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E para terminar, falarei sobre o texto narrativo oral e ou escrito, dando referencia a
categorias ou elementos, momento da acção e caracterização das personagens.
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Origem e Evolução da Língua Portuguesa
A Língua portuguesa tem a sua origem no latim, em consequência da romanização da
península Ibérica (por um período de mais de cinco séculos).
Processos de evolução do léxico português
A evolução do léxico português compreendeu alguns processos, de entre eles destaca -
se:
A evolução fonética, com tendência da redução do esforço na fala. Eis alguns exemplos:
Fenómeno de queda – attonitu>tonito>tanto.
Fenómeno de adição – store>estar.
Fenómeno de permuta – semper>sempre.
A evolução semântica – alteração do significado de certas palavras ao longo do tempo.
Eis alguns exemplos:
Barba – (queixo, rosto, mento – significado antigo);
- (camada pilosa que cobre partes do rosto – significado actual);
Ministro – (escravo, servidor – significado antigo);
- (cargo superior – significado actual).
Estrangeirismo ou empréstimo – adopção de uma nova palavra, frase ou expressão de
uma língua estrangeira.
Neologismo – é uma palavra que deu entrada na língua no decorrer de um período
recente e que ainda não foi dicionarizada. Estes são vários, a saber:
a) Neologismo morfológico – palavra nova formada por derivação ou composição:
desnuclearizacao, ibericidade.
b) Neologismo terminológico ou neonimos – palavras novas que fazem parte de
vocabulário de especialidade técnica ou cientifica, como a economia, a medicina,
etc. Surgem para denominar novas teorias; biogenetiuca, cartão – inteligente, etc.
c) Neologismo literário ou neologismo estilísticos – são utilizados para conferir
ênfase ou que se pretende transmitir e, na maior parte dos casos, ocorrem apenas
uma vez. Ex: “sou um homem obeditoso aos mandos. Resumo – me: sou um
obeditado”.
d) O empréstimo ou estrangeirismo mais frequente são de origem:
- Inglesa – anglicismo; bandminton, boom, breafing, etc.
- Francesa – galicismos; ballet, bâton,bouquet, dossier,etc;
- Italiana – Italianismo; adágio, cicerone, macarrão, madonnna.
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Na historia de evolução da língua portuguesa, igualmente introduziram se no
vocabulário português palavras de:
a) Línguas americanas; arara, caipira, goiaba, etc.
b) Línguas africanas; azagaia, batuque, cacimba, etc.
c) Línguas asiáticas; anil, bazar, bambu, etc.
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Não são acentuados, o – i ou o – u tónico, quando seguido de uma consoante que não
seja –s: raiz; cair; Raul.
Com acento circunflexo:
Palavras terminadas nas vogais abertas -e; -o, seguidas ou de – s: lê; três; pôs.
As formas verbais da 3ª pessoa do plural terminadas em -em, para as distinguir das
do singular (igualmente terminadas em - em): vêm (cf. vem); detêm (cf. detém).
A forma verbal pôr, para se distinguir da preposição por. Os derivados deste verbo
não são acentuados: dispor; compor, etc.
2. Acentuação das palavras graves (`)
Uma vez que a grande maioria das palavras portuguesas são graves, a sua acentuação só
se faz excepcionalmente, para evitar eventuais erros de leitura. Deste modo, deverá ser
colocado na vogal tónica o acento agudo, se esta for aberta, ou circunflexo, se esta não
for aberta.
O acento grave marca uma sílaba aberta que resultou da contracção da preposição a
com o artigo definido a(s) ou com os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo.
Às, àquelas, àqueles; àquilo, fácil, pólen; carácter, tórax; lápis; Vénus; órfã;
bênção etc.
3. Palavras esdrúxulas
Todas as palavras esdrúxulas são acentuadas graficamente e a sílaba tónica é a
antepenúltima.
Com acento agudo: último; rápido; relatório…
Com acento circunflexo: pêssego; lâmpada; estômago, providência, elegância.
A pontuação de frases
A pontuação é indispensável à compreensão de qualquer texto: clarifica o sentido,
contribui para que a comunicação se processe e reforce a expressividade do estilo.
Ponto final (.): coloca – se no fim de uma frase declarativa, para indicar uma
pausa ou que o sentido está completo. Ex1. Eduardo Mondlane é o arquitecto da
unidade nacional. Ex2: O Sr. Dr. está fora.
Virgula (,): assinala uma pequena pausa, permitindo separar elementos ou
orações dentro da frase. Ex: A Ana, a Teresa e o João já foram para a escola.
Ponto e vírgula (;): separa orações coordenadas, quando são extensas ou
orações subordinadas que dependem do mesmo verbo. Ex: o médico dá
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consultas, no hospital, às 2ªs feiras das 9h00 às 12h30; no consultório, às 2ªs e
4ªs feiras das 18h00 às 20h00; na clínica, às 6ªs feiras das 14h00 às 18h00.
O ponto e vírgula assinalam uma pausa mais forte do que a vírgula. Ex: Eu e o João
fomos à praia; a Isabel ficou em casa.
Dois pontos (:) emprega-se antes de uma citação, fala, enumeração ou explicação.
Ex: As estações do ano são quatro: Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Ponto de interrogação: coloca-se no fim de uma frase interrogativa directa. Ex.
Como é que se chama?
Ponto de exclamação: coloca-se no fim de uma frase exclamativa, depois das
interjeições e das formas verbais de imperativo. Ex. Que lindo dia! Bravo!
Reticências: indicam que o sentido da frase está incompleto. Ex. Foi a ambição que
o perdeu! Quem tudo quer…
Aspas ou vírgulas altas: empregam-se no princípio e no fim de uma transcrição ou
citação, para citar o título de uma obra ou artigo, para realçar uma palavra ou
expressão. Ex. Li um artigo muito interessante sobre os “Lusíadas”.
Parênteses: empregam-se para separar da frase uma palavra ou oração intercalada.
Ex: Estava em Maputo (que é onde costumo passar férias) quando soube do acidente
pela televisão.
Travessão: tal como os parênteses, emprega-se para isolar no texto palavras ou
frases e ainda para introduzir o discurso directo. Ex. O professor disse: - Façam o
exercício da página 20.
Relações Lexicais
As relações lexicais são sempre tipos de relações de sentido e as palavras que as
ilustram supõem que o contexto linguístico e a situação empregue são adequados. Estes
podem ser: sinonímia, antonímia, hiperonímia, hiponímia, homonímia, paronímia,
holonímia e meronimia.
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a) Com palavras de radicais diferentes, como bom e mau. Ex: Aquele miúdo é
bom. /Aquele miúdo é mau.
b) Com palavras com a mesma raíz, mas a que se juntou um prefixo negativo posto à
raíz, como legal e ilegal. Ex: O que fizeste é legal. / O que fizeste é ilegal.
c) Com palavras com a mesma raíz, que se opõem pelos prefixos de significação
contrária como progredir e regredir. Ex: O aluno continua a progredir. /O aluno
continua a regredir. A este tipo de antonímia é costume chamar-se antonímia
binária, dado que um termo tem necessidade de outro para se construir
semanticamente.
A hiperonímia é a relação de inclusão na unidade mais geral do significado veiculado
por outra unidade – o hipónimo. Ex: Rosa – flor, isto é, (Rosa - hiperónimo) e flor -
hiponimo.
A hiponímia é a relação de sentido não simétrica existente entre duas palavras e
estabelecida segundo critérios de inclusão. Ex: rosa, túlipa, cravo, lírio…estão incluídos
em flor.
A homonímia é a relação entre unidades lexicais que têm as mesmas formas gráficas e
fonética, mas significados diferentes. A homonímia compreende a homofonia (a mesma
forma fonética, mas significados diferentes, como acontece com passo e paço), a
Homografia (a mesma forma gráfica, mas com formas fonéticas e gráficas diferentes,
como acontece com segredo – nome – e segredo – forma verbal) ou as duas.
A homonímia acontece quando duas palavras têm uma origem etimologicamente
diferente como saia (nome) e saia (forma verbal) ou quando a origem etimologicamente
comum não permite já compreender o laço semântico entre duas palavras. É o caso de
colégio (estabelecimento escolar) e colégio (corpo de pessoas).
As paronímias – são muito parecidas, prestando-se a confusão, como por exemplos:
perfeito (bem feito) – prefeito (vigilante do colégio).
A relação das partes com o todo, genericamente designada como relação de
meronímia/holonimia, é uma das relações léxicoconceptuais a que é mais difícil dar um
tratamento formal. Mais do que de uma relação, tratar-se - a de uma complexa família
de relações, como é sustentado por vários autores, quer no âmbito da Semântica Lexical
quer no âmbito da Psicolinguística.
Canonicamente, e em termos informais, podemos definir a relação de
meronímia/holonímia e a sua inversa como se segue:
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A é merónimo de B se e só se A é necessariamente parte de B e B inclui
necessariamente A;
B é holónimo de A se e só se A é merónimo de B.
Exemplo: pétala e corola. Face à definição acima, pétala é merónimo canónico de corola
e corola holónimo canónico de pétala, uma vez que pétala é necessariamente parte de
corola e corola inclui necessariamente pétala.
Relações de Coordenação
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Coordenação – é a ligação de duas orações independentes que se apresentam no
mesmo nível e sem que uma esteja dependente da outra. A ligação de orações é feita por
meio de conjunções coordenativas. Estas, segundo a conjunção/locução conjuntiva
que as une, podem ser: copulativas (sindéticas e assindéticas), disjuntivas, adversativas,
conclusivas e explicativas.
Copulativas – as que exprimem um nexo aditivo. Ex: Primeiro bateu a porta e
depois fugiu (copulativa sindética); Ex: Os rapazes chegaram, sentaram-se,
ouviram música (copulativa assindética).
Disjuntivas – as que exprimem alternativas: Ex; Ele Foi de comboio ou foi de
avião? Ex: Quer venha quer não venha, nós sairemos.
Adversativas – as que exprimem adversidade (restrição, contraste, oposição) em
relação ao que se disse anteriormente: Ex: Gosto de arroz [mas, porém, contudo,
todavia] prefiro a batata.
Conclusivas – as que indicam uma conclusão: Ex: Ele é tolo, logo não sabe o
que diz. Ex: Não gosto de dançar, porquanto não vou!
Explicativa – as que justificam a ideia expressa na primeira oração: Ex: Não
comas chocolate, pois te faz mal!
Relação de Subordinação
Subordinação – é a relação de uma oração não autónoma com uma oração principal. A
oração não autónoma depende da oração principal. As orações subordinadas são aquelas
que se ligam por meio de conjunções subordinadas. Elas podem ser:
Relativas – introduzidas por um pronome que tem uma função sintáctica na
oração introduzida por esse pronome. Estas podem ser adjectivas (explicativas
ou restritivas) ou substantivas. Ex: A rapariga que tem os cabelos pintados de
loiro é minha prima; Ex: Dos dois rapazes foi o António quem primeiro
apareceu.
Relativas explicativas – as que exprimem uma qualidade acessória. São
separadas por vírgulas e podem suprimir-se sem que a frase perca sentido. Ex: O
teu tio, que era futebolista, trouxe-lhe dois livros.
Relativas restritivas - as que precisam ou limitam a significação do
antecedente. Ex: As crianças que estavam doentes perderam o apetite.
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Subordinadas Integrantes – as que são introduzidas pela conjunção integrante
que. Ex: Sinto que a tempestade se aproxima. Ex: Quero que vás trabalhar.
Subordinadas adverbiais – que exprimem várias circunstâncias – causa, fim,
meio, etc – podem ser condicionais, causais, finais, concessivas, consecutivas,
comparativas, temporais e infinitivas.
a) Concessivas – as que estabelecem uma relação de oposição com a acção enunciada
na oração subordinante. Ex: Levo o guarda-chuva embora agora não chova. Ex: Apesar
de tudo, eu amo-a.
b) Consecutiva – as que exprimem que um facto é consequência expressa na oração
antecedente. Ex: Ele é tão mau que nem olha para as pessoas. Ex: Ela é de tal maneira
preguiçosa que nem telefona.
Subordinadas substantivas – as que podem ter a função de sujeito,
complemento directo, aposto, predicativo e determinativo. Ex: Quem não estiver
de acordo não vem. (sujeito). Ex: Então eras tu quem eu amava tanto!
(predicativo). Ex: Comeu quanto quis. (complemento directo). Ex: Deixará os
bens a quem cuidar dele. (complemento determinativo). Ex: Esta peça foi feita
por quem sabe. (agente da passiva)
Infinitivas – aquelas que têm verbo no infinitivo e que têm um sujeitam próprio.
Ex: É certo ter ocorrido uma disputa de desinteressados.
O texto narrativo é aquele através do qual um narrador conta uma «história» em que
entram personagens que se envolvem numa acção, situada num determinado tempo e
num determinado espaço.
O texto narrativo pode ser real ou imaginário e, quando imaginário tem sempre uma
finalidade educativa (a moral do texto), sobretudo nos contos e lendas.
Categorias ou Elementos do texto Narrativo:
1. Acção – desenrolar dos acontecimentos que constituem a «história». Estes
acontecimentos são considerados principais ou secundários, conforme o seu grau de
importância.
1.1 Momentos da acção
Situação inicial;
Peripécias e ponto culminante;
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Desenlace.
2. Espaço – lugar onde decorre a Acção;
3.Tempo – momento em que ocorre a Acção;
4. Personagens – agentes ou intervenientes na Acção.
Relevância:
Principais ou protagonista – desempenha o papel de maior importância,
Secundária – desempenha papeis de menor relevo,
Figurante – não desempenha qualquer papel específico, embora a sua existência
seja importante para a compreensão da acção.
Caracterização:
Físicas ou psicológicas
5. Narrador - aquele que conta a história
O narrador pode estar presente na acção como personagem principal ou
secundária – narrador participante. Neste caso a narração é feita na 1ª pessoa.
O narrador pode não desempenhar qualquer papel na acção – narrador
ausente/não participante. Neste caso a narração é feita na 3ª pessoa.
O narrador pode ser parcial – narrador subjectivo.
O narrador pode ser imparcial – narrador objectivo.
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Conclusão
Este trabalho versa sobre vários conteúdos que são de extrema importância no nosso
dia-a-dia, na comunicação. Em primeiro lugar debrucei sobre origem e evolução da
língua portuguesa e conclui que; a língua portuguesa tem a sua origem no latim, e sofreu
várias transformações ao longo de todos os tempos por influência de factores de várias
ordens.
De seguida abordei sobre regras do funcionamento da língua portuguesa cingindo-me de
forma específica, em acentuação de palavras, pontuação e ortografia da língua
portuguesa; e aqui conclui que existem três tipos de acentos: grave, agudos, e
circunflexo, a pontuação é muito pertinente visto que estabelece o sentido da frase.
Não obstante, também decifrei sobre as relações lexicais e conclui que estas são
subclasses das relações de significados e de sentido, não só, mas também falei sobre os
processos de formação de palavras e conclui que são processos que se relacionam com a
constituição de novas palavras, gerando novas classes gramaticais. Para alem disso,
também expliquei sobre a relação de coordenação e subordinação e conclui que estas
relações são processos de produção de frases complexas por meio de conjunções e
locuções coordenativas e subordinativas.
Para marcar o desfecho, explicitei sobre texto narrativo oral ou escrito e conclui que ele
pode ser oral ou escrito, pois nele é indispensável a acção e características das
personagens.
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Bibliografia
BATTENCOURT, Mª. Assunção & TEIXEIRA, Mª. Ascensão, Língua Portuguesa – 8º
Ano, 3ª ed., Lisboa : Texto Editora, 1995.
CUNHA, Celso, CINTRA, Lindley, Nova Gramática do português Contemporâneo, 15ª
ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1999.
FIGUEIREDO, Eunice Barbieri de, FIGUEIREDO, Olivia Maria, Itinerario Gramatical:
a Gramática da língua no Discurso, porto: Porto Editora, 1998.
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Anexo
Para a resolução deste exame, foi possível com o auxilio de algumas referencias
bibliográficas:
BATTENCOURT, Mª. Assunção & TEIXEIRA, Mª. Ascensão, Língua Portuguesa – 8º
Ano, 3ª ed., Lisboa : Texto Editora, 1995.
CUNHA, Celso, CINTRA, Lindley, Nova Gramática do português Contemporâneo, 15ª
ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1999.
FIGUEIREDO, Eunice Barbieri de, FIGUEIREDO, Olivia Maria, Itinerario Gramatical:
a Gramática da língua no Discurso, porto: Porto Editora, 1998.
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