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ODONTOPEDIATRIA – AULA 01 – Professora Eliana

MANEJO DO COMPORTAMENTO EM ODONTOPEDIATRIA

A Odontopediatria é responsável por iniciar a vida odontológica da criança. O Dentista analisa


e observa de forma ativa o comportamento de uma criança, para que ela seja controlada com
sucesso.

Objetivo: Realizar o máximo de trabalho, em menos tempo, com pouco grau de desconforto,
tanto para a criança quanto para quem opera.

Qualidades Básicas:

 Ter conhecimento da psicologia infantil.


 Ter conhecimento em Odontopediatria.

A relação Dentista/Criança

 Superidentificação
 Dominação
 Empatia
 Postura Básica do profissional (Estabelecer relação).
 Confiança

Princípios Fundamentais de Desenvolvimento

 Multidimensional
 Integral
 Contínuo
 Ocorre em interação
 Segue um padrão, porém é único para cada criança.

Desenvolvimento da Criança em Fases (FREUD)

 Oral (0 a 1 ano)
 Anal (1 a 3 anos)
 Fálica (3 a 5 anos)
 Latência (6 a 12 anos)
 Genital (12 a 18 anos)

Desenvolvimento da Criança:

 Do nascimento aos 2 anos

A criança não é capaz produzir uam resposta racional frente ao tratamento odontológico.
Estão preocupadas apenas com a satisfação de suas necessidades.

 2 anos

A mãe ainda é o centro do mundo. A criança começa a construir seus medos e geralmente são
incompreensíveis.
 3 anos

É a idade do “eu também”. Ocorre surgimento da individualidade e independência. A criança é


capaz de manter uma boa conversação com o dentista.

 4 anos

Período difícil para a criança. Menos cooperativa do que era aos 3 anos. A idade que mais
costuma exigir habilidade do Odontopediatra.

 5 anos

Susceptível a elogios. Em muitos casos pode ser separada dos pais. Mais colaboração por parte
da criança do que aos 4 anos.

Atitudes que podem ocorrer durante o atendimento

Medo:

 Medo Objetivo: Experiencia traumática vivida dentro do ambiente odontológico.


 Medo Não Objetivo: Experiencia clínica parecida, mas não relacionada ao ambiente
odontológico.
 Medo Subjetivo: Não houve experiencia, apenas se ouviu falar.

Choro:

 Choro com medo: Abundância de lagrimas. Falta de confiança. A conduta é


estabelecer dialogo para gerar confiança na criança.
 Choro Obstinado: Alto, sem lágrimas. A criança geralmente apresenta ansiedade.
 Choro por dor: Sem som ou muito baixo. Lagrimas podem ser a única manifestação.
Conduta é detectar causa da dor e contorna-la com recursos técnicos e acalmar a
criança.
 Choro compensatório: Não há lagrimas, apenas barulho e lamentação. Conduta é
continuar o procedimento se não houver obstáculos para a realização do
procedimento.

Além desses citados acima, a criança ainda pode apresentar:

 Ansiedade
 Agressividade
 Birra

Orientações importantes antes do atendimento

 Educar os pais antes da primeira visita da criança ao dentista é importante.


 Pais ansiosos ou com medo podem afetar o comportamento da criança de forma
negativa.
 Orientar os pais a não se inquietar em caso de choro do filho
 Nunca enganar a criança sobre onde ela irá e o que ela irá fazer.
 Não prometer recompensas
 Controlar temores para tranquilizar a criança.
 Deixar com que a criança expresse toda a curiosidade sobre tudo o que houver no
consultório.
Normas Gerais

 Usar linguagem adequada


 Ser direto
 Reconhecer o tipo de paciente

TECNICAS DE MANEJO

 Comunicação não verbal:


Objetivo: condução do comportamento através do contato físico da postura e das
expressões faciais.
Falar com o corpo, como forma de receber a criança.

 Reforço positivo:
Ajustar o comportamento do paciente com estímulos adequados como recepção
calorosa.

 Modelagem:
Usar a criança colaboradora como modelo.

 Distração:
Distrair a atenção do paciente para que não perceba um procedimento desagradável
Diminuir a percepção do desconforto
Evitar o comportamento negativo ou dispersão.

 Falar, Mostrar e Fazer


Ensinar ao paciente sobre a técnica para deixá-lo conhecer cada passo.
Falar – explicar o procedimento
Mostrar – demonstrar por meio dos sentidos
Fazer – realizar o procedimento

 Estabilização Protetora
Reduzir ou eliminar a movimentação;
Proteger a criança ou equipe odontológica e agilizar o procedimento.
Pode ser realizado pelos pais ou lençóis estabilizadores.

Verificar se:
 É possível a troca no plano de tratamento para deixar criança dessensibilizada.
 Horários que a criança pode colaborar indicado pelos pais
 Existem outros problemas afligindo a criança
 Existem distúrbios emocionais que alterem o tratamento
 Responsáveis os quais a criança colabora mais, dando firmeza.
 Profissional pode ser mudado.

Indicações:
Paciente que não pode colaborar em virtude de sua imaturidade e limitação física e mental.

Contraindicações:
Colaboradores ou condições sistêmicas que contraindicam a estabilização como asma.

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