O documento discute a história dos "cinco pontos do maçom" no grau de companheiro, notando que eles existiam antes do episódio de Hiram na maçonaria especulativa. Detalha várias referências antigas aos cinco pontos em manuscritos entre 1696-1727, embora suas formas e ordens variassem. Também discute a incorporação do número cinco no grau de companheiro e a evolução dos símbolos e explicações associados a ele ao longo dos séculos.
Descrição original:
Título original
Ensaio Sobre as Origens dos Rituais e dos Graus Simbólicos – 10 Parte
O documento discute a história dos "cinco pontos do maçom" no grau de companheiro, notando que eles existiam antes do episódio de Hiram na maçonaria especulativa. Detalha várias referências antigas aos cinco pontos em manuscritos entre 1696-1727, embora suas formas e ordens variassem. Também discute a incorporação do número cinco no grau de companheiro e a evolução dos símbolos e explicações associados a ele ao longo dos séculos.
O documento discute a história dos "cinco pontos do maçom" no grau de companheiro, notando que eles existiam antes do episódio de Hiram na maçonaria especulativa. Detalha várias referências antigas aos cinco pontos em manuscritos entre 1696-1727, embora suas formas e ordens variassem. Também discute a incorporação do número cinco no grau de companheiro e a evolução dos símbolos e explicações associados a ele ao longo dos séculos.
Protegido: Ensaio Sobre as Origens dos Rituais e dos
Graus Simbólicos – 10ª Parte (para ter acesso ao texto,
digite a p∴ de p∴ do grau 3) Publicado em 20/01/16 por Luiz Marcelo Viegas
Em meio à comunicação ao novo companheiro dos sinais e toques, devemos
prestar uma atenção especial aos “cinco pontos do maçom” que passaram a ser chamados depois de cinco pontos do M∴. Em 1730, Prichard os incorpora a este grau.
– Como Hiram foi elevado?
– Como todos os maçons quando recebem a palavra de mestre. – Como assim? – Pelos cinco pontos da confraria. – Quais são eles? – Mão contra contra mão, pé contra pé, bochecha contra bochecha, joelho contra joelho, e mão no dorso. Note-se que não são os gestos feitos para levantar o corpo de Hiram que criam os 5 pontos, mas que são eles, os da “confraria”, que lhes dão essa finalidade, já que parece que eles existiam antes do assassinato do Mestre. Isso é comprovado por seis textos entre 1696 e 1727, isto é, muito antes do episódio de Hiram tornar-se parte da maçonaria especulativa.
A primeira descrição do sinal data de 1696, no Manuscrito “Edinburgh Register
House” quando da recepção do segundo grau, nos dias em que havia apenas dois. Perguntado sobre quantos pontos tem o Maçom, o recipiendário respondia: “Cinco, quais sejam, pé contra pé, joelho contra joelho, coração contra coração, mão contra mão, orelha contra a orelha.” Existem variações, tanto na forma como eram praticados – Manuscrito Sloane 3329 (de cerca de 1700), Manuscrito Trinity College de Dublin (1711), “Mason’s Examination” (1723) (onde havia seis pontos: pé, joelho, mão, orelha, língua, coração), “The grand Mystery open” (1726) (pé, joelho, peito, a mão apoiando as costas, testa, bochecha) – quanto na ordem em que eles ocorrem. O “The Mason’s confession”, refere-se a uma Loja na Escócia, em 1727, que começa com “mão contra mão”, e o manuscrito Graham (1726) traz (pé, joelho, peito, bochecha, mão). Nenhum documento, manuscrito ou impresso, fornece qualquer explicação, nem sobre a origem nem sobre o significado a ser dado a este gesto, que, para dizer o mínimo, é incomum. Em 1760, o “The Three Distinct Knocks” trará o significado do primeiro ponto, o que não resolverá o problema puramente simbólico e moral de cada um dos pontos. O mundo operativo os desconhecia: materialmente, não podia ser um sinal de reconhecimento e nas Lojas não havia esoterismo. Agora são os “aceitos”, que, no final do século XVIII e início do XVII, relatam os pontos do maçom e é possível que a sua presença seja anterior a 1696. Porque, em sua maior parte, os “aceitos” eram pessoas educadas, muitas vezes eruditas, que tinham a Bíblia como a base de sua cultura. Relatamos aqui dois casos de ressurreições ocorridas através de um contato muito próximo entre os mortos e os vivos que estavam unidos contra eles a fim de trazê-los de volta à vida. Dois profetas do século IX a.C. ressuscitaram pessoas assim. Um foi Elias, que ressuscitou uma viúva que o acolhera com fome; outro, foi Eliseu, seu sucessor, era filho de uma mulher de Sunam. A história do milagre é explícita. (Livro IV Reis, 34 e 35). “Ele subiu na cama, pegou a criança e colocou sua boca sobre a boca dela, os olhos sobre os olhos dela e suas mãos sobre as mãos dela. E deitou-se sobre ela e a carne da criança se aqueceu. E ele tornou a subir na cama e se deitou sobre a criança e a criança bocejou sete vezes e abriu os olhos.” As razões para a incorporação, em uma recepção maçônica, de processos “mágicos”, poderão fazer com que um evento tão miraculoso permaneça obscuro e até mesmo misterioso. Pelo menos 35 anos antes da lenda de Hiram surgir, eles fornecem uma justificativa plausível para o cenário do desenrolar do funeral de seus heróis. O estado de decomposição do corpo, descoberto vários dias após o assassinato, certamente não contribui para uma manobra “pé contra pé, peito contra peito, bochecha contra bochecha”, que tenha em vista levantá- lo. Mas, se esta operação tinha a intenção de trazer o mestre de obras de volta à vida, e, assim, recuperar o segredo que ele tinha levado para a sepultura, os “cinco pontos do maçom”, recuperam um sentido e uma lógica que se fazia muito necessária. É pouco provável que o companheiro, e depois o mestre que os herdou, estivessem cientes de seu conteúdo. É o destino dos símbolos atravessar os séculos ignorados, alvos da incompreensão, incoerência e, então, um dia, ressurgir do esquecimento e encontrar a sua luz.
Há detalhes sobre a entrada do número 5 no grau de
companheiro? A resposta é difícil. Os documentos manuscritos da ritualística não são datados e são bastante raros até os anos 1770. As revelações impressas de Prichard, Perau, Larudan, aos quais se juntam os ingleses, são publicadas a partir de 1760. O “cinco” não aparece em parte alguma antes de 1750. A estrela com cinco pontas, comprometida devido ao seu nascimento ilegítimo, não desempenhou nenhum papel até que a contribuição do hermetismo, das doutrinas conjuntas dos pitagóricos e cabalistas lhe permitiram fazer carreira. Aparecia na idade, nas viagens, nos passos e nos degraus do altar, embora para o Régulateur du Maçon as menções a ela fossem sete. Tudo praticamente foi estabilizado em 1786, com o ritual do Grande Oriente. As ferramentas que acompanhavam as viagens migraram um para o outro por opção das Lojas, mas os comentários que suscitavam, onde a moral teria um lugar de destaque, não ficou sem valor. Um ritual da Loja Mãe Escocesa de Marselha, posterior a 1770, fez executar as cinco viagens sem ferramentas ou explicações, mas colocou os companheiros dispostos em cadeia, cada um com a mão direita sobre o ombro esquerdo do anterior e fez com que batessem na pedra cúbica um após o outro. A cada uma das batidas, havia uma parada diante da estrela flamejante e comentários. Na Inglaterra, ciências e artes liberais fazem uma tímida aparição nos catecismos de aprendiz do “Three Distinct Knocks” (1760) e do “Jakin and Boaz” (1762), e, em seguida, são passados para o segundo grau, em 1769. Em 1775, William Preston, em “Illustration of Masonry“, acrescenta muitas explicações. A França vai recebê-las apenas no início do século XIX, assim como os sentidos que terão lugar importante durante as viagens, incorporando-os. Continua… Autor: André Dore Tradução: S. K. Jerez