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Itamar Franco
FUNDACÃO INSTITUTO
BRASIL1:JRO DE GEOGRAFIA
E ESTATISTICA - IBGE
Presidente
Eurico de Andrade Neves Borba
Diretoria de Pesquisas
Tereza Cristina Nascimento Araújo
Diretoria de Geociências
Sergio Bruni
Diretoria de Informática
Francisco Quental
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Geociências
Número 1
Manual Técnico da
Vegetação Brasileira
Rio de Janeiro
1992
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 ·Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
© IBGE
,...... .
Eurico de Andrade Neves Borba
Presidente do IBGE
1 SISTEMA FITOGEOGRÁFICO
Desde os tempos do grande filósofo alemão Em- Universal" (Veloso et alii - datilografado), de onde
manuel Kant (1724/1804) que o conceito de Geo- foram retirados a nomenclatura e os conceitos liga-
grafia Física vem mudando em sintonia com a dos à geografia botânica.
evolução das ciências da Terra e do Cosmos. Naque-
la época Kant adotou o termo "sistema" como sig- 1.1 Conceituações
nificando um conjunto de problemas ordenados
segundo alguns princípios uniformes. Neste item conceituam-se vários termos questio-
Foi, no entanto, com Alexandre F. von Humboldt náveis e discutem-se outras nomenclaturas usadas
no seu livro Ansichten der Natur (Aspectos da Na- no levantamento da vegetação que auxiliam sobre-
tureza), publicado em 1808, que se iniciou a história maneira a fitogeografia.
da moderna Geografia Física. Ele foi aluno de Kant, Os conceitos populares de árvore, arvoreta, arbus-
que o incentivou no pensamento político da liberda- to, erva e cipó já indicavam empiricamente como
de individual e no estudo da Geografia, podendo ser cresciam as plantas. Foi, porém, Humboldt (1806)
assim considerado como o pai da fito geografia, com o primeiro naturalista a ensaiar conceitos científicos
seu artigo Physiognomik der Gewachese (Fisiono- sobre as formas de vida das plantas, no seu trabalho
mia dos Vegetais) publicado em 1806. Foi também Physiognomik der Gewachese (Fisionomia dos Ve-
Humboldt que em 1845/48 publicou a sua monu- getais), diferenciando 16 formas significativas.
mental obra Kosmus, ensaio de uma descrição física Contudo foi Kemer (1863) que, baseado em Hum-
do mundo, possibilitando aos naturalistas um novo boldt, tentou demonstrar a dependência das formas
conhecimento da Geografia Física, inclusive da Bo- de vida das plantas ao clima, simplificando as for-
tânica. mas vegetais em 11 tipos, sem prendê-los à sistemá-
Após Humboldt seguiram-se outros naturalistas tica que seguia caminhos diferentes.
que se destacaram no estudo da fitogeografia, tais A partir de Warming (1875), porém, o conceito de
como: Grisebach (1872) que pela primeira vez gru- forma dos vegetais modernizou-se e passou a refle-
pou as plantas por caráter fisionômico definido, tir uma adaptação ao ambiente, apresentando uma
como floresta, campo e outros, designando-os como estrutura fisiológica preexistente que indicava um
"formações"; Engler & Prantl (1877) que iniciaram fator genético da planta. Raunkiaer, baseado em
a moderna classificação sistemática das plantas; Warming, inicialmente em 1905 e depois em 1918,
Drude (1889) que dividiu a Terra em zonas, regiões, criou um sistema simples e muito bem ordenado de
domínios e setores de acordo com os endemismos formas de vida, as quais denominou de "formas
que apresentavam as plantas; e finalmente Schimper biológicas". Este sistema foi aplicado em trabalhos
(1903) que no início do século tentou, pela primeira fisiológicos e estendido posteriormente para a fito-
vez, unificar as paisagens vegetais mundiais de geografia por Kuchler (1949) e Ellemberg & Muel-
acordo com as estruturas fisionômicas. Por este ler Dombois (1965/66) em face das respostas das
motivo ele deve ser considerado como o criador da plantas aos tipos de clima, desde o tropical até o
moderna fitogeografia. temperado e frio.
Seguem-se a esta apresentação histórica da fito- As formas biológicas de Raunkiaer (1934) dife-
geografia outros autores mais modernos que in- renciavam as plantas pela posição e proteção dos
fluenciaram a classificação aqui adotada órgãos de crescimento (gemas e brotos) em relação
~orno: Tansley & Chipp (1926), Gonzaga de Cam- aos períodos climáticos desde o calor ao frio e do
pos (1926), Schimper & Faber (1935), Burtt-Davy úmido ao seco. Ele separou assim as plantas em
(1938), Sampaio (1940), Trochain (1955), Aubré- cinco categorias: fanerófitos, caméfitos, hemicrip-
ville (1956), Andrade-Lima (1966), Veloso tófitos, criptófitos e terófitos. A partir daí, muitos
(1966), Ellemberg & Mueller-Dombois (1965/6), pesquisadores modificaram ou mesmo incluíram
UNESCO (1973), Rizzini (1979), Veloso & Góes- outras categorias de formas de vida à classificação
Filho (1982) e Eiten (1983). de Raunkiaer.
Assim sendo, o presente manual para estudos fito- Para o presente caso, inclusão de parâmetro auxi-
geográficos segue a linha da "Classificação da Ve- liar para a classificação da vegetação, usaram-se as
getação Brasileira, adaptada a um Sistema modificações propostas por Braun-Blanquet
(1932), acrescidas de algumas das subformas apre- tas apresentam-se com alturas variáveis, desde 0,25
sentadas por Ellemberg & Mueller-Dombois até cerca de 15 m, ocorrendo freqüentemente nas
(1965/6) mais as alterações incluídas das subformas áreas savanícolas do Centro-Oeste brasileiro. O ter-
de fanerófito e a adoção de mais uma categoria de mo "xeromorfo" foi introduzido pela Universidade
de São Paulo - USP - para designar uma forma
forma de vida visando à vegetação brasileira.
vegetal da Savana (Cerrado) de Emas (SP), confor-
me Rawitscher (1943/4).
1.2 Classificação das Formas de Vida
Esta classificação baseada em Raunkiaer foi adap- 1.3 Chave de Classificação das Formas
tada às condições brasileiras como segue: de Vida
1 - Fanerófitos: são plantas lenhosas com as gemas
e brotos de crescimento protegidos por catafilos, Esta chave de classificação foi baseada em Raun-
situados acima de 0,25 m do solo. Apresentam-se kiaer, modificada e adaptada para o Brasil. Apresen-
com dois aspectos ecoedáficos: normal climático e ta as formas biológicas de Raunkiaer modificadas,
raquítico oligotrófico, subdivididos, conforme suas acrescidas das subformas de vida de Ellemberg &
alturas médias, em:
Mueller-Dombois e ainda com mais uma forma de
Macrofanerófitos: são plantas de alto porte, va-
riando entre 30 e 50 m de altura, ocorrendo pre- duplo modo de sobrevivência de Rawitscher, como
ferencialmente na Amazônia e no sul do Brasil. segue:
Mesofanerófitos: são plantas de porte médio, va-
riando entre 20 e 30 m de altura, ocorrendo prefe-
rencialmente nas áreas extra-amazônicas.
Microfanerófitos: são plantas de baixo porte, va- 1 - Plantas autotróficas com um só
tipo de proteção do órgão de
riando entre 5 e 20 m de altura, ocorrendo preferen- crescimento ........ . .. ... ... ...... 2
cialmente nas áreas nordestinas e no Centro-Oeste.
Nanofanerófitos: são plantas anãs, raquíticas, va- Plantas autotróficas com dois tipos
de proteção dos órgãos de
riando entre 0,25 e 5 m de altura, ocorrendo prefe- crescimento .. ..... . 7
rencialmente em todas as áreas campestres do País.
2 - Plantas perenes.... .. .. .... .... .... .. 3
II - Caméfitos: são plantas sublenhosas e/ou ervas
com gemas e brotos de crescimento situados acima Plantas anuais, reproduzidas por
sementes.. . .... .. ........... .. .... TERÓFITOS
do solo, atingindo até 1 m de altura e protegidos
3 - Plantas lenhosas com órgãos de
durante o período desfavorável, ora por catafilos, crescimento protegidos por
ora pelas folhas verticiladas ao nível do solo, ocor- cat•filos........ .... . . . .. ....... ..... . 4
rendo preferencialmente nas áreas campestres pan-
Plantas sublenhosas e/ou
tanosas. herbáceas com gemas periódicas,
III - Hemicriptófitos: são plantas herbáceas com protegidas por catafilos e situadas
gemas e brotos de crescimento protegidos ao nível até 1 m do solo ........ .. . . CAMÉFITOS
do solo pelos céspedes que morrem na época desfa- Plantas herbáceas com outros tipos
vorável, ocorrendo em todas as áreas campestres do de proteção de crescimento.. .. . . 5
País. 4 - Plantas lenhosas erectas . . . 6
IV - Geófitos: são plantas herbáceas com os órgãos Plantas lenhosas e/ou herbáceas
de crescimento (gema, xilopódio, rizoma ou bulbo) que necessitam de um suporte .. LIANAS
situados no subsolo, estando assim protegidos du- 5 - Plantas com gemas situadas ao
rante o período desfavorável, ocorrendo preferen- nível do solo, protegidas pela
cialmente nas áreas campestres e,em alguns casos, folhagem morta durante o período
desfavorável.... ......... ................... HEMICRIPTÓFITOS
nas áreas florestais.
V - Terófitos: são plantas anuais, cujo ciclo vital é Plantas com órgãos de crescimento
completado por sementes que sobrevivem à estação localizados no subsolo.................... GEÓFITOS
desfavorável, ocorrendo exclusivamente nas áreas 6 - Plantas cuja altura varia entre
campestres. 30 e 50 m .. ... . .. ...... ... ....... MACROFANERÓFITOS
VI - Lianas: são plantas lenhosas e/ou herbáceas Plantas cuja altura varia entre 20 e
30 m ......... ... ........... ... MESOFANERÓFITOS
reptantes (cipós) com as gemas e brotos de cresci-
mento situados acima do solo, protegidos por cata- Plantas cuja altura varia entre 5 e
20 m .. ................ .. . ......... . .. . . MICROFANERÓFITOS
filos, ocorrendo quase que exclusivamente nas
áreas florestais. Plantas cuja altura varia entre 0,25
e 5 m ............ ............ . . NANOFANERÓFITOS
VII - Xeromórfitos: são plantas lenhosas e/ou her-
báceas que apresentam duplo modo de sobrevivên- 7 - Plantas lenhosas e/ou
herbáceas com gemas protegidas
cia ao período desfavorável; um subterrâneo através por catafilos na parte aérea e com
de xilopódios e outro aéreo, com as gemas e brotos órgãos de crescimento XEROMÓRFITOS
de crescimento protegidos por catafilos. Estas plan- subterrâneo. . ................................ .
IMPÉRIO De escala re•ional (): 10 000 000 até 1:2 500 000\ até escala exolorat6ria (}: 1 000 000 até 1:250 000\
FLOIÚSTICO lipas de Vegetação Foonações
FORMAÇÕES
CLASSES DE SUBCLASSES DE GRUPOS DE SUBGRUPOS DE
(Propriamente SUBFORMAÇÕES
FORMAÇÕES FORMAÇÕES FORMAÇÕES FORMAÇÕES
ZONA REGIÃO ditas)
~
"'
u FLORESTA
(Macrofanerófitos, OMBRÓFILA (O a
Higrófita Terras baixas Com palmeiras
iu Mesofanerófitos, 4 meses secos)
(Distróficos e
Eutróficos) ABERTA
Submontana
Montana
Com cipó
Com bambu
Lianas e Epífitos)
ô Com sororoca
"
"'g Aluvial Dossel wlifcrme
Submontana
'5 MISTA Montana
ü" Alto-montana Dossel emergente
>.
u o Higrófita/Xerófita Aluvial Dossel uniforme
ô
í'l
'"t;<> FLORESTA ESTACJONAL(4 (Álicose SEMIDECIDUAL
Terras baixas
Submontana
u
" "'
OI) (Macrofanerófitos, a 6 meses secos ou Distróficos) Montana Dosscl emergente
1;i
u "'"
"'
> Mesofanerófitos, com 3 meses Aluvial Dossel uniforme
""'"
Ob Lianas e Epífitos) abaixo de 15° C) Higrófita (Xerófita Terras baixas
~g 8. e Eutr6ficos)
DECIDUAL Submontana
Montana Dossel emergente
u"' ·e
~ -í'l"' ""'"u" CAMPINARANA
"'u (Campinas)
u "
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- E (Xerom6rfitos,
Higrófita (Álicos e
FLORESTA D A
ARBORIZADA Relevo tabular e/ou Com palmeiras
"g ""'o Nanofanerófitos,
OMBRÓFILA (O a
Depressão fechada
u_ ~ u Caméfitos,
2 meses secos) Ois tróficos) GRAMÍNEO-
LENHOSA
Sem palmeiras
u" "'
u g
"'"' SAVANA
óº5
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e:
(Cerrado)
(Xeromórfitos, FLORESTA D A
í'JO'
u "'OI) Microfanerófitos, ARBORIZADA Com floresta-
" "'iI
><
~ g
"'õJ
E
Nanofanerófitos,
Caméfitos,
ESTAOONAL (de
Oa 6 meses secos)
Higrófita (Álicos e
Ois tróficos)
PARQUE
GRAMÍNEO-
Planaltos tabulares
e/ou Planícies
de-galeria
Sem floresta-
~ >
::> Geófitos, LENHOSA de-galeria
o
õ ~ -E Hemicript6fitos,
~~ ou
Lianas e Epífitos)
.t ::Eô ~
SAVANA-
~ ESTÉPICA
ê ""'g
u ~
(Caatinga, Chaco,
'"'E
'~o Campos de
-g ~ <;:; Roraima e Parque
FLORESTADA
Depressão Com floresta-
"'"'
~ ~ "'
'º"
de Espinilho de ESTACJONAL
ARBORIZADA
interplanáltica de-galeria
<: .....l ·~
Quaraí) (com ma.is de 6 Xcrófita/Higrófita
PARQUE
arrasada nordestina Sem floresta-
E (Microfanerófitos, meses secos ou (Eutróficos)
GRAMÍNEO-
e/ou Depressão de-galeria
..;::!
°'E Nanofanerófitos, com frio rigoroso)
LENHOSA
com acumulações
~ e Campos
o meridionais)
ESTAOONAL
ARBORIZADA Com floresta-
~ (Nanofanerófitos,
Caméfitos,
(com 3 meses frios
Higrófita/Xerófita
(Eutróficos)
PARQUE
GRAMÍNEO-
Planaltos e/ou
Pediplanos
de-galeria
Sem floresta-
e 1 mês seco)
Geófitos, LENHOSA de-galeria
Hemicriptófitos,
Terófitos, Lianas e
Epífitos)
~
determinadas no detalhamento da comunidade
§ i
o
Dentro das associações existem Variedades que determinam os vános ambientes da comunidade ~
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~:>:> ~
Associação: é a menor unidade da comunidade, delimitada pela relação espécie/área mínima correspondente à unidade
básica da classificação fitossoc1ológ1ca ~
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Subassociação: diferencia-se da associação padrão por faltarem alguns taxa característicos o tI1
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Vanante: diferencia-se do padrão da associação por apresentar maior abundância de determmados taxa o :!! ~ir
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Fac1es: caractenza-se por apresentar uma combinação particular de espécies mais ou menos casual :;;:
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~;:;· Soc1ação ou Consorciação: é uma parcela homogênea da associação caractenzada por um aglomerado específico
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ECOSSISTEMA ou BIOGEOCENOSE: é um conjunto populacional associativo, com organização trófica e um tipo de
metabolismo definido
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mação que corresponde à estrutura fisionômica de- Assim, para cada Região Florística corresponde
terminada pelas formas de vida dominantes, sempre uma parcela do território brasileiro, onde
podendo ser florestal (macro e mesofanerófi- ocorre determinado "tipo de vegetação" com um ou
tos, lianas e epífitas) e não florestal (micro e mais gêneros endêmicos que o caracterizam. Por
nanofanerófitos, caméfitos, hemicriptófitos, geófi- equivalência científica, cada tipo de vegetação deve
tos, terófitos, lianas e epífitas). Para cada Classe de ser considerado como semelhante a uma Região
Formação segue-se a Subclasse, caracterizada por Ecológica em face da ocorrência de formas de vida
dois parâmetros do clima - o Ombrófilo e o típicas do clima dominante. Por sua vez, esta Re-
Estacionai-, ambos distinguidos pela correlação das gião Florística pode delimitar vários geossistemas
médias mensais da precipitação com o dobro da de domínios, caracterizados por espécies endêmicas
temperatura (índice de Bagnouls & Gaussen, 1957), e, nas áreas setoriais, quando ocorrem espécies com
variedades endêmicas, devem ser separados como
checada pela adaptação dos órgãos de crescimento
setores.
das plantas com o sistema de proteção ao déficit
hídrico nos solos. Após esta Subclasse segue o
Grupo de Formação, determinado pelo tipo de tran- 1.5.2.1 Classificação Fitossociol6gico-
spiração estomática foliar e pela fertilidade dos Bioecol6gica
solos. Em seguida vem o Subgrupo de Formação
Esta etapa realizada para o Levantamento da Ve-
que indica o comportamento das plantas segundo getação refere-se a um detalhamento dos taxa botâ-
seus hábitos e finalmente a Formação propriamente nicos para o estudo fitossociológico de uma
dita que é determinada pelo ambiente (forma de comunidade e para uma pesquisa dos níveis tróficos
relevo). A Subformação é caracterizada pelas facies da associação levantada, para isto é necessário o
da Formação propriamente dita. Assim, o que se conhecimento das trocas energéticas do ecossiste-
assinala nas formações florestais é o comporta- ma.
mento do dossel florestal dado pelas espécies domi- Estabelecida a comunidade em uma subformação
nantes (às vezes) e por outras espécies particulares de qualquer parâmetro uniforme, necessita-se em
mais ou menos casuais. Outros critérios de diferen- seguida demarcar uma área que seja suficiente para
ciação foram assinalados para a determinação da o desenvolvimento normal das espécies e/ou ecóti-
Subformação dos tipos de vegetação campestres, pos nela contidas. Isto será estabelecido pela corre-
como a ocorrência ou não das florestas-de-galeria. lação espécie/área, de acordo com o levantamento
da área mínima que determinará estatisticamente o
1.5.2 Sistema de Classificação Florístico espaço ocupado pelos ecótipos existentes em uma
associação. Pode-se, assim, detalhar o estudo de
A segunda meta do sistema de classificação inicia- acordo com a escola de Braun-Blanquet (1979).
se pelas zonas florísticas de influência tropical pro- Delimitada a associação e realizado o levanta-
posta por Drude (1889), de acordo com a divisão mento sinecológico das sinúsias, pode-se dar início
botânica da terra. Denominadas de Paleotropical ao estudo sobre os microrganismos e sobre os ni-
que engloba a Ásia e África e Neotropical que chos da fauna superior para, então, pesquisar as
abrange desde o México até a Argentina, logo o trocas energéticas e assim concluir o estudo da
"novo continente". O território brasileiro está todo biogeocenose.
compreendido na Zona Neotropical. 1.5.2.1.1 Fitossociologia
A determinação de uma comunidade parte da me-
Drude também subdividiu o Império Florístico em nor unidade de um Domínio Florístico. Delimita-se,
zonas quando caracterizadas por famílias endêmi- então, uma parcela substancial da "facies da subfor-
cas; regiões, quando delimitadas por tipos de vege- mação" que constituirá a comunidade a ser designa-
tação determinados por gêneros endêmicos; da pelo nome do principal acidente geográfico da
domínios, quando circunscritos a geossistemas dis- área em estudo.
tinguidos por espécies endêmicas; e, finalmente, Dentro desta comunidade, procura-se inventariar
setores, quando localizados em ambientes assinala- uma associação através da "curva espécie/área mí-
dos por variedades também endêmicas. Logo, estas nima" que empiricamente significa a menorunidade
duas últimas áreas florísticas serão detectadas so- espacial do ambiente biótico. Estabelecida a asso-
mente nos levantamentos detalhados dentro da fi- ciação e determinado o seu nome através do inven-
tossociologia (associação) e dentro da bioecologia tário dos ecótipos característicos, procura-se
(ecossistemas). levantar outras áreas de igual tamanho, com o obje-
a) Ecótono so so
b) Encrave - ----- - __ _____.$_Q_ç
Região/Formação/Subgrupo de Formação Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono ON ON
b) Encrave - -- - -- ----- _QNL_ ______
Região/Formação Região/Formação
a) Ecótono LO LO
b) Encrave Lüc
Região/Formação/ Subgrupo de Formação Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Encrave
Região/Formação
a) Encrave SMC
RegiãoiFcirrriãÇãü/subgrupo cie FÕrmãÇão Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Encrave NMc
Região/Formação
a) Ecótono SN SN
b) Encrave SNc
Regiãõ/F onriãÇãõ/Subgrupo·d~-Fo;;\ãÇão Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono OP OP
• Específico para Floresta
Ombrófila/Restinga
b) Encrave OPc
R"égiãõ7F01 miÇãõ7s\16liniP-o <leFôt-lnáção Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono NP NP
• Específico para Floresta
E$tacional/Restinga
a) Ecótono
SP SP
- Específico para
Savana/Restinga
a) Ecótono
TP TP
- Específico para Savana-
Estépica/Restinga
a) Ecótono TO TO
b) Encrave TO e
Região/Formação/S11bgrupo de Formação Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono TN TN
b) Encrave TNc
Região/Fom1açãoTSubgtupo de Formação Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono SE SE
b) Encrave SEc
Região/S ubgrupo_d_c~F~o-r_m_a_ç-ão_ __ Região/Subgrnpo de Formação
a) Ecótono EO EO
b) Encrave EOc
Região/Fom1ação/Subgrupo de-Formação Rcgião/Fonnação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono EN EN
b) Encrave ENc
Região/Formação/Subgrupo de Formação
a) Ecótono ST ST
b) Encrave STc
Região/Subgrupo de Formação Região/Subgrupo de Formação
a) Encrave Ore
Região/Formação/Subgrupo de Formação Região/Formação/Subgrupo de Formação
E) ÁREAS ANTRÓPICAS AA
I - Vegetação secundária Vs
a) Sem palmeiras Vss
b) Com palmeiras Vsp
II - Agropecuária Ag
a) Agricultura Ac
1. Culturas permanentes Acp
2 Culturas cíclicas Acc
b) Pecuária (pastagem) Ap
IU - Reflorestan1ento R
a) Eucaliptos Re
b) Pinus Rp
e) Acácia Ra
d) Algaroba Rg
e) Frutíferas Rf
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Fig 1- Área florestal dividida em rede de unidades de amostras, Fig. 3- Floresta estratificada dividida em rede de unidades de
todas de igual tamanho amostras de igual tamanho
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Fig 2-Área florestal dividida em rede de unidades de amostras. Fig 4- Floresta estratificada dividida em rede de unidades de
As parcelas próxirras às bordaduras são de tamanho e amostras As parcelas próximas às bordaduras são de
forma irregulares tamanho e fomia irregulares
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Fig 5- Amostragem sistemática em faixas A floresta é de forma regular e as faixas de comprimento uniforme
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Fig. 6- Amostragem sistemática em faixas A floresta é de forma irregular e as faixas de comprimento variado.
Fig 8- Conglomeiados disl!ibuídos aleatoriamente Numa pós- Spun- (1952) apud Queiroz (1977) recomenda que
estratificação os limites dos estratos podem dividir os o tamanho da unidade de amostra seja suficiente-
elementos do conglomerado mente grande para conter um mínimo de 20 (vinte)
IOm
20m
Cloreira
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o
o
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Fig 9- Efeitos da clareira sobre parcelas largas (a) e parcelas estreitas (b)
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~;:::~.::,~:.. ..., 11nah1oçõoOOsponlQI
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211p1cado(9r1nclpol) direçõodop1oodoprinc1pol
O 13 O 43C"'
04l!.1 o 90c"'
O 901 a 13!1c"'
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Fig 11- Esquema de amostragem usando o método do Vizinho Mais Próximo (VMP)
. ·~:
.::-:.
Fig 12- Medição da altura comercial (Hc) e do diâmetro à altura do peito (DAP) A altura do peito considerada é a l,30m do solo
Este tipo de levantamento visa a detectar o poten- - Circunferência igual ou maior que 30 cm.
cial de fitomassa parcial (st/ha) nas fonnações flo- - Nome vulgar.
restada e arborizada da Savana (Cerrado) e da
Savana-Estépica (Caatinga) com ênfase para o apro- 2.6.4.2 Savana-Estépica (Caatinga)
veitamento adequado dos recursos vegetais arbó-
reos remanescentes em função da necessidade, - Circunferência medida a 30 cm do solo.
viabilidade econômica e, fundamentalmente, da - Circunferência igual ou maior que 10 cm.
1
1
1
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Hc
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Hc Ht
1 L-------
1 1
1 1
1 1
1
1 :III-A
----------' 1
1
+30cm 1
-~--· -- _ - _)
---;::o- - -- ~---=::--
--==----- _I
-=--'"
----~
Fig 14- Classes de estruturas mais comuns nos indivíduos arbóreos da Savana-Estépica (Caatinga) De - diâmetro da copa; Hc -
altura da copa; Ht - altura total; D 1 e D2 - diâmetro
TABELA2
CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO, DO TERRENO E SEUS RESPECTIVOS ÍNDICES
VEGETAÇÃO TERRENO
·------
Características Ínilice Características Ínilice
Área florestal com grande volwne de madeira Terrenos aplainados com rede de drenagem pouco
explorável densa
Área florestal com méilio volume de madeira Terrenos ondulados com rede de drenagem pouco
explorável 2 2
densa
2 Alta (A)
Alta (Ma)
3 Média { Baixa (Mb)
Média(Bm)
4 Baixa { Inexpressiva (Bi)
Baixa (Ib)
5 Inexpressiva { Nula (ln)
6 Nula
7 Nula
8 Nula
À luz das pesquisas já realizadas sobre as carac- mente se não houver um conhecimento prévio do
terísticas das madeiras amazônicas, não parece ser tipo de distribuição espacial de seus in-
de bom alvitre efetuar um inventário florestal e divíduos.
informar que uma determinada área tem um poten- De qualquer forma, cabe ao planejador ou quem
tenha o poder de decisão, de fazer estas e outras
cial madeireiro de 150 m3 lha, por exemplo. Esta
ponderações acerca da conveniência de realizar um
informação é incompleta à medida que alguns es- inventário florestal.
tudos têm revelado que apenas uma pequena per- Finalmente, acredita-se que um inventário flores-
centagem desse valor é economicamente tal deve ser executado e analisado dentro de um
aproveitável. A contrapartida desse fato é um ex- contexto mais amplo, envolvendo desde problemas
ambientais, sociais e econômicos, até questões prá-
cessivo aumento dos custos, quando se direciona o ticas relacionadas com a metodologia mais apro-
trabalho para somente poucas espécies, especial- priada para determinada finalidade.
As observações e estudos botânicos sobre os indi- estar tecnicamente preparado para desenvolver ati-
víduos que compõem a cobertura vegetal de uma vidade de coleta. O(s) nome(s) do(s) coletor(es)
determinada região fornecem subsídios valiosos fica(m) definitivamente associados ao material co-
para o desenvolvimento de trabalhos sobre a vege- letado. A numeração é seriada, ficando sempre vin-
tação. culada ao coletor principal. Cada exemplar da coleta
O conhecimento acurado das comunidades vege- de uma espécie e que leva o mesmo número de série
tais que constituem os diferentes tipos de revesti- do coletor é denominada duplicata (Mori et ai.,
mento da terra é obtido, em geral, através de 1985). No caso de não existir duplicata, o exemplar
coleções botânicas, que são bancos de dados que passa a ser denominado unicata.
possibilitam o acesso aos mais diversos tipos de
informações. Entretanto, colecionar de maneira cor- AMOSTRAS, EXEMPLARES OU ESPÉCIMES
reta exemplares botânicos desidratados implica BOTÂNICOS
técnicas e manejos adequados. São plantas ou parte destas, depois de coletadas,
O objetivo desta parte do manual de vegetação é independentes de terem sido ou não submetidas a
orientar e uniformizar a metodologia específica em- tratamento especial.
pregada na coleta, herborização e manejo das cole-
PRENSAGEM
ções.
Coleções botânicas preparadas segundo metodo- É o processo de preparação da amostra botânica,
logia adequada e identificadas criteriosamente são a partir da coleta. Consiste basicamente em acondi-
fontes de consulta úteis, que fornecem dados sobre cionar o exemplar em folhas de jornais dentro de
as espécies que ocorrem nos diferentes ecossiste- uma prensa, para submetê-la posteriormente a um
mas vegetais. processo de desidratação, em estufa, construída
para tal fim.
3.1 Conceitos Gerais
COLEÇÃO BOTÂNICA SECAGEM
Coleção botânica no sentido aqui abordado se O processo de secagem das plantas consiste no
refere a um conjunto de amostras de plantas nume- nivelamento e desidratação, através do calor, dos
radas seriadamente. Correspondem, geralmente, a exemplares recém-coletados, com a finalidade de
ramos floríferos e frutíferos ou à planta inteira, que, preservar as estruturas dos vegetais (Germán,
após sofrerem um processo de desidratação e acon- 1986).
dicionamento, são transformados em exsicata,junto HERBORIZAÇÃO
com informações adicionais impressas em etiquetas
padronizadas. Herborizar consiste, basicamente, nos procedi-
mentos de prensagem, secagem e preparação do
COLETA exemplar botânico para inclusão no herbá1io. As
A coleta consiste no ato de coletar plantas para um amostras das plantas depositadas no herbário são
determinado estudo. Coletar corretamente as plan- montadas de forma especial, em folha de cartolina
tas é, pois, o primeiro passo para que o estudo em de tamanho padronizado, na qual se fixa(m) uma(s)
questão seja bem sucedido. As plantas coletadas etiqueta(s) contendo informações diversas. A esta
passarão a constituir as coleções botânicas. amostra atribui-se a denominação de exsicata (Mori
et al., 1985).
COLETOR
Uma ou mais pessoas, responsáveis tanto pela HERBÁRIO
numeração seriada das amostras coletadas em um O herbário é uma coleção de plantas secas ou de
determinado local como pela idoneidade das infor- partes destas, técnica e cientificamente preparadas
mações coligidas. Como inúmeras vezes os exem- para ulteriores estudos comparativos, históricos e
plares não representam o indivíduo em sua documentários da flora de uma região ou país. Para
totalidade, e sim partes deste, é importante o coletor tanto, é necessário que as amostras oriundas de
diversas regiões fitoecológicas/geográficas apre- 3.2 Metodologia para Coleta e
sentem folhas, flores e/ou frutos. O herbário funcio- Herborização
na como um banco de dados crescente, a partir das
informações provenientes essencialmente das exsi- 3.2.1 Equipe de Campo
catas.
Para uma melhor compreensão deste conceito são Constituída por pessoas diretamente envolvidas
citadas algumas finalidades de um herbário: no trabalho. As operações de campo que envolve-
- armazenar exemplares, identificados tanto quan- rem coleta de material botânico devem contar com
to possível de todas as espécies de plantas de uma a presença de um botânico, que fornecerá informa-
região. Os exemplares devem mostrar o máximo ções sobre a flora regional e a região fitoecológica.
possível as variações e os estágios de desenvolvi- Dependendo da região fitoecológica, onde serão
mento das plantas; realizadas as coletas, toma-se indispensável a pre-
sença do indivíduo treinado para subir em árvores
- funcionar como um centro de identificação;
de grande porte. É importante também a presença
- ser um centro de treinamento botânico especial-
de pessoa da região (mateiro), que conheça bem a
mente em taxionomia;
área e as plantas que lá oconem, pois poderá forne-
- prover dados fundamentais para trabalhos taxio- cer informações tanto sobre o uso dos vegetais como
nômicos, fitogeográficos, fitossociológicos e levan-
seus respectivos nomes vulgares.
tamentos sobre formações remanescentes de
vegetação;
3.2.2 Equipamentos de Coleta e de Herborização
- fornecer material de análise para pesquisa sobre
flora e vegetação; O material a ser utilizado depende da área de
- documentar cientificamente as pesquisas sobre coleta, da duração da operação de campo e da ex-
flora e vegetação. Sem essa documentação, as afir- pectativa da atividade de coleta.
mações terão valor científico relativo. Um determi- Para atender aos requisitos da coleta, é imprescin-
nado táxon pode mudar de nome ou de nível, mas a dível o conhecimento sobre a técnica de manuseio
exsicata de herbário terá sempre uma mesma "amar- dos equipamentos a serem utilizados. Isto propicia-
ração", que pem1itirá essa verificação a qualquer rá maior operacionalidade, praticabilidade, facilida-
tempo. Uma vez citado na literatura científica um de de transporte, segurança do coletor, baixo custo,
espécime (ex sicata) passa a ter valor científico ines- rendimento de coleta e o mínimo de dano às plantas.
timável; A seguir são citados os equipamentos mais versá-
- informar tanto sobre plantas úteis e nocivas ao teis para coleta e herborização de material botânico,
homem, bem como forrageiras e tóxicas para ani- em especial vegetais superiores, segundo os traba-
mais; e lhos de Kuhlmann, J. G. (1943); Kuhlmann, M,
- assegurar fidelidade às informações sobre vege- (1947); Vianna Freire et al. (1949); Kuniyoshi
tais que ocorrem em áreas sujeitas aos processos de (1979), Fidalgo et al. (1984); Mori et al. (1985) e
devastação, cont1ibuindo para conservação ou re- Nadruz (1988).
florestamento das mesmas.
Os conceitos e as finalidades mencionadas sobre
ALTÍMETRO
o herbário resultam, em parte, da coletânea das
definições dos trabalhos de Sakane (1984), Mori et Indica a altitude do ponto de coleta e deve ser
ai. (1985) e Germán (1986). sempre zerado ao nível do mar, no início de cada
trabalho.
IDENTIFICAÇÃO CIENTÍFICA
BÚSSOLA E MAPA
Identificar uma planta consiste em atribuir-lhe um
São utilizados para a orientação e a correta deter-
nome científico de acordo com um sistema de clas-
minação e anotação dos pontos de coleta. O mapa
sificação botânica, formado por categorias hierár-
deve ser o mais detalhado possível.
quicas, regido por um Código Internacional de
Nomenclatura Botânica (Greuter et al., 1988). Só CADERNETA DE CAMPO
após a identificação pode o exemplar botânico ser- Utilizada para as observações obtidas no campo.
vir de fonte de consulta para os mais variados fins Deve ser de fácil transporte e confeccionada em
"O primeiro passo no conhecimento sobre uma mate1ial resistente.
planta, suas propriedades, distribuição e importân-
cia está na garantia de sua identidade. Seu nome BLOCO DE FICHA DE COLETA
coneto é o acesso a muitas informações ... " (Fors- Utilizado para anotar os dados referentes ao local
berg apud Womersley, 1981). da coleta e do exemplar botânico (Figura 15).
PAÍS: ......................................... ESTADO: .............. MUN.: ............................... FOLHA: ................. OP.: ................... .
REF. LOCAl,:.................................................................. . PONTO DE COLETA: ..................................................... .
COORD.: LAT.: ........................ LONG.: ..................RELEVO: ........................ ALTITUDE: ...................................... .
EXSUDATO: ......
COLETOR E N 2 DA COLETA:...... .......... ....... . .. ...... . . ...... .......... . . ........ DATA:........ .. .................... .
DETERMINADOR: ...... .... .... . ........... .... ..... ...... .. . . . .. .. . . . ....... ... ....... . ....... DA11\: ........................... .
e
d
Fig. 16 ·Tipos de Podão (a,b,c); Desplantador (d); Prensa Aberta e Fechada (e) (a-d) retiradas de Fidalgo & Bononi (1984); (e)
retirada de Mori et ai (1985)
Fig 17 - Equipamentos para Coleta de Material Arbóreo: Esporão (a); Cinturão de Segurança e Talabarte (b); Bota (e) Retirados
de Fidalgo & Bononi (1984)
( b)
(d)
Fig 19 - Tipos de Prensagem: (a) Amostra em N ou V; (b) Amostra com folhas cortadas mostrando o vestígio do Pecíolo; (c) Fo-
lhas prensadas mostrando o lado ventral e o dorsal; (d) Montagem de planta Herbácea
Fig. 20- Tipos de Hábito: Cespitosa (a); Decumbcnte (b); Escaposa (e); Prosttada (d); Trepadeira Volúvel (e) e com Gavinha (f)
Retirados de Mori et ai (1985).
3.4.2 Palmeiras
L F
~ R A técnica de coleta desse grupo de plantas foi
M o baseada principalmente em Mori et ai. (1985).
PINA 1 N
N D Para a coleta de palmeiras de grande porte utiliza-
A E se o mesmo método descrito para a coleta de mate-
rial arbóreo.
É fundamental que sejam anotadas a altura total da
'
RAQUIS planta, altura do estipe, a presença de raízes escoras,
o número de folhas na copa, comprimento da lâmina
da folha e do pecíolo, número de pares de folíolos,
tamanho dos folíolos, comprimento da inflorescên-
cia e seus eixos e a presença e distribuição de
espinhos (Dransfield, 1986).
A coleta deve incluir o pecíolo, as porções do meio
e o ápice da lâmina da folha, partes representativas
da inflorescência, flores e frutos.
Na prensagem seccionam-se todos os folíolos de
um lado do ráquis, deixando-se os respectivos ves-
tígios; cortam-se também muitos eixos da inflores-
cência, deixando suas bases para indicar onde
estavam suas inserções. Cada papel em que as partes
são colocadas, além de ser marcado com nome e
número do coletor, deve conter também o nome do
órgão (folha, inflorescência, etc.) ao qual pertence
a amostra e a indicação da posição do respectivo
fragmento.
b Ex.: A. Vaz 470, Folha A, Base
A. Vaz 470, Folha A, Meio
A. Vaz 470, Folha A, Ápice
As amostras previamente destinadas a outros her-
bários são marcadas com a letra B, assim: A. Vaz 60,
Folha B, base, etc. Trabalhos específicos sobre o
Fig 21 - (a) Aspecto geral de wna Ptcridófita; (b) Detalhe da assunto foram elaborados por Dransfield (1986) e
Pina mostrando o Soro Retirado de Arrcguín-Sánchcz (1986) Quero (1986).
GÊNERO/ESPÉCIE
PROCEDÊNCIA
OBSERVAÇÕES:
COL DATA
DET DATA
,- - -- ----,----- - --
1
1 1
1 1
1 1
1 1
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------,-------
1
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1
1
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1
1
1
1
LtJENVELOPE
Pt..RA FRAGMENTOS
ETIQUETAS ETIQUETAS
NOMf DA ESPÉCIE
bo~
DE,
HERSARIO
Fig 23 - Materiais para montagem de Exemplares no Herbário: Envelope para fragmentos da amostra (a); Camisa para Montagem
(b); Saia para Montagem (e).
Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas com dossel uniforme Dbu 34
Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas com dossel emergente Dbe 34
Abp 34 0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas com palmeiras 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas com cipós Abc 34 0000000000000000
As 35 0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Submontana 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Submontana com palmeiras Asp 35 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Submontana com cipós Ase 35 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Submontana com bambus Asb 35 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Submontana com sororoca Ass 35 0000000000000000
36 0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Montana Am 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Ombrófila Aberta Montana com palmeiras Amp 36 0000000000000000
33 ..................................
Floresta Ombrófila Mista Aluvial Ma ....................................
Floresta Ombrófila Mista Submontana Ms 35 -- --....................... -....
.. . .. . . .. . . . . . .. ...... . . .
Mm 36 ..................... -- .............
Floresta Ombrófila Mista Montana .....................................
Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana MI 37 ....................................
....................................
Floresta Estaciona! Semidecidual das Terras Baixas com dossel uniforme Fbu 32
Floresta Estaciona! Semidccidual das Terras Baixas com dosscl emergente Fbe 32
Fim esta Estacionai Decidual Aluvial com dos sei uniforme Cau 22 000000000000~
000000000000~
0000000000000000
Floresta Estacionai das Terras Baixas Cb 32 0000000000000000
0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estaciona! Decidual das Terras Baixas com dossel uniforme Cbu 32
0000000000000000
Floresta Estacionai Dccidual das Terras Baixas com dossel emergente Cbc 32 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estacionai Decidual Submontana Cs 28 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estacionai Decidual Submontana com dosscl uniforme Csu 28 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estacionai Dccidual Submontana com dosscl emergente Cse 28 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estaciona! Decidual Montana Cm 26 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estacionai Decidual Montana com dossel uniforme Cmu 26 0000000000000000
0000000000000000
Floresta Estacionai Decidual Montana com dosscl emergente Cme 26 0000000000000000
Campinarana Florestada Ld 27
Can1pinarana Arborizada La 24
Campinarana Gramínea-Lenhosa Lg 23
Savana Florestada Sd 9
Savana Arborizada Sa 12
Savana Parque Sp 4
Savana Gramineo-Lenhosa Sg 2
Savana-Estépica Florestada Td 14
Savana-Estépica Arborizada Ta 15
Savana-Estépica Parque Tp 16
Savana-Estépica Gramíneo-Lenhosa Tg 17
0000000000000000
Estepe Arborizada sem floresta-de-galeria Eas 15 0000000000000000
0000000000000000
Estepe Arborizada com floresta-de-galeria Eaf 15 0000000000000000
0000000000000000
Estepe Parque Ep 16 0000000000000000
00000000000000000
Estepe Parque sem floresta-de-galeria Eps 16 00000000000000000
0000000000000000
Estepe Parque com floresta-de-galeria Epf 16 0000000000000000
0000000000000000
Estepe Gramínea-Lenhosa Eg 17 0000000000000000
0000000000000000
Estepe Gramínea-Lenhosa sem floresta-de-galeria Egs 17 0000000000000000
0000000000000000
Estepe Gramfneo-Lenhosa com floresta-de-galeria Egf 17 0000000000000000
vvvvvvvvvvvv
Formação Pioneira com influência fluviomarinha herbácea Pfh 42 vvvvvvvvvvvv
Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre arbustiva sem Pas 50
palmeiras
Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre arbustiva com Pap 50
palmeiras
vvvvvvvvvvvv
Formação Pioneira com influência flu via! e/ou lacustre herbácea Pah 50 vvvvvvvvvvvv
vvvvvvvvvvvv
Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre herbácea sem Phs 50 vvvvvvvvvvvv
palmeiras
vvvvvvvvvvvv
Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre herbácea com Php 50 vvvvvvvvvvvv
palmeiras
0000000000000000
Contato Savana/Floresta Ombr6fila-ec6tono so 55 0000000000000000
V -V-V -V -V -V -V -V -V
Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional-ec6tono ON 55 -v ... v-v-v-v-v -v -v
1 o -o-o -o -o -o -o -o -o 1
Contato Savana/Restinga-cc6tono SP 55 -0-0-0-0-0 -o-o-o
1olol oi oi oi oi oi oi
Contato Savana-Estépica/Floresta Ombr6fila-ec6tono TO 55 oi oi oi oi oi oi oi oi
.. O .. O .. O .. O· O .. O· O• O
Contato Savana-Estépica/Floresta Estacional-ecótono TN 55 ·0·0-0-0-0-0-0·Õ'-0
55 vovovovovovo
Contato Sa vana/Estepe-ec6tono SE OVOVOVOVOVO V
.. y .. y .. v-v-v-v-v-v
Contato Estepe/Floresta Ombrófila-ecótono EO 55 -v-v-v-v-v-v· v-v-v
1 -1 -1 -1-1-1 -1 -1 1
Contato Savana/Savana-Estépica-ecótono ST 55 -1-1-1-1-1-1-1
Obs.: Para os contatos na forma de encrave adota-se a cor e o ornamento da formação ou do subgrupo
de formação dominante. Os Contatos Floresta Ombrófila Densa/Floresta Mista, Savana/Floresta
Ombrófila Mista, Floresta Estacionai/Floresta Ombrófila Mista e Floresta Ombrófila/Refúgio
Vegetacional só ocorrem na forma de encrave.
Refúgio Montano rm 51
0000000000000000
Refúgio Montano arbustivo rmb 51 0000000000000000
.................................
Refúgio Montano herbáceo rmh 51 ..............................
Refúgio Alto-Montano ri 53
Áreas Antrópicas AA 58
Vegetação Secundária Vs 56
i=;oooooooooooooo
Vegetação Secundária sem palmeiras Vss 56 0000000000000000
....................................
Vegetação Secundária com palmeiras Vsp 56 1 .............................. 1
Agropecuária Ag 57
0000000000000000
Agricultura Ac 57 0000000000000000
1111111111111111111
Agricultura com culturas permanentes Acp 57 1111111111111111111
vvvvvvvvvvvvv
Agricultura com culturas cíclicas Acc 57 vvvvvvvvvvvvv
....................................
Pecuária Ap 57 ................................
Florestamento/Reflorestamento R 54
0000000000000000
Florestamento/Reflorestamento com Eucaliptos Re 54 0000000000000000
11111111111111111111
Florestamento/Reflorestamento com Acácias Ra 54 11111111111111111111
~+A.p
Soa + Db
Dm
I
Sd
--12.L_
1 ~d + Ap Sol + Ap
rn
Sai + Ob ~~
Sd
*Cor - 54
*Cor - 57
*Ornamento -
*Ornamento- 1---------1
-- -- -
- -
- -
- - -- -
-
ZONEAMENTO DAS
POTENCIALIDADES DOS
RECURSO{) NATURAIS DA
AMAZONIA LEGAL
VEGETAÇÃO
Superlnlendente AUTORES
Diretor do Departamento de Recursos Naturais
Presidenle
Diretor-Geral
Diretor de Geociências
Chefe do Departamento de Recursos Nalurais e Estudos Ambientais
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