Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tais PLs tramitam na Câmara desde o primeiro semestre deste ano, no mais
absoluto sigilo. Ou melhor, assim caminhavam – até o Duplo Expresso, e o
bravo Deputado Glauber Braga, entrarem em campo e furarem o muro de silêncio
avençado entre governo e “oposição”. Entre PIG e “PIGuinho vermelho”.
E por que falamos disso agora? Em artigo intitulado “‘Cui Bono’ (finalmente):
quem matou Marielle? E por quê?”. Ora, porque uma coisa está intimamente
ligada à outra.
Desde o dia seguinte ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, o
Duplo Expresso ousou fazer a (perturbadora) pergunta – “cui bono?”:
O nome da rosa: Marielle
15/mar/2018
A vereadora foi assassinada dentro do carro a tiros na noite de 14/03/18, na Rua Joaquim Palhares,
no bairro do Estácio, região central da cidade do Rio de Janeiro. O motorista também foi baleado e
morto, enquanto a assessora que a acompanhava, Fernanda, sobreviveu.
A notícia do assassinato a sangue frio da vereadora caiu como uma bomba – também semiótica.
Fontes na Polícia do Rio rapidamente se colocaram à disposição. Enfáticas, afirmam que o caso é um
enigma. As milícias são uma espécie de “inimiga íntima” da Polícia, velhas conhecidas. Estranharam,
portanto, a execução (i) de uma autoridade (ii) em período já extremamente conturbado: não apenas
eleições se aproximam como, com a intervenção federal, todos os refletores voltam-se, justamente,
para o Rio de Janeiro – e para as falhas na sua política de segurança pública. Tal “ousadia” foge aos
padrões de atuação das milícias, que preferem sempre as sombras. Ao contrário, a execução de
Marielle coloca um refletor de alta potência voltado para a ferida aberta da segurança pública e para
as hordas criminosas que, como tumores, surgem no corpo enfermo da polícia do Estado.
Cui bono? A quem beneficia? E, no verso da moeda, a quem prejudica?
(…)
Marielle parece ser um dos casos em que as “instituições” tentarão nos empurrar o “óbvio”. No
entanto, depois da sofisticação dos ataques híbridos de que tem sido vítima, espera-se que a sociedade
brasileira relute em sucumbir, mais uma vez, a sugestionamento. Assim como em “O nome da rosa”,
somente uma investigação – sem concessões – poderá revelar a verdade, por mais terrível que essa
possa ser.
*
Voltemos ao caso Marielle.
Antes de ser fulminada pela confissão do próprio Nassif de que mentira, a
(não) “polêmica” sobre o interfone havia incendiado as seções de comentário
de sites e blogs. E foi nesse contexto que fui notificado pelo Facebook da
marcação do meu nome na (simpática) postagem abaixo:
Romulus Maya é o mais independente jornalista do país hoje, que está revelando os podres do
jornalismo de “esquerda” que não passa de uma das pernas do mesmo processo de guerra híbrida.
Acompanhem o Duplo Expresso, seu canal, que tem colaboradores preciosos.
Hoje ele desmente a mentira de Luis Nassif, segundo a qual não existe interfone no condomínio de
Bolsonaro. Existe sim. E o porteiro não está de férias, está desaparecido.
Continuo duvidando dos interesses que Bolsonaro e sua família teriam em matar um vereadora
combatente mas ainda pouco expressiva à época em que foi executada. Não que eles não fossem
capazes, mas ainda é muito nebuloso o nexo entre um e outro.
De qualquer maneira, não é publicando barrigada e mentiras facilmente refutáveis que vai se chegar à
verdade nesse caso.
Celebrada a “Pax Paulista” PCC/ PSDB, em apenas dois anos (!) o Sudeste
— puxado pelos números de SP — cai da primeira para a última posição (!):
E os números seguem caindo:
Animação (evolução de 1980 a 2017):
Tocador de vídeo
00:00
02:34
*
Neste grampo, Marcola gaba-se do fato de que quem reduziu os homicídios
em SP foi ele mesmo:
Tocador de vídeo
00:00
05:26
*
Ah, Sergio Moro…
Ah, General Augusto Heleno…
Vamos aplicar o tal “domínio do fato” aos dois??
*
Voltemos ao contexto do assassinato de Marielle Franco. Ocorrido —
lembrem — enquanto as FFAA enfraqueciam a posição relativa do CV em
favor do PCC, para que se chegasse mais à frente à “Pax do Evangelistão do
Pó”, como acabamos de ver. As críticas do padrinho político de Marielle,
Marcelo Freixo, à intervenção militar na Segurança do RJ – antes e depois do
crime – foram bem protocolares. Para além de tardias. O que era criticado até
por correligionários seus. Talvez, fruto de instinto de sobrevivência eleitoral,
para alguém com as suas ambições.
Pois sabe quem se colocava muito vocalmente contra a intervenção federal
então (pelas razões erradas), mesmo em ano eleitoral? E mesmo com o
entusiástico apoio à mesma de sua base?
– Jair Bolsonaro!
Pois é. Que coisa, não?
Olhando concretamente, Marcelo Freixo saiu com consagradores 350 mil
votos da eleição do ano passado. Muito em função da comoção com Marielle.
Foi o segundo mais votado. O primeiro, um candidato Bolsonarista.
Quem?
O tal “Helio Negão”.
Natural: nada acionou mais a cismogênese naquele ano do que o assassinato
de Marielle.
Que símbolo!
Que bomba semiótica, o seu assassinato!
De um lado, desembargadora aloprada falando que “ela era do Comando
Vermelho”, brutamontes asqueroso quebrando placa com seu nome (e
recebendo rios de votos por isso – e se elegendo inclusive –), ampla vitória
no Estado de Bolsonaro para Presidente e Wilson Witzel para Governador.
Ou seja, nas eleições majoritárias.
Do lado outro (ou seria “inverso”?), Freixo, o padrinho de Marielle,
nacionalizando o seu nome com o drama e recebendo 350 mil votos,
“solidários”. Conseguindo assim arrastar toda uma bancada (David Miranda,
marido do ubíquo Glenn Greenwald, p.e., teve míseros 17 mil votos e está lá na
Câmara Federal agora). Logrou ainda fazer com que seu partido, o PSOL,
ultrapassasse a cláusula de barreira, recém-estabelecida. Objetivo esse
muito incerto no inicio do ano, antes do assassinato de Marielle. Aliás, até por
isso lançaram todos os políticos do partido, com peso eleitoral – como Freixo
–, para a disputa FEDERAL proporcional:
Candidaturas (formalmente) “majoritárias” como as de “Professor Tarcisio”
para o Governo do Estado do RJ e do então Deputado Chico Alencar para o
Senado eram, na verdade, palanques para alavancar a votação proporcional,
para a Câmara Federal. Era essa que contava para o cálculo da cláusula de
barreira. O partido foi para o tudo ou nada, com o terreno prioritário sendo o
RJ. Conheço várias pessoas na burocracia do PSOL. Antes do assassinato
de Marielle já se faziam planos de contingência para o caso do fim do acesso
ao fundo partidário, se não se atingisse a barreira.
No final, contudo, sucesso:
Objetivamente, em boa medida graças à – justa – comoção com o
assassinato brutal de Marielle. Aliás, saíram eleitas justamente várias
“Marielles” Brasil afora, como Áurea Carolina, a “Marielle de Belo Horizonte”,
e Taliria Petrone, a “Marielle de Niterói”.
Outro detalhe que chama a atenção é relativo à posição dos tiros e dos três
ocupantes do veículo:
Não se nota nas fotos do laudo pericial do local que teria havido qualquer
tentativa de alvejar a assessora de Marielle de nome Fernanda. Os tiros
foram – exclusivamente – dirigidos a Marielle e Anderson. Moça de sorte.
Muita sorte…
Tem mais: pela descrição, o carro possuía vidros cobertos de “insulfilm”. Ou
seja, não permitiria ver os ocupantes. No entanto, os assassinos sabiam
exatamente a posição das vítima dentro do veículo. Ao ponto de poderem
planejar – e executar – a ação de modo a atingir alvos específicos. Apenas
dois de três.
*
Atualização (4/nov/2019):
Em tempo: Fernando Nogueira Martins Jr., Professor de Direito Penal e
Processo Penal da Universidade Federal de Lavras, revelou no Duplo
Expresso que, à época do assassinato, ele e outros colegas veteranos de
militância pelos direitos humanos (como um policial civil com 20 anos de
experiência), com o know-how portanto de acompanhamento de
investigações policiais, acostumados por ofício a desmontar manipulações,
falhas e até mesmo farsas e “plantações” nas mesmas, ofereceram a
Deputados do PSOL, como Jean Wyllys e Marcelo Freixo, trabalho —
voluntário — de acompanhamento da investigação policial no caso Marielle.
Não houve abertura. Ou interesse.
*
Atualização (21/nov/2019):
(i) Eis matéria publicada — e depois “apagada” (!) — pelos editores
do Intercept, que corrobora o que o Duplo Expresso levanta no
presente artigo: há mais envolvidos, ocultados pelos
“investigadores”!
Polícia ignorou registro de segundo carro clonado no dia do assassinato
de Marielle
10/11/2019
A expectativa:
A realidade:
*
(iv) O plano dos mandantes do crime
*
*
*
Da seção de comentários: o beabá do ataque híbrido ao Brasil —
cascata de manipulações; mais uma “cebola”
Por “FAN”
Genial o artigo. Lembremos: aqui mesmo no D.E. o Embaixador Samuel Pinheiro
Guimarães deixou escapar, mais de uma vez, que após a reforma da previdência os
Generais viriam com tudo pra cima de Bolsonaro. Conhecido nas FFAA me dizia
que o Etchegoyen não suportava ele. Quem suportaria? Ainda mais um militar,
General 4 estrelas, com senso de hierarquia e disciplina, e com postura. Pense em
ter Bolso como chefe pra alguém assim?
Explicando de forma um pouco mais didática a interação de 3 coisas: (a) a
conspiração em camadas de cebola; (b) o pastoreio da opinião pública com 2
pastores (falsamente) antagonistas (também chamado de método da pinça, que
precisa de 2 lados para manipular um objeto); e (c) o uso de forças especiais não
oficiais para intensificação-afrouxamento da violência urbana para realização de
operações reais para manipulação da opinião pública:
[Uma cascata de manipulações. Outra “cebola”]
(i) alguns poderes (famílias banqueiras, sionismo, sociedades secretas) manipulam
o Deep State americano e sua oposição, que acham que estão no controle;
(ii) o Deep State americano manipula o “Deep State” brasileiro (Heleno + Moro) e
sua “oposição”, que acham que estão no controle;
(iii) o Deep State brasileiro manipula(va?) a opinião pública e a política brasileira
controlando cada lado das seguintes (falsas ou simuladas) dicotomias identidários
X bolsonaristas, PIG X PIGuinho vermelho, lideranças evangélicas X lideranças
gays, feministas e pró-maconha, PCC X forças de segurança, PCC X milícias,
violência urbana X direitos humanos, aumento da violência X combate e diminuição
da violência, corrupção X direitos civis.
Com o controle sobre o que dizem os porta-vozes (donos do “lugar de fala” como
preferem os identitários) de cada lado desses dilemas é possível levar a opinião
pública, as votações no Congresso Nacional, as manifestações públicas e os votos
nas eleições para qualquer direção que se deseja, por mais irracional que seja essa
direção em termos dos interesses verdadeiros daqueles que estão sendo manipulados
pela introversão do mecanismo reflexo (pavloviano) de ação reação.
Mecanismo, aliás, idêntico àquele introvertido pelos torcedores fanáticos de time de
futebol que vivem e reagem puramente a partir do critério da disputa contra os
torcedores de times “antagonistas” (aliás, ótimo nome para um site de política que
cultive essa manipulação, não é mesmo?).
Um dos fatores mais poderosos de controle pavloviano da opinião pública é o uso
da violência (urbana ou terrorista), porque a violência provoca fortes reações
emocionais e incontroláveis sobre o ser humano, como medo, horror, ódio etc. Por
isso controlar as redes de crime organizado (ou de terroristas) seja tão importante
para o poder que pretende manipular a população e a opinião pública com esse tipo
de método.
Além do impacto psicológico, o controle funcional e amigável do Deep State sobre
as redes de crime organizado (ou terroristas) é importante para servir de efetivos
operacionais e justificativas simbólicas para ações de forças especiais não oficiais,
que interagindo em pinça no nível midiático contra as forças especiais oficiais são
capazes de realizar qualquer tipo de teatro de operações midiatizável, como um
assassinato de grande impacto simbólico, e, portanto, fazer a população acreditar
em qualquer coisa e reagir da forma não planejada, ainda que por antagonismo.
E se nada disso der certo, essas forças especiais oficiais ou não oficiais servem
também para eliminar (ou ameaçar) aquelas ovelhas que não estejam aceitando
serem conduzidas pelo pastoreio dos dois pastores (falsamente) “antogonistas”.
*
*
*
P.P.S.: “Duplo Expresso – a verdade chega primeiro”
Po, Nassif!
Me ajuda a te ajudar! “Não tinha interfone” (sic) e agora você quer saber o
sistema do…
– … “interfone”?!
– Tinha “fonte fidedigna dentro do condomínio” (sic) e agora pede informação
– do condomínio… – a TODA A INTERNET BRASILEIRA?!
*
*
– Obrigado, universo!
*
*
*
P.P.P.S.: Clã Bolsonaro parece estar começando a entender o jogo. Talvez
orientados pelo mais novo “expressonauta”, Olavo de Carvalho (!).
Cui bono, Bolsonaros…
Abordagem indireta…
Guerra híbrida!
(sobre a referência acima, ver ““Kompromat”: sexo, crime, dinheiro, chantagem –
o explosivo submundo da disputa pelo PT” — 21/out/2019)
*
*
*
Há quantas andam os alertas na “imprensa independente” sobre o “Patriot
Act” Tabajara e o fechamento — clandestino — do regime que porporciona?
Que nada…
E os “liberais de direita”?
Bem, nada ainda…
Antes…
Pois eis que, um ano depois, chega a hora de ser “babaca”, sim, já que —
além de pagar o óbulo ao “PIGuinho Vermelho” e passar a nos detonar como
os demais — Rodrigo Vianna agora também se faz de tonto para alimentar a
armação — com objetivos sinistros — para cima de Bolsonaro:
(…)
*
“Domínio de espectro total”: Globo e Brasil 171
*
Às vezes, mesmo o “expressonauta” cede a velhos vícios…
*
Sim, seguiremos, General Heleno…
(dublê de Senador/ Chanceler/ Imperador Palpatine, de “Star Wars” (apud Leirner))
*
*
*
*
Atualização 4/nov/2019 — 11:25: vídeos
– “Quem matou Marielle: a live”: