar bem o aprendizado, faça uma nova leitura do conteúdo es-
tudado e acesse o ambiente virtual para realizar a atividade.
Finalizando
Você chegou ao final da última unidade e, nela, você aprendeu que,
infelizmente, as melhorias não são resultado apenas de ações preventi-
vas, mas também de ações corretivas. Por isso é importante saber lidar
com os problemas e resolvê-los eficientemente, caso contrário, além de
parar o processo de melhoria contínua, corre-se o risco de entrar em
um retrocesso, causando danos enormes à organizacão.
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Gestão da Qualidade e da Produtividade
Unidade 8 125
Conhecendo o
autor
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Referências
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XAVIER, Daniel Botelho; SENA, Michel André da Silva. Estudo de tempos
para o aumento da produtividade na construção civil. Universidade
da Amazônia – UNAMA. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Belém
– PA. 2001. Disponível em: <http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/
monografias/aumento_produtividade.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2010.
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