ATIVIDADE AVALIATIVA SEMANA 4: TRABALHO – PRERROGATIVAS DO
ESTADO (10%)
Aluno: Nassor de Oliveira Ramos
Diante do conteúdo previamente estudado, é possível compreender que existe uma
hierarquia fundamentada constitucionalmente que subordina, em prerrogativas, os agentes privados perante o Estado. Elas se fundamentam, dentre outros fatores, na noção de supremacia do interesse público perante o privado e também na indisponibilidade do interesse público, e supremacia do interesse público.
Quando são enumerados os princípios da administração pública, que orientam as
ações nesse contexto, sejam eles os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, observamos, principalmente no que tange a legalidade, as limitações que condicionam a ação no contexto dos agentes públicos e também a diferença principal da esfera privada: Onde o primeiro age apenas de acordo com o que está previsto em lei, aqueles na segunda posição tem a liberdade condicionada para se orientar por tudo que não está vedado pela lei.
Os poderes públicos, com isso, sobrepõem-se ao regime particular, mas ainda
abrem a possibilidade de que sejam aplicadas normas provenientes do direito privado, mas ainda assim, respeitando as designações orientadas por esta ordem. Quando falamos em prerrogativas, orientamos a análise para o caráter político-institucional. Se consolida a partir do princípio,a autoexecutoriedade, prerrogativa segundo a qual a Administração se faz capaz de executar seus atos sem recurso ao Judiciário, em contexto de urgência e fundamentado na lei.
O princípio balizador das prerrogativas do Estado é a legalidade, e a orientação ao
benefício público, sem a qual não estaríamos falando de prerrogativa, mas abuso de poder. As mudanças responsáveis por alterações nas relações entre público e privado, criando obrigações para os cidadãos cabem ao Poder Legislativo.
A prerrogativa de criação de normas infralegais é do Poder Executivo, em cada nível
da federação (Decretos, Resoluções e Portarias). São consideradas ainda enquanto prerrogativas, as de alterar ou rescindir contratos, de acordo com o interesse público (levando em conta possíveis prejuízos às partes). Assim sendo, os contratos celebrados pelo Estado junto a particulares obedecem ao regime do Direito Administrativo, enquanto na esfera particular, se obedecem às determinações do Direito Civil.
Cabe ainda ao Estado, enquanto prerrogativa, a possibilidade de agir sobre o direito
à propriedade, tão caro enquanto basilar e estruturante na sociedade capitalista.A determinação dos critérios e importância dessas eventuais intervenções estariam condicionadas pela discricionariedade da administração, possibilitando inclusive a desapropriação de bens particulares, quando houver necessidade ou utilidade pública e interesse social.
É importante, inclusive, contextualizar, acima de tudo que além de prerrogativas, à
administração pública, na figura do Estado e seus representantes encontra limites (sujeições), e que ao contrário do que se dava nas configurações ilimitadas do absolutismo ou regimes despóticos ou totalitários, as prerrogativas do Estado se subordinam à lei, e no contexto brasileiro específico, temos mecanismos estruturados por meio da Constituição de 1988 (cláusulas pétreas) sobre as quais alterações não estão sujeitas a negociação pelos instrumentos formais.