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Para fixar o que foi visto, vamos resolver o exercício 8.

68 do livro Transferência de
Calor e Massa do Incropera (7ª edição). O exercício diz:

Exercício 8.68 (7ª edição) - Calor deve ser removido de um vaso de reação que opera a
75°C através da passagem de água a 27°C e 0,12 kg/s através de um tubo de parede
delgada com 15 mm de diâmetro. O coeficiente de transferência de calor entre a
superfície externa do tubo e o fluido no interior do reator é de 3000 W/(m2·K).

(a) se a temperatura de saída da água não pode exceder 47°C, qual é a taxa máxima de
transferência de calor que pode ser extraída do reator?

(b) Qual é o comprimento de tubo necessário para se obter a taxa de transferência de


calor determinada na parte (a)?

Solução:

Antes de tudo, vamos fazer as seguintes considerações:

1. Condições de regime estacionário.

2. Resistência térmica na parede do tubo desprezível.

3. Mudanças de energia cinética e potencial desprezíveis.

Os dados fornecidos pela questão são:

A temperatura na corrente livre: T ∞=75 ℃=348 K

A temperatura de entrada: T m ,ent =27 ℃=300 K

kg
A vazão mássica: ṁ=0,12
s

O diâmetro: D=15 mm=0,015 m

O coeficiente de transferência de calor de saída h´sai=3000W /(m2 . K )

a) A temperatura de saída da água não pode exceder a temperatura de saída


T m , sai=47 ℃

Primeiramente vamos calcular a temperatura média entre a temperatura de saída e a


temperatura de entrada.
T m ,sai + T m , ent ( 47+ 27 ) ℃
T´m= = =37℃ ou 310 K
2 2
Devemos utilizar a tabela A.6 do apêndice A para encontrar as propriedades da água na
temperatura T´m=310 K. Retiramos da tabela

J
O calor específico: c p=4178
kg . K

A viscosidade: μ=695∗1 0−6 N . s /m2

W
A condutividade térmica: k =0,628
m. K

O número de Prandtl: Pr =4,62

O volume específico: v f =0,001007 m3 /kg

E a partir do volume específico é possível calcular a massa específica:

1 1
ρ= = =993,1 kg / m3
v f 0,001007 m 3 /kg

Calculando a taxa máxima de transferência de calor que pode ser extraída do reator:

kg J
q máx =ṁ∗c p∗( T m , sai −T m ,ent )=0,12 ∗4178 ∗( 320−300 K )
s kg . K
q máx =10027W

Resolvendo agora a letra b:

b) Para encontrar o comprimento de tubo utilizaremos a seguinte equação:

∆ T sai T ∞−T m , sai −Ú∗A S


=
∆ T ent T ∞ −T m ,ent
=exp ⁡
(
ṁ∗c p )
Mas antes, devemos encontrar o número de Reynolds:

kg
4∗0,12
4∗ṁ s
R eD= = =14656
π∗D∗μ π∗0,015 m∗695∗1 0−6 N . s /m 2

R e D =14656>10000

Logo, o fluxo é turbulento. Sendo assim, vamos usar a correlação de Dittus–Boelter


com n=0,4para o aquecimento (T m , sai > T´m ¿.
4
h´ent∗D 0,4
N u D= =0,023∗R e D 5∗Pr
k

Isolando o coeficiente de transferência de calor de entrada:


4
4 0,4 W
5 0,4 0,023∗( 14656 ) 5∗( 4,62 ) ∗0,628
0,023∗R e D ∗Pr ∗k m. K
h´ent= =
D 0,015 m

h´ent=3822 W /(m2∗K )

Antes de encontrar o comprimento de tubo, é necessário calcular o coeficiente global de


transferência de calor médio Ú

1 1 1
= +
Ú h´sai h´ent

1 1 1
= +
Ú 3000 W 3822 2
W
2
m .K m ∗K

1 W
=0,000595 2
Ú m .K

1 W
Ú = =1680
W m2 . K
0,000595
m2 . K

Calculando o comprimento de tubo necessário para se obter a taxa de transferência de


calor determinada na parte (a):

∆ T sai T ∞−T m , sai −Ú∗A S


=
∆ T ent T ∞ −T m ,ent
=exp ⁡
ṁ∗c p ( )
Como a área é A S=π∗L∗D , podemos rearranjar a equação:

T ∞−T m , sai −Ú∗π∗L∗D


T ∞ −T m ,ent
=exp ⁡ ( ṁ∗c p )
Aplicando ln em ambos os lados:

T ∞−T m , sai −Ú∗π∗L∗D


ln
T ∞ −T m ,ent (
=ln exp ⁡
ṁ∗c p )
T ∞−T m , sai −Ú∗π∗L∗D
ln (
T ∞ −T m ,ent
=
ṁ∗c p )
Isolando o L:

T ∞ −T m , sai ṁ∗c p
L=ln ( ∗
T ∞−T m , ent −Ú∗π∗L∗D )
kg J
0,12

( )
∗4178
348 K −320 s kg . K
L=ln ∗
348 K−300 K W
−1680 2 ∗π∗0,015 m
m .K

L=3,4 m

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