O Evangelho de Mateus - 1

LIÇÃO 1 25 e não a conheceu enquanto ela

A Infância de Jesus não deu à luz um filho; e pôs-lhe
o nome de JESUS.

LEITURA
DOMINICAL

18 Ora, o nascimento de Jesus

Cristo foi assim: Estando Maria,
sua mãe, desposada com José,
antes de se ajuntarem, ela se
achou ter concebido do Espírito
Santo.    19 E como José, seu
esposo, era justo, e não a queria
infamar, intentou deixá-la
secretamente.    20 E, projetando
ele isso, eis que em sonho lhe
apareceu um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não
temas receber a Maria, tua
mulher, pois o que nela se gerou
é do Espírito Santo;    21 ela dará Referências Cruzadas
à luz um filho, a quem chamarás Lucas 1.35; Lucas 2.5; Lucas
JESUS; porque ele salvará o seu
2.11; João 4.42; Atos 5.31; Atos
povo dos seus pecados.    22 Ora,
13.23; Atos 13.38 e Colossenses
tudo isso aconteceu para que se
cumprisse o que fora dito da 1.20.
parte do Senhor pelo profeta:    
23 Eis que a virgem conceberá e
dará à luz um filho, o qual será
chamado EMANUEL, que
traduzido é: Deus conosco.   24 E
José, tendo despertado do sono,
fez como o anjo do Senhor lhe
ordenara, e recebeu sua mulher;
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INTRODUÇÃO
O evangelho de Mateus, como
ponto de partida para a difusão
de mensagem de salvação para a
humanidade, inicia sua redação
com os relatos do nascimento de
Jesus Cristo. Em primeiro plano
Mateus apresenta as genealogias
até chegar a José, marido de
Maria, para reforçar as origens
de Jesus. Depois o evangelho
para a apresentar como foi a
infância de Jesus até que ele
inicie seu ministério terrestre.
Vejamos como foram as
primeiras intenções do
evangelho de Mateus.
1. GENEALOGIA DE JESUS
O que parece ser a intenção
primeiro de Mateus é dar suporte
às promessas a respeito daquilo
que foi dito pelos profetas, de
que da família de Davi haveria
de nascer o Messias (Ele será
descendente do rei Davi; o seu
poder como rei se multiplicará
sobremaneira, e haverá plena paz
em todo o seu Reino. As bases
do seu governo serão a verdade e
a justiça, desde agora e para
sempre, o zelo o Yahweh, o
SENHOR dos Exércitos, fará
com que tudo isso se realize!.
Isaias, 9.7). Das gerações
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O Evangelho de Mateus - 2
seguintes, desde Davi, passando
pelo cativeiro na Babilônia,
chega às época em que Maria,
mãe de Jesus, é dada por esposa
a José. No total são 42 (quarenta
e duas) gerações de Abraão até
Jesus “Portanto, o total das
gerações é: de Abraão até Davi,
quatorze gerações; de Davi até o
exílio na Babilônia, quatorze
gerações; e do exílio na
Babilônia até Cristo, quatorze
gerações. A linhagem divina de
Cristo” (Mateus, 1.17).
Na linhagem de José, as
perguntas mais frequentes são:
Se José não é pai de Jesus, então
como ele seria da geração de
Davi? Para responder essa
pergunta, seria importante
entender que não só Mateus, mas
também o Evangelho de Lucas
narra a genealogia de Jesus. Os
especialistas reforçam que em
Lucas, que é bem diferente de
Mateus, é contada a genealogia
de Maria. Em Mateus 1.2-16, são
citados os antepassados de José,
em Lucas 3.23, são dados nomes
diferentes, estes são os de Maria.
Tanto Maria quanto José eram
descendentes de Davi. Observe
que ambos, quando do edito de
César, no recenseamento, Maria
e José, foram se registrar
em

Belém, cidade de Davi. Ora, se
Maria não fosse descendente de
Davi, ela teria tido que se
recensear em outra cidade.
Outra importante informação é a
respeito da legalidade. Entre os
Judeus a descendência é sempre
contada a partir do pai, não só
biológico, mas parentes por
afinidade. Jesus, popularmente,
era conhecido como filho do
Carpinteiro, e foi com esse
reconhecimento que ele cumpriu
todo seu ministério "Não é este o
filho do carpinteiro? e não se
chama sua mãe Maria, e seus
irmãos Tiago, e José, e Simão, e
Judas?" (Mateus, 13.55). Sua
primeira frase é bastante enfática
“Livro da genealogia de Jesus
Cristo, filho de Davi, filho de
Abraão” (Mateus, 1.1).
2. NASCIMENTO DE JESUS
Israel havia sofrido muito
durante toda sua história, mas
aguardava sua libertação. A
promessa de que haveria de
nascer um libertador para Israel
enchia seus corações de
esperança “Mas tu, Belém
Efrata, posto que pequena para
estar entre os milhares de Judá,
de ti é que me sairá aquele que
há de reinar em Israel, e cujas
saídas são desde os tempos
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O Evangelho de Mateus - 3
desde os dias da eternidade”
(Miquéias 5.2). Essa promessa
cumpre, claramente, nos textos
do Evangelho de Mateus.
Os conflitos que os textos
apresentam dizem respeito mais
à reação do José, ao saber que
sua noiva estava grávida e que o
filho não era resultado de sua
relação com Maria. Embora
amasse à Maria, não podia
afrontar as Leis de Israel. Assim,
pretendeu ir embora sem avisar,
para não por em risco de morte
sua noiva Maria. No entanto, ao
dormir, teve uma visão na qual o
anjo lhe exorta a receber Maria
como esposa, o que fez, sem
resistência. José não só
obedeceu, mas não tocou em
Maria até que o menino nasceu e
seguiu com sua infância “E José,
tendo despertado do sono, fez
como o anjo do Senhor lhe
ordenara, e recebeu sua mulher; 
e não a conheceu enquanto ela
não deu à luz um filho; e pôs-lhe
o nome de JESUS” (Mateus,
1.24-25).
2.1 A INFÂNCIA DE JESUS
Há pouca informação a respeito da
infância de Jesus. Mas é notório
que tanto José quanto Maria
mantinha as tradições dos judeus.

Isso porque vê-se que ambos
constantemente estavam no
templo festejando e ofertando a
Deus. Num destes momentos
Jesus se perde “Ora, seus pais
iam todos os anos a Jerusalém, à
festa da páscoa. Quando Jesus
completou doze anos, subiram
eles segundo o costume da festa;
e, terminados aqueles dias, ao
regressarem, ficou o menino
Jesus em Jerusalém sem o
saberem seus pais (Lucas 2.41-
43).
Pensar que Jesus era um menino
extraordinário pode nos levar a um
conjunto de subjetivismos, mas é
importante saber como os Judeus
criavam seus filhos e Jesus, como
criança, não era diferente disso.
No período dos primeiros reinados
de Israel, as crianças aprendiam,
além de ensinamentos religiosos, a
lhe dar com a agricultura. O
menino judeu começava a sua
educação religiosa e moral a partir
do 04 anos de idade. Estudava-se a
Lei, os profetas, a poesia e a
história do seu povo; aprendia
também os ritos e as cerimônias.
Entre os dez e doze anos de idade,
as crianças complementavam a
sua educação religiosa estudando
as interpretações orais da lei
(halaká e hagadá), as tradições dos
anciões e aos treze anos o menino
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passava a frequentar a
O Evangelho de Mateus - 4
continuamente eram estudados a
Lei e os Profetas.
A menina, evidentemente, deve
conhecer todos os preceitos
negativos: "Tu não farás," e os que
se referem à sua condição; mas
fora disso, quanto menos se lhe
ensina, melhor é. O menino, ao
contrário, deve saber o mais
possível da Lei, a fim de melhor
conhecê-la e honrar o Senhor.
Durante os primeiros anos, a mãe
é a única a cuidar da criança. Aos
quatro anos, a menina continua
com a mãe e o menino passa para
os cuidados do pai, para o
aprendizado da profissão -
geralmente a profissão do pai para
o filho, o que justifica Jesus ser
conhecido como o “filho do
carpinteiro”.
COLEMAN, Wiliian. Manual dos
tempos e costumes bíblicos. Belo
Horizonte: Betânia, 1991.
SAULNIER, Christiane;
ROLLAND, Bernard. Coleção
Cadernos Bíblicos. 5 ed. São
Paulo: Paulus, 2002.
MAURIAC, François. Vida de
Jesus: novela. Barcelona: Plaza &
DeusEditores. 1985.
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