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Questões de Termometria

(1) Um turista brasileiro sente-se mal durante uma viagem à Nova Iorque. Ao ser
examinado em um hospital local a enfermeira lhe diz que sua temperatura no
momento era 105°, mas que ele deveria ficar tranquilo, pois já havia baixado 4°.
Após o susto, o turista percebeu que sua temperatura havia sido medida em uma
escala Fahrenheit. Qual era a sua temperatura anteriormente e qual sua
temperatura atual?

Anterior: 105°+4°=109°F

Atual: 105°F

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(2) Um astrônomo analisa um buraco negro no espaço. Após muitos estudos ele
chegou a conclusão que este corpo celeste tinha temperatura de 10K. Qual a
temperatura do buraco negro em escala Celsius?

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(3) Um estudante de física criou uma escala (°X), comparada com a escala Celsius
ele obteve o seguinte gráfico:

a. Qual a equação de conversão entre as duas escalas?

b. Qual a temperatura do corpo humano (37°C) nesta escala?

a.

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b. 

Questões de Calorimetria
Calor
(1) Para derreter uma barra de um material w de 1kg é necessário aquecê-lo até a
temperatura de 1000°C. Sendo a temperatura do ambiente no momento analisado
20°C e o calor específico de w=4,3J/kg.°C, qual a quantidade de calor necessária
para derreter a barra?

(2) Um bloco de ferro de 10cm³ é resfriado de 300°C para 0°C. Quantas calorias o
bloco perde para o ambiente?

Dados: densidade do ferro=7,85g/cm³ e calor específico do ferro=0,11cal/g.°C

O primeiro passo é descobrir a massa do bloco, sabendo sua densidade e seu


volume (é importante prestar bastante atenção nas unidades de cada grandeza).

Conhecendo a massa, podemos calcular a quantidade de calor do corpo:

Como Q<0, a transferência de calor acontece no sentido do bloco para o meio


ambiente (libera calor).

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(3) Qual a quantidade de calor absorvida para que 1L d'água congelado e à -20°C
vaporize e chegue a temperatura de 130°C.

Dados:

Calor latente de fusão da água: L=80cal/g

Calor latente de vaporização da água: L=540cal/g

Calor específico do gelo: c=0,5cal/g.°C

Calor específico da água: c=1cal/g.°C

Calor específico da água: c=0,48cal/g.°C

Densidade da água: d:1g/cm³

1L=1dm³=1000cm³

m=d.V

m=1000g

Trocas de calor
(1) Um bloco de uma material desconhecido e de massa 1kg encontra-se à
temperatura de 80°C, ao ser encostado em outro bloco do mesmo material, de
massa 500g e que está em temperatura ambiente (20°C). Qual a temperatura que
os dois alcançam em contato? Considere que os blocos estejam em um calorímetro.

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(2) Em uma cozinha, uma chaleira com 1L de água ferve. Para que ela pare, são
adicionados 500mL de água à 10°C. Qual a temperatura do equilíbrio do sistema?

Qualquer quantidade de água que esteja fervendo encontra-se à temperatura de


100°C, se a temperatura for superior a esta, não haverá água líquida, apenas vapor.

Exercícios de Estudos dos Gases


Gases
1. Qual a velocidade média das moléculas de um gás que ocupa um recipiente de
capacidade igual a 2 litros, tem massa igual a 20 gramas e pressão equivalente a 2
atmosféras?

Lembrando que existe uma relação entre estas grandezas expressa por:

Podemos isolar a grandeza que desejamos calcular, ou seja, a velocidade:

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Convertendo os dados do problema para grandezas do SI:

Utilzando os dados na equação:

2. Em um tubo com pressão constante de 1atm ocorre uma transformação. Sendo a
temperatura inicial igual a 20°C e a final igual a 0°C, de quantas vezes o volume foi
modificado?

Como pressão não pode ser diferente da pressão atmosférica, então a


transformação é Isobárica, sendo regida por:

Neste caso, não é necessário converter as unidades para o SI, pois ambas têm
mesma característica:

Lembrando que é necessário que as temperaturas estejam em escala absoluta:

Então o volume final é menor que o inicial, com a razão de 0,93.

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3. Qual a energia cinética média das moléculas de 10 mols de um gás perfeito, na
temperatura de 100°C? E na temperatura de 100K? Considere R=8,31 J/mol.K

Sabemos que a energia cinética média das moléculas de um gás é dado por:

No entanto a temperatura utilizada é a absoluta, por isso deve ser convertida, para o
primeiro caso:

Aplicando estes valores na equação:

Para o segundo caso (T=100K):

Transformações
1. Um gás sofre uma expansão sob temperatura constante, o volume ocupado
inicialmente pelo gás era 0,5 litros, e no final do processo passou a ser 1,5 litros.
Sabendo que a pressão inicial sob o gás era o normal no ambiente, ou seja, 1 atm,
qual a pressão final sob o gás?

Como a temperatura não é modificada durante a transformação, esta é Isotérmica,


sendo regida pela equação:

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Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm
mesma característica, ou seja volume é expresso em litros e pressão em atm,
portanto, a pressão final será dada em atm:

2. Em um tubo aberto ocorre uma grande compressão em um gás que torno o
volume ocupado por ele 10 vezes menor. Sendo a temperatura inicial igual a 20°C,
qual será a temperatura final?

Como o tubo é aberto, a pressão não pode ser diferente da pressão atmosférica,
então a transformação é Isobérica, sendo regida por:

Neste caso não é necessário converter as unidades para o SI pois ambas têm
mesma característica:

Mas o volume inicial é igual a 10 vezes o volume final:

3. Um botijão de gás não pode variar o volume do gás que se encontra em seu
interior. Se este for tirado de um ambiente arejado, onde a pressão interna é 3 atm e
a temperatura 15°C, e é posto sob o Sol, onde a temperatura é 35°C. Supondo que
o gás seja ideal, qual será a pressão após a transformação?

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Como o volume não varia durante a transformação, esta é Isométrica, sendo regida
por:

Mas as temperaturas devem ser medidas em escala absoluta, ou seja:

Isolando-se a pressão final:

4. Um gás perfeito à temperatura de 0°C e sob pressão de uma atmosfera ocupa um
volume igual a 22,4 litros. Qual seria o volume ocupado por 5 mols deste gás a
100°C, sob a pressão de 1 atm?

Utilizando a Equação de Clapeyron para ambas situações podemos chegar a um


sistema de equações:

Igualando as equações:

A temperatura deve ser passada para escala absoltura para que não haja
indeterminações nos cálculos:

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Exercícios de Termodinâmica
Energia Interna
1. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C?
Conisdere R=8,31 J/mol.K.

Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:

A partir daí basta aplicar os dados na equação da energia interna:

2. Qual a energia interna de 3m³ de gás ideal sob pressão de 0,5atm?

Neste caso devemos usar a equação da energia interna juntamente com a equação
de Clapeyron, assim:

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Trabalho de um gás
1. Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que
mantém a pressão igual a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-
se o êmbolo, o volume ocupado passa a ser 1m³. Considerando a pressão
atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?

Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma tranformação isobárica é dado


por:

Substituindo os valores na equação:

O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.

2. Uma transformação é dada pelo gráfico abaixo:

Qual o trabalho realizado por este gás?

O trabalho realizado pelo gás é igual a área sob a curva do gráfico, ou seja a área
do trapézio azul.

Sendo a área do trapézio dado por:

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Então, substituindo os valores temos:

Primeira Lei da Termodinâmica


1. O gráfico abaixo ilustra uma transformação 100 moles de gás ideal monoatômico
recebem do meio exterior uma quantidade de calor 1800000 J. Dado R=8,31
J/mol.K.

Determine:

a) o trabalho realizado pelo gás;

b) a variação da energia interna do gás;

c) a temperatura do gás no estado A.

a) O trabalho realizado pelo gás é dado pela área do trapézio sob a curva do
gráfico, logo:

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b) Pela 1ª lei da termodinâmica têm-se que:

Então, substituindo os valores temos:

c) Pela equação de Clapeyron:

Lembrando que:

n = 100 moles

R= 8,31 J/mol.K

E pela leitura do gráfico:

p = 300000 N/m²

V = 1m³

Aplicando na fórmula:

Segunda Lei da Termodinâmica


1. Em uma máquina térmica são fornecidos 3kJ de calor pela fonte quente para o
início do ciclo e 780J passam para a fonte fria. Qual o trabalho realizado pela

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máquina, se considerarmos que toda a energia que não é transformada em calor
passa a realizar trabalho?

A segunda lei da termodinâmica enuncia que:

Então, substituindo os valores na equação, temos:

2. Qual o rendimento da máquina térmica do exercício anterior?

Sendo o rendimento de uma máquina térmica dado por:

Substituindo os valores na equação:

Ou, em percentual:

Ciclo de Carnot
1. Uma máquina que opera em ciclo de Carnot tem a temperatura de sua fonte
quente igual a 330°C e fonte fria à 10°C. Qual é o rendimento dessa máquina?

Solução:

Sendo o rendimento de uma máquina térmica que opera em ciclo de Carnot dado
por:

onde:

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T1= temperatura da fonte quente;

T2= temperatura da fonte fria.

Mas as temperaturas utilizadas devem estar em escala absoluta, logo, devemos


convertê-las. Assim:

Aplicando estes valores na equação do rendimento, obtemos:

Exercícios de Dilatação
Dilatação Linear
1. Duas barras de 3 metros de alumínio encontram-se separadas por 1cm à 20°C.
Qual deve ser a temperatura para que elas se encostem, considerando que a única
direção da dilatação acontecerá no sentido do encontro? Sendo  .

Sendo a dilatação linear dada por:

Mas a variação no comprimento das barras deve ser apenas 0,5cm = 0,005m, pois
as duas barras variarão seu comprimento, então substituindo os valores:

2. Um fazendeiro quer cercar com arame um terreno quadrado de lados 25m e para
isso adquire 100m de fio. Fazendo o cercado, o fazendeiro percebe que faltaram
2cm de fio para a cerca ficar perfeita. Como não quer desperdiçar o material e seria
impossível uma emenda no arame, o fazendeiro decide pensar em uma alternativa.
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Depois de algumas horas, ele percebe que naquele dia a temperatura da cidade
está mais baixa do que a média e decide fazer cálculos para verificar se seria
possível utilizar o fio num dia mais quente, já que ele estaria dilatado. Sabendo que
o acréscimo no comprimento do fio é proporcional ao seu comprimento inicial, ao
seu coeficiente de dilatação linear e à variação de temperatura sofrida, calcule o
aumento de temperatura que deve ocorrer na cidade para que o fio atinja o tamanho
desejado. (Dado: coeficiente de dilatação térmica linear do fio =  .)

Sendo a dilatação linear dada por:

Lembrando que as unidades de comprimento devem estar no mesmo sistema de


unidades, a variação deve ser igual a 0,02m:

Dilatação Superficial
1. Uma peça de zinco é constituída a partir de uma chapa de zinco com lados 30cm,
da qual foi retirado um pedaço de área 500cm². Elevando-se de 50°C a temperatura
da peça restante, qual será sua área final em centímetros quadrados?
(Dado  ).

Primeiramente deve-se calcular a área da peça final que é dada pela subtração da
área de 500cm² pela área inicial, que é:

Portanto, a área da peça é:

Sendo a dilatação superficial dada por:

Mas:

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Substituindo os valores na equação:

Assim, a área final será:

Dilatação Volumétrica

1. Um paralelepípedo de uma liga de alumínio ( ) tem arestas que, à


0°C, medem 5cm, 40cm e 30cm. De quanto aumenta seu volume ao ser aquecido à
temperatura de 100°C?

Primeiramente deve-se calcular o volume do paralelepípedo à 0°C:

Sendo a dilatação volumétrica dada por:

Mas:

Substituindo os valores na equação:

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Dilatação dos líquidos
1. Um recipiente de vidro. com a capacidade de 3000cm³, está completamente cheio
com líquido, a 0°C. O conjunto é aquecido até 100°C e observa-se que 15cm³ desse
líquido extravasa do recipiente.

Considerando-se o coeficiente de dilatação linear do vidro como sendo constante no


referido intervalo térmico e igual a  , qual o coeficiente de dilatação
real desse líquido?

Sabendo que

E que:

De modo que podemos calcular o coeficiente de dilatação aparente do líquido e


descobrir o coeficiente de dilatação real, ou seja:

Exercícios de MHS
Movimento periódico e oscilatório
1. A Terra demora 1 ano para completar uma volta ao redor do Sol. Este é chamado
um movimento periódico e 1 ano é o período do movimento. Qual é a frequência do
movimento da Terra em torno do Sol? Considere 1 ano = 365 dias.

Primeiramente devemos transformar a unidade de ano para a que se utiliza


inversamente na frequência, ou seja, segundo.

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Sendo a frequência igual ao inverso do período, temos que:

2. Um pêndulo demora 0,5 segundo para restabelecer sua posição inicial após
passar por todos os pontos de oscilação, qual sua frequência?

Como o tempo dado equivale ao movimento completo do pêndulo, este é


considerado o seu período de oscilação, ou seja:

Como a frequência equivale ao inverso do período temos:

Funções horárias do MHS


1. Um oscilador massa-mola tem amplitude do movimento de 2mm, pulsação de 2π,
e não existe defasagem de fase. Quando t=10s, qual a elongação do movimento?

Sendo a função horária da elongação:

Substituindo os valores dados temos:

Lembrando que a unidade resultante será mm, pois os valores não foram passados
para o SI.
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Como cosseno de 20π é um valor máximo (+1), a elongação será máxima, ou seja,
igual a amplitude.

2. Dada a função horária da elongação:

Sabendo que todos os valores se encontram em unidades do SI responda:

a) Qual a amplitude do movimento?

Retirando o valor da equação, com unidades do SI temos:

A=3m

b) Qual a pulsação do movimento?

Retirando o valor da equação, com unidades do SI temos:

c) Qual o período do movimento?

Conhecendo a pulsação e sabendo que:

Igualando os valores:

d) Qual a fase inicial do movimento?

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Retirando o valor da equação, com unidades do SI temos:

e) Quando t=2s qual será a elongação do movimento?

Aplicando o valor na equação temos:

3. Um oscilador harmônico tem sua elongação descrita pela seguinte equação:

Sendo todas as unidades encontradas no SI. Qual a velocidade do movimento nos


instantes t=1s, t=4s e t=6s?

Lembrando que a equação utilizada para a velocidade no mhs é:

Utilizando os valores encontrados na equação da elongação teremos:

Substituindo os valores de tempo pedidos temos:

Para t=1s:

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Para t=4s:

Para t=6s:

4. Qual a aceleração de um corpo que descreve mhs quando sua elongação é x=0 e
quando x=A?

Utilizando a equação:

Sabendo que a pulsação tem um valor fixo, independente da elongação, é fácil


perceber que:

Em x=0, a aceleração será nula (a=0) e

Em x=A, a aceleração será máxima (ou mínima, dependendo o sinal de A).

Força no MHS
1. Qual a força exercida em um oscilador massa-mola de amplitude 0,3m, com
massa 0,5kg, tendo um período de 3 segundos, no momento em que sua elongação
é máxima?

Utilizando a equação:

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Lembrando que:

E que, no momento onde a elongação é máxima:

x=A

Podemos escrever a equação da força:

2. Qual a frequência de um oscilador que tem pulsação ω=π?

Utilizando:

Descobriremos que o período do movimento é:

Sabendo que a frequência é igual ao inverso do período:

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Oscilador Massa- Mola
1. Qual deve ser a constante elástica de uma mola para que, quando colacada em
um oscilador massa-mola horizontal, considerando a força máxima admissível igual
a 100N, suporte um movimento de uma massa de 2kg em uma amplitude de 1m?

Utilizando a equação da força, lembrando que para ociladores massa-mola a


constante k equivale a constante elástica da mola temos:

Para este caso utilzaremos os valores de alongação máxima (amplitude) e de maior


força admissível (lembrando que esta será restauradora, portanto, negativa), assim:

Pêndulo Simples
1. Qual o período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de
0,25m? Considere g=10m/s².

Utilizando a equação:

Substituindo os valores dados:

Sabendo que a frequência é igual ao inverso do perído:

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Exercícios de Ondas
Velocidade de Propagação
1. O gráfico abaixo representa uma onda que se propaga com velocidade igual a
300m/s.

Determine:

a) a amplitude da onda;

A Amplitude da onda é dada pela distância da origem até a crista da onda, ou seja:

b) o comprimento de onda;

O comprimento de onda é dado pela distância entre duas cristas ou entre 3 nodos,
ou seja:

Como a figura mostra a medida de três "meios-comprimento de onda", podemos


calculá-lo:

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c) a frequência;

Sabendo a velocidade de propagação e o comprimento de onda, podemos calcular


a frequência através da equação:

Substituindo os valores na equação:

d) o período.

Como o período é igual ao inverso da frequência:

Refração das ondas


1. Uma agulha vibratória produz ondas com velocidade de propagação igual a
160m/s e comprimento de onda de 1mm, chegando em uma diferença de
profundidade com um ângulo formado de 45° e sendo refratado. Após a mudança
de profundidades o ângulo refratado passa a ser de 30°. Qual é a nova velocidade
de progação da onda?

E o comprimento das ondas refratadas?

Utilizando a Lei de Snell:

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Utilizando a relação com velocidades de propagação, chegamos a equação:

A velocidade da onda refratada será 113,1m/s.

Para calcular o comprimento de onda refratada, utilizamos a Lei de Snell, utilizando


a relação com comprimentos de onda:

O comprimento da onda refratada será 0,7mm.

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Repare que o resultado aparece em milímetros pois as unidades não foram
convertidas para o SI no início da resolução.

Questões de Acústica
Som e sua propagação
1. O som é uma onda mecânica que se propaga no ar com uma velocidade variável,
conforme a temperatura local.

Supondo que em um lugar essa velocidade seja 340m/s. Se um auto-falante, ao


vibrar sua membrana neste local, emite 1 250 pulsos por segundo:

a) Determine a frequência de vibração da membrana, em Hertz;

Esta resposta encontra-se no próprio enunciado, já que se a membrana emite 1 250


pulsos por segundo, ela repete seu movimento 1 250 vezes em cada segundo, ou
seja, esta é sua frequência.

b) Determine o período de vibração;

Sabendo a frequência, só precisamos lembrar que o período é igual ao inverso da


frequência, logo:

Sendo a unidade expressa em segundos que é a unidade inversa a Hz.

c) Determine o comprimento de onda da onda sonora, em metros;

Utilizando a equação:

Já conhecemos a velocidade e a frequência, então basta isolarmos o comprimento


de onda:

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d) Sabendo-se que a velocidade do som no ar varia com a temperatura segunda a
relação  , sendo θ em graus Celsius e a velocidade em metros por
segundo. Qual a temperatura local?

Sabendo-se que a velocidade do som no local é 340m/s, podemos utilizar a


equação e resolvê-la:

2. Suponha que em um local a velocidade do som seja 300m/s, na temperatura de


0°C. Neste mesmo local as temperaturas durante certa época do ano podem chegar
a 40°C. Neste extremo de temperatura qual será a velocidade de propagação do
som?

Utilizando a equação:

Sendo k uma constante de valor arbitrário e T a temperatura absoluta do ambiente.


Podemos aplicar os valores na equação nas duas situações:

 e 

Convertendo as temperaturas temos respectivamente 273K e 313K.

Dividindo uma equação pela outra:

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Intervalo Acústico
1. Dois diapasões são tocados no mesmo momento. Um deles tem frequência igual
a 14kHz e outro de 7kHz. Qual o nome do intervalo acústico entre eles?

Utilizando a equação do intervalo acústico temos:

Consultando uma tabela, verificamos que o intervalo de 2:1 é chamado de oitava.

2. Uma dupla de sons tem intervalo acústico de uma quinta. Sendo que ambos os
sons têm mesma velocidade de propagação e o som de frequência maior tem um
comprimento de onda igual a 1,3cm. Qual é o comprimento de onda do som de
menor frequência?

Para resolver este problema devemos usar a equação

Juntamente com:

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Que pode ser escrita como:

Juntando as duas equações:

Aplicando os valores conhecidos, sabendo que uma quinta equivale ao quociente


3:2

Intensidade Sonora
1. A legislação brasileira proibe o uso de buzinas em regiões próximas a hospitais,
escolas e dentro de túneis. Se um motorista buzinar dentro de um túnel com um
nível de intensidade sonora igual a 90dB, considerando que a intensidade padrão do
túnel o LSA.

Se 10 motoristas buzinarem dentro de um túnel, simultaneamente, com mesma


intensidade sonora, qual será o nível de intensidade sonora dentro do túnel?

Para resolver este problema devemos considerar a equação que descreve a


intensidade do nível sonoro, ou seja:

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Lembrando que a intensidade sonora equivalente ao limiar da sensação audível
(LSA) é igual a:

Usando estes dados e o que já foi dito no problema podemos calcular qual será a
intensidade sonora de cada buzina:

Conhecendo a intensidade de cada buzina podemos descobrir a intensidade


resultante das 10 buzinas funcionando simultaneamente:

Então basta calcularmos o nivel da intensidade sonora para as 10 buzinas:

Caso o estudante não tenha entendido as propriedades dos logaritmos utilizadas,


consulte:

http://www.somatematica.com.br/emedio.php

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Tubos sonoros
1. No tubo de Kundt, ilustrado abaixo, uma fonte sonora emite som na frequência de
825Hz. No interior do tubo existe uma quantidade de pó de cortiça, que fica
acumulada em distâncias espaçadas de 20cm. Qual é a velocidade de propagação
da onda sonora no tubo?

A distância de 20cm citada no problema equivale a distância entre dois nodos da


onda sonora, pois nesses pontos a onda "deixa" espaço vago para que a matéria se
acumule. Sabendo que o comprimento de onda equivale a distância entre 3 nodos,
concluimos que o comprimento da onda sonora é 40cm. Sabendo isso, basta
calcularmos a velocidade de propagação, já que conhecemos a frequência:

Efeito Doppler
1. Um trem bala passa apitando pela plataforma de uma estação. Uma pessoa que
esta parada na plataforma ouve o silvo com frequência de 450Hz. Após a passagem
do trem, a frequência do apito parece cair para 300Hz. Qual a velocidade com que o
trem bala anda? Considera velocidade do som igual a 340m/s.

Utilizando a equação generalizada do efeito Doppler:

No primeiro caso, quando o trem se aproxima e o observador permanece parado:

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No segundo caso, quando o trem se afasta e o observador permanece parado:

Para encontramos a velocidade do trem podemos isolar a frequência do som


emitido pelo apito e resolver a equação, ou podemos dividir uma equação pela
outra:

Questões de Indução Magnética


1. Uma espira retangular, com 15cm de largura, por 20cm de comprimento
encontra-se imersa em um campo de indução magnética uniforme e constante, de
módulo 10T. As linhas de indução formam um ângulo de 30° com o plano da espira,
conforme mostra a figura:

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Qual é o valor do fluxo de indução magnética que passa pela espira?

Para resolver este problema, devemos lembrar da expressão que calcula o fluxo de
indução:

Mas é importante lembrar que o ângulo θ é o que se forma entre a direção do


campo magnético e a reta normal à espira. Para analisar melhor este ângulo,
podemos redesenhar a figura em perfil:

Conculindo que o ângulo θ é igual a 30°, e que a área interna à espira é 0,15m x
0,2m=0,03m², podemos calcular o fluxo de indução:

2. Um campo magnético atua perpendicularmente sobre uma espira circular de raio
10cm, gerando um fluxo de indução magnética de 1Wb. Qual a intensidade do
campo magnético?

Sendo a área da espira:

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Então a intensidade do campo magnético pode ser calculada por:

Saiba mais...

No equacionamento acima foi usado uma convenção trigonométrica de


secante (secθ = 1/cosθ). Caso o estudante não domine completamente esta
função trigonométrica, usar o cosseno no denominador não trará maiores
problemas, a não ser quando θ=90° e seus equivalentes (90°+180°k), que
ocasionará uma indeterminação no cálculo.

3. Uma espira quadrada de lado R=20cm é imersa em um campo magnético


uniforme de intensidade 2T. Qual é o fluxo de indução nessa espira em cada um
dos seguintes casos:

a) o plano da espira é paralelo às linhas de indução;

Neste caso, a reta normal à espira têm ângulo de 90°, e cos90° =0, portanto, ao
aplicarmos este valor na equação, ele a anulará, fazendo com que o fluxo de
indução seja nulo, ou seja

Φ=0

b) o plano da espira é perpendicular às linhas de indução;

Neste caso, a reta normal à espira não formará ângulo com as linhas de indução
(θ=0), e cos0° =1, portanto, ao aplicarmos este valor na equação faremos com que
seu valor seja máximo, já que todos os outros valores do cosseno são menores que
1. Portanto:

Ernesto Manuel Isaac ǀ Universidade Púnguè 2020 Pá gina 37


Sendo A=0,2²=0,04m² :

c) o reta normal ao plano forma um ângulo de 60° com as linhas de indução.

Como há ângulo entre 0° e 90° entre a reta normal e as linhas de indução, usamos
a equação generalizada para resolver:

Ernesto Manuel Isaac ǀ Universidade Púnguè 2020 Pá gina 38

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