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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA FLORESTAL

FÍSICA B - Turma 03

JADE CRISTINY DA SILVA LIMA - 21953077

KARLA CRISTINA OLIVEIRA - 21951640

VITÓRIA SILVA DA SILVA - 21952920

RELATÓRIO DE FÍSICA B

LEIS DE KIRCHHOF

MANAUS – AM

2021
1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVOS

Determinar as correntes e tensões nos resistores de um circuito por meio das


regras de Kirchhoff.

1.2 TEORIA

O físico alemão Gustav Kirchhoff (1824-1887), tornou-se o primeiro cientista


a demonstrar que a corrente elétrica flui à velocidade da luz através de um condutor.
Além disso, Kirchhoff trabalhou com Robert Bunsen para provar que elementos
aquecidos a temperaturas específicas emitem luz colorida, o que levou à descoberta
de césio e rubídio. Os seus trabalhos científicos mais notáveis tiveram lugar no
domínio da radiação térmica e da análise espectral, tendo descoberto, em 1861,
juntamente com Bunsen, o rubídio e o cério; no decurso destes trabalhos,
apresentou a primeira explicação das riscas de absorção ou riscas de Fraunhofer.
Realizou também estudos sobre a teoria dos circuitos elétricos.

● Nós: são onde há ramificações nos circuitos, ou seja, quando houver mais de
um caminho para a passagem da corrente elétrica.
● Ramos: são os trechos do circuito que se encontram entre dois nós
consecutivos. Ao longo de um ramo, a corrente elétrica é sempre constante.
● Malhas: são caminhos fechados em que iniciamos em um nó e voltamos ao
mesmo nó. Em uma malha, a soma dos potenciais elétricos é sempre igual a
zero.
Circuitos elétricos simples formados por uma única malha podem ser analisados
com base nas regras para associações de resistores em série e em paralelo e na
relação V=RI. Circuitos mais complexos são analisados mais facilmente
utilizando-se duas regras — conhecidas como Regras de Kirchhoff — que se
baseam nas leis de conservação de energia e de carga elétrica.

Há duas definições que se fazem necessárias ao se usarem as regras de Kirchhoff:


a de nó e a de malha em um circuito. Um ponto de um circuito a que três ou mais
elementos estão conectados é denominado nó e um percurso fechado do circuito é
chamado de malha. No circuito mostrado na Fig. 1, por exemplo, os pontos B e E
são nós e os percursos ABEFA, BCDEB e ABCDEFA são malhas.

Figura 1 - Circuito elétrico contendo três malhas — ABEFA, BCDEB e ABCDEFA — e dois nós — B e
E. Os sentidos das correntes foram atribuídos arbitrariamente.

As Regras de Kirchhoff são as seguintes:

● A soma das correntes que chegam a um nó qualquer do circuito é igual à


soma das correntes que saem deste mesmo nó. (conservação de carga)
● Em uma malha qualquer de um circuito, a soma das forças eletromotrizes das
fontes é igual à soma das diferenças de potencial nos demais elementos da
malha — resistores, capacitores, e outros. (conservação de energia).

Para analisar-se um circuito utilizando as Regras de Kirchhoff, é preciso,


inicialmente, definir um sentido arbitrário para todas as correntes no circuito. Na Fig.
1, estão indicados os sentidos atribuídos às correntes I1, I2 e I3, nas respectivas
resistências R1, R2 e R3.

Aplicando-se a regra dos nós em B, obtém-se


(1) 𝐼1 = 𝐼2 + 𝐼3,

e em E, a mesma relação é obtida.

Aplicando-se a regra das malhas para a malha ABEFA do circuito mostrado na Fig.
1, tem-

(2) ε1 = 𝐼1𝑅1 + 𝐼2𝑅2

Na malha BCDEB, obtém-se a seguinte relação:

(3) ε2 = − 𝐼2𝑅 + 𝐼3𝑅3


2

Resolvendo-se as equações 1, 2 e 3, obtêm-se as correntes I1, I2 e I3. Se for obtido


um valor negativo para uma determinada corrente ou para uma força eletromotriz,
isso indica que o sentido correto para ela é o oposto ao que lhe foi atribuído.

2. PARTE EXPERIMENTAL

Para dar início ao experimento foi usado uma caixa de madeira (caixa de conexões
elétricas) que permite interligar os resistores, capacitores, fios entre outros
elementos. Dentro da caixa de conexões elétricas, existem ilhas com ligações com a
mesma cor, cada uma das ilhas está interligada por uma chapa metálica no verso da
caixa. No início do experimento, foi inserido as resistências r1 e r2 com valores
semelhantes, em seguida foi colocado a resistência r3, que tem valor maior. Logo
depois a malha um foi conectada com um cabo no negativo da fonte (representado
pela saída preta), na resistência r1. Outra malha foi conectada por outro cabo na
caixa de conexões, e o outro lado do cabo foi inserido no positivo da fonte
(representado pela saída vermelha). Em seguida foi montado a segunda malha do
circuito. Um cabo foi conectado no positivo da fonte (representado pela saída
vermelha), na resistência r2, com outro cabo, foi feita a ligação na saída da
resistência r3 para ser conectado no negativo da fonte (representado pela saída
preta), as fontes foram reguladas com 6volts para tensão épsilon 1, e 3volts para
tensão épsilon 2. As medidas foram iniciadas para verificar a tensão do resistor r1,
com o multímetro na função voltímetro, o resultado da tensão foi aproximadamente
4,7volts. Em seguida foi verificado a tensão do resistor r2, o resultado da tensão foi
de aproximadamente 1,5volts, por último foi verificado a tensão no resistor r3, o
resultado da tensão foi de aproximadamente 4,5volts. Em todas as medições foi
utilizado o voltímetro em paralelo com as resistências. Para medir a corrente no
resistor r1, foi ligado o multímetro na função amperímetro em série com o resistor,
para isso, um dos seus conectores deve sair da caixa de conexões. Em seguida,
utilizando o mesmo artifício, foi verificado a corrente que passa pelo resistor r2, por
fim foi verificado a corrente que passa pelo resistor r3.

2.1 MATERIAIS USADOS

● Duas fontes de tensão


● Multímetro (Voltímetro e Amperímetro)
● Caixa de conexões elétricas
● Cabos elétricos
● Resistores

Resist Cores Código Incerteza Cálculo da


or das incerteza
cores

R1 e Azul, cinza, 680 5% ± 34


R2 marrom e
dourado

R3 Marrom, 1000 10% ± 100


preto,
vermelho

2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3. RESULTADO E DISCUSSÕES

3.1 TABELA

Tabela de Valores

Ɛ1 6 VCC

Ɛ2 3 VCC

R1 680 Ω incerteza de 5%

R2 680 Ω incerteza de 5%

R3 1 ㏀ incerteza de 10%

Cálculos de corrente e tensão

Substitui-se (1) em (2) Substitui-se (4) em (3)

ε1 = 𝐼1𝑅1 + 𝐼2𝑅2 ε2 =− 𝐼2𝑅2 + 𝐼3𝑅3

ε1 = 𝑅1(𝐼2 + 𝐼3) + 𝐼2𝑅 −3


3 =− 680𝐼2 + 1000 · (8, 82 × 10 −
2

6 = 680 · (𝐼2 + 𝐼3) + 𝐼2 · 680 3 =− 680𝐼2 + 8, 82 − 2000𝐼2

6 = 680𝐼2 + 680𝐼3 + 680𝐼2 3 =− 2680𝐼2 + 8, 82

6 = 680 · (2𝐼2 + 𝐼3) 3 − 8, 82 =− 2680𝐼2

6
= 2𝐼2 + 𝐼3 5, 82 = 2680𝐼2
680

−3
2𝐼2 + 𝐼3 = 8, 82 × 10
−3 (5) 𝐼2 = 2, 17 × 10

−3
(4) 𝐼3 = 2𝐼2 − 8, 82 × 10
Substituindo (5) em (4) Substituem-se (5) e (6) em (1)
−3 −3
𝐼3 = 8, 22 × 10 − 2 · 2, 17 × 10
𝐼1 = 𝐼2 + 𝐼3

−3 −3
𝐼3 = 8, 22 × 10 − 4, 34 × 10 −3 −3
𝐼1 = 3, 88 × 10 + 2, 17 × 10

−3
(6) 𝐼3 = 3, 88 × 10 −3
𝐼1 = 6, 05 × 10

Calculando a diferença de potencial V1, V2 e V3

𝑉1 = 𝑅1 · 𝐼1
−3 𝑉3 = 𝑅3 · 𝐼3
𝑉1 = 680 · 6, 05 × 10
−3
𝑉1 = 4, 11 𝑉3 = 1000 · 3, 88 × 10
𝑉3 = 3, 88
𝑉2 = 𝑅2 · 𝐼2
−3
𝑉2 = 680 · 2, 17 × 10
𝑉2 = 1, 47

Tabela com a diferença potencial e a corrente obtidas pelas regras de Kirchhoff

R1 = 680Ω V1 = 4,11 i1 = 6,05

R2 = 680Ω V2 = 1,47 i2 = 2,17

R3 = 1㏀ V3 = 3,88 i3 = 3,88

Tabela com a diferença de potencial e as correntes obtidas no experimento

R1 = 680Ω V1 = 4,70 i1 = 6,70

R2 = 680Ω V2 = 1,50 i2 = 2,08

R3 = 1㏀ V3 = 4,54 i3 = 4,50
Os resultados obtidos pela Lei de Kirchhoff não são os mesmos que foram
obtidos através do experimento, porém, são satisfatórios por apresentarem valores
aproximados.

4. CONCLUSÃO

A partir do experimento, comparamos os valores obtidos por meio das


Regras de Kirchhoff e pelo multímetro, o último método é o mais preciso.
Entretanto, os valores obtidos pelas regras de Kirchhoff também foram
satisfatórios, pois os resultados foram próximos.

5. REFERÊNCIAS

1. Fundamentos da física III, Wagner Corradi et al, Belo Horizonte, Editora


UFMG, 2010.
2. Leis de Kirchhoff: definição, exemplos e exercícios - Brasil Escola
(uol.com.br)
3.

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